- Início
- Via-Sacra
- Ângelus
- Ano da Misericórdia
- Assembléia Geral da CNBB
- Frases Famosas
- Gotas de Misericórdia
- Homilia Diária
- Imagens Religiosas
- Imitação de Cristo
- Liturgia Diária
- Mensagem do Dia
- Orações
- Podcast
- Rádio Vaticano
- Santo do Dia
- Terços
- CATEQUESE - Papa Francisco
- Liturgia das Horas - Como rezar?
- Meu Dia em Sintonia com o Alto
- Mensagens em Power Point
- NOVENA PEDINDO A CURA DA DEPRESSÃO
- O Dia, a Semana e o Mês do Católico
- OFÍCIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO
- Terço da Divina MIsericórdia
- Primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco
segunda-feira, 4 de março de 2024
HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 04/03/2024
ANO B
Lc 4,24-30
Comentário do Evangelho
Incredulidade dos concidadãos de Jesus
Nosso texto é parte do discurso programático de Jesus, na sinagoga de Nazaré (Lc 4,16-30). O versículo precedente (v. 23), no qual é dito, em forma proverbial, a incredulidade dos concidadãos de Jesus, é o que permite a citação dos fatos do Antigo Testamento.
A evocação dos fatos tirados do ciclo de Elias e Eliseu estabelece um paralelo entre Israel e Nazaré. Nazaré passa a ser o protótipo da rejeição de Jesus por Israel. Jesus é um profeta não somente porque ele se sabe enviado, mas porque é rejeitado. Eis o critério que permite verificar a autenticidade de sua vocação: "... nenhum profeta é aceito na sua própria terra" (v. 24). O profeta é consciente das dificuldades na realização da missão, por isso é chamado a viver na confiança: "Farão guerra contra ti, mas não te vencerão, porque estou contigo para te defender, oráculo do Senhor" (Jr 1,19). Não há nada nem ninguém que possa impedir o Senhor de continuar o seu caminho de realização da vontade do Pai: "passando pelo meio deles, continuou o seu caminho" (v. 30).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba acolher Jesus e reconhecê-lo como de Filho de Deus, de modo a tornar-me beneficiário de seu ministério messiânico.
Fonte: Paulinas em 04/03/2013
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Nenhum profeta é aceito em sua terra
Este texto faz parte da pregação de Jesus na sinagoga de Nazaré. Ele anunciou o seu projeto em benefício dos pobres e deserdados deste mundo, e todos os que o ouviam ficaram muito felizes com o que ele dizia, até que o discurso mudou de rumo. Jesus deu a entender que seu projeto de salvação e de libertação era para todos, e citou o profeta Elias que socorreu uma viúva e Eliseu que curou um doente, ambos estrangeiros. Jesus afirmava que nem os profetas nem ele eram propriedade de ninguém.
O Deus de Israel não é um Deus exclusivo, que beneficiará somente os membros do povo eleito. Ser povo eleito não é privilégio. É responsabilidade e missão. Jesus vai resolver o problema dos pobres e dos deserdados deste mundo com a colaboração direta daqueles que foram escolhidos. Por isso são o povo eleito. Quem aceitou Jesus Cristo tornou-se com ele responsável do bem de toda a humanidade, bem neste mundo e no mundo que há de vir. Quiseram matar Jesus, mas ele seguiu adiante.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/nenhum-profeta-e-aceito-em-sua-terra-2/ e https://comeceodiafeliz.com.br/evangelho/amem-eu-vos-digo-nenhum-profeta-e-aceito-em-sua-terra-04032024
Vivendo a Palavra
Jesus luta contra a expectativa/desejo reinante entre o povo de um Messias particular, só para os filhos Israel. O Evangelho nos alerta para o mesmo perigo que hoje existe: o de nós construirmos uma Igreja fechada, excludente dos que lhe são opostos e até mesmo dos que pensam diferente. O Cristo veio para todos!
Fonte: Arquidiocese BH em 04/03/2013
VIVENDO A PALAVRA
O passaporte para o Reino do Céu é a fé. Fé que não é privilégio de um povo, mas caminho aberto para a humanidade. As leituras se referem a exemplos de entrega confiante nas mãos do Pai, a serem seguidos por nós: a jovem judia que servia à mulher de Naamã, o próprio Naamã e a viúva de Serepta, a quem foi enviado o profeta Elias.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/03/2018
VIVENDO A PALAVRA
Jesus, profundamente íntimo do ser humano, sabia porque nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. Cada povo deseja escutar alguém que lhe diga o que gostaria de ouvir, e não a Verdade Profética. E mais, alguém que lhe seja exclusivo! Cuidemos para não repetir entre nós, Igreja do século 21, essa tendência tão humana da discriminação...
Fonte: Arquidiocese BH em 16/03/2020
VIVENDO A PALAVRA
A tentação de um Deus exclusivo, como era desejado pelos filhos de Israel, não nos é estranha. Não poucas vezes nós pensamos na salvação trazida por Jesus, com endereço certo e restrito para o nosso grupo – esquecendo que Ele nos deixou a missão de anunciar a chegada do Reino do Pai a todos os povos e nações da terra. Sejamos a ‘Igreja em saída’ que é a sonhada pelo Papa Francisco: aberta e inclusiva!
Fonte: Arquidiocese BH em 08/03/2021
Reflexão
Todas as pessoas ficam contentes quando as outras pessoas falam o que elas querem ouvir, mas nem todas as pessoas ficam contentes quando os outras pessoas falam o que elas precisam ouvir. Todos queriam que Jesus falasse de uma religião onde manipulariam o próprio Deus através de ritualismos, onde Deus seria o servidor e o homem o servido, onde Deus teria apenas deveres e obrigações e os homens direitos, onde Deus teria que agir o tempo inteiro para corrigir as consequências das irresponsabilidades humanas. Como não era esse o conteúdo da pregação de Jesus, que não cedeu ao jogo do poder e dos privilégios da sua época, os seus concidadãos o excluíram e quiseram matá-lo.
