segunda-feira, 2 de novembro de 2020

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Jo 6,37-40 – 02/11/2020


Para aqueles que estão em Cristo há vida em plenitude

“Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia” (João 6,40).


Celebramos, hoje, todos os fiéis falecidos. São nossos irmãos, nossas irmãs que partiram desta vida, deixaram no nosso coração saudade, levaram um pedaço de nós, deixaram um pedaço deles aqui dentro de nós.
Mais do que saudade, hoje é dia de celebrarmos a vida, porque a vida de quem está em Deus não perece, pelo contrário, ela se plenifica. Então, estamos hoje vivendo a comunhão com os nossos irmãos. E aqui podemos lembrar tantas pessoas, temos a nossa lista de parentes, amigos, pessoas queridas que fizeram parte da nossa vida, da nossa comunidade, para a qual queremos realmente fazer memória. Primeiro, pela oração, pois a forma mais linda de vivermos a comunhão dos santos é por intermédio da oração.
Então, nós Igreja, que militamos aqui na Terra, queremos fazer comunhão com aqueles que estão na Igreja ainda padecente, estão se purificando no purgatório. A nossa oração, hoje, é por esses nossos irmãos.

Celebrar o dia de hoje é uma oportunidade para que a nossa vida, cada vez mais, encaminhe-se para a presença de Deus

A Eucaristia que rezamos, a visita ao cemitério que realizamos, é uma obra de misericórdia profunda, um gesto de amor e comunhão. Aqueles que partiram dessa vida não morrem, estão em nós. Depois, é lembrarmos que nós também estamos em partida, também estamos nesta mesma jornada e caminhada, e também estaremos um dia precisando receber a oração daqueles que ficaram.
É o momento também de refletirmos a nossa própria vida e, a cada dia, cuidarmos melhor dela, não por medo da morte, mas por reverência à vida eterna que Deus preparou para nós. Para aqueles que estão em Cristo não há morte, para aqueles que estão em Cristo Jesus há vida em plenitude.
Celebremos a vida dos nossos que foram com saudade, muitas vezes, ainda com dor, mas sem jamais perder a esperança, a fé, a confiança naquilo que é a eternidade feliz junto de Deus, mas também colocando a nossa barba de molho, colocando a nossa consciência num ponto de reflexão: Como estão os nossos atos e as nossas atitudes para que a nossa vida corresponda sempre à eternidade feliz que almejamos?
Não tenhamos medo da morte, o único medo que podemos ter é de não ter a vida em Deus. Por isso, celebrar o dia de hoje é uma oportunidade para que a nossa vida, cada vez mais, encaminhe-se para a presença e o amor de Deus, porque quem está em Deus não conhece o abismo da morte, mas a luz eterna que brilha para aqueles que colocaram n’Ele a sua confiança.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 02/11/2020

ANO A


Mt 11,25-30

VIVENDO A PALAVRA

«Vocês encontrarão descanso para suas vidas!» Longe de aconselhar atitudes de medo diante da morte ou de pavor frente às visões terríveis do fim, Jesus quer que nos preparemos com alegria e cheios de esperança para o nosso encontro com o Pai Misericordioso, que Ele promete para coroar a caminhada por esta terra abençoada, que já é parte do Reino do Céu.

ORAÇÃO FINAL
Pai, que és a nossa Luz e Salvação, ensina-nos a acolher a nossa própria morte como porta para a Vida, que se abre ao futuro glorioso, e não como fim melancólico desta existência. Que a nossa opção pelo seguimento de Jesus na caminhada por este mundo abençoado nos confirme na esperança de que, morrendo com Ele, também com Ele ressuscitaremos para a Vida Plena junto a Ti, no Reinado do Amor.

