domingo, 19 de março de 2017

LEITURA ORANTE DO DIA - 19/03/2017



LEITURA ORANTE

Jo 4,5-42 - O encontro com a Samaritana


Preparo-me para a oração, rezando com todos os internautas:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo,
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser,
eu vos adoro, amo e agradeço.
E invoco o Espírito Santo para que me ilumine na Leitura Orante:
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis.
E acendei neles o fogo do vosso amor.
- Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado.
- E renovareis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus, que instruistes os corações dos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito e  gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo Senhor nosso. Amém.

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Começo lendo atentamente o texto do dia,  na minha Bíblia : Jo 4,5-42.
Chegou, pois, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto da propriedade que Jacó tinha dado a seu filho José. Havia ali a fonte de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se junto à fonte. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria buscar água. Jesus lhe disse: "Dá-me de beber!" Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar algo para comer. A samaritana disse a Jesus: "Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?" De fato, os judeus não se relacionam com os samaritanos. Jesus respondeu: "Se conhecesses o dom de Deus e quem é aquele que te diz: 'Dá-me de beber', tu lhe pedirias, e ele te daria água viva". A mulher disse: "Senhor, não tens sequer um balde, e o poço é fundo; de onde tens essa água viva? Serás maior que nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual bebeu ele mesmo, como também seus filhos e seus animais?" Jesus respondeu: "Todo o que beber desta água, terá sede de novo; mas quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede, porque a água que eu darei se tornará nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna". A mulher disse então a Jesus: "Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem tenha de vir aqui tirar água"... Senhor, vejo que és um profeta! Os nossos pais adoraram sobre esta montanha, mas vós dizeis que em Jerusalém está o lugar em que se deve adorar". Jesus lhe respondeu: "Mulher, acredita-me: vem a hora em que nem nesta montanha, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. Estes são os adoradores que o Pai procura. Deus é Espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade". A mulher disse-lhe: "Eu sei que virá o Messias (isto é, o Cristo); quando ele vier, nos fará conhecer todas as coisas". Jesus lhe disse: "Sou eu, que estou falando contigo".... Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus por causa da palavra da mulher que testemunhava: "Ele me disse tudo o que eu fiz". Os samaritanos foram a ele e pediram que permanecesse com eles; e ele permaneceu lá dois dias. Muitos outros ainda creram por causa da palavra dele, e até disseram à mulher: "Já não é por causa daquilo que contaste que cremos, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo".
Refletindo
Neste  encontro,  Jesus conversa com uma mulher da Samaria. Ela própria se surpreende, porque os judeus não falavam com os samaritanos, a quem tratavam com hostilidade. O maravilhoso diálogo se desenvolve num jogo de pedir e recusar para chegar ao grandioso "dom de Deus". Falam de água do poço e da água viva, falam da vida familiar, falam da salvação, de culto, até que Jesus se apresenta claramente: "O Messias sou eu que estou falando contigo". Chegaram os discípulos e a mulher foi dizer aos seus vizinhos que encontrara o Messias. Com seu testemunho e também porque escutaram o Mestre, muitos creram nele.

2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Como são meus diálogos com Jesus?
Meditando
Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram:
"A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um “sim” que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o amou primeiro “até o extremo” (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece neste amor de Jesus: “Te seguirei por onde quer que vás” (Lc 9,57)." (DAp 136).

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda a Igreja a

Oração da Campanha da Fraternidade

Deus, nosso Pai e Senhor,
nós vos louvamos e bendizemos,
por vossa infinita bondade.

Criastes o universo com sabedoria
e o entregastes em nossas frágeis mãos
para que dele cuidemos com carinho e amor.

Ajudai-nos a ser responsáveis e
zelosos pela Casa Comum.

Cresça, em nosso imenso Brasil,
o desejo e o empenho de cuidar mais e mais
da vida das pessoas,
e da beleza e riqueza da criação,
alimentando o sonho do novo céu e da nova terra
que prometestes.

Amém!

