terça-feira, 6 de novembro de 2012

LITURGIA DAS HORAS


LITURGIA DAS HORAS

Terço - Mistérios Gloriosos - Quarta-Feira e Domingo


Terço do Rosário: Mistérios Gloriosos  


Beato Francisco Palau - 7 de novembro

Beato Francisco Palau

FUNDADOR DAS ORDENS:
- IRMÃS CARMELITAS MISSIONÁRIAS
- IRMÃS CARMELITAS MISSIONÁRIAS TERESIANAS

Comemoração litúrgica: 7 de novembro.

Também nesta data S. Amaranto, S. Pedro de Ruffia e Santa Carina

Nasceu em Espanha, Catalunha no dia 29 de Dezembro de 1811, dia em que também foi batizado. Sua família era  pobre, porém, muito cristã  e  piedosa.
Foi  Crismado em 11 de Abril de 1817 e aos 17 anos, ocasião em que ingressou no Seminário diocesano de Lérida, onde cursou por quatro anos os estudos de filosofia e teologia. Ali permaneceu até o ano de 1832,  quando optou em ingressar para o Convento dos Padres Carmelitas de  Barcelona.   Assume o postulantado no dia 23 de outubro e, no dia 15 de novembro do ano seguinte (1833),  faz a sua profissão religiosa como Carmelita Descalço.  Foi ordenado Diácono em 1834 e, dois anos  depois,  ordenado sacerdote na catedral de  Barbastro, por D. Diego Fort Puig, bispo da  Diocese.
A espiritualidade e  personalidade  do padre Palau se caracteriza por intensas lutas,  largas e penosas  buscas de pacificação durante quase toda a sua vida.  Empenha-se  pela paz entre os homens, que na época se debatiam em lutas fraticidas;  pregou a verdade, para desterrar a ignorância, causa de tantos desmandos;  a  liberdade, numa Espanha que, dizendo-se "liberal",  perseguia implacavelmente a Igreja. Foi como carmelita e  sacerdote que não só trabalhou, mas comprometeu-se radicalmente na busca de solução dos problemas  de seu tempo, o que resultou-lhe sérias perseguições.  Em consequência de suas opiniões religiosas e políticas, foi perseguido e exilado.
Durante uma pregação,  na novena  das  almas  em Cidadela, recebe uma  especial  inspiração sobre o Mistério da Igreja. À  raiz de diversas experiências espirituais de que foi agraciado,  surgem os primeiros planos fundacionais que logram estabilidade e continuidade, apoiados pela autoridade eclesiástica da Diocese de Menorca.
Foi em 1860, em Balaers, que fundou duas  congregações religiosas:  As Irmãs Carmelitas Missionárias e  Irmãs Carmelitas Missionárias Teresianas, que encarnam seu espírito e fazem com que São Francisco Palau traga vivo hoje, para nós,  seus ideais em suas filhas carmelitanas.
Era um homem totalmente entregue ao apostolado e à oração.  Era dotado por Deus com dons da profecia e dos milagres e, por isto, teve de suportar várias  denúncias e processos pelas numerosas  curas  que  fazia  sem ser médico.
Seu combate resoluto  pela causa de Deus e da Igreja, faz lembrar a do profeta Elias, patrono da família carmelitana. Possuía um particular discernimento do papel desempenhado pelo demônio no mundo, e empenhou-se para que a Igreja ampliasse o uso do exorcismo como arma espiritual adequada às necessidades dos fiéis. Em diversas  ocasiões praticou exorcismos, todas as  vezes  com pleno êxito. Inclusive, no ano de 1866, viajou para Roma e para lá retornou novamente ano de 1870, quando apresentou pessoalmente ao Papa e aos Padres do Concílio Vaticano I,  suas questões relativas aos temas que tratavam de questões sobre a  prática do exorcismo.
Buscou intensamente a  solidão, mas também se lançou à muitas ações, através de diferentes meios para servir aos irmãos, com os meios que o Céu lhe sugeriu:  A pregação, a catequese organizada, os exorcismos e a difusão do Evangelho e da divulgação da sã doutrina como escritor e periodista.  Os apostolados mais variados, encontraram sua unidade nos ideais que mais lhe moveram: Amar e servir à Igreja, aos pobres, enfermos, crianças, jovens, às famílias, aos espiritualmente dominados pelo poder das trevas.
Sua espiritualidade, refletida plenamente nas  Congregações que fundou, assim sintetizou:
  • Que estejamos  sempre dispostos a seguir Cristo, ainda que nos custe.
  • Que nos entreguemos com valentia e generosidade ao serviço dos irmãos.
  • Que a  solidão, a oração e  o sacrifício, sejam a fonte do nosso apostolado.
  • Que o amor a Cristo, a Maria e  à Igreja, polarizem nossa vida.
Francisco Palau morreu em  20 de março de  1872, aos 62 anos de idade.  Foi beatificado no dia 24 de  abril de 1988 pelo Papa João Paulo II.

