sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

NOVENA DE NATAL - SEGUNDO DIA DIA (15 a 23/12/2023)


NOVENA DE NATAL - SEGUNDO DIA

2º Dia - Jesus, rosto divino do homem
1. Canto

Vem, Senhor, Jesus, o mundo precisa de ti (bis)
Ao mundo falta PAZ, Tu és PAZ. Vem, Senhor Jesus

2. Saudação

Com. - A graça e a paz do Senhor estejam conosco
Todos - Ele está no meio de nós!

Somos discípulos e missionários daquele que vem!

Com. - Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida,
Todos - Tende piedade de nós.

3. Motivação: Documento de Aparecida

Com. - Em sintonia com a V Conferência de Aparecida, hoje o tema de nossa novena é Jesus, rosto divino do homem.

Leitor 1 - "Damos graças e louvamos a Deus por nos ter dado Jesus Cristo, a plenitude da revelação de Deus, um tesouro incalculável, a “pérola preciosa” (cf. Mt 13,45-46). Verbo de Deus feito carne, Caminho, Verdade e Vida dos homens e das mulheres aos quais abre um destino de plena justiça e felicidade." (DAp 6).

4. Palavra de Deus

Com. - Tomemos agora a Palavra de Deus onde Ele se revela a nós.

Canto - Envia tua Palavra, Palavra de salvação, que vem trazer esperança, aos pobres, libertação


Leitor 2 - Leitura bíblica (Ler na Bíblia: Mt 25, 35-36)

(Alguns momentos de silêncio).

5. Partilha

Com. - Jesus se identifica com os pobres, os famintos, os migrantes, os sedentos e injustiçados.

Jesus os chama de seus “irmãos menores”, os necessitados. Num momento de silêncio pensemos e se tivermos atendido de alguma forma um destes irmãos menores, vamos testemunhar e colocar uma palhinha na manjedoura.

(Momentos para partilha dos participantes).

Canto: Ave Maria, Ave Maria, Ave Maria, Mãe de Jesus.

6. Oração

Com. - Rezemos com toda a Igreja

- Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, rosto humano de Deus e rosto divino do homem, acendei em nossos corações o amor ao Pai que está no céu e a alegria de sermos cristãos.

- Vinde ao nosso encontro e guiai nossos passos para seguir-vos e amar-vos na comunhão de vossa Igreja, celebrando e vivendo o dom da Eucaristia, carregando nossa cruz, e ungidos por vosso envio.

- Dai-nos sempre o fogo de vosso Santo Espírito, que ilumine nossas mentes e desperte entre nós o desejo de contemplar-vos, o amor aos irmãos, sobretudo aos aflitos, e o ardor por anunciar-vos no início deste século.

- Discípulos e missionários vossos, queremos remar mar adentro, para que nossos povos tenham em Vós vida abundante, e com solidariedade construam a fraternidade e a paz.

Todos: Senhor Jesus, vinde e enviai-nos!

Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós. Amém.

7. Canto

Envia tua Palavra, Palavra de salvação, que vem trazer esperança, aos pobres, libertação

8. Despedida e Bênção

Com. - Até o próximo encontro vamos descobrir o rosto humano de Deus na pessoa dos irmãos.

Jesus Divino Mestre seja para ti a verdade que ilumina, o caminho da santidade, a vida plena e eterna. Que ele te guarde e defenda. Plenifique de todos os bens a ti e a todos os que amas.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. (Alberione)

Todos se despedem, combinando, antes, o próximo encontro.



HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 15/12/2023

ANO B


Mt 11,16-19

Comentário do Evangelho

Jesus e os discípulos de João

Reconhecendo o valor da pregação de João Batista, Jesus vai a ele e torna-se seu discípulo. Depois, com seus próprios discípulos, inicia seu ministério, anunciando, como João Batista, a chegada do Reino dos Céus. João permanecia nas regiões desérticas, nas fronteiras da Judeia, contudo, Jesus decide fazer seu anúncio nas localidades mais habitadas da Galileia. O movimento de Jesus se desenvolve em paralelo ao movimento dos discípulos de João, e Jesus, em sua pregação, sempre valoriza a pregação de João. O nome de João é o mais citado nos evangelhos (76 vezes), depois do nome de Pedro (124 vezes).
A pequena parábola dos dois grupos de crianças que disputam nas praças é dirigida a "esta geração". Esta expressão tem o caráter de censura, conforme seu uso na tradição profética, nas críticas ao povo de Israel de coração duro. Aqui exprime os chefes do judaísmo que rejeitam Jesus. Assim como o convite de um grupo de crianças é rejeitado pelo outro, João Batista e Jesus são rejeitados por esses chefes. A rejeição, tanto a João, na sua austeridade, como a Jesus no seu convívio comum, significa a rejeição do próprio projeto amoroso, misericordioso e acolhedor de Deus. Porém, os pequenos e humildes reconhecem a sabedoria de Deus, manifesta em Jesus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que eu não me deixe bloquear pelas críticas, quando minha vida for um testemunho de serviço ao Reino, expressão de minha adesão a teu Filho Jesus.
Fonte: Paulinas em 14/12/2012

Comentário do Evangelho

Os sinais dos tempos

O trecho do evangelho é a sequência do relato em que João Batista envia os seus discípulos a Jesus para perguntarem: “És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?” (Mt 11,3). A pergunta de João Batista revela a sua dificuldade de discernir e compreender o novo que se vai realizando na pessoa de Jesus. A resposta de Jesus, apoiada em Is 35,5-6, é suficiente para que João reconheça o “hoje” da salvação e que Jesus é o Messias esperado.
O convite de João Batista à conversão ganhou muitos adeptos, mas também muita rejeição entre os que o ouviam: os publicanos e pecadores receberam o batismo, ao contrário dos escribas e fariseus. Na aceitação/rejeição do batismo por parte de seus contemporâneos, é prefigurada a aceitação/rejeição de Jesus. As parábolas dos vv. 16-17, explicadas nos vv. 18-19, se referem e ilustram essa rejeição dos chefes do povo. O que se aponta é a “cegueira” daqueles que deveriam orientar o povo para Deus e estar atentos aos sinais dos tempos. A surpresa de Deus exige um discernimento permanente.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu não me deixe bloquear pelas críticas, quando minha vida for um testemunho de serviço ao Reino, expressão de minha adesão a teu Filho Jesus.
Fonte: Paulinas em 13/12/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Com que posso comparar esta geração?


