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sábado, 14 de setembro de 2024
HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 14/09/2024
Hoje, vemos novamente Nicodemos a falar com Jesus. Conversa de “alto nível”. E de que se fala a um nível tão elevado? Pois, de que Jesus desceu do céu para subir à Cruz. Incrível, inimaginável!
- Talvez penses que, afinal, não era caso para tanto… Pois, pelo contrário: é caso para muito! Trata-se da tua vida eterna, nada mais nem nada menos.
Meditação
“Deus amou tanto o mundo...”. Deus amou-nos a cada um pessoalmente, e por isso nos criou para sermos não apenas suas criaturas, mas também seus filhos e filhas, participantes de sua vida divina. E desde toda a eternidade decidiu que isso aconteceria pela nossa união a seu Filho, que haveria de se fazer participante de nossa vida humana. Toda a obra da criação e da salvação é resultado do amor de Deus, amor imenso, incontido, que se queria difundir e partilhar com outros seres.
Oração
Ó Deus, quisestes que vosso Filho Unigênito sofresse o suplício da cruz para salvar o gênero humano; concedei que, tendo conhecido na terra este mistério, mereçamos alcançar no céu o prêmio da redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 14/09/2024
ANO B
Jo 3,13-17
Comentário do Evangelho
Jesus, fonte de vida eterna
Neste texto temos um trecho da resposta de Jesus a Nicodemos que, interpretando ao pé da letra as palavras de Jesus, questiona como um homem, sendo velho, pode nascer de novo. Jesus é a fonte da vida eterna. Em sua trajetória, vindo do Pai e ao Pai voltando, Jesus, Filho do Homem, isto é, plenamente humano, realiza a salvação, que é a comunicação da vida divina e eterna a todos que creem nele. São os que creem no amor, na justiça e no direito, e que se empenham no serviço à vida, na preservação da natureza e na promoção humana dos pequeninos e excluídos.
Jesus de Nazaré, na plenitude de sua humanidade, é o dom de amor de Deus ao mundo. É a Palavra que se fez carne e veio morar entre nós. A elevação do Filho do Homem é a elevação do humano, com o resgate de sua dignidade. O antigo modelo da serpente de bronze no deserto (Nm 21,9), que motivava a fé, dá lugar a Jesus que comunica a vida e a todos atrai pela manifestação da graça e da verdade (Jo 1,17). A missão de Jesus não é a de condenação do mundo, mas de salvação, pela comunicação da vida divina e eterna a todos. É a missão da misericórdia e do amor, a que todos somos chamados.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, ao exaltar a cruz de teu Filho Jesus, quero abrir meu coração para que ela frutifique em mim, renovando minha disposição de ser totalmente fiel a ti.
Fonte: Paulinas em 14/09/2012
Comentário do Evangelho
A cruz de Cristo é um ato de amor de Deus por toda a humanidade.
O lugar próprio da “exaltação da Santa Cruz” é a Sexta-Feira Santa. Nunca é demais, no entanto, recordar que a cruz de Cristo é um ato de amor de Deus por toda a humanidade. Nós, cristãos, não temos uma mística da cruz ou do sofrimento, mas do Crucificado que “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o extremo” (Jo 13,1). O que nós podemos ler em Jo 15,13 se realiza no Filho de Deus pregado na cruz: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos”.
Nosso trecho é parte da catequese batismal do capítulo 3 do evangelho de João. Nestes versículos Jesus é apresentado como dom de Deus: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único” para que, aquele que adere pela fé a ele, tenha a vida eterna (v. 15). O Filho único é doação do Pai para a salvação do mundo. A fé nele abre o coração do ser humano para receber este dom como salvação. Não é só a cruz de Cristo que nos salva, mas toda a sua vida terrestre e gloriosa.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ao exaltar a cruz de teu Filho Jesus, quero abrir meu coração para que ela frutifique em mim, renovando minha disposição de ser totalmente fiel a ti.
Fonte: Paulinas em 14/09/2013
Comentário do Evangelho
A cruz de Jesus Cristo é expressão do amor de Deus.
A festa da exaltação da Santa Cruz remonta a meados do século IV d.C., quando o bispo de Jerusalém, na festa da dedicação da dupla basílica, constituída por duas igrejas, a igreja da Ressurreição e a igreja do martírio, levantou uma relíquia da cruz e a apresentou ao povo para a veneração. Desse gesto é que deriva o nome de exaltação da Santa Cruz. Mas é na Sexta-Feira Santa que, a cada ano, os cristãos veneramos a cruz do Senhor como penhor de nossa salvação. A cruz de Jesus Cristo é expressão do amor de Deus por toda a humanidade. No entanto, tenhamos todos muito claro que a mística cristã não é a mística da cruz, mas a mística do Crucificado.
O evangelho de hoje faz referência explícita ao episódio relatado no livro dos Números que lemos na primeira leitura. Durante a travessia pelo deserto rumo à terra da promessa, a tentação frequente do povo, que Deus havia tirado da casa da servidão, era de voltar atrás (Nm 21,5). Tinha sido libertado por Deus da escravidão, mas não tinha superado e se libertado da mentalidade de escravo. Será preciso um longo e dolorido caminho para que essa páscoa aconteça. A causa do que eles imaginavam ser o castigo de Deus, era, na verdade, consequência da falta de confiança e da murmuração contra Deus. A serpente de bronze levantada numa haste era expressão de uma crença de que, tendo o inimigo numa imagem, ele seria controlado. O texto apresenta uma novidade em relação a outros prodígios de Deus ao longo da travessia pelo deserto; ele exige, de quem quer ser salvo, fixar o olhar no emblema (vv. 8-9). O livro da Sabedoria, relendo esse fato, dá a ele um alcance teológico: é Deus quem liberta de todo mal (Sb 16,5-8).
Para o trecho do evangelho de hoje, no qual o episódio do livro dos Números é utilizado, a elevação de Jesus Cristo é o antítipo da serpente elevada. O trecho faz parte da catequese batismal do capítulo 3 do evangelho de João. Essa nossa perícope dá uma interpretação cristológica ao episódio narrado pelo autor do livro dos Números: quem salva e cura da morte é Jesus Cristo. É pela fé em Jesus Cristo, crucificado, morto e ressuscitado, que se é salvo e se tem a vida eterna.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, que a exaltação da cruz desperte em mim um empenho sempre maior de trilhar os teus caminhos.
Fonte: Paulinas em 14/09/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
DEUS AMOU O MUNDO
Nicodemos é um mestre em Israel, do partido dos fariseus. Constrangido, procura Jesus à noite. Há uma sede de infinito em seu coração. Sua escuridão será iluminada nesse diálogo com Jesus. Ele reconhece Jesus como profeta vindo de Deus, mas, embora ele conheça muitas coisas, a ignorância da fé prevalece. Por isso, Jesus lhe diz que é preciso nascer do alto, da água e do Espírito, nascer da fé. No texto que a liturgia de hoje nos apresenta, está o miolo da conversa entre eles.
O Filho de Deus crucificado e exaltado é o endereço de nossa fé. Nicodemos conhecia bem a passagem da serpente de bronze (Nm 21,4-9), mas Jesus a utiliza para falar de si mesmo: ele é o ato de amor por excelência. Ele foi entregue pelo Pai à humanidade, no mistério da encarnação. Mais ainda: ele morre na cruz e desce à mansão dos mortos. É o Verbo que se encarnou em um profundo processo de esvaziamento. É ainda aquele que abraça a cruz por obediência. A cruz, todavia, é, ao mesmo tempo, mistério de morte e de elevação. Jesus é o Filho unigênito que dá vida eterna a todo aquele que nele crê. É esse mistério de amor que celebramos na Exaltação da Santa Cruz. Pela cruz nos veio a luz!
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Fontes: Catequisar e Comece o Dia Feliz em 14/09/2023
Vivendo a Palavra
Exaltamos hoje a Santa Cruz de Jesus Cristo, símbolo que devemos ter sempre presente na mente, não com o sentimento de prazer pelo flagelo, mas como lembrança de que o sofrimento e a dor fazem parte do nosso caminho e são meios de crescimento, assim como fizeram parte do caminho do Mestre.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/09/2012
Vivendo a Palavra
Repitamos, todos os dias, em uma única frase, toda a história da nossa salvação: “Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna.” Está aí resumida a razão da nossa fé, da nossa esperança e do amor que vivemos.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/09/2013
VIVENDO A PALAVRA
A vida de Jesus – ela é o nosso caminho de libertação! – tem a sua porta de saída, que é também o tempo da volta ao abraço do Amado Pai, no madeiro do Calvário. Nós, cristãos, exaltamos a Santa Cruz, como sinal do amor extremo de Deus, que nos deu seu Divino Filho; e do Cristo Jesus que se entregou por nós até a morte.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/09/2017
VIVENDO A PALAVRA
Repitamos, todos os dias, em uma única frase, toda a história da nossa salvação: «Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo aquele que nele acredita não morra, mas tenha a Vida Eterna.» Está aí resumida a razão da nossa Fé, da nossa Esperança e do Amor que vivemos.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/09/2019
VIVENDO A PALAVRA
«Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho Único, para que todo que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna.» Este versículo – Jo 3,16 – é considerado por muitos como a perfeita síntese de toda a História da Salvação. O maior presente do Pai Misericordioso – Jesus de Nazaré – é tão plenamente humano que só poderia ser Deus: o Cristo Libertador.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/09/2020
Reflexão
Todos os que creem no Filho de Deus elevado entre o céu e a terra, suspenso na cruz, recebem dele a vida eterna. A cruz, instrumento de suplício e de maldição, torna-se, em Jesus Cristo, instrumento de salvação para todas as pessoas. Por isso, somos convidados a nos associar à cruz de Cristo. Quando falamos em união à cruz, logo pensamos em sofrimento, mas devemos pensar em algo que é mais importante que o sofrimento: Jesus, no alto da cruz, não era nada para si, mas todo para os outros, nos mostrando, assim, que cruz significa não viver para nós mesmos, mas fazer da nossa vida um serviço a Deus e aos irmãos e irmãs. A cruz só pode ser verdadeiramente compreendida sob o horizonte do amor maior.
Fonte: CNBB em 14/09/2012, 14/09/2013 e 14/09/2014
Reflexão
Já no final do século V, no Oriente, e final do século VII, no Ocidente, havia uma comemoração em torno da cruz do Senhor. No dia 14 de setembro, as igrejas que tinham uma relíquia maior da cruz costumavam expô-la à veneração dos fiéis, em celebração solene. A esse fato dava-se o nome de “exaltação” da Santa Cruz. Instrumento de suplício e símbolo de derrota, a cruz se transformou em sinal de luz e esperança, por ato e mérito de Jesus Cristo, que aceitou fazer dela sinal de amor: “Ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). São Paulo compreendeu e expressou a riqueza contida na crucificação de Jesus: “Ele me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Sua cruz se torna para nós fonte de salvação: “Fostes resgatados… pelo precioso sangue de Cristo” (1Pd 1,18-19).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 14/09/2019
Reflexão
O imperador Constantino mandou construir em Jerusalém duas basílicas, uma sobre o Gólgota (morte de Jesus), e outra sobre o Sepulcro de Jesus. A dedicação dessas basílicas se realizou em 13 de setembro do ano 335. No dia seguinte, lembrando o significado profundo das duas igrejas, mostrou-se ao povo o que restava do lenho da Cruz do Salvador. Anualmente se repete esse ritual. Daí originou-se a celebração do dia 14 de setembro, que se faz também em Roma, desde o século VII. “A cruz é, ao mesmo tempo, o sofrimento e o troféu de Deus. É seu sofrimento, porque foi nela que ele morreu voluntariamente; ela é seu triunfo, porque o diabo foi ferido e derrotado e, com ele, foi vencida a morte. A cruz é proclamada como glória de Cristo e sua exaltação…” (Santo André de Creta, século VII).
Oração
Ó Jesus Redentor, para nos redimir e salvar, morreste crucificado. Mudaste, assim, o sentido da cruz: de instrumento de condenação a transformaste em trono de vitória e resgate em favor da humanidade. Embora traga a lembrança dos teus indizíveis sofrimentos, a cruz se torna para nós fonte de salvação. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 14/09/2020
Reflexão
Já no final do século V, no Oriente, e final do século VII, no Ocidente, havia uma comemoração em torno da cruz do Senhor. No dia 14 de setembro, as igrejas que tinham uma relíquia maior da cruz costumavam expô-la à veneração dos fiéis, em celebração solene. A esse fato dava-se o nome de “exaltação” da Santa Cruz. Instrumento de suplício e símbolo de derrota, a cruz se transformou em sinal de luz e esperança, por ato e mérito de Jesus Cristo, que aceitou fazer dela sinal de amor: “Ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). São Paulo compreendeu e expressou a riqueza contida na crucificação de Jesus: “Ele me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Sua cruz se torna para nós fonte de salvação: “Vocês foram resgatados […] pelo precioso sangue de Cristo” (1Pd 1,19).
Oração
Ó Jesus Redentor, para nos redimir e salvar, morreste crucificado. Mudaste, assim, o sentido da cruz: de instrumento de condenação a transformaste em trono de vitória e resgate em favor da humanidade. Embora traga a lembrança dos teus indizíveis sofrimentos, a cruz se torna para nós fonte de salvação. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 14/09/2021
Reflexão
O imperador Constantino mandou construir em Jerusalém duas basílicas, uma sobre o Gólgota (morte de Jesus), e outra sobre o sepulcro de Jesus. A dedicação dessas basílicas se realizou em 13 de setembro do ano 335. No dia seguinte, lembrando o significado profundo das duas igrejas, mostrou-se ao povo o que restava do lenho da cruz do Salvador. Anualmente se repete esse ritual. Daí originou-se a celebração do dia 14 de setembro, que se faz também em Roma, desde o século VII. “A cruz é, ao mesmo tempo, o sofrimento e o troféu de Deus. É seu sofrimento, porque foi nela que ele morreu voluntariamente; ela é seu triunfo, porque o diabo foi ferido e derrotado e, com ele, foi vencida a morte. A cruz é proclamada como glória de Cristo e sua exaltação…” (Santo André de Creta, século VII).
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 14/09/2022
Reflexão
O imperador Constantino mandou construir em Jerusalém duas basílicas, uma sobre o Gólgota (morte de Jesus), e outra sobre o sepulcro de Jesus. A dedicação dessas basílicas se realizou em 13 de setembro do ano 335. No dia seguinte, lembrando o significado profundo das duas igrejas, mostrou-se ao povo o que restava do lenho da cruz do Salvador. Anualmente se repete esse ritual. Daí originou-se a celebração do dia 14 de setembro, que se faz também em Roma, desde o século VII. “A cruz é, ao mesmo tempo, o sofrimento e o troféu de Deus. É seu sofrimento, porque foi nela que ele morreu voluntariamente; ela é seu triunfo, porque o diabo foi ferido e derrotado e, com ele, foi vencida a morte. A cruz é proclamada como glória de Cristo e sua exaltação” (Santo André de Creta, século VII).
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 14/09/2023
Reflexão
«A fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho é uma profecia, isto é, uma olhada no espelho da realidade que nos introduz em sua verdade, mais além do que nos dizem nossos sentidos: a Cruz, a Santa Cruz de Jesus Cristo, é o Trono do Salvador. Por isso, Jesus afirma que «deve que ser levantado o Filho do homem» (Jo 3,14).
Bem sabemos que a cruz era o suplício mais atroz e vergonhoso de seu tempo. Exaltar a Santa Cruz não deixaria de ser um cinismo se não fosse porque ai está o Crucificado. A cruz, sem o Redentor, é simples cinismo; com o Filho do Homem é a nova árvore da sabedoria. Jesus Cristo, «oferecendo-se livremente à paixão» da Cruz abriu o sentido e o destino de nosso viver: subir com Ele à Santa Cruz para abrir os braços e o coração ao Dom de Deus, num intercâmbio admirável. Também aqui nos convém escutar a voz do Pai desde o céu: «Este é meu Filho (...), em quem me comprazo» (Mc 1,11). Encontrarmos crucificados com Jesus e ressuscitar com Ele: Eis aqui o porquê de tudo! Há esperança, há sentido, há eternidade, há vida! Nós os cristãos não estamos loucos quando na Vigília Pascal, de maneira solene, quer dizer, no Pregão Pascal, cantamos, louvando o pecado original: «Oh!, Culpa tão feliz, que tem merecido a graça de tão grande Redentor», que com sua dor tem impresso sentido à mesma dor.
«Olhai a árvore da cruz, foi sacrificado o Salvador do mundo: vem e adoremos» (Liturgia da sexta-feira Santa). Se conseguirmos superar o escândalo e a loucura de Cristo crucificado, não há nada mais que adorá-lo e agradecer-lhe seu Dom. E procurar decididamente a Santa Cruz em nossa vida, para termos a certeza de que, «por Ele, com Ele e Nele», nossa doação será transformada, nas mãos do Pai, pelo Espírito Santo, em vida eterna: «Derramada por vós e por muitos para o perdão dos pecados».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Onde quer que um cristão gaste a sua vida honradamente, aí deve colocar, com o seu amor, a Cruz de Cristo, que atrai a Si todas as coisas» (S. Josemaria)
- «O cristianismo não existe sem a Cruz e não existe Cruz sem Jesus Cristo. Assim um cristão que não se sabe glorificar em Cristo crucificado não percebeu o que significa ser cristão» (Francisco)
- «A oração da Igreja venera e honra o Coração de Jesus, tal como invoca o seu santíssimo Nome. Adora o Verbo encarnado e o seu Coração que, por amor dos homens, Se deixou trespassar pelos nossos pecados. A oração cristã gosta de percorrer o caminho da cruz (Via-Sacra) no seguimento do Salvador. As estações, do Pretório ao Gólgota e ao túmulo, assinalam o caminho de Jesus que, pela sua santa cruz, remiu o mundo.» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.669)
Fonte: Evangeli/Evangelho/Feria em 14/09/2023
Reflexão
A exaltação da Santa Cruz: o novo culto anelado tinha se tornado realidade na Cruz de Jesus
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, Nicodemos, o mesmo que “des-cravaria” Cristo, recebe antecipadamente uma revelação: O Filho do Homem seria “ex-altado” (posto no alto desde a terra) e atrairia a todos para si. A Igreja nascente, sob a guia do Espírito Santo, foi aprofundando lentamente nesta verdade. Uma coisa estava clara desde o início: Com a Cruz de Cristo, os antigos sacrifícios do templo ficaram superados definitivamente. Tinha acontecido algo novo!
Deus não queria ser glorificado através dos sacrifícios de touros e machos caprinos, cujo sangue não pode purificar o homem nem expiar por ele. O novo culto anelado, mas até então ainda sem definir, tinha se tornado realidade. Na Cruz de Jesus tinha-se verificado o que em vão tinha tentado com os sacrifícios de animais: Cristo ocupou seu lugar. O templo continua sendo um lugar venerável de oração e anúncio. Seus sacrifícios, porém, já não eram válidos para os cristãos.
—Te adoramos, oh Cristo!, e te abençoamos, porque pela tua Santa Cruz redimiste ao mundo.
Fonte: Evangeli/Evangelho Master/Feria em 14/09/2023
Reflexão
A exaltação da Santa Cruz
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho é uma profecia além do que nos dizem os nossos sentidos: a Cruz, a Santa Cruz de Jesus Cristo, é o Trono do Salvador. Por isto, Jesus afirma que “tem que ser elevado o Filho do homem”.
A cruz era o suplício mais atroz e vergonhoso de seu tempo. Exaltar a Santa Cruz não deixaria de ser um cinismo se não fosse porque aí está suspenso o Crucificado: como Filho do Homem é a árvore nova da Sabiduria. Jesus Cristo oferecendo-se livremente à paixão tem iluminado o sentido do nosso viver: subir com Ele à Santa Cruz para abrir os braços e o coração ao Dom de Deus, em um intercâmbio admirável. Encontrarmos crucificados com Jesus e ressuscitar com Ele: temos aqui o porquê de tudo!
—Jesus, nós os cristãos na Vigília Pascal, de maneira solene, cantamos louvor do pecado original: “Oh! feliz culpa que mereceu tão grande Redentor” porque com a sua dor tem imprimido “sentido” à dor.
Fonte: Evangeli/Evangelho Master/Feria em 14/09/2023
Meditação/Recadinho
Que lugar ocupa a cruz, como símbolo, em sua vida? - Você faz o sinal da cruz? Mencione alguma circunstância concreta. - Em meio às cruzes de sua vida, você se lembra de Cristo na cruz? - Mencione algum local em que há uma cruz. - A cruz mencionada lhe diz alguma coisa de concreto?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 14/09/2013 e 14/09/2014
Meditação
“Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra quem nele crer, mas tenha a vida eterna.” Deus amou-nos a cada um pessoalmente, e por isso nos criou para sermos não apenas suas criaturas, mas também seus filhos e filhas, participantes de sua vida divina. Toda a obra da criação e da salvação é resultado do amor de Deus, amor imenso, incontido, que se quis difundir e partilhar com outros seres sua existência e sua felicidade. Diante dessa oferta de amor, que procura parceiros de felicidade, nossa resposta não pode ser outra senão a resposta de aceitação alegre e total.
Oração
Ó Deus, que para salvar a todos dispusestes que o vosso Filho morresse na cruz, a nós que conhecemos na terra este mistério, dai-nos colher no céu os frutos da redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 14/09/2023
Comentário sobre o Evangelho
O instrumento de nossa salvação e a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte
Hoje, vemos novamente Nicodemos a falar com Jesus. Conversa de “alto nível”. E de que se fala a um nível tão elevado? Pois, de que Jesus desceu do céu para subir à Cruz. Incrível, inimaginável!
- Talvez penses que, afinal, não era caso para tanto… Pois, pelo contrário: é caso para muito! Trata-se da tua vida eterna, nada mais nem nada menos.
Fonte: Family Evangeli/Feria em 14/09/2023
Meditando o evangelho
SALVOS PELA CRUZ
A expressão “exaltação da cruz” deve ser corretamente compreendida para se evitar mal entendidos. Erraria quem a interpretasse como uma apologia do sofrimento, privando-a do contexto em que se deu na vida de Jesus.
O diálogo com Nicodemos ajuda-nos a encontrar o sentido da cruz, no conjunto do ministério do Mestre. Evocando a serpente de bronze erguida por Moisés no deserto, Jesus afirmava ser necessário que ele também fosse elevado para salvar os que haveriam de crer nele. Como a serpente de bronze era penhor de vida para o povo pecador que a contemplava no alto do mastro, o mesmo aconteceria com o Messias. A força salvadora do Filho erguido na cruz era uma clara manifestação da presença do Pai em sua vida. Afinal, na cruz, o Filho revelava sua mais absoluta fidelidade ao Pai. Por se recusar a não trilhar o caminho traçado pelo Pai, teve de se confrontar com a terrível experiência de sofrer a morte dos malfeitores. Assim, tornou-se fonte de salvação.
A exaltação da cruz tem por objetivo glorificar Jesus por seu testemunho de adesão incondicional ao querer do Pai. Só é capaz deste gesto quem acolheu a salvação de que é portadora, e deseja mostrar-se agradecido a Jesus, por tamanha prova de amor. Quem se dispõe a abrir o coração e deixar a cruz dar seus frutos de vida e salvação, irá beneficiar-se do amor infinito que o Pai demonstrou pela humanidade pecadora.
Fonte: Dom Total em 14/09/2014, 14/09/2020 e 14/09/2022
Oração
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Pai, ao exaltar a cruz de teu Filho Jesus, quero abrir meu coração para que ela frutifique em mim, renovando minha disposição de ser totalmente fiel a ti.
Oração
Ó Deus, que, para salvar a todos, dispusestes que o vosso Filho morresse na cruz, a nós, que conhecemos na terra esse mistério, dai-nos colher no céu os frutos da redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 14/09/2014
Meditando o evangelho
DA CRUZ, BROTA A VIDA ETERNA
A crucifixão de Jesus deu à cruz um sentido novo: deixou de evocar a morte, para ser evocação da vida. Não mais seria instrumento de castigo, mas de salvação. Seria motivo de exaltação e não de ignomínia.
Esta mudança radical do sentido da cruz deveu-se ao modo como Jesus a viveu. A morte de cruz foi a prova suprema da fidelidade do Filho ao Pai. Nela ficou patente que Deus era o senhor único e exclusivo da vida de Jesus, e que nenhuma criatura fora suficientemente forte para desviá-lo do caminho traçado pelo Pai. Somente neste sentido é possível entender a necessidade da morte de cruz. Seria praticamente impossível ter Jesus encontrado outra forma mais convincente para provar sua fidelidade a Deus. Ele não temeu enfrentar, de cabeça erguida, a infamante morte de cruz, quando estava em jogo a razão de ser de sua existência e de sua vinda ao mundo.
Daqui provém o respeito cristão pela cruz e o simbolismo de que é revestida. Ela evoca a fidelidade de Jesus e é apelo à essa mesma fidelidade. É a síntese do amor de Jesus pela humanidade, ao entregar-se para resgatá-la do pecado, e é um convite para o amor. Ela revela o serviço radical e incondicional de Jesus ao Reino, e estimula o cristão a fazer o mesmo. Exaltar a cruz é, pois, optar por trilhar os caminhos de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Senhor Jesus, que a exaltação da cruz desperte em mim um empenho sempre maior de trilhar os teus caminhos.
Fonte: Dom Total em 14/09/2017, 14/09/2019 e 14/09/2021
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Deus enviou o seu Filho
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Por iniciativa de Santa Helena, mãe do imperador Constantino, restos da cruz de Cristo foram descobertos em 326. No lugar da descoberta foi construída a basílica do Santo Sepulcro. A cruz foi exposta ao povo no dia catorze. Daí o nome da festa: “Exaltação da Santa Cruz”. A cruz, instrumento de castigo aplicado pelos romanos, tornou-se instrumento de salvação pela vontade de Deus. É na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo que nós nos gloriamos. Ela nos acompanha e é exaltada por santos e poetas. Assim escreveu Gregório de Matos sobre o mistério do Senhor Crucificado: “A Vós correndo vou, braços sagrados, nessa cruz sacrossanta descobertos, que, para receber-me, estais abertos, e por não castigar-me, estais cravados. A Vós, divinos olhos, eclipsados de tanto sangue e lágrimas cobertos, pois, para perdoar-me, estais despertos, e por não condenar-me, estais fechados. A Vós, pregados pés, por não deixar-me; a Vós, sangue vertido para ungir-me; a Vós, cabeça baixa, por chamar-me; a Vós, lado patente, quero unir-me, a Vós, cravos preciosos, quero atar-me, para ficar unido, atado e firme.” Jesus tem os braços abertos para nos acolher, e os tem pregados na cruz para não nos bater. Para perdoar-me, seus olhos estão despertos e estão fechados para não me condenar.
Fonte: NPD Brasil em 14/09/2019
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Deus enviou o seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele - Jo 3,13-17
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
A cruz de Jesus Cristo encontrada por Santa Helena em Jerusalém é erguida e apresentada ao povo fiel, que a contempla com amor e gratidão. Ela é o altar no qual o corpo do Senhor Jesus foi oferecido em sacrifício para a salvação do mundo. Aos pés da cruz ouvimos hoje as palavras de Jesus a Nicodemos, conservadas no Evangelho de João. O Crucificado conhece o céu. Veio de lá e para lá está voltando. Fala do que conhece. Transmite o que viu. Ele foi levantado na cruz para que tenha a vida eterna quem nele crer. Nós cremos nele e cremos que, terminada nossa peregrinação neste mundo, nossa vida desabrochará na eternidade. Cremos que teremos a vida eterna. Quem nele crê não perece. O Pai não se deu ao trabalho de enviar o Filho até nós para nos condenar. Ele não veio condenar o mundo. Veio salvá-lo. A serpente de bronze que Moisés levantou no deserto para curar o povo do veneno das serpentes foi sinal e figura do que viria depois: Jesus, o Filho do Homem, erguido na cruz. A serpente continua destilando seu veneno e a cruz continua erguida para nos curar. Os braços permanentemente abertos de Jesus nos convidam a nos aproximarmos do trono da graça. Sem medo e confiantes. Faça o sinal da cruz, tenha a cruz na parede do quarto. Sinta nela a ternura do coração traspassado.
Fonte: NPD Brasil em 14/09/2020
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. CRUZ: A VITÓRIA DO AMOR!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Afirmar, antes do século IV, que Jesus foi um vencedor na cruz do calvário, era passar-se por ridículo, fazer zombaria com a desgraça e a tragédia que se abateu sobre o Nazareno. Na própria comunidade cristã, o uso da cruz como símbolo cristão, só viria após esse período. Falar de alguém que morreu numa cruz, ser seguidor de suas ideias e ensinamentos, era empreender uma caminhada incerta que poderia terminar em fracasso, pois antes da conversão do imperador Constantino, o Cristianismo era considerado uma seita e até inimigos do Império Romano, antissociais, gente da ralé.
Há uma linha crescente no evento Jesus de Nazaré, que começa com o seu batismo, prolongando-se nos grandes prodígios que realizou inclusive a ressurreição de mortos, que atinge o seu ápice quando o povo vê nele os sinais messiânicos aclamando-o como rei na subida para Jerusalém, cuja entrada triunfal era a concretização do ideal de libertação, sonhado e alimentado no coração do povo. Entretanto, esse evento marcou na verdade o início de uma tragédia, que iria culminar com a morte humilhante e vergonhosa na cruz do calvário.
A cruz foi assim, até o século IV o símbolo do fracasso e da vergonha, porém, no evento pós- pascal, os seguidores de Jesus, os discípulos e todos os que professavam nele a sua fé, são convidados agora a olhar para o lenho da cruz com um olhar diferente, iluminado pela glória da ressurreição.
Um olhar que transcende o próprio objeto, enxergando no crucificado a concretização do projeto de Deus, seria, portanto, o ápice da glória do Filho do Homem, o momento da sua morte na cruz, ilumina a existência humana dando-lhe um novo sentido e mostrando a vocação do homem, criado a imagem e semelhança de Deus, à plenitude do amor.
Os que rejeitavam Jesus, sua pessoa e seu anúncio revolucionário, ao ser levantada a cruz no alto do Gólgota, enxergaram apenas um homem agonizante, um derrotado que o poder Imperial e Religioso fez calar a boca, o poder religioso tinha boas razões para querer acabar definitivamente com Jesus, ele ousara falar de uma salvação que não passava pelos padrões religiosos do Povo de Israel, e isso era imperdoável.
Entretanto, aquela cruz, sinal de aparente fracasso, torna-se a maior e mais explícita declaração de amor de Deus pela humanidade, e nesse caso, o homem olhando para o crucificado, sentindo-se tocado em seu íntimo por um tão grande amor, reconhecerá em Jesus, esmagado na cruz, a glória de um amor nunca antes conhecido por nenhum homem, nesse sentido, deve-se olhar para a cruz com o coração.
Contrariando o princípio imperialista da desigualdade social, que facilita a classe dominante, o cristianismo se fundamenta na igualdade e justiça social, a partir da liberdade. Nesse sentido o Deus dos Cristãos é o Deus Libertador, que assim manifestou-se no fato histórico do Povo Hebreu no Êxodo do Egito, uma prefiguração da libertação plena do mal do pecado, que Jesus, o novo Moisés realizou.
Confiança e fidelidade na ação Divina a favor do povo oprimido e explorado é o que as leituras desse dia nos pedem, os deuses de ontem e de hoje, apesar de muito sedutores, conduzem o povo à morte, como as serpentes do deserto. Há um só Deus Criador, Redentor, Libertador, que pode salvar o homem: é Jesus, o Filho de Deus, encarnado na história do homem. A salvação e a libertação estão disponíveis à todo homem que crer nele.
Olhar para a cruz com um olhar de esperança e fé, é um grande desafio, porque os olhos da carne vislumbram apenas um homem derrotado, esmagado, destruído pelo poder do mal, mas o olhar de fé sabe vislumbrar, além do fracasso a glória que envolveu Jesus, no preciso momento em que o Pai foi glorificado, porque seu amor, presente no mistério, oculto desde toda a eternidade, agora se torna visível, sendo impossível não crer nesse amor, pois como afirma João – Deus é amor e somente um amor grandioso como o de Jesus, foi capaz de tão grande sacrifício, a favor dos homens, transformando o fracasso da cruz na maior de todas as vitórias sobre o mal, de maneira definitiva.
2. Deus enviou o seu Filho ao mundo - Jo 3,13-17
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
O Filho do Homem foi levantado na cruz, e quem nele crê tem a vida eterna. A cruz se tornou o instrumento da nossa salvação. É o altar no qual o Senhor Jesus Cristo se ofereceu ao Pai pela salvação do mundo. Nela está a causa da nossa alegria, e nós a temos como símbolo principal em nossas igrejas, em nossas casas e em qualquer lugar digno dela. Nós nos cobrimos com ela fazendo o sinal da cruz sobre nossos corpos. Com o sinal da cruz abençoamos e somos abençoados. Às vezes nós a carregamos em nosso peito como ornamento para dizer que somos fiéis seguidores de Cristo. Sempre a carregamos em nossa vida. Santa Helena, mãe do imperador Constantino, a partir de um sonho, foi a Jerusalém com o desejo de encontrar a cruz de Cristo. Foram encontradas três com a inscrição da cruz do Senhor colocada à parte. Macário, bispo de Jerusalém, fez uma mulher muito doente tocar as cruzes. Ao tocar a terceira cruz, ela foi curada. Helena deixou uma parte da cruz em Jerusalém e levou outra parte para a igreja da Santa Cruz de Jerusalém, em Roma. Nessa ocasião, Constantino proibiu que a cruz continuasse sendo instrumento de suplício no Império Romano. Hoje se celebra o dia do encontro e da exposição da cruz em Jerusalém. Na cruz, Cristo está sempre de braços abertos para nos acolher.
Fonte: NPD Brasil em 14/09/2021
Liturgia comentada
O seu libertador... (Sl 78 [77])
Só temos dois caminhos: a liberdade com Deus ou a escravidão sem Deus. A condição de “criatura” – que é a nossa – é a condição de ser incompleto. Não somos autônomos, não nos bastamos. Só Deus nos basta, só ele nos preenche. Recuando o seu senhorio, ficamos desarmados diante de outros patrões que rondam nossa casa permanentemente. Sem Deus, acabamos tiranizados pela carne ou pelos demônios.
É uma grave ilusão o sentimento de que Deus nos prende com seus mandamentos. Ilusão semelhante leva alguns a avançarem o sinal vermelho que lhes dá segurança. Até os antigos, com o mito de Ícaro, já haviam entendido que o homem não pode ir além de sua medida de criatura. A mística cristã intuiu que ninguém é mais livre do que quem abre mão da pretensão de onipotência, abandonando-se nas mãos de Deus.
O homem rebelde se recusa a dobrar a cerviz (região cervical) diante da vontade amorosa de Deus, pensando com isso manter-se livre. Ledo engano! É exatamente pelo pescoço, o ponto mais frágil do corpo humano, que os vencidos na guerra são escravizados com coleiras de ferro.
No Antigo Testamento, o Senhor se refere a Israel como um “povo de dura cerviz”, isto é, renitente e empacado como um jumento (cf. Dt 31,27; Ne 9,29). Antes de ser lapidado, o primeiro mártir cristão, Estêvão, apontou a obstinação de quem se recusa a acolher a Palavra de Deus: “Homens de dura cerviz e de corações e ouvidos incircunciso! Vós sempre resistis ao Espírito Santo! Como procederam os vossos pais, assim procedeis vós também!” (At 7,51)
Conscientemente ou não, é como se alguém preferisse o estado de escravidão, ao recusar a oportunidade de uma vida livre em Deus, abrindo mão de seus vícios, degradações morais e intelectuais, e de uma vida centrada em si mesmo.
Deus é nosso único Libertador. É uma pena que os excessos cometidos por alguns teólogos da libertação tenham posto sob suspeita uma palavra tão rica: Libertação! Lamento igualmente que se tenha perdido o sentido da palavra Redentor, o adjetivo que acompanha o Cristo no alto das montanhas.
Em sua etimologia, “redentor” [do latim re + emere, isto é, “comprar de novo”] é aquele que vai ao mercado de escravos, paga seu resgate e quebra os grilhões que os prendiam. Cristo Redentor é o Cristo Libertador. São Paulo recorda-nos esse resgate e seu alto preço: “Ignorais que não pertenceis a vós mesmos? De fato, fostes comprados, e por preço muito alto!” (1Cor 6,20) Só faltou acrescentar: vocês custaram o sangue de Cristo!
Orai sem cessar: “Senhor, tu me livraste da morte! (Sl 56,13)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 14/09/2013
REFLEXÕES DE HOJE
14 de SETEMBRO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 14/09/2013
HOMILIA DIÁRIA
Exaltar a cruz enquanto há tempo
Postado por: michelle
setembro 14th, 2012
A Palavra de Deus nos convida, irmãos e irmãs, a uma profundidade que vem do Espírito Santo, o qual pode fazer calar a verdade em nossas almas, gerando atitudes concretas que apontam para o mistério dos mistérios, fonte de toda a graça: a Santíssima Trindade!
Em busca de beber da fonte, e talvez ainda marcado pelo medo de se expor, Nicodemos vai ter com Jesus no cair da tarde (cf. Jo 3). Sendo a Luz do mundo, o Senhor não o condena, mas o acolhe em sua procura e miséria para nos revelar o Senhorio no amor que salva! Senhorio que abrange o passado, presente, futuro e toda eternidade!
Jesus é Senhor para aproximar e nos levar ao Céu! Mesmo que, depois de mais dois milênios, Ele tenha de ouvir, até de cristãos: “Mas ninguém veio de lá!” “Ninguém voltou de lá para contar!”. A primeira interrogação pode expressar uma triste distração quanto à Palavra de Deus, enquanto a afirmação segunda pode patentear uma ignorância que precisa ser superada, pois Aquele que só tem palavras de vida eterna veio do Alto, para “lá” (mais a frente será explicada as aspas) retornou e, ao mesmo tempo, continua no meio de nós de diferentes maneiras. Fundou a Sua Igreja como sacramento universal do amor e da verdade que não abandona os amados: “Ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu: o Filho do Homem” (Jo 3, 13).
Cristo é ponte de comunhão salvífica, Ele continua na história a se comunicar o Seu plano de amor pelo poder do Espírito Santo! Plano de salvação da Santíssima Trindade para toda realidade criada, tendo o ser humano como o centro e meio de plenificação de todas as coisas no amor: “De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o Seu Filho único, para que todo o que n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (cf. Jo 3,16).
Sabe-se que, no Evangelho de São João, diferente dos Evangelho Sinóticos, utiliza-se pouco a palavra Reino; no lugar desta, encontra-se os conceitos vida ou vida eterna. Par dizer que a comunhão com Jesus pela fé, esperança e amor significa participação real no Reino e certeza de uma vida plena e eterna a partir do tempo: “Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste” (Jo 17, 3). Sim! O Evangelho a ninguém engana! É possível experimentarmos a vida eterna (escatologia presente) já agora, mediante um relacionamento sincero com Ele: a vida eterna que apareceu no nosso meio! Uma graça que não merecemos, mas, por misericórdia, foi conquistada pela entrega total d’Ele por cada um de nós. Um amor oblativo e radical: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também será levantado o Filho do Homem, a fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna” (Jo 3, 14-15).
O Filho de Deus, não se importou em humilhar-se cada vez mais (cf. Fl 2, 6-11), até o ponto de poder ser comparável àquela antiga serpente de bronze feita por Moisés (cf. Nm 21, 6-11). Tudo isto por força do humilde amor! Ou conceito chave, que encontramos também nas Escrituras, quando se refere ao mistério de Cristo.
Só Jesus poderia revelar a necessidade do Amor Eterno, em se expressar de tantas formas, que chegou a ligar, intimamente, o momento de Sua crucifixão e morte à glorificação-exaltação. Por isso, ensina o Catecismo da Igreja Católica, sem erro: “A Morte de Jesus não foi fruto do acaso, nem coincidência infeliz de circunstâncias várias. Faz parte do mistério do desígnio de Deus…” (CIC nº 599). Projeto de amor que não exclui ninguém e tampouco anula a liberdade humana para que ele se concretize totalmente na vida de cada um.
É verdade que Jesus já fez o “necessário” para a salvação de todos, mas o Seu incansável amor continua a agir mediante a Sua Igreja, ou ainda, por meio de membros do Seu Corpo Místico que, por influxo do Espírito Santo, caminha neste mundo como povo de Deus, rumo à pátria definitiva.
Explicando as aspas, e não só, uma morada Eterna revelada por Quem de “lá” veio, ainda que este “lá”, não seja um lugar geográfico-material no tempo e no espaço, enquanto realidade pós-morte, pois Céu é o jeito glorioso de Deus (cf. CIC nº 2794)! No entanto, o aqui e o agora da decisão de exaltar a cruz e todos demais mistérios de Cristo, com a nossas palavras e vida, não pode, de forma alguma, esperar o juízo particular ou final. O tempo da conversão é agora: “É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação” (2Cor 6,2). Exaltado seja a cruz do Senhor! A Ele toda a honra e toda a glória, por todos os séculos dos séculos! Amém!
Padre Fernando Santamaria
Fonte: Canção Nova em 14/09/2012
HOMILIA DIÁRIA
Olhemos para a cruz com olhar de fé
Olhemos para a cruz que temos na nossa casa, a cruz que, muitas vezes, carregamos conosco, aquela está na Igreja… A cruz nossa de cada dia. E olhemos para ela com olhar de fé.
“Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3,16)
Nós celebramos, hoje, o dia da Exaltação da Santa Cruz. Louvores, honras e glórias se deem a Jesus Cristo Crucificado, Aquele que morreu por mim e por você.
Que nós, hoje, olhemos para a cruz que temos na nossa casa, a cruz que, muitas vezes, carregamos conosco, aquela está na Igreja, no cemitério… A cruz nossa de cada dia. E olhemos para ela com olhar de fé.
Sabe, meus irmãos, a cruz, no Antigo Testamento – o madeiro –, era tida como um sinal de maldição. O livro do Deuteronômio diz: “Maldito seja todo aquele que for pregado no madeiro” (cf. Dt 21,22-23). Era o pior dos espetáculos! Era o pior castigo para os crimes mais bárbaros, hediondos, que se cometiam naquela época. Era a pena de morte mais cruel: alguém ser exposto e pregado numa cruz.
Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, no entanto, que não cometeu pecado algum, não cometeu crime algum, por nós foi crucificado. Desde então, a cruz – que era maldição – tornou-se bênção. A cruz que era o sinal dos perdidos, tornou-se o sinal dos redimidos, dos salvos pelo Senhor. Por isso, a Igreja exalta a Santa Cruz. Não é a “cruz pela cruz”, mas a cruz onde foi crucificado Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Quando olhamos para o Cristo Crucificado, damos mais sentido às cruzes nossas de cada dia, os nossos sofrimentos, as nossas dores, a tudo aquilo que temos de passar na vida como consequência da nossa existência.
O Cristo Crucificado nos dá força. Ele dá um sentido novo, salvífico, um sentido redentor à cruz que cada um de nós carregamos.
No dia de hoje, eu quero convidar você a não desanimar, a carregar firme a sua cruz, a olhar para Jesus Crucificado e clamar: “Senhor, piedade, misericórdia de mim! Senhor, dê-me força, coragem, ânimo para que eu não desanime com a minha cruz”.
Que Jesus Crucificado seja para nós luz e salvação.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/09/2013
HOMILIA DIÁRIA
A cruz é o sinal do amor de Deus por nós
A cruz é o sinal do amor de Deus por nós, por isso nós hoje exaltamos a cruz bendita de Nosso Senhor Jesus Cristo, no qual está a nossa libertação, está a nossa cura, a nossa salvação, a nossa restauração.
“Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: ‘Jesus Cristo é o Senhor’ — para a glória de Deus Pai.” (Filipenses 2,10-11)
Nós queremos celebrar a Exaltação da Santa Cruz. Quando exaltamos a cruz do Senhor, nós não exaltamos a cruz pela cruz, pelo contrário, a cruz em si é um sinal de maldição. O livro do Deuteronômio nos diz que: “Maldito seja todo aquele que for pregado no madeiro” (Dt 21,23).
Mas por que Nosso Senhor, o Bendito entre todos, foi pregado na cruz sagrada? A cruz se tornou verdadeiramente sagrada, porque o Senhor se consagrou com Seu sangue, vertendo naquela cruz a salvação de todos nós. Então, a maldição se tornou bênção, o maldito se tornou bendito!
Por isso nós hoje proclamamos, exaltamos e louvamos Aquele que foi pregado na cruz para a nossa salvação: Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nós ouvimos na segunda leitura da Missa de hoje, na Carta de Paulo aos Filipenses, que Jesus Cristo se humilhou, fazendo-se obediente até a morte e morte de cruz. Foi por isso que o Pai O exaltou sobremaneira e deu a Ele o nome que está acima de todo nome.
A humilhação de Jesus Cristo, na suprema obediência, produz salvação, libertação, cura e restauração e, por isso, nós não tememos ao anunciar e pregar Jesus Cristo Crucificado. A linguagem da cruz pode parecer loucura para alguns, um escândalo para outros, mas, para nós, é o supremo poder de Deus!
Nós hoje exaltamos a cruz bendita de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, nós olhamos para o Crucificado e n’Ele está a nossa libertação, está a nossa cura, a nossa salvação, a nossa restauração.
Digo mais a você: não tenha receio, não tenha medo de ter em sua casa, no seu carro, por onde você andar, o crucifixo bento, exorcizado. Ele não é para nós qualquer coisa de invocação ou de sortilégio; não é nada disso! Para nós, é memorial, é a lembrança, é um sacramental daquele Deus que morreu na cruz por mim e por você.
Eu fico triste quando vou à casa de um cristão e encontro flores, encontro quadro deste ou daquele artista, mas não encontro o Cristo Crucificado. Você pode dizer: “Padre, Ele não está morto na cruz!”, sim, isso é verdade, Ele ressuscitou e está vivo para a glória de Deus, mas o sacrifício d’Ele na cruz jamais pode ser apagado de nossa mente, de nossas memórias e do nosso coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/a-cruz-e-o-sinal-do-amor-de-deus-por-nos/?sDia=14&sMes=9&sAno=2014 (14/09/2014)
HOMILIA DIÁRIA
A cruz de Cristo nos trouxe vida nova
Exaltamos Cristo Crucificado na cruz, que morreu pregado no madeiro para nos dar vida, libertação e restauração
“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.” (João 3,14-15)
Hoje, temos a graça de celebrar a Festa da Exaltação da Santa Cruz! Por que exaltamos a cruz? Não o fazemos pela cruz em si, mas exaltamos Cristo Crucificado nela, que morreu pregado no madeiro para nos dar vida, libertação e restauração, para abrirmos as portas do Reino dos Céus.
A cruz de Cristo é a chave que nos abre à eternidade, é a bênção que supera toda maldição da existência humana contaminada e estragada por causa do pecado. A cruz de Cristo é a chave que nos abre para a vida nova!
Para alguns, é loucura pregarmos Jesus Cristo Crucificado; para outros, é escândalo, mas para nós é o poder, a salvação e a libertação de Deus. Em todas as nossas igrejas, capelas, casas e em tudo aquilo que nós fazemos, a cruz de Cristo deve ser estar presente. Alguns perguntam: “O Cristo já está vivo? Já está ressuscitado e não está mais pregado numa cruz?”. É verdade! O Cristo não está mais pregado numa cruz, mas a salvação que Ele nos trouxe, na cruz, jamais pode ser esquecida, anulada; muito pelo contrário, a cada dia, ela deve ser mais atualizada, viva e presente no meio de nós!
Não tiremos o nosso olhar do Cristo Crucificado, pois é Ele quem nos liberta, restaura e salva. A cruz pela cruz não salva ninguém, mas o Cristo crucificado nela dá sentido à cruz de cada um de nós, dá sentido a todas as cruzes que carregamos na vida.
O Cristo Crucificado é a salvação de todos os crucificados da história da humanidade, é a libertação de uma humanidade crucificada por causa do pecado, do egoísmo e da idolatria ao mal. O Cristo Crucificado tornou-se a maldição que nos trouxe a bênção e a salvação, porque o madeiro, a cruz eram reservados aos malditos, para aqueles que cometiam as maiores atrocidades.
Cristo se fez o último, o maldito, para que fôssemos benditos, restaurados, curados e libertos. Salve, ó cruz salvadora, que carregou nosso Salvador, Cristo Jesus, o nosso Redentor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/09/2017
HOMILIA DIÁRIA
A cruz de Cristo representa a nossa salvação
“Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.” (João 3,14)
Hoje, a graça é de celebrarmos a Exaltação da Santa Cruz, a vitória da cruz de Jesus. Não pregamos outra coisa, não anunciamos outro, a não ser Jesus Cristo crucificado.
Como diz São Paulo aos Coríntios, para alguns Ele é escândalo, para outros é loucura, mas o Cristo crucificado é o poder de Deus, é a vitória de Deus, é Deus que vence o poder do mal, é Deus que esmaga o maligno naquilo que seria a derrota e a maldição.
A cruz era um escândalo mesmo. Um homem ser pregado numa cruz, na cultura e no pensamento da época, era um escândalo, pois ela era reservada para os piores criminosos. Que crime Jesus cometeu? Que mal Ele fez? Ele carregou sobre si os nossos crimes, os nossos pecados, as nossas maldições para nos trazer a bênção, a cura e a libertação.
A Palavra está dizendo que Moisés levantou a serpente. Recordamos que a serpente de bronze foi feita no deserto para curar aquele povo que estava doente por causa da murmuração e do pecado. Aquela serpente de bronze foi o sinal da cura.
Celebremos, com todo amor do nosso coração, a cruz de Jesus, porque é por ela que fomos salvos
Agora não é a mais a serpente que é levantada; agora, é Cristo crucificado que é levantado e todos nós olhamos para Ele, porque Ele é a nossa vitória, a nossa cura e a nossa libertação.
Olhemos para Jesus e não tiremos d’Ele o nosso olhar, olhemos para Jesus e deixemos que n’Ele sejamos transfigurados, curados e libertos dos males que estão dentro de nós.
A espiritualidade da nossa fé é a espiritualidade da cruz. Eu sempre digo que precisamos ter em casa, nos nossos carros e onde quer que nós estejamos, o Cristo crucificado. Não basta só ter a cruz, é importante a cruz com a imagem do Crucificado.
O mistério da cruz não pode ser esquecido, não pode ser renegado, não pode ser colocado de lado, pois a nossa espiritualidade é do Cristo crucificado.
Meditemos o Cristo que está em nossas igrejas. Algumas igrejas, muitas vezes, têm até deixado de lado o Cristo crucificado, mas isso não pode, porque Ele é a nossa vitória, Ele é a expressão da nossa fé, Ele morreu na cruz por nós.
Não estamos batendo palmas para a morte de Cristo, estamos batendo palmas para a sua vitória sobre a morte. Estamos aclamando o Crucificado, Ressuscitado e vitorioso por todos nós.
Celebremos, com todo o amor do nosso coração, a cruz de Jesus, porque é por ela que fomos salvos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/09/2019
HOMILIA DIÁRIA
Exaltemos a Santa Cruz de Jesus
“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.” (João 3,14-15)
Hoje, temos a graça de celebrarmos a Exaltação da Santa Cruz. É uma festa que diz muito da nossa fé, porque seguimos Cristo Crucificado. Recorda-nos Paulo quando escreveu aos Coríntios que o Cristo Crucificado é escândalo para os judeus, é loucura para os gentios, mas para nós é o poder de Deus.
Muitas vezes, estamos ignorando o Cristo Crucificado; muitas vezes, não nos voltamos para Aquele que deu a Sua vida por nós na cruz. A cruz pela cruz não salva ninguém, mas o Cristo Crucificado na cruz transformou a maldição da cruz na bênção que salva o mundo inteiro.
Algumas pessoas estranham: “Jesus não ressuscitou”. Até por uma mentalidade protestante errada dizem: “Não pode ter na Igreja o Cristo pregado”. Pregamos o Cristo Crucificado, Ele ressuscitou, mas não podemos, de forma nenhuma, negar, omitir a Sua morte redentora, o preço do amor que Deus pagou para nos resgatar e nos salvar.
O Cristo Crucificado não está na cruz sofrendo novamente, não é essa mentalidade infantil, mas Ele fez um ato sublime e eterno de salvação por todos nós, e esse ato precisa ser a todo momento reconhecido, venerado, adorado, aclamado, proclamado e exaltado, e por isso estamos hoje exaltando a cruz redentora, a cruz da nossa vitória e libertação.
É necessário, mais do que nunca, exaltar a Santa Cruz, o mistério de Cristo na cruz
Mais do que nunca, carreguemos no peito, em nossos lares, no carro e onde estamos, a vitória do Cristo Crucificado. Coloquemos em nossas Igrejas – às vezes, estranho uma Igreja que entro, procuro de um lado para outro onde está o Crucificado, o meu Deus amado, o meu Deus que deu na cruz Sua maior prova de amor por mim.
Quando me volto para Cristo Crucificado, não é para ter pena d’Ele, pelo contrário, é para Ele ter pena e compaixão de mim, permitir que aquilo que Ele viveu na intensidade da cruz se realize na minha vida a cada dia.
Volto-me para Cristo Crucificado, para que os frutos da redenção de Jesus, da morte redentora de Cristo estejam na minha vida. Não anulemos, não ignoremos por ignorância de outros o mistério redentor do Cristo Crucificado, pelo contrário, é necessário, mais do que nunca, exaltar a Santa Cruz, o mistério de Cristo na cruz, proclamar para esse mundo que ignora Deus, que o meu Deus morreu por mim na cruz; proclamar para “A”, para “B” e para mim, acima de tudo, o grito de amor de Jesus na cruz, o tamanho do amor que Deus tem por mim.
Ele deu Sua vida por mim, deu Sua vida para me resgatar, nenhum filho é capaz de esquecer do pai que morreu por ele. Não posso jamais me esquecer ou ignorar o meu Deus, meu Senhor Jesus que na cruz deu a Sua vida por mim.
Exaltada seja a Santa Cruz, exaltado seja Cristo Crucificado que deu a Sua vida para me salvar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/09/2020
HOMILIA DIÁRIA
O mistério da cruz garantiu a nossa redenção
“Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.” (João 3,17)
Hoje, celebremos a Exaltação da Santa Cruz, celebremos o Cristo crucificado e exaltado para a nossa salvação. Porque, lá no deserto, quando o povo caiu doente e estava morrendo — diante de todos os dramas que enfrentavam, serpentes venenosas mordiam e muita gente morria por causa disso —, Deus mandou que Moisés fizesse uma serpente de bronze e todo aquele que olhasse para ela ficaria curado.
Deus se serviu da imagem da serpente para curar o povo no deserto, agora, Deus envia Seu Filho para que, por Ele, toda a humanidade, todo homem, toda mulher que se voltar para Ele também fique curado.
A serpente (aquela do paraíso) também nos mordeu e deixou o seu veneno (…) e, agora, é só Jesus Salvador, o Cristo Redentor, pela sua morte na cruz, que nos livra do poder da morte, do poder do mal e do maligno.
Olhemos para o Cristo crucificado… Enquanto que, para alguns, o Cristo crucificado pode representar sofrimento; para outros, Ele é passado, porque Ele já ressuscitou. Não! Anunciamos o Cristo Crucificado porque, para nós, Ele é poder, salvação de Deus, é nossa libertação.
É na cruz que Jesus assina a nossa libertação, a nossa redenção, é na sua morte que Ele vence a nossa morte e nos dá vida nova
Os homens O condenaram, mas Ele não veio condenar, Ele veio salvar. A cruz não é a nossa condenação, a cruz é a nossa salvação e, por isso, precisamos olhar para o Cristo crucificado, para sermos curados dos nossos pecados, da nossa vaidade, do nosso orgulho, da nossa soberba e do nosso egoísmo.
Quando contemplamos o Crucificado, a forma como Ele foi humilhado, nos despimos de nossas vaidades. Quando olhamos para o Cristo crucificado e vemos como Ele está na cruz, humildemente sendo humilhado, nosso orgulho é vencido, nossa soberba é arrancada e nossas enfermidades são curadas. É por isso que precisamos nos voltar para a cruz de Cristo.
A cruz pela cruz não salva ninguém, é símbolo da maldição, segundo a lei judaica, mas o Cristo crucificado tornou-se bendito para eliminar toda e qualquer maldição; por isso, anunciamos ao mundo o Cristo morto na cruz. Ele está vivo para a glória de Deus, mas o seu sacrifício na cruz jamais será anulado, pelo contrário, é na cruz que Ele assina a nossa libertação, a nossa redenção, é na sua morte que Ele vence a nossa morte e nos dá vida nova, é na sua morte que somos curados, renovados e transformados.
Carregue a cruz no peito, tenha a cruz na sua casa, tenha a cruz no seu carro, mas ela não é um símbolo apenas, é muito mais do que isso. A cruz é a nossa redenção porque é por ela que o nosso Salvador nos redime de todo o mal. Exaltemos o Cristo crucificado na cruz!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 14/09/2021
HOMILIA DIÁRIA
A cruz é a expressão do amor de Deus por você
“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.” (João 3,14-15)
Hoje estamos em festa, é a Exaltação da Santa Cruz. Essa festa é por conta da construção de duas basílicas que estão no Gólgota e no Santo Sepulcro. A construção, a dedicação das basílicas se deu no dia 13 de setembro do ano 335, e, no dia seguinte, foi divulgado e abriu para que o povo de Deus pudesse participar da dedicação daquela basílica, para que pudessem rezar naquela basílica.
É interessante que, bem depois, no ano 630, o imperador Heráclio obteve uma vitória sobre os Persas e conseguiu levar as relíquias da Santa Cruz para Jerusalém, para essas basílicas que foram ali edificadas. O imperador atribuiu a vitória, em relação aos Persas, também por essas relíquias da Santa Cruz.
E, meus irmãos, de fato, a vitória que nós obtemos veio através da cruz, a nossa alegria veio através de um grande sofrimento, de uma grande tristeza: a morte de Nosso Senhor. Da morte do Senhor nos veio a vida.
A cruz era expressão de condenação e crueldade, mas, em Jesus, se tornou bênção
Hoje nós comemoramos a Exaltação da Santa Cruz porque o Pai nos amou na cruz, o Pai nos amou entregando o Seu filho Jesus na cruz. A cruz era um sinal de maldição, era expressão de condenação, de crueldade, mas, em Jesus, a cruz se tornou bênção e libertação. Por isso, ao olharmos para a cruz, olhemos para nossa libertação, lembremos da nossa libertação. Ao olharmos para a cruz, festejemos não a morte de Jesus, e sim a vitória de Cristo pela obediência e pelo principal extermínio que ocorreu com a cruz: o pecado.
Meus irmãos, alegremo-nos hoje. Bendita seja a cruz! A cruz é a expressão do amor de Deus por nós, na cruz nós temos a vida e não a morte; na cruz nós temos a alegria e não mais a tristeza; na cruz nós não vemos mais o castigo, mas nós vemos a paz que Nosso Senhor nos deu e nos dá.
Festejemos a Santa Cruz por tantas vitórias que já foram alcançadas; e a principal vitória, a vitória sobre o pecado, a vitória sobre o mal veio através da cruz. Por isso, que o sinal da cruz que realizarmos seja feito com fé, seja feito com essa lembrança e com essa esperança de um dia estarmos com o Senhor para sempre. Faça o sinal da cruz com grande devoção e acolha já a bênção e a libertação para a sua vida.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/09/2022
HOMILIA DIÁRIA
O Senhor ajuda você a carregar a sua cruz
“Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo.” (João 3,16-17)
Meus irmãos e minhas irmãs, hoje a Igreja celebra a Exaltação da Santa Cruz. Exaltar uma cruz, um pedaço de madeira? Exaltar uma das formas mais cruéis de condenação durante o Império Romano? Absolutamente não! Não é exaltar o masoquismo, o gosto pelo sofrimento, mas é exaltar o amor exagerado de Deus pela humanidade!
Assim como nos lembrou o texto de hoje: não se pode amar o sofrimento em si mesmo, mas se pode suportar o sofrimento por amor a alguém.
É óbvio que Deus não quis aquela forma de sofrimento para o Seu Filho, mas Jesus suportou aquele sofrimento extremo por amor a mim e a você. Deus, de fato, amou tanto o mundo, a ponto de subir na cruz e morrer por todos nós.
Exaltar a cruz não é para nos fazer sentir culpa pela morte de Jesus por causa dos nossos pecados, mas é nos recordar o quanto valemos aos olhos de Deus.
Cristo está do seu lado, ajudando você a suportar o peso da sua cruz
Ao contemplar um crucifixo nos recordamos do grande amor que Deus dedicou a cada um de nós, deu a cada um de nós. Por isso, a cruz é um sinal distintivo para o cristão; ela não é um enfeite de pescoço, não é uma pulseira de braço ou um simples objeto. É uma vida, é um estilo de vida, é a vida do Cristo que nos recorda o amor de Deus!
Talvez você precise mudar um pouco a sua oração. Muitas vezes, no meio do sofrimento ou da tribulação, dizemos: “Senhor, livra-me desta cruz. Livra-me desse sofrimento”. Mas, talvez, devamos aprender a dizer: “Senhor, ensina-me a carregar essa cruz”. Porque ela não é maldita, porque Aquele que morreu sobre a cruz trouxe a bênção para a nossa vida, até mesmo em meio aos sofrimentos.
Talvez você nunca tenha exaltado o Santo que está na cruz, mas você tenha se fixado na dor e nas suas provações. Experimente, hoje, lançar, na cruz de Cristo, todas as suas cruzes, todos os seus sofrimentos, porque Deus chegou ao extremo nos amando assim. Ele não parou pelo caminho, por isso continue com Cristo, Ele está do seu lado, ajudando você a suportar o peso da sua cruz; ela é redentora, ela não é uma maldição.
Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/09/2023
Oração Final
Pai Santo, que a contemplação da vida e da morte de Jesus no madeiro da Cruz nos inspire e dê forças para segui-lo pelos caminhos deste mundo, mantendo a coerência entre o que dizemos acreditar e o que praticamos em nossas relações com o próximo. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/09/2012
Oração Final
Pai Santo, nós te pedimos que uma possível rotina em nossas orações não destrua jamais o encantamento com o Sagrado Mistério de Amor que é a Encarnação do teu Filho Unigênito, o Verbo Criador que se fez humano como nós em Jesus de Nazaré e hoje, ressuscitado, contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/09/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia o teu Espírito, ilumina o nosso entendimento e aquece o nosso coração para que cada vez mais profundamente reconheçamos e veneremos o inefável Mistério de Amor que é a vida, paixão, morte, ressurreição e permanência em nós do Cristo, teu Filho que se fez humano em Jesus de Nazaré e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/09/2017
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós Te pedimos que uma indesejável, mas possível, rotina em nossas orações não destrua jamais o encantamento com o Sagrado Mistério de Amor que é a Encarnação do teu Filho Unigênito, o Verbo Criador que Se fez humano como nós em Jesus de Nazaré e hoje, ressuscitado, contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/09/2019
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