sábado, 14 de junho de 2014

TERÇOS – VÍDEOS


Acesse:

1 - Terço da Divina Providência - http://youtu.be/5mzUbLl_P48

2 - Terço de Cura e Libertação - http://youtu.be/TWmZ47JoC0I

3 - Terço da FÉ - http://youtu.be/-I1tuBSDtkU

4 - Terço do Espírito Santo - http://youtu.be/BJqMkwQsOeQ

5 - Terço da Libertação Cantado - http://youtu.be/9ofE4VoEZPU

TERÇO DA MISERICÓRDIA - VÍDEOS - APRENDA A REZAR O TERÇO DA MISERICÓRDIA






"Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso".

JESUS, EU CONFIO EM VÓS!!!

APRENDA A REZAR O TERÇO DA MISERICÓRDIA



Para ser rezado nas contas do terço

No começo:

Pai nosso, que estais no céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do Céu e da Terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espirito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna Amém.

Nas contas de Pai Nosso, dirás as seguintes palavras usando o terço de Maria:

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

Nas contas de Ave Maria rezarás as seguintes palavras:

Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

No fim, rezarás três vezes estas palavras:

Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro” 
(Diário, 476).

Oração do Angelus - Padre Antonello - VÍDEO - Como rezar o Ângelus






Como rezar o Ângelus:

1) O Anjo do Senhor anunciou a Maria
- E Ela concebeu pelo poder do Espírito Santo.
Ave Maria...

2) Eis aqui a serva do Senhor.
- Faça-se em Mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria...

3) E o Verbo Divino se fez homem,
- e habitou entre nós.
Ave Maria...

4) Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
- para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos: Derramai ó Deus, a Vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do Vosso filho, cheguemos por Sua Paixão e Cruz à glória da ressurreição. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Glória ao Pai... (repete-se 3 vezes)

LITURGIA DAS HORAS

Clique no ícone abaixo
para acesso à Hora Canônica

Mensagens diárias prá vc

Terço - Mistérios Gloriosos - Quarta-Feira e Domingo


Terço do Rosário: Mistérios Gloriosos





BOA SEMANA!!! - "DIGAM AOS DESANIMADOS: NÃO TENHAM MEDO; ANIME-SE, POIS O NOSSO DEUS ESTÁ AQUI." ISAÍAS 35:4

BOM DIA!!! Agradeço à Deus sempre! Pelo principal... o Dom da Vida!!

LITURGIA DIÁRIA - O Domingo – Crianças

Trindade, comunidade de amor!


LIÇÃO DE VIDA:
Aprenda a pedir coisas boas para o bem de todos.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/06/2014

15 de Junho de 2014

ANO A


Jo 3,16-18

Comentário do Evangelho

Deus se mostra como um Deus próximo de nós.

A festa da Santíssima Trindade é, depois do ciclo Quaresma-Páscoa, a primeira festa na retomada do Tempo Comum. O termo “trindade” não aparece no Novo Testamento; é fruto da abstração típica da teologia que busca compreender o conteúdo próprio da fé cristã. O que Deus é, ele nos deu a conhecer ao longo de toda a história vivida como o lugar da manifestação da salvação de Deus. O conhecimento de Deus só possível através da revelação, só é possível se Deus se mostra. Para a tradição bíblica, o que Deus é só pode ser dito narrativamente, isto é, na longa história de sua revelação ao seu povo até chegar à plenitude dos tempos em que Deus enviou ao mundo o seu Filho único, nascido de uma mulher (Gl 4,4). Em toda a história, Deus se revelou como um Deus próximo, que caminha, orienta e conduz o seu povo. Na plenitude dos tempos, Deus armou a sua tenda no meio de nós (Jo 1,14). Essa peregrinação de Deus na história da humanidade foi revelando pouco a pouco o seu rosto. Mas na plenitude dos tempos, pela encarnação do Verbo eterno de Deus em Jesus de Nazaré, pudemos conhecer Deus sem sombra, sem véu (Mc 15,38), pois Jesus Cristo é a imagem do Deus invisível (Cl 1,15); estando diante dele, estamos diante de Deus mesmo (Jo 14,9-10). O que Deus é desde toda a eternidade, só pôde ser conhecido a partir da ressurreição de Jesus Cristo e com a graça do Espírito Santo. O que era desde toda a eternidade nós só chegamos a compreender depois: o último na ordem da compreensão é o primeiro na ordem do ser. Deus é amor (1Jo 4,8). A criação, a encarnação do Verbo de Deus, a redenção, tudo é fruto do amor de Deus pela humanidade. Um amor que não condena nem exclui quem quer que seja, mas que a todos, indistintamente, oferece a sua salvação. Cada um dos evangelhos, cada qual a seu modo, apresenta a dificuldade dos discípulos de entrarem no mistério de Deus revelado em Jesus Cristo. Essa dificuldade continua a ser nossa contemporânea. O que Deus é não se pode conhecer simplesmente por um esforço racional. A experiência própria da fé é que permite entrar nos umbrais do mistério de Deus. O Espírito Santo, Deus em nós, continua a missão de Jesus e, por isso, é ele nosso apoio e guia no conhecimento de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, louvo-te e agradeço-te por nos teres amado tanto, a ponto de oferecer-nos a salvação, por meio de teu Filho, ao qual somos atraídos pela força do teu Espírito.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=15%2F06%2F2014

Vivendo a Palavra

Tenhamos sempre presente em nosso coração esse versículo: João 3,16 - «Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna.» Nele está resumida toda a História da Salvação; ele sintetiza a Escritura Sagrada.

