sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 14/01/2023

ANO A


Mc 2,13-17

Comentário do Evangelho

Jesus senta à mesa com os pecadores

É o segundo relato de vocação no evangelho de Marcos. Por que Jesus chama Mateus, um publicano, um pecador público, portanto, considerado impuro? A resposta: porque ele quis (cf. Mc 3,13). Como os quatro primeiros chamados (Mc 1,16-20), Mateus deixa tudo para seguir Jesus. A refeição oferecida em casa de Mateus a Jesus e seus discípulos, e cuja mesa é partilhada com "muitos publicanos e pecadores", é uma espécie de despedida de Mateus de sua vida anterior ao encontro com Jesus. A partilha da mesa com os que eram considerados impuros é o que escandaliza os escribas e fariseus, e põe, para eles, em questão a identidade de Jesus. A ida de Jesus à casa de Mateus faz desmoronar um esquema religioso que exclui as pessoas da comunhão com Deus. Jesus, assim como Deus no Antigo Testamento (Ex 15,26; Dt 32,39 etc.), se apresenta como médico que cura o ser humano das feridas profundas onde somente ele pode chegar e para as quais somente ele tem o remédio. O episódio é a ocasião em que Jesus define a sua missão: "Não é a justos que vim chamar, mas a pecadores" (v. 17).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me, cada dia, no seguimento de Jesus, pois, assim, estarei no bom caminho que me conduz a ti.
Fonte: Paulinas em 19/01/2013

Vivendo a Palavra

O encontro com Jesus transforma a vida. Foi assim com Levi – que se tornou Mateus – e assim deve ser conosco. Basta que estejamos prontos para nos levantarmos do nosso comodismo, deixar para trás as falsas seguranças e seguirmos o Mestre, como discípulos missionários do Reino de Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus nos ensina que as discriminações não existem no Reino do Pai: se o seu ‘Abá’ é Pai de todos, então, juntos com Jesus nós todos somos irmãos. E nos ensina, mais, a valorizar o cotidiano, a vida simples do dia-a-dia. Aqui, neste texto, em uma refeição comum, Ele mostra a inclusão sem restrições de todos os filhos, mesmo os que a sociedade dos homens teima em excluir.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/01/2021

Reflexão

Ser coletor de impostos na época de Jesus era ser um pecador profissional. Por isso, a escolha de Levi, ou Mateus, para ser discípulo de Jesus e ir comer na casa dele com os outros cobradores de impostos e pecadores, significava que Jesus comungava com eles, o que era muito grave. No entanto, esse fato nos mostra que Jesus veio para nos mostrar o amor misericordioso de Deus, que havia dito pelo profeta que não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva e que Deus quer que todas as pessoas participem do banquete do Reino definitivo.
Fonte: CNBB em 19/01/2013

Reflexão

Jesus normalmente dá preferência aos pobres; neste episódio, porém, apresenta-se em companhia de ricos, e ainda por cima, ricos de má reputação. Levi, embora de origem judaica, pela sua profissão – cobrador de impostos – é considerado um descrente sem lei, praticamente um pagão. Também os que estavam marginalizados e excluídos da aliança podem fazer parte do Reino de Deus. A serena convivência de Jesus com os cobradores de impostos gera pesada censura dos doutores da Lei. Não aceitam que Jesus se misture com pessoas que eles consideram pecadoras. Estão longe de entender que Jesus veio justamente para salvar o que estava perdido (cf. Lc 19,10). Veio para salvar a todos, independente de sua situação. No final, Jesus esclarece por que procede desse modo (cf. v. 17).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus e19/01/2019