Oração

Ó Deus, que por meio de teu Espírito, enriqueceste o Beato Francisco, presbítero, com o dom insigne da oração e da caridade apostólica; concedei-nos por sua  intercessão, que a amada Igreja de Cristo, resplandecente com  a   beleza de Maria, a Virgem Mãe, seja mais eficaz no sacramento universal da salvação. Amém.

Beato Francisco Palau y Quer


Francisco Palau y Quer nasceu a 29 de Dezembro de 1811, em Aytona, Lerida, Espanha. Estudou filosofia e teologia no Seminário de Lérida. Professou na Ordem dos Carmelitas Descalços a 15 de Novembro de 1833. Devido aos perigos políticos produzidos na Espanha, é exilado para a França entre 1840 e 1851. Cerca do Santuário de Nossa Senhora de Livron leva uma vida solitária e recolhida. Regressa A Espanha, em Abril de 1851, e é incardinado na diocese de Barcelona. Funda a "Escola da Virtude" em Novembro do mesmo ano. Extinta a "Escola" é desterrado para Ibiza a 09 de Abril de 1854, onde vive profundamente o mistério da Igreja. Nas Ilhas Baleares fundou a Congregação dos Irmãos e das Irmãs Carmelitas Missionárias. Entre Janeiro e Março de 1872, escreve e publica as Regras e Constituições da Ordem Terceira dos Carmelitas Descalços, impressos em Barcelona. Morreu em Tarragona, a 20 de Março de 1872.
Foi um homem de altura média e constituição robusta. Apreciava o silêncio e a solidão, sem deixar de ser um apóstolo de actividade variada e fecunda. Foi um pregador incansável. Sente a urgência da recristianização do ambiente espanhol e europeu e toma-a como uma obra de evangelização. A correspondência foi um dos canais através dos quais transmitia mais eficazmente o espírito e autenticidade dos membros da família religiosa do Carmel Missionário.
Exerceu também o ministério de exorcista. Foi um grande escritor sobre vários temas da vida da Igreja. As obras mais notáveis são: Luta da alma com Deus, sobre a vida solitária; Catecismo das Virtudes, Mês de Maria, Escola da Virtude; A Igreja de Deus entre outros. Merece especial referência as páginas de natureza autobiográfica reunidos em dois livros: Cartas e Minhas Relações com a Igreja. A sua visão da Igreja e da Virgem Maria como tipo perfeito e acabado da Igreja são de notável profundidade espiritual e mística.
Foi beatificado a 24 de Abril de 1988 e a sua festa litúrgica celebra-se a 7 de Novembro. As congregações da Carmelitas Missionárias e das Carmelitas Missionárias Teresianas são testemunho na Igreja dos nossos dias da fecundidade apostólica deste carmelita descalço.

São Vicente Grossi - 7 de novembro

São Vicente Grossi
Nascimento09 de março de 1845
Local nascimentoPizzighettone (diocese de Cremona, Itália)
OrdemDiocesana - Fundador das Filhas do Oratório
Local vidaRegona (Itália)
EspiritualidadeFilho de família modesta e muito amado por todos, aos 19 anos de idade entrou no seminário de Cremona e em 1869, aos 24 anos de idade, tornou-se sacerdote. Em 1873 foi nomeado pároco de Regona. Nessa paróquia, deu início a uma nova congregação religiosa, a das Filhas do Oratório que agrupava moças para visitas e ajudas aos mais necessitados. Dez anos após foi transferido para a Paróquia de Vicobellignano, onde permaneceu até o fim de sua vida. Em 1983, já havia 59 casas e 455 religiosas. Esse santo representa todos os humildes sacerdotes dedicados à curas das almas, santificando as pessoas a ele confiadas.
Local morteVicobellignano
Morte7 de Novembro de 1917, aos 72 anos de idade
Fonte informaçãoSanto Nosso de cada dia, rogai por nós!
DevoçãoÀ cura das almas e à Caridade
PadroeiroDos sacerdotes dedicados e fundadores
Outros Santos do diaVicente Grossi (fund); Florêncio, Prodoscimo, Águilas, Vilibrando, Rufo, Herculano, Engelberto e Restituto (bispos); Amaranto, Herão, Nicandro, Eséquio, Trêmero, Antônio e Carina, Ernesto, Casto e Leopardo (márts); Gertrude (ab.); Severino (monge).
FONTE: ASJ