Fonte: CNBB em 04/03/2013
Reflexão
Na sinagoga de Nazaré, Jesus se apresentara como o Ungido do Espírito Santo, o Messias. A princípio houve aceitação, mas logo a assembleia se pôs a questionar como era possível alguém tão simples, pobre e sem títulos, dizer que era o Cristo. Além de não acreditar em Jesus, seus conterrâneos o trataram com certo desdém, por isso ele endereçou-lhes o provérbio: “Nenhum profeta é aceito em sua pátria”. E, citando dois episódios das Escrituras, confirmou que os não judeus (uma viúva e um leproso) foram mais sensíveis e abertos à salvação de Deus do que os nazarenos. A lição logo foi entendida, de modo que “todos na sinagoga ficaram furiosos”. Tomados de ira, queriam lançar Jesus no precipício. Mas, desvencilhando-se deles, Jesus seguiu seu caminho. Era apenas o início da missão.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/03/2018
Reflexão
Na sinagoga de Nazaré, Jesus se apresentara como o Ungido do Espírito Santo, o Messias. A princípio houve aceitação, mas logo a assembleia se pôs a questionar como era possível alguém tão simples, pobre e sem títulos, dizer que era o Cristo. Além de não acreditar em Jesus, seus conterrâneos o trataram com certo desdém, por isso ele endereçou-lhes o provérbio: “Nenhum profeta é aceito em sua pátria”. E, citando dois episódios das Escrituras, confirmou que os não judeus (uma viúva e um leproso) foram mais sensíveis e abertos à salvação de Deus do que os nazarenos. A lição logo foi entendida, de modo que “todos na sinagoga ficaram furiosos”. Tomados de ira, queriam lançar Jesus no precipício. Mas, desvencilhando-se deles, Jesus seguiu seu caminho. Era apenas o início da missão.
Oração
Ó Jesus de Nazaré, visitas a tua terra, e encontras um povo indiferente e desconfiado. Não escondes a tua desilusão: “Nenhum profeta é aceito em sua pátria”. Realças a fé dos pagãos e censuras a falta de fé do teu povo. Dá-nos, Senhor, sensibilidade para te acolher em qualquer circunstância. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 16/03/2020
Reflexão
Jesus acaba de inaugurar seu ministério na sinagoga de Nazaré, sua cidade. Lá proclama um texto do profeta Isaías e o aplica a si mesmo. Houve admiração e dúvida a respeito dele. Por isso, declara que “nenhum profeta é aceito em sua pátria”. Ele mesmo sentiu isso na própria pele. A seguir apresenta o exemplo de Elias, que socorreu a viúva estrangeira, e de Eliseu, que curou o leproso sírio. Com isso, ele ressalta sua missão universal: não fica preso a um pequeno grupo, mas vai aonde é aceito. Os autênticos profetas nem sempre são aceitos, principalmente em sua comunidade ou terra. A rejeição do profeta de Nazaré não foi sufi ciente para impedi-lo de continuar sua missão: ele “passa por meio deles” e parte para outros campos de ação, nos quais haja pessoas dispostas a aceitá-lo e a se comprometer com ele.
Oração
Ó Jesus de Nazaré, visitas a tua terra e encontras um povo indiferente e desconfiado. Não escondes a tua desilusão: “Nenhum profeta é aceito em sua pátria”. Realças a fé dos pagãos e censuras a falta de fé do teu povo. Dá-nos, Senhor, sensibilidade para te acolher em qualquer circunstância. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 08/03/2021
Reflexão
Jesus se dirige ao povo de forma dura e provocativa. Ele afirma que nenhum profeta é aceito em sua pátria, como referência direta ao descaso e rejeição das pessoas que o cercam à mensagem por ele anunciada. Ao resgatar situações do passado, Jesus aponta para semelhanças. Elias e Eliseu, por exemplo, fizeram o bem a estrangeiros e não a seu próprio povo. Muitas vezes, por preconceito ou falta de sensibilidade, duvidamos que aquela pessoa crescida em nossa comunidade possa um dia ser instrumento de transformação da própria comunidade. Infelizmente, a desconfiança e a inveja falam mais alto, e não nos abrimos ao bem e ao bom que está ao nosso alcance. Com a rejeição sofrida e ameaça de morte, Jesus vai embora. Que saibamos reconhecer a graça de Deus, que vem nos visitar de muitas formas e por meio de muitas pessoas.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 21/03/2022
Reflexão
Ao citar dois episódios que tiveram como protagonistas os profetas Elias e Eliseu, Jesus desperta a curiosidade dos ouvintes. É que esses profetas eram tidos em alta consideração pelo povo de Israel. Entretanto, Jesus não lhes apresenta um conto de fadas. Quer mostrar que os pagãos foram mais acolhedores e abertos à palavra do Senhor. Com efeito, uma viúva estrangeira recebeu a benfazeja visita do profeta Elias, e o sírio Naamã foi curado da lepra pelo profeta Eliseu. Incapazes de abrir-se à grandiosidade do amor divino universal, os conterrâneos de Jesus ficam furiosos, pois entenderam bem o recado: eram duros de coração e avessos à pregação de Jesus. Queriam exterminá-lo. Só não o fizeram, porque a hora de Jesus ainda não havia chegado.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 13/03/2023
Reflexão
Na sinagoga de Nazaré, Jesus se apresentara como o Ungido do Espírito Santo, o Messias. A princípio, houve aceitação, mas logo a assembleia se pôs a questionar como era possível alguém tão simples, pobre e sem títulos dizer que era o Cristo. Além de não acreditar em Jesus, seus conterrâneos o trataram com certo desdém, por isso ele endereçou-lhes o provérbio: “Nenhum profeta é aceito em sua pátria”. E, citando dois episódios das Escrituras, confirmou que os não judeus (uma viúva e um leproso) foram mais sensíveis e abertos à salvação de Deus do que os nazarenos. A lição logo foi entendida, de modo que “todos na sinagoga ficaram furiosos”. Tomados de ira, queriam lançar Jesus no precipício. Mas, desvencilhando-se deles, Jesus seguiu seu caminho. Era apenas o início da missão.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Reflexão
«Nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»
Rev. P. Higinio Rafael ROSOLEN IVE
(Cobourg, Ontario, canad)
Hoje, no Evangelho, Jesus nos diz «que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria» (Lc 4,24). Jesus, ao usar este provérbio, está se apresentando como profeta.
