sábado, 24 de maio de 2014

TERÇOS – VÍDEOS


Acesse:

1 - Terço da Divina Providência - http://youtu.be/5mzUbLl_P48

2 - Terço de Cura e Libertação - http://youtu.be/TWmZ47JoC0I

3 - Terço da FÉ - http://youtu.be/-I1tuBSDtkU

4 - Terço do Espírito Santo - http://youtu.be/BJqMkwQsOeQ

5 - Terço da Libertação Cantado - http://youtu.be/9ofE4VoEZPU

TERÇO DA MISERICÓRDIA - VÍDEOS - APRENDA A REZAR O TERÇO DA MISERICÓRDIA






"Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso".

JESUS, EU CONFIO EM VÓS!!!

APRENDA A REZAR O TERÇO DA MISERICÓRDIA



Para ser rezado nas contas do terço

No começo:

Pai nosso, que estais no céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do Céu e da Terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espirito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna Amém.

Nas contas de Pai Nosso, dirás as seguintes palavras usando o terço de Maria:

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

Nas contas de Ave Maria rezarás as seguintes palavras:

Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

No fim, rezarás três vezes estas palavras:

Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro” 
(Diário, 476).

Oração do Angelus - Padre Antonello - VÍDEO - Como rezar o Ângelus






Como rezar o Ângelus:

1) O Anjo do Senhor anunciou a Maria
- E Ela concebeu pelo poder do Espírito Santo.
Ave Maria...

2) Eis aqui a serva do Senhor.
- Faça-se em Mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria...

3) E o Verbo Divino se fez homem,
- e habitou entre nós.
Ave Maria...

4) Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
- para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos: Derramai ó Deus, a Vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do Vosso filho, cheguemos por Sua Paixão e Cruz à glória da ressurreição. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Glória ao Pai... (repete-se 3 vezes)

LITURGIA DAS HORAS

Clique no ícone abaixo
para acesso à Hora Canônica

Mensagens diárias prá vc

Terço - Mistérios Gloriosos - Quarta-Feira e Domingo


Terço do Rosário: Mistérios Gloriosos





TENHA UMA SEMANA ABENÇOADA...

BOM DIA!!! - "Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso!" Sl 65

BOA NOITE! - "Quem se ajoelha Diante de Deus... Não se curva diante de nenhuma dificuldade."

LITURGIA DIÁRIA - O Domingo – Crianças

Dia 25 – Missa do 6º Domingo da Páscoa
O amor de Jesus nos impulsiona!


COMPROMISSO DA SEMANA:
Lição de vida: evitar ocasiões que podem levar a fazer coisas más e seja honesto(a) consigo mesmo(a).
http://www.paulus.com.br/portal/o-domingo-criancas/dia-25-missa-do-6o-domingo-da-pascoa#.U4EkG3JdWyE

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 25/05/2014

25 de Maio de 2014

ANO A


Jo 14,15-21

Comentário do Evangelho

A intensa alegria é dom do Ressuscitado.

