domingo, 29 de outubro de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 29/10/2023

ANO A


Dia Nacional da Juventude

Ano A - Cor Verde

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.”

Mt 22,34-40

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Cada domingo a Igreja do Senhor celebra sua Páscoa, nutrindo-se de seus ensinamentos e de seu próprio Corpo e Sangue. A presente liturgia coloca-nos dentro do resumo de toda a lei do antigo Testamento: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui estamos reunidos no amor de Cristo Senhor. Aproxima-se o fim do ano litúrgico. A vida vai passando, mas nossos olhos estão fixos no Senhor, Princípio e Fim de nossa existência. Hoje, o Senhor nos desafia com o mandamento do amor: amar a Deus e ao próximo. Eis a norma da fé e o fruto maior de nossa experiência com Cristo. Queremos amar o Senhor escutando sua Palavra, recebendo seu Corpo e Sangue e encontrando-o no irmão. Que o Senhor nos conceda por esta Eucaristia o dom do verdadeiro amor.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: EM OUTUBRO - MÊS DAS MISSÕES somos lembrados da última ordem dada por Jesus aos apóstolos: “vão pelo mundo e ensinem a todos a observar o que vos ensinei”. Rezemos para que o ardor missionário seja reavivado em todos os corações!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui estamos reunidos no amor de Cristo Senhor. Aproxima-se o fim do ano litúrgico. A vida vai passando, mas nossos olhos estão fixos no Senhor, Princípio e Fim de nossa existência. Hoje, o Senhor nos desafia com o mandamento do amor: amar a Deus e ao próximo. Eis a norma da fé e o fruto maior de nossa experiência com Cristo. Queremos amar o Senhor escutando sua Palavra, recebendo seu Corpo e Sangue e encontrando-o no irmão. Que o Senhor nos conceda por esta Eucaristia o dom do verdadeiro amor.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Será necessário afastar-se dos homens para encontrar a Deus? E quem encontrou a Deus ainda poderá voltar aos homens e viver com eles? Interessar-se por eles, trabalhar com eles e para eles? Em outras palavras, são compatíveis o amor de Deus e o amor dos homens, ou, ao contrário, um exclui o outro, de modo que seja absolutamente necessário fazer uma opção? Nenhuma dessas perguntas recebeu de Jesus uma resposta essencial: o primeiro mandamento é amar a Deus e o segundo, que lhe é semelhante, amar os homens. Não se pode, pois, pensar que a entrada de Deus numa consciência provoque a exclusão do homem.
Fonte: NPD Brasil em 25/10/2020

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O que significa amar o próximo? A Liturgia deste domingo ajuda-nos a compreender o sentido do amor cristão para com o próximo, considerando as necessidades do desamparado e daqueles que têm suas vidas ameaçadas. Não existe religião pura e sem mancha sem atitudes que demonstram amor ao próximo. Se não se viver a religião nesta dimensão, do amor a Deus e ao próximo, vive-se uma farsa ou uma ilusão de vida religiosa e se cancela o testemunho cristão na sociedade.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui estamos reunidos no amor de Cristo Senhor. Aproxima-se o fim do ano litúrgico. A vida vai passando, mas nossos olhos estão fixos no Senhor, Princípio e Fim de nossa existência. Hoje o Senhor nos desafia com o mandamento do amor: amar a Deus e ao próximo. Eis a norma da fé e o fruto maior de nossa experiência com Cristo. Queremos amar o Senhor escutando sua Palavra, recebendo seu Corpo e Sangue e encontrando- o no irmão. Que o Senhor nos conceda por esta Eucaristia o dom do verdadeiro amor.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Será necessário afastar-se dos homens para encontrar a Deus? E quem encontrou a Deus ainda poderá voltar aos homens e viver com eles? Interessar-se por eles, trabalhar com eles e para eles? Em outras palavras, são compatíveis o amor de Deus e o amor dos homens, ou, ao contrário, um exclui o outro, de modo que seja absolutamente necessário fazer uma opção? Nenhuma dessas perguntas recebeu de Jesus uma resposta essencial: o primeiro mandamento é amar a Deus e o segundo, que lhe é semelhante, amar os homens. Não se pode, pois, pensar que a entrada de Deus numa consciência provoque a exclusão do homem.
Fonte: NPD Brasil em 29/10/2017

QUAL É O MAIOR MANDAMENTO?

Jesus no Evangelho proclamado hoje é questionado: “qual o maior mandamento?” Esta pergunta é feita por um representante dos fariseus; os fariseus, observadores rigorosos da Lei, eram tidos como “separados” do restante do povo que desconheciam a Lei e suas consequentes exigências. Esta lei podia se contar ao todo seiscentos e treze mandamentos, o que, naquele tempo, gerava muita discussão em querer saber qual, de fato, seria o mandamento mais importante ou o maior a ser cumprido.
Os fariseus organizados em grupo querem fazer Jesus cair numa armadilha, colocando-o a prova (v. 3). Qual a resposta de Jesus? O Senhor não responde o que eles querem ouvir: que todos os mandamentos são importantes. Na continuidade do diálogo, Jesus responde: “amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento”. Jesus responde dizendo: este “é o maior e primeiro mandamento”. E acrescenta: “o segundo é semelhante a este: amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Estes dois mandamentos convertem-se na síntese de todos os mandamentos e consequente de todo agir cristão. Deles dependem todos os outros os mandamentos. O cristão é chamado a viver e construir relações a partir de um amor vertical e horizontal, isto é, elaborar seu projeto de vida a partir de um amor sincero a Deus e ao próximo, superando toda tentação de armar armadilhas ou de colocar os outros à prova. O desafio está em amar, na mesma medida, Deus e ao próximo: “amar com todo o coração, com toda alma, com todo entendimento”, sem distinção, sem preconceitos. Não é possível ser fiel ao amor de Deus sem ser fiel ao amor ao próximo e isto significa se relacionar com Deus e com as pessoas, sem estabelecer graus de valor.
Enfim, o evangelho nos faz um grande alerta para não vivermos uma religião baseada numa espiritualidade intimista e ao mesmo tempo personalista. Afinal, amar pressupõe sair de si para ir ao encontro do outro; é ir até o coração, “morada da nossa afetividade” para desbloqueá-lo, a fim de poder amar verdadeiramente e compromissadamente. Como precisamos viver o evangelho, não somente com palavras, mas com atitudes, pois o amor se diz, sobretudo, com as atitudes do coração. Um amor devotado a Deus e ao irmão, é isso que dá sentido a uma Igreja que é chamada é ser sempre experiência de comunhão e missão.
Dom Cícero Alves de França
Bispo Auxiliar de São Paulo

