domingo, 12 de fevereiro de 2012

NOSSA SENHORA, ROGAI POR NÓS!!!

Anjinho da Guarda - Cantinho da Criança


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Senhor Deus, Todo-poderoso, criador do céu e da terra. Louvores Vos sejam dados por todos os séculos dos séculos. Assim seja.
Senhor Deus, que por vossa imensa bondade e infinita misericórdia, confiaste cada alma humana a cada um dos anjos de vossa corte celeste, graças vos dou por essa imensurável graça. Assim confiante em vós e em meu santo anjo da guarda, a ele me dirijo, suplicando-lhe velar por mim, nesta passagem de minha alma, pelo exílio da Terra.
Meu santo anjo da guarda, modelo de pureza e de amor a Deus, sede atento ao pedido que vos faço. Deus, meu criador, o Soberano Senhor a quem servis com inflamado amor, confiou à vossa guarda e vigilância a minha alma e meu corpo; a minha alma, a fim de não cometer ofensas a Deus, o meu corpo, a fim de que seja sadio, capaz de desempenhar as tarefas que a sabedoria divina me destinou, para cumprir minha missão na terra.
Meu santo anjo da guarda, velai por mim, abri-me os olhos, dai-me prudência em meus caminhos pela existência. Livrai-me dos males físicos e morais, das doenças e dos vícios, das más companhias, dos perigos, e nos momentos de aflição, nas ocasiões perigosas, sede meu guia, meu protetor e minha guarda, contra tudo quanto me cause dano físico ou espiritual.
Livrai-me dos ataques dos inimigos invisíveis, dos espíritos tentadores.
Meu santo anjo da guarda, protegei-me.
(rezar 1 Creio em Deus Pai, 1 Pai nosso e 1 Ave Maria)

Santa Eulália - 12 de Fevereiro




Santa EuláliaVirgem e mártir, viveu no século III em Barcelona. Educada e muito bem formada pela sua família cristã, desde pequena ela buscou o relacionamento com Deus e a fuga do pecado. Era uma pessoa muito sociável, gostava de brincar com as amigas da mesma idade, mas sempre fugia da vaidade.

Santa Eulália amava Jesus Cristo acima de tudo e O amou em todos os momentos, inclusive na dor. Aconteceu que, por parte do terrível Deocleciano, a perseguição aos cristãos chegou na Espanha. Os pais da santa decidiram viajar para fugir dessa perseguição, mas Eulália foi até o governador a fim de denunciar, com a sua pouca idade, a injustiça que estava sendo cometida contra os cristãos. O governador, diante daquela ousadia, quis que ela apostatasse da fé, ou seja, que adorasse outros deuses para que ficasse livre do sofrimento. No entanto, ela deixou claro que o seu Senhor, o Rei dos reis, o Senhor de todos os dominadores, é Jesus Cristo.

O ódio daquele governador e a maldade contra uma menina, fez com que ela fosse queimada com ferro e fogo, mas, durante tanto sofrimento, o seu testemunho era este:“Agora, vejo em mim as marcas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Para nós, hoje, ela é um exemplo de ousadia. Com pouca idade, com muito amor e uma fé adulta, não renunciou a Jesus em meio ao sofrimento. Ela morreu queimada, mas antes, cheia do fogo de Deus. Por isso, se encontra na glória a interceder por todos nós para que a nossa vida cristã busque, constantemente, a santidade na alegria e na paz, mas também no sofrimento e na perseguição. É momento de reconhecer que a nossa força é o Espírito Santo.

Santa Eulália, rogai por nós!

FONTE DE PESQUISA: Canção Nova

Amigos pela Fé - Anjos de Resgate


Amigos Pela Fé


Quem me dará um ombro amigo
Quando eu precisar?
E se eu cair, se eu vacilar,
Quem vai me levantar?
Sou eu, quem vai ouvir você
Quando o mundo não puder te entender
Foi Deus, quem te escolheu pra ser
O melhor amigo que eu pudesse ter

Amigos, pra sempre
Bons Amigos que nasceram pela fé
Amigos, pra sempre
Para sempre amigos sim, se Deus quiser

Quem é que vai me acolher,
Na minha indecisão
Se eu me perder pelo caminho
Quem me dará a mão
Foi Deus, quem consagrou você e eu
Para sermos bons amigos, num só coração
Por isso eu estarei aqui
Quando tudo parecer sem solução
Peço a Deus que te guarde
(que te guarde, abençoe e mostre a sua face)
E te dê a sua Paz.
Uouou........