“Profeta” é o que fala em nome de outro, o que leva a mensagem de outro. Entre os hebreus, os profetas eram homens enviados por Deus para anunciar, já com palavras, já com signos, a presença de Deus, a vinda do Messias, a mensagem de salvação, de paz e de esperança.
Jesus é o Profeta por excelência, o Salvador esperado; Nele todas as profecias têm cumprimento. Mas, igual como sucedeu nos tempos de Elias E Eliseu, Jesus não é “bem recebido” entre os seus, pois são estes quem cheios de ira «o joga fora da cidade» (Lc 4,29).
Cada um de nós, por motivo de seu batismo, também está chamado a ser profeta. Por isso:
1º. Devemos anunciar a Boa Nova. Para eles, como disse o Papa Francisco, temos que escutar a Palavra com abertura sincera, deixar que toque nossa própria vida, que nos reclame que nos exorte que nos mobilize, pois se não dedicamos um tempo para orar com essa Palavra, então se seremos um “falso profeta”, um “contraventor” ou um “charlatão vazio”.
2º Viver o Evangelho. Novamente o Papa Francisco: «Não nos pedem que sejamos imaculados, mas sim que estejamos sempre em crescimento, que vivamos o desejo profundo de crescer no caminho do Evangelho, e não baixemos os braços». É indispensável ter a segurança de que Deus nos ama, de que Jesus Cristo nos salvou, de que seu amor é para sempre.
3º Como discípulos de Jesus, ser conscientes de que assim como Jesus experimentou a rejeição, a ira, o ser jogado fora, também isto vai estar presente no horizonte de nossa vida cotidiana.
Que Maria, Rainha dos profetas, nos guie em nosso caminho.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Uma vez que o Senhor é bom é-o ainda muito melhor para com os que lhe são fieis, abracemo-nos a Ele, estejamos ao seu lado com toda a nossa alma, com todo o coração» (Santo Ambrósio)
- «Um menino, um estábulo! Portanto as coisas simples, a humildade de Deus: é este o estilo divino, nunca o espetáculo. Far-nos-á bem, nesta Quaresma, pensar na nossa vida e ver como o Senhor nos fez seguir em frente, verificaremos que sempre o fez com coisas simples» (Francisco)
- «Jesus Cristo é Aquele que o Pai ungiu com o Espírito Santo e constituiu «sacerdote, profeta e rei». Todo o povo de Deus participa destas três funções de Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 783)
Reflexão
«Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»
Rev. D. Santi COLLELL i Aguirre
(La Garriga, Barcelona, Espanha)
Hoje escutamos do Senhor que «nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra» (Lc 4,24). Esta frase —na boca de Jesus— tem sido para muitos e muitas —em mais de uma ocasião— justificação e desculpa para não complicar-nos a vida. Jesus Cristo só quer advertir aos seus discípulos que as coisas não serão fáceis e que freqüentemente, entre aqueles que pensamos que nos conhecem melhor, ainda será mais complicado.
A afirmação de Jesus é o preâmbulo da lição que quer dar à gente reunida na sinagoga e assim, abrir os seus olhos à evidencia de que pelo simples feito de serem membros do “Povo escolhido” não têm nenhuma garantia de salvação, cura, purificação (isso o confirmará com os dados da história da salvação).
Mas, dizia que a afirmação de Jesus, para muitas e muitos é, com excessiva frequência, motivo de desculpa para não “comprometer-nos evangelicamente” no nosso ambiente cotidiano. Sim, é uma daquelas frases que todos aprendemos de memória e, que efeito faz!
Parece como gravada na nossa consciência de maneira particular e quando no escritório, no trabalho, com a família, no circulo de amigos, no nosso meio social quando devemos de tomar decisões compreensíveis à luz do Evangelho, esta “frase mágica” tira-nos para trás como dizendo-nos: —Não vale a pena esforçar-te, nenhum profeta é bem recebido na sua terra! Temos a desculpa prefeita, a melhor das justificações para não ter que dar testemunho, para não apoiar a aquele companheiro que é vitima da gestão da empresa, ou ignorar e não ajudar à reconciliação daquele casal conhecido.
São Paulo dirigiu-se em primeiro lugar aos seus: foi à sinagoga onde «Paulo foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda liberdade, discutindo e persuadindo os ouvintes acerca do Reino de Deus» (At 19,8). Não acredita que isso é o que Jesus queria dizer-nos?
Reflexão
Jesus de Nazaré, chave para ler de um novo modo a Lei e os Profetas
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje vemos o cepticismo dos conterrâneos de Jesus quando este lhes disse que se cumpria sobre Ele a Escritura: “O Espírito do Senhor está sobre mim...” (Is 61,1). Efetivamente a Lei e os Profetas falam do futuro Messias.
Relacionados com o mistério pascal, destacam Zacarias mencionando um reino de “mar a mar” (presságio da universalidade da salvação); um rei de paz (que rompe os arcos guerreiros e chega montado num burrico); o pastor ferido que com a sua morte, traz a salvação; o trespassado... Em Isaías encontramos a visão do servo de Deus que sofre e que servindo oferece a vida pela multidão trazendo assim a salvação... O que neles é ainda uma visão misteriosa, cuja configuração concreta não se pode perceber, desvenda-se pouco a pouco no obrar de Jesus Cristo, até adquirir a sua plena forma depois da ressurreição.
—O próprio Jesus transforma-se mais tarde, depois da Páscoa, na chave para ler de uma forma nova a Lei e os Profetas.
Meditação
Para seus conterrâneos de Nazaré disse Jesus que não basta ser parte do povo de Deus para ter garantida a salvação. Mesmo quem não é desse povo será acolhido e preferido por Deus, se acolher seu enviado e aceitar sua Palavra. Os nazaretanos ficaram ofendidos e quiseram matá-lo. Tiveram, porém, uma surpresa. No momento decisivo, Jesus simplesmente passou entre eles e continuou seu caminho, sem que nada lhe pudessem fazer.