Jo 6,37-40

Reflexão

Jesus pronuncia palavras de conforto e esperança. Não estamos abandonados, sozinhos, sem rumo, sem mestre, sem pastor. Jesus é o doador da vida; ele não rejeita ninguém, pois desceu do céu por nós: “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade daquele que me enviou é que eu não perca nenhum dos que ele me deu”. Jesus e o Pai querem vida abundante para todos. Única e indispensável exigência de Jesus é que acreditemos nele. Acreditar não é simplesmente alimentar bons pensamentos ou dizer da boca para fora “eu creio”. A fé requer a prática das obras de justiça, fraternidade e misericórdia. Então, sim, poderemos ter a certeza da vida eterna: “Eu o ressuscitarei no último dia”. A salvação só será completa com a ressurreição.
Oração
Senhor Jesus, desceste do céu para fazer a vontade do Pai. E o desejo do Pai celeste é que ressuscites a todos os que te procuram de coração sincero. Confiantes e cheios de esperança, prosseguimos nossa jornada terrena, certos de que nos ressuscitarás no último dia. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Comentário

DIA DOS FINADOS cristãos batizados são convidados a santificar-se e os que decidem viver plenamente o mistério pascal de Cristo não têm medo da morte. Porque ele disse: "Eu sou a ressurreição e a vida". Para todos os povos da humanidade, seja qual for a origem, cultura e credo, a morte continua a ser o maior e mais profundo dos mistérios. Mas para os cristãos tem o gosto da esperança. Dando sua vida em sacrifício e experimentando a morte, e morte na cruz, ele ressuscitou e salvou toda a humanidade. Esse é o mistério pascal de Cristo: morte e ressurreição. Ele nos garantiu que, para quem crê, for batizado e seguir seus ensinamentos, a morte é apenas a porta de entrada para desfrutar com ele a vida eterna no Reino do Pai. Enquanto para todos os seres humanos a morte é a única certeza absoluta, para os cristãos ela é a primeira de duas certezas. A segunda é a ressurreição, que nos leva a aceitar o fim da vida terrena com compreensão e consolo. Para nós, a morte é um passo definitivo em direção à colheita dos frutos que plantamos aqui na terra. Assim sendo, até quando Nosso Senhor Jesus Cristo estiver na glória de seu Pai, estará destruída a morte e a ele serão submetidas todas as coisas. Alguns são seus discípulos peregrinos na terra, outros que passaram por esta vida estão se purificando e outros, enfim, gozam da glória contemplando Deus. Os glorificados integram a Igreja triunfal e são Todos os Santos, os quais, nós, os intees da Igreja militante, cristãos peregrinos na terra, comemoramos no dia 1o de novembro. Os Finados integram a Igreja da purificação e são todos os que morreram sem arrepender-se do pecado. O culto de hoje é especialmente dedicado a esses. Embora todos os dias, em todas as missas rezadas no mundo inteiro, haja um momento em que se pede pelas almas dos que nos deixaram e aguardam o tempo profetizado e prometido da ressurreição. A Igreja ensina-nos que as almas em purificação podem ser socorridas pelas orações dos fiéis. Assim, este dia é dedicado à memória dos nossos antepassados e entes que já partiram. No sentido de fazer-nos solidários para com os necessitados de luz e também para reflexão sobre nossa própria salvação. Encontramos a celebração da missa pelos mortos desde o século V. Santo Isidoro de Sevilha, que presidiu dois concílios importantes, confirmou o culto no século VII. Tempos depois, em 998, por determinação do abade santo Odilo, todos os conventos beneditinos passaram, oficialmente, a celebrar "o dia de todas as almas", que já ocorria na comunidade no dia seguinte à festa de Todos os Santos. A partir de então, a data ganhou expressão em todo o mundo cristão. Em 1311, Roma incluiu, definitivamente, o dia 2 de novembro no calendário litúrgico da Igreja para celebrar "Todos os Finados". Somente no inicio do século XX, em 1915, quando a morte, a sombra terrível, pairou sobre toda a humanidade, devido à I Guerra Mundial, o papa Bento XIV oficiou o decreto para que os sacerdotes do mundo todo rezassem três missas no dia 2 de novembro, para Todos os Finados.
Oração
Ó Deus, escutai com bondade as nossas preces e aumentai a nossa fé em Cristo ressuscitado, para que sejam mais via a nossa esperança na ressurreição dos vossos filhos e filhas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 2/11/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. OS QUE MORRERAM EM CRISTO...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