João é o profeta acostumado à dureza do deserto, à fome, à sede, ao frio e ao calor. Jesus convive, acolhe, conversa, brinca e sorri, conta histórias, vai às casas das pessoas, usa imagens, perdoa, cura, toca, dorme. São estilos bem diferentes.
O texto de hoje quer nos ajudar a compreender que, quando não se quer, qualquer desculpa serve. Tudo se inventa para se justificar a incapacidade de optar por Cristo e por seu Reino. Jesus utiliza a imagem das crianças que estão nas praças para falar da indecisão ou até mesmo da birra de algumas delas, que não querem brincar, seja qual for a proposta.
Sempre há alguém que critica tudo; que, mesmo dizendo ser piedoso, não quer compromisso nem com o penitente austero, que é João, nem com o profeta risonho, que é Jesus. Jesus diz, provavelmente citando uma brincadeira infantil: “tocamos flauta”, como se fosse uma festa de casamento, e ninguém quis dançar; “entoamos lamentações”, como em um funeral, e ninguém fez luto.
Em preparação para o Natal, a liturgia nos pede uma decisão. São graves a indiferença e o senso de nenhuma pertença. Basta de desculpas esfarrapadas! A despeito da má vontade dos seres humanos, o sábio desígnio do projeto de Deus se realiza e vai adiante.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

O povo do tempo de Jesus não era diferente do povo de todos os tempos. Nós estamos prontos para julgar o próximo – comilão, glutão, tem demônio... – esquecendo-nos de que a nossa luta é para conquistar o Reino, que está dentro de nós. Para isto, devemos ser violentos e vencer os nossos próprios instintos.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2012

Vivendo a Palavra

O ser humano sempre busca ansiosamente por milagres. Comer normalmente, como Jesus, ou jejuar, como João, não comoviam aquela geração e talvez não nos convencessem... Aprendamos com o Mestre a descobrir e a nos encantar com a presença do Pai Amoroso nos sinais dos tempos e nos acontecimentos corriqueiros da vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Nosso Mestre compara sua geração com aquelas crianças que são sempre ‘do contra’: não compartilham com os companheiros as suas brincadeiras. Não poucas vezes, também nós somos assim: desdenhamos os sinais de Deus na nossa vida, pedindo e esperando milagres novos e espetaculares que possam nos convencer, para depois nos converter.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/12/2017

VIVENDO A PALAVRA

O povo do tempo de Jesus não era diferente do povo de qualquer tempo, como o de hoje. Nós estamos prontos para julgar o próximo – comilão, glutão, tem demônio… – esquecendo-nos de que a nossa luta é para conquistar o Reino, que está dentro de nós. Para isto, devemos vencer os nossos próprios instintos, nossas paixões, nosso egoísmo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2018

VIVENDO A PALAVRA

Já era assim desde aqueles tempos: o refúgio mais procurado para não enxergar os próprios erros é criticar o próximo. É por isto que aquela geração dizia: Este, que não come nem bebe, está com o demônio! Aquele outro, que come e bebe, é um glutão! O caminho ensinado pelo Mestre passa pelo esforço para nos conhecermos melhor, assumindo os limites e erros pessoais, e prossegue com a entrega humilde e confiante ao Espírito para vivermos nossa conversão ao Reino de Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/12/2020

Reflexão

Muitas pessoas ouvem as mensagens do Evangelho, mas não se sensibilizam com elas, não correspondem a elas, de modo que elas não provocam eco em suas vidas. O conhecimento da Palavra de Deus é muito importante, mas não é tão importante como a comunhão de ideias e valores que deve haver entre os homens e Deus. O conhecimento nos ajuda a realizar esta comunhão de modo que ele é um meio necessário para que possamos atingir o fim, mas o conhecimento não é a finalidade em si. Se ficamos apenas no conhecimento, não dançamos com as flautas nem batemos no peito com o canto fúnebre, não comungamos as ideias de Jesus.
Fonte: CNBB em 14/12/2012 13/12/2013

Reflexão

Todo o empenho de Jesus na implantação do Reino de Deus parece trazer resultado insignificante ou fraco. Apesar de falar “com autoridade”, superando assim a oratória dos mestres da Lei e dos fariseus, a resposta e a adesão do povo são insatisfatórias. Daqui o desabafo de Jesus mediante a figura das crianças que fazem capricho: não participam da brincadeira. Jesus aplica a imagem ao comportamento de seus ouvintes. Todo esforço é inútil para levá-los a assumir compromisso com o Reino de Deus inaugurado por Jesus. Nem o rigorismo do Batista, nem a suavidade do Mestre de Nazaré, nada convence “essa geração” e seus líderes a mudar de vida. Entretanto, as obras que Jesus realiza revelam que ele é o autêntico emissário de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 14/12/2018

Reflexão

Todo o empenho de Jesus na implantação do Reino de Deus parece trazer resultado insignificante ou fraco. Apesar de falar “com autoridade”, superando assim a oratória dos mestres da Lei e dos fariseus, a resposta e a adesão do povo são insatisfatórias. Daqui o desabafo de Jesus mediante a figura das crianças que fazem capricho: não participam da brincadeira. Jesus aplica a imagem ao comportamento de seus ouvintes. Todo esforço é inútil para levá-los a assumir compromisso com o Reino de Deus inaugurado por Jesus. Nem o rigorismo do Batista, nem a suavidade do Mestre de Nazaré, nada convence “essa geração” e seus líderes a mudar de vida. Entretanto, as obras que Jesus realiza revelam que ele é o autêntico emissário de Deus.
Oração
Divino pregador, Jesus Cristo, teus conterrâneos, sobretudo os dirigentes do povo, recusaram a pregação do rigoroso João Batista e te desprezaram por seres amigo dos pecadores. Os planos de Deus, porém, comprovam que João estava certo e tu também estavas com a verdade. Errados, eles. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 11/12/2020

Reflexão

Todo o empenho de Jesus na implantação do Reino de Deus parece trazer resultado insignificante ou fraco. Apesar de falar “com autoridade”, superando assim a oratória dos mestres da Lei e dos fariseus, a resposta e a adesão do povo são insatisfatórias. Daqui o desabafo de Jesus mediante a figura das crianças que fazem capricho: não participam da brincadeira. Jesus aplica a imagem ao comportamento de seus ouvintes. Todo esforço é inútil para levá-los a assumir compromisso com o Reino de Deus inaugurado por Jesus. Nem o rigorismo do Batista, nem a suavidade do Mestre de Nazaré, nada convence “essa geração” e seus líderes a mudar de vida. Entretanto, as obras que Jesus realiza revelam que ele é o autêntico emissário de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 09/12/2022