São Engelberto, Arcebispo de Colônia, Mártir - 7 de novembro

Um dos abusos que mais se estenderam durante a Idade Média, era a concessão  de um ou vários benefícios eclesiásticos aos jovens e até meninos. São Engelberto foi um exemplo deles, cujo pai era o poderoso Conde de Berg. Quando ainda estudava na escola da catedral de Colônia, já era responsável pela comida de Santa Maria de Aquisgrán, de São Jorge, de São Severino e da catedral de Colônia.
Em 1217 foi nomeado Arcebispo de Colônia; a diocese estava completamente arruinada pelas lutas políticas e religiosas, mas São Engelberto possuía qualidades humanas que o faziam apto para a tarefa que lhe esperava: um julgamento claro, um grande desejo de justiça, uma vontade forte e uma presença que impunha respeito.

São Prosdócimo - 7 de novembro

São Prosdócimo
Século II
São muitos os nomes que soam familiares e típicos de certas localidades italianas, mesmo parecendo insólitos, estranhos ou exclusivos. Tais nomes estão ligados ao culto de um santo local, em muitos casos de um antigo bispo e, em outros, de um mártir.
O nome Prosdócimo, pouco freqüente atualmente, para os familiarizados, imediatamente mostra sua origem da região do Vêneto, da cidade de Pádua e, mais tarde, também de Rieti. Isso porque o culto a este santo vem de uma tradição muito antiga, do século II, que homenageia o primeiro bispo de Pádua, de Rieti e, também, padroeiro dessas duas cidades. Segundo narram os registros oficiais da Igreja, Prosdócimo teria evangelizado também toda a Veneza ocidental, numa grande obra de difusão que fixou, definitivamente, o cristianismo no coração daquelas populações. 

São Vilibrardo - 7 de Novembro

São Vilibrardo

Nasceu em Northúmbria, na Irlanda, em 658, e morreu em Echternach (Luxemburgo), a 7 de novembro de 739.
"Durante cinquenta anos - escreve Alcuíno - este grande missionário e grande amigo de Cristo dedicou-se, dia após dia, à conversão dos infiéis". Em 690, quando Pepino d'Herstal terminava a conquista da Frísia, Vilibardo chegou lá, vindo do seu país, à frente de um grupo de anglo-saxões. Em 695, o Papa Sérgio I consagrou-o Bispo de Echternach. Era de Utrecht e Echternach que os seus missionários partiam para ir evangelizar os povos da Renânia ainda pagãos. Vilibrardo chegou até à Dinamarca e mesmo, parece, à Turíngia. Batizou Pepino, o Breve, pai de Carlos Magno. Foi sepultado em Echternach, onde todos os anos, desde o século XIV, na terça-feira de Pentecostes, uma procissão se realiza em sua honra.

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 07/11/2012

7 de Novembro de 2012 


Lucas 14,25-33

Comentário do Evangelho

O caminho da cruz

Dentre as multidões que acompanham Jesus, muitos se inclinam a ser seus discípulos. Jesus apresenta as exigências desse discipulado. O desapego da família, em vista da ampla solidariedade com os pobres e excluídos, conforme a vontade de Deus, reaparece algumas vezes nos evangelhos sinóticos. Carregar a cruz e caminhar após Jesus, expressão usada pelos evangelistas depois da morte de Jesus na cruz, significa estar disposto a enfrentar as dificuldades e a repressão a partir dos que rejeitam a proposta libertadora de Deus. Duas parábolas sugerem que cada um deve avaliar suas disposições em seguir Jesus. A proposta é a renúncia a tudo o que se tem, isto é, confiar em Deus e fixar sua vontade nele.
José Raimundo Oliva


