Meditação
A afirmação devia ser muito frequente nos lábios de Jesus, pois aparece seis vezes no Evangelho. Seu sentido é claro: quer que lhe demos preferência acima de tudo, acima até mesmo da própria vida. Essa exigência, tão absoluta, jamais poderia ser feita por um simples homem. Porque é Deus, Jesus pode exigir de nós preferência total, confiança absoluta. É a resposta que espera de nós. Estamos, de fato, dispostos a isso?
Oração
Ó Deus, que escolhestes Inácio de Azevedo e seus trinta e nove companheiros para regarem com seu sangue as primeiras sementes do Evangelho lançadas na Terra de Santa Cruz, concedei-nos professar constantemente, para vossa maior glória, a fé que recebemos de nossos antepassados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 17/07/2023
Comentário sobre o Evangelho
Para seguir Jesus, é preciso tomar decisões radicais e ser corajoso
Hoje, escutamos vários ensinamentos de Jesus. Todos eles têm um aspecto em comum: o Senhor pede uma resposta radical. Estará Deus a exagerar? Não! Jesus Cristo não é um louco que acaba por morrer numa cruz por ser exagerado. O amor nunca é exagerado e, pelo contrário, é sempre radical. O amor não deixa ninguém “indiferente”.
- Acreditas que é possível amar sem “se despentear”? Espada contra as minhas comodidades; paz para os outros! Então, surpreende-te ver Cristo na Cruz?
Meditando o evangelho
ADESÃO TOTAL A JESUS
A adesão do discípulo a Jesus tem o mesmo caráter totalizante da adesão a Deus no Antigo Testamento.
Segundo a Lei mosaica, o fiel deveria amar a Deus "com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças". Algo semelhante Jesus exige dos discípulos. Mesmo os laços mais sagrados de sangue ficam em segundo plano para quem aceita ser seguidor do Mestre. Quem coloca pai, mãe, filho ou filha, acima dele, renega sua condição de discípulo. Esta liberdade diante dos laços familiares possibilita-lhe estar disponível para seguir Jesus no caminho da cruz, se preciso, enfrentando a própria a morte. Não se trata de uma apologia da cruz, valorizada por si mesma, mas da liberdade e disponibilidade para viver o discipulado com todas as suas consequências.
As palavras de Jesus são de extrema clareza: quem se dispõe a segui-lo deve, como ele, aderir incondicionalmente ao projeto do Pai, sem meias-medidas ou atenuantes. É tudo ou nada!
A dureza das condições para o discipulado poderia amedrontar quem se predispõe a tornar-se discípulo, ou quem já é discípulo. Estaria Jesus exigindo uma espécie de desprezo aos familiares mais caros? Ou transformando o discipulado em fuga da família? Nada disso! O discipulado exige apenas que tudo, até mesmo o amor aos familiares, seja vivido na perspectiva do Reino. O discípulo amará seu pai, sua mãe, seu filho ou sua filha de uma maneira particular, quiçá até mais profunda, porque revestida pelo amor do Reino!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de disponibilidade para o Reino, faze-me reconsiderar tudo na perspectiva do Reino, dando-lhe a centralidade exigida por Jesus.
Meditando o evangelho
A NECESSIDADE DE OPERÁRIOS
Confrontando-se com a grandiosidade da missão, Jesus reconhece a necessidade de contar com colaboradores, para poder levá-la adiante, a contento. Depois de ter enviado os doze apóstolos, o Mestre enviou, também, outros setenta e dois discípulos, com a tarefa de preparar as cidades e povoados para a sua passagem, ou seja, predispô-los para acolher a sua mensagem.
Os discípulos são orientados a suplicar ao Pai - Senhor da messe - para enviar muitas outras pessoas, dispostas a assumirem a missão evangelizadora. É ele quem tem a iniciativa da vocação e da missão. Devem evitar qualquer pretensão humana de querer arrogar-se tais dons. Todos dependem de quem os chamou e enviou.
Que tipo de operário requer-se para o serviço do Reino? É preciso que seja uma pessoa cheia de coragem, predisposta a viver na pobreza, capaz de adaptar-se a qualquer tipo de acolhida que lhe for oferecida, disposta a partilhar a vida de quem a acolhe, totalmente disponível para o serviço aos doentes e marginalizados, pronta a viver a experiência do fracasso, com otimismo, sem deixar-se abater.
Quem tem estas disposições internas, deve estar atento. Pode ser que o Senhor queira enviá-lo para trabalhar na sua messe. Por que não dizer um sim corajoso e generoso?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de coragem e generosidade, predisponha-me para trabalhar na messe do Senhor, concedendo-me os pré-requisitos necessários para um serviço eficaz.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. NÃO A PAZ, MAS A ESPADA!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)
A afirmação de Jesus a respeito de sua missão soa estranha. Qual terá sido a sua intenção ao declarar: "Não vim trazer a paz, e sim a espada"? Como combinar esta declaração com a bem-aventurança relativa aos construtores da paz?
As palavras de Jesus visam dirimir um mal-entendido. O alerta: "Não pensem que ..." pressupõe que circulavam interpretações equivocadas sobre a sua missão. Muitos tinham-no na conta de um Messias pacificador, que haveria de instaurar o shalom em Israel, um tempo de bem-estar e prosperidade, obtida pelo aniquilamento de todos os adversários da nação, e pela recuperação da liberdade desde há muito perdida.
O caminho de Jesus é outro. Seu ministério terá como resultado criar uma grande divisão no seio da humanidade. Ou melhor, explicitar uma cisão que está latente, velada por um falso irenismo que encobre as maldades e as injustiças, impossibilitando a concretização do Reino na história humana: quem pertence e quem não pertence ao Reino.
Uma vez concretizada a divisão, aí sim, saber-se-á quem aderiu ao Reino e se dispõe a tomá-lo como parâmetro das próprias ações, e quem resiste a submeter-se à sua dinâmica. Então caberá aos discípulos do Reino, reconciliados entre si, buscar atrair quem optou pelo caminho contrário.
O ideal de Jesus é ver toda a humanidade reconciliada, mas sobre bases verdadeiras!
Oração
Pai, robustece minha adesão a teu Reino, levando-me a pautar por ele todo meu agir e a atrair para ti quem optou pelo caminho da maldade e do egoísmo.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Como entender esta afirmação de Jesus?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O leitor menos preparado poderá chocar-se com essa expressão colocada pelo evangelista São Mateus, onde Jesus diz “Não julgueis que vim trazer a paz á terra. Vim trazer não a paz, mas a espada”. Que negócio é esse? Então, Jesus o Filho de Deus, todo amor e misericórdia, a maior bondade, perfeição e santidade que o ser humano já viu, não veio trazer a paz, mas a espada? Será que São Mateus não se equivocou e entendeu errado o que Jesus falou? Vai ver que ele falou que veio trazer a Paz e não a espada…
A espada é uma arma conhecidíssima dos Judeus para quem Mateus escreve o seu evangelho, ela não só penetra, mas também corta, a morte por degolamento era comum nas contendas. Ela separa uma coisa da outra e provoca divisão... O que Jesus ensina nesse evangelho é a opção radical que o discípulo deverá fazer á seu favor. Jesus não quer disputar o primeiro lugar e a preferência de todos em nossas relações afetivas, isso nem está em discussão nesse evangelho.
Há pessoas de grande carência afetiva que dependem totalmente da relação com os outros, para ser feliz e sentir-se realizado nesta vida. Precisam constantemente de manifestações de carinho e afeto, querem sempre ser lembradas, ser o centro das atenções e na relação com os entes queridos ou na própria comunidade, sempre buscam isso e quando lhes falta essa atenção dos outros, sentem –se sozinhas, tristes e infelizes.
Jesus fala de algo que não interfere absolutamente nas relações afetivas, ao contrário, lhes dá um novo significado. Quando abraçamos o discipulado com lealdade e sinceridade, colocando o Evangelho de Cristo como a verdade absoluta em nosso viver, tudo se torna diferente em nossas atitudes e procedimentos. Estaremos tão ocupados em amar e servir os outros que não teremos tempo para buscar nossos interesses e nossas neuroses pois estaremos livres.
Tomar a cruz e seguir Jesus é deixar todas as nossas conveniências e interesses para trás, renúncias e desapegos sempre trazem desafios e sofrimentos pois muitas vezes renunciamos até a vida, e os prazeres que ela nos oferece. Mas essas perdas, que aos olhos do mundo nos dão prejuízo, representam na verdade um Ganho da Vida Verdadeira que Jesus nos oferece.
2. Quem vos recebe, a mim recebe...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
“Não tenham medo, não sejam ingênuos e saibam que não vim trazer paz ao mundo”, dizia Jesus ao término de suas orientações missionárias. Ele não veio trazer paz de águas paradas. Sua paz tem energia, sua paz tem movimento. Sua paz não é a paz do mundo. O discípulo missionário segue Jesus com destemor e perseverança. Não tem medo, vê o fim com clareza e avança numa batalha que não será perdida. O discípulo missionário não é um conquistador de espaços ou tesouros deste mundo sua luta não se faz com armas de destruição. Sua luta se faz com a paciência. Com ela o missionário tudo alcança, uma vez que para ele só Deus basta. Jesus termina estas instruções missionárias e parte para outro lugar. Ele também é missionário.
HOMILIA DIÁRIA
O amor a Deus deve prevalecer sobre todas as coisas
Independente de qualquer coisa, devemos amar o Senhor em primeiro lugar, pois o amor d’Ele nos ensina como amar todos
"Não penseis que eu vim trazer a paz a terra, eu não vim trazer a paz, mas sim a espada." (Mt 10, 37)
Ao escutar essas palavras tão duras de Jesus, podemos ficar, em um primeiro momento, escandalizados, pois nós O conhecemos como o Príncipe da Paz; no entanto, hoje, Ele nos diz que não veio trazer a paz, mas a espada. Então, qual é a paz que o Senhor vem nos trazer? Não é a que nós conhecemos, mas a que traz uma revolução dentro de nós. Por isso Ele se mune da espada, pois esta é capaz de cortar e separar.
Nós somos como um fruto que possui uma parte ruim, mas da qual ainda se aproveita todo o restante. A espada apresentada é justamente para esse fim, separar de nós tudo o que carregamos de mal, permitindo que apenas o bem permaneça.
A espada de Jesus é para cortar o que faz mal para nossa própria vida, separando o que é do Reino de Deus do que é desse mundo. Às vezes, o que Jesus vem nos trazer pode até causar divisão, como em uma família, na qual apenas uma parte aceita a Verdade.
Existe uma oposição entre os que querem viver a vontade de Deus e aqueles que não a aceitam. Nesse momento, o amor a Deus deve prevalecer, e isso não significa que deixaremos de amar alguém, mas, ao contrário, precisamos amar ainda mais com o amor que vem do coração de Deus.
Independente de qualquer coisa, devemos amar o Senhor em primeiro lugar, pois o amor d’Ele nos ensina como amar qualquer pessoa, em qualquer situação e em qualquer lugar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
HOMILIA DIÁRIA
Amemos o próximo na medida de Deus
“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.” (Mateus 10,37-38)
Talvez essa seja uma das páginas mais duras de todo o Evangelho, porque, no nosso coração, amamos a Deus, mas na prática… É claro que nós amamos as pessoas que estão próximas de nós: a mãe ama mais o seu filho, a mulher ama mais o seu marido, e cada um tem o amor maior no seu coração.
Aqui não é o amor comparativo, em proporção, Jesus não está competindo com nenhum dos nossos. Pelo contrário, Jesus está nos ensinando como devemos amar os nossos, porque há aqueles que amam de menos e não dão o amor, a atenção e a ternura aos que precisam.
Os nossos familiares, aqueles que fazem parte da nossa família, são aqueles que amamos com demasia, com exagero, passam da medida e enlouquecem a si e aos outros por causa do amor desmedido.
Se queremos amar, de verdade, os nossos, amemos a Deus em primeiro lugar, amemos aquele que é todo amor, amemos aquele que não sabe fazer outra coisa a não ser amar. Deixemos que o amor d’Ele mova o nosso coração. Vamos amar cada um na proporção do amor que ele precisa e deve receber.
É preciso deixar que a medida de Deus entre em nós
Sabemos que todo exagero, toda extravagância, todo excesso estraga, e estamos nos estragando quando não estamos amando na proporção do amor de Deus. Por isso, muitas vezes, vemos que os inimigos começam na própria casa, irmãos que não se amam mais, filhos que não entendem seus pais, pais que não entendem seus filhos, pais que têm todo amor para dar aos filhos, mas exageram na forma de amar e de cuidar.
Não basta ter boa intenção para amar, é preciso ter a medida para amar: “Agora eu só vivo para Deus”. Não é isso que Deus quer de nós.
Diz Jesus: “Eu não vim trazer a paz, mas a espada”. Primeiro, não é aquela paz que imaginamos, que não tem conflitos, porque estamos com muitos conflitos dentro de nós e achamos que estamos em paz, porque está tudo bem. Precisamos da espada de Jesus para abrir o nosso coração, para tirar as coisas velhas, enterradas, os conflitos não resolvidos para mergulharmos em Deus, para descobrirmos o Seu amor e sermos curados por ele, para podermos amar uns aos outros de verdade.
Há muito amor defeituoso, existe muito amor que, depois, vira um verdadeiro desamor, por isso para amarmos na medida de Deus é preciso deixar que a medida d’Ele entre em nós, precisamos pegar a espada do Espírito para abrirmos o coração e sabermos amar os nossos com o amor que Deus depositou em nosso coração.
Se você amar a Deus sobre todas as coisas com o amor que vem d’Ele, amará uns aos outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
HOMILIA DIÁRIA
A verdadeira paz vem do coração humilde
“Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada.” (Mateus 10,34)
Jesus não veio trazer a paz que o mundo entende como paz. “A minha paz”, como diz Jesus, não é a deste mundo, mas é a que vem de Deus. Como é que vamos ter paz num mundo que vive de enganos, ilusões e aparências? Como vamos ter paz num mundo que transforma mentiras em verdades, que esconde as verdades ou relativiza aquilo que é o correto? Como vamos ter paz segundo a narrativa deste mundo que ignora as pessoas que estão sendo injustiçadas, maltratadas e deixadas de lado? Como vamos ter paz num mundo tão injusto, cruel e desumano, como o mundo que nós estamos?
A paz do mundo é vendida, comercializada, é a paz das aparências, a qual, muitas vezes, nos leva a viver coisas incorretas, como se tudo estivesse normal. Não! A paz de Deus é inquieta, transformadora, é a paz que vem da espada; não é espada para combatermos uns aos outros e provocarmos guerras no mundo, mas a paz que invade o nosso coração, a espada que entra em nossa alma para cortar os nossos vínculos com o pecado, o nosso vínculo com a injustiça e com a corrupção.
A paz vem de um coração profundamente humilde, que coloca Deus em primeiro lugar
A espada do Espírito em nós nos dá o ardor da graça, a espada do Espírito em nossa alma corta aquilo que está velho, estragado, aquilo que não é de Deus e nos impulsiona à verdadeira paz que vem do Espírito, a paz de uma consciência reta, que vem do arrependimento dos pecados, de saber pedir perdão quando erramos, a paz que vem do verdadeiro arrependimento nas situações cotidianas da vida, onde nós muitas vezes falhamos. A paz da própria correção, da disciplina.
A paz que vem de Deus é aquela que não nos deixa omissos diante do sofrimento, da dor, da pobreza, das necessidades do outro; a paz que vem de Deus é fruto do amor sincero, autêntico, amor que não exclui as pessoas. A paz que vem de Deus é fruto da reconciliação. Só os corações verdadeiramente reconciliados conseguem experimentá-la. Reconciliar-se com Deus, reconciliar-se consigo mesmo, mas viver a reconciliação com os irmãos.
Não é possível viver em paz quando semeamos discórdias, quando ignoramos as pessoas porque não pensam como nós e não fazem o que nós queremos. Não é possível ter paz se não colocamos Deus em primeiro lugar. Negligenciamos a nossa consciência em favor dos nossos próprios interesses.
A paz não vem de um coração orgulhoso e soberbo, mas de um coração profundamente humilde que coloca Deus em primeiro lugar, que respeita o seu próximo e leva uma vida íntegra e verdadeira. A paz vem da espada do Espírito que corta as nossas paixões mundanas, que combate dentro de nós as perversidades que o maligno espalha no meio da humanidade em que nós vivemos.
Precisamos ser instrumentos da paz, precisamos da paz de uma consciência que seja reta. E essa paz só Deus pode nos dar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
HOMILIA DIÁRIA
Deixe Cristo ocupar o primeiro lugar no seu coração
“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada. De fato, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora de sua sogra’.” (Mateus 10,34-35)
Meus irmãos e minhas irmãs, onde está o nosso Príncipe da Paz? Onde está aquele Jesus que disse ser manso e humilde de coração a partir da Leitura desse trecho do Evangelho?
Na verdade, Jesus veio nos tirar daquela falsa paz, aquela paz que tem a ver com morte, com comodismo, com inércia, com parasitismo, com “água parada”, com uma vida sem sentido. É dessa falsa paz que Jesus veio nos tirar!
Ele veio nos tirar do sofá, das tocas digitais, dos nossos esconderijos e das nossas cavernas, porque nós somos tendenciosos a nos acomodar e a viver uma vida à margem das realidades, viver uma vida longe daquelas situações que nos causam incômodo.
Mesmo que tenha sido um pai, uma mãe, um irmão, uma sogra que tenha nos jogado numa situação de comodismo e de desistência da vida, Cristo está acima de qualquer relacionamento.
Colocando Jesus em primeiro lugar na nossa vida, todas as outras relações ocupam o seu devido lugar
Muitas vezes, algumas pessoas que entram na nossa vida não vêm para somar, mas para atrapalhar. Alguns relacionamentos nos tiram e nos afastam de Deus. Podem existir relações doentias, até mesmo dentro de casa: um pai e uma mãe podem afastar os filhos de Deus pelo contratestemunho, pela distância dos valores do Evangelho.
Ninguém pode ser uma desculpa para não amarmos Jesus Cristo, ninguém pode ser um empecilho. Se uma mulher cristã quer viver a sua fé, ir a sua missa dominical, as implicâncias do marido não podem roubar a sua relação com Cristo.
Cristo está acima de qualquer relacionamento. Somente quando Ele ocupar, de fato, o primeiro lugar é que as outras relações serão harmoniosas. Porque nos enganamos pensando que, colocando em primeiro lugar as pessoas, talvez sobre um lugar para Cristo.
Jesus deve basilar todas as nossas relações humanas. A relação de um pai com um filho se torna plena quando Cristo é Senhor de ambos. A relação entre o marido e a mulher é fecunda quando Cristo é a razão da vida dos dois.
Que a espada do amor de Cristo — que fala o Evangelho — seja instrumento de cura para todos os relacionamentos. Que este incômodo sadio que Jesus provoca possa curar as nossas relações doentias. E colocando Jesus em primeiro lugar na nossa vida, todas as outras relações ocupam o seu devido lugar.
Sobre vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, inspira-nos por seu Espírito para compreendermos e realizarmos em nossas vidas o desejo de Jesus: amarmos nosso próximo como Ele nos amou – até o ponto de sacrificarmos a vida pelos irmãos. Não só morrendo por eles, mas dedicando-lhes o nosso tempo, os nossos dons e talentos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, inspira-nos para compreender realizar em nossas vidas o desejo de Jesus: que amemos nosso próximo como Ele nos amou – até ao ponto de sacrificar a vida pelos irmãos. Não só morrendo por eles, mas, muito mais, vivendo por eles: dedicando-lhes o nosso tempo, os nossos dons e talentos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, sabendo que Tu estás conosco, nada mais desejamos. Ensina-nos o desapego aos bens que passam, aos tesouros desta terra, e até mesmo à nossa vida. Faze-nos generosos, capazes de oferecer aos companheiros peregrinos desta terra encantada os dons que nos emprestas – fazendo-o de forma gratuita e espontânea, como nos ensinou o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.