Reflexão

Jesus normalmente dá preferência aos pobres; neste episódio, porém, apresenta-se em companhia de ricos, e, ainda por cima, ricos de má reputação. Levi, embora de origem judaica, pela sua profissão – cobrador de impostos -, é considerado um descrente sem lei, praticamente um pagão. Também os que estavam marginalizados e excluídos da aliança podem fazer parte do Reino de Deus. A serena convivência de Jesus com os cobradores de impostos gera pesada censura dos doutores da Lei. Não aceitam que Jesus se misture com pessoas que eles consideram pecadoras. Estão longe de entender que Jesus veio justamente para salvar o que estava perdido (cf. Lc 19,10). Veio para salvar a todos, independentemente de sua situação. No final, Jesus esclarece por que procede desse modo (cf. v. 17).
Oração
Ó Jesus, divino Mestre, desta vez ensinas as multidões, à beira-mar. Ao passares, convidas um cobrador de impostos para te seguir. És criticado por comeres em companhia de pecadores e cobradores de impostos. Ao responderes, esclareces tua missão, já que não vieste chamar justos, e sim pecadores. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus e16/01/2021

Reflexão

Jesus normalmente dá preferência aos pobres; neste episódio, porém, apresenta-se em companhia de ricos, e, ainda por cima, ricos de má reputação. Levi, embora de origem judaica, pela sua profissão – cobrador de impostos – é considerado um descrente sem lei, praticamente um pagão. Também os que estavam marginalizados e excluídos da aliança podem fazer parte do Reino de Deus. A serena convivência de Jesus com os cobradores de impostos gera pesada censura dos doutores da Lei. Não aceitam que Jesus se misture com pessoas que eles consideram pecadoras. Estão longe de entender que Jesus veio justamente para salvar o que estava perdido (cf. Lc 19,10). Veio para salvar a todos, independentemente de sua situação. No final, Jesus esclarece por que procede desse modo (cf. v. 17).
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Meditação

Na Comunidade primitiva todos conheciam a história de Levi, ou Mateus; sabiam até que era filho de Alfeu, como se soubessem seu sobrenome. Era considerado pecador, traidor do povo, porque era cobrador de impostos. Jesus não se importou com isso: intimou-o a ser seu discípulo. Mudou a vida de Levi. Deixou tudo ─ tinha boa situação ─ e foi com Jesus, sem saber o que esperar. Cristo não vê exterioridades, mas o que se passa no interior da alma das pessoas.
Oração
Senhor nosso Deus, concedei-nos sempre saúde de alma e corpo, e fazei que, pela intercessão da Virgem Maria, libertos das tristezas presentes, gozemos as alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

DA MARGINALIZAÇÃO AO DISCIPULADO

A passagem de Jesus pela vida de Levi provocou nele uma transformação considerável. Ele saiu imediatamente da marginalização sócio-religiosa para ingressar no discipulado, ao aceitar o convite do Mestre, exigindo dele a renúncia a uma atividade odiosa aos olhos de seus contemporâneos. Doravante, Levi não seria mais um publicano, e sim um discípulo de Jesus. A opção religiosa desse discípulo teve conseqüências também no plano social.
Na percepção de Jesus, porém, a mudança na vida de Levi deu-se num nível bem diverso. A discriminação, devida à profissão de cobrador de impostos, era irrelevante para o Mestre. Este procurava colocar-se acima dos preconceitos humanos. Importava-lhe, antes, o que se passava no coração de Levi, sentado no seu local de trabalho. Embora vivendo num ambiente corrompido e corruptor, sem dúvida, ele mantinha um elevado padrão de religiosidade. Os preconceitos que recaíam sobre sua categoria profissional não foram suficientes para levá-lo a apegar-se aos bens materiais. Assim, quando Jesus passou, estava suficientemente livre para segui-lo, sem restrições.
Ninguém ficou sabendo da mudança operada na vida de Levi, além dele mesmo, e do próprio Mestre. O homem de fé viu concretizar-se o que, até então, era objeto de esperança. Seguir o Messias Jesus significava ver realizada a promessa divina. Assim, mais que uma marginalização social, Levi superou a verdadeira marginalização religiosa, ao se fazer discípulo do Reino.