Reflexão

Em outra circunstância, Jesus afirmara: “Esta é uma geração má”. Aqui, diz que é uma geração cabeçuda. Trata-se de pessoas que vivem apegadas, de maneira obstinada, a suas ideias e convicções e rejeitam o raciocínio e os argumentos dos outros. João Batista e Jesus anunciam o Reino de Deus e, com modos diferentes de viver, dedicam-se à implantação e ao desenvolvimento de uma nova sociedade baseada no amor a Deus e ao próximo. Muitos conterrâneos de João e de Jesus, principalmente os chefes do povo, põem-se contra eles; recusam-se a assumir qualquer mudança, preferindo manter privilégios. Entretanto, a vida e ações de João e de Jesus provam que ambos realizam a vontade de Deus.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Com quem vou comparar esta geração?»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje devêssemos remover-nos diante do suspiro do Senhor: «Com quem vou comparar esta geração?» (Mt 11,16). Jesus fica aturdido com nosso coração, muitas vezes inconformista e desagradecido. Nunca estamos contentos; sempre nos queixamos. Inclusive nos atrevemos a acusá-lo e a culpá-lo daquilo que nos incomoda.
«Mas a sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras» (Mt 11,19): basta contemplar o mistério do Natal. E nós?; Como é a nossa fé? Será que com essas queixas tratamos de encobrir a ausência de nossa resposta? Boa pergunta para o tempo do Advento!
Deus vem ao encontro do homem, mas o homem —particularmente o homem contemporâneo¬— se esconde Dele. Alguns lhe têm medo, como Herodes. Outros, incluso, lhes molesta sua simples presença. «Fora! Fora! Crucifica-o!» (Jo 19,15). Jesus é o Deus-que-vem» (Bento XVI) e nos parecemos “o homem-que-se-vai”: «Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram» (Jo 1,11).
Por que fugimos? Por nossa falta de humildade. São João Batista recomendava-nos “minguarmos”. E a Igreja nos o lembra cada vez que chega o Advento. Para tanto, façamos-nos pequenos para poder entender e acolher ao "Pequeno Deus". Ele se nos apresenta na humildade das fraldas: Nunca antes tinha predicado um “Deus-com-fraldas”! Ridícula imagem damos à vista de Deus quando os homens pretendemos encobrir-nos com desculpas e falsas justificações. Já nos alvores da humanidade Adão lançou as culpas a Eva; Eva à serpente e..., havendo transcorrido os séculos, continuamos igual.
Mas, chega Jesus-Deus: No frio e na pobreza extrema de Belém não vociferou nem nos reprochou nada. Tudo o contrário!: Já começa a carregar sob suas pequenas costas todas nossas culpas. Então, teremos-lhe medo?; De verdade valerão nossas desculpas diante esse “Pequeno-Deus"? «O sinal de Deus é o Menino: Aprendemos a viver com Ele e a praticar com Ele a humildade da renúncia» (Bento XVI).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Quando Deus viu que o medo estava arruinando o mundo, imediatamente tentou chamá-lo de novo, com amor; convidá-lo com sua graça; apoiá-lo com sua caridade e ligá-lo com seu afeto» (São Pedro Crisólogo)

- «Para a humanidade, que já não tem tempo para Ele, Deus oferece outro tempo para redescobrir o sentido da esperança. Porque Ele nos ama e, precisamente por isso, espera que voltemos para ele e que abramos o nosso coração ao seu amor» (Bento XVI)

- «Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do homem» (Jn 3,13). Abandonada às suas forças naturais, a humanidade não tem acesso à ‘Casa do Pai’ (Jo 14,2), à vida e à felicidade de Deus. Só Cristo foi capaz de abrir este acesso ao homem» (Catecismo da Igreja Católica, n. 661)

Reflexão

«A sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras»

Rev. D. Pere GRAU i Andreu
(Les Planes, Barcelona, Espanha)

Hoje vemos que com muita frequência temos que assistir a enterros. Mas... poucas vezes pensamos no nosso próprio funeral. Vem a ser como uma jogada do subconsciente que subordina sine die a própria morte.
A mesma contemplação do ritmo da natureza que nos rodeia lembra-nos também esse fato. Deduzimos que — em certo modo—não estamos tão distantes de uma planta, de um ser vivo... estamos submetidos, tanto se nos agrada como se não, à mesma lei natural das criaturas que nos rodeiam. Com a diferença, importante, da origem da nossa vida, da vida a imagem e semelhança de Deus, com projeção de eternidade.
Todo o Advento está informado por esta ideia. O Senhor chega com grande esplendor a visitar o seu povo, com a paz, comunicando-lhe a vida eterna. É um toque de alerta: «A sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras» (Mt 11,19). Tenhamos uma atitude receptiva ante o Senhor!
«Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para ele» (Mc 1,3), anunciado no domingo II do Advento (ciclo B). Vigiai as condutas sociais! É o que nos vem a dizer hoje. É como se nos quisesse dizer: «não ponhais dificuldades à comunicação amorosa de Deus».
Temos de polir o nosso caráter. Temos de reconstruir nossa maneira de atuar. Tudo aquilo que, em definitiva, falseia nossa responsabilidade: o orgulho, a ambição, a vingança, a dureza de coração, etc. Aquelas atitudes que nos fazem deuses do poder no mundo, sem querer reconhecer que não somos os senhores do mundo. Somos uma pequena parte dentro da extensa história da Humanidade.
Os discípulos de João experimentavam a purificação dos seus erros. Nós, os discípulos de Jesus, nosso Amigo, podemos viver a insuperável experiência da purificação de todo aquilo que é pecado, com esperança de vida eterna: Outro Natal!
Renovemos nosso diálogo com Ele. Façamos nossa oração de esperança e amor, sem fazer caso do barulho mundano que nos rodeia.

Reflexão

A “esperança de Deus no homem” fundamenta “a esperança do homem em Deus”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje o coração infinitamente paciente de Jesus escapa-se... um lamento: Como pode suceder que a criatura “feita para Deus”, intimamente orientada a Ele, possa ignorá-lo? Deus conhece o coração do homem. Sabe quem lhe rejeita é por que ainda não conheceu o seu verdadeiro rosto; por isso não para de chamar à nossa porta. Ele concede um novo tempo à humanidade precisamente para que todos possam chegar a conhecê-lo. Este é também o sentido de um novo ano litúrgico.
À humanidade, que já não tem tempo para Ele, Deus lhe oferece outro tempo para voltar a encontrar o sentido da esperança. Deus ama-nos e precisamente por isso espera que voltemos a Ele, que abramos o nosso coração ao seu amor. Esta espera de Deus precede sempre a nossa esperança, exatamente como seu amor nos abraça sempre primeiro. Neste sentido, a esperança cristã chama-se "teologal": Deus é a sua fonte, o seu apoio e o seu fim.
—A minha esperança está precedida pela esperança que Tu, Senhor tens em mim.

