domingo, 5 de junho de 2022

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 05/06/2022

ANO C


SOLENIDADE DE PENTECOSTES


Ano C - Vermelho

“O Espírito Santo anima a comunidade.”

Jo 20,19-23

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Espírito Santo nos reúne numa assembleia de irmãos, com vários dons e ministérios para ouvir a Palavra e viver a alegria da partilha e da comunhão. É Ele que transforma o pão e o vinho nos sinais da páscoa de Cristo dando-nos força para renovarmos a face da terra. Somos hoje revestidos deste Espírito que nos torna testemunhas alegres e corajosas do Cristo Ressuscitado, senhor da vida e da história.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, hoje recordamos o dia em que o mistério pascal atingiu a sua plenitude no dom do Espírito derramado sobre a Igreja nascente. Nós que vivemos nesta grande cidade convivendo com tantas culturas, damos graças ao Pai porque o Espírito revelou a todos os povos o mistério escondido nos séculos e reuniu todas as raças na alegria da salvação. Por força desse mistério, seremos revestidos da força do Espírito para sermos testemunhas do Cristo ressuscitado.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Espírito Santo nos reúne numa assembleia de irmãos, com vários dons e ministérios para ouvir a Palavra e viver a alegria da partilha e da comunhão. É Ele que transforma o pão e o vinho nos sinais da páscoa de Cristo dando-nos força para renovarmos a face da terra. Somos hoje revestidos deste Espírito que nos torna testemunhas alegres e corajosas do Cristo Ressuscitado, senhor da vida e da história.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, hoje recordamos o dia em que o mistério pascal atingiu a sua plenitude no dom do Espírito derramado sobre a Igreja nascente. Nós que vivemos nesta grande cidade convivendo com tantas culturas, damos graças ao Pai porque o Espírito revelou a todos os povos o mistério escondido nos séculos e reuniu todas as raças na alegria da salvação. Por força desse mistério, seremos revestidos da força do Espírito para sermos testemunhas do Cristo ressuscitado.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A solenidade de Pentecostes celebra um acontecimento capital para a Igreja: a sua apresentação ao mundo, o nascimento oficial com o batismo no Espírito. Complemento da Páscoa, a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração e na atividade dos discípulos; início da expansão da Igreja e princípio da sua fecundidade, ela se renova misteriosamente hoje para nós, como em toda assembléia eucarística e sacramental, e, de múltiplas formas, na vida das pessoas e dos grupos até o fim dos tempos. A "plenitude" do Espírito é a característica dos tempos messiânicos, preparados pela secreta atividade do Espírito de Deus que "falou por meio dos profetas" e inspira em todos os tempos os atos de bondade, justiça e religiosidade dos homens, até que encontrem em Cristo seu sentido definitivo.
Fonte: NPD Brasil em 31/05/2020

A FESTA DE PENTECOSTES

A palavra grega “Pentecostes” significa que a festa celebrada nesse dia tem lugar cinquenta dias depois da Páscoa. No Antigo Testamento, tal festa é chamada também “Festa das Semanas”, por ocorrer sete semanas após a Páscoa. Trata-se de uma das três festas mais importantes para a religião judaica, juntamente com a Páscoa e com a festa das Tendas ou Tabernáculos.
Para nós, cristãos, Pentecostes adquire um sentido bastante profundo: é a celebração do Dom de Deus por excelência, o Espírito Santo, feito à Igreja nascente. Conforme narra o livro dos Atos dos Apóstolos, “quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. Então apareceram línguas como que de fogo (...). Todos ficaram cheios do Espírito Santo” (2,1-11). O dom do Espírito com os sinais que o acompanham, o vento e o fogo, nos recorda as manifestações de Deus no Antigo Testamento. Um duplo milagre realça o sentido do acontecimento: por um lado, os Apóstolos “começaram a falar em outras línguas” (At 2,4), por outro, “cada um (na multidão que se aglomerou após o barulho) ouvia os discípulos falar em sua própria língua” (At 2, 6). Esse milagre de audição é um sinal da vocação universal da Igreja, pois esses ouvintes vêm das mais diversas regiões (At 2,5.9-11).
De certo modo, em Pentecostes se realiza o que Deus havia prometido por meio dos profetas: “Esta será a aliança que concluirei com a casa de Israel, depois desses dias, - diz o Senhor: - imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo” (Jr 31, 33). E mais. “Derramarei o meu espírito sobre todo ser humano, e vossos filhos e filhas profetizarão” (Jl 3,1). Porém, Pentecostes é, sobretudo, cumprimento da promessa de Jesus aos seus discípulos: “Rogarei ao Pai e ele vos dará outro Paráclito, para que convosco permaneça para sempre, o Espírito da Verdade...” (Jo 14,16-17). E ainda: “Receberei uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e a Samaria, e até os confins da terra” (At 1,8).
Vale lembrar, contudo, que Pentecostes não se tornou com isso uma festa (da Pessoa) do Espírito Santo. Não existe festa das Pessoas da Santíssima Trindade. Pentecostes continua sendo uma festa pascal. Há um único ciclo litúrgico e ele é cristológico e pascal (Y. Congar).
Pe. Leandro Manoel de Souza
Fonte: NPD Brasil em 31/05/2020

O CONSOLADOR QUE JESUS NOS DEIXOU

Em Pentecostes, festejamos o nascimento da Igreja. Até então, os apóstolos estavam ainda fechados no cenáculo, com medo e sem assumir a missão que Jesus lhes havia confiado. Quando o Espírito Santo desceu sobre eles, abriram as portas e se tornaram “Igreja em saída missionária”. Começaram a anunciar o Evangelho com destemor e a realizar os sinais, como Jesus lhes havia recomendado. E a Igreja se manifesta ao mundo como o novo “corpo de Cristo”, animado pelo Espírito Santo, a dar testemunho de Jesus e do reino de Deus.
No discurso de despedida aos apóstolos, no final da última ceia, Jesus percebeu que eles estavam tristes e desconsolados diante das palavras de Jesus, que lhes falava de sua partida para o Pai e de sua ausência concreta junto deles (cf Jo 14). Jesus lhes assegurou então que haveria de enviar um “outro Consolador”, para que estivesse sempre com eles. Assegurou que não os deixaria órfãos (cf Jo 14, 16-18). Prometeu-lhes o Espírito Santo, Espírito da Verdade, como constante consolo e companhia. Enquanto Jesus estava com eles, era ele mesmo quem os consolava e conduzia na verdade. Depois de sua ausência visível, é o Espírito Santo quem assume esse papel na comunidade dos discípulos.
Com a graça e os dons do Espírito Santo, os apóstolos enfrentaram as maiores adversidades, perseguições e o próprio martírio, por causa de Jesus e do Evangelho. Com a certeza da presença e da ação do Espírito Santo, eles anunciaram o Evangelho com alegria e entusiasmo, mesmo diante das ameaças e perseguições.
O mesmo Espírito Consolador, Espírito da Verdade, acompanha e assiste a Igreja em todos os tempos e ainda hoje. As tristezas das perseguições e as frustrações por ver minguar os frutos do Evangelho e da vida cristã não devem ser motivos para tristeza e desânimo. Em nossos dias, infelizmente, muitos estão descrentes da Igreja e a criticam asperamente, mesmo fazendo parte dela. As críticas justas devem levar à conversão e à humildade, na docilidade ao Espírito da Verdade. As críticas injustas não devem levar ninguém ao desânimo, mas a uma renovada confiança no Espírito Consolador, que não desampara jamais a sua Igreja.
Estamos no 3º ano do sínodo arquidiocesano, num esforço conjunto para fazer um “caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” em nossa Igreja em São Paulo. Desde o início desse caminho sinodal, confiamo-nos ao Espírito Santo, que é a alma da Igreja e a renova constantemente, ajudando-a a responder de maneira adequada à missão recebida de Jesus. Ele é o Espírito da Verdade, ao qual devemos ser atentos e dóceis. Mas também é o Espírito Consolador, que nos assiste e conforta nesse caminho nem sempre fácil de conversão, dando-nos a certeza de que nem tudo depende somente de nós. Se fizermos bem a nossa parte, o Espírito Santo não deixará de despertar vida nova e um renovado dinamismo em nossa Igreja.
Portanto, nesta solenidade de Pentecostes, invoquemos mais uma vez com fé e confiança o Espírito Consolador, prometido por Jesus aos apóstolos e também a nós. Na luz e na suave força do Espírito Santo, saberemos responder aos desafios que nossa Igreja tem a enfrentar.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
Fonte: NPD Brasil em 31/05/2020

