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segunda-feira, 10 de junho de 2024
HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mt 5,1-12 - 10/06/2024
O pobre de espírito herdará o Reino dos Céus, a maior riqueza
Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se e Jesus começou a ensiná-los. Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra e bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.” (Mt 5,1-12)
Agora, nós estamos, meus irmãos e minhas irmãs, dentro daquilo que nós chamamos de bem-aventuranças. E o que as bem-aventuranças provocam dentro de nós? Provoca algo muito importante, elevar, cada um de nós, à dignidade de filho de Deus. Por quê? Porque os bem-aventurados são tocados pela graça de Deus, ou seja, aqueles que colocam toda a sua confiança no Senhor para não desistir da Sua vontade.
Podemos observar que Jesus senta no monte com os discípulos e a multidão, naquela relva e Ele começa a ensinar que bem-aventurados são os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus.
Na liturgia e na teologia, o pobre de espírito é aquele que é vazio de si mesmo, que em tudo depende de Deus. É aquele que coloca a sua confiança de forma total em nosso Senhor. Este é o próprio pobre de espírito, aquele que tem a capacidade de reconhecer que não é nada e depende em tudo do Senhor. A Palavra, no Evangelho, diz que o homem só é feliz quando encontra em Deus a sua esperança e coloca n’Ele a sua confiança.
A pobreza de Espírito é o segredo da verdadeira riqueza
Os bem-aventurados são, justamente, esses que renunciam ao mundo, que renunciam às coisas deste mundo, que renunciam aos vícios, aos pecados para ser totalmente de Deus, preencher o coração de Deus.
Santo Afonso Maria de Ligório nos diz para amarmos a Deus de todo o coração e de toda a nossa alma, e que para ter o coração pobre, no qual a Palavra nos fala hoje, é preciso expulsar do coração todo o afeto terreno, ou seja, tudo aquilo que nos escraviza a este mundo. Depois, ele fala de dois requisitos: esvaziar o coração, o pobre de espírito, das coisas deste mundo, e depois encher o coração com o amor de Deus.
Será que eu e você temos buscado encher o nosso coração com o amor de Deus e esvaziá-lo das coisas do mundo? Somente o pobre de espírito consegue realizar isso.
Lembre-se do que a teologia nos ensina, o pobre do espírito é aquele que está vazio de si mesmo para se encher de Deus, para ser totalmente d’Ele. Que Deus lhe dê essa graça para viver na sua vida, na sua família, no seu trabalho, na sua faculdade, para esvaziar-se para ser todo de Deus, para encher-se de Deus. Que Ele o ajude e que o Espírito Santo o ilumine a fazer a Sua vontade.
Que Deus o abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Padre Ricardo Rodolfo
Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/o-pobre-de-espirito-herdara-o-reino-dos-ceus-maior-riqueza/?sDia=10&sMes=06&sAno=2024
HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 3,20-35 - 09/06/2024
Rejeitar a salvação leva ao pecado contra o Espírito Santo
“Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear a sua casa. Em verdade, eu vos digo, tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem cometido. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado.” (Mc 3,20-35)
Amados irmãos e irmãs, este é um questionamento que muitos cristãos fazem. Qual é o pecado contra o Espírito Santo? O pecado contra o Espírito é não aceitar a salvação que vem de Deus, ou seja, não aceitar a vontade de Deus, não aceitar Jesus que veio para trazer a salvação.
Diante disso, a liturgia nos chama a olhar para a vida e o mundo cheios de confiança e esperança. Esperança em quem? Esperança no nosso Salvador Jesus Cristo, porque, do contrário, viverá uma vida de angústia, de depressão, de prostração. Por quê? Porque se não acreditarmos que o Cristo que foi enviado se encarnou, morreu, ressuscitou e está vivo no meio de nós pela ação do Espírito Santo, correremos este grande risco de não aceitar os planos de salvação para nós.
O Espírito Santo nos conduz à fidelidade
Isso entristece o coração daqueles que experimentam Jesus e mudam de vida, mas porque não querem mais se comprometer, começam a voltar para as coisas que o mundo lhes oferece. E isso vai fazendo com que percam a confiança e a esperança. Mas Deus não se esquece da Sua aliança.
Quero trazer para você algo importante que diz: “A nossa infidelidade não ofusca a fidelidade de Deus”. O Senhor sempre vai permanecer fiel a nós. Ele sempre vai permanecer fiel à aliança que fez conosco através de Jesus Cristo, enviado para nos salvar, nos trazer liberdade, provocar em nós conversão, maturidade espiritual, para nos levar a progredir na luta contra o pecado e a renunciá-lo.
Esse é o objetivo de Deus, que abandonemos tudo aquilo que ainda nos escraviza a este mundo. Jesus está nos falando, através dessa liturgia, para olharmos para a vida e para o mundo não como se terminasse tudo. Não. Cristo está nos dando a graça de olharmos para Ele e n’Ele termos o nosso porto seguro.