Reflexão

O nome de cristão é motivo de orgulho para muita gente e muitos usam esse nome e fazem propaganda do fato de serem cristãos. Mas muitos são cristãos de apenas de nome e de conversa, porque quando surgem as exigências da vivência coerente com o evangelho, são os primeiros a recuarem e a ficarem teorizando formas de religião que justifiquem a sua incoerência evangélica e outros valores nada cristãos que marcam as suas vidas. A exigência de Jesus é clara: renunciar a todos os valores que são contrários ao evangelho e fazer do seu seguimento o centro da própria vida. O resto e conversa fiada de quem quer usar do discurso para legitimar os próprios erros.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

FAÇA UMA DOAÇÃO AO NPDBRASIL...

1. .............
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
.................

2. DECIDIR-SE COM PONDERAÇÃO

A decisão de seguir Jesus, por ser muito exigente, deve ser feita com muita ponderação. É indigno do discípulo ficar pelo caminho, sem atingir a meta fixada pelo Senhor. De sua parte, Jesus jamais pretendeu enganar seus seguidores, induzindo-os a assumir um projeto de vida, sem conhecer-lhe o teor. Ele falou claro, para evitar frustrações.
O discípulo de Jesus deveria estar disposto a colocar o Reino acima de tudo. Mesmo as relações familiares ocupariam um lugar secundário, quando confrontadas com as exigências do Reino. Caso contrário, seria impossível fazer-se discípulo. Por outro lado, a decisão pelo Reino comportaria perseguições, incompreensões e ódio para os discípulos. É a cruz inevitável do discipulado. Só quem está preparado para defrontá-la, poderá pôr-se no seguimento de Jesus.
Duas parábolas ilustram esta situação do discípulo. Ficará sujeito ao ridículo quem se puser a construir uma torre, sem verificar se tem condições para concluí-la. Está fadado à derrota quem vai lutar contra um exército mais forte, sem ter uma idéia exata do seu próprio potencial. Igualmente, quem pretende fazer-se discípulo de Jesus sem avaliar se está em condições de levar adiante este projeto, acabará por abandoná-lo na primeira dificuldade.

Oração
Senhor Jesus, reforça o que em mim é fraco, para eu perseverar no discipulado, sem me render diante das dificuldades.

3. QUEM SE SALVARÁ?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

As exigências do Reino apresentadas por Jesus levou os discípulos a se perguntarem pelo número dos que seriam salvos. Imaginavam serem poucas as pessoas predispostas e fiéis ao projeto apregoado pelo Mestre. A dinâmica do Reino, como Jesus a entendia, rompia com os esquemas mundanos e só podia ser vivida por quem, de fato, se predispunha a enfrentar a cruz, como caminho necessário para a glória.

A questão levantada pelos discípulos pareceu ser irrelevante para Jesus. Era inútil saber se os salvos seriam poucos ou muitos. Importava, sim, empenhar-se continuamente para, com a graça de Deus, entrar no Reino, através da porta estreita. Portanto, era tempo de refletir e tomar uma decisão sábia, para evitar o risco de ser deixado do lado de fora.

A exclusão do Reino poderá ser uma experiência trágica. O choro e ranger de dentes expressam o desespero de quem desperdiçou a chance que lhe fora oferecida. A segurança fundada em elementos inconsistentes frustrar-se-á quando o cristão comparecer diante do Senhor. Ter comido e bebido na presença de Jesus e tê-lo visto ensinar nas praças não será suficiente para garantir a salvação. Jesus só reconhecerá como discípulo e salvará quem, como ele, tiver sido capaz de colocar-se a serviço do próximo, sem medo de perder tudo por causa do Reino.
Oração
Senhor Jesus, que eu me esforce sempre para entrar no Reino pela porta estreita do serviço ao próximo e da disposição de perder tudo por causa de ti.

