terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE D EUS TE ACOMPANHE…

LEITURA ORANTE DO DIA 27/02/2024



LEITURA ORANTE

Mt 23,1-12 - Um só Pai, um só Mestre!


A caminho com Jesus,
pedimos a graça de saber caminhar 
sob o impulso da vida,
conscientes de
poder fazer parte de uma Casa Comum
incrivelmente bela e inspiradora.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e atuante na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Lemos com atenção, o texto de hoje em Mt 23,1-12.
Então Jesus falou à multidão e aos seus discípulos. Ele disse:
- Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para explicar a Lei de Moisés. Por isso vocês devem obedecer e seguir tudo o que eles dizem. Porém não imitem as suas ações, pois eles não fazem o que ensinam. Amarram fardos pesados e os põem nas costas dos outros, mas eles mesmos não os ajudam, nem ao menos com um dedo, a carregar esses fardos. Tudo o que eles fazem é para serem vistos pelos outros. Vejam como são grandes os trechos das Escrituras Sagradas que eles copiam e amarram na testa e nos braços! E olhem os pingentes grandes das suas capas! Eles preferem os melhores lugares nos banquetes e os lugares de honra nas sinagogas. Gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças e de ser chamados de "mestre". Porém vocês não devem ser chamados de "mestre", pois um só é o vosso Mestre e todos vós sois irmãos.
 E aqui na terra não chamem ninguém de pai porque vocês têm somente um Pai, que está no céu. Vocês não devem também ser chamados de "líderes" porque vocês têm um líder, o Messias. Entre vocês, o mais importante é aquele que serve os outros. Quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido.
Refletindo
O Evangelho de hoje nos faz ver que existem falsos senhores e falsos mestres que podem arruinar a nossa vida e nos levar a romper laços de comunhão com os outros e com Deus.
O fariseu vive uma religião que o leva a centrar-se em si mesmo ou seja, uma religião  na qual  o único interesse é a observância das leis e das tradições, de maneira que  em função disso, torna-se o juiz dos demais. O fariseu se coloca num pedestal de superioridade a partir do qual olha e despreza os demais, despreza todo aquele que não consegue ser fiel na observância de normas e leis.
. O que lhe interessa é brilhar diante dos homens. A única coisa que o preocupa é sua boa imagem diante das pessoas. Quer ser visto, apreciado, louvado. Não tem outro Deus a não ser ele mesmo. Mas, o pior é que o fariseu vê tudo isso como graça de Deus.
Jesus desmascara a ideia que os fariseus tinham de Deus e põe às claras o "farisaísmo" que desumaniza Deus, nos desumaniza e desumaniza os outros.
Para um bom fariseu a imagem de Deus não estava centrada na misericórdia, mas no julgamento, entendido como característica do Deus justiceiro, castigador, implacável com os pecadores, com as pessoas de má fama. Daí surge a ideia de um Deus severo, ameaçador, vingativo, inimigo da vida. Um Deus assim causa um medo aterrador. Uma religião com essa tonalidade faz com que as pessoas se sintam mal, às vezes por coisas sem importância. Mais ainda:  envenena a convivência de uns com os outros, criando divisões, suspeitas,  situações violentas, exclusão, com um refinamento de hipocrisia.

2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para nós?
Estamos livres do farisaísmo?
Se formos honestos,  vamos admitir que todos nós carregamos um fariseu dentro de nós. Os fariseus não são só uma recordação do passado. Continuam vivendo em cada um de nós, continuam naqueles que  vivem e exigem uma religiosidade marcada por observâncias, ritualismos, moralismos, títulos e se consideram bons para julgar os demais.
Meditando
O papa Francisco na Laudato sì , lembra: "Ser Igreja é ser povo de Deus, de acordo com o grande projeto do Pai. A Igreja deve ser o lugar da misericórdia, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viverem segundo a vida boa do Evangelho" (LS 114)
Jesus se apresenta como um Mestre diferente. Ele é a Verdade, o Caminho e a Vida. Nele podemos confiar.

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra nos leva a dizer a Deus?
Rezamos com Follereau.
Raoul Follereau foi um escritor, jornalista e filantropo francês, conhecido por ter fundado uma associação de luta contra a lepra. Fundou juntamente com irmã Eugénia a Associação Raoul Follereau que ajuda e defende os leprosos desde 1967, em particular nos países de África. Uma frase que Follereau tinha era: "Ser feliz é fazer os outros felizes".
Rezemos com ele:
Senhor, ensina-nos
a não amar somente os que são nossos,
a não amar somente os que amamos.
Ensina-nos a pensar nos outros e a
amar, em primeiro lugar,
aqueles a quem ninguém ama.
(R. Follereau) de paz.

4. Contemplação (Vida)
- Qual o nosso novo olhar iluminado pela Palavra?
Qual é a imagem de Deus que temos?
É a imagem do Deus dos fariseus (castigador, ameaçador, juiz implacável)? 
Ou a imagem do Deus de Jesus? Misericordioso, acolhedor, Pai de bondade?
No dia de hoje e sempre vamos nos relacionar com o Deus de Jesus, Deus Pai, Deus cheio de amor e vida.
E vamos liderar no serviço aos irmãos.

Bênção
Peçamos a graça de saber "escutar" Jesus.
Senhor, nosso Deus, dai-nos a graça de aprender convosco a  ser livres para amar, acolhendo a vida como dom e compromisso, valorizando e defendendo a vida, especialmente onde ela se encontra mais fragilizada e sofrida. Isto vos pedimos, em nome do Pai, e do Filho e do Espirito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

Palavra se fez carne - 27 de fevereiro, 3ª feira, 2ª Semana da Quaresma


27 de fevereiro, 3ª feira, 2ª Semana da Quaresma


- Hoje é 27 de fevereiro, 3ª feira da 2ª Semana da Quaresma.

– No Evangelho de hoje Jesus chama atenção para um fato importante: ouvir o que diziam os mestres da lei e os fariseus, mas não imitar suas ações porque o que eles falam, não colocam em prática. Eles colocam as exigências da lei nos ombros dos outros, mas eles mesmo não estão dispostos a seguir. Peça ao Senhor que te ajude a viver aquilo que anuncia.

- Escute o Evangelho de Mateus capítulo 23, versículos de 1a 12.

Naquele tempo: Jesus falou às multidões e a seus discípulos: 'Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo. Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas. Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas; gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre. Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso Guia, Cristo. Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.'

- Jesus fala sobre como viver conforme os mandamentos da Lei de Deus. A Lei de Deus é instrução, um modo de vida. Viver o amor, amando a Deus e aos irmãos, essa é a Lei, o modo de vida de Jesus. Então, ser cristão exige coerência na vivência dos mandamentos do Senhor. Seguir Jesus nos insere num caminho de amor e misericórdia. O evangelho nos revela que a dinâmica da fé cristã está no amor, no diálogo e na entrega. Peça ao Senhor que transforme sua vida, para que possa ser testemunha fiel do seu amor.

- As pessoas veem em você atitudes de quem segue Jesus? Você está realmente disposto a servir a todos que necessitam? Diante de tantos conflitos, guerras e violências, o que você pede a Deus?

“O maior dentre vós deve ser aquele que vos serve”, afirma Jesus, pois somos irmãos, filhos do mesmo Pai que é Deus. Esse é o apelo da Campanha da Fraternidade neste tempo de conversão que é a Quaresma. Há 60 anos a Campanha da Fraternidade é uma ação da Igreja no Brasil durante a Quaresma e sempre insiste num aspecto onde precisamos melhorar a fraternidade. A amizade é a fonte da fraternidade.

Amizade social é uma resposta ao Amor: “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 Jo 4, 7-8).