Comece o Dia fazendo uma limpeza!


Comece o Dia fazendo uma limpeza!
Varra de seu coração:
A tristeza, a angustia , a aflição ,

Varra de sua vida:
A inveja, a maledicência, a fofoca

Varra do seu corpo: 
A preguiça, o tédio , OS maus pensamentos

Varra de seu caminho:
O mau olhado, o mau agouro, o mau pressentimento

Deixe fluir a alegria de sua alma
Trabalhe seu corpo para o bem

Agradeça por seu trabalho
E acima de tudo

Comece o seu DIA com
FELICIDADE no coração

BOM DIA

 Bom Dia!


Bom dia

Bom dia


Bom dia

Bom dia


SEGUNDA-FEIRA

Homilia do Pe. Françoá Costa – VI Domingo do Tempo Comum – Ano B


Queres?

Queres? Quero. Com essas palavrinhas foram resolvidos os problemas do leproso (cf. Mc 1,40-41). Também nós podemos perguntar a Jesus: queres? Procuremos escutar a resposta. Mas será que pode ser que ele não queira o que eu estou pedindo e que me parece tão importante? É possível. Aquilo que julgamos bom para nós e pedimos insistentemente, Deus, na sua omnisciência, poderia não estar de acordo. Desta maneira, não nos concederá determinada coisa ou talvez atrase a concessão da mesma.
E nem adianta viver na ilusão. Não faz muito tempo escutei a história daquela senhora, diabética quase ao extremo, que acreditava tanto nas curas de Deus que afirmou a outra pessoa o seguinte: – “Jesus me curou, já não sou diabética?” A sua amiga respondeu-lhe: – “puxa vida, pena que ele se esqueceu de dar-lhe um pouco de cor, pois você está muito pálida; vejamos se realmente está curada: vá tomar um café com muito açúcar.” A diabética afirmou: – “não, eu ainda não posso”.
Estou a afirmar que Deus não cura? Não. Claro que o Senhor cura, liberta e faz milagres. E não obstante, pode ser que em determinados momentos ele não o queira e permita que padeçamos porque ele sabe que tal sofrimento será para o nosso bem e para a glória de Deus: “Esta enfermidade não causará a morte, mas tem por finalidade a glória de Deus. Por ela será glorificado o Filho de Deus” (Jo 11,4). Infelizmente, alguns grupos cristãos têm satanizado toda e qualquer enfermidade, as doenças viriam do diabo e por isso seria preciso curar-se de qualquer jeito. Um dos grandes perigos dessa maneira de ver o sofrimento é a vinda do ateísmo. Explico-me: as pessoas que frequentam esses tipos de seitas, quando abrem os olhos e percebem que há anos vêm pedindo cura e, paradoxalmente, não recuperam a saúde desejada, podem vir a perder a fé em Deus. Mas, deixemo-lo claro: essas pessoas acreditam num Deus que não parece ser exatamente o Deus que é Pai e Filho e Espírito Santo. Tenho medo de que, com o passar do tempo, essa grande onda de curas e de milagres venha a desembocar num ateísmo cada vez maior e num secularismo que já não conhece a mensagem cristã, cujo centro é justamente o mistério da cruz que eclode no domingo da ressurreição.
Mas o fato é que no caso do leproso de hoje, Jesus quis a sua cura. Por quê? Ora, naquele homem enfermo, Jesus Cristo viu um “projeto de apóstolo”. E assim foi! “Este homem, porém, logo que se foi, começou a propagar e divulgar o acontecido, de modo que Jesus não podia entrar publicamente numa cidade. Conservava-se fora, nos lugares despovoados; e de toda parte vinham ter com ele” (Mc 1,45). O ex-leproso converteu-se então num mensageiro do Evangelho. Neste caso, a cura dele também foi para a glória de Deus!
Em suma, tanto a nossa enfermidade quanto a nossa cura podem ser para o nosso bem e para a glória de Deus. Ele, que tem a visão de todas as coisas e conhece o mais íntimo de nós mais que nós mesmos, sabe o que será melhor no nosso caso concreto. Daí que devemos abandonar-nos confiadamente nas mãos do Bom Deus.
Jesus também poderia perguntar a você: Queres? Queres seguir-me de verdade? Queres buscar-me de verdade ou será que queres tão somente aquilo que eu posso te oferecer? As perguntas entram numa clara lógica de conversão. A cura do leproso não foi apenas uma cura do corpo, mas principalmente da alma: ele tornou-se uma testemunha do Senhor. Jesus quis curá-lo, mas ele – o leproso – também quis seguir o Senhor de verdade.
Conta-se que certa vez a irmã de Santo Tomás de Aquino perguntou-lhe qual era o segredo da santidade. O santo respondeu sem hesitar: – querer! Caso nós percebemos que não vamos para frente na extirpação de tal ou qual vício ou no progresso em determinada virtude, perguntemo-nos a nós mesmos: será que eu quero? A graça de Deus não nos falta, o problema não pode está aí; o problema está na debilidade da nossa resposta aos apelos de Deus. Lembro-me daquele espanhol, professor renomado, que confessou aos seus alunos: – “Eu parei de fumar. O que eu fiz? Lutei para nem sequer pensar no cigarro”. Esse homem QUERIA de fato deixar de fumar!
Queres, meu filho? Queres, minha filha?
Pe. Françoá Costa