POR AMOR

Fariseus e saduceus eram dois grupos religiosos que faziam reflexões distintas, tendo como ponto de partida os mesmos textos. Diante de Jesus, os fariseus arriscam uma questão comprometedora, perguntando pelo maior mandamento. Mas considerando a complexidade da Escrituras, como seria possível resumir ou apontar um mandamento maior do que os outros? E ainda mais, qual a autoridade de Jesus sobre isso? Jesus indica a centralidade do amor a Deus e ao próximo. Mas o que é amor?
O amor pode ser compreendido como sentimento de bem querer. É comum encontrar expressões ou frases usando a palavra amor, como um sentimento em relação a uma pessoa ou coisa. Dizemos que amamos algo quando isso nos agrada. Mas o problema desse uso da palavra amor, é que, esse sentimento serve para todas as coisas sem distinção. Amamos uma comida, uma bebida, um animal de estimação ou uma pessoa, o sentimento parece o mesmo.
Outro problema ligado ao sentimento do amor é quando se deixa de amar alguma coisa. O sentimento do amor parece estar muito sujeito a mudanças. Com a mesma intensidade que ele começa, termina e muda para outra realidade ou situação. O amor parece estar muito suscetível ao gosto e ao prazer. Quando deixa de causar uma dessas sensações, parece que ele deixa de existir. Mas será que o amor é assim tão passageiro e instável?
O amor é mais que um sentimento passageiro, ele é uma decisão. Quando fala do amor a Deus, Jesus o coloca em primeiro lugar. Isso significa não escolher ocasiões para amar a Deus, mas amar a Deus em todas as circunstâncias da vida. Jesus também fala do amor ao próximo, não como apêndice, mas como um desdobramento do amor a Deus. A cruz é o momento onde se pode contemplar a beleza do amor ao Pai e a radicalidade da entrega pelo outro. Esse é o amor cristão, que resume e fundamenta os mandamentos e toda Lei.
Dom Devair Araújo da Fonseca
Bispo auxiliar de São Paulo

Comentário do Evangelho

O amor como fundamento da Lei.

A liturgia da palavra deste domingo é dominada pelo tema da Lei, enquanto expressão do cuidado de Deus para com toda a humanidade e do cuidado que cada um deve ter para com o seu semelhante. A Lei de Deus é dom oferecido como caminho para a vida, para a santidade e para a liberdade. A Lei foi dada por Deus ao seu povo para que ele preservasse o dom da vida e da liberdade; para que nunca mais o povo caísse na escravidão.
A pergunta do fariseu, doutor da Lei, acerca do primeiro dos mandamentos tem por finalidade pôr Jesus à prova, testar seu conhecimento e sua ortodoxia na interpretação da Lei. Mas não podemos descartar a hipótese de que os fariseus, ante a enorme quantidade de preceitos que deviam observar de modo irrepreensível (613 preceitos), já não soubessem mais, se é que um dia compreenderam, qual era o maior mandamento, ou seja, qual o mandamento que fundamenta todos os demais; qual era aquele mandamento que diante de um conflito entre dois deles nada pode substituí-lo ou ter precedência (cf. Lc 10,25-37). Na sua resposta, Jesus une de modo indissolúvel dois mandamentos: amor a Deus e amor ao próximo. O amor ao próximo é a consequência natural do verdadeiro amor a Deus. Esse dois mandamentos, considerados unitariamente, são o fundamento da Lei. Na origem da Lei de Deus, está o seu amor e a sua compaixão pelo ser humano que Ele criou. Em todos os demais mandamentos da Lei deve estar presente o mandamento do amor, inclusive como critério para observar ou não um determinado preceito. Quem cumpre o mandamento do amor cumpre plenamente a Lei e os profetas. O amor tira todo rancor e amargura; é o amor que dá sentido a tudo, que faz com que tudo tenha gosto; é o amor que nutre o desejo de viver. O amor a Deus e ao próximo se torna, em Jesus Cristo, um modo de viver. Somente amando podemos ser verdadeira e profundamente felizes e cristãos. O amor a Deus e ao próximo é uma força de vida que nos faz viver uma Páscoa permanente da saída do eu para a entrega generosa, gratuita, a Deus e ao próximo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o meu amor a ti se manifeste na solidariedade para com o meu próximo. E que a comunhão com o meu próximo expresse meu profundo amor por ti.
Fonte: Paulinas em 26/10/2014

Comentário do Evangelho

O amor a Deus e o amor ao próximo

A pergunta do fariseu, doutor da Lei, acerca do primeiro dos mandamentos tem por finalidade pôr Jesus à prova. Mas não podemos descartar a hipótese de que os fariseus, ante a enorme quantidade de preceitos que deviam observar de modo irrepreensível (613 preceitos), já não soubessem mais qual era o maior mandamento, ou seja, qual fundamenta todos os demais; qual o mandamento que, diante de um conflito entre dois deles, não pode ser substituído e tem precedência (cf. Lc 10,25-37). Na sua resposta Jesus une de modo indissolúvel dois mandamentos: amor a Deus e amor ao próximo. O amor ao próximo é a consequência natural do verdadeiro amor a Deus. Esse dois mandamentos, considerados unitariamente, são o fundamento da Lei. Na origem da Lei de Deus, está o seu amor e a sua compaixão pelo ser humano que ele criou. Em todos os demais mandamentos da Lei deve estar presente o mandamento do amor, inclusive como critério para observar ou não determinado preceito. Quem cumpre o mandamento do amor, cumpre plenamente a Lei e os Profetas. O amor tira todo rancor e amargura; é ele que faz superar todo sentimento de vingança. O amor a Deus e ao próximo é uma força de vida que nos faz viver uma Páscoa permanente da saída do eu para a entrega generosa, gratuita, a Deus e ao próximo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, grava no meu coração o mandamento do amor a ti e a meu semelhante, de modo que toda a minha ação encontre seu sentido nesta dupla fidelidade.
Fonte: Paulinas em 21/08/2015