Recadinho

Procuro sentir a presença do Reino de Deus nas pequenas coisas da vida? Meu Natal será diferente? Em que sentido? - Como João Batista, anuncio o amor de Deus? Como João Batista, falo de perdão e sei perdoar? - Dou testemunho das maravilhas de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/12/2013

Meditação

Jesus lembra o quadro de crianças manhosas, que não aceitam nenhuma sugestão de brinquedo. Assim eram os que não o aceitavam, do mesmo modo como não aceitaram a pregação de João. Qualquer razão servia para justificar sua rejeição. De fato, não acreditavam porque não queriam acreditar, presos em suas ideias preconcebidas e incapazes de se abrirem à proposta do Evangelho. Fechar-se ao Evangelho e à realidade de nosso tempo é desprezar a verdade e a presença do Reino.
Oração
Ó DEUS TODO-PODEROSO, dai ao vosso povo esperar com plena vigilância a vinda do vosso Filho Unigênito, e assim, como ensinou o autor da nossa salvação, possamos correr vigilantes a seu encontro com lâmpadas acesas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus nos encoraja a sermos felizes e agradecidos


Hoje nos removemos ante o suspiro do Senhor: «Com quem compararei a esta geração? ». A Jesus sente a dor do nosso coração, inconformista e mal-agradecido: muito protesto e pouca alegria! Deus vem ao encontro do homem, mas o homem se esconde. Alguns sentem medo, como Herodes…
—Chega Jesus-Deus: no frio e na pobreza de Belém nem reclamou nem nos reprochou nada. Ao contrário! Já começa a carregar sobre suas pequenas costas todas nossas culpas. Não estás contente?

Meditando o evangelho

ESPÍRITO DE CONTRADIÇÃO

O advento de Jesus não foi bem-vindo por todos. Houve quem o rejeitasse de maneira sistemática, numa postura de total fechamento. O Mestre denunciou o espírito de contradição e a má-vontade que se escondia atrás desta atitude. João Batista também havia sido rejeitado pelas mesmas pessoas, mas por motivos contrários àqueles aplicados a Jesus. O Batista foi criticado por não comer nem beber; Jesus, por sua vez, por comer e beber com toda liberdade. João foi chamado de possesso e Jesus, de comedor e beberrão. A vida de penitência de João não era vista com bons olhos; o mesmo se passava com a solidariedade de Jesus em relação aos marginalizados e pecadores de sua época. Qualquer que fosse a proposta, esse tipo de gente tinha motivos para refutá-la.
A denúncia dessa mentalidade deve ter soado aos ouvidos dos discípulos, especialmente dos sistematicamente críticos, como um alerta. O Reino deve ser acolhido com benevolência. Ao invés de buscar argumentos para justificar sua acomodação, o discípulo pergunta-se o que pode fazer para viver a proposta do Reino, de maneira mais radical, assumir o testemunho de Jesus como modelo de fidelidade ao Pai e ao Reino, e, na vida de Jesus, encontrar inspiração. O discípulo sabe qual é a maneira mais conveniente de comportar-se diante do Mestre.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba acolher, com benevolência, o Reino anunciado por ti, sem medo de, cada dia mais, conformar minha vida ao teu projeto.
Fonte: Dom Total em 15/12/201714/12/2018 e 11/12/2020

Comentário ao Evangelho

CRÍTICAS INFUNDADAS

Os destinatários da denúncia de Jesus eram todos os que não o acolheram, como também a João Batista. Isto é, os que, aferrados aos seus esquemas, fechavam-se para quem os questionava, propondo-lhes algo novo, mais condizente com a vontade divina. A incapacidade de converter-se era acobertada com críticas infundadas.
A austeridade de João foi taxada de possessão demoníaca, de loucura. Por seu modo fraterno de ser, Jesus recebeu a alcunha de comilão, beberrão e amigo de gente de má vida. Assim, ambos eram desmoralizados e desautorizados a se apresentarem como referenciais para o povo. A credibilidade dos dois ficava minada nas bases.
O testemunho de João exigia preparar-se para acolher o Messias vindouro, por meio de uma profunda transformação interior, em detrimento de certas práticas, ensinadas pelos líderes religiosos. Com isto, a imensa estrutura articulada em torno do templo e de suas instituições, bem como das sinagogas espalhadas pelo país, ficavam sem importância. E também seus mentores e propagadores.
Já o testemunho de Jesus era uma aberta denúncia ao segregacionismo preconceituoso da religião da época. Ele foi se colocar exatamente junto dos que eram marginalizados, fazendo-se solidário com eles. Mostrava, assim, onde e como a salvação estava acontecendo, e de que modo o Reino, de fato, irrompia na História.
Fonte: Dom Total em 13/12/2013 e 09/12/2022

Oração
Pai, que eu não me deixe bloquear pelas críticas, quando minha vida for um testemunho de serviço ao Reino, expressão de minha adesão a teu Filho Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que a intercessão da gloriosa virgem santa Luzia reanime o nosso fervor, para que possamos hoje celebrar o seu martírio e contemplar, um dia, a sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 13/12/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Dançar conforme e NOSSA música...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Meninos sentados na praça e que gritam aos outros "Tocamos flauta e não cantais, cantamos uma lamentação e não chorais..." Com essa expressão talvez estranha para nós, Jesus diz uma grande verdade: queremos sempre que as pessoas dancem conforme a nossa música, isso é, que pensem e ajam como nós, e se for uma religião ou até mesmo aspecto cultural, que não mudem nada e nem venham com coisas novas.
João Batista, o Precursor de Jesus, tinha algo novo a anunciar, mas como vivia de um jeito meio estranho e não se alimentava, diziam que ele estava possesso de um demônio. (Qualquer fenômeno que não conseguimos definir, atribui-se ao demônio).
Jesus de Nazaré é diferente de João Batista, aliás, não se encaixa no perfil de Messias anunciado, em vez de acabar com os pecadores e homens maus, tem amizade com eles, senta-se para tomar refeição com eles, e come e bebe com eles. Por isso o rotularam de comilão e beberrão.
E assim, o Novo que se encarnou em meio a humanidade, acabou rejeitado justamente porque era humano demais. Esse evangelho traz um forte apelo á conversão neste tempo do advento, mas o que é a conversão? Justamente purificar o olhar e o coração, para ver e sentir a presença de Jesus e do seu Reino nas pessoas e nos acontecimentos da história e da nossa vida. Mas tenhamos cautela, Jesus não está formatado do jeito que nós queremos e o imaginamos, a conversão interior é primeiramente dom de Deus, que vem com a Graça oferecida em Jesus.
Quando olhamos o mundo e as pessoas com os olhos de Jesus, não exigimos que as pessoas "dancem só conforme a nossa música", pois o Reino a todos renova e se refaz nas virtudes e nos valores que cada um tem e disponibiliza para os irmãos e irmãs.