Muitos estão colocando sua segurança neste mundo, nas pessoas, no dinheiro, no poder, no prazer, no ter. Isso vai frustrando o meu e o seu coração. O Senhor quer nos falar, nesta liturgia, para voltarmos o nosso coração para Deus, que faz a Sua aliança no meio de nós através do Seu Filho.
Quem não aceita Jesus, quem não aceita a Sua Salvação, diz a Palavra, está pecando contra o Espírito Santo de Deus. Pecar contra o Espírito Santo é não aceitar a vontade do Senhor nem a sua salvação.
O olhar puramente humano leva a pensar que servir a Deus é perda de tempo. É perda de tempo para aqueles que não acolhem nosso Senhor. Que Deus lhe dê essa graça, hoje, de viver e permanecer na Sua vontade.
Que Deus o abençoe, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Padre Ricardo Rodolfo
Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/rejeitar-a-salvacao-leva-ao-pecado-contra-o-espirito-santo/?sDia=9&sMes=06&sAno=2024
HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Lc 2,41-51 - 08/06/2024
A inquietação gerada pela Palavra nos aproxima de Deus
“Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos angustiados à tua procura”. Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?”. Eles, porém, compreenderam as palavras que lhes dissera.”
Hoje, nós comemoramos o Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria. No dia de ontem, celebramos o Sagrado Coração de Jesus. Amados irmãos e irmãs, Jesus se perdeu no templo porque estava preocupado em fazer a vontade do Pai.
Mesmo Maria e José sabendo que o Menino era especial e que ela O gerou para que pudesse cumprir um plano de salvação, ela tinha a preocupação materna e a inquietação de quem procurava compreender o desejo e a mensagem de Deus nos fatos e acontecimentos. Maria sabia e, cada dia mais, coisas eram reveladas.
A Santíssima Virgem foi aquela que acolheu a Palavra e a escutou, foi aquela que viveu a Palavra e obedeceu a ela, ou seja, o Verbo Encarnado que ela gerou. Por isso Maria estava preocupada: “Onde está meu filho?”. Mesmo sabendo que Ele estava cuidando das coisas do Pai, ela representa para nós esse desejo de inquietação por fazer a vontade de Deus. Assim como estava inquieto o coração do Menino, estava inquieto também o coração de Nossa Senhora, e essa inquietação é positiva, é uma inquietação boa.
A inquietação leva à busca pelo Senhor
Os pais de Jesus, as pessoas que estavam ali em volta d’Ele, estavam admirados por tamanha sabedoria e inteligência daquele Menino. Por isso Nossa Senhora gera essa expectativa, essa inquietação por também conhecer os desígnios de Deus, os mistérios do Senhor.
Meu irmão e minha irmã, quem vive para a Palavra, quem a acolhe, quem interioriza a Palavra, quem lhe obedece como Nossa Senhora, também vai ter esse desejo, essa ansiedade de conhecer os mistérios e a vontade de Deus. O que Ele espera de nós? Devemos deixar-nos conduzir pela Sua sabedoria. Ela deixou-se ser conduzida pela sabedoria de Deus.
Como é que eu tenho buscado fazer a vontade de Deus? Aqui, nós temos dois exemplos: Maria, preocupada porque Deus deu a ela uma missão de cuidar do Seu Filho; e Jesus, que estava ali preocupado em fazer a vontade de Deus, mas deixou Sua mãe preocupada.
Isso é para nos mostrar qual é a inquietação que nos move para estarmos na vontade de Deus e para não nos desviarmos da Sua vontade. No nosso caminho de fé, muitos caminhos nos serão oferecidos, e se não tivermos a capacidade de estar centrado em fazer a vontade de Deus, podemos nos perder e retroceder.
O que inquieta o seu coração para fazer a vontade de Deus? Que Ele o ajude a nunca se desviar, mas sempre estar pronto para acolher, obedecer e viver a Sua Palavra.
Que Deus o abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Padre Ricardo Rodolfo
Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/inquietacao-gerada-pela-palavra-nos-aproxima-de-deus/?sDia=8&sMes=06&sAno=2024
HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 10/06/2024
COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 10/06/2024
ANO B
Mt 5,1-12
Comentário do Evangelho
As bem-aventuranças são um apelo a viver na confiança em Deus
As bem-aventuranças fazem parte do longo discurso denominado sermão da montanha (Mt 5–7). As bem-aventuranças fazem parte de um gênero literário bastante atestado no Antigo Testamento.
A primeira bem-aventurança é o fundamento de todas as demais: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (v. 3). Há um espírito dentro do ser humano; ele o recebeu de Deus, que o chamou à existência (cf. Gn 2,7). A pobreza de espírito é uma pobreza em relação a Deus: diante de Deus, o ser humano se encontra “desnudo”. Viver esta realidade de maneira concreta é assumi-la com um coração puro, experimentá-la no mais profundo do ser, lá onde aflora a presença de Deus. Nesse sentido, as bem-aventuranças são um apelo ao discípulo a viver a vida referida a Deus e na confiança nele. O que cada uma das bem-aventuranças promete é que a realidade escatológica constitui o fundamento da vida moral, do modo de agir do cristão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, não permitas que eu me curve aos caprichos do mundo, e faze-me caminhar firme na estrada das bem-aventuranças.