Postado por: homilia

novembro 7th, 2012

O tema de hoje está precedido por uma introdução, na qual vemos grandes multidões acompanhando Jesus. À vista disso, Ele terá de determinar quais são as verdadeiras características dos que querem realmente se tornar Seus discípulos. Temos, pois, duas exigências essenciais para formar parte do discipulado de Cristo, junto com duas parábolas ou exemplos, finalizando com uma conclusão que determina toda a matéria, unificando coerentemente a lógica dos argumentos precedentes.
Jesus está no lugar do próprio Deus, o qual pede o máximo como criador do homem. Sua figura como Salvador e Redentor O coloca no plano divino do absoluto e transcendente. Cristão e discípulo de Cristo são sinônimos de uma radicalização da vida que oferece uma nova visão do mundo e dos problemas humanos sob a luz da redenção do Senhor. A Ele pertencemos como novas criaturas, resgatadas pelo preço de sangue único e incomparável.
Com a referência às grandes multidões que acompanhavam Jesus, Lucas muda de tema. Ele passa das narrativas anteriores, em torno do tema do banquete, para as narrativas em torno do seguimento a Cristo. Com algumas sentenças, são apresentadas as condições para este seguimento.
A primeira condição é a liberdade plena em relação às tradições vinculadas aos laços de parentesco e à própria realização pessoal na escala de status deste mundo. No ambiente do Antigo Testamento, essa desvinculação em relação à família significa uma ruptura com a tradição hereditária e consanguínea, segregativa e elitista de “povo eleito”.
A opção do discípulo deve ser radical por Jesus com Sua proposta do Reino, na qual é priorizada a vida plena para todos sem discriminações ou privilégios. A segunda condição – o “carregar Sua cruz” – tomou forma nas primeiras comunidades, as quais viam, na cruz de Jesus, o modelo do dom total. O carregar a cruz foi o auge da repressão sofrida por Ele e imposta pelos poderosos da teocracia sediada em Jerusalém. Assim, o discípulo deve estar disposto a enfrentar a repressão ao exercer o serviço da Palavra e sua ação salvífica, sem medo da morte.
A seguir, temos duas curtas parábolas que mostram a necessidade de se tomar consciência das consequências ao decidir-se pelo seguimento a Cristo, para não vacilar, depois, diante das dificuldades que virão. O discípulo é chamado a uma renúncia total. Os que aceitam as condições são os que, pela sabedoria, conhecem o projeto de Deus.
Antes de iniciar uma guerra, que pode ser um desastre total, é preciso pensar seriamente se com o exército disponível podemos vencer um inimigo superior. Caso contrário, é melhor optar por uma paz, embora seja menos honrosa. São comparações que podem ser entendidas do ponto de vista puramente natural pelo homem “psychikós” que diria Paulo, levado unicamente por sua razão e sentimentos.
O discipulado de Cristo é um chamado a todos. Mas unicamente serão verdadeiros discípulos os que estejam dispostos a uma renúncia total – a começar por si mesmos – que é notada externamente pela pobreza de uma opção aparentemente irracional. Discípulo de um Mestre que teve uma cruz como fim e uma vida na qual o sofrimento era parte essencial, especialmente o sofrimento da incompreensão e da perseguição.
A cruz não é unicamente um símbolo de Quem sofreu por nós, mas uma opção necessária que deve dirigir nossas vidas de discípulos de Cristo. Não existe um Cristianismo “light” em que a humilhação, o escárnio e o sofrimento possam ser referidos unicamente ao Senhor. Os discípulos devem, como Jesus pediu aos filhos do Zebedeu, optar por beber o cálice amargo de Sua Paixão.
Seguir Jesus é continuar o projeto do Pai, experimentando um clima novo em relação às pessoas, às coisas materiais e consigo mesmo. Trata-se de assumir com liberdade e responsabilidade a condição humana sem superficialismos, conveniências ou egoísmos. Decidir-se por uma humanidade que Jesus adotou como modelo, em que a renúncia a si mesmo é a base da entrega a Deus e ao próximo.
Ambas as parábolas explicam as dificuldades e inconvenientes que levarão muitos a abandonar o caminho empreendido. Por isso, devemos enfrentar o nosso discipulado com a intenção de total e absoluta renúncia a tudo o que possuímos.
Padre Bantu Mendonça

Leitura Orante

Lc 14,25-33 - Opção de quem crê: seguir Jesus



Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente
virtual. Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este acesso à internet,
nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.
(Ir. Patrícia Silva, fsp)

1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto do dia? 

Leio atentamente, na Bíblia,  o texto: 
Lc 14,25-33
- As condições para ser seguidor de Jesus

Certa vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se para eles e disse:
- Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: "Este homem começou a construir, mas não pôde terminar!"
- Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar condições de paz.
Jesus terminou, dizendo:
- Assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que tem.