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Pai, coloca-me, cada dia, no seguimento de Jesus, pois, assim, estarei no bom caminho que me conduz a ti.
Fonte: Dom Total em 19/01/2019 16/01/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O ensinamento de Jesus é novo e feito com autoridade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus sempre ensina. Seu ensinamento é novo, feito com autoridade, e não como os escribas. Os escribas o criticaram quando perdoou os pecados do paralítico e agora o criticam porque está comendo com os pecadores. Jesus viu Levi, cobrador de impostos, e o chamou. Fizeram então uma festa na casa de Levi, com muitos publicanos e pecadores. Jesus estava lá e isso escandalizou alguns escribas, que eram fariseus. Não estavam compreendendo que quem precisa de médico é o doente. Não pensavam que uma aproximação afetuosa podia mudar uma atitude errada. Acreditavam que era melhor manter distância para não se contaminar. A doutrina da pureza impedia-os de ver o ser humano em suas reais necessidades. Ensinavam que o pecador devia ser excluído do convívio dos bons. Não pensavam que os bons podiam se aproximar dos maus e torná-los melhores. Jesus não tinha medo e não se distanciava de ninguém. Não sofria de baixa imunidade espiritual. Podia se sentar com ladrões sem se tornar um deles. O justo e bom não se distancia. Aproxima-se e caminha junto.
Fonte: NPD Brasil em 19/01/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Mestre andando em más companhias
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

"Diga-me com quem andas e te direi quem és" - lembram-se deste provérbio? Na minha infância cresci ouvindo exortações dos meus pais e educadores para que evitássemos as más companhias e até confessávamos isso ao Padre porque era considerado pecado.
Quando comecei a ter uso da razão e deparei com esse evangelho, comecei a achar que tinha algo de errado, ou com a nossa formação ou com Jesus. Estar junto as pessoas desqualificadas não significa aprovar suas atitudes erradas e nem compactuar com elas, nossos pais e educadores tinham medo de que a influência do mal presente na vida dessas "pessoas" rotuladas como más companhias, acabasse nos contaminando. Mas... e o Bem presente em nós na Graça de Deus, será que não têm uma força para contagiar as pessoas com quem nos relacionamos?
Pois aí é que está o grande problema inclusive de hoje em dia. O mal influencia a vida dos cristãos e as comunidades. Jesus, o Filho de Deus, não teme o mal presente na vida das pessoas, pois foi exatamente para isso que ele veio, para combatê-lo e eliminá-lo para sempre. Jesus não só andou com as más companhias, foi mais longe e assumiu a fragilidade humana por amor a humanidade que estava sob o domínio do mal.
Nos dias de hoje não podemos mais pensar dessa maneira, pois como discípulos e missionários de Jesus, nós temos que ter mais fé em nosso "Taco" na poderosa Graça de Deus presente em nossa vida, no poder de Deus manifestado no Espírito Santo e assim saímos do nosso ambiente sagrado e entrarmos sem medo naquilo que muitas vezes consideramos profano, confiantes de que em Cristo somos mais que vencedores.
A casa de um Publicano cobrador de impostos não tinha nada de sagrado, ao contrário, os amigos de Levi eram todos da mesma "laia" que ele, isso é, pecadores considerados irrecuperáveis diante de Deus e dos homens. Sem a menor cerimônia Jesus vai á sua casa, o evangelista não menciona de quem partiu o convite, pode ser que tenha sido Levi, feliz da vida por ter sido convidado a ser discípulo e por isso queria comemorar, mas também pode ser que tenha partido de Jesus que nesse sentido era meio "oferecido", lembram-se da história do pequeno Zaqueuzinho?
O fato é que, quando se trata de salvar e oferecer as pessoas essa Vida totalmente Nova, Jesus de Nazaré faz de tudo e não está nem aí com certos preconceitos. Propõe, convida, chama, inclusive a "gentalha" que muitas vezes ainda continuamos a excluir em nossos tempos. Pensem um pouco.... Quanta gente rotulada como má (só porque não pertencem ao nosso grupo, igreja ou comunidade) dando por aí um testemunho maravilhoso com palavras e atitudes a favor da vida...
E ao final da reflexão deixo essa perguntinha, nmínimo provocadora: Quem são os "Enfermos" dessa história?