Fonte: Paulinas em 10/06/2013
Comentário do Evangelho
A vida é recebida de Deus.
Os doze primeiros versículos do capítulo 5 de Mateus são conhecidos como “bem-aventuranças”. O gênero literário das bem-aventuranças é bastante atestado no Antigo Testamento, sobretudo, na literatura sapiencial. Um exemplo disso é o Salmo 1. O ensinamento de Jesus não é somente para os discípulos, mas também para a multidão. Viver na esperança é a condição dos discípulos neste mundo. As bem-aventuranças visam incutir nos discípulos e na multidão essa virtude que é consequência da fé em Deus. A primeira bem-aventurança, poderíamos dizer, é o fundamento de todas as demais. O Espírito que há no ser humano, ele o recebeu de Deus; é o espírito insuflado nas narinas de Adão por Deus e que o chamou à existência (Gn 2,7). A pobreza de espírito deve ser compreendida em relação a Deus: a vida é recebida de Deus e, diante dele, o ser humano está desnudo. Viver essa realidade é assumi-la com um coração puro. A partir daqui, pode-se compreender que as bem-aventuranças são um apelo aos discípulos a viverem a vida referida a Deus e na confiança nele. Tudo passa e é efêmero; só Deus não passa.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me sensível aos sofrimentos dos pobres e dos marginalizados, movendo-me a lutar para que tenham sua dignidade respeitada, pois são teus preferidos.
Fonte: Paulinas em 09/06/2014
Vivendo a Palavra
O Mestre revela para os discípulos o seu segredo, as razões que O faziam feliz e que deviam ser procuradas por todos. Ele era pobre em espírito, manso, tinha fome de justiça, era misericordioso, puro de coração, pacificador... é este o caminho para a felicidade: segui-lo no Amor, na gratuidade, no cuidado pelos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/06/2013
Vivendo a Palavra
No pórtico de entrada do Sermão da Montanha, Jesus mostra-nos as bem-aventuranças, isto é, traça o perfil de si mesmo para que nós possamos segui-lo no Caminho de volta para a Casa Paterna, de onde Ele veio, para onde se encaminhava e onde sempre esteve. Para nós, basta trilhar o mesmo Caminho: ele nos leva ao Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/06/2016
Reflexão
A partir de hoje, a Igreja nos propõe a leitura continuada do Evangelho de São Mateus nos dias de semana do Tempo Comum, omitindo o seu início porque é apresentado no ciclo litúrgico do Natal e o seu final, que nos é proposto para a reflexão no ciclo da Páscoa, de modo que iniciamos com o sermão da montanha (capítulos 5, 6 e 7). O sermão da montanha nos mostra a moral da Nova Aliança e começa com as bem-aventuranças, apresentadas no Evangelho de hoje, e que nos mostram as motivações e as virtudes que nos são necessárias para que assumamos os valores do Reino de Deus e possamos viver de forma madura o que nos é proposto por Jesus.
Fonte: CNBB em 10/06/2013, 09/06/2014 e 06/06/2016
Reflexão
Montanhas são lugares santos em que Deus se manifesta. Vale aqui lembrar as várias vezes que Moisés sobe ao Sinai para receber as tábuas da Lei (cf. Ex 24,12ss). Estar sentado é posição de quem ensina, ou dos que exercem poder e governam. Com atitude solene, Jesus apresenta ao mundo (gerações presentes e futuras) as linhas mestras do seu Reino, que se apoia na Justiça. O exercício da Justiça é que deverá transformar as situações opressoras da sociedade. Esse processo transformador começou com Jesus, tem continuidade por meio dos cristãos e se concluirá no fim dos tempos, quando “Deus será tudo em todos” (cf. 1Cor 15,28). Os pobres “no Espírito” já estão nesse caminho. A primeira bem-aventurança é a locomotiva que puxa os outros vagões.
Oração
Ó Jesus Mestre, de maneira solene ensinas a teus discípulos, e a nós, os valores do Reino de Deus. Vem em nosso socorro, Senhor, e corrige nossa tendência a buscar a felicidade nos bens terrenos. Torna-nos pessoas de coração puro, a fim de colocarmos em ti toda a nossa segurança. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 08/06/2020
Recadinho
Você é feliz? - Você contribui para que seu próximo seja feliz? Como? - Como você encara a realidade da pobreza, a material e a espiritual? - Você tem consciência de que a misericórdia é tudo em nossa vida? - Qual a bem-aventurança que mais lhe agrada? Explique-se.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 09/06/2014
Comentário do Evangelho
No início de seu ministério, Jesus apresenta às multidões as bem-aventuranças, que são o programa do Reino dos Céus cuja presença entre nós já fora anunciada por João Batista (Mt 3,17). A proclamação é feita no alto da montanha. Moisés, na montanha, recebeu de Deus os Mandamentos. Agora é Jesus que transmite as bem-aventuranças aos discípulos que vêm a ele, no alto. Entre a pobreza e a justiça, estão as demais bem-aventuranças. A pobreza é a forma concreta de libertar-se da submissão aos interesses dos ricos e poderosos. O apelo à justiça, marcante em Mateus, é o fundamento das demais bem-aventuranças, pelas quais podemos transformar este mundo em um mundo de fraternidade, justiça e paz.