Recadinho

Você pede que Deus lhe aumente a fé? - Você sabe distinguir o que é essencial e o que é secundário nas coisas da fé? - Dê um exemplo de obra que manifesta muita fé. - Mencione um bem que sua comunidade faz em favor do próximo. - Que lugar ocupa a cruz de Cristo em sua casa?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

Comentário do Evangelho

SOMOS AMADOS POR DEUS

A contemplação da Santíssima Trindade abre o nosso coração para o Deus amoroso, revelado por Jesus Cristo. Consciente de ser Filho, Jesus nos falou do Pai e prometeu o dom do Espírito Santo a quem tivesse fé. Revelou que tinha vindo do Pai e para o Pai voltaria, confiando ao Espírito Santo a missão de dinamizar a caminhada da comunidade de fé. Sempre que falava de Deus, referia-se à Trindade.
O envio do Filho, por parte do Pai, foi uma prova de amor imenso ao ser humano corrompido pelo pecado. Visando libertar da morte a humanidade, Jesus veio, na qualidade de portador de vida eterna. Entretanto, a perfeita salvação – o dom da vida eterna – depende de como se acolhe Jesus, e se adere à sua pessoa. Deste modo, vive-se como verdadeiros filhos e filhas de Deus, regenerados pelo Espírito.
Engana-se quem atribui a Jesus a missão primordial de julgar e condenar o mundo. A condenação depende da incredulidade em relação ao Filho enviado pelo Pai. Rejeitar o Filho significa, por extensão, rejeitar o Pai que o enviou. Por sua vez, recusar a este comporta a rejeição da vida eterna, que só ele pode oferecer. Esta insensatez, em última análise, resulta do fechamento ao dom do Espírito Santo, o único que tem o poder de atrair o ser humano para Deus. Portanto, embora o desígnio primeiro da Trindade seja o de salvar a humanidade, resta sempre a possibilidade de o ser humano servir-se de sua liberdade para fazer-se prisioneiro de seu egoísmo.
Oração
Pai, louvo-te e agradeço-te por nos teres amado tanto, a ponto de oferecer-nos a salvação, por meio de teu Filho, ao qual somos atraídos pela força do teu Espírito.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da Verdade e o Espírito santificador, revelastes o vosso inefável mistério. Fazei que, professando a verdadeira fé, reconheçamos a glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