2. A sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A sabedoria se reconhece em suas obras. Muitas são as palavras e muitos os julgamentos. Dizem estes uma coisa e aqueles dirão o contrário. Divergimos entre nós. Temos poucas certezas, muitas opiniões e muitas interpretações. Necessitamos, por isso, da sabedoria. Dizem os filósofos que a sabedoria é o perfeito conhecimento de todas as coisas. Mas é preciso acrescentar que ela consiste em conhecer todas as coisas em vista de uma boa conduta na vida para a obtenção da felicidade, na medida do possível. Ela é humana e se adquire por experiência, e é divina, um dom especial do Espírito Santo. “Rezei, e a inteligência me foi dada; invoquei, e o espírito de Sabedoria veio até mim”, diz o Livro da Sabedoria. Neste tempo do Advento, a sabedoria é o próprio Filho de Deus que vem até nós. Concede-nos saborear algo do próprio Deus e com o gosto das coisas do alto decidir espontaneamente pelo que é melhor. São muitas as opiniões e não há tempo para errar. Animados e iluminados pelo Espírito do Senhor Jesus, queremos acertar o caminho para chegarmos ao fim que nos propusemos. A partir do dia 17 de dezembro, a Liturgia canta as antífonas do “Ó”. A primeira dá a Cristo o título de Sabedoria, que sai da boca do Altíssimo e atinge até os confins de todo o universo. Que ela venha e nos ensine o caminho da prudência.
Fonte: NPD Brasil em 15/12/2017

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Falta sabedoria, ou a falsa sabedoria faz com que nada nos agrade e nada esteja bom. Mal-humorados, estes não dançam no casamento e aqueles não choram no enterro. Criticaram João Batista que não comia e criticaram Jesus porque comia. A verdadeira sabedoria ajudará a discernir o que é melhor. São João da Cruz viveu grandes tribulações em sua vida consagrada a Deus, tendo que discernir com sabedoria o que era o melhor para a Ordem do Carmo. Com Santa Teresa, foi o grande reformador do Carmelo. Místico, meditava, rezava, trabalhava e escrevia. Podemos aprender com ele, que assim nos ensina: “Para chegar a saborear tudo, não queiras ter gosto por nada. Para chegar a saber tudo, não queiras saber de coisa alguma. Para chegar a possuir tudo, não queiras possuir nenhuma coisa. Para chegar a ser tudo, não queiras ser nada. Para chegar a não ter gosto, deves ir por onde não gostes. Para chegar ao que não sabes, deves ir por onde não sabes. Para chegar a possuir o que não possuis, deves ir por onde não possuis. Para chegar ao que não és, deves ir por onde não és. Quando te demoras em alguma coisa, não estás te lançando em direção a tudo. Para chegar inteiramente a tudo, em tudo deves te abandonar. E quando chegares a ter tudo, deves tê-lo sem nada querer”. Nasceu na Espanha em 1542 e morreu no dia de hoje, em 1591.
Fonte: NPD Brasil em 14/12/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. BRINCADEIRA DE CRIANÇA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Do que os meninos Judeus brincavam, naquele tempo? O evangelho de hoje, embora seja uma reflexão, dá a informação de que, uma de suas brincadeiras era esta: Casamento e enterro, no casamento tocava-se a flauta e os convidados cantavam e dançavam, no enterro, um grupo fazia lamentação, e como ocorria na vida real, os demais deveriam chorar e bater no peito desconsolados como fazia um bom judeu diante do quadro da morte.
Jesus certamente também participou de brincadeiras assim e se lembrou da frustração dos tocavam flauta, quando o outro grupo reagia á música e ao clima de alegria, ou quando se simulava um enterro, e acontecia a mesma coisa, permaneciam indiferentes á motivação.
Era exatamente o que ele estava sentindo na pele, a sua gente, as pessoas da sua terra e do seu grupo, não se tocavam com o seu anúncio totalmente inédito, e ainda o viam como um comilão e beberrão, estes eram os mesmos que acusavam João Batista de estar com um demônio, porque não comia e nem bebia.
O homem da pós-modernidade, diante da Religião, principalmente do Cristianismo, também reage assim, ficando totalmente indiferente à realidade do anúncio do Reino e á Boa Nova do Evangelho.
Concluindo, podemos usar o reverso da reflexão, e em vez do Homem dançar conforme a música de Deus inverte a ordem e se arroga ao direito de querer que Deus dance de acordo com á sua musiquinha de quinta categoria, sem ritmo nem conteúdo.

2. Com quem vou comparar esta geração? - Mt 11,16-19
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Há uma presença marcante de João Batista na primeira parte do Advento. Ele prepara seu povo para o Dia do Senhor e é também o sinal de que o Messias Salvador está chegando e já chegou. É o precursor. O texto de hoje elogia a sabedoria reconhecida pelas suas obras. A afirmação é feita para aqueles que costumam julgar sem critérios. Falta-lhes o bom senso, dado pela sabedoria. João Batista não comia nem bebia e diziam que ele tinha um demônio. Jesus come e bebe e o chamam de comilão, beberrão e amigo dos pecadores. Vamos, então, olhar as obras dos que comentam e criticam e as obras tanto de João quanto de Jesus. O que fazer para agradar tais críticos? Ajudá-los para que não façam julgamentos sem fundamentos, ou deixar que exponham publicamente sua falta de bom senso? Em qualquer situação, Isaías nos orienta a prestar atenção no ensinamento de Deus, que é para nosso bem. Se atendermos às suas ordens, a nossa paz será levada a toda parte, como as águas de um rio. Os opostos se encontrarão e se porão de acordo com João Batista e com Jesus. O Papa São Dâmaso, que hoje celebramos, viveu num tempo de grandes controvérsias doutrinárias. Com muita sabedoria, manteve a unidade da Igreja. Foi ele quem confiou a São Jerônimo a edição da Bíblia Vulgata para que todos tivessem acesso a um bom texto em língua popular.
Fonte: NPD Brasil em 11/12/2020