Oração
Derramai, Senhor, sobre nós a vossa graça, a fim de que, a exemplo do bem-aventurado José de Anchieta, apóstolo do Brasil, sirvamos fielmente ao Evangelho, tornando-nos tudo para todos, e nos esforcemos em ganhar para vós nossos irmãos no amor de Cristo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 09/06/2014
Meditando o evangelho
OS BEM-AVENTURADOS
O Reino anunciado por Jesus subverte a ordem social mundana e aponta para a nova ordem querida por Deus. Tem precedência no Reino quem é vítima da marginalização, da opressão, é indefeso e não tem como defender seus direitos. E também quem tem compaixão do próximo, é sincero e transparente no seu agir, busca a prosperidade e o bem estar para todos sem exceção e adere à justiça a ponto de ser perseguido por causa de sua opção.
A condição de bem-aventurado do Reino provém de duas situações distintas. A primeira diz respeito à ação perversa do mundo contra determinadas categorias sociais, privadas de seus direitos mais elementares e reduzidas à condição de joguete nas mãos de pessoas inescrupulosas. Neste caso, não importa se a pessoa tem ou não consciência de ser bem-aventurado. Basta que o mundo não a reconheça para que seja reconhecida por Deus. A segunda diz respeito à ação destemida dos discípulos do Reino que, remando contra as forças adversas ao Reino, dão à sua vida o rumo querido por Deus. Eles não se curvam diante das solicitações malignas do mundo, embora devendo pagar um preço alto. O Reino e seus valores é são eixo de suas vidas.
A bem-aventurança do Reino não é procurada por si mesma. Jesus é quem declara a condição de bem-aventurado. Basta ao discípulo manter-se fiel ao projeto de Jesus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, não permita que eu me curve aos caprichos do mundo e, sim, caminhe firme na estrada das bem-aventuranças.
Fonte: Dom Total em 06/06/2016 e 08/06/2020
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. É POSSÍVEL SER SANTO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)
A santidade é uma meta a ser atingida por todos os cristãos. Ninguém é excluído deste apelo nem pode eximir-se de dar sua resposta. Mas importa nutrir um ideal sadio de santidade, sem se deixar levar por falsas concepções.
Ser santo é ser capaz de colocar-se totalmente nas mãos do Pai, contar com ele, sabendo-se dependente dele. Por outro lado, é colocar-se a serviço dos semelhantes, fazendo-lhes o bem, como resposta aos benefícios recebidos do Pai. O enraizamento em Deus desabrocha em forma de misericórdia para com o próximo.
A santidade constrói-se no ritmo da entrega da própria vida nas mãos do Pai, explicitada no serviço gratuito e desinteressado aos demais, deixando de lado os interesses pessoais e tudo quanto seja incompatível com o projeto de Deus.
Este ideal não é inatingível. E se constrói nas situações mais simples nas quais a pessoa é chamada a ser bondosa, a não agir com dolo ou fingimento, a criar canais de comunicação entre os desavindos, a superar o ódio e a violência, a cultivar o hábito da partilha fraterna, a ser defensor da justiça.
Qualquer cristão, no seu dia-a-dia, tem a chance de fazer experiências deste gênero. Se o fizer, com a graça de Deus, estará dando passos decisivos no caminho da bem-aventurança.
Oração
Espírito bem-aventurado, coloca-me no caminho da santidade, a ser construída na entrega confiante de minha vida nas mãos do Pai, e na misericórdia para com meu próximo.
Fonte: NPD Brasil em 10/06/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. As Bem-Aventuranças
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O chamado “Sermão da Montanha ou das Bem-Aventuranças” sempre corre o risco de ter duas interpretações equivocadas: primeiro pensar que se trata do anúncio de uma revolução social, agora chegou a vez dos pobres! Visto por esta ótica esvazia-se totalmente o seu rico conteúdo, não é e nunca foi missão de Jesus, resolver os problemas sociais resultantes das desigualdades e injustiças praticadas contra as classes menos favorecidas, a má distribuição de renda, o mau uso dos Bens públicos etc. Se fosse isso, podem ter certeza de que , usando de seus poderes Jesus já teria botado as coisas no “eixo”, ele não pode ser reduzido a um Líder Revolucionário mesmo porque, é bom lembrar que as pessoas que o viam dessa maneira em seu tempo, viram seus sonhos e projetos revolucionários ir por água abaixo quando Jesus passou pela morte vergonhosa da cruz, enterrando de vez todos os anseios de liberdade humana, presente no coração dos Judeus.
A outra interpretação, também equivocadíssima, principalmente nas Bem Aventuranças de Mateus, que escreveu o seu evangelho para os Judeus, é vê-lo como um belo discurso moral, ensejando um modo de viver que nos conduza a uma ascese e nesse caso, Pobre em Espírito, Mansos e Puros de Coração, nos remete ao meramente espiritual, interpretação predileta de muitos, que não querem viver uma religião comprometida com a transformação das pessoas e da sociedade, tornando assim suas relações mais justas e fraternas.