Preces – VI Domingo do Tempo Comum – Ano B


Sacerdote: Irmãos e irmãs, reunidos numa só fé, apresentemos a Cristo, nosso Deus as preces de nossa comunidade:

Todos: Senhor, escutai a nossa prece!
1. “Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele e disse: ‘Eu quero: fica curado” (Mc 1, 41). Através de vossa Santa Igreja, a vossa mão ainda hoje nos toca e nos purifica, conservai-nos sempre fiéis aos ensinamentos do Santo Padre, para não nos afastarmos de vossa Igreja. Rezemos ao Senhor.
2. “Não escandalizeis ninguém” (1Cor 10, 31). Fazei-nos, Senhor, coerentes com a nossa fé em todos os lugares onde estivermos, para que ninguém vos rejeite por nosso mau exemplo. Rezemos ao Senhor.
3. “E, sendo impuro, deve ficar isolado”(Lev 13, 46). Vós que viestes não para anular a Lei, mas para dar-lhe pleno cumprimento, concedei-nos seguir o vosso exemplo ao irmos ao encontro daqueles que foram isolados por nossa sociedade. Rezemos ao senhor.
4. “Eu confessei, afinal, meu pecado” (Sl 31). Tornai-nos sempre mais desejosos de receber com alegria o Sacramento da Reconciliação, e que pela confissão frequente cresçamos ainda mais na vossa graça. Rezemos ao Senhor.
5. “Regozijai-vos, ó justos, em Deus” (Sl 31). Fazei entrar no regozijo sem fim dos justos os nossos irmãos e irmãs falecidos que esperaram em vós. Rezemos ao Senhor.
Sacerdote: Permanecei conosco, Senhor, e tendo aquecido nossos corações com a vossa Palavra, alimentai a Igreja com vosso Corpo, oferecido em sacrifício por nós e recebido em comunhão. Vós que viveis e reinais para sempre.
Todos: Amém.