REFLEXÕES DE HOJE


DIA 15 DE JUNHO – DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/
VEJA AQUI MAIS HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO
http://homiliadominical2.blogspot.com.br/
15 de junho – SANTÍSSIMA TRINDADE
Por Pe. Johan Konings, sj
I. INTRODUÇÃO GERAL
O tempo pascal pôs-nos diante dos olhos a unidade da obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Cristo veio cumprir a obra do Pai e nos deu seu Espírito, para que ficássemos nele e mantivéssemos o que ele fundou, renovando-o constantemente, nesse mesmo Espírito. Assim, a festa de hoje vem completar o tempo pascal, como uma espécie de síntese. Síntese não intelectual (isso seria como a história, atribuída a santo Agostinho, da criança que queria colocar o mar num pequeno poço na areia), mas “misterial”, isto é, celebrando a nossa participação na obra das pessoas divinas. Se a oração do dia, hoje, implora pela perseverança na verdadeira fé, não visa à fé meramente dogmática, mas à adesão ao mistério que se apresenta no Pai, no Filho e no Espírito Santo. O cristão se caracteriza por não conhecer outro Deus exceto aquele que é o Pai de Jesus Cristo e doador do Espírito que animou Jesus e os seus, presente e atuante nas três “pessoas” que constituem sua realidade divina, o “acontecer de Deus” em nossa vida, na história e no universo.
Para compreender bem o espírito desta liturgia, convém aproximar a primeira leitura do evangelho, como faremos a seguir.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (Ex 34,4b-6.8-9)
A primeira leitura é uma das páginas mais impressionantes e, literalmente, “reveladoras” da Bíblia. Depois do episódio do bezerro de ouro e da idolatria de Israel, Moisés pediu a Deus que se mostrasse, para que ele, Moisés, pudesse continuar seu caminho contando com sua presença (Gn 33,12-23). Então, ao passar diante de Moisés, Deus revela seu íntimo, apresentando-se como Deus misericordioso e fiel (34,1-7). Deus é compassivo e misericordioso, lento para a cólera, rico em bondade e fidelidade (v. 6). Diante desse Deus, sentimos o peso do pecado, mas também o desejo de ser seus (v. 9). Assim, o “Deus do Antigo Testamento” não é um Deus castigador, como muitas vezes se diz. Sua bondade ultrapassa de longe sua “vingança” (cf. 34,7, infelizmente suprimido no texto litúrgico). O “castigo” de Deus – o próprio mal que se vinga por suas consequências – tem fim, sua misericórdia não. Não há oposição entre o Deus do Antigo Testamento e o do Novo. É verdade que o Antigo Testamento não oferecia uma visão completa sobre Deus; Moisés só pôde ver Deus de costas (Ex 33,23), de modo que João tem razão quando diz que ninguém jamais viu Deus, mas o Filho unigênito o deu a conhecer (Jo 1,18), pois quem vê Jesus, vê Deus mesmo (Jo 14,9). Mas o Deus do Antigo Testamento é o mesmo Deus do Novo. Deus é um só: o Deus de amor (1Jo 4,8.16). Nós é que temos, às vezes, uma visão muito parcial dele. Em Cristo, ele se deu a conhecer como aquele que ama o mundo até entregar por ele seu próprio Filho (cf. o evangelho).
2. Evangelho (Jo 3,16-18)
O evangelho alude ao sacrifício de Isaac. Abraão estava disposto a sacrificar seu “filho unigênito” – sua única chance de ter um herdeiro. Assim, Deus deu ao mundo seu Filho unigênito. A obra de Cristo é o plano do amor do Pai para com o mundo. Quem o aceita na fé está salvo. O Deus que em Jesus Cristo se manifesta (cf. Jo 1,18) é o Deus da “graça e verdade” (cf. Jo 1,14.16-17), o que se pode traduzir também, conforme a índole da língua hebraica, por “amor e fidelidade”, as qualidades de Deus conforme a primeira leitura. Se na primeira leitura se falou da autorrevelação do Deus misericordioso e fiel diante de Moisés, o evangelho evoca que o amor de Deus se revela no dom de seu Filho único. O amor une Pai e Filho na mesma obra salvadora (Jo 3,16). Jesus conhece o interior de Deus (Jo 3,11) e o mostra (Jo 14,9). Deus se dá ao Filho e, diante disso, o mundo pode encontrar a salvação, a superação de suas contradições e a soltura das cadeias em que se encontra – em última análise, as cadeias do egoísmo. Assim, o ser humano é chamado a aproximar-se da luz, mas há quem se agarre às suas próprias obras, que não aguentam a luz do dia (Jo 3,19-21).
O mistério que nos envolve, hoje, é o da unidade do Pai e do Filho, no seu amor para o mundo (compare Jo 3,16 com 1Jo 3,16). Essa unidade no amor para dentro e para fora, Agostinho a identificou com o Espírito Santo, o Espírito de amor e de unidade que, faz oito dias, celebramos em Pentecostes.
3. II leitura (2Cor 13,11-13)
A segunda leitura concentra a atenção sobre aquilo que a Trindade opera nos fiéis: a graça do Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo – tal como se repete numa das fórmulas de saudação no início da celebração eucarística. O mistério de Cristo na Igreja só se entende considerando a atuação das três pessoas divinas: o amor de Deus, que se manifesta na graça (no dom) de Jesus Cristo e opera na comunhão do Espírito, o qual anima a Igreja desde a ressurreição. O resultado é: alegria. Nesse final da segunda carta aos Coríntios, Paulo condensa toda a sua teologia. O mistério da Santíssima Trindade não está longe. Estamos envolvidos nele.
Daí ser bem adequada a saudação final, pela qual Paulo deseja aos fiéis o Deus da paz e pede que se saúdem com o “beijo santo” (o nosso “abraço da paz”) no nome das três pessoas divinas, caracterizadas por ele como segue: o Filho, graça; o Pai, amor; o Espírito, comunhão. 
III. DICAS PARA REFLEXÃO: Amor e fidelidade
Uma pista para a atualização desta mensagem: nosso povo simples é muito comunicativo; partilha a tal ponto seus bens, pensamentos e sentimentos, que, às vezes, não faz diferença falar com fulano ou com sicrano – falando com um, fala-se com o outro. Falar com o filho da casa é a mesma coisa que falar com o pai: duas pessoas distintas, mas a “causa” (“o negócio”) é a mesma. Assim acontece também com as três pessoas divinas; que seja o Pai, o Filho ou o Espírito, a “causa” comum delas é sempre o que elas são, seu próprio ser: amor e fidelidade.
Para muitas pessoas, também as cristãs, a Santíssima Trindade não passa de um problema de matemática: como pode haver três pessoas divinas em um só Deus? Parece que esse mistério nada tem a ver com a vida delas. Se a Trindade fosse um problema matemático, deveríamos procurar uma “solução”. Na realidade, não se trata de uma fórmula matemática, mas de um resumo de duas certezas de nossa fé: 1) Deus é um só; 2) o Pai, o Filho e o Espírito Santo são Deus. Isso nos convida à “contemplação” do mistério de Deus. Pois um mistério não é para o colocarmos dentro da cabeça, mas para colocar a cabeça (e a pessoa toda) nele…
Moisés (primeira leitura) invoca o nome de Deus: “SENHOR, Deus misericordioso e clemente, lento para a ira, rico em amor e fidelidade…”. São essas as primeiras qualidades de Deus. Deus é um Deus que ama. Jesus (evangelho) revela em que consiste a manifestação maior do amor de Deus para com o mundo: ele deu o seu Filho único, que quis morrer por amor a nós. O Pai e o Filho estão unidos num mesmo amor por nós. Em sua carta, João retoma o mesmo ensinamento: “Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos a vida por ele” (1Jo 4,9).
Assim, tanto no Antigo Testamento como no Novo, Deus é conhecido como “amor e fidelidade”. Essas são as qualidades que se manifestam com toda a clareza em Cristo (a “graça e verdade” de que fala Jo 1,14). Em Jesus, Deus se manifesta como comunhão de amor: o Pai, Jesus e o Espírito que age no mundo, esses três estão unidos no mesmo amor por nós. Um solitário não ama. Deus não é um ancião solitário. Deus é amor (1Jo 4,8), pois ele é comunidade em si mesmo, amor que transborda até nós.
Se Deus é comunidade de amor, também nós devemos sê-lo, nele. Se tanto ele nos amou, a ponto de enviar seu Filho, que deu sua vida por nós, também nós devemos dar a vida pelos irmãos, amando-os com ações e de verdade (cf. 1Jo 3,16-18). No amor que nos une, realizamos a “imagem e semelhança de Deus”, a vocação de nossa criação (Gn 1,26).
O conceito clássico do ser humano é ser individualista. Mas isso não é cristão… Se Deus é comunidade, e nós também devemos sê-lo, não realizamos nossa vocação vivendo só para nosso sucesso individual, propriedade privada e liberdade particular. A Trindade serve de modelo para o homem novo, que é comunhão. Devemos cultivar os traços pelos quais o povo se assemelha ao Deus Trindade: bondade, fidelidade, comunicação, espírito comunitário etc.
Como pode haver três pessoas em um só Deus? Pelo mistério do amor, que faz de diversas pessoas um só ser. Deus é comunidade, e nós também devemos sê-lo.
Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e mestre em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Lovaina. Atualmente é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Dedica-se principalmente aos seguintes assuntos: Bíblia – Antigo e Novo Testamento (tradução), evangelhos (especialmente o de João) e hermenêutica bíblica. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A-B-C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje; Sinopse dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas e da “Fonte Q”.
15 de junho: Santíssima Trindade
COMUNIDADE DE AMOR
Um é nosso Deus, em três pessoas que amam plenamente e formam a comunidade perfeita. É este o mistério que adoramos e celebramos na solenidade da Santíssima Trindade.
São João Damasceno comparou a Santíssima Trindade com uma brincadeira de roda de crianças. Nesta brincadeira ou dança (em grego se diz “pericorese”), uma criança fica no meio, enquanto as outras giram. A certo momento, a criança que está no meio sai e entra outra. Assim com Deus: as três pessoas estão sempre em relação, uma não existe sem a outra, apesar de uma delas estar sempre em evidência. Nesta “brincadeira de roda”, Deus olha para a humanidade e transborda de amor por ela.
Contemplar e adorar a Deus nos leva ao agradecimento e ao compromisso.
Nosso Deus é o Deus que se relaciona e ama. Ama sua criação e, sobretudo, o ser humano que criou à sua imagem e semelhança. Nunca nos abandonou nem nos abandonará. Pelo contrário: por amor, o Pai entregou o próprio Filho, para nos mostrar o caminho e se fazer ele mesmo o caminho verdadeiro para a vida sem fim. Na força animadora de seu Espírito, por graça divina, podemos crer num Deus que se revela amor amando concretamente, perdoando, trazendo de volta à dignidade de filhos. Ele não é o Deus que condena. É o Deus que ama, pois quem ama não condena, mas vai ao encontro para abraçar e acolher.
Nosso Deus, portanto, não é uma ideia vaga. É comunhão de amor que se revela concretamente. Contemplar e adorar esse mistério é algo exigente, pois a experiência pessoal de Deus nos leva necessariamente ao outro, ao compromisso com a construção de comunidades de irmãos e irmãs que se amam como nosso Deus ama. Se não fosse assim, nossa religião seria apenas uma espiritualidade vazia e estéril.
A Trindade nos convida a participar de seu amor. Construindo e vivendo relações fraternas, entramos, de algum modo, na grande “dança do amor” de Deus.
Pe. Paulo Bazaglia, SSP
5º Domingo da Páscoa - 18 de maio de 2014
‘’EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA.
NINGUÉM VAI AO PAI SENÃO POR MIM’’.