Na verdade, as Bem-Aventuranças são o programa de Vida de Jesus, pois pode se ver Nele a realização plena de cada uma delas, é Jesus esse Pobre em Espírito, é ele esse Manso que herdará a terra, é ele esse puro de coração que tem permanentemente a visão de Deus, é ele esse perseguido, injuriado e incompreendido, esse aflito que foi consolado, esse que tem sede e fome de Justiça, basta olhar atentamente os evangelhos.
É exatamente essa proposta de vida que é toda sua, que Jesus nos apresenta nesse evangelho, como Dom que o Pai oferece, como um chamado que requer uma resposta.
Não é um ideal de vida compatível com o que o mundo nos propõe, onde, Ser Feliz e Bem-Aventurado é ter uma sorte melhor que a do pobre, trata-se de uma Bem-Aventurança terrena que supõe a riqueza, e tudo o mais que está atrelado nela, Ter, Poder, prestígio, influência, e ainda a impunidade, que se consegue nos meandros da política, das negociatas e do Poder constituído, que ainda está muito longe de ser uma instituição a serviço do Povo.
Os sequiosos por mudanças sociais irão indagar, cheios de indignação, “Mas então esse Jesus de Mateus está “em cima do muro”? Não se importa com a sorte dos pobres e miseráveis, dos famintos e injustiçados, dos marginalizados e explorados? “ Claro que Jesus se importa....
Mas ele prefere ir direto a raiz do mal, que é a ausência de espiritualidade no coração do homem, a falta de reconhecimento de que Deus é o Senhor da História, por isso Mateus acrescentou a sábia expressão “...em espírito” depois da palavra pobre, ficando assim muito claro que, a situação social não é o fator determinante das Bem-Aventuranças pois, um rico pode sim, fazer experiência de Deus, e um pobre poderá não fazê-lo, depende muito de quem é Deus para o rico e quem é Deus para o pobre.
Portanto, não se trata de “Ser Pobre”, mas de fazer-se pobre pelo Reino, o que é bem mais difícil uma vez que requer humildade, desapego, esvaziamento de si mesmo, pureza de coração, e acima de tudo o reconhecimento de que só Deus é a Segurança, ser manso é exatamente não abusar do poder para se impor e exigir (até nas comunidades isso acontece...) mas sim submeter-se aos outros, mesmo sendo superior.
Portanto, ser bem-aventurado e feliz diante do evangelho, é ter se tornado discípulo do Senhor, vivendo a vida de acordo com os valores do seu reino que é a justiça e a paz, consequência da igualdade, partilha e fraternidade. Quem trilha este caminho, sem se desviar para os tentadores atalhos que o mundo nos coloca, será feliz e bendito porque confiou e colocou toda sua esperança, não naquilo que o mundo oferece, mas sim na vida nova que vem da graça de Deus, e que se estende para muito além dos limites da nossa vida biológica.
É para estes Benditos e Benditas que o evangelho traz a boa nova, pessoas que não estarão isentas de sofrimentos, privações e até perseguições, por terem optado pelo evangelho de Cristo, que desafia e põe em cheque o conceito de felicidade que o mundo nos ensina, porque mostra-nos no Senhor Ressuscitado, que esta vida terrena é apenas caminho para se chegar na verdadeira vida, sonhada, desejada e construída ainda nesta nossa peregrinação por este mundo.
Nossas comunidades cristãs nas quais participamos, já aderiram com fidelidade a proposta que Deus nos faz em Jesus Cristo, ou pelo contrário, acabamos trazendo para dentro da comunidade certos valores sedutores que o mundo nos apresenta? A resposta a essa pergunta nos indicará se pertencemos ou não ao grupo dos Bem-Aventurados...
2. Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus - Mt 5,1-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
A Palavra de Deus ilumina nossa vida. Gostaríamos que a vida fosse sempre bonita, alegre, cheia de felicidade. De fato, há momentos de alegria e momentos de tristeza, e desejo de felicidade que sempre dure. Será no céu, cremos e esperamos que assim seja. Nosso ponto de referência é sempre Jesus. Com ele aprendemos e nele vivemos. Ele olha para nosso mundo e nos diz o que, a seus olhos, é de fato feliz. Pare e veja se você faz parte do grupo dos pobres em espírito, dos que choram, dos mansos, dos que têm fome e sede de justiça, dos misericordiosos, dos puros de coração, dos promotores da paz, dos perseguidos por causa da justiça, dos maltratados porque acreditam em Jesus. Onde estamos nós? As bem-aventuranças orientam também nosso olhar, a maneira como vemos o mundo e as pessoas. O que traz a felicidade? As distrações trazem alegrias, agradáveis, mas passageiras. Que nossos corações estejam fixos onde estão as alegrias que não passam!