- Termina tua oração pedindo ao Senhor Deus da vida que a fraternidade seja uma constante em nossa vida. Peça pelas vítimas da guerra, da fome que é fruto da arrogância de alguns. Peça também pela paz no mundo e no seu coração.

- Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio agora e sempre. Amém.


Todos somos iguais perante o Senhor | Mt 23,1-12 | Padre Adriano Zandoná (27/02/24)



Canal do Youtube - Padre Adriano Zandoná

Publicado em 26 de fev. de 2024

Evangelho (Mt 23,1-12)

Naquele tempo, Jesus falou às multidões e aos seus discípulos e lhes disse: “Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo.
Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas.
Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre. Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é vosso Guia, Cristo. Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Como agem os orgulhosos | (Mt 23, 1-12) #1902 - Frei Gilson




Publicado em 27 de fev. de 2024

Espírito contrito | Mãe Maria (27/02/2024) - Dom Walmor



Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 27 de fev. de 2024

Homilia Diária - 27.02.2024 | "eles falam e não praticam" - Padre Roger Araújo



Canal do Youtube: Padre Roger Araújo

Publicado em 27 de fev. de 2024

Mateus 23,1-12

Naquele tempo, Jesus falou às multidões e aos seus discípulos e lhes disse: “Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo.
Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas.
Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre. Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é vosso Guia, Cristo. Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

Palavra da Salvação, 27/02/2024 com o Padre Rafael dos Santos



Canal do Youtube: WebTV Redentor

Publicado em 26 de fev. de 2024

Terça-feira, 2ª Semana da Quaresma

Evangelho (Mt 23,1-12)

Naquele tempo, 1 Jesus falou às multidões e aos seus discípulos e lhes disse: 2 “Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3 Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4 Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo.
5 Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas.
6 Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. 7 Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre. 8 Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. 9 Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10 Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é vosso Guia, Cristo. 11 Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12 Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Homilia Diária | Os frutos da verdadeira oração (Terça-feira da 2.ª Semana da Quaresma) - Padre Paulo Ricardo



Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 26 de fev. de 2024

No Evangelho de hoje, Jesus está em polêmica com os fariseus. A discussão, no fundo, pode ser resumida assim: os fariseus ensinam bem a Lei de Deus, mas não a praticam; por isso, não devem ser imitados em suas ações. Jesus põe o dedo na ferida, que é também um dos problemas básicos das pessoas religiosas: a tendência a viver a religião apenas por obras exteriores, piedosas e até boas, mas sem que o coração as acompanhe. Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta terça-feira, 27 de fevereiro, e medite conosco mais uma página do santo Evangelho!

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mt 23,1-12 - 27/02/2024


O seu testemunho pode transformar a vida de muitos

“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo. Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros.” (Mateus 23,2-5)



Jesus não veio para abolir ou, então, para modificar a Lei. Muito pelo contrário, Jesus veio para nos ensinar a viver a Lei com autenticidade e profundidade. Jesus veio para nos ensinar a viver uma coerência de vida, uma vida coesa, onde palavra, testemunho e vivência são verificáveis, são compatíveis, não têm dissonância entre uma coisa e outra.
Há uma vida que testemunha aquilo que ela prega, e não foi à toa que Jesus diferiu aqui duras críticas aos mestres da Lei e fariseus, porque, ao contrário do que se esperava, os fariseus e doutores da Lei, que deveriam dar um testemunho dessa palavra,  testemunho de coerência – porque eles conheciam muito bem a Lei, eram estudiosos –, eles exigiam dos outros o seu cumprimento, mas eles mesmos não faziam o mínimo de esforço para viver o que ensinavam.
Reconhece-se que suas palavras estão certas, o que eles falam e ensinam é o correto, é o que se deve fazer, mas é possível perceber que a sua vida é completamente contrária àquilo que eles dizem.
Quando aqueles que anunciam uma coisa verdadeira, uma coisa justa, uma coisa que se deve viver, não são também os que dão testemunho dela, corre o risco de obscurecer também essa verdade, corre o risco de causar confusão naqueles que ensinam, porque eles até ensinam o que é o certo, mas quando se vai verificar na vida dele, você não vê testemunho — “Mas, poxa vida, onde está o testemunho daquilo que ele prega?”.
Jesus convida a multidão a saber fazer essa diferença entre o sermão e o pregador, entre a palavra e a vida, mas a verdadeira virada seria fazer com que quem anuncia se torne essa testemunha. Esse é o objetivo de Jesus. Não só ensinar a fazer essa diferenciação que, muitas vezes, vamos precisar fazer também, mas Jesus quer fazer com que aquele que anuncia a Palavra também a viva.

Jesus veio para nos ensinar a viver uma vida onde palavra, testemunho e vivência são verificáveis

Um pai que diz coisas certas aos seus filhos e, depois, dá um exemplo errado com a sua vida, é um pai sem autoridade, ele perde completamente a sua autoridade. E o testemunho, o argumento vencedor, é aquele que parte de um testemunho de vida. Esse sim é capaz de convencer!
Aquele que testemunha, que anuncia, mas que, acima de tudo, vive o que anuncia, o que prega, ganha autoridade, ele tem a palavra de autoridade. Por isso que a Palavra de Jesus tinha autoridade, por isso a Escritura vai nos dizer que Jesus ensinava como alguém que tem autoridade, porque Ele não apenas ensinava, Ele era a própria vida daquela Palavra, Ele vivia aquela Palavra.
Jesus vai continuar nos ensinando. Na verdade, não adianta ser chamado de mestre se você também não for uma testemunha, assim como não faz sentido ser chamado de pai se você não for paternal, você não viver a paternidade. E aí encontramos o critério que Jesus quer nos ensinar hoje: que o maior entre vocês seja o servo. Mas quem se exaltar será humilhado, e quem se humilha será exaltado.
Quanto mais responsabilidade você tem, mais você precisa cultivar essa humildade que Jesus indica. A humildade de viver aquilo que se é pregado, a humildade de dar um bom testemunho, a humildade de, antes de dizer, testemunhar. Esse é o testemunho que arrasta, que convence e tem coerência!
Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antonio
Padre Bruno Antonio de Oliveira é Brasileiro, nasceu no dia 18/10/1987, em Lavras, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2012 no modo de compromisso do Núcleo.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 27/02/2024

ANO B


Mt 23,1-12

Comentário do Evangelho

Hipocrisia religiosa

Todo o discurso de Jesus no capítulo 23 é uma dura crítica aos escribas e fariseus. O comportamento dos escribas e fariseus é objeto da crítica de Jesus, pois revela a hipocrisia deles: "... eles falam e não praticam". A hipocrisia é representação, encenação, distorção entre dizer e fazer, ser e parecer ser, entre o interior e o exterior.
A hipocrisia religiosa faz com que, ao invés de estarem inteiramente a serviço da Palavra de Deus (ver: Dt 18,19-22), busquem os seus próprios interesses e gozem do prestígio da pura aparência: "Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros"; "Gostam do lugar de honra nos banquetes. e de serem chamados de 'rabi'".
A hipocrisia faz pesar sobre os ombros dos outros uma interpretação equivocada da Lei, desprovida da misericórdia de Deus, que está na origem do povo de Deus. O comportamento requerido da comunidade cristã é totalmente outro: a vida cristã deve ser um serviço.
Ao discípulo cabe escolher o egoísmo (exaltar-se) ou o serviço (humilhar-se).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reveste-me de humildade e simplicidade, para que eu seja disponível para servir o meu próximo, na mais pura gratuidade.
Fonte: Paulinas em 26/02/2013

Comentário do Evangelho

A vida cristã é um serviço.

