ANO B
Lc 4,38-44
Comentário do Evangelho
O serviço à vida
Lucas segue a mesma sequência de Marcos, articulando a saída de Jesus da sinagoga com a entrada na casa de Simão (Pedro), indicando a nova prática de Jesus. Era um dia de sábado (Lc 4,31; Mc 1,21). A sogra de Simão sofrendo com febre é a expressão do abatimento sob a carga das restrições legais da sinagoga. Ela, libertada por Jesus da febre que a prostrava, põe-se a servir (diakoneô). É o mesmo verbo que indica os muitos serviços de Marta em Lc 10,40 (cf. 10 out.). Libertada da opressão da lei, ela serve, exercendo trabalhos e infringindo o sábado. O serviço à vida, característico da novidade de Jesus, abole o legalismo que mata. A seguir, Jesus curava doentes e expulsava demônios. Doenças e maus espíritos eram resultados das precárias condições de vida das multidões excluídas. Jesus, acolhendo, valorizando e promovendo as pessoas, libertava-as de seus males.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.
Fonte: Paulinas em05/09/2012
Vivendo a Palavra
Ainda que consciente da universalidade do Reino de Deus, o Mestre nos ensina que devemos iniciar o seu anúncio pelos nos nossos ambientes – esta é a primeira responsabilidade – e cuida daqueles que estavam mais próximos: em Cafarnaum e nas pequenas cidades vizinhas da Galiléia.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/09/2012
VIVENDO A PALAVRA
O Mestre nos ensina que, ainda que conscientes da universalidade do Reino de Deus, devemos iniciar o seu anúncio pelos nos nossos ambientes – esta é a primeira responsabilidade: cuidar daqueles que estão mais próximos de nós. Era o que Ele fazia em Cafarnaum e nas pequenas cidades vizinhas da Galileia,
Reflexão
Por que as pessoas procuram a religião? A maioria das pessoas que procuram a religião o faz por motivos egoístas, procuram a Deus para fazer dele seu servidor, querem proteção, saúde, sucesso econômico, profissional, social ou afetivo, ou fogem do medo do desconhecido, do sobrenatural ou da própria morte. Devemos procurar na religião um relacionamento pessoal e amoroso com o próprio Deus, para que possamos servi-lo amando os nossos irmãos e irmãs. Para isso, precisamos conhecer o Evangelho, no qual Jesus anuncia a boa nova do Reino de Deus. A partir do conhecimento do Evangelho, vamos nos sentir apelados por Deus para a vivência concreta do amor e, a partir de uma resposta positiva a esse apelo, teremos um relacionamento maduro e amoroso com Deus.
Fonte: CNBB em 05/09/2012
Reflexão
Para os contemporâneos de Jesus, a doença era uma forma de dominação do adversário (demônio). Com febre alta, a sogra de Pedro estava impossibilitada de prestar serviço à comunidade. Jesus a liberta pela cura. Ao curar as enfermidades, Jesus demonstra seu poder libertador sobre as forças que oprimem as pessoas. Com isso, vai-se concretizando a atividade libertadora de Jesus, já esboçada no Cântico de Zacarias (cf. Lc 1,68-79) e anunciada pelo próprio Jesus no seu discurso inaugural, na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4,16-19). O evangelho de Lucas apresenta Jesus sempre a caminho, de modo que ninguém consegue segurá-lo. Sua caminhada terminará em Jerusalém, de onde outra vez partirá, mediante seus discípulos, para chegar aos “extremos da terra” (At 1,8).
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Meditando o evangelho
IMPONDO A MÃO SOBRE CADA UM
No trato com as pessoas doentes, Jesus se comportava como um médico delicado. Deparando-se com a sogra de Simão Pedro, vitimada por uma febre muito forte, inclinou-se sobre ela e deu ordem para que a febre desaparecesse. Mostrou igual bondade quando lhe trouxeram pessoas acometidas de várias doenças. Com muita mansidão e paciência, aproximava-se de cada uma, impunha-lhe a mão na cabeça e a curava.
A imposição das mãos revelava não só o cuidado de Jesus pelos enfermos, mas também sua solidariedade com eles. A comunhão com o Filho de Deus desmascarava a submissão as forças demoníacas que os mantinha escravos. Enquanto a presença solidária de Jesus era portadora de vida e saúde, a presença das forças malignas causava sofrimento e morte. Daí a necessidade de libertar as pessoas desta situação humilhante.
Na cultura da época, as doenças revelavam o poder do demônio sobre o ser humano. De qualquer forma, eram consideradas como conseqüência do pecado. A cura física e espiritual transformava-se, pois, numa evidente manifestação de que o Reino de Deus havia chegado pela presença e pelo ministério de Jesus, irrompendo na história humana. Assim, a atitude misericordiosa de Jesus em relação aos doentes expressava a solidariedade de Deus com toda a humanidade, com o desejo de salvá-la.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Cura das Enfermidades
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Toda enfermidade é uma desordem presente no organismo, os sintomas de uma doença significa que algo está errado com o nosso corpo. A Febre, que alguns confundem com enfermidade, é na verdade um eficiente sinalizador, a temperatura sobe e o organismo parece gritar "Tem algo errado aqui, é melhor verificar". O Deus que se revela em Jesus é aquele que tem poder sobre o caos, as forças da natureza, e também sobre a existência humana, a missão de Jesus não é o de tomar o lugar da Medicina, mas ele é o Médico da Alma, curou muitos enfermos no seu tempo, justamente para manifestar isso.