(Uma palavrinha sobre Finados)

Pouco se falava em ressurreição dos mortos no Antigo Testamento, a não ser em uma linguagem figurativa, na verdade algo incomodava a crença dos judeus, O Deus todo Poderoso da Aliança, não tinha nenhum domínio sobre o Xeol, Mansão dos Mortos.
Jó em meio ao sofrimento irá reafirmar a sua fé e esperança ao dizer “Eu sei que o meu Redentor está vivo”, os irmãos macabeus, diante da opressão helenista, ameaçados de perder a vida, encorajados pela própria mãe, afirmarão a crença em um Deus que irá restaurar seus corpos mortais, mas é o profeta Ezequiel que chegará mais perto, nesse sonho de uma vida no pós-morte, com o seu clássico texto da visão dos ossos secos, e mesmo assim, a exegese deixa claro que se tratava de um encorajamento ao povo exilado, lembrando-os que o Deus da Aliança não é indiferente ao sofrimento, e que irá trazê-los de volta, seria uma ressurreição de idéias, vida nova e animo novo, cobrindo a secura dos sonhos de liberdade, mortos pelo poder Babilônico. De qualquer forma, o profeta vislumbra uma nova pátria, um retorno á Deus e a vida.
Esse Deus dos vivos e dos mortos, vencedor da escuridão, que oferece a libertação dos grilhões da morte, ganha um nome e um rosto, deixa de ser um sonho, e no mistério da encarnação e desvenda o Xeol, estendendo sobre ele o seu domínio, não mais só nos horizontes da Religião de Moisés, mas em sentido universal, a partir de Jesus, nunca mais a morte terá a última palavra.
Porém, no caminhar do homem por esta vida, em busca dessa terra prometida, não mais restrita aos limites geográficos, o momento da morte aparenta ser uma grande tragédia, o homem tem medo do desconhecido, aquilo que seus sentidos não experimentaram, que nenhum olho humano viu, nem o ouvido escutou, ainda permanece como um grande mistério impenetrável pela compreensão humana.
A Fé na ressurreição não é a crença em algo ilógico, irreal, obscuro, o cristão não crê numa possibilidade de vida após a morte, ele tem a certeza, porque Cristo percorreu esse mesmo caminho, o caminho do esmagamento, de um corpo destruído, arrebentado, e que em um momento real e histórico, experimentou na cruz a inércia da morte, sua musculatura enrijeceu, seus olhos se fecharam seus órgãos, como todo o resto do seu corpo, em processo hemorrágico violento, por causa das chagas, perdeu totalmente a sua força, seus pulmões não tinham mais o ar vital, e seu coração humano, dilacerado pela lança que o traspassou, interrompeu sua função de bombear sangue para aquele corpo na juventude dos 33 anos, e aquele corpo do jovem Galileu foi sepultado, por um gesto piedoso de José de Arimatéia.
Jesus de Nazaré percorreu esses mesmos caminhos, que desembocam na fatalidade da morte biológica, que ninguém quer, e da qual todos têm medo. Mas há na vida do cristão algo fascinante, quando tudo parece tenebroso e a derrota parece eminente, quando a escuridão parece que vai nos tragar, eis que sucede um encontro único, imemorável, indescritível: Deus e Homem se encontram, para sacramentar a eterna aliança, selada pelo Cordeiro. Eis que o novo Adão é acolhido com festa na casa paterna, com a dignidade de Filho, herdeiro dos tesouros do céu, guardados por Deus desde os primórdios da Criação.
Finados é dia de lembrar com intensa alegria, os entes queridos, que morreram em Cristo, configurados a ele pelo Batismo, e confirmados Nele pela Crisma. Finados é dia de juntar nossas vozes com as vozes eternas das Igrejas Triunfante e Padecente, para em um único louvor, bendizer o Dom da vida, derramado pelo Espírito em nossos corações. A morte é passagem, transformação, abertura de um Novo Horizonte, jamais vislumbrado pelo homem. Morte é demolir a velha casa, a tenda judiada pelas chuvas, ventos e temporais dessa vida, mudando-nos para a casa nova, permanente, onde pode se desfrutar da plenitude do amor Divino.
“Fiquei feliz quando me disseram, vamos à casa do Senhor!”. Que nosso choro se transforme em risos, nossos prantos em belas canções. Aquilo que chorando semeamos, iremos colher sorrindo. Na luz da fé, as covas transformam-se em berços, onde nasce a verdadeira Vida, aquela que Cristo nos antecipa, à luz da Fé, emergindo das águas do Batismo.
"Que as almas de todos os fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus descansem em paz. Amém".

2. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus - Mt 11,25-30
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

“Ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” Stephen Hawking, falecido em 2018, em sua obra póstuma Breves respostas para grandes questões, diz que “à medida que viajamos de volta no tempo em direção ao momento do Big Bang, o universo fica cada vez menor e continua diminuindo até finalmente chegar a um ponto em que se torna um espaço tão ínfimo que […] aí também o próprio tempo tem que parar. Não podemos voltar a um tempo anterior ao Big Bang porque não havia tempo antes do Big Bang. Finalmente encontramos algo que não possui uma causa, porque não havia tempo para permitir a existência de uma. Para mim, isso significa que não existe a possibilidade de um criador, porque ainda não existia o tempo para que nele houvesse um criador […] provavelmente não há céu nem um além-túmulo. Acho que acreditar em vida após a morte não passa de ilusão”. Ora, é exatamente o que afirmamos em nossa fé. Quando morremos, saímos do tempo e entramos na eternidade de Deus. Em Deus não há tempo nem espaço. Não havia tempo antes do Big Bang, mas havia Deus antes do tempo.

Mateus 5,1-12a

HOMILIA

ANÚNCIO DO NOVO CÉU E NOVA TERRA

O chamado Sermão da Montanha, faz parte do discurso inaugural do ministério público de Jesus, que se estende entre os capítulos 5 a 7 do Evangelho de S. Mateus. O de hoje o primeiro dos cinco discursos que o evangelista distribui estrategicamente no seu livro.
No texto destacamos dois elementos fundamentais: primeiro está o lugar de onde Jesus fala e o conteúdo do discurso. Depois de pregar nas sinagogas da Galileia, acompanhado de uma grande multidão, Jesus subiu ao monte para rezar, escolhe os doze apóstolos e depois chega a um lugar plano e sentando, os seus discípulos e toda a multidão se aproxima d’Ele e então, Ele tomando a palavra e começa ensinar. Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o Reino dos céus...
A intenção evidente do evangelista é apresentar-nos um discurso completo. Há, portanto aqui uma unidade retórica, sendo este termo entendido não só como uso de figuras de estilo, mas, sobretudo como forma de usar as palavras e construir o discurso visando cumprir um determinado objetivo, que neste caso é proclamar de um modo novo o Evangelho do Reino.
Não há aqui espaço para uma interpretação detalhada do texto. Utilizaremos como marco hermenêutico a novidade que este sermão nos traz, advertindo desde já que de maneira nenhuma se trata de ruptura com o Antigo Testamento, mas sim do seu pleno cumprimento em Jesus Cristo. De fato, Ele declara: Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. Levar à perfeição é o mesmo que dar pleno cumprimento, realizar plenamente.
À semelhança de Moisés, que sobe ao monte Sinai para receber as tábuas da Lei que há-de comunicar ao povo de Israel (cf. Ex 19, 3. 20; 24, 15), há quem veja na pessoa de Jesus um “novo Moisés” que surge como Mestre, não apenas de Israel, mas de todos os homens, chamados à vocação universal de serem discípulos de Cristo, pela escuta e vivência da sua Palavra: Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu; 7, 24: Ou ainda: Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha). Jesus senta-se na “cátedra” de Moisés (a montanha) como o Moisés maior, que estende a Aliança a todos os povos. Assim podemos ver o Sermão da Montanha como «a nova Torah trazida por Jesus».