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

AMARÁS TEU PRÓXIMO

A Igreja celebra hoje o 30o Domingo do Tempo Comum. Estamos caminhando para o término do Ano Litúrgico. A temática da liturgia de hoje é a relação profunda entre o amor a Deus, a quem não vemos, e o amor concreto ao próximo, a quem vemos. Essa perspectiva é confirmada pela primeira leitura do Livro do Êxodo: ali, nomeia-se o migrante, a viúva e o órfão, tríade clássica no Antigo Testamento, para falar do pobre, do desvalido, que só tem Deus por defesa. Deus confirma: “Se os maltratardes, gritarão por mim, e eu ouvirei o seu clamor”.
Deus também combate a usura contra os pobres. Deve-se evitar, inclusive, o penhor daquilo que é essencial para manter a vida dos pobres; o manto, por exemplo, já que, no período do inverno, a temperatura chega a ser negativa, e o manto é a única veste para aquecê-los no inverno.
Os fariseus testemunharam a discussão anterior e viram como Jesus calou os saduceus. Por isso, resolvem dialogar com Jesus, mas não há reta intenção. Eles não estão interessados na resposta de Jesus. Querem somente experimentá-lo. A pergunta é pelo primeiro mandamento da Lei.
É bom não esquecer que as comunidades mateanas apresentam-se como uma alternativa à única interpretação farisaica da Lei, que prevaleceu depois da destruição do Templo de Jerusalém e no período do chamado “judaísmo formativo”, pois os rabinos foram constituindo o único corpo que se pretendia legítimo para a interpretação da Lei. A resposta de Jesus cita Deuteronômio 6,4-5, parte do Shemá, oração que todo judeu varão devia rezar ao nascer e ao pôr do sol.
A declaração de amor a esse Deus único é a resposta ao amor de Deus, revelado na eleição de Israel como povo de sua propriedade particular, e pelo fato de Deus ter guiado seu povo pelo deserto, libertando-o da escravidão e dando-lhe uma terra. Esse texto era levado também em caixinhas dos filactérias, amarrados sobre o corpo ou colocados sobre as traves das portas. Esse amor é um amor filial.
Em Oseias, é um amor esponsal entre Deus e sua amada esposa, Israel. Jesus acentua a unicidade de Deus e a resposta de amor do ser humano: coração, alma e entendimento simbolizam a inteireza do ser e do amor. Cada palavra está associada ao adjetivo “todo”, reforçando a ideia da totalidade. Jesus coloca, junto a esse, um segundo mandamento: amar o próximo como a si mesmo.
Não há amor maior do que esses dois, síntese de toda a Lei. Jesus retoma Levítico 19,18. Jesus bebe na fonte de duas tradições teológicas distintas. No amor, está a essência da verdadeira religião, síntese da Bíblia Sagrada inteira. Houve várias tentativas de se encontrar um par de palavra que sintetizasse tudo: amor e justiça, fé e vida.
O amor supera todo ritualismo cultual, pois o culto sem justiça é completamente vazio. O amor de Paulo para com a comunidade de Tessalônica ou a Carta de Tiago são testemunhos bonitos dessa fé que se expressa e se concretiza na prática da caridade, especialmente em relação aos pobres, pupila dos olhos de Deus.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

O Filho do Carpinteiro resume em um mandamento as complicadas regras que os poderosos do Templo impunham sobre o povo. Mas a simplicidade não significa abrandamento. Pelo contrário, a Lei do Amor é a síntese objetiva e exigente do relacionamento que devemos viver entre irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/08/2015

VIVENDO A PALAVRA

Jesus resume em poucas palavras as seiscentas e treze prescrições impostas pelos fariseus ao povo. E em sua vida, resume mais ainda: Ele simplesmente vive para o Amor, porque Deus é Amor. Esta é a nossa estrela-guia – amar em todas as dimensões: pessoal (a nós mesmos); social (ao próximo); cósmica (à natureza); e transcendental (ao nosso Deus).

VIVENDO A PALAVRA

Jesus resume em poucas palavras as seiscentas e treze prescrições da Lei impostas pelos fariseus ao povo. E em sua vida, resume mais ainda: Ele simplesmente vive para o Amor, porque Deus é Amor. Esta é a nossa estrela-guia: amar em todas as dimensões: pessoal – a nós mesmos; social – ao nosso próximo; cósmica – à terra e à natureza; e transcendental – ao nosso amado Deus e Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/10/2020

Reflexão

Deus não admite o amor a si sem que este amor se torne gestos concretos de caridade. É por isso que hoje vemos no Evangelho que o primeiro e maior mandamento traz consigo um outro que é semelhante a ele. O primeiro exige de nós o amor a Deus e o segundo exige de nós o amor ao próximo. Jesus nos diz que desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. A partir daí podemos perceber porque São João nos diz na sua primeira epístola que quem ama não peca. Com isso, Jesus nos mostra que somente a plena vivência do amor nas suas duas dimensões, a Deus e aos próximo, pode conduzir verdadeiramente à santidade.
Fonte: CNBB em 21/08/2015

Reflexão

Não sabemos o motivo de uma pergunta tão elementar como esta feita pelos fariseus a Jesus: “Qual o maior mandamento?”. Qualquer adolescente que estivesse frequentando a escola conhecia o primeiro mandamento, inscrito no livro do Deuteronômio (6,4-5). É o famoso “escuta, Israel”, que os judeus repetem diariamente. Portanto, a pergunta não foi nada difícil para Jesus. A novidade na sua resposta foi ter unido um segundo mandamento ao primeiro. Tudo se resume nisto: amor a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. Era muito comum entre os rabinos a discussão em torno de algum assunto, com o objetivo de testar a sabedoria de um e de outro. Portanto, a proposta de Jesus parece ser clara: a forma melhor e mais concreta de amar a Deus é amar o próximo. O primeiro amor passa pelo segundo. O Mestre resgata um mandamento talvez meio esquecido: o amor ao próximo (cf. Lv 19,18). Esses mandamentos são a base e o centro de toda a Escritura.
Oração
Ó Jesus, Mestre da paciência, embora a pergunta venha com certa dose de provocação, tu esclareces e defines quais são os principais mandamentos da Lei. Na verdade, eles se resumem em amar a Deus acima de tudo e amar o próximo como a si mesmo. Dá-nos, Senhor, a força para praticá-los. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 25/10/2020

Reflexão

Jesus unifica e põe no mesmo nível os dois mandamentos: amar a Deus e amar ao próximo. A unidade do preceito é inseparável. Em outras ocasiões, Jesus ensina que o amor a Deus passa pelo amor ao próximo: “Quem acolhe vocês, está acolhendo a mim. E quem me acolhe, está acolhendo aquele que me enviou” (Mt 10,40). E na cena do juízo final, Jesus reafirmará que o amor a Deus é demonstrado por atos práticos: alimentar os pobres, vestir os nus, acolher os sem-teto (cf. Mt 25,31ss). O amor a Deus não exclui o amor ao ser humano. E servir o ser humano é servir a Deus. Jesus nos ensina o modo de amar a Deus e ao próximo. Em tudo realizou a vontade do Pai, e “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1), isto é, até as últimas consequências.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração (…) Amarás teu próximo como a ti mesmo»

Dr. Johannes VILAR
(Köln, Alemanha)

Hoje, a Igreja recorda-nos um resume da nossa “atitude de vida” «Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos» (Mt 22,40). São Mateus e São Marcos o põem nos lábios de Jesus Cristo; São Lucas nos de um fariseu. Sempre em forma de diálogo. Provavelmente fariam várias vezes, perguntas similares ao Senhor. Jesus responde com o princípio do Shema: oração composta por duas citações do Deuteromio e uma dos Números, que os judeus fervorosos recitavam pelo menos duas vezes por dia: «Ouve Israel! O Senhor teu Deus (…)». Recitando-a tem-se consciência de Deus no trabalho quotidiano, ao mesmo tempo em que nos recorda o mais importante da nossa vida: Amar a Deus sobre todos os “deusezinhos” e ao próximo como a si mesmo. Depois ao terminar a Última Ceia, e com o exemplo do lava-pés, Jesus pronuncia “um mandamento novo”: amarmo-nos como Ele nos ama, com a “força divina” (cf. Jo 14,34-35).
É mesmo necessária a decisão de praticar de fato este dulcíssimo mandamento —mais que um mandamento é elevação e capacidade— no trato com os outros: homens e coisas, trabalho e descanso, espírito e matéria, porque tudo é criatura de Deus.
Por outro lado, ao ser impregnados pelo Amor de Deus, que nos toca em todo o nosso ser, ficamos capacitados para responder “ao divino”, a este Amor. Deus Misericordioso não apenas tira o pecado do mundo (cf. Jo 1,29), mas também nos diviniza, torna-nos “participes” (apenas Jesus é Filho por Natureza) da natureza divina; somos filhos do pai, no Filho, pelo Espírito Santo. São Josémaria gostava de falar de “endeusamento”, palavra muito enraizada nos Padres da Igreja. Por exemplo, escrevia São Basílio: «Assim como os corpos claros e transparentes, quando recebem a luz, começam a irradiar luz por si próprios, assim reluzem os que foram iluminados pelo Espírito. Isto leva ao dom da graça, alegria interminável, permanência em Deus… e á meta máxima: o Endeusamento». Desejemo-lo!
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Nunca haverá outro Deus, Trifão, e desde sempre não houve outro Deus senão aquele que criou e ordenou o universo. Não pensamos que o nosso Deus seja diferente do vosso. Ele é o mesmo que tirou os vossos pais do Egipto» (S. Justo Mártir)