Fonte: NPD Brasil em 08/06/2020
HOMILIA
O PROGAMA DA VIDA DE JESUS
«O discurso da Montanha foi direto ao meu coração. Foi graças a este discurso que aprendi a amar Jesus», afirmava Gandhi, pai da Índia moderna e promotor da estratégia da não-violência ativa. A admiração provém em particular das Bem-aventuranças, que são o coração do programa de Jesus. É uma mensagem a compreender no contexto bíblico mais amplo sobre o sentido da existência. Acertar ou errar, vencer ou perder, conseguir ou fracassar, acomodar-se ou ir contra a corrente, terminar com um “bendito” ou com um “maldito.
Jesus acrescenta a sua alternativa no discurso programático das Bem-aventuranças. O que está em jogo nas alternativas expressas por Jesus é a vida, a salvação, a própria salvação eterna. Jesus propõe um programa: organizar a vida, tendo Deus como ponto de referência, para que o resultado definitivo seja um «bem-aventurados sereis…», e não um «ai de vós…». Optar por Jesus significa agir em favor dos necessitados, descobrir a bem-aventurança mesmo no meio das realidades consideradas habitualmente negativas, perdedoras, segundo as opiniões da maioria: felizes de vós os pobres, felizes de vós os que agora tendes fome, de vós que agora chorais, de vós que sois insultados e rejeitados… Alegrai-vos! O paralelismo de Lucas continua com imagens opostas, intercaladas pelo «ai de vós». O «ai de vós», porém, não é uma ameaça ou um castigo, é a lamentação de Jesus, a amargura pela situação dos que seguem projetos mundanos de opulência, satisfações egoístas, prepotências, predomínio, honras… Jesus amargura-se face a isso: ai de mim por vós!
Só quem confia plenamente em Deus consegue viver a gratuitidade, partilhar sem acumular, alegrar-se com poucas coisas, encontrar «perfeita alegria» mesmo nos insultos, rejeições e perseguições. A alegria espiritual das bem-aventuranças não tem nada a ver com satisfações masoquistas. Todavia não elimina o comum sofrimento inerente às situações difíceis, mas sabe descobrir aí uma mensagem superior, uma sabedoria nova, um caminho de salvação, uma misteriosa fecundidade pascal, um «sinal da humanidade renovada». Mesmo se não é de fácil e imediata compreensão.
As Bem-aventuranças são um auto-retrato de Jesus: pobre, sofredor, perseguido… Escolheu o caminho da paixão, morte e ressurreição para dar a vida ao mundo. O programa que Jesus confia aos apóstolos – e aos missionários de todos os tempos – não pode ser diferente: o missionário é o homem/mulher das Bem-aventuranças, como os definiu João Paulo II: Em especial nas Bem-aventuranças da perseguição e da pobreza, vividas na partilha de vida. A confirmá-lo estão as dezenas de missionários que todos os anos caem vítimas da violência: em 2009 foram 37! Ao seu testemunho deve-se associar o de tantos outros (voluntários, jornalistas, forças da ordem…) caídos em serviço. Na origem de tais mortes encontram-se muitas vezes bandidos e assaltantes; outras vezes são evidentes as motivações religiosas e sociais.
Optar por Cristo significa atuar sempre a favor dos fracos e dos necessitados, com os quais Ele se identifica: famintos, andrajosos, doentes, presos, estrangeiros… Temos a certeza disso com as duas sentenças finais: «vinde, benditos de meu Pai», ou «afastai-vos de mim, malditos» (Mt 25,34.41). Existe coerência entre o Evangelho das Bem-aventuranças e o teste do juízo final. O caminho das Bem-aventuranças conduz à Bem-aventurança definitiva. À felicidade verdadeira e duradoira!
Senhor Jesus, não permitas que eu me curve aos caprichos do mundo, e faze-me caminhar firme na estrada das bem-aventuranças.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 09/06/2014
REFLEXÕES DE HOJE
SEGUNDA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 09/06/2014
HOMILIA DIÁRIA
Qual é o sentido da felicidade?
Jesus nos ensina qual é o sentido da felicidade, porque bem-aventurança quer dizer felicidade. Bem-aventurados são aqueles que, na verdade, são felizes.
Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.” (Mt 5,3-4)
Enfim, nós escutamos, do coração de Jesus, qual é o sentido da felicidade, porque bem-aventurança quer dizer felicidade.
Bem-aventurados são aqueles que, na verdade, são felizes. A felicidade consiste em pouca coisa: colocar a vontade de Deus em prática na nossa vida, porque o autor da felicidade é Ele, e se tem alguém que nos quer feliz demais é o Senhor. Mas não é uma “felicidadezinha” qualquer, não é uma alegria que se confunde com uma euforia momentânea, fruto de prazeres ou de outras coisas. É o sentido pleno de ser feliz.
Muitas vezes, estamos envoltos aos sofrimentos e às dificuldades que passamos, na vida presente, mas a felicidade de Deus se estende pela eternidade. Ser feliz é saber que o seu coração está em paz, pois está no Senhor.