Jesus Mestre fala claro sobre as exigências para quem se decide a segui-lo. Esta decisão supõe prontidão, desprendimento de outros vínculos, e ainda, a disposição a enfrentar o desconforto. É assim, se quiser seguir o Senhor. Jesus ilustra isto com duas parábolas: a do homem que decide construir uma torre e a do rei que se prepara para um combate. Em ambos os casos, o Mestre fala da necessidade de lançar bases, de preparar. O bem-aventurado Alberione, na sua inspiração original do carisma paulino, diz que num momento especial de oração diante do Santíssimo Sacramento, na passagem do século XIX ao XX, “sentiu-se profundamente obrigado a se preparar para fazer algo pelo Senhor e pelas pessoas do novo século” (AD, 15). E a partir de então, tudo foi visto sob esta luz. Jesus Mestre recomenda, através da parábola, a “se sentar e calcular o quanto vai custar” a torre. “Se sentar” supõe atitude de parada, reflexão, "preparar-se", como sentiu Alberione, criar convicções, definir um projeto com metas e estratégias claras. “Calcular o quanto vai custar”, supõe abrir mão de muitas coisas, optando e investimento em valores,  sendo o primeiro deles “amar a Jesus” mais do que tudo, até mais que “a si mesmo”. Supõe, como diz o final deste texto, “deixar tudo o que tem”. O que vale não é o “ter”, mas, o “ser com Jesus”, ou, o deixar que Jesus seja o meu tudo, a minha vida.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?

O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo? 

Ou tenho olhado noutra direção? 

No Documento de Aparecida, os bispos disseram:

 “Parecidos com o Mestre. A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um “sim” que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o amou primeiro “até o extremo” (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece neste amor de Jesus: “Te seguirei por onde quer que vás” (Lc 9,57). 
(DAp 136.)

E eu me interrogo: 

Sinto-me uma pessoa parecida com o Mestre? 

Como respondo ao seu chamado e olhar de amor? 

Como é minha adesão, o meu “sim” realmente me compromete com Jesus Caminho, Verdade, Vida?

Hoje, faço a opção: quero seguir Jesus por onde Ele for.

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? 

Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração:

Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.
(Bv Alberione)

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

 Sinto-me discípulo/a de Jesus.

Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, a quem me disponho a seguir.
 

Bênção 

- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 
Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém.

Acompanhe uma reflexão específica sobre o Documento de Aparecida em:
 
http://testemunhasdoreino.blogspot.com// 

Irmã Patrícia Silva, fsp


LITURGIA DIÁRIA - 07/11/2012




Oração para antes de ler a Bíblia

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Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda 

e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame

 e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por

 todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores

se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos 

a vida eterna. Amém.


Verde. 4ª-feira da 31ª Semana Tempo Comum


Primeira leitura (Filipenses 2,12-18)

Quarta-Feira, 7 de Novembro de 2012
31ª Semana Comum


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses.

12Meus queridos, como sempre fostes obedientes, não só em minha presença, mas ainda mais agora na minha ausência, trabalhai para a vossa salvação, com temor e tremor. 13Pois é Deus que realiza em vós tanto o querer como o fazer, conforme o seu desígnio benevolente.
14Fazei tudo sem reclamar ou murmurar, 15para que sejais livres de repreensão e ambiguidade, filhos de Deus sem defeito, no meio desta geração depravada e pervertida, na qual brilhais como os astros no universo.
16Conservai com firmeza a palavra da vida. Assim, no dia de Cristo, terei a glória de não ter corrido em vão, nem trabalhado inutilmente. 17E ainda que eu seja oferecido em libação, no sacrifício que é o sagrado serviço de vossa fé, fico feliz e alegro-me com todos vós.18Vós também, alegrai-vos pelo mesmo motivo e congratulai-vos comigo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 26)

Quarta-Feira, 7 de Novembro de 2012
31ª Semana Comum


— O Senhor é minha luz e salvação!
— O Senhor é minha luz e salvação!

— O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?
— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.
— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!


Evangelho (Lucas 14,25-33)

Quarta-Feira, 7 de Novembro de 2012
31ª Semana Comum




Quem quer seguir Jesus?


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse:26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.
28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’
31Ou ainda: Qual o rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a Bíblia

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Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações
que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los  em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedeis todos por mim. Amém.