HOMILIA

SÃO COMO CRIANÇAS SENTADAS NA PRAÇA

Jesus compara a geração dos homens e mulheres descrentes com crianças que não sabem distinguir as coisas e se lamentam por causa dos acontecimentos da vida.
A passagem de Mateus que acabamos de ler, é uma espécie de reprovação à nossa falta de coerência, uma censura parecida à que Deus fez a Israel no passado e a nós hoje. Parecemos com a canção infantil que Jesus ouviu cantar em alguma das ruas poeirentas de Nazaré ou de Cafarnaum: “Tocamos flauta e vós não dançastes, Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!”. Não aceitamos a pregação penitencial de João Batista, seu apelo à conversão, porque ele nos parece muito severo. Tampouco acolhemos a gozosa notícia da salvação que Cristo nos traz, porque nos compromete a servir e amar com alegria e desprendimento. Para isso somos demasiadamente egoístas, pensamos muito em nós mesmos, em nossa privacidade e nosso orgulho. Seguir a Jesus acaba sendo muito igualitário e gratuito. Mas aí está a sabedoria divina manifestando-se nos fatos. Onde pomos um pouco de amor e desprendimento, algo de solidariedade e de respeito, floresce a vida, renascem os sorrisos, encontramos irmãos. Onde há egoísmo e indiferença proliferam os males, a mor e a morte.
Neste Advento de preparação para celebrar o nascimento de Jesus, deixemo-nos tocar um pouco pela pregação penitencial de João Batista. Revisemo-nos um pouco para ver se há males a extirpar em nossas vidas, e deixemo-nos arrastar pela corrente de amor e calorosa simpatia que Jesus sente por todo tipo de gente, sobretudo pelos pobres, humildes e pequenos. Terminaremos cantando alegremente ao descobrir o amor e o serviço.
O profetismo israelita foi uma demonstração de consciência crítica frente aos abusos, não apenas dos impérios externos, mas também da monarquia e do sistema de governo israelita em geral, incluindo o sistema religioso. Jesus queria despertar esse profetismo, ativando a consciência crítica de seu povo. Esta era a única forma de gerar nele a mudança libertadora. A resposta para esse momento não foi apenas negativa, mas agressiva e ameaçadora.
A voz profética de João Batista havia sido calada com seu assassinato, e a proposta era também silenciar Jesus, ameaçando-o de morte. Jesus faz alusão a esse fato, tomando como base o jogo dos meninos que se alternavam em dois grupos, cantando canções de dor ou de alegria para que o grupo contrário dançasse ou chorasse. João Batista havia sido um modelo de profeta, cuja figura convocava à penitência; Jesus era de outro modelo: convoca à alegria, à felicidade plena. A nenhum dos dois deram crédito. O que queriam, então, os chefes?
Eles eram encarregados de qualificar ou desqualificar as pessoas perante o povo. Por isso mesmo, eram eles, em grande parte, os responsáveis pela desorientação do povo. Seus interesses impediam que o povo se encaminhasse para outro lado. O ensinamento deste dia é que deixemos de ser críticos sem razão e, mas que nós mesmos saibamos discernir a realidade, estando atentos aos sinais dos tempos.
A metodologia de Deus, Sua maneira de agir é diferente do que o mundo prega, por isso, a humanidade está sempre rejeitando os Seus ensinamentos. Somos como “meninos amuados” não querendo aderir ao projeto de Deus através de Jesus Cristo, que veio ao mundo nos ensinar que vale mais o ser do que o fazer. Assim sendo, não conseguimos perceber os sinais de Deus e a obra que Ele quer realizar nas nossas vidas. Não acreditamos, não confiamos e por qualquer razão nos distanciamos do Seu amor nos confundimos nas nossas indagações: por que isso, por que aquilo? Procuramos sempre um culpado para os nossos fracassos e justificamos a nossa falta de fé no amor e na misericórdia de Deus olhando mais para o que fazem ou deixam de fazer aqueles (as) que se dedicam a servir ao Senhor. Quem tem a sabedoria de Deus é reconhecido (a) pelas obras que realiza e não se engana. O Senhor quer nos ensinar a viver a Sua graça e a participar do Seu reino para não ficarmos de fora, somente reclamando e murmurando.
Você é uma pessoa murmuradora? Como você julga o comportamento das pessoas consagradas ao serviço de Deus? Você está sempre de olho nelas para recriminá-las na hora que erram? Você procura reconhecer nelas o sinal de Deus para você? A sua fé depende dos homens?
Pai, que eu não me deixe bloquear pelas críticas, quando minha vida for um testemunho de serviço ao Reino, expressão de minha adesão a teu Filho Jesus.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 13/12/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia diária Comentada2 em 13/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Você tem compreendido e acolhido a mensagem de Jesus?

Postado por: homilia
dezembro 14th, 2012

Depois de Jesus ter exaltado a pessoa de João Batista, agora Ele se volta para a multidão e lhes dirige uma pequena e rústica parábola das crianças nas praças. O Senhor reconhecia em João Batista um profeta que abria novos caminhos em face da rígida e opressora religião do Templo de Jerusalém e das sinagogas. Jesus se fez discípulo de João, recebendo seu batismo e, depois, Ele próprio, inicia seu ministério com o mesmo anúncio do Batista: “Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.
Na elementar parábola narrada por Jesus, um grupo de crianças tenta se comunicar com outro grupo, com brincadeiras de alegria ou tristeza, porém, o outro grupo os rejeita. Então, o próprio Jesus passa a explicá-la.
João Batista fez seu anúncio da conversão de maneira austera, nas regiões desérticas do Jordão, e foi acusado de “ter um demônio”. Jesus, por sua vez, anunciando a chegada do Reino dos Céus de maneira simples e comum, no meio do povo, comendo com os pecadores e publicanos, é chamado de “comilão e beberrão”. Os chefes religiosos, que veem em João e em Jesus uma ameaça ao seu poder, procuram difamá-los diante do povo. Porém, o povo reconhece a sabedoria da mensagem de Jesus e a recebe com alegria e esperança.
“Mas que gente difícil aquela, a quem Jesus fora enviado!” Afinal, eles haviam recusado a sabedoria de Deus – que primeiro se apresentara no ascetismo de João Batista – e depois a condescendência de Jesus para com os pecadores e excluídos do seu tempo. Corremos o risco de dizer isto a respeito daquela gente do tempo de Jesus. Não será que Jesus nos está dirigindo também a mesmíssima mensagem?
Vivemos um tempo muito forte em críticas, muitas vezes, infundadas. Críticas “sem pés nem cabeça”. E, como ontem, Jesus continua insistentemente dizendo: “Com quem vou comparar esta geração?”
Cristo se apresentou aos homens com uma nova mensagem: mensagem do amor, da paz, da justiça, da partilha, da solidariedade, da reconciliação e, sobretudo, da misericórdia. Mas Ele não foi compreendido e acolhido. Somente os simples, os humildes, os disponíveis, os amigos da Verdade a Ele aderiram, reconhecendo n’Ele o ponto de chegada de toda a Lei e os Profetas. Os outros, principalmente os chefes do povo, puseram-se contra Ele e o rejeitaram.
Todavia, por ser forte, Jesus soube compreender os fracos e os reerguer, dando-lhes uma nova dignidade de viver entre os irmãos. Se, enquanto fracos, condenavam os outros, agora, fortalecidos por Cristo e com Cristo, eles devem perdoar para que permaneçam sempre fortes. Já que os fracos condenam e os fortes perdoam.
Peçamos a Jesus que nos ensine a perdoar para sermos a geração dos fortes, a fim de suportarmos as fraquezas dos mais débeis como nos ensina São Paulo. E que São João da Cruz, cuja memória celebramos no dia de hoje, ajude-nos e interceda por nós para que saibamos suportar os sofrimentos e, neles, descubramos o mistério da Cruz de Cristo, que é a fonte da nossa Salvação.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 14/12/2012

HOMILIA DIÁRIA

Você é convidado a estar mais próximo do Senhor

Nesse tempo do Advento, somos convidados a estar mais próximos do Senhor. Que nós não inventemos desculpas para segui-Lo.