- «Hoje, mais do que nunca, é preciso adorar! Talvez uma das maiores perversões do nosso tempo seja o facto de nos ser proposto adorar o humano esquecendo o divino. `Só ao Senhor adoraras´ é o grande desafio perante tantas propostas do nada e de vazio» (Francisco)

- «(...) A primeira palavra encerra o primeiro mandamento da Lei: «Ao Senhor, teu Deus, adorarás, a Ele servirás [...]. Não ireis atrás de outras divindades» (Dt 6, 13-14). O primeiro apelo e a justa exigência de Deus é que o homem O acolha e O adore» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.084)

Reflexão

O duplo preceito da caridade: “Seu” amigo é meu amigo

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje Jesus —depois de desautorizar os saduceus— agora faz o mesmo com os fariseus. O seu “método” é sempre o mesmo: parte desde a Sagrada Escritura. E desde o “olhar de Deus” tudo é mais simples: evitando a “casuística”, o Mestre sintetiza toda a Lei e os Profetas num duplo preceito da caridade. Se Deus não é um estranho para mim senão que busco identificar-me com a sua vontade, então não é difícil “descobrir” quem é o meu próximo.
Efetivamente, em Deus e com Deus amo também à outra pessoa (que pode acontecer que não conheça). Isto só pode chegar a bom termino a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se converte em comunhão de vontade. Então aprendo a ver a esta outra pessoa já não só com meus olhos e sentimentos, mas sim desde a perspectiva de Cristo. O seu amigo é também meu amigo.
—Só o serviço ao próximo abre meus olhos ao que Tu, Senhor, fazes por mim e o muito que me amas.

Recadinho

Tenho consciência de que tudo aquilo que faço é fruto do que vai em meu coração? - Amo a Deus que me chama para junto dele ou faço de Deus alguém que quer barrar minha liberdade? - Estou convencido de que caridade se dá em primeiro lugar com o coração e só depois  com as mãos? - Posso com tranquilidade exigir que façam a mim o que faço para meu próximo? - Meu viver é um espelho da bondade e misericórdia de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 – Santuário-Nacional em 26/10/2014

Comentário sobre o Evangelho

Jesus nos ensina o primeiro mandamento: «Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!»


Hoje põem à prova a Jesus e o submetem a interrogatório para ver se ele diz algo “novo”. E, surpresa! O de Jesus Cristo é novidade, mas não é novo. Como Filho do Pai, o que faz é elevar a Lei e os Profetas para um novo horizonte: Filhos de Deus!
—Deus não é O “Deus” que nós inventamos. Jesus o mostra como Pai que mendiga amor entre seus filhos e exige que nos amemos como irmão.

Comentário do Evangelho

A CENTRALIDADE DO AMOR

Os mestres da Lei e os fariseus davam a todos os mandamentos a mesma importância. Parecia-lhes ser uma falta de respeito classificá-los segundo diferentes graus de importância. Se todos correspondiam à vontade de Deus, deveriam ser levados igualmente a sério e vividos com a mesma intensidade.
Acontece que os mandamentos foram maximamente multiplicados, a ponto de se tornarem um emaranhado de normas e prescrições. Por outro lado, até mesmo coisas irrelevantes eram objeto de prescrições legais, de forma colocar a vida diária numa espécie de camisa de força legalista.
Com este pano de fundo, entende-se a pergunta levantada pelo mestre da Lei a respeito do "maior mandamento". Embora sua intenção fosse fazer Jesus cair numa armadilha, ele compreendia que os mandamentos não tinham todos igual valor.
A resposta de Jesus apela para o amor a Deus e o amor ao próximo, como resumo de todos os mandamentos. "Deles decorre toda a Lei, assim como os profetas." Eles são a chave de interpretação de toda a Bíblia, onde as coisas só têm sentido se conduzem ao amor. Somente quem ama está em condições de compreender os ensinamentos bíblicos. O motivo é simples: apenas o amor coloca o ser humano em perfeita sintonia com o Deus da Bíblia.
Oração
Espírito de amor, que minha vida esteja toda centrada no amor a Deus e ao próximo, decorrendo, daí, todo o meu querer e meu agir.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 26/10/2014

Meditando o evangelho

AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO

Jesus simplificou ao máximo as práticas religiosas, resumindo tudo no amor a Deus e ao próximo. Existe, porém, uma estreita correlação entre estes dois mandamentos do amor.
Amar a Deus consiste em deixá-lo ser o senhor absoluto de nossa existência, sem jamais subjugá-la ao capricho de nenhuma criatura. Este amor coloca o centro da vida humana fora dela mesma, de modo a manter a pessoa sempre aberta para a comunhão e a partilha. Aí não haverá lugar para o egoísmo, para a dominação do próximo, nem para o espírito de competição. O amor a Deus manterá a pessoa em estado contínuo de alerta diante dos apelos mundanos de busca desenfreada de prazer. Ela não se deixará enganar pela efemeridade das propostas do mundo.
O amor ao próximo decorre deste amor fundamental. A abertura amorosa para Deus leva a pessoa a defrontar-se com o próximo, a quem se sente impelida a amar com o mesmo empenho e interesse como ama a si mesma. Haverá, entretanto, uma sensibilidade particular em relação aos mais pobres e excluídos, por serem estes objeto de especial predileção por parte de Deus.
O amor a Deus purifica e prepara o coração humano para o amor ao próximo. Por sua vez, o verdadeiro amor ao próximo deveria  preparar o coração humano para o encontro com Deus. Esta é a religião querida por Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, faze-me compreender profundamente as exigências do amor a Deus e ao próximo, de modo a centrar minha vida no que é essencial.
Fonte: Dom Total 25/10/2020

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

No Dia das Missões rezamos por todos os missionários e missionárias presentes no mundo inteiro e fazemos em todas as igrejas uma coleta para ajudar financeiramente o trabalho das missões. É o Dia das Missões e da Santa Infância, porque queremos cuidar especialmente das crianças. Eram chamados de Santa Infância os menores abandonados, as crianças de rua, sem lar, desamparadas e as não batizadas.
Os vocábulos “missão”, “missionário” são muito bem-aceitos entre nós. Dizemos que toda a Igreja é missionária. Ser missionária faz parte da essência da Igreja. Mas o que é bem-aceito por nós, não é bem-aceito por outros. “Missão”, “missionário” são palavras que assustam porque dão a impressão de invasão de território alheio, proselitismo, busca de conversões, ações que esvaziam a religião dos outros. Sabemos, porém, que não é este o pensamento católico.
Ser missionário é antes de tudo valorizar o ser humano e ajudar as pessoas a não desistirem de amar, porque o missionário sabe que Deus é amor. O livro do Êxodo dá um programa para a ação missionária no mundo. Basta ler os termos do texto com calma e pensar: Se isto for posto em prática por todos, como será o mundo?
– Não oprimir nem maltratar o estrangeiro. Os israelitas devem se lembrar que foram oprimidos no Egito onde eram estrangeiros. Sabem por experiência pessoal o que isso significa. Daí o princípio: “não fazer aos outros o que não quero que seja feito a mim”.
– Não fazer mal à viúva nem ao órfão. Viúva e órfão eram fracos e desamparados nas sociedades de então. Entre nós, nem sempre, embora continuem sendo o símbolo dos mais fracos.
– Não ser usurário, isto é, não viver de cobrança de juros de dinheiro emprestado, sobretudo não cobrar juros de um pobre, não tirar vantagens pessoais das necessidades dos outros. O texto fala de “não cobrar juros de alguém do meu povo”.
– Não seria uma boa interpretação pensar que Deus está proibindo que um judeu cobre juros de outro judeu, mas pode cobrar de quem não é judeu. Ou um católico não deve cobrar de outro católico, e sim dos outros. Não guardar como garantia o que é necessário para a sobrevivência do outro, como um cobertor de quem só tem um, numa noite fria.
O mal feito aos outros, Deus o toma como feito a si mesmo. O Evangelho resume tudo isso no mandamento do amor: “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento... Amarás teu próximo como a ti mesmo”. Amar a Deus, amar o próximo. Isso basta!
O que fará o missionário no mundo? Ensinar que o amor, apesar das aparências de fracasso, não se perde. O amor é sempre vencedor porque Deus é amor. O missionário trabalha para que ninguém desista de amar. Muitas vezes o amor vem acompanhado de desilusões, de traições, de incompreensões, de ingratidões. Apesar disso, o amor não se perde. Termina sempre em Deus. O missionário sabe que tudo o que se faz de bem aos outros “foi a mim que fizeste”, ou seja, é feito a Jesus, termina em Deus.
Missão é um ato de amor em favor do amor. Não é imposição, concorrência, proselitismo, invasão. Assim lemos no início da segunda leitura: “Sabeis como ocorreu a nossa permanência entre vós, para o vosso bem”. A expressão consciente do bem será o serviço ao Deus único e verdadeiro.
Fonte: NPD Brasil em 29/10/2017

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O AMOR ÚNICO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nas palestras sobre o Sacramento do Matrimonio, e até em algumas homilias de casamentos, há algo que digo sempre aos noivos "Que o amor conjugal celebrado no altar, diante de Deus, não pode ser apenas um sentimento... O sentimento humano é algo muito vago e inconstante, hoje se sente, amanhã não se sente. Claro que o amor nasce de uma convivência e na forma de sentimento, isso é perfeitamente compreensível, entretanto, para ser elevado á dignidade de Sacramento, é, preciso algo mais do que um mero sentimento, esse algo mais chama-se DECISÃO e VONTADE.
O Doutor da Lei indaga de Jesus, com segundas intenções, qual entre os 680 mandamentos originados do Decálogo, é o mais importante. Jesus, sempre de maneira sábia surpreende seu interlocutor, pois muda a conversa de direção, saindo do mero legalismo para uma atitude concreta de vida, que supõe naturalmente uma decisão e uma vontade.
"Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento". O amor de Deus por nós, manifestado em Jesus de Nazaré, não é um mero sentimentalismo, o nosso amor a Deus também não pode ser um sentimento piegas, senão ele não sobrevive ao tempo, amar do modo como está na lei, envolvendo coração, alma e entendimento, é amar integralmente, de maneira gratuita e incondicional, a cada dia decidindo e direcionando a nossa vontade a esse amor. O amor não pode ser um gesto de gratidão, de pena ou compaixão, e muito menos de retribuição, o outro não precisa me dar razões para o amar, devo amá-lo por decisão e vontade, mesmo que ele não mereça e nunca vá me retribuir: esse é precisamente o amor cristão.
E se esse amor fosse só para com Deus estava resolvido, bastasse cumprir as obrigações religiosas, rezar, ir à igreja, dar o dízimo, receber os sacramentos, ouvir a palavra, visitar o Santíssimo etc. Tem cristão que pensa amar a Deus fazendo todas essas coisas.
Não são dois amores ou dois modos de amar, mas um só, Amar a Deus e ao próximo, porque Deus se deixa amar no outro e manifesta o seu amor através do outro, é como se o homem fosse o intérprete do amor de Deus, dando-lhe visibilidade. Nas coisas que Deus nos faz sempre há alguém envolvido... Decisão e vontade de amar são fatores determinantes do AMOR, aos irmãos e irmãs da comunidade, na vida conjugal e familiar, que precisa ser renovado a cada dia, a cada momento, pois se não iluminarmos o amor com a luz da Fé, ele será um sentimento, uma nuvem passageira, um amor de vidro, que facilmente se quebra...
Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento, eis o primeiro e o maior de todos os mandamentos, na resposta que Jesus dá aos fariseus, no evangelho desse domingo. Em meio a relações amorosas tão distorcidas, temos aí o modo de amar, em sua essência. Pertencemos a uma sociedade onde até  crimes monstruosos são cometidos  em nome do amor.
Amar de todo o coração significa uma decisão tomada a favor da outra pessoa, significa uma vontade manifestada em gestos e atitudes, de toda a alma significa que o amor adquire um caráter sagrado, algo que só podia mesmo ser divino, e de todo o entendimento, amor que pauta pela razão, pela compreensão do outro, trata-se de uma entrega total, não por imposição, mas dentro de uma total liberdade.
Talvez possamos nos perguntar, será que Deus precisa de um amor assim, da parte do homem?
Pois sendo Todo Poderoso e Onipotente, que necessidade tem Deus de querer ser amado desta maneira? O contexto desse mandamento que está no cerne da lei, é que Israel tem muitas opções de divindades, deuses dos povos pagãos, e que acabavam influenciando o Israelita, esse amor da totalidade é apenas a atitude de fé, de quem crê em um único Deus, e que não precisa de nenhum outro, mesmo porque, não há outro Deus senão o Deus da Aliança. Tal como naquele tempo, há em nossos tempos mil opções de pequenos deusinhos que se apresentam diante de nós, querendo submissão e oferecendo-nos em troca algo ilusório.
Já o Deus dos cristãos, que mostra o seu rosto em Jesus de Nazaré, pede aos seus seguidores algo muito simples, e ao mesmo tempo revolucionário e inédito: o amor gratuito e incondicional, o amor total da entrega ao outro, respeitando a sua dignidade de Filho de Deus, o amor que sempre sorri e nada cobra o amor paciente, compreensivo, que sabe sempre esperar, perdoar, que suscita no outro essa vida nova, que orienta, exorta, mostra o caminho, toma pelas mãos, cura, renova, liberta e salva.
Entretanto, se compreendermos que Jesus restaurou cada homem, tornando-o Filho de Deus, e dando-lhe a dignidade de ser novamente sua imagem e semelhança, concluímos que Deus está em cada homem, no mais profundo do seu ser existencial, independente da sua fé, da sua condição social ou moral, logo, fica muito claro, porque o segundo mandamento é semelhante ao primeiro e tem o mesmo peso – Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Deus está no outro, e ama a todos, então, se eu deixo de amar o outro, estou indo contra Deus, ao contrário, se eu amo o outro, de todo o coração, isso é, por minha vontade e decisão (mesmo que o outro não mereça) de toda a minha alma, porque o amor destinado ao próximo é também sagrado, porque Deus está nele, e de todo o meu entendimento, não ao sabor das paixões e interesses, mas á luz da razão. Essa é a única e verdadeira forma de se amar a Deus, a ponto de João afirmar categoricamente “Se alguém disser que ama a Deus, que não vê, e não ama o irmão que está ao seu lado, é mentiroso e enganador”.
Portanto, que ninguém mais diga – Não vou a Igreja por causa das pessoas, mas por causa de Jesus, falar essa frase e defendê-la, é próprio de quem tem uma espiritualidade vazia, de quem ainda não entendeu de que todo o ensinamento cristão está concentrado nesta grande verdade.
Para compreender esse evangelho, que aliás, é bem simples, vamos conversar com um especialista em trânsito:

___O que é uma placa normativa e qual delas é a mais importante?

___Placa normativa é, por exemplo, uma placa que determina a velocidade a ser desenvolvida em um local de muito trânsito, por exemplo. Sobre qual delas é a mais importante, poderíamos dizer que, todas e nenhuma...

___Como assim, a resposta está confusa, ou é todas ou é nenhuma...

___Veja bem, se você é um motorista consciente, que tem percepção da realidade que o cerca, sabendo, portanto, que o local é de trânsito intenso, por exemplo, de pessoas, essa consciência vai fazer automaticamente reduzir a velocidade, exista ou não uma placa no local. O motorista não tem consciência só sabe obedecer a placa, diminui a velocidade por causa dela, é aquele que ao passar pelo radar eletrônico vai devagar, mas depois acelera e tira o atraso... esse é o legalista, o que obedece para não sofrer uma punição, só isso.

O que o Doutor da Lei apresenta a Jesus é uma questão legalista, mas a sua resposta ultrapassa o meramente legal, vai além de qualquer norma ou Lei.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Qual é o maior mandamento da Lei? - Mt 22,34-40
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Inseridos no mundo como o fermento na massa, os missionários ensinam e mostram que o mandamento de Deus consiste na prática do amor. O que Deus espera da humanidade é que as pessoas se relacionem bem. Destratar o próximo é ofender a Deus. Tratar bem as pessoas com as quais nos relacionamos, em todos os níveis de nossa vida, é louvar a Deus. Alguns terão consciência de que Deus está presente por trás e por dentro de tudo e o colocarão em primeiro lugar em sua vida. Por causa dele e por sua glória procurarão criar um mundo justo no qual se possa viver em paz. Outros, sem muita consciência da existência de Deus, mas com forte senso de humanismo, farão a mesma coisa e assim participarão do mistério pascal de Cristo por um caminho que só Deus conhece.
Tudo o que está escrito na Lei e nos Profetas, isto é, em toda a Bíblia, depende do único mandamento do amor, que consiste em amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo. Havia violência nas mãos dos habitantes de Nínive, e o grande missionário, Jonas, foi até lá, enviado por Deus, para que os ninivitas mudassem seu sistema de vida, tornando possível a convivência humana naquela cidade. Não era suficiente deixar o mau caminho ou rever ações isoladas. Era preciso atingir o sistema gerador da violência que os ninivitas tinham em suas mãos.
Os discípulos missionários em qualquer ambiente e em todos os lugares ensinarão – Jesus sempre ensinava – a não maltratar nem oprimir os estrangeiros. Ensinarão a não fazer mal a quem não tem defesa. Naquele tempo, a viúva e o órfão, juntamente com os estrangeiros, representavam os segmentos mais desprotegidos da sociedade. Não cobrar juros do necessitado nem ficar com o penhor de quem dele precisa para sobreviver. Deus mesmo diz que são felizes os misericordiosos em todos os povos e nações e que eles alcançarão misericórdia.
Nossa realidade é mutável, por isso o discípulo missionário está sempre atento à realidade de vida na qual está inserido. Toda mudança de sistema e de estrutura social supõe uma boa análise, iluminada por princípios que priorizem o ser humano. Assim professaremos todos a fé, consciente ou inconscientemente, num único Deus santo e justo.
Os discípulos missionários que chegaram a Tessalônica, Paulo, Lucas, Silas e Timóteo, lá estiveram para o bem da população. O missionário não é proselitista. Ele age para o bem do povo no qual se encontra, porque ele é movido pelo Espírito Santo e não por interesses escusos. O mesmo Espírito abre os corações dos destinatários da Palavra e os torna, por sua vez, discípulos missionários. Os tessalonicenses se tornaram imitadores do grupo apostólico que os evangelizou. Superaram as perseguições e, na alegria do Espírito Santo, transmitiram a fé por toda parte e se tornaram modelo para todos os fiéis da região em que habitavam.
A Irmãzinha Madalena de Jesus disse ao teólogo e arcebispo Bruno Forte que a tarefa dos teólogos é fazer falar a caridade. Esta é, sem dúvida, a tarefa de todos os cristãos, sobretudo dos que estão convencidos, segundo o mesmo teólogo, de que “o amor dá um sentido novo à vida, um sentido até revolucionário, se confrontado com a lógica do sucesso que domina as ambições do mundo”.
Fonte: NPD Brasil em 25/10/2020

HOMILIA

Espiritualidade Bíblico-Missionária

Os fariseus enviaram a Jesus um mensageiro para interrogá-lo. Esse era um doutor da Lei. Perguntaram a Jesus: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” Os fariseus criaram uma “sebe, uma cerca” em torno da Lei de Moisés, e por isso a pergunta não é tão simples assim. Mas, Jesus compreende muito bem onde querem levá-lo, e por isso responde com altivez: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração... Amarás o próximo como a ti mesmo...”. Numa atitude soberana, Jesus vai ao Antigo Testamento e subtrai as palavras decisivas, e, ao mesmo tempo, renova essa verdade conforme o projeto do Reino. Desse modo evitou o confronto e deixou seus interpeladores sem saída ou possibilidade de refutação.
A resposta de Jesus aos fariseus infunde em nós um compromisso sério e eficaz com o amor. Esse amor de que Jesus nos fala está no centro de nossa vida cristã e não pode mesmo estar em outro lugar. O Pai espera que o ensinamento de seu Filho faça nosso coração ficar submergido no amor, banhado no amor, impregnado de amor.
O amor não é imaginação, é real. Por isso, o Livro do Êxodo mostra-nos que Deus não permite nenhuma injustiça, não admite atitudes intoleráveis que venham ferir a dignidade humana, principalmente dos mais pobres, dos mais frágeis entre nós. A dignidade ferida dos indefesos é um crime grave contra Deus – um pecado que clama ao céu – e nos afasta da comunhão com o Pai e seu Filho Jesus. Permanecemos fora, distantes da Aliança que o Pai fez conosco.
O Evangelho continua a nos educar, continua a ser o grande Catequista de toda a Comunidade, e vem nos dizer hoje que a plena revelação divina se realiza no amor a Deus e aos irmãos. O amor é dinâmico, por isso, é um caminho de mão dupla: amor a Deus, amor ao irmão; amor ao irmão, amor a Deus! Não existe separação, só comunhão. Podemos ter muitas explicações, mas nada supera o amor a Deus ser solidário com o irmão, o que me faz estender a mão, ajudar, socorrer, reerguer. O amor é serviço e chega até ao dom total da vida, como fez Jesus.
Certamente que o amor de Jesus, seu primeiro amor, é o Pai. E amar de todo o coração, como nos ensina, é excluir os “absolutos” em nossa vida: poder, dinheiro, prazer, interesses, orgulho... O Cristo é o único bem, o maior bem que temos ao nosso alcance. Por que vivemos gananciosos por outros bens? Deus continua a se comunicar conosco e de nós espera uma resposta de amor, de transformação, de solidariedade.
Só pelo amor podemos alcançar o coração de Deus e participar na intimidade do Senhor, seu amor, sua misericórdia.
Redação “Deus Conosco”

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Comentada2 em 29/10/2017

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Comentada2 em 25/10/2020

HOMILIA DIÁRIA

Que lugar Deus ocupa em sua vida?

Que lugar Deus ocupa em sua vida? Qual é o lugar que Deus ocupa nos seus pensamentos? Nos seus sentimentos? Nas suas atitudes? Nas suas palavras e decisões?

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento!” (Mateus 22, 37)

Irmãos e irmãs no Senhor, nós hoje ouvimos de Nosso Senhor Jesus Cristo qual é o maior mandamento da Lei de Deus. Nós já podemos ter ouvido de outras maneiras que “amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo” é o resumo dos mandamentos. Mas aqui, nesta reflexão, não é simplesmente o sentido de compreendermos a síntese dos mandamentos ou colocarmos por escrito o que eles significam, mas sim de entendermos de que modo a nossa vida deve ser orientada, dirigida e guiada. Primeiro, acima de qualquer coisa, ela deve estar guiada pelo amor ao Nosso Deus, que deve ser a matriz que conduz tudo aquilo que fazemos, somos e vivemos!
Amar a Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todo o nosso entendimento e com nossas capacidades é a melhor das coisas que podemos fazer! Não podemos amar a ninguém mais do que a Deus; não podemos amar qualquer coisa, qualquer situação mais do que a Ele. Nenhum amor pode ser mais alto em nossa vida do que o amor ao Senhor.
Deus em primeiro lugar! É a primazia de Deus em nossa vida, a opção daquele que se converteu ao Senhor é fazer d’Ele a razão de sua vida e da sua existência. Você mesmo pode se questionar: Qual é o lugar que Deus ocupa nos meus pensamentos? Nos meus sentimentos? Nas minhas atitudes? Nas minhas palavras e decisões? Que lugar Deus ocupa em minha vida?
Ao olhar para a sua vida, para tudo aquilo que você faz, pergunte-se: “Eu honro a Deus com a minha vida? Eu tenho tempo para Ele? Eu tenho tempo para rezar? Para escutar o Senhor? Para me colocar em Sua presença? Para me alimentar da Sua Palavra? Para ser iluminado pelo Seu santo entendimento? Eu me permito ser por Ele lavado e purificado dos meus pecados?”
Quando amamos a Deus sobre todas as coisas, Ele nos ensina a amar o nosso próximo como a nós mesmos. Por isso precisamos querer bem a nós mesmos, precisamos nos valorizar e nos respeitar. Precisamos ser os primeiros a nos reconhecer como pessoa e como filhos de Deus.
Não é nenhum egoísmo se amar! Você não vai amar ninguém de verdade enquanto não amar a si mesmo! Se você se ama com equilíbrio, com cuidado e com respeito, também terá os mesmos sentimentos para amar o seu próximo e o seu semelhante. Ninguém vai querer mal a si mesmo se tiver juízo, assim como você não vai querer mal a si mesmo, não vai querer mal ao próximo. Assim como você não vai desejar que lhe façam mal, você também não vai  fazer o mal ao próximo.
A medida do nosso amor ao próximo é saber dosar o nosso amor próprio. Colocando Deus sobre todas as coisas e sabendo cuidar de nós mesmos daremos o nosso melhor ao nosso próximo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Que o amor a Deus seja prioridade em nosso coração

Lembre-se de Deus ao acordar, ao ir dormir, ao ir trabalhar e ao se alimentar. Isso não é fanatismo; é amor, é reverência, é adoração, é fazer de Deus a prioridade e a riqueza maior da nossa vida.

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento! Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” (Mateus 22, 37-39)

O caminho da vida é este: observar os mandamentos da Lei do Senhor. E se os mandamentos são muitos, a vivência deles é muito sintética: colocar Deus em primeiro lugar. Isso não significa amá-Lo só com palavras e com algumas orações, mas sim com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com todo o nosso entendimento. É ter todo o nosso ser voltado para Deus com respeito, reverência, adoração, nos colocar na presença d’Ele, respeitar Suas palavras e nos alimentar de Sua Palavra.
No mundo de hoje, nós nos confundimos e somos confundidos com tantos valores que nos são apresentados de modo que fazemos a escala de valores de acordo com os interesses de cada um ou de acordo com o que o mundo nos vende.
Permita-me dizer ao seu coração: em qualquer escala de valores que você fizer para sua vida, em qualquer escala de prioridades, coloque sempre Deus em primeiro lugar. E na sua lista, não só sua lista escrita, mas na lista do seu coração, da sua cabeça e da sua alma, que o amor a Deus ocupe sempre a prioridade da sua vida. Lembre-se de Deus quando você acordar, quando for dormir, quando for trabalhar, quando for se alimentar. Isso não é fanatismo; é amor, é reverência, é adoração! Isso é fazer de Deus a riqueza maior da nossa vida.
Contudo, ninguém pode amar a Deus e se fechar no amor a Ele. “Eu vou à igreja e fico uma hora diante do Santíssimo Sacramento. Eu fico muitas horas rezando!”. Que bênção fazer isso! Fique muitas horas rezando e com a intensidade com que você ama a Deus ame também o seu próximo, ame também o seu irmão. O que nos leva para o céu não são somente as orações que fazemos, mas também a caridade que praticamos ao próximo: suportar os defeitos, as deficiências do próximo, saber exercer a hospitalidade, a caridade e cuidar dos mais sofridos e necessitados.
Amar a quem nos ama deve ser buscado, refletido e meditado dentro de nós em um grau de importância semelhante ao amor a Deus. É claro que, se somos iluminados e conduzidos por este amor divino, este amor vai nos dar luz, força, coragem e discernimento para amar o próximo como ele deve ser amado.
Que o amor de Deus seja a primazia da nossa vida!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Se amamos Deus, podemos também amar nosso próximo

Quando amamos Deus sobre todas as coisas, temos a graça d’Ele para amar nosso próximo

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento! Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’.” (Mateus 22,37-39)

Todos nós precisamos de instruções para caminhar na vida. Algumas instruções e regras são básicas e fundamentais, e se as cumprirmos, se as colocarmos como fio condutor daquilo que fazemos, as outras coisas serão iluminadas; teremos capacidade, força e luz interior para colocarmos em prática as obrigações da vida.
Muitas pessoas dizem assim: “A vida não tem manual. Temos de descobrir como se vive. É como se Deus tivesse nos jogado no mundo. O que faremos com essa vida?”.
Deus nos chamou e nos deu condições para vivermos no mundo como está, com todas as riquezas que ele tem. Mais do que isso: Ele nos deu também regras para bem vivermos neste mundo. Se não negligenciarmos, mas nos aplicarmos para vivê-las, podemos ter a certeza de que não nos faltará luz.
A primeira delas é amarmos a Deus sobre todas as coisas. Se há desordem na vida, é por falta de amor, pois o amor dá toda ordem para a vida, mas a falta dele cria todas as desordens. Muitos dizem: “Eu amo!”. Não é simplesmente questão de amar, mas o fazer de forma correta, amar o que tem que de ser amado em primeiro lugar.
Se Deus não é o amor primeiro da nossa vida, os outros amores estarão em desordem dentro de nós. Podemos amar Deus, mas se Ele não é o nosso primeiro amor, se não é o amor fundamental e primordial da nossa vida, perdemo-nos. Temos de amar a Deus com todo entendimento, com força, vontade e tudo aquilo que somos. Assumamos essa primazia do amor de Deus na nossa vida.
Quando amamos Deus sobre todas as coisas, temos a graça d’Ele para amar nosso próximo, que não é menos importante, mas tão determinante e sério quanto Seu amor. É com o amor que temos de Deus que vamos também amar nosso próximo. Aí, sim, vamos poder cuidar das outras coisas da nossa vida.
Não deixemos de seguir a Lei da vida, que é justamente amar, acima de tudo, Aquele que nos criou, e depois amar aqueles que Deus colocou ao nosso lado para ser nossos irmãos. Se assim fizermos, abençoados seremos, e a nossa vida caminhará sempre na graça.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/10/2017

HOMILIA DIÁRIA

Vivamos o amor de Deus em nossa vida

“Jesus respondeu: ‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento!’. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’.” (Mateus 22,37-39)

Todo empenho da vida de um cristão, de um filho, de uma filha de Deus, é viver os mandamentos da Lei do Senhor Nosso Deus. Não é fácil vivê-los, porque o mundo não cria um ambiente para vivermos os mandamentos, mas nós precisamos assumir a nossa identidade, nossa responsabilidade, assumir aquilo em que cremos. Assumir a nossa fé é testemunhar a vida nos mandamentos de Deus: amar o Senhor teu Deus de todo o entendimento, de toda a sua força, de toda o seu coração.
Não amemos nada nem ninguém mais do que a Deus. Aqui não é um amor subjetivo, não é um amor apenas de sentimentos: “Eu sinto um amor por Deus”. Não é um amor só de pensamentos: “Eu penso em Deus o tempo inteiro”. Aqui é um amor de vida, de dedicação, de relação, trata-se de um amor de comunhão. Aquele que ama vive a comunhão com o Amado, vive uma relação de proximidade, de intimidade e de verdade com aquele que ama.
A nossa relação com Deus precisa ser uma relação de amor, amor sublime, amor de entrega, amor escuta. Quem ama escuta, quem ama a Deus escuta-O, obedece-Lhe e deixa-se guiar por Ele, permite que Sua primazia aconteça na vida e no coração.

O amor é fato, vida, esforço, dedicação, respeito e reverência para com Deus

Como amo a Deus se não tenho tempo para Ele? Como amo a Deus se não me volto a Ele de todo coração? Como amo a Deus se não tenho coragem de deixar celular, outros compromissos, prazeres e lazeres por causa d’Ele? Como amo a Deus se tenho dificuldade até de prestar culto a Ele?
Aqui não é amor de boca, o amor de boca é hipocrisia. O amor é fato, vida, esforço, dedicação, respeito e reverência para com Deus. Como a sociedade pode dizer que ama a Deus se nem referencia o nome do Senhor? Quantos desrespeitos cometidos ao Senhor, e eu nem digo por aqueles que não creem em Deus.
Muitas vezes, a nossa hipocrisia é dizer: “O mundo lá fora não respeita Deus”. Vejo pessoas levantando faixas porque muitos estão cometendo blasfêmias, desrespeitando o nome d’Ele. Mas nós que somos de Deus, quantas vezes mentimos, cometemos hipocrisias em nome d’Ele!? Estamos colocando Deus de uma forma avulsa e confusa no mundo; pessoas usam o nome do Senhor para agredirem umas as outras.
Olho para as redes sociais, quantas mentiras, quantas hipocrisias e falta de verdade em nome de Deus! Se no culto levo incenso para Deus, se me reverencio, passo horas em louvor a Deus, mas não respeito o meu próximo, não amo o meu próximo, uso de agressão para com o outro, desconsidero e ataco o outro, minto para ele, que amor é esse que vivo para com Deus?
Hoje, a Palavra de Deus é um convite, é uma reflexão sincera, verdadeira e profunda: Como estamos vivendo o amor em nossa vida? De que forma estamos amando a Deus e ao nosso próximo?
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, imprime em nossos corações a Lei do Amor. Faze-nos seguidores do Caminho de Jesus de Nazaré, em busca da Verdade de teu Reino e da Vida Plena, que é estar contigo, recebendo teu abraço paternal, junto com nossos companheiros de peregrinação. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/08/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a aceitar com gratidão e alegria a simplicidade do teu Amor. Livra-nos da pretensão de saber muitas coisas, da busca curiosa de conhecimentos elaborados e complexos sobre tua Santidade e o teu Reino de Amor. Que sejamos como Jesus, nosso Irmão maior, que era manso e humilde de coração. Amém.

ORAÇÃO FINAL
Pai, que és a nossa fonte de Sabedoria e Paz, ensina-nos a aceitar com gratidão a simplicidade do teu Amor. Livra-nos da pretensão de acumular muitos saberes, da busca curiosa (e, às vezes, até ansiosa…) de conhecimentos elaborados e complexos sobre o Mistério da tua Santidade e do teu Reinado de Amor. Que sejamos puros como crianças, parecidos com Jesus, nosso Irmão Maior, que era simples, humilde e manso de coração.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/10/2020

Oração
DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade, e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.