A bem-aventurança da pobreza nos chama a viver de forma despojada, sem apego a nada, sem apego às coisas, às pessoas. O que deixa as pessoas muito tristes, sem sentido da vida, é apegar-se demais a um bem material, pois, na hora que esse bem lhes faltar – porque tudo é perecível –, elas sofrerão.
Tudo vem da vaidade; tudo vai, tudo passa. Só permanecem os bens eternos, só permanece o amor que nós praticamos de uns para com os outros, só permanece a bondade que exercemos nessa vida.
“Senhor Deus, dê-nos um coração pobre, despojado, para podermos fazer a Sua vontade em todas as coisas.”
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 10/06/2013
HOMILIA DIÁRIA
Deus tem um plano de felicidade para a nossa vida!
Deus nos quer plenamente felizes, a receita está na Sua Palavra, porque só o Senhor tem palavras de vida eterna
“Bem-aventurados
os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.” (Mateus 5,
3)
Amados irmãos e irmãs, passando o tempo de Pentecostes, nós voltamos para o Tempo Comum na Liturgia da Igreja nesta décima semana. Nós retomamos este tempo de graça ao começarmos a refletir sobre o Sermão da Montanha.
Que beleza de ensinamento e de mensagem e, acima de tudo, de regra para a nossa vida se quisermos viver a vontade de Deus e tudo aquilo que há e precisamos para a nossa salvação, o Sermão da Montanha nos dá as dicas e os ensinamentos fundamentais para isso.
O Sermão das Bem-aventuranças é como se fosse o segredo da felicidade. “Bem-aventurados” quer dizer “felizes”. O mundo proclama que é feliz quem tem dinheiro, quem tem posses, quem tem poder, quem vive o prazer como bem quiser. Jesus, o Senhor da Vida, vem nos mostrar onde é que está o sentido da vida e como, de fato, podemos ser felizes para sempre.
A felicidade consiste na pobreza evangélica, em viver o desprendimento e o despojamento e não se apegar a nada. Quem não tem, deve trabalhar para ter com honestidade sem se afligir porque não tem. E aqueles que têm, devem saber dividir com quem não têm e viver como se não tivesse. Despojado, desapegado, porque deste mundo nós nada levamos!
Bem-aventurados aqueles que confiam no Senhor, mesmo em meio às aflições que a vida proporciona, porque é de Deus que recebe o consolo; quem sabe em Deus confiar e não coloca em nenhum outro a sua confiança.
Feliz de quem vive a mansidão do Espírito e não vive na agitação, na revolta e não se torna rebelde a Deus e a tudo, porque é o próprio Deus quem vem saciar a nossa fome e a nossa sede de justiça.
Feliz e bem-aventurado é quem tem um coração misericordioso, assim como Deus se compadece de nossas misérias e fraquezas, alcança a misericórdia aquele que sabe agir com misericórdia para com o seu próximo.
Bem-aventurados serão aqueles que promovem a paz; que não promovem disputas, brigas, competições e discórdia entre os homens, mesmo que as situações pareçam conflituosas.
Bem-aventurados são aqueles que vivem a pureza de coração e não se entregam às impurezas deste mundo, não se entregam à malícia e a toda e qualquer sujeira que este mundo deseja colocar dentro de nós.
Deus tem um plano para a nossa felicidade, Ele nos quer plenamente felizes, a receita está na Sua Palavra, porque só o Senhor tem palavras de vida eterna!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 09/06/2014
HOMILIA DIÁRIA
Que nosso coração não se cale diante das injustiças
Não
precisamos ser justiceiros nem fazer justiça com as próprias mãos, mas nosso
coração não pode se calar diante de qualquer injustiça
“Bem-aventurados
os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.” (Mateus 5, 7)
As bem-aventuranças
proclamadas por Jesus, no sermão da montanha, são um resumo, ou melhor ainda,
um programa de vida, uma disposição para quem quer ser Seu discípulo; e a porta
de entrada para entrarmos no Reino dos Céus. É muito rica cada uma das bem-aventuranças!
Hoje, quero me deter em duas
delas, muito importantes para o contexto em que vivemos o Ano da Misericórdia.
A primeira delas: “Bem-aventurados os que têm
fome e sede de justiça, porque serão saciados”. Não podemos
perder a fome nem a sede de justiça, porque o mundo em que vivemos é muito
injusto.
Não precisamos ser revoltados, mas também não podemos ser conformados. Por
isso, a santa indignação precisa estar dentro do nosso coração. Não podemos nos
conformar com as injustiças no mundo, de todas as ordens e maneiras; a mais
dolorosa delas são as “injustiças sociais”.
O mundo permite que pessoas passem fome, vivam na miséria e na pobreza. No
mundo em que há terras, casas e comida para todos, há milhões de pessoas que
vivem na mais absoluta pobreza e miséria. Seja no Brasil ou no mundo em que
vivemos, não podemos ser pessoas de braços cruzados.
Podemos pensar: “Nossa, mas Deus foi tão bom para comigo! Ele me abençoou e
concedeu-me tudo!”. E para o outro, para aquele que não tem nada, Deus não foi
bom para com ele? Esqueceu-se d’Ele?