2. Não é a justos que vim chamar, mas a pecadores - Mc 2,13-17
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Levi, também chamado Mateus, era publicano, cobrador de impostos, do grupo dos pecadores, com os quais Jesus parece estar muito à vontade. Faz com eles refeição. Afinal, foi por causa deles que Jesus veio. Não para que continuassem pecadores, mas para que se tornassem justos. Há justos verdadeiros e há justos presumidos. Estes se julgam justos, mas não o são e não se reconhecem pecadores. Os verdadeiros justos sabem que não sabem tudo e precisam de conversão. Levi estava sentado na coletoria de impostos. Levantou-se e seguiu Jesus. Levi, ao que parece, não andava com muito peso às costas. Sem dizer nada, foi ágil na ação e pronto no seguimento. O muito ou o pouco que se leva às costas são relativos às necessidades e aos desejos. Necessário é o que não pode não ser. De algumas coisas precisamos. Desejos, diz um filósofo, multiplicam os sofrimentos. Doentes precisam de médico para terem o corpo sadio e ágil. Levi entendeu o chamado. Levantou-se e não tornou a sentar-se. Seguiu adiante e tornou-se discípulo de um novo Reino.
Fonte: NPD Brasil em 16/01/2021

HOMILIA DIÁRIA

A lógica de Deus é sempre dominada pelo amor

Postado por: homilia
janeiro 19th, 2013

Para os fariseus, era absolutamente escandaloso manter contato com um pecador notório como Levi. Na época, um cobrador de impostos não podia fazer parte da comunidade farisaica; não podia ser juiz nem prestar testemunho em tribunal, sendo, para efeitos judiciais, equiparado a um escravo; estava também privado de certos direitos cívicos, políticos e religiosos. Jesus vai demonstrar, àqueles que o criticam, que a lógica dos fariseus (criadora de exclusão e de marginalidade) está em oposição à lógica de Deus.
Os relatos evangélicos põem, com frequência, Jesus em contato com gente reprovável, com aqueles apontados pela sociedade como os cobradores de impostos e também com as mulheres de má vida. É impossível que os discípulos tenham inventado isso, porque ninguém da comunidade cristã primitiva estaria interessado em atribuir a Jesus um comportamento “politicamente incorreto”, se isso não correspondesse à realidade histórica. Não há dúvida de que Jesus “deu-se” com gente duvidosa, com pessoas a quem os “justos” preferiam evitar, com pessoas que eram anatematizadas e marginalizadas por causa dos seus comportamentos escandalosos, atentatórios da moral pública.
Certamente, não foram os discípulos a inventar para Jesus o injurioso apelativo de “comilão e beberrão, amigo de publicanos e de pecadores” (cf. Mt 11,19; 15,1-2).
Tendo já chamado os quatro primeiros discípulos, Jesus agora encontra o coletor de impostos Levi. Por sua função, ele era um marginalizado pela sociedade religiosa judaica. O Senhor não se volta para os marginalizados apenas para aliviá-los de seus sofrimentos e lhes restituir a dignidade, mas os inclui também na colaboração de Seu ministério, chamando alguns dentre eles como Seus discípulos mais próximos. Sentando-se à mesa com os amigos de Levi, também marginalizados, Jesus afirma Seu propósito de solidarizar-se com os excluídos e os pobres, causando escândalo entre os chefes religiosos do Judaísmo.
Na perspectiva deste texto, Cristo é o amor de Deus que se faz pessoa e vem ao encontro dos homens – de todos os homens – para libertá-los de sua miséria e para lhes apresentar essa realidade de vida nova que é o projeto do “Reino”. A solicitude de Jesus para com os pecadores mostra-lhes que Deus não os rejeita, mas os ama e convida-os a fazer parte da sua família e a integrar a comunidade do “Reino”. É que o projeto de salvação de Deus não é um condomínio fechado, com seguranças fardados para evitar a entrada de indesejáveis; mas é uma proposta universal, na qual todos os homens e mulheres têm lugar, porque todos – maus e bons – são filhos queridos e amados de Deus Pai. A lógica de Deus é sempre dominada pelo amor.
Jesus anuncia a salvação de Deus oferecida aos pecadores, não porque esses se tornaram dignos dela mediante as Suas boas obras, mas porque o próprio Senhor se solidariza com os excluídos e marginalizados e lhes oferece a salvação. Ele ama de forma desmesurada cada mulher e cada homem. É esta a primeira coisa que nos deve “tocar” neste momento: a certeza de que Ele é a misericórdia. Interiorizamos suficientemente esta certeza, deixamos que ela marque a nossa vida e condicione as nossas opções?
O amor de Deus dirige-se, de forma especial, aos pequenos, aos marginalizados e necessitados de salvação. Os pobres e débeis que encontramos nas ruas das nossas cidades ou à porta das nossas paróquias, encontram nos “profetas do amor” à solicitude maternal e paternal de Deus? Apesar do imenso trabalho, do cansaço, do “stress”, dos problemas que nos incomodam, somos capazes de “perder” tempo com os pequenos, de ter disponibilidade para acolher e escutar, de “gastar” um sorriso com esses excluídos, oprimidos, sofredores que encontramos todos os dias e para os quais temos a responsabilidade de tornar real o amor do Pai?
Tornar o amor de Deus uma realidade viva no mundo significa lutar objetivamente contra tudo o que gera ódio, injustiça, opressão, mentira, sofrimento. Inquieto-me, realmente, frente a tudo aquilo que torna feio o mundo? Pactuo, com o meu silêncio, indiferença, cumplicidade com os sistemas que geram injustiça ou esforço-me ativamente por destruir tudo o que é uma negação do amor de Deus?
As nossas comunidades são espaços de acolhimento e de hospitalidade, oásis do amor de Deus, não só para parentes e amigos, mas também para os pobres, os marginalizados, os sofredores que buscam em nós um sinal de amor, de ternura e de esperança?
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 19/01/2013