Leituras: Atos 6,1-7;
Salmo 32(33), 1-2. 4-5.18-19 (R.22);
1 Pedro 2,4-9;
João 14,1-12.

Situando-nos brevemente
O Ressuscitado hoje se revela como o Caminho, a Verdade e a Vida. Perante as inseguranças do seguimento e das incertezas da estrada, Ele nos alenta em nossa caminhada com sua presença confortadora. Ele nos mostra o Pai por meio de suas palavras, seus gestos, ou seja, a pessoa de Jesus revela o Pai.
Sejamos seguidores e seguidoras do Senhor Ressuscitado. Como povo da aliança selada em Jesus, que fez do novo povo um ‘’reino de sacerdotes para seu Deus e Pai’’ (Ap. 1,6; cf. 5,9-10), ofereçamos oblações espirituais e anunciemos os louvores daquele que das trevas nos chamou à sua admirável luz (cf. 1 Pd 2,4-10). Todos nós, discípulos de Cristo, perseverando na oração e louvando a Deus (cf. At 2,42-47), ofereçamos a nós mesmos como hóstias vivas, santas, agradáveis a Deus (cf. Rm 12,1), demos testemunho de Cristo em toda parte (cf. LG 10). Como Igreja que caminha na estrada de Jesus, empenhemo-nos a assumir nosso Batismo.