“Veio João, que nem come e nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’. Veio o Filho do Homem, que come e bebe e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’.” (Mt 11,18-19a)

A geração da época de Jesus se comportou, muitas vezes, ou na maioria das vezes, numa total frieza ou indiferença com a mensagem do Evangelho. Não só foram frios ou indiferentes, como também, quando se sentiam questionados, perturbados ou inquietos com o Evangelho que os incomodava, arrumavam desculpas. Davam aquelas desculpas, as mais esfarrapadas possíveis [para não seguirem o Senhor].
Você se recorda de que primeiro veio João como precursor, como aquele que preparou os caminhos do Senhor, mas disseram: “Não! João, não! João está no meio de nós, mas ele não come, não bebe, deve estar endemoniado”. Mas aí veio o Filho do Homem, veio Jesus, que comia, bebia, sentava-se à mesa com os pecadores, cobradores de impostos, e diziam: “Tá vendo? É um comilão, um beberrão e ainda se assenta com pecadores!”
Enfim, meus irmãos, Jesus não agradou nem satisfez. Na verdade, aquelas pessoas O ignoraram, se portaram com indiferença ou arrumaram desculpas para não seguir Jesus.
Nesse tempo do Advento, somos convidados a estar mais próximos do Senhor. Que nós não inventemos desculpas, não nos comportemos com frieza ou indiferença para com Aquele que veio ser o nosso Salvador.
Se Maria e José não encontraram lugar, para esse Menino nascer, é porque não havia portas abertas nos corações humanos. Hoje, as pessoas ainda continuam com pouco tempo para Deus. Não são todas as famílias que têm tempo para fazer a novena de Natal, não são poucas as pessoas que não têm tempo para se confessar, não são poucas as pessoas que estão com a vida muito corrida e não podem se preparar para celebrar dignamente o Natal do Senhor.
É verdade que não lhes falta tempo para outras coisas: para as compras, para os enfeites, para as festas… A realidade é que nós arrumamos muitas desculpas para não deixarmos o Evangelho de Deus entrar em nós.
Que nós não façamos parte da geração fria e indiferente, da geração que arruma muitas desculpas e rejeita o Senhor!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Deus se manifesta entre nós

Reconheça onde Deus se manifesta, em que lugar Ele se faz presente; Ele está bem próximo de você, falando ao seu coração

“Veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’.” (Mateus 11,18-19)

A multidão não quis acolher a presença de Deus, não abriram o coração para reconhecer a visita de Deus, a presença d’Ele em seu meio. Pessoas demasiadamente ocupadas, fechadas em si mesmas, ocupadas com: seus negócios; afazeres; seu trabalho; com seu crescimento; com os investimentos; enfim, pela vida que levam. Não são capazes de reconhecer as manifestações de Deus.
Os sinais estão por aí, é bonito ver o próprio sinal que Jesus nos dá. A questão não é só comer e beber ou estar neste ou naquele lugar, a questão é uma só: abrir o coração para o novo de Deus, para a novidade, para a Boa Nova que se manifesta no meio de nós.
João Batista era um homem de ascese, levava uma vida penitente. Às vezes as pessoas vivem a penitência, levam uma vida penitente, chamam atenção para a conversão, à mudança de vida, para rever as próprias atitudes. Vendo o exemplo de João, percebemos que simplesmente acusaram a ele de ser um endemoniado, um louco ou assim por diante. Desse modo que tratam as pessoas que querem levar uma vida mais penitente, mas desses “penitentes” cada um reconhece a vida que teve, a vida que levou.
São Francisco de Assis precisou ser aplicadíssimo na vivência da penitência, para se purificar da vida velha que teve. Jesus já veio cuidando dos pecadores, acolhendo os pecadores, estando no meio deles, abraçando-os, amando a cada um deles. Mas disseram: “Não. Ele está com os pecadores; deve ser somente mais um”.
A verdade é que, o critério humano, o juízo humano, julga tudo segundo as suas próprias aparências e interesses. Se não nos purificamos dos nossos critérios humanos, da nossa sutileza e maldade, não conseguimos enxergar a presença de Deus no meio de nós, e essa presença se faz de diversas maneiras.
Deus não cessa de visitar-nos e de fazer-se presente no meio de nós. Reconheça onde Deus se manifesta, em que lugar Ele se faz presente; Ele está bem próximo de você, falando ao seu coração e visitando a sua vida. Não deixe que, os critérios que a nossa cabeça humana colocaram à frente, coloque-nos cegos e fechados para não reconhecer que Ele está no meio de nós.
Eles não reconheceram e, nós, muitas vezes, também não reconhecemos Deus no meio de nós, porque, não nos abrimos para reconhecê-Lo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/12/2017

HOMILIA DIÁRIA

As desculpas nos afastam da presença do Senhor

Não podemos fazer das nossas decepções desculpas para não nos comprometermos com Deus e com Seu Reino

“Veio João, que nem come nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’. Veio o Filho do Homem, que come e bebe e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’.” (Mateus 11,18)

Os homens da época de Jesus deram diversas desculpas para aceitá-Lo ou não. Não importa a modalidade de vida que estavam vivendo, porque, como Jesus mesmo disse: “Veio João, aquele homem penitente, austero, de vida acética, mas diziam: ‘Ele é um demônio. Esse comportamento dele é estranho’. Veio Jesus, que estava com os pecadores, comiam, visitava as casas das famílias e diziam: ‘É um comilão e beberrão’.
Quando não queremos nos encontrar com a verdade ou quando a verdade nos incomoda, temos qualquer desculpa para fugir do confronto com ela, vamos sempre culpando, criticando, vendo sempre o erro nos outros. A incapacidade que temos de fazer autocrítica, de nos conhecermos de verdade e de nos voltarmos para o nosso interior nos leva a estarmos sempre buscando a culpa e a desculpa nos outros, o problema é sempre o outro. “O problema é aquele padre. O problema é a igreja. O problema são as pessoas da igreja. Eu não vou mais, porque lá está cheio de pessoas falsas”.
Quando não queremos de verdade, quando não queremos nos comprometer, quando não queremos nos conhecer de verdade, não queremos nos entregar para o Reino de Deus ou para os outros compromissos que a vida exige de nós, é mais fácil arrumarmos desculpas e vivermos exaltando essas desculpas e as colocando como as grandes responsáveis pelas decisões que tomamos de nos afastar, de não trabalhar, de não nos comprometermos quando, na realidade, poderíamos parar para buscar a verdadeira saberia que vem de Deus, a qual se encontra nos corações humildes, que reconhecem os seus próprios limites e sabem reconhecer a graça de Deus e onde estão os limites e fraquezas humanas.
Não podemos viver de desculpas para cá ou para lá, não podemos fazer das nossas decepções, das nossas mágoas, dos nossos ressentimentos e rancores culpas e desculpas para não nos comprometermos com Deus e com seu Reino. Ele está no meio de nós, precisamos abraçá-Lo, assumi-Lo, entregar a nossa vida e deixar que Ele cuide de nós e direcione o nosso viver.
Ainda que o humano cause decepções, o nosso humano também causa decepções nos outros. Buscamos corrigir a nossa humanidade a partir d’Aquele que se fez humano por nós para levar a nossa humanidade para junto de Deus. Estejamos com Ele e n’Ele, pois Ele cuida de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/12/2018