Todo o capítulo 23 de Mateus é uma dura crítica de Jesus aos escribas e fariseus em razão da hipocrisia deles. O comportamento deles não corresponde à Lei que ensinam. Há uma distância entre o que ensinam e o que fazem. O modo como eles ensinam e fazem praticar os preceitos equivale a um fardo pesado posto sobre o ombro dos outros, fardo que eles mesmos não carregam. A religião que praticam é hipocrisia, pura encenação, expressão da vaidade que encerra o indivíduo em si mesmo; o coração deles não está no que fazem, pois buscam ser vistos pelos homens (v. 5). A hipocrisia faz com que eles busquem os seus próprios privilégios, esquecendo-se da misericórdia a que estão obrigados. Para a comunidade cristã, a hipocrisia deve ser rejeitada veementemente, e o comportamento dos escribas e fariseus não pode se constituir em norma de conduta. Dos discípulos é exigido um comportamento totalmente diferente, enraizado na própria vida e no ensinamento de Jesus. A vida cristã é um serviço.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que os maus exemplos jamais me influenciem, fazendo-me desviar de teu caminho. Seja teu Filho Jesus meu único modelo de vida.
Fonte: Paulinas em 18/03/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Ainda não tendes fé?


A busca da verdade nos leva a prestar atenção no que se diz e no que se faz, prescindindo de quem diz e de quem faz. “Quem foi que falou” não é a primeira pergunta. Essa pergunta pode vir depois. Pergunte primeiro se o que foi dito é verdade, se o que dizem aconteceu de fato.
O pregador nada misericordioso nos diz que é preciso praticar as obras de misericórdia. Fiquemos com a prática da misericórdia e rezemos pelo pregador que não a pratica. Por isso é prudente não querer ser chamado de mestre, de pai ou de guia. Não importa o título que nos dão. Importa o serviço que prestamos. A instituição de escribas e fariseus existiu no passado. Suas atitudes, porém, podem ser atuais.
nego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

O Evangelho condena qualquer ação – mesmo aquela que pensamos ser uma ‘boa ação’ – feita apenas para nos mostrar, para parecermos melhores aos olhos dos irmãos. O Mestre recomenda que o jejum, a esmola e mesmo a oração sejam feitos humilde e discretamente, no íntimo do coração, fechadas todas as portas.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/02/2013

Vivendo a Palavra

Nossa fé não se mostra em gestos e sinais externos que não humanizam as relações com os irmãos; nem na ostentação de riquezas de ritos vazios e frios. Jesus viveu e ensinou a religião simples, leve e alegre – de quem sabe que está sempre na presença do Pai e quer testemunhá-la aos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

O seguimento de Jesus é uma experiência de vida no Amor. Não se trata de ouvir ensinamentos para aumentar nosso conhecimento, mas de exercitar com generosidade o cuidado e o carinho com os companheiros que foram colocados em nosso caminho pelo Pai Misericordioso. Sempre a partir dos mais pobres...
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2018

VIVENDO A PALAVRA

s somos todos irmãos! O nosso testemunho de conversão não deve ser apresentado como uma lição que desejamos ensinar aos irmãos. Será a alegria simples de nossa fé que contagiará a todos, ainda que vivida silenciosamente, sem anúncios explícitos. Jamais nos deixemos chamar mestres. Somos todos discípulos do Cristo!
Fonte: Arquidiocese BH em 10/03/2020

VIVENDO A PALAVRA

Diferente dos fariseus e dos doutores da Lei, Jesus de Nazaré, antes de ensinar com belas palavras, movia as pessoas com a sua vida – o seu jeito humilde de ser, e a acolhida fraterna que dispensava a todos que dele se aproximavam. Uma religião que visava à Vida de todos os fiéis – e Vida plena! – atribuindo a cada irmão um fardo leve e um jugo suave. Assim Ele deseja que sejamos também nós, a sua Igreja.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/03/2021

Reflexão

Dois elementos são importantes para nós a partir da leitura do Evangelho de hoje. O primeiro é que nenhum ser humano pode ser para nós modelo absoluto para a vivência do Evangelho, uma vez que todas as pessoas são pecadoras. O segundo é que não podemos fazer da religião forma de relação de poder e de promoção pessoal. As distinções que existem na vida religiosa devem ser de cargos e funções, porque existem ministérios diferentes, mas todos na Igreja têm uma dignidade igual: a de filhos e filhas de Deus. Mesmo dentro da Igreja, a hierarquia só pode ser concebida à luz do Evangelho e a partir do conceito de serviço.
Fonte: CNBB em 26/02/2013 e 18/03/2014

Reflexão

As duras advertências de Jesus atingem primeiramente as lideranças religiosas. Elas conhecem as Escrituras, fazem belas pregações nas sinagogas, apontam os defeitos alheios. Talvez consigam até esconder-se atrás de seus impressionantes discursos. Página de incrível atualidade. Aos líderes religiosos e políticos, o Mestre pede que sejam cumpridores do que exigem dos outros. Ao povo em geral ele alerta para que não se deixe enganar com as conversas de certos líderes. São lobos ferozes disfarçados de ovelhas, dirá Jesus em outra ocasião (cf. Mt 7,15). Malfeitores também choram diante das câmeras de televisão! É preciso observar o que fazem. Os títulos podem encobrir atitudes não recomendáveis. Jesus espera atitudes de humildade e generoso serviço ao próximo.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 27/02/2018

Reflexão

As duras advertências de Jesus atingem primeiramente as lideranças religiosas. Elas conhecem as Escrituras, fazem belas pregações nas sinagogas, apontam os defeitos alheios. Talvez consigam até esconder-se atrás de seus impressionantes discursos. Página de incrível atualidade. Aos líderes religiosos e políticos, o Mestre pede que sejam cumpridores do que exigem dos outros. Ao povo em geral, ele alerta para que não se deixe enganar com as conversas de certos  líderes. São lobos ferozes disfarçados de ovelhas, dirá Jesus em outra ocasião (cf. Mt 7,15). Malfeitores também choram diante das câmeras de televisão! É preciso observar o que fazem. Os títulos podem encobrir atitudes não recomendáveis. Jesus espera atitudes de humildade e generoso serviço ao próximo.
Oração
Ó Jesus, nosso único Mestre, pedes que não imitemos os que dizem, mas não fazem. Muitos líderes da sociedade gastam palavras e propaganda em vista de sua autopromoção ou algum cargo de governo. Dá-nos, ó divino Líder, discernimento para que pessoas desonestas não nos enganem. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 10/03/2020

Reflexão

O Evangelho deste dia parece que vai contra tudo o que a atual sociedade busca: prestígio e aplauso. O capítulo 23 de Mateus é muito duro com as autoridades farisaicas. Começa criticando aqueles que vivem tranquilos, com todo tipo de mordomia, e impõem pesados fardos sobre os pobres. É fácil estar “sentado em cátedras e viver em mansões” e ditar regras para a população que vive na penúria. Tudo isso pode acontecer tanto no mundo da política como no da religião. Em seguida, Jesus convida seus seguidores a não seguir esse caminho, mas a pautar sua vida na fraternidade e no acolhimento mútuo, seguindo o exemplo do próprio Mestre, sem se preocupar muito com títulos e privilégios. A comunidade comprometida com o projeto de Jesus precisa superar dominações, para viver como irmãos e irmãs.
Oração
Ó Jesus, nosso único Mestre, pedes que não imitemos os que dizem, mas não fazem. Muitos líderes da sociedade gastam palavras e propaganda com vista a sua autopromoção ou algum cargo de governo. Dá-nos, ó divino Líder, discernimento para que pessoas desonestas não nos enganem. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 02/03/2021