Recordando a Palavra
A leitura do evangelho de João está situada no contexto da despedida de Jesus da comunidade dos discípulos e discípulas. A morte de Cristo na cruz havia abalado a fé de seus seguidores. Eles, porém, iluminados pela Páscoa, compreendem as palavras de Jesus. O sentido de sua entrega total faz renascer a esperança e impele os discípulos a seguir o caminho pascal, no serviço e no amor incondicional aos irmãos.
As palavras de Jesus fortalecem a fé e a confiança dos discípulos: ’’Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim (14,1). A partida de Jesus abre o caminho para a vida plena em Deus: ‘’Na casa de meu Pai há muitas moradas. (...) Vou preparar um lugar para vós’’ (14,2). A vida de Jesus, doada totalmente pelo bem da humanidade, prepara um lugar digno para todos viverem como filhos amados do Pai. A adesão à palavra, manifestada no amor fraterno, proporciona formar uma comunidade de irmãos, conduzidas pelo Espírito do Ressuscitado. Essa experiência de amor em Cristo conduz à comunhão com o Pai, na história e na eternidade.
Os discípulos, que haviam compartilhado a vida com o Mestre, precisam agora acreditar em Jesus ressuscitado como o caminho para chegar ao Pai. Tomé expressa o anseio da comunidade para conhecer, de maneira experiencial, o caminho e a mensagem de Jesus: ‘’Como podemos conhecer o caminho?’’ (14,4). A resposta de Jesus é reveladora: ‘’Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai se não por mim’’ (14,6). Jesus é o caminho que conduz ao Pai, pois ele é a verdade que liberta testemunhada no amor e na fidelidade até o fim (cf. 1,14; 8,31-32; 18,37-38). Assim, ele é o caminho da salvação que oferece a vida plena (cf. 1,4; 5,26; 10,10. 28; 11,25-26). Quem segue os passos de Jesus encontra o caminho, a verdade e a vida em sua Pessoa, que proporciona a experiência de Deus como Pai.
A vida plena está unida ao conhecimento do Pai, como único Deus verdadeiro e a Cristo, como seu Enviado (cf.17,3). A pergunta de Filipe: ‘’Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta’’ (14,8) manifesta a necessidade do encontro profundo com o Pai através de Cristo. A resposta de Jesus: ‘’Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai’’ (14,9) mostra a comunhão perfeita de amor que há entre ele e o Pai. Jesus revela o rosto do Pai através de sua vida, palavras e ações salvíficas: Quem me vê, vê aquele que me enviou’’ (12,45). O ver, o acreditar em Jesus, o Filho, proporcionam a vida eterna (cf. 6,40). Jesus ‘’veio morar entre nós’’ (1,14), para manifestar o amor predileto pelos excluídos expressam a bondade e a compaixão do Pai pelo ser humano. Mediante sua doação total por amor e o dom de seu Espírito, Jesus ensina a viver na comunhão filial com o Pai e no serviço generoso aos irmãos.
Jesus forma uma unidade perfeita com o Pai, na vida e na missão: ‘’Eu estou no Pai e o Pai está em mim’’ (14,10. 11; cf. 10,38). Ele cumpriu plenamente a obra confiada pelo Pai. Como o Mestre Jesus, os discípulos revelem o Pai através de uma vida centrada no amor misericordioso. Quem permanece com Jesus está em comunhão com o Pai e realiza suas obras de amor. O envio do Espírito Santo, sua ação nos discípulos e discípulas assegura obras maiores (cf.14,12), ou seja, a expansão da obra salvadora de Jesus. Como continuadores da missão, os seguidores de Cristo testemunham a unidade entre o Pai e o Filho.
Na primeira leitura dos Atos Apóstolos, o aumento do número dos discípulos suscita o surgimento de novas lideranças, para superar os desafios e aprimorar a atuação missionária das comunidades primitivas. Os cristãos judeus de língua grega (helenistas), com gentios convertidos e prosélitos, que haviam aderido à comunidade cristã, unem-se aos cristãos judeus de língua aramaica, convertidos pela pregação de Jesus ou dos apóstolos. A eleição dos sete diáconos helenistas contribui para abertura e a unidade da comunidade cristã. A dedicação ‘’a oração e ao serviço da palavra’’ (6,4) assegura a formação de novas comunidades, a eficácia apostólica e a transformação social.
O serviço às mesas, a ‘’diaconia’’, é confiado a pessoas indicadas pela comunidade. Os primeiros sete diáconos, ‘’repletos do Espírito Santo e de sabedoria’’, tornam-se colaboradores dos apóstolos na evangelização. Seu comprometimento assegura a assistência às viúvas desamparadas, representantes dos pobres e excluídos. Os diáconos se dedicavam também ao anúncio do evangelho e à administração do sacramento do Batismo (cf.At 8,4ss). Os apóstolos ‘’oraram e impuseram as mãos sobre eles’’ (At 6,6), demonstrando que o serviço do amor ao próximo deve ser exercido de forma comunitária e ordenado. O dinamismo do Espírito, a força da oração e da palavra de Deus proporciona o crescimento das comunidades, multiplica o número dos discípulos que aderem à fé em Cristo (cf. 6,7).
O salmo 32 (33) convida a louvar o Senhor ao som de instrumentos musicais, a cantar um cântico novo de alegria e júbilo. O Senhor manifesta sua bondade e sua fidelidade na criação do universo e na caminhada de libertação do povo. Sua palavra realiza a verdade, o direito, a justiça. Seu olhar pousa sobre os que confiam e esperam em seu amor. Jesus Cristo, a Palavra criadora e eterna do Pai, veio morar entre nós para cumprir plenamente o plano de salvação. 
Na segunda leitura da primeira carta de Pedro, a comunidade eclesial, templo de pedras vivas, é sustentada por Jesus Cristo, ‘’a pedra que os construtores rejeitaram (e que) tornou-se a pedra angular’’ (2,7; cf. Sl 117 {118}, 22). Os cristãos, unidos a Jesus Cristo, pelo Batismo, participam de sua vida, morte salvífica e ressurreição e tornam-se pedras vivas na construção de um mundo melhor. A missão batismal é ressaltada por meio das expressões: ‘’a gente escolhida, o sacerdócio régio, a nação santa, o povo que ele adquiriu’’ (2,9). Essas imagens remetem à comunidade da aliança (cf. Ex 19,5-6), ao compromisso de Israel, o povo escolhido e formado por Deus para anunciar o louvor (cf. Is 43,20-21).
Os cristãos, como pedras vivas da comunidade solidificada em Cristo e no alicerce dos apóstolos (cf. Ef 2,19-22), formam um povo sacerdotal, chamado a exercer a missão santificadora no mundo. Como comunidade da nova aliança, eles não precisam oferecer sacrifícios de animais, para expressar a comunhão com Deus, pois foram libertados pela entrega total de Cristo por amor. Unidos a Jesus ressuscitado, ‘’oferecem sacrifícios espirituais agradáveis a Deus’’, através de uma vida entregue a serviço dos irmãos. O exemplo de Cristo, que se tornou a pedra angular por sua fidelidade ao plano salvífico, fortalece seus seguidores no testemunho da fé, em meio às rejeições e adversidades.