HOMILIA DIÁRIA

O Senhor nos liberta da condição de pecado

“Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores.’” (Mateus 11,19)

A verdade é que o Senhor Jesus se fez pecador com os pecadores. Sem se entregar de forma alguma ao pecado, mas para libertar os pecadores do pecado é que Ele se fez presente no meio deles.
Para alguns isso é uma ocasião de escândalo, porque Ele come com os pecadores, Ele está junto com os cobradores de impostos. Em outras palavras, o Senhor está no meio de nós, Ele se juntou a nós pecadores para nos libertar dessa condição de pecado.
A questão fundamental é que são os religiosos que se escandalizam com Jesus, são os religiosos que O condenam, porque, na verdade, as pessoas que se acham religiosas condenam aqueles que são pecadores.
A função da religião não é condenar, mas é salvar. A função da religião não é colocar um peso, mas é libertar. A função da religião é religar e não desligar o homem de Deus. Por isso, mais do que nunca, precisamos ser da religião de Jesus, sermos discípulos e seguidores d’Ele.

O Senhor está no meio de nós, Ele se juntou a nós pecadores para nos libertar dessa condição de pecado

Precisamos aprender com Jesus a viver a religião que nos coloca na verdadeira comunhão com o Pai. E essa religião não exclui ninguém; ela não exclui os pecadores, ela não exclui os homens que para nós são perdidos e sem jeito.
Se nós temos jeito, por que para o outro não tem jeito? Se para nós há salvação, se o amor de Deus nos resgatou, precisamos, na verdade, ser canal de resgate para os outros.
Às vezes, Deus nos resgata de pecados até grandes, liberta-nos de situações de vida muito opressoras, liberta-nos de vícios que nos escravizam, mas o mais difícil é nos libertar da hipocrisia religiosa, porque nós, muitas vezes, experimentamos a misericórdia de Deus em nós, mas não sabemos ser misericórdia para o outro.
Precisamos permitir que, neste tempo de graça, a misericórdia de Deus nos alcance, porque só ela pode nos libertar da hipocrisia religiosa, só ela pode nos libertar de viver uma religião de aparências, onde parecemos santos e justificados, mas estamos condenando o Senhor, porque Ele come e senta-se com os pecadores.
Precisamos nos fazer uns com os outros para trazermos os outros para o caminho da graça. Assim fez o Mestre Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/12/2020

HOMILIA DIÁRIA

Abra o seu coração aos ensinamentos de Cristo

“Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!’” (Mateus 11,16-17)

Meus irmãos, Jesus estava ali denunciando a respeito da indiferença com que o povo O tratava. Ele veio do Céu, realizou milagres, realizou maravilhas, ninguém podia com os Seus discursos. Quantos se calavam quando Ele falava algo, mas mesmo assim o Senhor encontrava ali uma geração, encontrava um povo indiferente.
Não tem nada pior do que encontrar alguém indiferente ou ser indiferente com alguém. Se virmos uma pessoa que passa fome, está com sede ou nu, devemos nos compadecer daquela pessoa.
Jesus falava a respeito das coisas do Céu, das coisas do Alto, falava das maravilhas da eternidade, mas muita gente não estava nem aí. Estamos vivendo e contemplamos uma geração que não está nem aí. Que triste! Que pena!

Peçamos ao Senhor essa graça de não sermos indiferentes, mas de sermos abertos aos Seus ensinamentos

Devemos “estar aí” sim, nós devemos estar com o Senhor. Que a provocação de Jesus, meus irmãos, mecha conosco para estarmos com Ele, para buscarmos uma conversão profunda. Que nós não sejamos indiferentes diante da mensagem do Evangelho, diante da pessoa de Cristo.
A pessoa de Cristo deve nos motivar à uma mudança, a pessoa de Cristo, os Seus ensinamentos devem nos ajudar a dar passos novos, passos de caridade, passos realmente de amor ao nosso irmão, ao nosso próximo.
Peçamos ao Senhor essa graça de não sermos indiferentes, mas de sermos abertos a Ele, abertos aos Seus ensinamentos. Quem vai ganhar? Nós ganhamos! Quem vai ganhar? O nosso próximo vai ganhar!
Se nós obedecermos a Deus, se nós amarmos a Deus, o próximo também receberá esse amor. Caprichemos na abertura para com Deus, porque isso vai se traduzir também em amor ao nosso irmão e ao nosso próximo.
Vamos contagiar essa geração indiferente para que não seja mais indiferente, mas que acolha o amor de Cristo através de mim e de você.
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/12/2022

Oração Final
Pai Santo, faze-nos uma Igreja humilde, generosa e acolhedora de todos os nossos companheiros de viagem nesta vida. Que estejamos sempre prontos para cuidar dos irmãos, seguindo o Caminho, a Verdade e a Vida que nos foram ensinados pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2012

Oração Final
Pai Santo, não permitas que nos nossos momentos de fraqueza nós nos afastemos muito do teu rebanho. Coloca em nossos corações a saudade de tua Casa Paterna e nos dá sabedoria e força para encontrarmos o caminho de volta ao convívio dos irmãos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano como nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos ouvidos atentos, coração generoso e espírito aberto para escutar a mensagem que nos envias através do universo que criaste, dos irmãos, da história e dos sinais dos tempos, da tua Igreja – Mistério com seu Magistério e Tradição – e, sobretudo, por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/12/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos uma Igreja humilde, generosa e acolhedora de todos os nossos companheiros na viagem desta vida. Que estejamos sempre prontos para cuidar dos irmãos, seguindo o Caminho, a Verdade e a Vida que nos foram ensinados pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, em Ti repousa a nossa confiança! Sabemos que o caminho da santificação passa por não acusarmos os pecados que julgamos terem sido cometidos pelos irmãos. Entretanto, leva-nos além, amado Pai: dá-nos a disposição de proclamar todo bem que soubermos de cada um deles, pois são todos teus filhos amados. Transforma-nos em fontes de harmonia para a humanidade. Pelo Cristo Jesus, teu Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/12/2020