4. Contemplação(Vida/ Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu olhar de contemplação é um olhar de conversão que cancela tudo aquilo que em minha vida é acomodação, indiferença, omissão, como evitar as pessoas que precisam de mim. Que Deus abençoe este meu propósito.

nção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

Leitura Orante
3º domingo da quaresma, 19 de março de 2017


SAMARITANA: história de uma sede

“Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede...” (Jo 4,15)

Texto Bíblico: Jo 4

1 – O que diz o texto?

No início do relato vemos uma mulher caminhando em direção ao poço de Siquém em busca de água; ela vive um “eu fragmentado”, perdida em sua solidão, sedenta de um sentido para sua existência...
Tinha graves problemas, estava confusa, em toda sua vida havia buscando o grande amor. No entanto, seus casamentos fracassados continuavam a perturbá-la. Era uma mulher que havia se perdido no caminho: tantos cântaros quebrados, tantos pedaços para recolher.
Jesus rompe com as fronteiras culturais e religiosas, assenta-se junto ao poço de Jacó e, através de um diálogo provocativo, ajuda a mulher samaritana a encontrar, dentro dela mesma, esse centro de onde mana sem cessar uma água que mata a sede, e não buscá-la em tantos poços secos ou rachados.
Com sua presença instigante, Jesus ajuda a mulher a integrar suas rupturas existenciais, reconstruindo-a como pessoa, a partir de sua própria interioridade.
O encontro com Jesus fez a samaritana viver uma verdadeira “páscoa”, passando de uma vida trivial e dispersa à missão de anunciar aos outros Aquele com quem se havia encontrado.
Como uma água “que jorra para a vida eterna”, uma torrente de gratuidade percorre a cena e transfigura a mulher.
Ela foi sendo conduzida até sua própria interioridade através de um paciente processo que a fez passar da dispersão à unificação, da exterioridade à interioridade, da desarmonia à unidade interior, da solidão à comunhão com os outros.
Ela entra em cena como “uma mulher da Samaria” e sai dela como conhecedora do manancial de “água viva”, consciente de ser buscada pelo Pai para fazer dela uma adoradora. Sua identidade transformada a converte em uma evangelizadora que consegue, através de seu testemunho, que muitos se aproximem de Jesus e creiam nele. Aquela que falava de “tirar água” como uma tarefa de esforço e trabalho, abandona agora seu cântaro: Jesus a fez descobrir um dom que lhe é entregue gratuitamente.
Na realidade, ela passou a ter a sensação de estar nascendo pela primeira vez e que Deus a amava.
Caíam as etiquetas. Tudo o que tinha sido, a samaritana, filha de sangues misturados e de religião meio pagã, a mulher com uma vida afetiva fracassada, a amante que, depois de compartilhar sua vida com seis homens, duvidava de ter sido amada de verdade alguma vez... tudo aquilo parecia deixar de existir.
Os véus que cobriam o verdadeiro rosto da mulher do cântaro vazio, foram levados pelo vento. Ela se tornou “pessoa”.

2 – O que o texto diz para mim?