No início do livro dos Atos dos Apóstolos, antes do relato da ascensão, Jesus promete o Espírito Santo, como força do alto para o testemunho. Na lista de lugares em que o Evangelho deve ser anunciado está a Samaria (At 1,8). A Samaria era desprezada pelos judeus por questões históricas e culturais. Lá havia outro templo onde os samaritanos adoravam o Deus único e verdadeiro. É na Samaria, junto ao poço de Jacó, que Jesus tem aquele diálogo maravilhoso com a mulher samaritana, que se tornou para os seus concidadãos testemunha de Jesus Cristo (Jo 4,1-41). É para lá que Filipe é enviado para anunciar Cristo (At 8,5). O seu anúncio corroborado por sua ação fez com que as pessoas daquela cidade sentissem uma intensa alegria (At 8,8). A intensa alegria é dom do Ressuscitado.
O amor dos discípulos a Jesus se exprime na prática do mandamento do amor fraterno. Para poder ajudar a viver o dinamismo desse amor, Jesus promete pedir ao Pai que envie, quando ele partir, “outro defensor”. Outro em relação a ele mesmo que, qual um pastor, cuida das ovelhas e as defende dos seus inimigos. O termo grego para caracterizar o Espírito é parácletos, que entre vários significados pode ser traduzido por auxiliador, ajuda, apoio. Assim como Jesus foi um auxílio, um apoio, para viver o amor de Deus e conhecê-lo, o Espírito continuará e levará a termo a missão do Senhor. O Espírito é, ainda, considerado “Espírito da Verdade”, pois é sua ação acolhida na vida do discípulo que faz compreender o sentido da vida de Jesus e o seu mistério profundo. Assim como Jesus é a verdade porque revela o mistério de Deus em sua pessoa, o Espírito levará ao conhecimento do Pai e do Filho. O mundo não é capaz de conhecê-lo porque ele não é apreendido pelo conhecimento racional. Os discípulos o conhecem, pois o experimentam, uma vez que o Espírito permanece neles. Pela “in-habitação” do Espírito da Verdade, os discípulos não sentirão como abandono a ausência de Jesus, pois é por ele que o Senhor continuará a falar com os seus e a ser contemplado pela fé (cf. At 1,1-2). Pela fé em Jesus ressuscitado dentre os mortos, os fiéis participam da vida divina.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, concede-me o dom do teu Espírito que, como luz, dissipa as trevas e me faz caminhar seguro pelos caminhos de teu Filho Jesus.

Recadinho


Você reza pedindo as luzes do Espírito Santo? - Como você passa o domingo, o dia do Senhor? - O que você entende pela expressão “é necessário ver Jesus no próximo?” - Você procura ser grato, reconhecido, com os ministros de Deus que servem em sua comunidade? - O que você faz por sua comunidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

Comentário do Evangelho

O ESPÍRITO VERDADEIRO

Num contexto de ódio e de perseguição, a promessa feita por Jesus de dar aos discípulos o Espírito da Verdade reveste-se de suma importância. Foi a forma de protegê-los contra o erro e a mentira, ciladas montadas pelo mundo para desviá-los do bom caminho. Sem esta ajuda salutar, com muita probabilidade, deixar-se-iam levar pelas sugestões do falso espírito, chegando a renegar sua condição de discípulos. Pois, enquanto o Espírito da Verdade conduz ao Deus verdadeiro, o espírito da mentira conduz aos falsos deuses, aos ídolos.
O Espírito é designado como Paráclito, ajudante dos discípulos de Jesus. Assim, não seriam deixados à própria sorte, numa espécie de perigosa orfandade. A presença do Espírito de Verdade junto deles daria continuidade à de Jesus. Eles teriam sempre a quem recorrer, pois o Espírito estaria neles e "com eles para sempre".
A comunidade cristã sempre correria o sério risco de ser levada pelo espírito da mentira. Por isso, precisava da presença constante do Espírito da Verdade para manter-se sempre no bom caminho. Quanto maior esse risco, tanto mais necessária fazia-se a presença desse Espírito que conduz à verdade e à vida. Ele haveria de ser uma luz a expulsar as trevas, de modo a permitir aos discípulos caminhar com segurança rumo à casa do Pai.
Oração
Pai, concede-me o dom do teu Espírito que, como luz, dissipa as trevas e me faz caminhar seguro pelos caminhos de teu Filho Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos celebrar com fervor estes dias de júbilo em honra do Cristo ressuscitado, para que nossa vida corresponda sempre aos mistérios que recordamos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

REFLEXÕES DE HOJE


DIA 25 DE MAIO – DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/
VEJA AQUI MAIS HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO
25 de maio – 6º DOMINGO DA PÁSCOA
Por Pe. Johan Konings, sj