Oração
Ó Deus, na vossa incansável misericórdia, purificai e protegei a vossa Igreja, governando-a constantemente, pois sem vosso auxílio ela não pode salvar-nos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus conosco, em 13/03/2023
Meditação
“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria... ouviram essas palavras... todos ficaram furiosos.” Em Nazaré, os conterrâneos de Jesus queriam que Ele provasse com milagres sua pretensão de ser enviado de Deus. Como se milagres pudessem levar alguém a acreditar. De nada valem os milagres se não aceitamos a palavra que Deus nos diz no coração, o convite que nos faz interiormente. A fé nasce do amor e da confiança, como resposta nossa ao contato pessoal de Deus conosco.
Oração
SENHOR, vossa incansável misericórdia purifique e proteja a vossa Igreja; e, porque sem vós ela não pode subsistir, governai-a constantemente com o vosso auxílio. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
Meditando o evangelho
O PROFETA REJEITADO
A hostilidade do povo de Nazaré, cidade onde fora criado, levou Jesus a redimensionar a sua missão, dando-lhe uma dimensão muito mais ampla do que inicialmente ele imaginava.
No bojo da mentalidade judaica, Jesus sentiu-se responsável pelo anúncio da salvação, em primeiro lugar, aos judeus. Povo da Aliança, eleito para ser o povo predileto de Deus, os judeus sabiam-se privilegiados em termos messiânicos. O Messias seria enviado a eles, para proclamar-lhes libertação e salvação.
Entretanto, Jesus experimentou hostilidade e rejeição ao exercer seu papel de Messias junto povo de sua cidade. Suas palavras e seus gestos poderosos foram alvo de críticas maledicentes, reveladoras de incredulidade. Os que o ouviam encheram-se de tamanha cólera, a ponto de querer jogá-lo a um precipício, para eliminá-lo.
Repensando a experiência de profetas do passado, como Elias e Eliseu, e a rejeição que sofreram, Jesus detectou um fato importante: a hostilidade do povo judeu levou povos estrangeiros a beneficiarem-se dos poderes taumatúrgicos dos profetas. Elias socorreu a pobre viúva da Fenícia, e Eliseu curou a lepra de Naaman, general da Síria.
Se o povo de Nazaré recusava-se a acolher o Messias Jesus, este sentia-se impelido a tornar os não-judeus destinatários de seu ministério messiânico.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que eu saiba acolher Jesus e reconhecê-lo como de Filho de Deus, de modo a tornar-me beneficiário de seu ministério messiânico.
Fonte: Dom Total em 05/03/2018, 16/03/2020 e 08/03/2021
Meditando o evangelho
A REJEIÇÃO, FRUTO DA INGRATIDÃO
Uma das experiências humanas mais duras é a de ser rejeitado. Quando a rejeição parte de pessoas mais chegadas (familiares e amigos), ela se torna quase insuportável.
Jesus foi submetido a este vexame por seus concidadãos de Nazaré. Além de rejeitá-lo, ficaram cheios de ódio contra ele, chegando a expulsá-lo da cidade e atentarem contra a sua vida.
O Mestre, porém, não se deixou levar pelo desânimo. Lembrou-se de que os antigos profetas, rejeitados por seus concidadãos, puseram-se a fazer o bem a pessoas que não pertenciam ao povo de Israel. Ou seja, compreenderam que sua missão era muito mais ampla e que muito mais pessoas poderiam usufruir de sua ação. Assim acontecera com o profeta Elias que, num momento de dificuldade, beneficiou, com um gesto miraculoso, a uma pobre viúva estrangeira. Algo parecido sucedera com Eliseu. Embora em Israel, muita gente necessitasse de cura, ele não hesitou em curar um general estrangeiro.
Com tais pensamentos, Jesus prosseguiu o seu caminho, sem se deixar abater pelo desânimo e pela decepção. Rejeitado por seus concidadãos, que pensavam conhecê-lo muito bem, estava certo de que poderia ser útil a muitas outras pessoas, de que seria acolhido por elas, e que, em outros lugares, sua palavra encontraria corações abertos e receptivos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que a experiência de rejeição não me leve a desanimar no caminho de serviço ao Reino.
Fonte: Dom Total em 21/03/2022
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. A DUREZA DE CORAÇÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)
A reação dos habitantes de Nazaré, diante da pregação de Jesus, foi de aberta rejeição. Foi tal o desprezo pelas palavras do Mestre, que eles decidiram eliminá-lo lançando-o de um precipício.
É possível imaginar a decepção de Jesus, diante da rejeição de seus conterrâneos. Ele tentou compreender a situação, rememorando as experiências de profetas do passado que, rejeitados por seu povo, foram bem acolhidos pelos estrangeiros. Assim aconteceu com Elias: num tempo de seca e fome, beneficiou uma mulher estrangeira, da terra dos sidônios. O mesmo sucedeu com Eliseu: curou da lepra um general sírio, ao passo que, em Israel, essa doença vitimava muitas pessoas.
A conclusão de Jesus foi clara: já que o povo de sua cidade insistia em não lhe dar atenção, ele sentiu-se obrigado a ir em busca de quem estivesse disposto a acolhê-lo. Aos duros de coração, no entanto, só restava o castigo.
Longe de nós seguirmos o exemplo do povo de Nazaré. Jesus quer encontrar, em nós, abertura para acolhê-lo e disponibilidade para converter-nos. Ninguém é obrigado a aceitar este convite. Entretanto, fechar-se para Jesus significa recusar a proposta de salvação que ele, em nome do Pai, veio nos trazer.
Oração
Espírito de docilidade, abre meu coração para aceitar o convite à conversão, que Jesus me dirige, em nome do Pai.