Devemos insistir, porém que não se trata aqui de abandonar a Torah dada na aliança do Sinai. É sabido que o primeiro Evangelho foi escrito para uma comunidade de cristãos de origem judaica, enraizados e familiarizados com a Lei de Moisés, que continuava a ser valorizada e praticada. A preocupação do evangelista é mostrar que, sem abolir nada do que Moisés tinha deixado, Cristo, com a sua ação, o supera e leva à perfeição como só Ele pode fazer, absolutamente melhor do que qualquer outro profeta.
O que Mateus nos apresenta no texto de hoje não tenho nem se quer uma sombra de dúvidas de que seja o anúncio de um novo céu e uma nova terra onde haveremos de morar. É como que a realização de todas as promessas e bênçãos de Deus nos discípulos da nova aliança em Cristo, assim como no novo espírito com que se deve cumprir a Lei, concretizado nas práticas da esmola, da oração e do jejum. A atitude dos filhos do Reino traduz-se numa nova relação com as riquezas, com o próprio corpo e as coisas do mundo e com Deus, a quem nos dirigimos como Pai e de cujo Reino se busca a justiça, antes de tudo. Como não se pode dizer que se ama a Deus se não se ama os irmãos, não falta aqui à referência a uma nova relação com o próximo. Finalmente, o epílogo do sermão faz uma recapitulação e um apelo veemente à não apenas escutar a Palavra, mas a pô-la em prática, de forma consciente e deliberada.
Procuramos, da forma mais breve possível, ver como em Jesus Cristo se cumpre a promessa de Deus ao povo de Israel em Dt 18, 15 O Senhor, teu Deus, suscitará no meio de vós, dentre os teus irmãos, um profeta como eu; a ele deves escutar e a Moisés em Dt 18, 18 Suscitar-lhes-ei um profeta como tu, dentre os seus irmãos; porei as minhas palavras na sua boca e ele lhes dirá tudo o que Eu lhe ordenar. Como acontece noutras passagens dos Evangelhos, também aqui Jesus Cristo anuncia o Reino dos céus. Esta é uma forma semítica de dizer “Reino de Deus”, que está no meio de nós e se realiza plenamente no domínio ou reinado de Deus sobre todas as suas criaturas e na aceitação ativa, alegre e jubilosa desse reinado pelas mesmas criaturas, a começar pelo Homem, criado à sua imagem e semelhança.
O Sermão da Montanha é então para nós um autêntico programa de vida cristã que não deixaremos de meditar e pôr em prática em todos os dias, pois ele compreende o ANÚNCIO DE NOVO CÉU E DA NOVA TERRA onde haveremos de morar.
Padre BANTU SAYLA
Fonte: Liturgia da Palavra em 2/11/2014

LITURGIA DIÁRIA - 02/11/2020


Tema do dia

O SENHOR É MINHA LUZ E SALVAÇÃO

Ainda que morra prematuramente, o justo encontrará repouso. Velhice honrada não consiste em ter vida longa, nem é medida pelo número de anos. Os cabelos brancos do homem valem pela sua sabedoria, e a velhice pela sua vida sem manchas. O justo agradou a Deus, e Deus o amou. Como ele vivia entre os pecadores, Deus o transferiu. Foi arrebatado, para que a malícia não lhe pervertesse os sentimentos, ou para que o engano não o seduzisse. De fato, o fascínio do vício obscurece os verdadeiros valores, e a força da paixão perverte a mente que não tem malícia. Amadurecido em pouco tempo, o justo atingiu a plenitude de uma vida longa. A alma dele era agradável ao Senhor, e este se apressou em tirá-lo do meio da maldade. Muita gente vê isso, mas não compreende nada; não reflete que a graça e a misericórdia de Deus são para os seus escolhidos, e a proteção dele é para os seus santos. (Sb 4,7-15)

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

Comemoração de todos os Fiéis Defuntos - ofício próprio. Solenidade
Cor: Roxo


Primeira Leitura (Sb 4,7-15)
31ª Semana do Tempo Comum | Todos os Fiéis Defuntos | Segunda-feira - 02/11/2020