HOMILIA DIÁRIA

Jesus veio para cuidar dos pecadores

Jesus veio para os pecadores, Ele é o bom médico dos doentes, porque quem precisa do médico é o doente

Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores” (Marcos 2,17).

Estamos num mundo doentio e pecador, e foi nesse mundo que Deus se encarnou, que se fez presente e está no meio de nós para sarar e sanar todo mal, para curar nossas doenças e enfermidades, sobretudo, para nos libertar do poder do pecado.
Jesus veio para os pecadores, por isso Ele é o bom médico dos doentes, porque quem precisa do médico é o doente, quem precisa da salvação é aquele que está perdido. Os salvos já estão salvos, os sadios já estão sadios.
Na humildade do coração, reconhecemos, a cada dia, o mal que o pecado causa em nossa vida, porque, quando o reconhecemos, colocamo-nos em Jesus. O que tem acontecido é que, muitas vezes, chegamos a uma autossuficiência espiritual, e essa autossuficiência é muito danosa para alma, para o coração e para a nossa espiritualidade de relação com Deus. “Estou servindo Deus a muito tempo! Conheço todas as coisas de Deus e da Igreja”.
Muitas vezes, ignoramos retiros, não prestamos mais nem atenção na Missa! “Já sei o que o padre vai falar. Aquilo que ele falou, não serviu para mim”. Colocamo-nos num estado de autossuficiência espiritual, e a graça de Deus não nos atinge, porque já não a sentimos. Isso é um mal, e por isso a graça de Deus não chega, de fato, até nós.
O Evangelho é, acima de tudo, um convite à humildade do coração para nos colocarmos à mesa com Jesus.
Jesus foi à casa de Levi, Mateus, o cobrador de impostos, e sentou-se à mesa com ele. Sentando-se à mesa com ele, Jesus se sentou com outros cobradores de impostos que eram tidos como pecadores. A intenção de Jesus era dizer que Ele veio para sentar-se à mesa conosco.
Talvez podemos pensar que só os justos e santos se sentam à mesa com Jesus, mas Ele senta à mesa com os pecadores. Algumas pessoas talvez se sintam discriminadas, distantes de Deus, não podem comungar, porque vivem em pecado. A doutrina da Igreja sobre a Eucaristia não mudou, mas é preciso dizer sempre, de forma muito nova e contundente, que ninguém pode se sentir distante de Deus. Se maior for o pecado, mais próximo de Deus aquela pessoa precisa estar.
Se há algum impedimento canônico para a comunhão sacramental, não há impedimento de aquela alma se aproximar de Jesus, até porque Ele quer estar com ela. Se ela não pode receber da comunhão, ela pode receber da graça, ela pode adorar Jesus, ouvir a Palavra d’Ele, e Jesus pode entrar na vida de cada um de nós.
Podemos até comungar, todos os dias, mas nos falta a graça da humildade; recebemos a Eucaristia, mas não significa que estamos em comunhão com Deus. No entanto, muitas vezes, aquele que julgamos tão pecador, humildemente se abre com tanto amor para receber Deus e para ficar com Jesus, e Ele, com certeza, ceia com ela, fica com ela, como ficou na casa de Levi.
Ele veio para os pecadores, para os doentes. Apresentemos a Ele nossos pecados e nossas enfermidades.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/01/2019