Reflexão

Jesus, ao se dirigir às multidões e a seus discípulos, toca em questões práticas e, certamente, do dia a dia. Provavelmente, todos conheciam – e bem – a realidade mencionada por Jesus; contudo, colocar o dedo na ferida é comprometedor e pode ser perigoso. Jesus reconhece que os doutores da Lei e os fariseus são pessoas instruídas na fé e capazes de ensiná-la. Entretanto, para uns e outros falta coerência de vida. O que eles ensinam e cobram do povo não é vivido por eles. Aqui cabe aquele ditado: faça o que eu digo, não o que eu faço. Diante dessa situação, permanece, ao menos, um questionamento: por que algumas pessoas que têm responsabilidade de ensinar a fé não a vivem? Esse é um risco que também pode recair sobre nós, por isso, cabe a nós a revisão constante de nossa vida para que sejamos autênticos e coerentes.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 15/03/2022

Reflexão

As duras advertências de Jesus atingem, primeiramente, as lideranças religiosas. Elas conhecem as Escrituras, fazem belas pregações nas sinagogas, apontam os defeitos alheios. Talvez consigam até esconder-se atrás de seus impressionantes discursos. Página de incrível atualidade. Aos líderes religiosos e políticos, o Mestre pede que sejam cumpridores do que exigem dos outros. Ao povo em geral, ele alerta para que não se deixe enganar com as conversas de certos líderes. São lobos ferozes disfarçados de ovelhas, dirá Jesus em outra ocasião (cf. Mt 7,15). Malfeitores também choram diante das câmeras de televisão! É preciso observar o que fazem. Os títulos podem encobrir atitudes não recomendáveis. Jesus espera atitudes de humildade e generoso serviço ao próximo.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Um só é vosso Mestre; um só é vosso Pai; um só é o vosso Guia»

Pbro. Gerardo GÓMEZ
(Merlo, Buenos Aires, Argentina)

Hoje, mais do que nunca, devemos trabalhar pela nossa salvação pessoal e comunitária, como diz São Paulo, com respeito e seriedade, já que «É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação» (2Cor 6,2). O tempo quaresmal é uma oportunidade sagrada dada pelo nosso Pai para que, numa atitude de profunda conversão, revitalizemos nossos valores pessoais, reconheçamos nossos erros e nos arrependamos de nossos pecados, de maneira que nossa vida se transforme —pela ação do Espírito Santo— numa vida mais plena e madura.
Para adequar nossa conduta à do Senhor Jesus é fundamental um gesto de humildade, como diz o Papa Bento XVI: «Reconheço-me por aquilo que sou, uma criatura frágil, feita de terra e destinada à terra, mas também feita à imagem de Deus e destinada a Ele».
Na época de Jesus, havia muitos “modelos" que oravam e agiam para serem vistos, para serem reverenciados: pura fantasia, personagens de papelão, que não podiam estimular o crescimento e a madurez dos seus vizinhos. Suas atitudes e condutas não mostravam o caminho que conduz a Deus; «Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam» (Mt 23,3).
A sociedade atual também nos apresenta uma infinidade de modelos de conduta que abocam a uma existência vertiginosa, aloucada, debilitando o sentido de transcendência. Não deixemos que esses falsos referentes nos façam perder de vista o verdadeiro Mestre: «Um só é vosso Mestre; (...) um só é vosso Pai; (...) um só é o vosso Guia: Cristo» (Mt 23,8.9.10).
Aproveitemos a quaresma para fortalecer nossas convicções como discípulo de Jesus Cristo. Procuremos ter momentos sagrados de “deserto”, onde nos reencontremos com nós mesmos e, com o verdadeiro modelo e mestre. E diante às situações concretas nas que muitas vezes não sabemos como reagir poderíamos nos perguntar: Que diria Jesus? Como agiria Jesus?

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«É preferível calar e fazer do que falar e não fazer. Boa coisa é ensinar quando quem ensina também fa(Santo Tomás de Antioquia)

- «Hoje, mais do que nunca, a Igreja, é consciente de que a sua mensagem social se tornará credível pelo testemunho das obras mais do que pela coerência e logica interna» (São João Paulo II)

- O escândalo reveste-se duma gravidade particular conforme a autoridade dos que o causam ou a fraqueza dos que dele são vítimas. (...). O escândalo é grave quando é causado por aqueles que, por natureza ou em virtude da função que exercem, tem a obrigação de ensinar e de educar os outros. Jesus censura-o nos escribas e fariseus, comparando-os a lobos disfarçados de cordeiros (cfr. Mt 7,15)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.285)

Reflexão

«Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje Jesus chama-nos a dar testemunho de vida cristã com o exemplo, da coerência de vida e da retitude da intenção. O Senhor, referindo-se aos mestres da Lei e aos fariseus, diz-nos: «Não imiteis sua ações. Pois eles falam e não praticam» (Mt 23,3). É uma acusação terrível!
Todos temos experiência do mal e do escândalo —desorientação das almas— que causa o “anti-testemunho” quer dizer, o mau exemplo. À vez também todos lembramos o bem que nos fizeram os bons exemplos que vimos ao largo de nossas vidas. Não esqueçamos o que afirma a dita popular «vale mais uma imagem que mil palavras». Em definitiva, «hoje mais do que nunca, a Igreja tem consciência de que a sua mensagem social será aceite pelo testemunho das obras, mais do que pela sua coerência e lógica interna» (João Paulo II).
Uma modalidade do mau exemplo especialmente perniciosa para a evangelização é a falta de coerência de vida. Um apóstolo do terceiro milênio, que está chamado à santidade no meio da gestão dos assuntos temporais, deve de ter presente que «só a relação entre uma verdade consequente consigo mesma e seu cumprimento na vida pode fazer brilhar aquela evidência da fé esperada pelo coração humano; só através desta porta (da coerência) entrará o Espírito no mundo» (Bento XVI).
Por fim, Jesus lamenta aqueles que «fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros» (Mt 23,5). A autenticidade da nossa vida de apóstolos de Cristo exige a retidão de intenção. Temos de agir, sobretudo por amor a Deus, para a glória do Pai. Assim como o podemos ler no Catecismo da Igreja, «Deus criou tudo para o homem, mas o homem foi criado para servir e amar a Deus e para oferecer-lhe toda a criação». Esta é a nossa grandeza: servir a Deus como filhos seus!

Reflexão

A tentação: aparência de bem

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, o Mestre adverte-nos contra a hipocrisia e a duplicidade dos escrivas e fariseus. Estes últimos —um grupo religioso contemporâneo de Jesus Cristo— são o “branco” da dita denúncia. Numa ocasião Jesus apelidou-os de “sepulcros caiados”. E é o que é próprio da tentação de adotar uma aparência moral: não nos convida diretamente a fazer o mal, isso seria demasiado bruto.
A tentação finge mostrar-nos o melhor: abandonar, por fim, o ilusório e usar eficazmente as nossas forças para melhorar o mundo. Além de mais apresenta-se com a pretensão do verdadeiro realismo: o real é o que se constata (menosprezando a fé). E, de fato, um vício do chamado “farisaísmo” consistia em radicar o bem no cumprimento formal (sem coração) de preceitos, que não eram tanto de Deus mas duma retorcida casuística humana. Aí aparece claro o núcleo de toda a tentação: por ordem no nosso mundo somente por nós, sem Deus, contando unicamente com as nossas capacidades.
—Jesus, quero fazer a tua vontade; só me importa o teu juízo.