Fonte: NPD Brasil em 04/03/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Quando o exemplo vem de fora...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Nos meus tempos de repórter, certa ocasião fui à Delegacia fazer uma matéria sobre um ancião que havia matado um jovem a marretadas, um crime brutal que revoltou a população. O criminoso tinha mais de 70 anos e ficou detido alguns dias já que seu estado de saúde era meio grave. Conversei com ele na sala do Delegado onde estava depondo e me pediu para interceder por ele, para que o soltassem pois precisa tomar remédios para seu problema cardíaco. Na conversa, o ancião disse que na cela onde estava, os demais presos o estavam ajudando, e como a sua prisão não era ainda definitiva, naquela semana não vinha comida para ele, e um dos detentos, cedia a marmita para ele na hora do almoço, se alimentando com um pedaço de pão.
História que o carcereiro confirmou-me mais tarde, dizendo que o rapagão que cedia a comida, ficava com a barriga roncando de fome, e quando os outros comentavam ele dizia "A danada da fome eu tenho e muita, mas me corta o coração ver o velhinho doente, preso aqui com a gente, e ainda com fome". Um outro cedia o cobertor quando percebia que de noite ele estava com frio.
Não procurei saber sobre a ficha criminal dos dois companheiros solidários ao ancião, que ficou detido apenas uma semana e depois saiu, para responder processo em liberdade. Mas é interessante e até estranho notar que um marginal, que está pagando sua culpa com a justiça, consiga sentir compaixão de alguém que sofre ao seu lado. Longe de mim dizer que os dois são bonzinhos e que são um exemplo a serem seguidos, mas neste gesto de bondade para com o companheiro de infortúnio, há sem dúvida alguma uma abertura de coração para a GRAÇA e daí acontece algo de bom: Deus se revela...
Qual era o problema da comunidade de Lucas, e da comunidade judaica de sua cidade Nazaré? Exatamente esse: o de não admitir que fora da comunidade houvessem revelações de Deus e as pessoas o experimentassem. Um erro terrível que nós todos podemos cometer, quando nos recusamos a ver as maravilhas de Deus acontecendo na vida de outras pessoas, que não são da nossa Igreja e não professam a mesma Fé que nós. O Sírio Naamã, curado da lepra pelo Profeta Elias, a viúva de Sarepta, favorecida por um milagre do profeta Eliseu, são dois ótimos exemplos lembrados por Jesus, e que causa ira nos da sua comunidade, uma ira tão grande que pretendiam matá-lo., ainda mais quando Jesus afirma que é o próprio Deus que envia seus profetas a essas pessoas que não pertencem a religião oficial.
Foi para eles que Jesus veio, e com esses, portanto, deve ser o nosso compromisso maior enquanto Igreja de Cristo, se sairmos dos limites da nossa comunidade, iremos nos surpreender ao encontrar pessoas exemplares, fiéis observadoras dos valores do evangelho, e que dão um testemunho bastante convincente, estando sempre abertas para acolher a Palavra de Deus e a coloca-la em prática, ao manifestar amor, respeito e carinho com a vida dos irmãos e irmãs.
2. Nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Este texto faz parte da pregação de Jesus na sinagoga de Nazaré. Ele anunciou o seu projeto em benefício dos pobres e deserdados deste mundo, e todos os que o ouviam ficaram muito felizes com o que ele dizia, até que o discurso mudou de rumo. Jesus deu a entender que seu projeto de salvação e de libertação era para todos, e citou o profeta Elias que socorreu uma viúva e Eliseu que curou um doente, ambos estrangeiros. Jesus afirmava que nem os profetas nem ele eram propriedade de ninguém. O Deus de Israel não é um Deus exclusivo, que beneficiará somente os membros do povo eleito. Ser povo eleito não é privilégio. É responsabilidade e missão. Jesus vai resolver o problema dos pobres e dos deserdados deste mundo com a colaboração direta daqueles que foram escolhidos. Por isso são o povo eleito. Quem aceitou Jesus Cristo tornou-se com ele responsável do bem de toda a humanidade, bem neste mundo e no mundo que há de vir. Quiseram matar Jesus, mas ele seguiu adiante.
Fonte: NPD Brasil em 05/03/2018
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Contrato de Exclusividade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Na Sinagoga de Nazaré, onde o evangelista Lucas faz questão de colocar Jesus no início da sua missão, o conflito com as lideranças da comunidade, acabou acontecendo porque perceberam que o Humilde Nazareno justificava a fama sobre a qual tinham ouvido falar. Sua pregação era tocante e causava admiração nos ouvintes e além do mais, realizava prodígios, evidenciando ser mesmo um grande profeta como aqueles que o povo guardava na lembrança e no coração, por seus ditos e feitos.
Jesus percebe o que a comunidade e os seus conterrâneos querem dele: um contrato de exclusividade e ampliando a reflexão, era o que o povo Judeu também queria um Messias Libertador e Salvador, da sua raça e da sua gente.
A Ação divina presente em Elias e Eliseu, dois profetas de renome, a favor de pessoas que não faziam parte do Povo Eleito, é lembrada por Jesus ao falar com a sua gente, enfatizando aí o caráter universal da Salvação.
A Salvação Divina está disponível para toda humanidade, e não apenas a este ou aquele grupo, a esta ou aquela Igreja, o critério para tê-la implica em uma abertura total ao Dom Salvífico que Deus oferece, a exclusividade não está em quem a recebe, mas sim naquele que a oferece: Jesus o Filho de Deus e nenhum outro! Aceitá-lo é abrir-se á Salvação, rejeitá-lo significa rejeitá-la.
A sua gente da pequena Nazaré não queria entender e aceitar essa Verdade de que Jesus é o portador da Salvação por Excelência, e quando suas palavras firmes de Profeta, denuncia o particularismo religioso, eles se enfureceram e tentaram-no matar.
A pertença á Igreja Católica, através do Batismo, não nos dá exclusividade na Salvação, pois, senão nos abrirmos á Graça Divina, diante dos “Sinais Sacramentais” que o Senhor realiza em nossa Igreja, vamos ficar na ilusão como os conterrâneos de Jesus, achando que “quem não ler na nossa cartilha, está fora da Salvação”.