HOMILIA DIÁRIA

Reconheçamos os nossos pecados

“Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores” (Marcos 2,17).

Assim como é uma graça reconhecermos que somos pecadores, é importante que esse reconhecimento seja autêntico e verdadeiro, saber que o pecado está em nós. É muito importante também reconhecer que somos doentes, ainda que a nossa meta seja a santidade, ainda que a nossa meta seja sermos pessoas sadias.
Não seremos sadios nem santos, se não olharmos para a nossa condição do jeito que ela é. A nossa condição de pecador está aí, os nossos pecados estão à nossa frente; e não iremos vencer e combater nenhum pecado se não o reconhecermos.
Às vezes, fazemos vista grossa ao pecado, nós ignoramos ou nos conformamos com ele. E mais do que isso, você pode dizer: “Não cometo aqueles pecados que os outros cometem”, e entramos numa medida comparativa quando, na verdade, precisamos conhecer a nós mesmos, reconhecermos a nossa própria condição, reconhecermos que o pecado está à nossa frente.
Só aquilo que é reconhecido que pode ser tratado, só aquilo que é assumido que pode ser curado e liberto. Se me reconheço como pecador e reconheço o meu pecado, a graça de Deus já está para me libertar, me perdoar, me ajudar a vencer a força que o pecado exerce em mim. Mas se já me considero justo, se considero que meus pecados são pequenos, insignificantes e não têm importância alguma, eles começam a fazer parte de mim, se incorporam a minha vida e não saem porque não dou a devida importância a eles.

Os nossos pecados estão à nossa frente; e não iremos vencer e combater nenhum pecado, se não o reconhecermos

Com a nossa saúde é do mesmo jeito, infelizmente, muitas pessoas deixam para se reconhecerem doentes quando estão num grau elevado de enfermidade, quando a enfermidade já representa uma ameaça à vida da pessoa. Precisamos reconhecer as fragilidades em nossa saúde e comecemos pelas nossas fragilidades emocionais que são tantas.
Como somos frágeis, emocionalmente falando, e como nós precisamos de médico, de cuidado, precisamos dar atenção à nossa saúde como ninguém! Às vezes, olhamo-nos fisicamente no espelho e nos achamos aquela pessoa forte e bonita, nós nos enganos e nos iludimos e não olhamos que, por trás de tudo isso, há verdadeiras fragilidades, sobretudo emocionais, que precisam ser cuidadas e tratadas.
Cada um de nós, a começar por mim, como preciso ser cuidado, como preciso realmente cuidar da minha saúde física, emocional, psíquica, espiritual e psicológica. Se me reconheço doente e pecador, Deus está aqui para cuidar de mim, mas o primeiro passo para a cura é reconhecer a minha enfermidade; o primeiro passo para a graça da santificação é me reconhecer pecador.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/01/2021