Atualizando a Palavra
Jesus se manifesta como o Caminho, a Verdade e a Vida, através de sua entrega por amor, que culminou na morte salvífica e ressurreição. Nas comunidades primitivas, os cristãos eram identificados como o ‘’caminho’’ (cf. At 9,2; 18,25; 24,22), pois seguiam a Cristo de forma radical, na vida e na missão. Iluminado pela fé dos primeiros cristãos é chamado a seguir Cristo como o caminho, para construirmos um mundo mais justo e solidário. Ao levar a termo o amor e a fidelidade, ou seja, ‘’a graça e a verdade’’ (cf Jo 1,14), características da ação de Deus (cf Ex 34,6), Cristo nos ensina a amar os que sofrem e são esquecidos. Seguindo o Cristo vivo, encontramos o caminho da verdade e da vida em plenitude. 
Padre Tiago Alberione, fundador da Família Paulina, nos ensina a colocar a esperança de vida e salvação em Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, através de uma prece confiante: ’’Eu vos adoro e vos dou graças, ó Mestre Divino, que vos declarastes o Caminho, a Verdade, a Vida. Eu vos reconheço como Caminho que devo percorrer Verdade que devo crer Vida que devo ardentemente desejar. Vós sois meu tudo; e eu quero estar todo em vós: mente vontade e coração’’.
Os seguidores e seguidoras de Cristo encontram, na oração e na adesão à Palavra, os meios essenciais para assegurar a eficácia da evangelização, o serviço solidário aos irmãos necessitados. A ação do Espírito, o testemunho e o anúncio da Boa-Nova de Jesus proporcionam o surgimento de pessoas comprometidas com os pobres e excluídos. O exemplo de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, que se entregou totalmente por amor, leva à formação de comunidades servidoras da Palavra e da caridade.
Pelo Batismo, participamos da vida nova em Cristo e nos tornamos gente escolhida, sacerdócio régio, nação santa e povo de sua particular propriedade, para anunciar as maravilhas da salvação. A palavra do Senhor faz renascer a confiança e leva a reconhecermos que somos o seu povo: ‘’Vós sois aqueles que antes não eram povo, agora, porém, são povo de Deus’’ (1Pd 2,10). Guiados pela luz de Cristo, nos tornamos povo sacerdotal, com a missão de transformar a sociedade e santificar o mundo, através do amor e da solidariedade. Com a força de Cristo ressuscitado, a ‘’pedra angular’’, trilhamos o caminho a serviço da vida em meios aos desafios.

Ligando a Palavra com a ação eucarística
Nós, comunidade de fé, pedras vivas, raça escolhida, sacerdócio do Reino, nação santa, povo conquistado, nos reunimos para proclamar as obras admiráveis daquele que nos chamou das trevas para a luz.
Participamos ativamente da celebração do Ministério de Cristo, uma vez que ‘’as ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja, que é ‘sacramento de unidade’, isto é, Povo santo reunido e ordenado sob a direção dos Bispos’’ (Sacrosanctum Concilium, n. 26).
Renovamos nossa fé n’Ele, que é o caminho, a Verdade e nos conduz à verdadeira Vida, construindo desde já uma morada de paz e solidariedade.
Como povo sacerdotal, ofereçamos com Ele ao Pai o culto espiritual, a oferta agradável de nosso louvor e de nossa vida. Que nossos corações não se perturbem, pois Ele está no meio de nós e se dá como alimento verdadeiro.
Que o Ressuscitado nos transforme em servidores autênticos e capazes de colaborar na transformação pascal de nossa realidade.

Sugestões para a celebração
• Cuidar do espaço para que seja expressão da Páscoa do Senhor, destacando o círio pascal, a fonte batismal, a mesa da Palavra e a mesa eucarística.
• Na homilia, algumas pessoas, servidoras da comunidade, podem dar testemunho do próprio ministério.
• Fazer a bênção final própria para o Tempo Pascal.
• Os cantos sejam preparados com antecedência, prevendo ensaios. O Hinário Litúrgico da CNBB possui ótimas sugestões. As melodias estão gravadas no CD Liturgia XVI – Páscoa –Ano A.
Canal do Youtube:

A Voz do Pastor - Santíssima Trindade -- Domingo 15/06/2014

Canal do Youtube:


Reflexão
Solenidade da Santíssima Trindade
Hoje, de um modo especial, celebramos Deus. Mas quem é Deus? Como explicá-lo? Como defini-lo? Como conhecê-lo?
Nenhuma pergunta sobre Deus pode ser respondida por nós humanos. Deus nos supera!
Temos noção de quem Ele é, mas não conseguimos defini-lo. É impossível! Ele é a eterna surpresa. Nosso Deus não é o Deus dos filósofos, mas é o Pai de Jesus Cristo, é o próprio Cristo, é o Espírito de Amor.
Para conhecê-lo deveremos abrir a Sagrada Escritura, principalmente o Novo Testamento, e ver o que Jesus, o Verbo Encarnado, nos diz.
O Evangelho de hoje, tirado de São João, nos fala que Deus é o Amigo do Homem, não apenas o seu Criador, mas o seu Redentor, aquele que o protege e que foi capaz de sofrer e morrer para que o Homem tivesse a plena felicidade.
Já São Paulo em sua Carta aos Coríntios nos orienta sobre a resposta a ser dada ao Deus Amigo. O homem deverá deixar-se transfigurar através dos dons, das qualidades divinas, especialmente pelo amor, pelo perdão e pelo serviço.
Falar com Jesus é falar com Deus. Sua bondade foi tanta que Ele se revelou a nós na pessoa de Jesus.
Filipe, quem me vê, vê o Pai. Dirijamo-nos ao Deus de Amor, a esse Deus que, por amor, rasgou seu coração, e sintamos a plenitude de seu querer bem a nós. Se o mandamento se resume em amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo, do mesmo modo como Ele nos amou, saibamos que antes de tudo o Senhor não só nos criou, mas, por amor a nós, se entregou até a morte.
O Espírito é escuta e disponibilidade.
Fonte Pe. César Augusto dos Santos SJ – Vaticano