Recadinho

Procuro praticar a humildade? - Posso dizer a meu próximo que imite minhas ações? - Tenho uma boa palavra a dar a quem necessita de ajuda? - Procuro me lembrar que o título mais importante é ser considerado irmão em Cristo? - Será que quero ser sempre dono(a) da verdade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 18/03/2014

Meditação

“Eles amarram pesados fardos... mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los...”. O julgamento de Jesus sobre, pelo menos, alguns mestres da Lei e fariseus é muito duro. Não vivem como pregam, são impiedosos ao impor obrigações sobre os outros, são vaidosos e orgulhosos, fazem da religião e da piedade degraus para prestígio social. Diante desse julgamento tenho de me questionar e ver se ele não se aplica também a mim ou a nós. Sobre isso não basta pensar só uma vez; é preciso avaliar-se com sinceridade.
Oração
GUARDAI, SENHOR, com eterna bondade a vossa Igreja e, como a fraqueza humana desfalece sem o vosso auxílio, livrai-nos constantemente do mal e conduzi-nos pelos caminhos da salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus denuncia a hipocrisia dos fariseus. «Eles falam e não praticam»


Hoje os escribas e fariseus voltam a ser denunciados por Jesus. Eles se fazem de mestres, mas não são porque despistam às pessoas: «dizem e não fazem». O que ensinam com palavras o destroçam com sua conduta. Jesus Cristo não quer inimigos, mas não tem mais remédio que falar claro e forte para defender-nos.
—São Lucas escreve que Jesus Cristo «começou a fazer e a ensinar». E eu?

Meditando o evangelho

O MAU EXEMPLO

Os discípulos de Jesus foram alertados em relação ao mau exemplo dos mestres da Lei e dos fariseus, os quais ousavam apresentar-se como modelo de piedade e de fidelidade a Deus. Suas belas palavras não combinavam com o que faziam. Por um lado, eram capazes de interpretar bem as Escrituras, por outro, levavam um estilo de vida incompatível com a sua formação religiosa. Suas palavras eram dignas de crédito; seu modo de agir, não. Resultado: suas ações desqualificavam os seus ensinamentos.
Jesus não podia suportar que os mestres da Lei e os fariseus fossem rigorosos como as pessoas, ensinando-lhes uma religião severa e cheia de exigências, ao passo que, para si mesmos, eram complacentes e permissivos. Outro mau exemplo consistia em servir-se de sua condição para granjear reconhecimento e louvor. Daí usarem roupas vistosas, ocuparem os lugares de destaque nas sinagogas e nos banquetes, sentirem prazer ao serem venerados como "mestres". Desta postura resultava uma atitude de soberba, fatal para quem pretende ser ministro de Deus.
A postura correta, a ser assumida pelo discípulo, consistirá em fazer-se servidor e colocar-se, com toda humildade, à disposição de seu semelhante, sem nenhum sentimento de superioridade. Para isso, basta seguir o bom exemplo de Jesus, no seu testemunho de serviço generoso a todos quantos recorriam a ele.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, seja toda a minha existência calcada no testemunho de serviço generoso de Jesus, cuja vida correspondeu exatamente aos seus ensinamentos.
Fonte: Dom Total em 18/03/201410/03/2020 02/03/2021

Oração
Guardai, Senhor Deus, a vossa Igreja com a vossa constante proteção e, como a fraqueza humana desfalece sem vosso auxílio, livrai-nos constantemente do mal e conduzi-nos pelos caminhos da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 18/03/2014

Meditando o evangelho

A FALTA DE MISERICÓRDIA

A sensibilidade de Jesus para a falta de misericórdia, no trato mútuo, era evidente. A menor atitude de menosprezo ou insensibilidade, em relação ao próximo, chamava-lhe a atenção. Por isso, aproveitava estas ocasiões para advertir os discípulos.
Os escribas e fariseus estavam, constantemente, na mira de Jesus. Eles tinham certos comportamentos com os quais o Mestre não podia compactuar, por não serem movidos pela misericórdia. Assim, impunham, às pessoas de boa-fé, um acúmulo de prescrições, ao passo que eles mesmos não se sentiam obrigados a cumpri-las. Igualmente, com ar de importância, exigiam que as pessoas lhes deixassem os primeiros lugares nos banquetes, nas sinagogas e nas praças, e que as chamassem com o título honroso de "rabi". E muitas coisas mais! Toda essa maneira de se comportar é que os discípulos deveriam evitar. O Mestre foi explícito: "Não imiteis suas ações!", pois não primam pela misericórdia.
O discípulo espelha-se no modo de agir de Jesus. Contrariamente aos escribas e fariseus, o Mestre não se prevaleceu dos pequenos e fracos, antes, procurou agir com extrema humildade e discrição, jamais buscando grandezas e honrarias mundanas. Seu agir misericordioso desmascarava a arrogância de seus adversários.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de misericórdia, livra-me de seguir o mau exemplo de quem, no trato com o próximo, prima pela arrogância e pela insensibilidade.
Fonte: Dom Total em 27/02/2018 15/03/2022

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A cadeira do Padre
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Já vi muitas discussões inúteis sobre a questão do uso da cadeira chamada presidencial, utilizada nas celebrações, e que só podem ser ocupadas pelos Ministros Ordenados. Em primeiro lugar precisamos saber o que significa a tal cadeira do Padre, embora se pareça com um trono, pois o layout dos nossos presbitérios lembra uma reunião da corte, onde havia a cadeira do trono ladeada por outras cadeiras, reservadas aos ministros do primeiro escalão, ou seja, aqueles que, de certa forma "mandavam" junto com o rei.
Embora não seja a nossa realidade atual, a verdade é que as cadeiras aveludadas e de grande tamanho, colocadas no centro do presbitério, enchem a cabeça de muitos leigos de grandes fantasias, onde o ego se enche de soberba e a pessoa começa a se achar muito importante porque no exercício do seu ministério ocupa uma das cadeiras durante a Santa Missa ou a Celebração da palavra, e se for Ministro da Palavra, irá sentar-se na cadeira do padre e daí a sede de poder é ainda mais forte. Não é qualquer um que pode sentar-se na cadeira do padre e nas igrejas das grandes metrópoles a concorrência é ainda muito maior...
Claro que não é disso que fala a reflexão do evangelho, mas poderíamos usar a expressão "Sentar-se na cadeira do padre", para entender a crítica de Jesus contra os Escribas e Fariseus daquele tempo...
Sentar-se na cadeira de Moisés (expressão colocada pelo evangelista) ou sentar-se na cadeira do padre, significa querer serem os Donos da Verdade e os detentores de todas as informações importantes da comunidade. É fácil saber se isso está acontecendo na sua comunidade, se lá você tem ouvido muito essa expressão: "Pergunte para FULANO porque isso é só ele quem sabe", pronto! A comunidade é igualzinha a de Mateus, tem gente que sabe ou pensa saber demais, e sem eles nenhuma decisão poderá ser tomada. Eis aí aqueles sobre os quais os corneteiros de plantão dizem jocosamente "Este quer mandar mais que o padre".
Os que se sentam na cadeira do padre criam regras e mil norminhas na pastoral, no movimento e na liturgia, quando "apertados" por alguém que os enfrentam, terminam com a conhecida frase “Ah... São ordens do nosso padre...” Isso é colocar fardos pesados nas costas dos irmãos e irmãs.
Claro que estes, que gostam de sentarem-se na cadeira do padre, automaticamente procuram os primeiros lugares em tudo, na Festa do Padroeiro, equipe de eventos, conselhos paroquiais ou pastorais, CAAE, etc. Qualquer decisão para ser tomada tem que passar pelo crivo deles...  Eu conheci alguém que exercia um ministério há muitos anos e ninguém tinha coragem de tirá-lo do cargo, nem o padre que achava melhor não criar caso com o idoso Senhor, que entre outras coisas ela quem escalava os ministros da Eucaristia, e ainda indicava para o padre quem poderia ser ministro.
São críticas severas para nossas comunidades? Sem dúvida alguma. Nas comunidades cristãs há muita riqueza e santidade autêntica de tantos irmãos e irmãs, mas não podemos nos iludir achando que Escribas e Fariseus só existiam no tempo de Jesus, ou em uma DIOCESE lá da Patagônia. A conclusão do evangelho nos aponta quem é o único e Verdadeiro Centro das atenções em nossa Igreja: Jesus Cristo, tudo é nele, com ele e por ele. Exatamente por isso que Jesus se apresenta como sendo ele o único Mestre, o único que tem autoridade, o único que é o centro de todas as atenções, sem ele, todo e qualquer ministério não tem nem razão de ser.
E o que faz esse Mestre Supremo? Rebaixou-se à condição de um escravo, sendo ele o maior de todos os maiorais, se fez Servo e ao se humilhar com a morte vergonhosa da cruz, foi exaltado pelo Pai. O Lava-Pés consolida a ação servidora de Jesus.