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a coragem de Mateus! Que sejamos desapegados dos confortos a que nos acomodamos, dos bens que amealhamos, do poder que construímos sobre os irmãos. Queremos seguir com humildade a Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai de Amor, o firmamento proclama a obra de tuas Mãos. Afasta de nós a tentação de discriminar qualquer um de nossos irmãos. Faze-nos atentos aos nossos limites pessoais – não para que eles se tornem cercaduras, impedindo-nos de ir além, mas para que mostrem o espaço que é nosso e que devemos preencher com alegria e generosidade, sem a pretensão vaidosa de ultrapassá-los. Por Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/01/2021

LITURGIA DIÁRIA - 14/01/2023


Tema do dia

PAI DE AMOR, O FIRMAMENTO PROCLAMA A OBRA DE TUAS MÃOS

Ouvimos hoje, na riqueza da Carta aos Hebreus, como a Palavra de Deus é viva, eficaz e penetra até o nosso ponto mais profundo, onde a alma e o espírito se encontram. A Palavra encarnada é Jesus, o Filho de Deus, provado como nós em tudo, menos no pecado. Por Ele, mantenhamo-nos firmes na Fé.
FonteArquidiocese BH em 16/01/2021

PALAVRAS DO SANTO PADRE

Todos somos pecadores, todos temos pecados. Ao chamar Mateus, Jesus mostra aos pecadores que ele não olha para seu passado, para a condição social, para as convenções externas, mas abre um novo futuro para eles. Uma vez ouvi um belo ditado: "Não há santo sem passado e não há pecador sem futuro" (...) Isto é belo: é o que Jesus faz. A Igreja não é uma comunidade de perfeitos, mas de discípulos a caminho, que seguem o Senhor porque se reconhecem como pecadores e precisam de seu perdão. Diante de Jesus, nenhum pecador deve ser excluído - nenhum pecador deve ser excluído! (...) Ao chamar os pecadores à sua mesa, ele os devolve àquela vocação que pensavam estar perdida e que os fariseus tinham esquecido: a dos convidados ao banquete de Deus (...) Se os fariseus viam nos convidados apenas pecadores e se recusavam a sentar-se com eles, Jesus, ao contrário, recorda-lhes que também eles são comensais de Deus. (Santa Marta, 13 de abril de 2016)

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

Sábado, 1ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
Cor: Verde


Primeira Leitura (Hb 4,12-16)
1ª Semana do Tempo Comum | Sábado - 14/01/2023

Leitura da Carta aos Hebreus.

Irmãos, 12a Palavra de Deus é viva, eficaz e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Ela julga os pensamentos e as intenções do coração. 13E não há criatura que possa ocultar-se diante dela.
Tudo está nu e descoberto a seus olhos, e é a ela que devemos prestar contas. 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado.
16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório Sl 18(19B),8.9.10.15 (R. cf. Jo 6,63c)
1ª Semana do Tempo Comum | Sábado - 14/01/2023

— Vossas palavras são espírito, são vida, tendes palavras, ó Senhor, de vida eterna.
— Vossas palavras são espírito, são vida, tendes palavras, ó Senhor, de vida eterna.

— A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.
— Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.
— É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.
— Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!

Evangelho (Mc 2,13-17)
1ª Semana do Tempo Comum | Sábado - 14/01/2023


vim chamar justos, mas a pecadores

— Aleluia, aleluia, aleluia.
— O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho. (Lc 4,18)
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 13Jesus saiu de novo para a beira mar. Toda a multidão ia a seu encontro, e Jesus os ensinava. 14Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Levi se levantou e o seguiu.
15E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam.
16Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: “Por que ele come com cobradores de impostos e pecadores?”
17Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: “Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depoide ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.