Homilia de D. Henrique Soares da Costa – VI Domingo do Tempo Comum – Ano B


Lv 13,1-2.44-46

Sl 31

1Cor 10,31 – 11,1

Mc 1,40-45

Para nos guiar na meditação da Palavra de Deus deste hoje, tomemos o Evangelho que acabamos de ouvir. “Um leproso chegou perto de Jesus”. No tempo de Cristo, toda doença na pele que oferecesse perigo de contágio era considerada um tipo de lepra; tornava a pessoa impura. Ouvimos na primeira leitura: “O homem atingido por esse mal andará com as vestes rasgadas, os cabelos em desordem e a barba coberta, gritando: ‘Impuro! Impuro!’ Durante todo o tempo em que estiver leproso será impuro; e, sendo impuro, deve ficar isolado e morar fora do acampamento”. Eis! É alguém assim que se aproxima de Jesus: ferido, excluído do convívio da Assembléia de Israel, colocado fora da Cidade, um morto-vivo… Um leproso não podia tocar as pessoas: elas se tornariam impuras como ele; um leproso não convivia com sua família, não podia entrar na Casa do Senhor para rezar com seus irmãos: era um ninguém: “Impuro! Impuro!” – ele gritava, com a barba coberta em sinal de luto e profunda tristeza…
É um homem assim que se aproxima de Jesus; tem a ousadia de chegar junto dele, sem medo de ser repelido, repreendido, desprezado. E, do fundo de sua miséria, ele suplica: “Se queres, tens o poder de curar-me”. Quanta confiança, quanta esperança! Que oração brotada do mais profundo da dor! O que fará Jesus? Sua reação é absolutamente inesperada: ele faz algo que a Lei proibia: “Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: ‘Eu quero: fica curado!’” Notai, irmãos! O Senhor estendeu a mão, o Senhor tocou o leproso! Não precisava fazê-lo, não deveria fazê-lo! Segundo a Lei, Jesus deveria ficar impuro também, ao menos até o entardecer… Por que tocou o leproso? Não poderia tê-lo curado sem tocá-lo? O próprio Evangelho explica: ele teve compaixão! Quis estar próximo daquele miserável, quis que ele se sentisse amado, acolhido! Jesus não nos ama de longe, não vê de modo indiferente a nossa miséria: ele se faz próximo, ele nos toca, ele compartilha nossa dor! Assim Deus faz conosco! E, para nossa surpresa, ao invés da impureza contagiar Jesus, é Jesus que contagia o leproso com a sua pureza! Eis! O Reino chegou: em Jesus, Deus vai libertando a humanidade de toda sua lepra, da lepra do seu pecado! Na ação de Jesus, compreendemos que o amor é mais forte que o egoísmo, que a luz é mais forte que a treva, que o bem é mais forte que o mal, que a graça é mais poderosa que o pecado, que a vida é capaz de vencer a morte! “No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado”.Eis o bem, eis a graça, eis a salvação que o Senhor nos veio trazer! O Profeta Isaías, havia anunciado: “Ele tomou sobre si as nossas dores, ele carregou-se com os nossos pecados! Era nossas enfermidades que ele levava sobre si, as nossas dores que ele carregava (Is 53,4-5). Jesus curou o leproso e o Evangelho diz que ele“não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos.” Vede bem que, com essa linguagem, o Evangelho deseja afirmar que Cristo, curando o leproso, assumiu o seu lugar: agora, o homem que antes vivia nos lugares desertos, entra na cidade, volta a ser alguém; quanto a Jesus, fica fora, assume o lugar do homem: tomou sobre si as nossas dores!
Caríssimos, um grande mal da nossa época, uma grande ilusão, é achar que não temos pecado, pensar que somos maduros e integrados. Não somos capazes de reconhecer nossas lepras, somos incapazes de suplicar, de joelhos: “Senhor, se queres, podes curar-me!” E por que isso? Porque somos auto-suficientes: olhamo-nos, examinamo-nos não à luz do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus, mas à luz de nós mesmos. Pensamos que somos senhores do bem e do mal, do certo e do errado! É tão comum vivermos de modo contrário à vontade do Senhor e ainda, cheios de orgulho e soberba, dizermos que estamos certos… É tão comum querermos moldar Jesus e a sua Palavra à nossa vontade… É tão freqüente a ilusão que podemos jogar na lata do lixo o ensinamento da Igreja, sobretudo no campo moral… E assim, vamos construindo nossa vidinha do nosso modo, modo de pecado, modo de lepra, modo de doença: doença da ida, da descrença, da indiferença, da falta de fé!
Reconheçamo-nos pecadores, meus caros! Mostremos ao Senhor a nossa lepra? Como fazê-lo? Primeiramente, deixando que sua Palavra nos fale e nos mostre nossos erros, nossas manhas, nossos males. Depois, à luz da Palavra do Senhor, façamos, com freqüência, o sincero exame de consciência e tenhamos a coragem de olhar de frente o que pensamos, falamos e fazemos contrário ao Senhor. Finalmente, sinceramente arrependidos, procuremos o Senhor no sacramento da Confissão e, confessando nossos pecados, busquemos o perdão, a cura do Cristo, nosso Deus. Quantas vezes evitamos a Confissão! Quantas vezes fugimos na tal da Confissão comunitária, desobedecendo às normas da Igreja, que só a permitem em casos raros e graves. A Confissão, então é inválida e acrescentamos aos pecados cometidos, mais estes: a desobediência à norma de Igreja e a soberba de nos julgar auto-suficientes. Deveríamos aprender do Salmista, na missa de hoje: “Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: ‘Eu irei confessar meu pecado!’ E perdoastes, Senhor, minha falta!” Mas, não! Teimamos em não levar a sério nosso próprio pecado! Julgamo-nos juízes de Deus e da Igreja! Terminamos, então por comungar indignamente, esquecendo que a Eucaristia, se traz vida para quem a recebe bem, traz também morte para quem não a recebe com as devidas disposições…
Caros meus em Cristo, chega de um cristianismo morno, chega da falta de coragem de nos olharmos de frente! Senhor, cura-nos! Senhor, somos leprosos, somos pecadores, nossos pecados mancham não a nossa pele, mas o nosso coração, o mais profundo da nossa alma! Senhor, de joelhos, como o leproso do Evangelho, te suplicamos: cura-nos e seremos curados! Dá-nos a graça de reconhecer nossos pecados; reconhecendo-os, dá-nos a coragem e sinceridade de confessá-los; confessando-os, dá-nos a graça de experimentar teu perdão, de cumprir generosamente a penitência e de procurar com responsabilidade emendar a nossa vida! Tem piedade de nós, ó Autor da graça e Doador do perdão! A ti a glória para sempre! Amém.
D. Henrique Soares


Roteiro Homilético – VI Domingo do Tempo Comum – Ano B


RITOS INICIAIS

Salmo 30, 3-4
ANTÍFONA DE ENTRADA: Sede a rocha do meu refúgio, Senhor, e a fortaleza da minha salvação. Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.

Introdução ao espírito da Celebração

O Evangelho deste Domingo traz-nos um ensinamento sobre o pecado e proclama a necessidade da conversão. Jesus purifica os leprosos e cura os doentes como «sinal» da cura dos pecados. Confiemos sempre na infinita misericórdia de Deus: os pecados podem ser perdoados e os homens podem corresponder de novo e viver de acordo com a dignidade de filhos de Deus.
ORAÇÃO COLECTA: Senhor, que prometestes estar presente nos corações rectos e sinceros, ajudai-nos com a vossa graça a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura

Monição: O Senhor dá instruções a Moisés sobre os cuidados que há que ter com os israelitas que contraíram a doença da lepra, evitando, com estas medidas, o contágio. Também o pecado – lepra da alma – pode ser contagioso. Por isso, devemos ter cuidado com as más companhias, fugindo de ambientes degradados e evitando as ocasiões de pecado.
Levítico 13, 1-2.44-46
1O Senhor falou a Moisés e a Aarão, dizendo: 2«Quando um homem tiver na sua pele algum tumor, impigem ou mancha esbranquiçada, que possa transformar-se em chaga de lepra, devem levá-lo ao sacerdote Aarão ou a algum dos sacerdotes, seus filhos.44O leproso com a doença declarada 45usará vestuário andrajoso e o cabelo em desalinho, cobrirá o rosto até ao bigode e gritará: ‘Impuro, impuro!’ 46Todo o tempo que lhe durar a lepra, deve considerar-se impuro e, sendo impuro, deverá morar à parte, fora do acampamento».
Temos aqui uma pequena amostra da legislação judaica sobre a lepra, uma legislação mais religiosa do que profilática, englobando diversas doenças de pele. A lepra era considerada a pior de todas as doenças e como que uma maldição de Deus, constituindo a pessoa num estado de impureza legal. O leproso era um proscrito, impedido da convivência social, obrigado a guardar determinadas distâncias das pessoas e a avisar quando alguém se aproximava.
1 «O Senhor falou a Moisés e Aarão». Não se entende no sentido de as leis do Levítico, concretamente a chamada «Lei de pureza» (Lev 11 – 16), terem sido directamente reveladas por Deus a Moisés, mas no sentido de que Yahwéh guiou a Moisés na compilação, adaptação e adopção de leis, em grande parte comuns a outros povos; desta maneira elas se tornavam a vontade de Deus para aquele povo.
45 «Impuro». Sobre o conceito de pureza legal, ver supra, nota ao v. 24 do Evangelho da festa da Apresentação do Senhor.

Salmo Responsorial

Salmo 31 (32), 1-2.5.7.11 (R. 7)
Monição: O Salmo Responsorial que vamos meditar fala-nos da felicidade que o perdão de Deus comunica ao pecador.
Refrão: SOIS O MEU REFÚGIO, SENHOR;
DAI-ME A ALEGRIA DA VOSSA SALVAÇÃO.
Feliz daquele a quem foi perdoada a culpa
e absolvido o pecado.
Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade
e em cujo espírito não há engano.

Confessei-Vos o meu pecado
e não escondi a minha culpa.
Disse: Vou confessar ao Senhor a minha falta
e logo me perdoastes a culpa do pecado.

Vós sois o meu refúgio, defendei-me dos perigos,
fazei que à minha volta só haja hinos de vitória.
Alegrai-vos, justos, e regozijai-vos no Senhor,
exultai, vós todos os que sois rectos de coração.

Segunda Leitura

Monição: S. Paulo lembra-nos qual é o caminho para sair da lepra do pecado e de todas as impurezas: ser seus imitadores como ele o foi de Cristo.
Coríntios 10, 31 – 11, 1
Irmãos: 31Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. 32Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à Igreja de Deus. 33Fazei como eu, que em tudo procuro agradar a toda a gente, não buscando o próprio interesse, mas o de todos, para que possam salvar-se. 1Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo.
A leitura com que se concluem neste ano B os retalhos a ler da 1ª aos Coríntios é a conclusão final da longa discussão acerca de comer ou não comer os idolótitos, as carnes de animais que tinham sido imolados em honra dos ídolos.
31 «Fazei tudo para glória de Deus». Como sucede mais vezes nesta epístola, S. Paulo, querendo resolver um caso particular (aqui o da comida das carnes imoladas nos cultos idolátricos e vendidas na praça), enuncia princípios de uma validade universal. Nesta passagem temos uma dessas maravilhosas regras de oiro que resumem toda a moral e espiritualidade cristã.
32 «A Igreja de Deus». S. Paulo designa como Igreja não apenas as comunidades locais, mas também, outras vezes, toda a Igreja universal, que parece ser a visada aqui, como o é no cap. 12, 28 e sobretudo nas epístolas do cativeiro.

Aclamação ao Evangelho

Lc 7, 16
Monição: Jesus é o Médico divino e o Salvador da Humanidade, sempre disposto a perdoar; Ele toca nos leprosos e este fica curado. Aclamemos o Senhor cantando o Aleluia.

ALELUIA

Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo.

Evangelho

São Marcos 1, 40-45
Naquele tempo, 40veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me». 41Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». 42No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. 43Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: 44«Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». 45Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
No relato da cura do leproso não se evidencia apenas o poder e a compaixão de Jesus, mas também a superação da lei antiga, que, como determinava o Lv 13 (cf. 1ª leitura de hoje), declarava impuro o contacto com um leproso. Com efeito, sem que fosse necessário, Jesus «estendeu a mão e tocou-lhe» (v. 41).
40 «Se quiseres, podes curar-me». A oração do leproso é um modelo acabado de oração no que se refere à fé no poder de Jesus e à confiança na sua bondade. Eis o comentário de S. João Crisóstomo: «Não disse: se Tu o pedires a Deus; mas apenas: se Tu o queres. E a Deus, que é misericordioso, não é preciso pedir-lhe, basta expor-lhe a nossa necessidade».
44 «Não digas nada a ninguém». Trata-se da já antes referida «disciplina do segredo messiânico», que Jesus recomendava, especialmente no princípio da vida pública. O povo devia-se ir convencendo pouco a pouco do carácter do messianismo de Jesus, que era espiritual, não político. Assim Jesus evitava ser instrumentalizado pelos nacionalistas exaltados, podendo vir a provocar uma intervenção romana, que impediria a missão do Senhor (cf. Mt 8, 4; 9, 30; 16, 20; 17, 19). Uma divulgação intensiva dos seus milagres acarretaria compreensíveis efervescências populares à volta de Jesus.
Sugestões para a homilia
1. A lepra espiritual: o pecado que degrada a alma e se opões a Deus.
2. A cura da lepra: o pecado pode ser perdoado. A necessária conversão.
3. Na misericórdia de Deus encontraremos a paz e a felicidade.
1. A lepra espiritual: o pecado que degrada a alma e se opões a Deus.
O pecado representa sempre uma falta de confiança em deus. O tentador, pai da mentira, induz ao pecado com a introdução do grande engano, da grande falsidade: a desconfiança em relação a Deus. Com incrível maldade, levanta a suspeita sobre a bondade de Deus e sobre a sua palavra.
«Tentado pelo diabo, o homem deixou morrer no coração a confiança em seu Criador. Abusando da liberdade, desobedeceu ao mandamento de Deus. Nisso consistiu o primeiro pecado do homem. Dali em diante, todo o pecado será uma desobediência a deus e uma falta de confiança na sua bondade» (Catecismo da Igreja Católica, n.º 397).
O pecado é também uma falta contra a razão e contra a verdade, causando danos e prejuízos para nós mesmos; os desequilíbrios, as feridas e as desordens provocadas pelos nossos pecados bem podem comparar-se aos efeitos devastadores da doença da lepra. Porém, a última palavra nesta guerra entre o bem e o mal não a tem o pecado mas a graça de Deus: «Onde abundou o pecado, superabundou a graça». Em Cristo alcançámos a libertação do poder e do predomínio do pecado.
2. A cura da lepra: o pecado pode ser perdoado. A necessária conversão.
A Igreja professa e proclama incessantemente a conversão a Deus. Esta consiste sempre na descoberta da misericórdia divina, isto é, do seu amor que é «paciente e benigno» (1 Cor 13,4); a conversão a Deus é sempre fruto do retorno para junto do Pai, «rico em misericórdia».
Importa muito recuperar a plena confiança filial em Deus. O Senhor não é um déspota nem uma ameaça para o homem, mas um pai. Quem nos criou por amor conhece melhor que ninguém o que nos faz felizes. Importa restabelecer a verdade sobre Deus e sua paterna misericórdia em relação com o homem. Deus ama-nos! Esta é a verdade central do cristianismo. Os seus mandamentos não são um capricho nem uma arbitrariedade. Ao Senhor não Lhe é indiferente que o homem se procure uma lesão a si mesmo e em certas ocasiões – pense-se na droga, na violência, no alcoolismo e na corrupção sexual – se degrade e desça mais baixo que os animais.
3. Na misericórdia de Deus encontraremos a paz e a felicidade.
A misericórdia de Deus é infinita. Infinita é a prontidão do Pai em acolher os filhos pródigos que voltam a casa. São infinitas também a prontidão e a força do perdão que brotam continuamente do admirável valor do Sacrifício de seu Filho Jesus Cristo. Nenhum pecado humano prevalece sobre esta força e nem sequer a limita. Da parte do homem pode limitá-la a falta de boa vontade, a falta de prontidão na conversão e na penitência (Cfr. Divesin Misericórdia, n.º 13).
Purifiquemos os nossos corações, com frequência, no Sacramento da Reconciliação ou da Misericórdia de deus. A Confissão Sacramental é uma verdadeira libertação: apaga o pecado, dissolve o mal cometido, limpa a lepra da nossa alma, dá-nos a graça do perdão. Os cristãos, pela sinceridade da sua vontade de conversão, devem «revoltar-se» diante do aviltamento do homem e proclamar, na sua vida, a alegria da verdadeira libertação do pecado, graças ao perdão de Cristo. É preciso transmitir ao mundo o fogo da misericórdia de Deus e alegria do seu perdão.
«Na misericórdia de Deus o mundo encontrará a paz e o homem a felicidade» (João Paulo II, Cracóvia, 17-VIII-2002).
Fala o Santo Padre
«Cristo é o verdadeiro ‘médico’ da humanidade, que o Pai celeste enviou ao mundo para purificar o homem.»
[…] Nestes domingos, o Evangelho de Marcos apresenta-nos Jesus que, no início do seu ministério público, se dedica completamente à pregação e à cura dos enfermos nos povoados da Galileia. Os inúmeros sinais prodigiosos que Ele realiza nos doentes confirmam a «boa nova» do Reino de Deus. Cristo é o verdadeiro «médico» da humanidade, que o Pai celeste enviou ao mundo para purificar o homem, assinalado no corpo e no espírito pelo pecado e pelas suas consequências.
Hoje, o trecho evangélico narra a cura de um leproso e expressa com grande eficácia a intensidade da relação entre Deus e o homem, resumida num diálogo maravilhoso: «Se quiseres, tens o poder para me purificar!», diz o leproso. «Quero, sê purificado!», responde-lhe Jesus, tocando-o com a mão e purificando-o da lepra (cf.Mc 1, 40-42). Vemos aqui, como que concentrada, toda a história da salvação: aquele gesto de Jesus, que estende a mão e toca o corpo chagado da pessoa que o invoca, manifesta perfeitamente a vontade de Deus, de curar a sua criatura decaída, restituindo-lhe a vida «em abundância» (Jo 10, 10), a vida eterna, repleta, feliz. Cristo é «a mão» de Deus estendida à humanidade, para que a mesma consiga sair das areias movediças da doença e da morte, erguer-se sobre a rocha sólida do amor divino (cf.Sl39, 2-3).
Hoje, gostaria de confiar a Maria «Salus infirmorum» todos os doentes, especialmente os que, em todas as partes do mundo, além da falta de saúde, sofrem também por causa da solidão, da miséria e da marginalização. Transmito um pensamento especial também a quantos, nos hospitais e em todos os outros centros de assistência à saúde, cuidam dos doentes e trabalham pela sua cura. A Virgem Santa ajude cada um a encontrar alívio no corpo e no espírito, graças a uma adequada assistência médica e à caridade fraterna, que sabe fazer-se atenção concreta e solidária.
Bento XVI, Angelus, 12 de Fevereiro de 2006

LITURGIA EUCARÍSTICA

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS: Concedei, Senhor, que estes dons sagrados nos purifiquem e renovem, para que, obedecendo sempre à vossa vontade, alcancemos a recompensa eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

SANTO

Monição da Comunhão
Comungar o Corpo e o Sangue de Jesus é penhor de salvação. Deus, na sua infinita bondade, deu-nos o seu Filho Unigénito. Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
Para poder comungar é necessário acreditar, estar na graça de Deus e respeitar o jejum eucarístico.
Aproximemo-nos, pois, com devoção e comamos deste Pão descido do Céu e penhor de vida eterna.
E aprendamos com Jesus a amar e a dar a vida pelos nossos irmãos.
Salmo 77, 24.29
ANTÍFONA DA COMUNHÃO: O Senhor deu-lhes o pão do Céu: comeram e ficaram saciados.
Ou
Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que Ihe deu o seu Filho Unigénito. Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu, concedei-nos a graça de buscarmos sempre aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
RITOS FINAIS
Monição final
Somos todos convidados para o Banquete eterno onde não haverá mais lágrimas, nem dor, nem morte; enquanto estamos nesta terra, o Senhor prometeu que estará sempre connosco, para nos valer em nossa necessidades espirituais e temporais.
Confiemos sempre na sua imensa misericórdia, dizendo-Lhe muitas vezes: «Jesus, eu confio em Vós». Levemos os nossos parentes e amigos por este mesmo caminho de confiança ilimitada ma misericórdia de Deus.
Celebração e Homilia:          ALFREDO MELO
Nota Exegética:                     GERALDO MORUJÃO
Homilias Feriais:                   NUNO ROMÃO
Sugestão Musical:                 DUARTE NUNO ROCHA