Leitura do Livro da Sabedoria

7.O justo, ainda que morra jovem, encontrará descanso. 8.A honra da velhice não consiste numa longa vida, e não se mede pelo número de anos; 9.mas os cabelos brancos são uma vida sensata, e a idade avançada, uma vida sem mancha. 10.O justo agradou a Deus e é amado por ele; vivia entre pecadores, e Deus o transferiu para outro lugar; 11.foi arrebatado, para que a maldade não lhe pervertesse a consciência, nem o engano seduzisse a sua alma. 12.Pois a atração dos vícios obscurece os valore verdadeiros, e a vertigem das paixões corrompe a mente sem malícia. 13.Tendo alcançado em pouco tempo a perfeição, completou uma longa carreira; 14.pois sua alma era agradável ao Senhor, que por isso se apressou em tirá-lo do meio da maldade. As pessoas veem isso e não compreendem, e não lhes vem à mente 15.que a graça e a misericórdia são para os eleitos do Senhor, e que ele intervém em favor dos seus santos.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

OU

Primeira Leitura (Is 25,6a.7-9)
31ª Semana do Tempo Comum | Todos os Fiéis Defuntos | Segunda-feira - 02/11/2020

Leitura do Livro do Profeta Isaías:

Naquele dia, 6ao Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias. 7Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações. 8O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse. 9Naquele dia, se dirá: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado: vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

OU

1ª Leitura - Ap 7,2-4.9-14
31ª Semana do Tempo Comum | Todos os Fiéis Defuntos | Segunda-feira - 02/11/2020

Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas.

Leitura do Livro do Apocalipse de São João 7,2-4.9-14
Eu, João,
2vi um outro anjo,
que subia do lado onde nasce o sol.
Ele trazia a marca do Deus vivo
e gritava, em alta voz,
aos quatro anjos que tinham recebido o poder
de danificar a terra e o mar,
dizendo-lhes:
3"Não façais mal à terra,
nem ao mar nem às arvores,
até que tenhamos marcado na fronte
os servos do nosso Deus".
4Ouvi então o número dos que tinham sido marcados:
eram cento e quarenta e quatro mil,
de todas as tribos dos filhos de Israel.
9Depois disso, vi uma multidão imensa
de gente de todas as nações,
tribos, povos e línguas,
e que ninguém podia contar.
Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro;
trajavam vestes brancas
e traziam palmas na mão.
10Todos proclamavam com voz forte: 
"A salvação pertence ao nosso Deus,
que está sentado no trono, e ao Cordeiro".
11Todos os anjos estavam de pé,
em volta do trono e dos Anciãos
e dos quatro Seres vivos e prostravam-se,
com o rosto por terra, diante do trono.
E adoravam a Deus, dizendo:
12"Amém. O louvor, a glória e a sabedoria,
a ação de graças, a honra, o poder e a força
pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém"
13E um dos Anciãos falou comigo e perguntou:
"Quem são esses vestidos com roupas brancas?
De onde vieram?"
14Eu respondi:
"Tu é que sabes, meu senhor".
E então ele me disse:
"Esses são os que vieram da grande tribulação.
Lavaram e alvejaram as suas roupas
no sangue do Cordeiro".

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo Responsorial (Sl 26)
31ª Semana do Tempo Comum | Todos os Fiéis Defuntos | Segunda-feira - 02/11/2020

— O Senhor é minha luz e salvação.
— O Senhor é minha luz e salvação.

O Senhor é minha luz e salvação;/ de quem eu terei medo?/ O Senhor é a proteção da minha vida;/ perante quem eu tremerei?
— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,/ e é só isto que eu desejo:/ habitar no santuário do Senhor/ por toda a minha vida;/ saborear a suavidade do Senhor/ e contemplá-lo no seu templo.
— Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo,/ atendei por compaixão!/ É vossa face que eu procuro./ Não afasteis em vossa ira o vosso servo,/ sois vós o meu auxílio!
— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver/ na terra dos viventes./ Espera no Senhor e tem coragem,/ espera no Senhor!