2. Em verdade, vos digo que nenhum profeta é aceito na sua própria terra - Lc 4,24-30
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Não perca o ritmo da Quaresma. Não saia do clima. Ou entre no clima, se ainda não o fez. Passamos pelo deserto da tentação e pelo monte da Transfiguração. Sentamo-nos junto ao poço de Jacó e conversamos com a samaritana sobre as águas do Batismo. Podemos conversar também com Naamã, o sírio, que mergulhou sete vezes nas águas do Jordão por ordem do profeta Eliseu e ficou curado de sua lepra, enfermidade real e símbolo do pecado. Durante a Quaresma, examinando-nos, tomamos consciência do nosso pecado e do mal que ele pode causar aos outros, e pedimos perdão. As águas do Batismo nos purificaram do pecado original. O confessionário nos liberta do pecado atual. Jesus mostrou aos moradores de Nazaré a grandeza do coração de Deus, aberto para todos, mas os nazarenos queriam Deus só para si. Reagiram contra Jesus e quiseram empurrá-lo para o precipício. Olhe o mal agindo. Não empurre ninguém para o precipício. Empurre para a pia batismal, empurre para o confessionário.
Fonte: NPD Brasil em 16/03/2020
HOMILIA DIÁRIA
O cristão deve ser firme em suas posições
Postado por: homilia
março 4th, 2013
Depois de Jesus ter andado pelas aldeias da redondeza, toma o firme propósito de ir à sua terra natal. Ele que curara os cegos, fizera andar os coxos, aleijados e falar os mudos, pregara a Boa Nova e anunciara um ano novo da graça do Senhor, vemo-lo agora interrogado pelos seus conterrâneos.
A estas perguntas Ele responde com firmeza, enfrentando a todos. Sua maior preocupação não é granjear simpatias ou privilégios, como estavam habituados os mestres do Templo e sinagogas dos fariseus que visitava.
Ao citar Elias e a viúva de Sarepta, Eliseu e Naamã, Jesus desejava antes se fazer compreender e entender por todos pregando a verdade que as Escrituras continham. Aliás, Ele é o novo Elias, é o novo Eliseu em cuja a Lei e os Profetas encontram o pleno cumprimento.
Suas palavras são incisivas e firmes, e até certo ponto rudes. Recorrendo ao que diz a Sagrada Escritura, Ele afirma aos que o menosprezavam: “Nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra”. E diante deles estava quem é maior do que Jonas, conhecido como profeta.
Portanto, Jesus desafia tudo e todos. Ele é o sinal de contradição entre os que estão na sinagoga. Pois aí a religião era levada de modo tardio. Muitas vezes ao invés de salvar, libertar o homem, escravizava-o. A nova religião trazida por Jesus tem como fundamento o amor, a misericórdia. O que desencadeia o ódio e a perseguição não só contra Suas palavras, mas também contra Sua própria vida.
Todos desejavam matá-lo, mesmo os que – alguns momentos antes – o louvavam pela sua sabedoria. Jesus, porém, passando pelo meio deles, retirou-se seguindo o seu caminho, porque ainda não tinha chegado a sua hora de partir deste mundo para o Pai.
O que podemos tirar e ver na atitude de Jesus? Primeiro é que é impossível agradar a todos. Segundo, não importam as contrariedades. O importante é a fidelidade e a firmeza nas posições que agradam a Deus, mesmo que muitas vezes desagradem aos homens. O cristão deve ser firme em suas posições como Jesus, o seu Mestre. Pois Ele mesmo nos disse: “Ao discípulo, basta ser como o seu mestre”. E se o nosso mestre é o Mestre da Glória, um dia com Ele seremos glorificados.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 04/03/2013
HOMILIA DIÁRIA
Deus vai ao encontro daquele que quer ser curado
Deus habita e mora no coração curado e restaurado pela Sua Misericórdia
“E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio.” (Lc 4, 24-30)
Deus vai ao encontro dos corações que se abrem para o Seu amor e para a Sua misericórdia. Talvez, alguém possa pensar que Deus é seletivo e que seleciona os melhores; e as pessoas que estão na Igreja podem pensar que sejam melhores do que os outros. Quando isso não é verdade, Deus escolhe os piores (humanamente falando), desde que, o coração se arda e se abra para nele Deus morar e habitar.
É no coração pobre e humilde que Deus habita, naquele coração que está despojado. Deus não distingue entre católico e não católico; entre quem vai à Missa todo domingo e quem não vai; ou ainda, esse aqui faz tudo o que eu quero e aquele não. O coração que Deus habita é o coração que tenha espaço para o Seu amor e para Ele habitar, falar e morar, porque, até nós que caminhamos em Deus, que trabalhamos no Reino de Deus, muitas vezes estamos cheios de ocupações, conceitos, planos, e não há espaço para Deus ficar em nosso coração, não há lugar para Ele transitar.
Quando Jesus diz que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria, que o filho não é bem recebido em sua casa, ou ainda, quando a Palavra d’Ele não é bem recebida na sua Igreja, é porque estamos lá, mas não tem espaço em nós, no nosso coração para a Palavra d’Ele entrar.
Pensamos: “Eu já conheço essa palavra, sei o que o padre vai dizer, estou na Igreja há vinte anos (…), não tem nada de novo para Deus fazer e transformar”. Digo a você que tem sim, mas não tem espaço, não tem lugar.
Entre tantas viúvas em Israel, o povo escolhido, não foi para nenhuma daquelas que Elias foi enviado. Ele foi enviado à viúva de Sarepta, na Sidônia, pois, no coração daquela pobre e rejeitada mulher havia lugar para Deus habitar; e entre tantos leprosos que haviam em Israel, nenhum curado, mas Naamã que era sírio, nele Deus encontrou um lugar e uma morada.
Onde quer que você se encontre, na Igreja, fora dela, o importante é saber que Deus precisa encontrar espaço e lugar para Ele habitar, morar e estar junto e se fazer presente. Para que Ele entre e faça a diferença na nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/03/2018
HOMILIA DIÁRIA
A graça chega para o coração que acolhe Deus
“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.” (Lucas 4,24)
Jesus está nos contando dois fatos importantes. Você se lembra que, na época do profeta Elias, quando não chovia há três anos, houve muita fome, ele não foi enviado a nenhuma outra pessoa, mas ele foi enviado a uma viúva de Sarepta, na Sidônia. Ou seja, numa região, uma viúva que nem fazia parte do povo judeu. Do mesmo jeito aconteceu com o profeta Eliseu, pois havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum leproso foi curado a não ser Naamã, o sírio.