2. Não vos façais chamar de rabi, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos - Mt 23,1-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A sociedade e a Igreja são feitas de seres humanos que trazem consigo a marca da imperfeição. Somos incoerentes e contraditórios, dizemos e não fazemos. No entanto, o fato de a nossa natureza ser “corrompida” não significa que se deva proteger a corrupção com a impunidade. O que Jesus dizia sobre os escribas e os fariseus, as autoridades religiosas de seu tempo, continua válido em nossos dias. Aplica-se às autoridades civis e aplica-se às autoridades religiosas. Os profetas criticavam os sacerdotes e os reis não por serem religiosos e governantes, mas por não serem. Não eram o que deviam ser. Jesus recomenda ouvir o que dizem, uma vez que falam, sem, contudo, imitar o que fazem.
Fonte: NPD Brasil em 10/03/2020

HOMILIA

QUEM SE EXALTA SERÁ HUMILHADO

O evangelho de Mateus apresenta no capítulo 23, de maneira contundente, as últimas críticas de Jesus aos escribas e fariseus. No trecho de hoje, o evangelista conta uma história curiosa. Trata-se da crítica de Jesus ao poder reinante do espírito do mundo. Ele começou a pregar completamente diferente do que se vivia. Não estava preocupado com o poder político dominante. Uma única vez que tentaram colocá-lo à prova numa difícil situação política, Ele respondeu: "Hipócritas! (…) Pois dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus." É um ensinamento para todos, mas também uma advertência àqueles que detêm o poder neste mundo.
Jesus fala em cátedra de Moisés, a doutrina tradicional que receberam de Moisés, chamada Lei Mosaica, contida na Torá, que ainda trazia o que falaram os profetas, Abraão e outros grandes patriarcas. Dominados pelos romanos, os judeus, sem muita alternativa, tomaram uma posição de fazer valer aquelas tradições. Mas, ao longo do tempo, a elas foram acrescentadas interpretações pessoais a impor tanta coisa, que eles mesmos não podiam cumprir. Aqueles mestres faziam questão de assim serem chamados. Isto fazia com que se sentissem mais poderosos. Quem não os chamava de Mestre estava perdido.
Meu irmão, esta critica é também para nós. Pois em nossos dias vemos muitas vezes padres novos, catequistas e lideres meio tímidos, e à medida que a comunidade coloca muitas coisas à sua disposição, que o bajula demais, ele vai se transformando num poderoso, transferindo para dentro da Igreja aquele espírito pomposo que impõe obrigações e sacrifícios aos outros e paroquianos, como quase condição para que o tenham. Se suas atividades deveriam ser levadas pelo Espírito de Deus, trata-se de uma pessoa espiritualizada que revela um demasiado zelo. Percebe-se, porém, cerimônias realizadas e quando se faz pelo espírito da vaidade e da soberba. Somente para aparecer.
Jesus observou isto muito bem. Ele sabia que naquela sinagoga acontecia a mesma coisa. E alertou aos Apóstolos: vocês devem entender a Lei e cumpri-la, mas não imitem esses homens, "pois dizem o que não fazem"; impõem a vocês coisas que eles mesmos não cumprem, fardos que não carregam, porque não aguentam. Isto é hipocrisia. E termina dizendo uma coisa desconcertante, para a época, ao olhar dos judeus. Os mestres das sinagogas ensinavam: Se eu tenho este copo é porque tenho a graça de Deus. Se o tenho cheio d’água é porque estou repleto da graça de Deus. Se tenho o copo, água e posso bebê-la, estou plenamente na graça de Deus.
Eles faziam uma divisão. Queriam convencer as pessoas de que estavam bem, eram ricos, cheios de franjas e frases do Torá na testa e nas roupas, finas por sinal, porque estavam cheios da graça de Deus. Aqueles que não pudessem fazer isto, é porque não tinham a graça de Deus. Esta era a mentalidade da época.
Jesus vem com uma proposta contrária a tudo isso: "Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado." Hoje, entendemos essa máxima do Evangelho, mas naquela época isto foi de difícil compreensão: ter de se humilhar para ser exaltado? Se somos pobres diante dos homens, seremos ricos diante de Deus. Essa pobreza é um dom de Deus.
Senhor, ensina-me a ser humilde, quebre a minha vaidade, orgulho e soberba, para que eu possa entender a máxima: Deus humilha os que se exaltam e exalta os que se humilham.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 18/03/2014

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 18/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

É necessário buscar a coerência de vida entre o que se crê e o que se celebra

Postado por: homilia
fevereiro 26th, 2013

Na Liturgia de hoje, estamos diante de uma crítica a religião falseada pela ausência de ética verdadeira, o culto fantasiado em ritos que não expressam a experiência de Deus e a sua soberana vontade. Somente a vivência da Aliança garante unir comportamento e culto, vida e religião, moral e mística. Esta fidelidade à Aliança é a pregação profética dirigida aos sacerdotes e a crítica de Jesus aos escribas e fariseus.
Jesus denuncia a hipocrisia dos que se consideram mestres em Israel porque, conhecendo a crítica dos profetas, apresentam-se como justos, isto é, observantes, unindo a vida ao culto, mas, na realidade, atraem com sua observância a atenção dos homens para si mesmos e não para Deus, ao buscarem a admiração e o reconhecimento como pessoas dignas de honra.
A hipocrisia, portanto, diz respeito – ainda que de forma sutil – também à incoerência entre religião e ética, expressando a não autenticidade do culto ou de vida, quando há observância.
Jesus se mostrou intransigente contra a hipocrisia farisaica até porque atinge a fé na sua pessoa e no seu ministério. Só foi intolerante, em relação aos pecadores, contra os escribas e fariseus. Para convocá-los e denunciar-lhes a dureza de coração, afirma que “os publicanos e as prostitutas os precediam no Reino de Deus” (Mt 21,31). Em contrapartida, a hostilidade deles confirma que a hipocrisia é o pior obstáculo a impedir o caminho salvífico proposto por Jesus que supõe o assentimento da fé.
Jesus que é a Luz se torna, paradoxalmente, a cegueira do fariseu ao desvendar-lhe a hipocrisia. Podemos, portanto, afirmar que se trata de um visar os próprios interesses e não os de Deus. Ainda que aparentemente afirmando-os, isso impossibilitou, espantosamente, que homens religiosos e de estrita observância reconhecessem o Messias por eles esperado, e favoreceu que impedissem a muitos de reconhecê-lo.
Por ser o ideal cristão muito elevado, a nossa justiça deve exceder a dos escribas e fariseus. Temos de ser perfeitos como o Pai celeste é perfeito. Os fiéis de Cristo, independentemente da busca sincera ou não de coerência, podem ser vistos ou podem se ver como hipócritas, isto é, merecedores da repreensão de Jesus: “Fazei e observai tudo quanto vos disserem. Mas não imiteis as suas ações, pois dizem e não fazem”.
Entretanto, há que se distinguir: uma coisa é não buscar a coerência de vida entre o que se crê e o que se celebra, fantasiando a religião, ritualizando os sacramentos, esvaziando a fé de seus compromissos. Outra coisa é admitir a condição do homem fraco, falível e pecador que, mesmo buscando avidamente a coerência, descobre-se sempre em defasagem entre a mensagem e suas exigências e, por isso, vive a fé com humildade, em estado permanente de conversão e de busca constante do verdadeiro rosto de Deus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 26/02/2013

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos lutar contra a hipocrisia

E a hipocrisia é justamente isto: é falar uma coisa e praticar outra; crer em uma coisa e viver de forma totalmente diferente daquilo em que se crê.

”Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam.” (Mateus 23,3)

O relato do Evangelho de hoje coloca Jesus em um confronto direto com os fariseus e com a realidade em que os fariseus vivem. Nesse Evangelho o Senhor ensina aos Seus discípulos e as multidões que O seguem uma verdadeira catequese contra a hipocrisia. E a hipocrisia é justamente isto: é falar uma coisa e praticar outra; crer em uma coisa e viver de forma totalmente diferente daquilo em que se crê.
Sabem, meus irmãos, não é hora de nós olharmos para o erro deste ou daquele, porque, quando nós paramos para observar a nossa vida, vemos que ela é cercada de hipocrisias de um lado e de outro. A  nossa própria condição de pecadores nos deixa nessa situação hipócrita, nós queremos fazer o bem e acabamos fazendo o mal, nós prometemos amar a todos, mas só conseguimos amar alguns e olha lá!
Nós nos comprometemos com Deus a viver a Sua vontade, mas nos sucumbimos a tentações e a fragilidades, escondemos pecados que só nós e Deus conhecemos, às vezes os levamos para o confessionário.  Mas, muitas vezes, são situações que vivemos que vão se arrastando dentro de nós, de modo que a hipocrisia acaba sendo uma realidade para cada um de nós. É óbvio que é preciso separar o joio do trigo.
Há o hipócrita que se conformou com essa situação, que sabe da sua dificuldade, da sua miséria, mas simplesmente transforma o erro em uma coisa certa e já não quer mais ser corrigido, já não quer ser mais ajudado, não quer mais ser orientado: ”Eu sou assim e pronto e acabou!” . E pior ainda: nem reconhece que tem erros ou limites, acaba sendo duro, impiedoso com o erro dos outros, mas esconde os seus próprios erros e hipocrisias debaixo do tapete que nem ele mesmo é capaz de enxergar. Essa hipocrisia, sim, é perigosa! É a hipocrisia de quem não consegue fazer um ato de contrição, um bom exame de consciência, já não consegue mais ver seus erros e limites.
Do outro lado há a hipocrisia do dia a dia, da luta, aquele que quer ser melhor e nem sempre consegue; cai, levanta, pede ajuda, socorro, levanta, luta, lida com suas fraquezas, mas confia em Deus, não consegue ser perfeito. E quem de nós consegue? Mas ele luta e combate o mal, não se conforma com seus próprios erros; claro não se trata de viver se acusando, se culpando, mas se trata de humildemente se reconhecer pecador: ”Eu sei que estou errado e preciso de ajuda para mudar, que Deus me ajude, que o próximo me ajude, que eu busque auxílio na confissão, na direção espiritual, em um conselho, ao receber oração”. Ele não mascara a sua realidade. O ruim é quem sabe que está errado, mascara a sua realidade e transforma o erro em coisa certa!
O seu pecado pode ser o maior do mundo, se você reconhece, se você quer que Deus o ajude, que o próximo e que a Igreja o ajudem, pode ter certeza de que Deus o  ama independente do seu erro ou do seu pecado. Só não seja como os fariseus vivendo uma hipocrisia religiosa, duro com os outros, mas não é capaz de reconhecer os seus próprios erros.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 18/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Não devemos humilhar o próximo

Jesus nos ensina que devemos ser humildes e não humilhar uns aos outros

“Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.” (Mt 23, 1-12)

A palavra humilhação até dói dentro de nós, ninguém quer ser humilhado e qualquer humilhação que sofremos machuca muito, e deixa marcas indeléveis que parecem ser eternas dentro do nosso coração, mas, por vezes, não percebemos que as nossas atitudes humilham os outros.
Aquilo que não queremos para nós, muitas vezes, é aquilo que damos para o outro. E, é um remédio amargo que aplicamos na vida do outro: somos duros, grossos, julgamos, condenamos (…). A humilhação, por vezes, acontece de forma consciente: é alguém que sente-se mais importante e coloca-se acima dos outros, é aquele que parece “grande” e despreza, menospreza, coloca o outro como “pequeno”.
Ainda há aqueles que são movidos pelo sentimento da soberba, e esse é o grande veneno da humilhação, porque, com a soberba somos e estamos sempre acima dos outros. Há aqueles que querem humilhar o outro pois se sentem melhores por conta das coisas que têm. A avareza, a cobiça e o apego as coisas materiais, enfim, a avareza da alma levam as pessoas sentirem-se mais importantes.
Uma coisa muito importante é que os humilhados são os que serão exaltados, ou seja, todos os humilhados estão em primeiro lugar no coração de Deus.
A pobreza material também humilha as pessoas. São milhões de filhos de Deus pela face da terra (para não dizer bilhões), que são humilhados pela via da miséria e da pobreza. Não é de se estranhar, nem se escandalizar em saber que esses pobres ocuparão o lugar que pensaríamos que seria nosso no Reino de Deus, porque esses são os preferidos de Deus, como também, aqueles que são humilhados pelas doenças, enfermidades, sofrimentos e assim por diante.
O que é importante? Que não fiquemos ao lado dos humilhadores, dos opressores e daqueles que na atitudes humilham as pessoas. O melhor é colocar-se ao lado dos humilhados. Antes ser humilhado do que humilhar qualquer ser humano, filho de Deus. Há na sociedade uma falta de acolhimento porque a pessoa fez “opções” diferentes, porque ela tem comportamentos diferentes, mas nada justifica qualquer espécie de humilhação.
Humilhar um filho de Deus é humilhar o próprio Deus. O Senhor fica do lado dos humildes e dos humilhados.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/02/2018

HOMILIA DIÁRIA

A hipocrisia é um mal terrível para nossa vida

“O maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.” (Mateus 23,11-12)

A Palavra de Deus nos convida, hoje, a vencermos a hipocrisia religiosa. Há diversas formas de hipocrisia no mundo em que vivemos, porém, uma das mais graves, sérias e danosas, não resta dúvida, é a religiosa.
A religião tem essa graça de nos religar e nos colocar na comunhão com Deus. É verdade que as pessoas religiosas, os líderes religiosos, os que frequentam as religiões exercem influência em nós, porque nos colocam perto do Sagrado pelas palavras, pelos ensinamentos, pela posição que ocupam, porém, todos nós precisamos nos precaver, porque a hipocrisia é uma tentação do mundo, e levamos esse mundo naquilo que fazemos.
Muitas vezes, falamos o que não vivemos, ensinamos o que não praticamos. Quem faz o que é correto caminha na graça; agora, quem ensina e não vive está na hipocrisia, e a hipocrisia é um mal terrível.
A nossa luta de cada dia é para repelir esse demônio perverso e enganador que nos ilude para nos acharmos bons, perfeitos, porque ensinamos, falamos, rezamos bastante, porque estamos o tempo todo na igreja e sabemos muita coisa de Deus, porque, desde criança, estamos na casa de Deus e nunca O abandonamos.
Vivemos práticas hipócritas, por isso precisamos vencer o fermento da hipocrisia pela coerência. E só se alcança a coerência pela humildade.