OU

Salmo - Sl 23(24),1-2.3-4ab.5-6 (R. cf. 6)
31ª Semana do Tempo Comum | Todos os Fiéis Defuntos | Segunda-feira - 02/11/2020

R. É assim a geração dos que procuram o Senhor!

1Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, *
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
2porque ele a tornou firme sobre os mares, *
e sobre as águas a mantém inabalável. R.

3"Quem subirá até o monte do Senhor, *
quem ficará em sua santa habitação?"
4a"Quem tem mãos puras e inocente coração, *
4bquem não dirige sua mente para o crime. R.

5Sobre este desce a bênção do Senhor *
e a recompensa de seu Deus e Salvador".
6"É assim a geração dos que o procuram, *
e do Deus de Israel buscam a face". R.

Segunda Leitura (Rm 5,17-21)
31ª Semana do Tempo Comum | Todos os Fiéis Defuntos | Segunda-feira - 02/11/2020

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

17Por um só homem, pela falta de um só homem, a morte começou a reinar. Muito mais reinarão na vida, pela mediação de um só, Jesus Cristo, os que recebem o dom gratuito e superabundante da justiça. 18Como a falta de um só acarretou condenação para todos os homens, assim o ato de justiça de um só trouxe, para todos os homens, a justificação que dá a vida. 19Com efeito, como, pela desobediência de um só homem, a humanidade toda foi estabelecida numa situação de pecado, assim também, pela obediência de um só, toda a humanidade passará para uma situação de justiça. 20Porém, onde se multiplicou o pecado, aí superabundou a graça. 21Enfim, como o pecado tem reinado pela morte, que a graça reine pela justiça, para a vida eterna, por Jesus Cristo, Senhor nosso.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

OU

Segunda Leitura (1Jo 3,1-2)
31ª Semana do Tempo Comum | Todos os Fiéis Defuntos | Segunda-feira - 02/11/2020

Leitura da Primeira Carta de São João:

Caríssimos: 1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai.
2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

OU

2ª Leitura - 1Jo 3,1-3
31ª Semana do Tempo Comum | Todos os Fiéis Defuntos | Segunda-feira - 02/11/2020

Veremos Deus tal como é.

Leitura da Primeira Carta de São João 3,1-3
Caríssimos,
1vede que grande presente de amor o Pai nos deu:
de sermos chamados filhos de Deus!
E nós o somos!
Se o mundo não nos conhece,
é porque não conheceu o Pai.
2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus,
mas nem sequer se manifestou o que seremos!
Sabemos que,
quando Jesus se manifestar,
seremos semelhantes a ele,
porque o veremos tal como ele é.
3Todo o que espera nele,
purifica-se a si mesmo,
como também ele é puro.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Anúncio do Evangelho (Mt 11,25-30)
31ª Semana do Tempo Comum | Todos os Fiéis Defuntos | Segunda-feira - 02/11/2020


Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus disse: «Eu te louvo, Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Meu Pai entregou tudo a Mim. Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar. Venham para Mim todos vocês que estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e Eu lhes darei descanso. Carreguem a minha carga e aprendam de Mim, porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas vidas. Porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve.»

— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor!

OU

Anúncio do Evangelho (Jo 6,37-40)
31ª Semana do Tempo Comum | Todos os Fiéis Defuntos | Segunda-feira - 02/11/2020

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 37“Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. 38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

OU

Evangelho - Mt 5,1-12a
31ª Semana do Tempo Comum | Todos os Fiéis Defuntos | Segunda-feira - 02/11/2020

Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5,1-12a
Naquele tempo:
1Vendo Jesus as multidões,
subiu ao monte e sentou-se.
Os discípulos aproximaram-se,
2e Jesus começou a ensiná-los:
3"Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos,
porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos,
porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos
por causa da justiça,
porque deles é o Reino dos Céus.
11Bem-aventurados sois vós,
quando vos injuriarem e perseguirem,
e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós,
por causa de mim.
12aAlegrai-vos e exultai,
porque será grande a vossa recompensa nos céus.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração pardepois dler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.