A graça de Deus chega para o coração que acolhe e se abre. A graça de Deus não chega para quem se apropria e se acha dono de Deus, das coisas d’Ele, proprietários da graça de Deus. Algumas pessoas se apropriam até do Espírito Santo e se acham donas da Palavra de Deus, do Reino d’Ele; e a graça do Senhor não acontece, porque não podemos nos apropriar d’Ele. É Deus quem se apropria de nós, Ele deve tomar posse de nós, é Deus que vem habitar em nós para conduzir a nossa vida.
Muitas vezes, em nossas igrejas, convivências, grupos e relações, a profecia e a graça de Deus não são recebidas! Elas são rejeitadas, porque foi em Sua pátria, foi em Nazaré que Jesus foi expulso da sinagoga. Foi em Nazaré que levaram Jesus a um alto monte para poder lançá-Lo a um precipício, pois O rejeitaram, não O acolheram.
A graça de Deus não chega para quem se apropria e se acha dono de Deus
Palavra de Jesus vem, muitas vezes, em contraposição ao que queremos, acreditamos ou àquilo que achávamos que deveria ser. A Palavra de Deus incomoda, mexe com as estruturas do poder, da sabedoria humana, do coração humano, as estruturas daqueles que acham que tudo podem, e querem que o mundo e o Reino de Deus seja do seu jeito.
Ou você acolhe Jesus com a mensagem d’Ele ou você O rejeita. Ou você acolhe a mensagem de Jesus com aquilo que Ele quer fazer ou você adultera a Palavra de Jesus em favor dos seus interesses, das suas pretensões e ilusões, e assim você vive o Reino do seu jeito, mas não é o Reino que Jesus trouxe até nós.
Convertamo-nos, acolhamos Jesus que veio e vem sempre fazer novas todas as coisas.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 16/03/2020
HOMILIA DIÁRIA
Acolhamos a graça de Deus em nosso coração
“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.” (Lucas 4,24)
No Evangelho de hoje, Jesus evoca o profeta Elias. Quando a fome tomou conta da região onde ele vivia há seis meses, quem acolheu Elias não foram as viúvas de Israel, mas foi uma pobre viúva de Sarepta, que mal tinha para comer, nem ela nem seu filho. Foi ela quem repartiu da farinha e da água que tinha com o profeta Elias.
O outro exemplo que Jesus nos dá é de Eliseu, porque, no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio. Você sabe que Elias e Eliseu foram profetas em tempos difíceis, onde o povo de Deus, levado pela ganância, pela vaidade e pelos pecados, estava afastado do Pai, e cada vez mais levado pelos sentimentos, pelo orgulho, pela soberba, e assim nem os profetas ouviram.
Muitas vezes, a graça de Deus não será para nós, pessoas religiosas que nos achamos virtuosos
O que Jesus quer dizer é que tanto Elias quanto Eliseu foram rejeitados pelo povo de Deus, a quem foram enviados, por isso a graça não chegou ao povo, mas aos pobres que nem faziam parte do povo de Deus.
Seja o leproso Naamã, soldado, com toda a importância que tinha, mas que com o coração acolheu a graça. Seja a pobre viúva de Sarepta, que acolheu não só um homem de Deus, mas a graça divina. Porque, muitas vezes, a graça de Deus não será para nós pessoas religiosas, que nos achamos virtuosos, que nos achamos detentores da graça de Deus, mas não sabemos acolher as advertências, as orientações, as exortações, as correções que Deus nos faz. Por isso, muitas pessoas, que muitas vezes nem creem em Deus estão acolhendo a graça d’Ele, estão exercendo a vida em Deus muito mais do que nós.
Quando Jesus diz que um profeta não é bem recebido em sua pátria, é porque foram os Seus, da Sua própria família, do Seu próprio convívio, que O expulsaram, levaram-No da cidade até um alto monte, e queriam jogá-Lo no precipício. Eles desprezaram Jesus, não O acolheram.
Precisamos, humildemente, abaixar a cabeça, abaixar esse sentimento de soberba do coração para saber acolher a correção que vem de Deus.
Deus não nos corrige como queremos ser corrigidos, pois só queremos ser corrigidos naquilo que achamos que é conveniente. A Palavra de Deus nos corrige verdadeiramente quando permitirmos que Ele aja em nosso coração e fale conosco, senão, vamos continuar desprezando uns aos outros, vamos continuando desprezando a Igreja, Deus e a Sua Palavra, e ela vai chegar em outros corações que a acolherão com muito mais amor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 08/03/2021
HOMILIA DIÁRIA
Deixe a Palavra de Deus transformar o seu coração
Naquele tempo, Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: ‘Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio’.” (Lucas 4,24-27)
Veja o relato que Jesus faz na sinagoga em Nazaré. Nazaré demonstra a simplicidade do lugar, a graça cresce na simplicidade. O detalhe aqui geográfico, mostra-nos que também na nossa vida é assim: a graça de Deus age na simplicidade, não importa quem você seja, não importa onde você esteja, onde você viva, mas importa que você se abra à graça de Deus. Quem está com você é o Senhor! E Ele te fará grande a partir do movimento da Sua graça.
A sinagoga, onde Jesus está, é o lugar de aprender a ouvir a Palavra de Deus, a meditar a Palavra de Deus, a assimilar a Palavra de Deus. Não basta só ouvir e meditar, assimilar a Palavra de Deus é tomar posse do que a Palavra está me dizendo e atuar isso na minha vida.
Pergunto-te: “Quando, por exemplo, saio de uma celebração, quando ouço a Palavra de Deus, para você, fica o quê? Desta homilia que dirijo a você, fica o quê? O que fica no seu coração quando você escuta a Palavra de Deus?”. Então, ali, quando Jesus se apresenta na sinagoga, Ele está diante dos Seus conterrâneos que haviam se esquecido de Deus ter atuado, muitas vezes, de forma misteriosa.