Vivemos práticas hipócritas, por isso precisamos vencer o fermento da hipocrisia pela coerência

Ninguém é coerente buscando ser maior que os outros ou mais importante, tendo mais razão que os outros, colocando-se como o sabedor e conhecedor de tudo. Só quem se humilha na presença de Deus, só quem se faz pequeno diante dos irmãos consegue alcançar um coração verdadeiramente convertido.
Não nos iludamos, não sigamos aqueles que gritam, que se exasperam em nome da religião e nunca se rebaixam. Não sigamos o exemplo nem nos deixemos iludir pelo comportamento daqueles que se colocam como modelo, mas não os vemos abaixar a cabeça diante de situação nenhuma.
Façamos esse próprio caminho de salvação e santidade, pois não se atinge uma santidade verdadeira senão pela via da humildade, do silêncio, o não ter a razão, o não ter a voz, o deixar o outro achar que ele é.
Olhemos para nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o humilhado, o renegado, o desprezado e pregado na cruz. Aprendamos com Ele a via da salvação para não levarmos a salvação aos outros, mas ficarmos de fora pela incoerência, pela soberba, pelo orgulho e, acima de tudo, pela hipocrisia.
Permitamos que a Palavra de Deus nos converta em espírito e verdade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/03/2020

HOMILIA DIÁRIA

O humilhado é exaltado no coração de Deus

Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam.” (Mateus 23,3)

Este é o princípio da hipocrisia: falar e não fazer, não viver aquilo que nós falamos para os outros. Temos que prestar bastante atenção porque essa é uma prática dos mestres da Lei e dos fariseus.
Quando queremos nos converter para Deus, temos que tirar da nossa frente essa condição que nos colocamos como sendo mestres, como aqueles que sabem de tudo, conhecem tudo, podem exercer juízo sobre tudo e colocarmo-nos na condição de aprendiz.
O discípulo aprendiz é aquele que se coloca na posição de aprender com o seu mestre e o Mestre Jesus nos ensina, primeiro, a lidarmos com o nosso coração porque não sabemos lidar com ele, não sabemos lidar com as nossas emoções, com nossos sentimentos e nossos afetos; não sabemos lidar com o nosso orgulho, com a nossa soberba e com as nossas vaidades.

Saibamos que o Mestre, que foi humilhado pelos homens, está ao lado também dos humilhados dos tempos em que vivemos

Deixamo-nos levar pelos sentimentos que nos colocam acima de todos para sermos mestres, para julgarmos, para condenarmos, para dizermos o que é certo e errado, e é óbvio que o errado vai ser sempre aquele que não concorda comigo e o certo é só aquele que faz o que penso e acho, e caímos num pecado terrível de sermos também neste mundo mestres da Lei e fariseus.
Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. A grande lição que precisamos aprender para a vida é a lição de servir. O que serve é aquele que escuta, porque quem não escuta não sabe servir. Se vou executar um serviço tenho que, primeiro, aprender a ouvir as orientações do serviço que devo executar. Se quero ser discípulo de Jesus, não devo falar o que vou fazer, devo aprender aquilo que o Mestre me ensinar a fazer, devo aprender aquilo que, na verdade, preciso colocar em prática na minha vida.
A grande lição para aprender a cada dia é que quem se exalta será humilhado, mas quem se humilha é quem será exaltado no coração de Deus. Cuidemos da exaltação do coração, cuidemos do culto que prestamos à nossa própria soberba, à nossa própria cabeça.
Saibamos que o Mestre, que foi humilhado pelos homens, está ao lado também dos humilhados dos tempos em que vivemos. Num tempo onde muitas pessoas querem prevalecer pelo que pensam e sabem, saber silenciar, escutar e se colocar ao lado do Mestre Jesus humilhado é sabedoria evangélica.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/03/2021

HOMILIA DIÁRIA

Permita que o movimento da conversão aconteça em seu interior

“Naquele tempo, Jesus falou às multidões e aos seus discípulos e lhes disse: ‘Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo. Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros’.” (Mateus 23,1-5)

Essa é uma das exortações que Jesus faz aos Seus discípulos e a todos nós, do perigo da exterioridade. Uma exterioridade que não leva em conta o mais importante, que é o que vem de dentro, o que vem do coração. E esse movimento quaresmal, a preparação para celebrar a Páscoa do Senhor, precisa nos colocar no movimento da interioridade, porque Jesus estava circundado, estava cercado de pessoas que davam prioridade para a exterioridade, para a prática externa da Lei.
Bom, é sempre moda estar e dizer o justo e fazer o errado, é uma praga que ronda os nossos corações, e precisamos estar muito atentos a isso. Muitas vezes, é fácil dizer aquilo que é justo, mas praticar aquilo que está contra os valores do Evangelho é uma luta de cada um de nós, para todos nós cristãos.

Precisamos, em primeiro lugar, deixar que o movimento da conversão aconteça em nós

O trabalho, hoje, que mais dá emprego são os especialistas na vida alheia. Muitas vezes, temos essa tendência de colocar os olhos no caminho, numa busca de santidade do outro, mas nos esquecemos do mais importante, que é a nossa conversão pessoal. Por isso esse trabalho, esse exercício nosso, interior, de olhar para as nossas ações, de questionar as nossas atitudes. Esse tempo quaresmal é propício para isso! Como a Lei de Deus, escrita no meu coração, está produzindo frutos? Quais são os sinais na minha vida, da minha adesão a Jesus Cristo e aos valores do Evangelho?
A minha conversão vai marcar também o início da conversão do outro. Dentro do nosso ambiente familiar, do ambiente de trabalho, precisamos, em primeiro lugar, deixar que o movimento da conversão aconteça em nós. É claro que, na vivência do Evangelho, vão existir momentos de necessidade de anúncio, de exortação, mas isso é posterior a esse movimento interior tão necessário aos nossos corações.
O que Jesus quer realizar neste Evangelho de hoje, a partir de nós, é a cura da doença da hipocrisia, a cura daquilo que está em nossos corações e, muitas vezes, nos adoece, de viver divididos entre a verdade de nós mesmos e aquelas malditas máscaras que nós colocamos. Não estou falando só da vida espiritual, mas de todas as realidades da nossa vida. Muitas vezes, nós nos revestimos de máscaras.
Este tempo quaresmal quer nos ajudar a tocar na nossa verdade, porque um dos defeitos com o qual Jesus mais se confrontava nos Seus discípulos era o problema e o mal da hipocrisia. Então, peçamos ao Senhor que Ele nos livre desse mal, que Ele cure o nosso coração e nos faça experimentar profundamente a nossa verdade, e que, na força da Sua graça, nós a transformemos.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/03/2022

Oração Final
Pai Santo, concede-nos o dom da transparência. Que a nossa existência revele a nossa fé: fé em Ti, Pai que tanto amamos, traduzida na fraternidade vivida com todos os companheiros que nos deste para a jornada nesta terra encantada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/02/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria e força para seguirmos o caminho da humildade e da simplicidade de coração, para professarmos a fé pura de filhos que sabemos ser muito amados por Ti e queremos ser fontes de esperança para os irmãos de jornada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos mansos e humildes de coração, assim como manso e humilde foi Jesus de Nazaré. Que a nossa presença junto aos que estiverem perto de nós seja leve, fonte de alegria e esperança, sem a imposição de outra Lei que não seja simplesmente o Amor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, concede-nos o dom da humildade. Que a nossa vida seja plena da alegria de saber que seguimos os passos de Jesus de Nazaré, teu Cristo feito humano como nós para nos conduzir de volta ao teu Reino de Amor, a nossa querida e saudosa morada paterna. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/03/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, felizes os que guardam para sempre a fidelidade ao teu Reinado de Amor! Envia sobre nós o teu Espírito e nos faze compreender que seguir ao Cristo, teu Ungido que se fez humano em Jesus de Nazaré é acolher com humildade e doçura o clamor do nosso irmão e cuidar para que o seu Caminho de volta à Casa Paterna, em nossa companhia, seja leve, cheio de esperança e de fé. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/03/2021