O ESPÍRITO QUE RENOVA A IGREJA

A solenidade de Pentecostes lembra o nascimento da Igreja. Quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos, eles deixaram de lado o medo e se lançaram a anunciar o Evangelho de Jesus. Pela força do mesmo Espírito Santo, sua pregação tocava os corações e os convertia, de maneira que muitos pediam o batismo e começavam a participar da comunidade cristã nos seus inícios.
O mesmo Espírito Santo também continuou a agir ao longo da história da Igreja. Da sua ação suave e constante, vieram os frutos de conversão, santidade, dinamismo missionário e o heroísmo dos mártires e dos apóstolos da caridade. Graças à ação do Espírito Santo, a Igreja conseguiu atravessar inúmeras dificuldades e crises e manter-se fiel à verdade da fé testemunhada pelos apóstolos. O Espírito Santo concede os seus dons aos membros da Igreja para que, de muitas maneiras diversas, cada um deles contribua com a sua parte para a edificação da Igreja e o cumprimento de sua missão.
A Igreja em todo o mundo vive o sínodo universal, como experiência de “comunhão, participação e missão”. O Espírito Santo suscita comunhão e fraternidade. A desunião, o ódio e as desavenças na Igreja e na sociedade não vêm do Espírito de Deus. O mundo e também a Igreja do nosso tempo precisam muito acolher novamente o Espírito que desperta a união, a fraternidade e a sensibilidade diante da dor do próximo.
A Igreja precisa muito da participação de todos os seus membros, pois todos receberam dons e capacidades do Espírito Santo, para participarem da vida e da missão da Igreja. Na Igreja, não fazem todos a mesma coisa, mas cada um contribui à sua maneira para o bem da Igreja: como padre ou religioso, como leigo, casado, solteiro ou consagrado, com uma profissão, ou outra... Todos têm o seu dom, para participar ativamente da vida da Igreja, na qual não deve haver acomodação passiva. Na Igreja, todos participam dos mesmos bens espirituais e são animados pela mesma esperança da salvação eterna.
A Igreja existe para a missão e todos os batizados têm parte na responsabilidade de anunciar, testemunhar e transmitir o Evangelho. A missão da Igreja pode ser exercida de muitos modos, graças aos dons diversos e às muitas vocações que o Espírito Santo suscita no povo de Deus. A ação missionária não é tarefa para uns poucos, mas para todos os membros da Igreja.
Que o Espírito Santo renove a Igreja em nossa Arquidiocese, para vivermos a fé, a esperança e a caridade de forma intensa e profunda. Que ele afaste de nós todo medo e cansaço, todo indiferentismo paralisante e nos torne fiéis discípulos missionários de Jesus Cristo. Assim, nossa Igreja será renovada por dentro e florescerá, para dar muitos frutos novos.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo

Comentário do Evangelho

O Senhor nos envia, da parte do Pai, o Espírito Santo.

Com a solenidade de Pentecostes encerra-se o tempo da Páscoa. A promessa da vinda do Espírito Santo feita por Jesus se realiza. A promessa do Espírito Santo para o testemunho dos discípulos (At 1,8) se realiza hoje. Elevado à Glória celeste, o Senhor nos enviou da parte do Pai o Espírito Santo que o conduziu ao longo de toda a sua vida, para que também sejamos iluminados por ele, que é o dom de Deus oferecido a nós para o testemunho de Cristo. O dom do Espírito é o dom dos tempos escatológicos, o dom definitivo de Deus como cumprimento de toda a sua promessa. Hoje, Deus derramou o seu espírito sobre “toda carne” (cf. Jl 3,1-5). A humanidade inteira é destinatária desse poder que vem do alto. O Espírito é dado para fazer compreender e viver a palavra de Jesus Cristo.
A festa cristã de Pentecostes coincide com a festa judia de Pentecostes (cf. At 1,1). De uma festa agrícola (Ex 12,15-17; Ex 34,22; Dt 16,10), o pentecostes judeu passou, no período pós-exílico, a ser a festa comemorativa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19,1). O adjetivo ordinal “pentecostes” indica o último dia de uma série de cinquenta dias. Essa coincidência intencional das duas tradições tem por finalidade fazer compreender que o Espírito Santo é a lei interna da caridade. Todo o relato dos Atos dos Apóstolos precisa ser bem compreendido para que o sentido do texto não se desvirtue nem a mensagem do texto seja prisioneira de certas concepções equivocadas. O relato possui elementos claríssimos da teofania do Sinai: barulho ensurdecedor, fogo, espanto (cf. Ex 19,16). São elementos que, na cultura bíblica de uma determinada época, indica a presença do próprio Deus. O barulho enche toda a casa do mesmo modo que o Espírito Santo enche todos os que nela estão (vv. 2.4). Depois de um elemento sonoro, tem-se um elemento visual: “como que línguas de fogo” (v. 3). Essas línguas de fogo simbolizam o poder de Deus que faz falar. O Espírito Santo é o poder de Deus que faz falar as maravilhas de Deus (v. 11), sobretudo, o que Deus fez por toda a humanidade por seu Filho Jesus Cristo. Não se trata, aqui, de glossolalia, mas um modo de afirmar a universalidade da missão da Igreja: o dom do Espírito impulsiona a Igreja a assumir cada cultura, a língua de cada povo, para poder fazer chegar a cada pessoa a graça do amor de Deus manifestada no Senhor Jesus Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o teu Espírito Santo me recrie inteiramente, de modo a banir para longe de mim todo medo e toda insegurança que me impedem de dar testemunho do teu Reino.
Fonte: Paulinas em 08/06/2014

Vivendo a Palavra

Cada um recebe o dom do Espírito para a utilidade de todos.’ Lembremos que este é o critério para discernir os dons do Espírito: eles são dados para a utilidade comum, jamais para deleite pessoal ou uso egoístico. Nossos dons devem ser reconhecidos com gratidão e desenvolvidos para serem colocados a serviço da comunidade e do bem de todos.
Fonte: Arquidiocese em 08/06/2014

VIVENDO A PALAVRA

‘Cada um recebe o Dom do Espírito para a utilidade de todos.’ Lembremos que este é o critério para discernir os Dons do Espírito: eles são dados para a utilidade comum, jamais para deleite pessoal ou uso egoístico. Os dons que nos foram emprestados pelo Pai devem ser reconhecidos com gratidão e desenvolvidos para serem colocados a serviço da comunidade e para o bem de todos.
Fonte: Arquidiocese em 31/05/2020