I. INTRODUÇÃO GERAL

A liturgia do sexto domingo pascal nos introduz na esfera de Pentecostes, aprofundando o significado da ressurreição de Cristo para nós. Pois, se a ressurreição é a vida de Cristo na glória, ele não a vive para si. Ele “ressuscitou por nós” (Oração Eucarística IV). A realização da ressurreição em nós, a presença vital do Cristo em nós, de tal modo que sejamos Cristo no mundo de hoje, o Espírito de Deus é que opera tudo isso, pela força de seu sopro de vida, pela luz de sua sabedoria, pelo misterioso impulso de sua palavra, pelo ardor de seu amor. Para completar a celebração da ressurreição, devemos abrir-nos agora para que esse Espírito penetre em nós.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (At 8,5-8.14-17)
Na linha dos domingos anteriores, a primeira leitura descreve a expansão da Igreja, agora na Samaria. Também nessa nova fase, como na anterior, aparece o papel do Espírito Santo na comunidade cristã. Quando os apóstolos em Jerusalém ouviram que a Samaria tinha aceitado a Palavra de Deus, mandaram Pedro e João para impor as mãos a esses batizados, para que recebessem o Espírito Santo (At 8,14-15). Tal prática não era necessária: há casos em que Deus derrama o Espírito mesmo antes do batismo (At 10,44-48). Mas, de toda maneira, a presente narração nos mostra que a vida cristã não é completa sem a efusão do Espírito Santo, que os apóstolos impetravam pela imposição das mãos. O Espírito une a todos, ele é o Espírito da unidade; por isso, os apóstolos de Jerusalém vão impor as mãos aos batizados da Samaria. Um resquício disso é, ainda hoje, a visita do bispo diocesano às paróquias para conferir o sacramento da crisma, prefigurado nesta leitura de At 8. Daí dizermos que, se a Páscoa foi o tempo liturgicamente propício para o batismo, a festa de Pentecostes, que se aproxima, é o momento propício para a crisma.

2. II leitura (1Pd 3,15-18)
A segunda leitura nos conscientiza de que estamos em litígio com o mundo (cf. o evangelho). O mundo pede contas de nós, mas é a Deus que devemos prestar contas. Isso, porém, não nos exime de responder ao mundo a respeito de nossa esperança (v. 15). E essa esperança está fundada na ressurreição de Cristo. O mundo pode matar, como matou Jesus. Mas, no Espírito que fez viver o Cristo (v. 18), viveremos. Essa leitura traz a marca da teologia do martírio (melhor padecer fazendo o bem do que fazendo o mal). Porém, não devemos interpretá-la num sentido fatalista (“Deus o quer assim”…), e sim num sentido de firmeza, porque o cristão sabe que Cristo é mais decisivo para ele que os tribunais do mundo.

3. Evangelho (Jo 14,15-21)
O presente domingo continua, no evangelho, a meditação das palavras de despedida de Jesus. E essa meditação introduz – duas semanas antes de Pentecostes – o tema do Espírito Santo, que João chama “o Paráclito”, ou seja, o “assistente judicial” no processo movido contra o cristão pelo “mundo” (termo com o qual João indica os que recusaram o Cristo). O “mundo” indiciou o Cristo e seus discípulos diante do tribunal (perseguições etc.). Nessa situação, precisamos do Advogado que vem de Deus mesmo e toma o lugar do Cristo (por isso, Jesus diz: um outroParáclito; Jo 14,16), já que seu testemunho vem da mesma fonte, o Pai. Graças a esse Paráclito, a despedida de Jesus não nos deixa numa situação de órfãos (v. 18). Jesus anuncia para breve seu desaparecimento deste mundo; o mundo não mais o verá. Mas os fiéis o verão, pois estão nele, como ele está neles. Tudo isso com a condição de guardar sua palavra e observar seu mandamento de amor: na prática da caridade, ele fica presente no meio de nós, e seu Espírito nos assiste. E o próprio Pai nos ama.