Comentário Evangelho João 3,16-18


HOMILIA
Evangelho do Domingo da Santíssima Trindade – (Jo 3,16-18)
Amados irmãos e irmãs em Cristo!
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!
Com esta saudação trinitária gostaria de saudar a todos na certeza do abraço amoroso de Deus trindade Santa que nos envolve e nos guia em nossa missão neste mundo na construção do seu reino. De fato, se tivermos um olhar bem atento aos fatos de nossa vida tudo o que começamos tem o traço, a presença e a proteção da Trindade. Isto porque sempre fazemos o sinal da cruz em todos os momentos de nossa vida, inclusive na celebração eucarística e demais sacramentos ou ainda em qualquer ação celebrativa, tudo inicia e termina com o sinal da cruz – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!
O acesso ao mistério da Santíssima Trindade não é algo que o façamos por meio da nossa racionalidade apenas, mas deve ser resultado de uma experiência, de um encontro de uma acolhida amorosa e afetiva. Aliás, muito se distanciou de nós – o mistério trinitário – quando, envolvidos em tentativas de explicação filosófica e até teológica, buscamos somente a meta de explicar nos esquecemos em experimentar.
As leituras propostas nos apresentam qual deverá ser a nossa atitude diante desse mistério da nossa fé. Assim como Moisés queremos mais uma vez renovar a Aliança de amor na presença de Deus e, prostrados com a devida reverência reconhecemos e louvamos o Senhor que na sua misericórdia, clemência, paciência, bondade e fidelidade, nos perdoa os pecados e nos acolhe, mas acima de tudo Ele caminha conosco, em cada momento e nos anima para construirmos o reino como realidade possível.
O reinado de Deus sempre foi o grande objetivo e tarefa do Filho (Jesus) que obediente à vontade do Pai e impulsionado na força do Espírito que o ungiu para a missão entrega para nós esse trabalho. Tal empreitada exigirá de nós um sincero desejo de aperfeiçoamento, encorajando-nos, cultivando entre nós a concórdia, vivendo o amor e a paz como regra de nossas vidas (2 Cor 13,11-13).
Esta vida nova como fruto do que celebramos no domingo passado (Pentecostes) se consolida na certeza de que Deus sempre deseja se comunicar/revelar a nós e de maneira plena e muito especial o fez por meio de Jesus, o Filho Amado, que nos mostrou de fato, em palavras e obras quem é o Pai: “Deus é amor”!
O Pai envia seu único Filho como um gesto de amor por cada um de nós e o faz não para nos condenar, porém para nos salvar (Jo 3,16) e para que todos o que creiam tenham também parte nesta comunhão divina, nesta vida nova e eterna. O acesso, portanto à vida trinitária é a vivência do amor e da comunhão entre os diferentes estabelecida fundamentalmente na comunhão – expressão de amor!
Na Eucaristia e demais dimensões da nossa vida humana e eclesial somos, uma vez feitos à imagem e semelhança da Trindade (a melhor comunidade) também convidados a manifestar esse amor comunhão em tudo o que fazemos e nos mais variados lugares onde atuamos!
Transformados pelo amor da Trindade busquemos, na conversão pessoal e pastoral de nossas comunidades viver esse mistério de amor!
Em Jesus, o Bom Pastor e Maria, nossa Mãe.
Fonte Pe. Fernando Antonio Carvalho Costa – Arquidiocese de Fortaleza
HOMILIA
Precisamos manifestar o amor de Deus para as pessoas!
O amor só é pleno, verdadeiro e autêntico quando é vivido na dimensão comunitária, o amor que se dá, que se recebe e que circula.

“Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (João 3, 16).