Reflexão

Pentecostes - O ESPIRITO SANTO

Com a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes, os apóstolos partiram em todas as direções do mundo para começar a grande obra de evangelização da Igreja. São Pedro explica que “está acontecendo o que foi anunciado pelo profeta Joel: nos últimos dias, diz o Senhor, derramarei do meu Espírito sobre toda carne, e vossos filhos e filhas profetizarão…” (At 2,16s). São Paulo, por sua vez, é preenchido pelo Espírito Santo antes de dedicar-se ao ministério apostólico, como também santo Estêvão, quando foi escolhido para exercer a diaconia e, mais tarde, testemunhou o martírio. O mesmo Espírito que inspira são Pedro, são Paulo e os outros apóstolos desce também “sobre todos os que estavam escutando a Palavra” (At 10,44).
“Com a ajuda do Espírito Santo, a Igreja cresce” (At 9,31). O Espírito é a alma da Igreja. É ele que dá a entender aos fiéis o significado profundo do ensinamento de Jesus e do seu mistério. É o Espírito que, hoje como no início da Igreja, age em cada evangelizador que se deixa possuir e conduzir por ele; que a todos sugere as palavras que por si não saberiam dizer. É também ele que predispõe a alma de quem o escuta para se abrir ao acolhimento da boa-nova e ao reino anunciado.
A evangelização, com sua pedagogia e testemunho, deve ser conduzida pela ação do Espírito Santo, que age no interior do cristão.
Supliquemos todos os dias:
“Vinde, ESPÍRITO SANTO, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da terra”.
Oremos: Ó Deus, que iluminais os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que, pelo mesmo Espírito, saibamos o que é reto e gozemos sempre de suas consolações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!”
D. Orani João Tempesta, O.Cist.
Cardeal Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro
Fonte: Paulus em 08/06/2014

Reflexão

Pistas para a reflexão:

I leitura: A comunidade santificada pelo Espírito fala de modo que todos entendem.
II leitura: Os dons recebidos do Espírito são para a edificação da comunidade.
Evangelho: A presença do Espírito, prometido por Jesus, torna a comunidade acolhedora e reconciliadora.
Fonte: Paulus em 08/06/2014

Reflexão

Domingo de Pentecostes

ASSIM COMO O PAI ME ENVIOU, TAMBÉM EU VOS ENVIO:
RECEBEI O ESPÍRITO SANTO!”

Primeira Leitura: Atos 2,1-11;
Salmo 103(104), 1ab.24ac.29bc-30.31.34 (R.30);
Primeira Leitura: 1Coríntios 12,3b-7.12-13;
Evangelho: João 20,19-23.

Situando-nos brevemente

Hoje, celebração de Pentecostes, recordamos o dia em que a comunidade é revestida pela força do espírito Santo para ser testemunha do Senhor ressuscitado, que a envia a anunciar o evangelho a todos os povos, línguas e nações.
Esta festa ativa, em cada um de nós, a vocação e a capacidade para o encontro, para o amor, para a união, para a doação, como pede a aclamação ao evangelho: “Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor”.
No Pentecostes, o mistério pascal é celebrado como um todo (morte, ressurreição, ascensão, envio do Espírito.)
Neste dia, o mistério pascal atinge sua plenitude no dom do espírito derramado em nossos corações. Imbuídos deste mesmo Espírito somos capacitados para o anúncio da Boa Notícia, sem temer perseguições e morte.
Toda a comunidade é chamada a colaborar com o Espírito da vida para renovar o mundo.

Recordando a Palavra.

A leitura do evangelho de João acentua que o Espírito Santo é dom da Páscoa de Jesus. A exaltação de Cristo, na cruz e na glória, é a fonte do espírito, que jorra do seu lado aberto, da doação total de sua vida por amor. O Ressuscitado se manifesta na comunidade reunida, no primeiro dia da semana, para celebrar o memorial de sua Páscoa.
A sua presença comunica a verdadeira paz, que o mundo não pode oferecer: “Jesus entrou e pôs-se no meio deles. Disse: A paz esteja convosco” (20,19). A paz do Ressuscitado liberta do medo e fortalece  a fé dos discípulos, diante das adversidades e perseguições por causa de sua mensagem.
Jesus, mediante a vida, a morte salvífica e a ressurreição, revelou a paz como plenitude dos bens salvífico a que confirma seus seguidores no caminho de fidelidade ao projeto do Pai. A paz é dádiva da entrega total de Cristo, revelada nos sinais da paixão nas mãos e no lado. O encontro com o Senhor faz compreender que a força da ressurreição, da vida nova nasce do amor doado até o extremo da morte na cruz. Os discípulos “ se alegram  por verem o Senhor” (20,20), o Ressuscitado, presente na caminhada de fé, esperança e amor fraterno.
Como o enviado do Pai, Jesus confirma os discípulos na missão: “Como o pai me enviou, também eu vos envio” (20,21). Jesus manifesta a força do seu Espírito, que impulsiona os discípulos a abrir as portas, para anunciar a paz e a alegria de sua ressurreição. O Espírito Santo, prometido antes da partida (16,7), é sinal que plenifica a Páscoa de Jesus e faz renascer a nova criação, a vida plena: “Então, soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo” (20,22). O sopro do Espírito remete a Gn 2,7, quando deus soprou e fes renascer o ser humano, para receber o sopro da vida, do amor, da verdade, afim  de exercer a missão com eficácia.
Os discípulos, com a força do Espírito do ressuscitado, são transformados e enviados para construir um mundo novo de paz e de fraternidade. Eles são iluminados e guiados pelo Espírito, na compreensão da missão salvadora de Jesus, o “Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo” (1,29). O dom do Espírito de Jesus capacita os discípulos a libertar o mundo das forças opressoras do pecado: “A quem perdoardes os pecados, serão perdoados” (20,23). Em comunhão com Jesus, os discípulos tornam-se instrumentos de reconciliação e de paz, portadores de sua misericórdia, de sua bondade e perdão que renova o mundo.

A primeira leitura dos Atos dos Apóstolos narra a manifestação do Espírito Santo na comunidade reunida, para celebrar a festa de Pentecostes. Essa festa antiga celebrava as primícias das colheitas (Ex 23, 14-16; 34,22). Mais tarde, foi relacionada ao evento salvífico do êxodo, para celebrar a aliança, o dom da Lei no Sinai. Juntamente com a Páscoa e as Tendas, Pentecostes tornou-se uma das três grandes festas de romaria de Jerusalém (Dt 16,1-17). As imagens do vento e do fogo evocam a revelação de Deus no Sinai, a aliança firmada em sua palavra (Ex 19,16. 18; Dt 4,36). O vento ao ouvido e o fogo caracterizam a ação do Espírito de Deus, que conduz os discípulos à escuta atenta da palavra e ao compromisso missionário.
Os “judeus devotos, de todas as nações que há debaixo do céu” (2,5), a diversidade de povos reunidos para celebrar a festa de Pentecostes expressam o sentido universal da mensagem libertadora de Jesus. A ação do Espírito de Deus realiza o anúncio profético: “Derramarei o meu Espírito sobre os viventes” (Jl 3,1; cf. At 2,17). Os discípulos, conduzidos pelo Espírito Santo, proclamam a Boa Nova de Cristo, que reúne os povos na Lei do amor. Todos ouvem o anúncio das maravilhas da salvação, manifestadas na vida, morte e ressurreição de Cristo, em sua língua, em sua cultura. O testemunho do evangelho abre caminhos e congrega os povos na comunhão fraterna, reconstruindo a unidade perdida desde Babel (cf. Gn 11).

O salmo 103 (104) é um hino de louvor que celebra o Deus Criador, que faz resplandecer sua glória e sabedoria. O sopro de Deus assegura a existência às criaturas e renova a face da terra: “Se a respiração lhes tiras, morrem e voltam ao pó. Mandas teu espírito, são criados, e assim renovas a face da terra”. O dom do Espírito Santo de Cristo glorificado anima e conduz os cristãos no caminho da vida nova.

Na segunda leitura da primeira carta aos Coríntios, o Espírito de Deus proporciona viver a unidade da fé em Cristo, na diversidade de ministérios a serviços do reino. Paulo afirma que ninguém é capaz de dizer: “Jesus é o Senhor”, a não ser pelo Espírito Santo. O mesmo Espírito, que conduz à adesão da fé no Ressuscitado, une também na diversidade de dons, de ministérios e de atividades. O dom do espírito se manifesta em cada pessoa “em vista do bem de todos” (12,7), para a edificação da comunidade. O amor em Cristo impulsiona a trabalhar e, benefícios de todos, a fim de tornar o mundo melhor e mais humano.
O Espírito Santo guia no caminho de identificação com Cristo, faz superar as barreiras para formar um só corpo, na unidade da fé e do amor fraterno: embora sejamos muitos, formamos um só corpo com Cristo (cf. 12,12). Não importa ser judeu ou grego, escravo ou livre, pois em Cristo, “fomos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo” (12,13). A fonte do mesmo Espírito, manifestada na vida, morte e ressurreição de Cristo, alimenta o caminho batismal, a vida nova a ser testemunhada no cuidado especial aos membros mais fragilizados da comunidade (cf. 12,22-23).

Atualizando a Palavra

A alegria da ressurreição se plenifica com a manifestação do Espírito Santo, que transforma a vida dos seguidores e seguidoras de Jesus. Fortalecidos pelo Espírito do Ressuscitado, os discípulos anunciam a Boa-Nova da salvação em todas as línguas e culturas. O Espírito Santo guia nossa missão, ajudando-nos a permanecer em comunhão com Jesus, como ramos ligados à videira para produzir bons e abundantes frutos (cf. Jo 15,1-17). Iluminados  e conduzidos  pelo amor de Jesus ressuscitado, testemunhamos a vida nova no Espírito.
O encontro com o Ressuscitado liberta do medo e abre as portas  para o anúncio da alegria, da paz e da reconciliação, que une os povos na fraternidade. O Papa Francisco afirma que é necessário ser evangelizado cm espírito, isto é, evangelizadores que se abrem sem medo à ação do Espírito Santo. No Pentecostes, o Espírito Santo faz os Apóstolos saírem de si mesmos e os transforma em anunciadores das maravilhas de Deus, que cada um começa a entender na própria língua. Além disso, o Espírito Santo infunde a força para anunciar a novidade do evangelho com ousadia (parresia), em voz alta e em todo o tempo e lugar, mesmo contra a corrente. Invoquemos o Espírito, hoje, bem apoiados na oração, sem a qual toda ação corre risco de ficar vã e o anúncio desprovido de alma. Jesus quer evangelizadores que anunciem a Boa-Nova, não só com palavras, mas, sobretudo, com uma vida transfigurada pela presença de Deus (Evangelii Gaudium, 259).
O Espírito assegura a unidade da fé, na diversidade de “dons, ministérios e atividades”, cuja finalidade é a edificação da comunidade. “O Espírito Santo enriquece toda a Igreja evangelizadora também com diferentes carismas. São dons para renovar e edificar a Igreja. Não se trata de um patrimônio fechado, entregue a um grupo para que o guarde; mas são presentes do espírito integrados no corpo eclesial, atraídos para o centro que é Cristo, de onde são canalizados em um impulso evangelizador. Um sinal claro da autenticidade de um carisma é a sua eclesialidade, a sua capacidade de se integrar harmoniosamente na vida do povo santo de deus para o bem de todos. Uma verdadeira novidade suscitada pelo Espírito não precisa fazer sombra sobre outras espiritualidades e dons para se firmar a si mesma. Quanto mais um carisma dirigir o seu olhar para o coração do evangelho, tanto mais eclesial será o seu exercício. É na comunhão, mesmo que seja fadigosa, que um carisma se revela autêntica e misteriosamente fecunda. Se vive este desafio, a Igreja pode ser um modelo para a paz no mundo” (Evangelii Gaudium, 130).
O dom do Espírito Santo harmoniza todas as diversidades, suscitando o amor e a fraternidade entre os povos. Conduzidos pelo Espírito, formamos um só corpo em Cristo, que se completa com a vida e a missão de cada membro a serviço do reino de Deus. Renovados pelo Espírito Santo, como o Pentecostes, possamos falar a linguagem do amor, da justiça e da paz, que une os povos na fé em Jesus ressuscitado. O Espírito de Deus, que conduziu a missão Ed Cristo, permanece sempre conosco para guiar nosso caminho de discípulos missionários.

Ligando a Palavra com a ação eucarística.

Hoje, para levar à plenitude os mistérios pascais, o Senhor derrama sobre nós seu Espírito (cf. prefácio).
Já no início, suplicamos que o Senhor: “santifique a Igreja toda e derrame por toda a extensão do mundo os dons do Espírito Santo” (oração do dia) e, de fato, o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito do Senhor que habita em nós (antífona de entrada).
O Senhor Ressuscitado se coloca no nosso meio e sopra sobre nós. Dele recebemos o dom do Espírito Santo. Este vento forte, fogo abrasador, nos tira da dispersão e nos faz sempre mais um só corpo em cristo Jesus. Esse mesmo Espírito nos ensina a rezar. Sem Ele, como diz\ o apóstolo Paulo, nós seríamos incapazes de dizer “Abba Pai”.
Do Espírito recebemos os diversos dons, embora sejamos muitos membros, formamos um só corpo, pois todos nós bebemos de um único Espírito.
Renascidos pela água e pelo Espírito, nos tornamos comunidade de fé, presença e prolongamento do cristo ressuscitado na realidade bem concreta, sobretudo lá onde se faz mais necessário, pois, assim como Jesus, o Espírito é derramado sobre nós e nos envia para anunciar a Boa-Nova aos pobres; para proclamar a liberdade aos cativos e aos cegos e recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor.
Que hoje se cumpra em nós esta palavra de Escritura e nos faça missionários sem-fronteiras.

Sugestões para a celebração

Cuidar do espaço para que seja expressão da Páscoa do Senhor, destacando o círio pascal, a fonte batismal, a mesa da Palavra e a mesa eucarística. Preparar um candelabro ou um lugar adequado para colocar as sete velas.
É bom que façam parte da procissão de entrada pessoas que exercem ministérios na comunidade.
Durante o canto da seqüência, os membros da assembléia podem acender suas velas no círio pascal e nas sete velas, mantendo-as acesas até o final d Evangelho.
Após a homilia, pode ser feita a bênção da água, em seguida a renovação das promessas batismais e, por último, a aspersão.
Dar destaque ao envio em missão, utilizando a bênção solene para Pentecostes, conforme o Missal Romano.
Os cantos sejam preparados com antecedência, prevendo ensaios. O Hinário Litúrgico da CNBB possui ótimas sugestões. As melodias estão gravadas no CD Liturgia XVI – Páscoa – Ano A.
Fonte: Emanarp em 08/06/2014

Homilia da Solenidade de Pentecostes, por Pe. Paulo Ricardo


Neste Domingo, a Igreja celebra a grande Solenidade de Pentecostes. Jesus glorioso envia do Céu o Divino Espírito Santo, convidando-nos a participar da comunidade de amor que é a Trindade.
É propícia para este dia uma reflexão sobre o sacramento da Confirmação: primeiro, porque não raro nos falta entender o que ele realmente significa; segundo, porque a festa de Pentecostes é como uma memória do dia em que fomos ungidos com o santo Crisma: assim como os Apóstolos trancafiados no Cenáculo por medo dos judeus foram convertidos pelo Espírito em pessoas cheias de dons sobrenaturais, assim também nós, quando recebemos este sacramento, tivemos nossas forças espirituais robustecidas por ele.
Mas, de que se trata este sacramento? Por que precisamos de uma “confirmação”? Primeiro, deve-se entender que o Espírito nos pode ser dado em graus diferentes: no Batismo, nós já O recebemos, mas, na Confirmação, quando o bispo impõe as mãos sobre o crismando e diz: “Recebe por este sinal o Espírito Santo, o Dom de Deus”, há um aumento dessa realidade dentro de nós. Fazendo uma comparação com o nosso desenvolvimento físico, o Batismo é como o nosso nascimento e a Confirmação, como o nosso crescimento, que nos impulsiona a chegar um dia “à estatura do Cristo em sua plenitude” [1].
Quando somos crismados, o sacramento dá-nos duas coisas: a graça e o caráter. Este último é um selo do Espírito: é recebido ainda que o crismando, infelizmente, esteja em estado de pecado. O mais importante da Confirmação, no entanto, é a graça que ele nos dá de testemunhar Jesus. Um cristão maduro, crismado, precisa dar testemunho de sua fé. Quem ainda não recebeu este sacramento se assemelha aos Apóstolos fechados no Cenáculo, ignorando o apelo de Cristo de que todos os povos fossem batizados e ensinados a observar o que Ele os ordenou [2].
Para testemunhar Jesus, no entanto, é preciso que nos livremos da pusilanimidade, do respeito humano, do desejo de agradar as pessoas. Manifestar a fé cristã, mormente no mundo pagão de hoje, significa necessariamente desagradar o juízo dos homens, tornar-se motivo de zombaria e chacota. Não à toa a palavra “testemunho”, em grego, é μαρτυρία (martyría). A fibra dos mártires, no entanto, só pode ser alcançada com o auxílio do Paráclito, que Cristo nos prometeu na Última Ceia [3]. Pela Confirmação, este Espírito desce sobre nós e “investe-nos” como soldados de Cristo, a fim de que combatamos o diabo, o mundo e a carne, não mais “como criancinhas recém-nascidas” [4], mas como cristãos verdadeiramente adultos.
Muitas vezes, porém, os sacramentos que recebemos estão, por assim dizer, “amarrados” dentro de nós. Para que eles se manifestem e deem frutos, é preciso que tenhamos atitudes concretas.
Primeiro, devemos obrigar-nos a adquirir um conhecimento mais profundo sobre a fé cristã. Para testemunhar Cristo íntegra e fielmente em nossa casa, em nosso emprego, no ambiente universitário etc., é preciso que estudemos a fé da Igreja, os documentos do Magistério e os ensinamentos dos santos. Além do mais, não se ama aquilo que não se conhece. Como incendiar os outros com o amor de Cristo se nós mesmos não O amarmos?
Segundo: como já dito, é preciso varrer de nossa vida o respeito humano, que é incompatível com a valentia dos soldados. Hoje, infelizmente, as pessoas sentem-se acanhadas, porque o mundo colocou em suas cabeças que a fé é uma realidade privada e que, se a exercermos em público, estaremos ofendendo os outros. Mas, isso não é verdade. Se o ateísmo, que também é uma atitude religiosa, é ampla e publicamente vivido pelos homens, por que não o Cristianismo?
Terceiro, o apostolado é inseparável da vida cristã. “Caritas Christi urget nos – O amor de Cristo nos impele” [5]. Se não transmitirmos a doutrina de Cristo aos outros, nós mesmos terminaremos naufragando na fé.
Quarto, é importante pedir a Deus as graças atuais para travarmos o bom combate, além de estar atentos às inspirações de Deus. Para tanto, devemos combater não só o pecado mortal, mas também os pecados veniais.
Essas orientações são, é claro, para quem já recebeu a Confirmação. Quem ainda não a recebeu, é chamado a fazê-lo, para que possa progredir no amor a Deus e pedir com mais fervor sobre si e sobre as almas a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

Referências:
Ef 4, 13.
Cf. Mt 28, 19-20.
Cf. Jo 14, 16.
1 Pd 2, 2.
2 Cor 5, 14.
Fonte: Reflexões Franciscanas em 08/06/2014

Reflexão

Solenidade de Pentecostes

O Evangelho de João nos apresenta Jesus, na tarde do Domingo de Páscoa, soprando o Espírito sobre seus discípulos, que estão reunidos no Cenáculo a portas fechadas com medo dos judeus.
Colocar Jesus agindo na tarde de Páscoa significa que Ressurreição e Pentecostes estão unidos. O Espírito vem quando a Comunidade está reunida para celebrar a memória da morte e ressurreição de Jesus.
O sopro de Jesus, dando o Espírito, nos recorda o sopro do Pai sobre o homem feito de barro, dando-lhe a vida. Jesus sopra sobre a Comunidade dando-lhe Vida, criando a Igreja.
Estar com as portas fechadas significa o bloqueio em que se encontram para testemunhar Jesus Ressuscitado. É a presença do Espírito que leva à continuidade da missão do Senhor, a instaurar a vitória da Vida.
Medo é sinal de morte, por isso eles, sem o Espírito estão amedrontados, ainda dominados pelo poder da morte. O sopro de Jesus dá a Vida, dá o Espírito Santo que faz nova todas as coisas.
Essa nova Humanidade forjada pela redenção, pela ressurreição de Jesus, porta o Espírito do Senhor para continuar sua missão salvífica.
Evidentemente essa missão redentora terá sua expressão no perdoar e no reter os pecados.
Pecado é ir contra a liberdade e a vida. Se existe o arrependimento e o propósito de mudança, existe o sinal da presença do Espírito. Contudo, se existe a perseverança no erro, na opção pela morte, se torna impossível perdoar – restituir a vida – já que a opção da própria pessoa foi a morte.
Entendamos, não é a Igreja que não perdoa, ela não tem essa missão, ao contrário, ela trabalha o arrependimento favorecendo condições para isso, mas depende da pessoa abrir ou não seu coração ao Espírito. Será o Espírito, que é o Espírito da Vida, que provocará o arrependimento, que perdoará.
Peçamos ao Espírito Santo, o Espírito da Vida, da União, do Amor, que venha sobre nós, sobre as pessoas que amamos, sobre todos e recrie em nós o Homem segundo o Coração de Jesus, segundo os desejos de Deus. Assim, a partir de onde vivemos, o mundo será outro, será verdadeiramente um mundo onde reina a justiça e a paz. Não tenhamos medo de anunciar a Vida, de irmos contra a cultura de morte que nos é imposta através do consumismo, da valorização do prestígio, do ter, do levar vantagem e de tantas propostas que levam o Homem à escravidão e à morte.
Permitamos ao Espírito nos renovar, destruir em nós aquilo que é caduco, voltado à finitude, nos recriando como cidadãos livres!
Sejamos irmãos e filhos no Espírito.
Fonte Rádio Vaticana
Fonte: Liturgia da Palavra em 08/06/2014

Reflexão

No mesmo dia da Páscoa, o Ressuscitado aparece aos apóstolos medrosos e lhes deseja a paz: “A paz esteja com vocês”. É o desejo de plenitude que o Mestre lhes oferece. É a primeira boa notícia que recebem e a dádiva por excelência que os auxilia na superação do medo. Após uma segunda saudação com o desejo da paz, os discípulos são convidados a dar continuidade à obra do Mestre; para isso são enviados. Em seguida, é soprado sobre eles o Espírito Santo: trata-se da certeza da presença do Ressuscitado e de sua força na missão dos seus. Com o sopro do Espírito, o Ressuscitado renova a ação de Deus criador, que deu vida ao ser humano. Ser humano criado para viver a paz, a reconciliação e a harmonia com os seus semelhantes. Com o sopro do Espírito, Jesus ressuscitado impele sua Igreja a sair de si, a não ficar trancada entre quatro paredes, mas se lançar ao mundo, superando o medo e o comodismo. Com a solenidade de Pentecostes, temos o nascimento da Igreja de Jesus.
Oração
Divino Mestre, conforme tua promessa, enviaste o Espírito Santo para o perdão dos pecados, que são obras injustas, contrárias ao teu Reino. Ó Jesus, ajuda-nos a reconhecer e a corrigir nossos pecados, a fim de reatar a comunhão contigo, com o Pai e com o Espírito Santo. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 31/05/2020

Reflexão

Após o trágico fim de Jesus na última sexta-feira, os discípulos se refugiam e, por medo, trancam as portas do lugar em que se encontram. As portas fechadas, porém, não impediram o Ressuscitado de se fazer presente. É o primeiro dia da semana. O primeiro dia é sempre momento de recomeçar, de olhar confiante para a frente. O medo atrapalha o lançar-se para a frente, constitui-se num obstáculo. Ao entrar, o Ressuscitado lhes deseja a paz, sopra sobre eles o Espírito Santo e os convida a viver a reconciliação. É um programa completo que o Ressuscitado deixa para quem deseja segui-lo. A paz é o primeiro desejo e dom por excelência que Cristo ressuscitado propõe. Paz é plenitude de vida, a que toda pessoa tem direito. O cristão procura viver a paz e a propaga no meio da sociedade que se torna cada vez mais violenta. Paz é proposta de fraternidade e vivência da reconciliação e do perdão. Para viver esses valores, o Ressuscitado sopra seu Espírito, que acompanha cada fiel ao longo de sua vida. É o mesmo sopro que deu vida ao “boneco de barro” no início da criação da humanidade. Ele cria, recria e humaniza. O sopro do Ressuscitado cria a nova comunidade dos seus seguidores. Sem esse sopro divino, somos incapazes de viver a esperança, a paz e o perdão, e de levar esses valores ao mundo.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Você transmite paz? - Como se pode cumprir esta missão? - É fácil ser mensageiro de paz? - Você busca o perdão de Deus? - Em que circunstâncias é possível buscar o perdão?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 08/06/2014

Meditando o evangelho

EU VOS ENVIO!

A comunidade cristã primitiva situou a celebração do dom do Espírito Santo na festa judaica de Pentecostes, festejada 50 dias após a oferta a Deus do primeiro feixe de cevada. O pentecostes judaico estava essencialmente ligado à colheita. Daí ser uma festa alegre e jubilosa, onde se louvava a Deus pelo abundância do trigo, sinal de fartura, de bem-estar, de felicidade. Numa sociedade agrícola, nada melhor que uma boa colheita.
O Pentecostes cristão é, também, de certa forma, uma festa de colheita. Nele se celebra os frutos do amor de Deus derramado no coração humano, movendo-o para a fé, resgatando-o da morte, abrindo-o para o amor e a solidariedade, levando-o a superar toda forma de egoísmo e escravidão, refazendo nele a dignidade de filho de Deus. Todo ser humano, independentemente de raça, gênero, ou condição social, é chamado a beneficiar-se da misericórdia divina. Os primeiros cristãos perceberam que isto já estava acontecendo, e reconheceram aí a ação do Espírito de Deus.
Ao longo de seu ministério, Jesus havia prometido aos discípulos dar-lhes o Espírito Santo, como auxílio para a missão que lhes seria confiada. Ele teria a função de recordar-lhes tudo, inspirá-los nos momentos de dificuldade, para não desanimarem. "Recebei o Espírito Santo". Desta forma, Jesus realiza a sua promessa. Daí para a frente, tratava-se de plantar, pois o Pai garantiria a colheita, pela ação do seu Espírito. E haveria motivos para festejar!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de alegria jubilosa, dá-me a felicidade de contemplar os frutos que a graça de Deus produz no coração humano, por obra de tua presença no meio de nós.
Fonte: Dom Total em 31/05/2020

Meditando o evangelho

RECEBEI O ESPÍRITO SANTO

O dom do Espírito Santo foi um elemento fundamental na experiência missionária dos primeiros cristãos. Com a ascensão do Senhor, eles se viram às voltas com uma tarefa descomunal: levar a mensagem do Evangelho a todo o mundo. A missão exigiria deles inculturar a mensagem, fazendo o Evangelho ser entendido por pessoas das mais variadas culturas. Deveriam ser capazes de enfrentar dificuldades, perseguições e, até mesmo a morte, por causa do nome de Jesus. Muitos problemas proviriam dos judeus, pois a ruptura com eles seria inevitável, dada a intransigência da liderança judaica para com a comunidade cristã que tomaria um rumo considerado inaceitável. Sem dúvida, não faltariam problemas dentro da própria comunidade, causados por partidarismos, falsas doutrinas e atitudes incompatíveis com a opção pelo Reino.
Os discípulos eram demasiado fracos para, por si mesmos, levar a cabo uma empresa tão grande. Jesus, porém, concedeu-lhes o auxílio necessário ao comunicar-lhes o Espírito Santo. Fortalecidos pelo Espírito, eles não se intimidaram, antes, cumpriram, com denodo, o ministério da evangelização.
O dom de Pentecostes renova-se, cada dia, na vida da Igreja. O Espírito, ontem como hoje, não permite que os cristãos cruzem os braços diante do mundo a ser evangelizado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu seja cada dia revestido pela força do Espírito Santo, que me capacita para exercer, sem descanso, minha tarefa de evangelizador.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Renascidos no Espírito
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quando se capricha na reforma de uma casa antiga, mudando totalmente sua fachada, costuma se dizer que ela ficou como nova, a esse respeito, lembro-me também do tempo em que a compra de um sapato novo era onerosa e a gente optava por levar o velho ao sapateiro, que colocava meia sola, passava uma tinta, dava um brilho e quando ia buscar, era como se fosse um sapato novo, e um último exemplo, um dos carros que tive foi uma Brasília, que em certa ocasião , mandei fazer uma reforma caprichada e ao sair com ela da oficina, dizia orgulhoso que ficou “novinha” em folha. Nesses três casos, a palavra NOVA é apenas força de expressão, pois a casa, o sapato e a Brasília, continuaram velhos, apenas com aparência de novos. O que o Espírito de Deus realiza em nós, não é uma reforma de fachada, não somos uma casa velha reformada, mas nele somos recriados, renascidos e renovados, passando a ser realmente novas criaturas., porque estamos em Cristo (1 Cor 5, 17-21).
Quando o homem toma conhecimento dessa verdade, fica confuso como Nicodemos, que perguntou a Jesus como é que podia um homem, sendo já velho, nascer de novo,e se era necessário entrar novamente no útero materno. Nas leituras da missa da vigília, e do domingo de Pentecostes descobrimos que esse renascimento e essa renovação não dependem do homem, mas é iniciativa de Deus. Quando celebramos Pentecostes estamos na verdade celebrando o renascimento de todo gênero humano, a renovação de toda humanidade, onde o homem, consciente e crente desta renovação, se une a seu Deus e aos irmãos em comunhão perfeita, na Igreja, que é o Povo da Nova Aliança, a Assembléia ou a reunião dos que creem e vivem segundo o Espírito, vivenciando um amor que se traduz em serviço, impelido pelos carismas.
Igreja não é um grupo fechado e particular que têm exclusividade sobre o Espírito Santo, monopolizando seus dons e carismas, o Espírito é derramado sobre todos e não canalizado para alguns em particular como pensam algumas correntes religiosas. Todos os textos que ilustram essa Festa de Pentecostes, da missa da Vigília e da própria Festa, não deixam margem para dúvidas a esse respeito. “Derramarei o meu Espírito sobre todo ser humano” – (Joel 3, 1) “todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o espírito os inspirava. Moravam em Jerusalém, judeus devotos de todas as nações do mundo, quando ouviram o barulho, juntaram-se á multidão e cada um os ouvia falarem em sua própria língua” (Atos 2, 4-5) Através do seu Espírito que é único, Deus se comunica com todos os homens no pluralismo de valores, de culturas e religiões, em uma única linguagem!
No espírito descobrimos que somos todos iguais embora queiramos parecer diferentes. Se atendêssemos aos apelos do Espírito, derrubaríamos por terra todas as barreiras que nos separam e homens de todas as nações, culturas e religiões, iriam se dar às mãos e em uma única voz cantariam um único louvor, ao único e verdadeiro Deus, reunidos em uma única Igreja que já não seria mais este ou aquele templo, esta ou aquela denominação religiosa, mas sim as entranhas do homem. Eis aí algo esplendido que Pentecostes nos revela: nascemos de novo e nos renovamos porque Deus em seu Espírito Santo, entra em nós. “Nossos ossos estavam secos, nossa esperança havia acabado, texto que em Ezequiel 17, mostra não só a situação de um povo, que tinha perdido a sua identidade de povo de Deus, mas da própria humanidade, que sem Deus não consegue sonhar, ou esperar nada de bom, mas só tem pesadelos, e neste mesmo texto vemos a maravilhosa profecia “Porei em vós o meu Espírito para que vivais... e os anciãos voltarão a sonhar, e os jovens profetizarão” isso significa que todos, jovens e velhos poderão esperar algo novo, uma nova e feliz realidade.
Essa possibilidade se concretizou ao anoitecer daquele dia, quando Jesus soprou sobre a comunidade dos discípulos, concedendo-lhes o dom da paz e o seu próprio Espírito. Precisamente ali surgiu a nova humanidade, em uma Igreja que na força do Espírito Santo perdeu o medo, abriu suas portas que estavam fechadas e saiu em missão para anunciar a todos os homens essa verdade, que o Espírito do Senhor nos renovou, que em todos os homens, a graça é maior e mais abundante que o pecado. E quando todo homem olhar para dentro de si e tomar consciência dessa verdade, de que é uma Igreja ambulante porque o Senhor habita nele em Espírito, então passará a produzir os frutos doces e saborosos da caridade, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, lealdade e mansidão. Você já fez essa experiência? (Domingo de Pentecostes)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco - Jo 20,19-23
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Onde você está? Sozinho, com irmãos e irmãs da mesma fé? Com parentes, amigos conhecidos? Com pessoas com as quais você deve se relacionar de alguma forma? Esteja onde estiver, sinta a brisa do sopro que sai da boca do Senhor. Está escrito que “ele soprou sobre eles e disse: ‘Recebam o Espírito Santo’”. Que isso aconteça hoje com você, comigo, com toda a humanidade. Recebam o Espírito e introduzam o perdão em todos os relacionamentos.
“A quem vocês perdoarem os pecados, serão perdoados; a quem vocês não perdoarem, eles serão retidos.” Vamos, então, pelo mundo afora cheios do Espírito Santo de Deus e introduzamos nele o que é próprio do Espírito: o perdão. Se soubermos perdoar, o pecado irá embora. Se não perdoarmos, o pecado fica. Então, é melhor perdoar, e perdoar sempre. Não faremos isso com nossas próprias forças. Será com a força do Espírito Santo. Não sufoquemos, pois, o Espírito, como se lê na Primeira Carta aos Tessalonicenses, nem entristeçamos o Espírito, “pelo qual fomos selados para o dia da redenção”, como está escrito na Carta aos Efésios. O mesmo Espírito distribui muitos dons e muitas tarefas para o bem de todos. O grande dom, que é ele mesmo, nos foi dado no Batismo. Lembremo-nos de que o grande Batismo da humanidade aconteceu quando Jesus morreu na cruz, e agora esse mesmo Batismo vai acontecendo na vida pessoal de cada um que se aproxima da fonte batismal.
Nesse sentido, o Santo Padre, no Documento sobre a Santidade, nos exorta dizendo: “Deixa que a graça do teu Batismo frutifique num caminho de santidade. Deixa que tudo esteja aberto a Deus e, para isso, opta por ele, escolhe Deus sem cessar. Não desanimes, porque tens a força do Espírito Santo para tornar possível a santidade e, no fundo, este é o fruto do Espírito Santo na tua vida. Quando sentires a tentação de te enredares na tua fragilidade, levanta os olhos para o Crucificado e diz-lhe: ‘Senhor, sou um miserável! Mas vós podeis realizar o milagre de me tornar um pouco melhor’.
Na Igreja, santa e formada por pecadores, encontrarás tudo o que precisas para crescer rumo à santidade. ‘Como uma noiva que se adorna com as suas joias’, o Senhor cumulou-a de dons com a Palavra, os sacramentos, os santuários, a vida das comunidades, o testemunho dos santos e uma beleza multiforme que deriva do amor do Senhor”.
Hoje é o Dia de Pentecostes. A palavra significa “cinquenta”, porque, cinquenta dias depois da Páscoa, celebrando os judeus a festa das Semanas e das Colheitas, o Espírito Santo veio sobre a primeira comunidade cristã reunida em Jerusalém. Ele veio em forma de línguas de fogo que pousaram sobre as cabeças dos discípulos. Sinta agora o calor do fogo do Espírito!
Fonte: NPD Brasil em 31/05/2020

HOMILIA

Recebei o Espírito Santo

Hoje, no dia de Pentecostes se realiza o cumprimento da promessa que Cristo fez aos Apóstolos. Na tarde do dia de Páscoa soprou sobre eles e lhes disse: «Recebei o Espírito Santo» (Jo 20,22). A vinda do Espírito Santo o dia de Pentecostes renova e leva à plenitude esse dom de um modo solene e com manifestações externas. Assim culmina o mistério pascal.
O Espírito que Jesus comunica cria no discípulo uma nova condição humana e produz unidade. Quando o orgulho do homem lhe leva a desafiar a Deus construindo a torre de Babel, Deus confunde as suas línguas e não podem se entender. Em Pentecostes acontece o contrário: por graça do Espírito Santo, os Apóstolos são entendidos por pessoas das mais diversas procedências e línguas.
O Espírito Santo é o Mestre interior que guia ao discípulo até a verdade, que lhe move a obrar o bem, que o consola na dor, que o transforma interiormente, dando-lhe uma força, uma capacidade nova.
O primeiro dia de Pentecostes da era cristã, os apóstolos estavam reunidos em companhia de Maria e, estavam em oração. O recolhimento, a atitude orante é imprescindível para receber o Espírito. «De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles» (At 2,2-3).
Todos ficaram cheios do Espírito Santo e, puseram-se a predicar valentemente. Aqueles homens atemorizados tinham sido transformados em valentes predicadores que não temiam o cárcere, nem a tortura, nem o martírio. Não é estranho; a força do Espírito estava neles.
O Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é a alma da minha alma, a vida da minha vida, o ser de meu ser; é o meu santificador, o hóspede do meu interior mais profundo. Para chegar à maturação na vida de fé é preciso que a relação com Ele seja cada vez mais consciente, mais pessoal. Nesta celebração de Pentecostes abramos as portas de nosso interior de par em par.
Mons. Josep Àngel SAIZ i Meneses
Bispo de Terrassa. (Barcelona, Espanha)
Fonte: Liturgia da Palavra em 08/06/2014

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

7 - Recebei o Espírito Santo! - Padre Antonio Queiroz
Fonte: Lurgia Diária Comentada2 em 08/06/2014

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Lurgia Diária Comentada2 em 31/05/2020

HOMILIA DIÁRIA

Que o Pentecostes aconteça na Igreja e no mundo inteiro!