Estou, aqui, diante de uma vida em processo. Ao longo do relato assisto a tentativa da mulher de permanecer em um nível superficial e mover-se em seu diálogo com Jesus no âmbito da superficialidade.
Uma e outra vez ela procura escapar e desviar a conversação para terrenos que não permitem descer em sua profundidade e que não a deixam enfrentar-se com a verdade de sua existência.
Mas ela não contava com a tenacidade de Jesus e com sua determinação de alargar aquela vida atrofiada.
Ao longo do encontro, Jesus é o verdadeiro protagonista, o condutor da cena e aquele que marca as estratégias da conversação.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Como hábil pescador, Jesus joga suas redes e lança seus anzóis para tirar a mulher, com quem dialoga, das águas enganosas da trivialidade e do desejo de auto-justificação que a afogam.
Como bom pastor que conhece suas ovelhas, Jesus a faz sair do deserto da superficialidade, vai guiando-a para a profundidade e autenticidade, para a terra do dom da água viva.
Como amigo que busca criar relações pessoais, em nenhum momento emite juízos morais de desaprovação ou condenação: em lugar de acusar, prefere dialogar e propor, emprega uma linguagem dirigida ao coração da mulher.
Como “expert” em humanidade, Jesus mostra-se profundamente atento e interessado pela interioridade de sua interlocutora e lhe faz descobrir o manancial que pode brotar do mais profundo dela mesma.
Revela-lhe também a interioridade de Deus como Pai que busca adoradores em espírito e em verdade.
Jesus desperta a samaritana a cair na conta que é preciso abrir-se a um “manancial” novo, que lhe vem através d’Ele e que “brota em seu interior” de um modo permanente. Ele é o manancial e com sua presença desperta o manancial interior da samaritana, entupido.
Comprovo hoje uma atrofia ou um “déficit de interioridade”, pois a volatilidade das sensações passageiras dificulta ter acesso à minha própria identidade.
Continuamente chegam até mim, sensações inteligentes e sedutoras elaboradas pelos técnicos da publicidade em laboratórios e ilhas de edição e semeadas na minha afetividade subconsciente.
Estou rodeada por telas iluminadas (tvs, smart, tablets, computadores...) que emitem uma mensagem “interessada” e me forçam a permanecer na superfície de mim mesma, esvaziando-me de toda densidade humana.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, “dá-me um pouco de sede porque estou morrendo de água!”
Eis o clamor da minha geração que tendo quase tudo, parece que não consegue descobrir o sentido da própria existência. Morre de sede junto ao poço de água viva.
A sede se refere à busca de sentido presente em todo ser humano, busca daquilo que traz definitivamente a paz: a “água viva” que coincide com o “dom de Deus”.
Por isso, o relato se situa intencionadamente em chave de oferta: “se conhecesses o dom de Deus...”
Acabou-se o tempo dos templos; a adoração passa pelo coração, é interior e verdadeira, corresponde a uma vida em fidelidade.
A experiência acontece quando escuto em meu interior o “eco” que a água viva produz, saciando meus desejos mais plenos.
“Uma água viva murmura dentro de mim e me diz: Venha para o Pai” (S. Inácio de Antioquia)
Como a samaritana, também diante de mim se apresenta uma alternativa: continuar buscando água viva e justificação em poços secos e esgotados ou eleger “vida eterna” e deixar-me arrastar pela oferta de transformação proposta pelo Jesus que me busca, porque deseja ampliar minha existência e comunicar alegria e plenitude.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Preciso redescobrir uma pedagogia que me conduza até o mais profundo de minha intimidade, onde o Espírito alimenta a originalidade de meu ser único, através de uma fonte que nunca se esgota.
Preciso, sob a ação da Graça, destravar meu centro vivo e sempre inédito, de tal maneira que brote a novidade que tudo renova e plenifica minha existência.
Preciso buscar inspiração no encontro instigante de Jesus com a Samaritana, junto a um poço.
Assim como a água, necessária para a vida é preciso extraí-la do fundo da terra, também a água do Espírito é preciso tirá-la das profundezas de si mesmo.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas:  Jo 4
Pe. Adroaldo Palaoro, sj – reflexão do Evangelho.
Desenho: Osmar Koxne

Sugestão:
Música: Um encontro junto ao poço fx – 01 (04:02)
Autor: Luiza Riccardi – Luiz A. Karam
Intérpretes: Marcelo Mattos – Maria Diniz
CD: Encontro com Jesus – Canções Bíblicas
Gravadora:  Paulinas Comep

Fonte: Pe. Adroaldo Palaoro, sj
Postado por: admin_radio

HOMÍLIA DIÁRIA - Jo 4,5-15.19b-26.39a.40-42 - (CANÇÃO NOVA) - 19/03/2017


OUÇA E/OU LEIA AGORA A HOMÍLIA DIÁRIA

Só Jesus sacia nossa sede de eternidade

Bebamos desta água, todos os dias, porque só ela sacia nossa sede e fome de eternidade
“Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede” (João 4,13-14).


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Caão Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova