quarta-feira, 11 de abril de 2012

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Ano da Fé: Vaticano divulga Carta Apostólica de Bento XVI


Segunda-feira, 17 de outubro de 2011, 09h51

Leonardo Meira

Da Redação



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''A porta da fé está sempre aberta para nós'', escreve o Papa na Carta Apostólica
O Vaticano divulgou a Carta Apostólica com a qual o Papa Bento XVI proclama o Ano da Fé. O documento, intitulado Porta Fidei - A porta da Fé, foi assinado pelo Pontífice em 11 de outubro, mas foi divulgado na manhã desta segunda-feira, 17.

"A PORTA DA FÉ, que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma", indica o Santo Padre no início do texto.

"Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo", salienta.

Acesse.: NA ÍNTEGRA: Carta Apostólica Porta Fidei, de Bento XVI

O Ano da Fé iniciará em 11 de outubro de 2012, no 50º aniversário de abertura do Concílio Vaticano II, e terminará em 24 de novembro de 2013, Solenidade de Cristo Rei do Universo. "Será um momento de graça e de empenho para uma sempre mais plena conversão a Deus, para reforçar a nossa fé n'Ele e para anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso tempo", explicou o Papa durante a Missa de encerramento do Encontro Novos Evangelizadores para a Nova Evangelização, que presidiu neste domingo, 16, na Basílica Vaticana.

Bento XVI salienta que atravessar a porta da fé é embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. "Este caminho tem início com o Batismo, pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna", indica.

De fato, desde o início de seu ministério 
como Sucessor de Pedro, o atual Pontífice sublinha a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. "Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos", adverte na Porta Fidei.


Ano da Fé

Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. Já o Servo de Deus Papa Paulo VI, em 1967, proclamou um ano semelhante, para celebrar o 19º centenário do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo.

"Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, 'não perdem o seu valor nem a sua beleza'. [...] Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: 'Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja'", escreve Bento XVI na Carta Apostólica divulgada nesta segunda-feira.

Em 11 de Outubro de 2012, além dos 50 anos da convocação do Vaticano II, também se completarão 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo Beato Papa João Paulo II. Conforme Bento XVI, este Ano deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo a sua síntese sistemática e orgânica.

"Assim, no Ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural. [...] Com tal finalidade, convidei a Congregação para a Doutrina da Fé a redigir, de comum acordo com os competentes Organismos da Santa Sé, uma Nota, através da qual se ofereçam à Igreja e aos crentes algumas indicações para viver, nos moldes mais eficazes e apropriados, este Ano da Fé ao serviço do crer e do evangelizar", revela.

Da mesma forma, será decisivo repassar a história da fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. O Ano da Fé também será uma ocasião propícia para intensificar o testemunho da caridade. "A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra de realizar o seu caminho. [...] Possa este Ano da Fétornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro. [...] À Mãe de Deus, proclamada «feliz porque acreditou» (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça", escreve.

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Bento XVI: "O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele"
O Bispo de Roma convida também seus Irmãos Bispos de todo o mundo a comemorar o dom precioso da fé. "Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia. [...] Esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada e refletir sobre o próprio ato com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste Ano".


Desafios

O Papa analisa que nos dias atuais, mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm de uma mentalidade que  reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. "Mas a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas tendem, embora por caminhos diferentes, para a verdade", ensina.

Da mesma forma, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. "O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este 'estar com Ele' introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um ato da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita".

A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: "de fato, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou", adverte.

Por fim, Bento XVI lembra que Jesus Cristo, em todo o tempo, convoca a Igreja, confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo.

"Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor de uma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar.[...] Só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus".

O Terço - Mistérios Luminosos - Quinta-Feira.


Terço do Rosário: Mistérios Luminosos   


São Vitor - 12 de Abril


São VitorNasceu na aldeia de Passos, perto de Braga (Portugal), onde viveu toda sua juventude para Deus. Era catecúmeno, e se preparava para receber a graça do Batismo.

Jovem muito dado, encontrou um grupo de pagãos que prestava culto a um ídolo. Eles o chamavam a adorar este ídolo, e ele se recusou. Então, Vitor foi levado diante do governador e questionado.

Por não renunciar a sua fé, foi preso numa árvore e flagelado. E em seguida, decapitado.

São Vitor foi fiel a Cristo em todos os momentos, entregando-se a Jesus desde a juventude.

São Vitor, rogai por nós!

FONTE DE PESQUISA: Canção Nova

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 12/04/2012

12 de Abril de 2012


Lucas 24,35-48

Comentário do Evangelho

Presença de Jesus ressuscitado

Lucas orienta as primeiras comunidades que experimentam a presença de Jesus ressuscitado entre elas. As comunidades de cristãos de origem judaica devem reler as Escrituras sob a ótica da ressurreição, para perceberem a plenitude da vida de Jesus. 

A paz só pode ser encontrada em Jesus, que tem a vida eterna e a comunica a todos. A vida eterna, ultrapassada a condição temporal, como ressuscitados, envolve a totalidade da pessoa, corpo e alma, e não como um espírito desencarnado. Agora, os discípulos são enviados em missão. Anunciar a todas as nações a conversão à justiça para o perdão dos pecados. A conversão à justiça é a forma concreta do amor. E pelo amor se entra em comunhão com Deus em sua vida eterna. 


José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

Quando nos cumprimentamos desejando que «a paz do Cristo esteja contigo», devemos nos lembrar do Mistério da Ressurreição de Jesus. A tentação é nos deixarmos acostumar, pela repetição, e vermos diminuídos o encantamento, ou mesmo o espanto e o respeito. É preciso carregar as palavras do sentido autêntico da nossa fé.


Reflexão
Quando a comunidade está reunida, realiza-se a experiência pascal, a experiência da presença do Ressuscitado. Esta presença é a manifestação do Deus da Paz, o Deus real, o Deus vivo e verdadeiro, do Deus que é solidário com os homens e está sempre participando de suas vidas, mesmos que eles não sejam capazes de perceber isso. Não é a manifestação de um fantasma qualquer. Esta experiência comunitária da presença do Ressuscitado faz com que a comunidade se torne evangelizadora, testemunha de todos os valores pelos quais Jesus morreu e ressuscitou, se torne testemunha de que de fato Jesus é o Filho do Deus vivo, que cumpriu plenamente a vontade do Pai.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. "Duvidar não é pecado..."
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Duvidar não é pecado, mas faz parte do processo da caminhada de Fé e nos ajuda a nos abrirmos mais para a Revelação Divina, que o diga os discípulos de Jesus naqueles primeiros tempos da caminhada da comunidade. Não há nenhum momento no relato do evangelho, em que os discípulos estão tranquilos, muito conscientes de tudo o que aconteceu, e sobre a missão que têm pela frente, com toda segurança possível. Nos relatos pós-pascais eles sempre estão com medo, inseguros, espantados, demonstrando incerteza sobre o futuro.

A Comunidade primitiva não era formada por super-homens e super-mulheres, mas por pessoas exatamente iguais aos irmãos e irmãs de nossas comunidades, que faziam a experiência profunda da presença do Senhor, a partir da Fé, mas que nem por isso tornaram-se especiais, seguros de tudo o que faziam... Fé é confiar em Deus e caminhar, como fez Abraão, que não exigiu um relatório pormenorizado do que seria sua relação com Deus, mas simplesmente aceitou aquilo que veio.

Jesus está ali no meio deles, lhes deseja o Shalom da Paz, mas eles o confundem com um espírito, isto é, com uma visão fantasmagórica. Há aqui algo que precisamos entender, é o processo de continuidade e descontinuidade que ocorre na morte Biológica, continuaremos a ser a pessoa que construímos em nossa Vida em uma continuidade surpreendente, entretanto, será de uma forma e de um jeito diferente, um jeito novo de Ser. Claro que Jesus é diferente de nós, pois nele há a união hipostática das duas naturezas humana e a Divina, e nós apenas a humana, entretanto, o processo da morte é o mesmo e a pessoa será revelada naquilo que realmente ela é, a pessoa que somos e o corpo que temos são coisas diferentes e a matéria chegará a sua finitude.

Os discípulos estão espantados e com medo, essa é uma realidade nova para eles, para mostrar que é igual a eles e que não se trata de um fantasma, Jesus se deixa tocar, e depois pede algo para comer. O evangelho em sua conclusão quer esclarecer as primeiras comunidades e a todos nós, que tudo o que aconteceu com Jesus não foi uma fatalidade e Deus  nunca perdeu controle da situação, tanto é que quando tudo parecia perdido com a  morte de Jesus, Deus age  e reverte o quadro, apagando o “The End” da História da Salvação, que agora vai recomeçar com mais força porque prenuncia que o Mal nunca mais dominará o homem que se tornou novo em Jesus de Nazaré, que restitui-nos a liberdade e a possibilidade de tomarmos novo caminho, rumando para um novo céu e uma nova terra...

2. Presença de Jesus ressuscitado
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração

Senhor Jesus, que tua paz aconteça na minha vida e na vida das comunidades cristãs, para sermos, assim, testemunhas da tua Ressurreição.


3. A PAZ DE JESUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Jesus ressuscitado deseja paz a seus discípulos. Agora é a paz em plenitude, a paz da participação na vida eterna do Pai, que Jesus traz a todos. Mesmo depois da sua crucifixão, os discípulos continuavam com dúvidas sobre o sentido de sua vida. Agora se evidencia que Jesus não foi destruído pela morte, e sua missão de anunciar a conversão para participar da vida eterna deve ser continuada pelos discípulos em todas as nações. Jesus tem a vida eterna, continua vivo. O anúncio da conversão para o perdão dos pecados tem origem na pregação de João Batista. Trata-se da conversão à prática da justiça, na plenitude do amor. Os discípulos de Jesus, em todos os tempos e povos, são convocados a testemunhar que um mundo novo onde reine justiça, paz e amor é possível. E este mundo novo é eterno.


A paz esteja convosco!


Postado por: homilia

abril 12th, 2012


Depois de Jesus ter aparecido a Maria Madalena, de ter dado ordens para que os Seus discípulos partissem para a Galileia e, de encontrar com dois deles na estrada de Emaús, finalmente o Senhor apareceu ao grupo reunido para lhes decepar as dúvidas e lhes fortalecer a fé.
A comunidade vacila. As perseguições estão no horizonte. O primeiro entusiasmo diminuiu, os membros estão cansados da caminhada e perdendo de vista a mensagem vitoriosa da Páscoa. Parece mais forte a morte do que a vida, a opressão do que a libertação, o pecado do que a graça. Então, Jesus aparece e lhes diz: “A paz esteja convosco!”.
O Senhor prova a eles a Sua autêntica Ressurreição e lhes confirma na paz. Ele é a paz em plenitude. E para que Suas Palavras não fiquem somente “no ar”, Ele lhes mostra as mãos, o peito e os pés rasgados.
“Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. Estas palavras indicam que Jesus se apresentou como um homem normal, com as mesmas características que tinha na vida mortal que os discípulos tão bem conheciam. Daí, podemos traduzir livremente por “Sou o mesmo que vocês conhecem, não é outra pessoa que estão vendo”. Assim, Ele os anima a apalpar Seu corpo e a ver Suas mãos e Seus pés que estavam com os sinais das chagas.
Se essas palavras têm algum sentido histórico, é o de manifestar que Jesus está vivo, que a morte não O venceu, que a vida do além pode ter momentos em que se parece com a vida anterior, como se esta seguisse e aquela fosse uma continuação. Sobre o modo de pensar de alguns teólogos, os quais dizem que a ressurreição é uma forma de vida só espiritual, vemos como Jesus se manifesta em corpo vivo e que não existe sentido em afirmar que só o espírito vive e o corpo se destrói e não alcança a nova vida.
Como diz o Catecismo, é impossível interpretar a ressurreição de Cristo fora da ordem física e não reconhecê-la como um fato histórico, pois o corpo ressuscitado de Jesus é o mesmo que foi martirizado e crucificado, trazendo as marcas da Sua Paixão. Não constitui uma volta à vida terrestre como foi o caso de Lázaro, visto que Seu corpo possui propriedades novas que o situam além do tempo e do espaço.
Jesus passa de um estado de morte para uma outra realidade. Ele participa da vida divina no estado de Sua glória, de modo que Paulo pode chamar a Cristo de o “Homem Celeste”. É por isso que Ele tem o poder de transmitir para nós a verdadeira paz. Assim como ontem, Jesus, hoje, continua dizendo: “A paz esteja convosco!”
O convite a tocar – não só a ver – indica que o corpo presente diante dos discípulos tinha aspectos físicos ou que podiam se conformar às leis físicas, à vontade do Ressuscitado. As feridas, muito mais do que o rosto, eram as marcas que determinavam, em definitivo, a realidade da pessoa na frente deles. Se falta alguma prova para se certificar de que aquilo era real, Jesus, então, come uma porção de peixe diante daqueles homens.
Parece que o Evangelista queria refutar toda dúvida possível. Mesmo assim, existem muitos como Tomé, aqui evocado não como apóstolo, mas como incrédulo. Por isso, podemos afirmar que existem muitos “Tomés” que não acreditam, porque não têm visto.
Diante do escândalo da cruz, que na época era muito maior do que nos dias de hoje, era necessário que Ele, além da Sua presença, provasse ser tudo conforme as Escrituras. Os caminhos de Deus consistem, como afirmava Paulo, em mostrar que “a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1Cor 1,25).
Que nossa maior esperança seja ouvir a Palavra e acolher a presença do Mestre novamente entre os discípulos; não mais com um corpo humano, mas com um corpo glorioso.
Somos chamados, na liturgia, a mergulharmos numa experiência íntima com o Ressuscitado que nos diz: “A paz esteja convosco!”
Padre Bantu Mendonça