Que o Pentecostes aconteça na Igreja, em nossas casas e no mundo inteiro! E que o fogo do Espírito Santo nos incendeie para proclamarmos o Reino de Deus!

“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava” (Atos dos Apóstolos 2, 4).

Na alegria de celebrarmos o Pentecostes, a festa do nascimento da Igreja, o nosso coração se abre para se encher dessa graça sublime de Deus, que se chama “Espírito Santo”.
Ó dom do alto, dom maravilhoso de Deus, ó Espírito Criador, ó Espírito santificador, ó Espírito Santo, como nós necessitamos de Ti! Como nós queremos nos abrir para que Tu repouses sobre nós, para que a Tua graça atue em nossa vida e faça de nós novas criaturas.
Nós hoje estamos, meus irmãos, como aquela Igreja primitiva: seguindo Jesus, mas com medo, com receio, com dificuldade, com temores, incertezas e inseguranças. O que podemos fazer para seguir o Senhor em meio a tantas fraquezas e dificuldades da nossa parte e da nossa natureza tão frágil e pecadora? Se olharmos para o horizonte, nossa vontade, muitas vezes, é de desanimar. Se olharmos uns para os outros, muitas vezes, estamos cansados, sem alento, por isso muitos desanimam e muitos perdem a esperança, porque querem apenas soluções humanas para a realidade divina que é a Igreja e que somos nós.
A verdade é que não podemos negar a nossa humanidade, mas também é verdade que o Espírito vem em socorro da nossa humanidade, que Deus tem o remédio, tem a graça e Ele se faz graça no meio de nós na força e no poder do Seu Espírito.
Como a Igreja precisa todos os dias deste fogo de Pentecostes! Como a nossa casa, a nossa família e a nossa vida precisam renascer cada dia neste fogo do Pentecostes. O Espírito Santo de Deus é a água que sacia a nossa sede e o fogo que queima os nossos pecados, que nos impele a ir adiante, para anunciar, para proclamar ao mundo a salvação que Jesus nos trouxe. “O que vamos falar, Senhor, se nem sabemos falar? Como vamos lidar com os homens e com a realidade do mundo, sendo que, muitas vezes, o mundo parece nos engolir?” perguntamo-nos. É que não vamos na força dos homens, vamos na força que nós cremos, na força do Espírito.
O desejo de Deus para cada um de nós é o de que nos tornemos plenos do Seu Espírito Santo para que sejamos realmente inebriados por essa graça divina do Seu Espírito.
Hoje, Dia de Pentecostes, que o nosso desejo seja cada vez mais firme e mais forte de sermos renovados e cheios do Espírito Santo. Que o Pentecostes aconteça no meu e no seu coração! Que o Pentecostes aconteça na Igreja, em nossas casas e em nossas famílias e que o fogo do Espírito nos incendeie para irmos adiante e proclamarmos o Reino de Deus!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 08/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

Vivamos o Pentecostes todos os dias

“Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam” (At 2,1-2).

Meus irmãos e irmãs, por todo o mundo seja proclamado: hoje é o dia de Pentecostes! É uma festa judaica de origem muito antiga, que tinha um outro significado, mas que assumiu o seu significado pleno com a vinda do Espírito Santo.
É o dia em que celebramos a vinda do Espírito sobre nós. Se antes era a festa das colheitas, agora é a festa da colheita da Palavra de Deus em nossa vida, porque Aquele que semeia e nos faz colher e semear a Palavra é o Espírito.
É o Espírito que agiu em Jesus, o Espírito O criou e ungiu. Jesus, que foi aos Céus para nos dar Aquele que o Pai nos prometeu, quer que todos nós sejamos cheios do Seu Espírito para vivermos no Seu nome, para anunciarmos o Seu nome, para proclamarmos no poder, na autoridade e na unção do Espírito, essa mesma graça.
A graça de Pentecostes não é uma mágica que acontece na vida de uma pessoa, mas o contrário, pois a graça de Pentecostes é a transformação espiritual da vida da pessoa, que começa no dia do seu batismo. Posso dizer que começa até antes disso, porque, ainda no ventre, a mãe vai orando pela criança. Dessa forma, ela já vai se abrindo para essa graça, e depois é levada para ser batizada.
O que recebemos é o Espírito Santo, mas o Pentecostes na vida vai se desenvolvendo e acontecendo. O Pentecostes é um incessante ruminar do Espírito de Deus em nós.
Não recebemos o Espírito num dia e, pronto, já estamos cheios, temos o Espírito Santo, somos donos d’Ele e fazemos com Ele o que quisermos! É o contrário, porque não somos nós que recebemos o Espírito, mas é o Espírito que nos recebe para sermos transformados e conduzidos por Ele a cada dia.

O Pentecostes é um incessante ruminar do Espírito de Deus em nós

A sequência da leitura de hoje é, justamente, porque, a partir de agora, os atos desses apóstolos, que eram antes temorosos e medrosos, vão ser atos do Espírito. É o Espírito que vai conduzir, dirigir, iluminar, abençoar, puxar e levar adiante.
Não há graça maior para um homem e para uma mulher, para cada um de nós, do que sermos cheios do Espírito Santo. Que graça podermos nos abrir, todos os dias, para vivermos o Pentecostes!
Há o Pentecostes individual e pessoal, onde, na nossa intimidade, buscamos essa graça para a nossa vida: viver a vida conduzida e iluminada pelo Espírito. Mas não há Pentecostes individual se ele não for eclesial, se não for vivido em comunhão com os outros, porque o Espírito não conduz para a individualidade, mas para a comunidade e a unidade, para vivermos com os outros. Por isso, estavam todos reunidos no mesmo lugar.
Muitos de nós queremos viver Pentecostes do nosso jeito, cada um pegando o Espírito e fazendo d’Ele o pacote que quisermos, mas todos nós devemos ser empacotados no mesmo Espírito, para Ele conduzir a casa, a comunidade, a Igreja e a sociedade.
Precisamos deixar que o Pentecostes seja mais do que falar do Espírito, mas deixar que Ele fale em nós para nos conduzir a vivermos em nós a transformação que Deus deseja a cada um.
Um feliz e abençoado Pentecostes para todos!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 31/05/2020

Oração Final
Vem, Espírito Santo, enche os corações dos teus fieis e acende neles o fogo do teu Amor. Envia, Pai Santo, o teu Espírito e tudo será criado. E assim renovarás a face da terra.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/06/2014

ORAÇÃO FINAL
Vem, Espírito Santo, enche os corações dos teus fiéis e acende em nós o fogo do Amor. Pai amado e cheio de misericórdia, envia sobre nós o teu Espírito e tudo será criado. E assim renovaremos em teu Nome e para a tua Glória a face desta Terra encantada que nos emprestas para ser cuidada, desfrutada e partilhada com toda humanidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/05/2020