Nós hoje celebramos a Solenidade da Santíssima Trindade. O que nós estamos, na verdade, contemplando hoje é o mistério maravilhoso da presença de Deus em nós.
Que Deus é este? Quem é o Deus em quem nós cremos? Nós talvez encontremos no mundo pessoas que não conheçam, não saibam, na verdade, quem é Deus e, então, nós precisamos dizer quem é o Deus em quem cremos. Só existe um Deus e não há outro e esse mesmo Deus se apresenta a nós em Sua face paterna na pessoa do Pai, Aquele que fez todas as coisas e por amor nos criou. O Pai a quem nós adoramos, reverenciamos e diante do qual nós nos prostramos diante da Sua presença. Deus e o Senhor de todas as coisas!
Esse mesmo Pai, por amor a nós, no princípio de todas as coisas criou o mundo com Seu Filho Jesus. É óbvio que o Seu Filho não se chamava Jesus, desde toda a eternidade Ele foi gerado com o Pai, mas Ele se encarnou e se fez um de nós na pessoa de Jesus.
Jesus é a mão de Deus que nos salva, que nos livra da condenação, que nos conduz para o caminho da vida eterna! A manifestação amorosa de Deus no meio de nós acontece na pessoa do Seu Filho. E o Pai, que não nos deu conhecer a Sua face, nos permitiu conhecer a Sua manifestação amorosa na pessoa de Seu Filho Jesus, que assumiu uma face humana, assumiu o nosso jeito de ser, assumiu a nossa aparência humana. Jesus, o Filho de Deus, é nosso Salvador!
E para que não ficássemos sós, para que fôssemos totalmente refeitos em nossa natureza humana, decaída por causa do pecado, é que o Pai nos deu a Sua face restauradora, que se chama “Espírito Santo”. O Espírito, que é criador, que é salvação, que é santificador e que estava com o Filho e junto com o Pai desde a criação de todas as coisas.
Nós hoje celebramos o Deus de amor, nós hoje celebramos o Deus que é comunidade. Deus não é sozinho! Deus é Pai, é Filho, é Espírito Santo! O amor não se completa só, o amor não se realiza sozinho; ele só é pleno, verdadeiro e autêntico quando é vivido nessa dimensão comunitária, o amor que é dado, recebido e que circula. O amor que vai do Pai, do Pai para o Filho; do Filho para o Pai; do Pai e do Filho para o Espírito Santo. E nesse círculo amoroso, a Trindade se derrama em nossos corações. E assim nós precisamos ser  manifestação do amor de Deus para as pessoas, para quem está ao nosso lado, para quem vive conosco.
Não há realização plena para o homem, para a mulher, para a natureza humana se não for na vivência do amor e ninguém pode viver amando a si mesmo. Precisamos amar uns aos outros para que o amor de Deus seja pleno em nós!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Jo 3,16-18 - Solenidade da Santíssima Trindade



Hoje, Solenidade da Santíssima Trindade, preparo-me para a Leitura, colocando-me na presença  de Deus e, com todos os internautas, faço o sinal da cruz:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
E rezamos o  Te Deum
Deus infinito nós te louvamos
E nos submetemos ao teu poder
As criaturas no seu mistério mostram
A grandeza de quem lhes deu o ser
Todos os povos sonham
E vivem nesta esperança
De encontrar a paz
Suas histórias todas apontam
Para o mesmo rumo, onde Tu estás
Santo, santo, santo
Santo, santo, santoTodo poderoso
É o nosso Deus
Senhor Jesus Cristo, nós te louvamos
E te agradecemos teu imenso amor
Teu nascimento, teu sofrimento
Trouxe vida nova, onde existe a dor
Nós te adoramos e acreditamos
Que és o Filho Santo do nosso Criador
E professamos tua verdade
Que na humanidade plantou tamanho amor
Deus infinito, teu Santo Espírito
Renova o mundo sem jamais cessar
Nossa esperança, nossos projetos
Só se realizam quando Ele falar
Todo poderoso, somos o teu povo
Que na esperança vive a caminhar
Dá que sejamos teu povo santo
Que fará do mundo teu trono e teu altar
Cd Verdades que eu rezo e canto - Pe. Zezinho, scj (COMEP)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 3,16-18, e observo as palavras de Jesus.
Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Pois Deus mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo.- Aquele que crê no Filho não é  julgado; mas quem não crê já está julgado porque não crê no Filho único de Deus.
Este texto faz parte da conversa de Jesus com Nicodemos, uma autoridade entre os judeus. O nome Nicodemos vem do grego e significa "vitória do povo". O Mestre lhe fala das coisas de Deus. Quando lhe fala que "Deus amou tanto o mundo"  não se refere à criação, mas ao "mundo" das pessoas.
Revela que Deus  mandou ao mundo seu Filho não para condená-lo, mas para nos salvar.
Jesus fala também daqueles que preferem a escuridão à luz. Mas, os que vivem de acordo com verdade, aproximam-se da luz. Apresentam claramente, sem subterfúgios o que fazem segundo a vontade de Deus. O grande teólogo e doutor da Igreja, Santo Agostinho,tentou  compreender o mistério da Trindade.  Certa vez, passeava ele pela praia,  completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse compreender.  Encontrou uma criança brincando na areia. Ela corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar. Voltava,  enchia o copo e o despejava novamente. Agostinho perguntou à criança o que ela pretendia fazer.  A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho.  Então, o Santo lhe explicou ser isso impossível. A criança, então,  lhe disse: “É muito mais fácil o oceano  todo ser transferido para este buraco, do que se compreender o mistério da Santíssima Trindade”. A criança, que era um anjo, desapareceu. Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a infinita dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só podemos aderir pela fé este mistério descrito por Jesus no seu Evangelho.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Posso fazer sempre minhas ações à luz.
Sou transparente no que falo e faço?
Os bispos, em Aparecida, falaram da Trindade como fonte da Igreja: "Os discípulos de Jesus são chamados a viver em comunhão com o Pai (1 Jo 1,30 e com seu Filho morto e ressuscitado, na “comunhão no Espírito Santo” (1 Cor 13,13). O mistério da Trindade é a fonte, o modelo e a meta do mistério da Igreja: “um povo reunido pela unidade do Pai do Filho e do Espírito”, chamado em Cristo “como sacramento ou sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano”. A comunhão dos fiéis e das Igrejas locais do Povo de Deus se sustenta na comunhão com a Trindade." (DAp 155).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo:
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar será transparente,  orientado pela comunhão com a Trindade.

nção
Pode-se cantar:
A bênção do Pai,
a bênção do Filho,
a bênção do Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, que nos criaste e nos dás a Vida; Cristo, que assumiste nossa humanidade para revelar-nos o Mistério do Amor; Espírito Santo, que estás em nós guiando nossos passos nos caminhos do Reino do Céu que já começa nesta terra – Deus Trino e Uno – nós queremos crer. Aumenta a nossa fé!
http://www.reflexoesfranciscanas.com.br/