Leitura Orante 

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando: 

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 

Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo. 
Trindade Santíssima 
- Pai, Filho, Espírito Santo - 
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser. 

Eu vos adoro, amo e agradeço. 

1. Leitura (Verdade) 

- O que a Palavra diz? 

Leio atentamente, na Bíblia, o texto do Evangelho do Dia:
 Lc 24,35-48. 

Jesus ressuscitado aparece aos discípulos, confirmando sua Ressurreição. O Mestre se apresenta não como um fantasma, mas com gestos familiares: come peixe assado, apresenta-se com seu corpo visível, deixa-se tocar. Depois desta convivência familiar, fala-lhes das Sagradas Escrituras e abre-lhes a mente para entender. E os envolve, convidando-os a serem "testemunhas dessas coisas". 

2. Meditação(Caminho) 

- O que a Palavra diz para mim? 

Será que sou capaz de ver em quem toma refeição comigo, o Ressuscitado?

 Tenho familiaridade com as Sagradas Escrituras, deixando-me abrir a mente para a Verdade?

 Como pessoa batizada, cristã, assumo meu compromisso de testemunhar a ressurreição de Jesus?

 Os bispos falaram em Aparecida:
 "Esta V Conferência, recordando o mandato de ir e fazer discípulos (cf. Mt 28,20), deseja despertar a Igreja na América Latina e no Caribe para um grande impulso missionário. Não podemos deixar de aproveitar esta hora de graça. Necessitamos de um novo Pentecostes! Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de "sentido", de verdade e de amor, de alegria e de esperança! Não podemos ficar tranqüilos em espera passiva em nossos templos, mas é imperativo ir em todas as direções para proclamar que o mal e a morte não tem a última palavra, que o amor é mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor da história, que Ele nos convoca na Igreja, e quer multiplicar o número de seus discípulos na construção de seu Reino em nosso Continente! Somos testemunhas e missionários: nas grandes cidades e nos campos, nas montanhas e florestas de nossa América, em todos os ambientes da convivência social, nos mais diversos "lugares" da vida pública das nações, nas situações extremas da existência, assumindo ad gentes nossa solicitude pela missão universal da Igreja." 
(DAp 548). 

3. Oração (Vida) 

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus? 

Rezo com Maria, a Mãe de Jesus, as alegrias da Ressurreição, pedindo-lhe a graça de ser testemunha. 

- Rainha do céu, alegrai-vos, aleluia! 
- Porque quem merecestes trazer em vosso puríssimo seio, aleluia! 
- Ressuscitou como disse, aleluia! 
- Rogai a Deus por nós, aleluia! 
- Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia! 
- Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia! 
Ave, Maria... 
- Rogai por nós, Santa Mãe de Deus. 
- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. 

Oremos 

Ó Deus, que alegrastes o mundo com a ressurreição de vosso Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, concedei-nos, vo-lo suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos as alegrias da vida eterna. Pelo mesmo Cristo, nosso Senhor. Amém. 

4. Contemplação(Vida/ Missão) 

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? 

Na convivência no meu quotidiano, nas coisas mais comuns, quero testemunhar que Jesus está vivo no meio de nós, como rezo nas celebrações: "Ele está no meio de nós". 

Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, como aconteceu com os discípulos de Emaús, inspira-nos para que reconheçamos teu Filho no partir do pão e, revigorados, retornemos ao convívio da comunidade em tua Igreja. Dá-nos, Pai Amado, a força do encantamento por teu Mistério. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.