Precisamos da adesão do nosso coração à Palavra de Jesus que provoca-nos, que nos faz realmente mudar de vida
Veja, Jesus relata dois fatos: daquela viúva e daqueles leprosos, pessoas que estavam fora do povo eleito de Deus, Ele agiu longe, agiu de uma forma misteriosa; e os conterrâneos de Jesus haviam se esquecido que Ele pode agir da forma como Ele bem quiser.
É um perigo de pensar que: por estarmos próximos de Jesus, por buscarmos Jesus e sermos íntimos d’Ele, a coisa acontece no automático. Não é assim! Precisamos aderir, precisamos da adesão do nosso coração à Palavra de Jesus que provoca-nos, que nos faz realmente mudar de vida. Porém, não podemos limitar a ação de Deus. A ação de Deus é misteriosa e vai muito mais além do que nós podemos imaginar.
Muitas vezes, nos comportamos como os conterrâneos de Jesus: nos esquecemos que Deus tem meios de salvar alguém que nós desconhecemos, e isso brota no nosso coração porque nos afastamos da Palavra d’Ele e não permitimos que essa Palavra produza efeitos nos nossos corações, e aí vamos limitando em tudo a ação de Deus, porque, se não acredito que a ação de Deus aconteça no meu coração, como vou acreditar que a Palavra produz efeitos na vida dos meus irmãos?
Hoje, a voz do Senhor ecoa em nossos ouvidos. Abramos o nosso coração, abramos a nossa vida para que a força dessa Palavra, dessa graça de Deus atue em nós e nos transforme.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Fonte: https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/deixe-a-palavra-de-deus-transformar-o-seu-coracao/?sDia=21&sMes=3&sAno=2022 (21/03/2022)
HOMILIA DIÁRIA
Abra o seu coração e acolha a Palavra de Jesus
“Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: ‘Em verdade eu Vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. De fato, eu Vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. E, no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio’.” (Lucas 4, 24 -27)
Meus irmãos e minhas irmãs, vocês já ouviram aquele ditado: “santo de casa não faz milagres”, todos nós já sabemos muito bem disso. E Jesus atualizou essa realidade: “Nenhum profeta é bem aceito em sua pátria”, palavras de Jesus que traduzem a realidade muito presente no meio de nós: a dificuldade de acolher um bem ou uma palavra exortativa de quem está próximo de nós, pois nós temos dificuldades com isso.
Se algo é dito por alguém da família, nós temos a tendência a ignorar, a diminuir, mas se é dito por alguém de fora, nós levamos a sério e tomamos em consideração, e isso acontece com todos nós. Isso também acontece, muitas vezes, dentro das nossas comunidades, das nossas famílias.
São os nossos julgamentos que nos bloqueiam de receber a Palavra de Cristo daqueles que estão perto de nós
“Aquele padre de fora, aquele padre da televisão, das mídias sociais, faz milagres, tem uma pregação maravilhosa, mas o pároco que me conhece e sabe das minhas incoerências, Deus me livre! Como é difícil, que peso”, isso acontece ou não?
Se a mãe ou o pai fala alguma coisa, murmuração e rejeição; mas se aquela pessoa de fora fala, eu sou todo ouvidos, eu levo em consideração. Se um irmão de comunidade nos exorta a viver algum aspecto do nosso carisma, é motivo de chacota e de descrédito, mas se vem um outro irmão de um outro carisma, de uma outra linha de espiritualidade, nossa! Parece que é o próprio Cristo quem disse. E nós buscamos imediatamente seguir e espalhar para os outros essa verdade.
São os nossos julgamentos, são os nossos fechamentos que nos bloqueiam de receber a Palavra de Cristo daqueles que estão perto de nós, por isso, o Evangelho diz que, ali, Jesus não pôde fazer muita coisa, por causa da dureza de coração daquelas pessoas.
Jesus, no Evangelho, apontou as figuras de Elias e Eliseu, justamente para ilustrar o fechamento do seu povo. Deus dá a sua graça a quem Ele quer e a quem a deseja e se abre para ela. Se você não se abrir à graça de Deus — que pode vir através de pessoas muito próximas de você —, você pode desperdiçar a melhor oportunidade da sua vida, de uma conversão, de uma mudança sincera, de uma mudança profunda, porque aqueles que estão perto de nós nos conhecem de verdade, sabem das nossas manias, das nossas misérias, fraquezas, estão conosco, se relacionam conosco todos os dias; e, de perto, podem nos indicar coisas que nós escondemos dos de fora, pois é muito fácil esconder de os fora. Então, abramos o nosso coração e acolhamos a Palavra do Senhor.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/03/2023
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a coragem de ouvir os teus profetas e, mesmo, de nos tornarmos um deles. Para isto, faze-nos ouvintes atentos de tua Palavra Criadora, que a vivamos em nossas relações e que a anunciemos aos companheiros do caminho com coragem e delicadeza. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/03/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, livra o nosso coração do medo. Faze-nos seguidores alegres e corajosos do Caminho, bem atentos às carências dos companheiros de jornada e sempre prontos a ajudá-los a alcançar o teu abraço Misericordioso no Reino de Amor. Por Jesus, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/03/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a viver a Igreja inclusiva. Faze das portas dos nossos templos, lugares de partida, mais do que de chegada. E que nossas saídas sejam em busca dos irmãos afastados, dos que não pensam como nós, dos que professem credos diferentes dos nossos e até dos que nos queiram mal. Só assim estaremos seguindo o Caminho do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/03/2020
ORAÇÃO FINAL
Pai amado, que és a nossa Fonte perene de Compaixão e de Fraternidade! Dá-nos grandeza d’alma para acolher a todos os peregrinos que colocaste perto de nós na caminhada de volta à tua Casa. Que sejamos arautos da Boa Notícia da chegada do teu Reino de Amor para todos os povos e nações, nós pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/03/2021
Assinar:
Postagens (Atom)