Acontece que as pessoas o viam assim, como alguém que curava as enfermidades e por isso o seguiam. Nesse evangelho, depois de curar a sogra de Simão Pedro, e de estender as mãos sobre mais enfermos que lhe foram apresentados, curando a todos, bem cedinho Jesus retirou-se para um lugar afastado. As pessoas foram até lá e queriam detê-lo de partir, desejosas que permanecessem com elas.
Então Jesus mostra-lhes que a sua missão é evangelizar, ele não é um Milagreiro que quer acomodar-se em uma "Tenda dos Milagres" para que as multidões o procurem, ao contrário, é um missionário peregrino que percorre todas as cidades da Galileia, para anunciar a Palavra que liberta, cura e revivifica.
Temos uma tentação muito grande de ficarmos na comunidade, quem sabe fazendo algum trabalho pastoral que atraia as pessoas para a igreja, Jesus lembra-nos que a Igreja é antes de tudo missionária, para sair de si mesma e ir ao encontro das pessoas lá onde elas moram, estudam ou trabalham...
Fonte: NPD Brasil em 05/09/2012
HOMILIA DIÁRIA
Jesus faz do ambiente familiar um lugar de saúde e vida
Postado por: homilia
setembro 5th, 2012
Jesus decide abandonar a sinagoga; a razão não é dita, mas, pelo que se pode entender, Ele quer transformar e fazer do ambiente familiar – simbolizado pela casa da sogra de Simão -, um lugar de oração, de cura e libertação, de paz e justiça, de amor e partilha, de alegria e sucesso, de misericórdia e perdão.
Jesus faz do ambiente familiar um lugar de saúde e vida. Portanto, a casa, o lar, a família são lugares privilegiados para construirmos as nossas sociedades. Assim, numa sociedade como a nossa, na qual o conceito de família anda tão deturpado, Cristo chama o casal cristão a ser estrutura sustentadora de uma família capaz de encontrar relações novas, não ditadas pela carne e o sangue, mas pela vida nova que Cristo confere pelo batismo. Isto reduz o egoísmo e faz com que cresça a caridade, dom do Espírito Santo, e se realize a “Igreja doméstica”.
Jesus toma conhecimento da doença que afeta os casais e vai para ao lado da cama deles, dando uma ordem à febre. Este gesto apela, primeiro, ao zelo apostólico do Senhor. Por outro lado, chama-nos a visitar, entrar e abeirar-nos dos leitos de muitos homens e mulheres que estão doentes e deitados, sem forças para levantar a cabeça, o corpo e servir os seus como deveriam fazer, a exemplo da sogra de Pedro.
Veja que, na casa, a mulher, personificada na sogra de Simão, é valorizada na sua prática do serviço, que é a característica fundamental do Reino. Um outro pormenor a considerar é que a cena narrada se passa num sábado, dia do culto na sinagoga. Neste dia, todo trabalho cessava e só era permitido caminhar até uma curta distância. Ao pôr-do-sol, termina o dia do sábado e começa o primeiro dia da semana. É a introdução do domingo, o dia por excelência para nós cristãos.
O povo, liberado das restrições legais do sábado – que ao invés de salvar, condenava; de dar vida, matava -, corre a Jesus, quem os cura, liberta e salva. Ele, na Sua prática, vai revelando que os males da humanidade resultam, principalmente, da falta de carinho, amor, ternura, paz, justiça, reconciliação, diálogo, atenção e falta de Deus na comunidade-família que deveria ser construtora de vidas novas.
Neste trabalho, é preciso que a comunidade e os evangelizadores saibam que estão a serviço de Deus e não em busca de privilégios ou de poder. É preciso que ela tenha as portas abertas para todos. O meu e o seu serviço é o de levar todos os enfermos, quer os da família de sangue quer não: “todos os que tinham amigos enfermos, com várias doenças, os levaram a Jesus. Ele pôs as suas mãos sobre cada um deles e os curou”.
A você me dirijo recordando que, como apóstolo, você é enviado e ordenado para anunciar a Palavra. De modo que, trazendo todos os enfermos – quer corporais quer espirituais – possam ser curados e entendam Deus na Pessoa do Seu Filho, Jesus Cristo. Ele que acolhe, liberta, perdoa e anuncia a verdade do Reino: a Vida Eterna.
Esta missão do Filho de Deus nos compromete e interpela a que – acolhendo maus e bons – possamos ser a mão, a braço, a boca, o coração e a mente de Cristo, convertendo-nos em discípulos e missionários do Mestre para que o mundo conheça a Verdade e, conhecendo a Verdade, possa salvar-se.
Peçamos hoje a Deus um novo ardor missionário.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova 05/09/2012
Oração Final
Pai Santo, que o nosso sonho de um Reino Universal não nos iniba de viver os seus sinais, já aqui e agora, no cotidiano da vida simples, compartilhando o teu Amor Misericordioso com os companheiros do nosso caminho, enquanto esperamos o teu Abraço definitivo. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/09/2012
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o nosso sonho do teu Reino Universal não nos iniba de viver os seus sinais, já aqui e agora, no cotidiano da vida simples, compartilhando o teu Amor Misericordioso com os companheiros do nosso caminho, enquanto esperamos o teu abraço definitivo. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.