Não podemos usar a religião, a nossa fé, para justificar nossa prosperidade
e, simplesmente, nos conformarmos com a pobreza e miséria que, muitas vezes,
assolam o coração do outro.
No mundo há injustiças de todos os lados e não podemos, de forma nenhuma,
ser conformados ou fecharmos os olhos. Às vezes, as injustiças acontecem à
nossa frente: vemos um passando a perna no outro, dando calote ou nos deparamos
com a situação de uma pessoa estar traindo outra.
Não podemos nos conformar com qualquer injustiça. Nosso coração precisa
morrer sedento, desejoso de que a justiça aconteça a cada tempo. Nós não
precisamos ser justiceiros nem fazer justiça com as próprias mãos, mas o nosso
coração não pode se calar diante de qualquer injustiça.
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”. A justiça vem junto da misericórdia. Queremos justiça em todos os
sentidos, mas não podemos deixar de ter um coração misericordioso, que se
compadece da miséria do coração humano.
Não precisamos jogar pedras em ninguém nem podemos fechar nossos olhos
diante do mal que, muitas vezes, acontece à nossa vista!
Deus abençoe você!
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/que-nosso-coracao-nao-se-cale-diante-das-injusticas/?sDia=6&sMes=6&sAno=2016 (06/06/2016)
HOMILIA DIÁRIA
Bem-aventurado e feliz é o coração puro
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.” (Mateus 5,3)
Jesus, vendo as multidões, subiu a uma alta montanha para mostrar aos Seus discípulos quem são de verdade os felizes, os bem-aventurados ou a quem pertence, de fato, o Reino dos Céus.
A felicidade é estar no Reino dos Céus. Não é quem possui o ouro ou a prata, não é quem possui toda inteligência e capacidade, não é quem manda ou ganha discussões, não é quem se sobressai sobre os outros, não é quem exerce a tirania no mundo, não é quem vive dos títulos, valores e prazeres deste mundo.
Jesus está nos ensinando que os valores do Reino são outros, diferente de muitos valores que aprendemos. O primeiro deles é a pobreza: “Felizes os pobres”… a pobreza do desprendimento, de quem não se apega e não se caracteriza pelos bens que possui, mas pela espiritualidade e pelos valores eternos.
Bem-aventurado e feliz é o coração puro, que não é movido pelas maldades do mundo
Outro valor sublime é de quem sabe viver a aflição, e são muitas as aflições da vida! Achamos que viver a aflição é condenação ou castigo de Deus, mas é o contrário. Quem vive a aflição em Deus é consolado por Ele; quem vive a aflição, mas coloca em Deus o seu coração, sabe que é o próprio Deus que cuida da aflição do coração humano.
Bem-aventurado quem vive a mansidão, não vive a agressão, não vive para agredir os outros, nem a si nem a Deus, mas sabe ser manso. O coração manso é aquele que escuta, é aquele que busca a profundidade das coisas e não a superficialidade das agressões humanas. É muito bem-aventurado aquele que tem sede e fome de justiça, que reconhece que vive num mundo muito injusto, cruel e desumano, e não é um continuador nem promotor das injustiças, pelo contrário, tem sede e fome de ser justo, de promover a justiça e fazê-la acontecer.
Feliz é aquele que tem o coração tomado pela misericórdia, jamais pelo rancor, pela discórdia, pelo ressentimento e pela mágoa. O coração misericordioso é aquele que desce à profundidade da alma humana não para condenar e julgar, mas para acolher, amar e, acima de tudo, cuidar.
Bem-aventurado e feliz é o coração puro, que não é movido pelas maldades do mundo, é um coração que não se deixa levar pelo sentido hedonista nem pelas visões distorcidas da pessoa e da realidade humana, mas sabe ser puro como Deus é puro, e por isso O encontra nas pessoas e não na maldade do próprio coração.
Feliz é aquele que promove a paz, não aquele que promove a discórdia, as guerras, as brigas nem as competições e agressões, mas aquele que, em tudo, não procura ter razão, mas a única razão de ser é promover e fazer a paz acontecer, por isso serão também perseguidos por causa da justiça.
Sinta-se feliz quando todo tipo de coisa, até ruim, acontecer. Alegremo-nos e exultemos, porque o nosso nome está escrito no Céu, porque vivemos as bem-aventuranças ou o sentido da eternidade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 08/06/2020
Oração Final
Pai Santo, faze-os generosos para partilhar com o nosso próximo as alegrias do teu Reino de Amor. Faze-nos puros de coração, misericordiosos e sedentos de justiça, fontes de paz e harmonia entre os homens. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/06/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai cheio de misericórdia, contemplando cada uma das faces felizes do discurso de Jesus, nós compreendemos que se trata de seu autorretrato. Assim, pretender segui-lo é buscar realizar em nossa vida a vida de Jesus; em nossas relações, as relações de Jesus; em nossos desejos, os desejos de Jesus. Ajuda-nos, Pai querido, envia sobre nós o Espírito Santo para nos converter em discípulos missionários de teu Filho.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/06/2020
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