III. DICAS PARA REFLEXÃO: A iniciação cristã e a crisma

Os domingos depois da Páscoa sugerem o aprofundamento do sentido do batismo. Na mesma linha podemos considerar hoje o sacramento da crisma, que, com o batismo e a eucaristia, integra a iniciação cristã. Nas origens, o sacramento da crisma era administrado junto com o batismo, e ainda hoje sobra um resquício disso na unção pós-batismal. Quando, porém, se introduziu o costume de batizar as crianças, a confirmação e a eucaristia ficaram proteladas para um momento ulterior, geralmente no início da adolescência, pelo que a crisma adquiriu o significado de “sacramento do cristão adulto”.
No tempo de nossos avós, o dia da crisma era ocasião muito especial para as comunidades, quando o bispo vinha “confirmar” as crianças (hoje, muitas vezes, é o vigário episcopal que faz isso). De onde vem esse costume? Na primeira leitura, lemos que o diácono Filipe batizou novos cristãos na Samaria. Depois, vieram os apóstolos Pedro e João de Jerusalém para confirmar os batizados, impondo-lhes as mãos para que recebessem o Espírito Santo. Assim, os apóstolos, predecessores dos bispos, completaram e “confirmaram” o batismo. A confirmação do batismo pela imposição das mãos do bispo  sucessor dos apóstolos – completa o batismo e realiza o dom do Espírito Santo.
Esse sacramento chama-se “crisma”, isto é, “unção”, porque o bispo unge a fronte do crismando em sinal da dignidade e da vocação do cristão, pois crisma e Cristo vêm da mesma palavra. O adolescente ou jovem é confirmado na sua fé, pelo dom do Espírito. Agora, ele terá de assumir pessoalmente o que, quando do batismo, os pais e padrinhos prometeram em seu nome. Para a comunidade, a celebração da crisma significa também a unidade das diversas comunidades locais na “Igreja particular” ou diocese, graças à presença do bispo ou do vigário episcopal.
O evangelho de hoje nos ensina algo mais sobre o Espírito que Jesus envia aos seus: é o Espírito da inabitação (morada) de Deus e Jesus Cristo nos fiéis. Assim, o batismo não é mera associação de pessoas em redor do rótulo “Jesus Cristo”, mas realmente participação em sua vida e continuação de sua missão neste mundo. Por isso, o Espírito não é algo sensacionalista, como às vezes se imagina. Jesus envia o Espírito para que os fiéis continuem sua obra no mundo. Pois o lugar de Jesus “na carne” era limitado, no tempo e no espaço, e os fiéis são chamados a ampliar, com a força do Espírito-Paráclito, a sua obra pelo mundo afora. É esse o sentido profundo da crisma, que assim completa nosso batismo.
Então, a vida do cristão adulto assinalada pelo sacramento da crisma consiste sobretudo namística de união com o Pai e com o Filho pelo Espírito que vive em nós e na ética ou modo de proceder que provenha dessa presença de Deus em nós e testemunhe, diante do mundo, a vida de Cristo, presente em nós. Ele, pela ressurreição na força do Espírito-sopro de Deus, foi estabelecido Senhor na glória. O mundo não mais o vê, mas em nossa vida de cristãos, prestes a responder por nossa esperança, realiza-se a presença de seu amor.

Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e mestre em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Lovaina. Atualmente é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Dedica-se principalmente aos seguintes assuntos: Bíblia – Antigo e Novo Testamento (tradução), evangelhos (especialmente o de João) e hermenêutica bíblica. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A-B-C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje; Sinopse dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas e da “Fonte Q”.
25 de maio – 6º Domingo da Páscoa
GUIADOS PELO ESPÍRITO
A comunidade cristã é chamada à vida no Espírito. Viver no Espírito é deixar-se guiar pela verdade. Triste seria se a comunidade se deixasse levar pela onda da distração e se tornasse igual ao mundo insensível. Jesus afirma que esse mundo não vê nem conhece o Espírito. Aos discípulos ele assegura: “Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e estará dentro de vós” (Jo 14,17).
Há um monte sagrado dentro de nós. Nele habita o Espírito. Por isso a comunidade, mesmo passando por tentações, é capaz de superá-las, se guiada pelo Espírito. Os discípulos de todos os tempos e lugares, a exemplo do Mestre, são chamados a empreender esforços para não se desviarem da estrada de Jesus, do caminho que tem o Espírito como guia. É pelo Espírito que a comunidade vencerá todos os obstáculos.
É o Espírito que faz a pessoa e a comunidade livres e abertas à novidade. O Espírito é livre (Jo 3,8) e gerador de vida em plenitude (Jo 10,10). Isso tem implicações: quer dizer que não está ausente da realidade do mundo presente, habitando nas nuvens, mas suscita a vida conforme Deus manifesta em Jesus: a prática do amor fraterno.
O Espírito não é algo meramente interior, espiritualista, individual. O Espírito age na comunidade. Quem acolhe o Verbo feito carne (Jo 1,14) é renovado pelo Espírito.
Disso se conclui que cabe à comunidade cristã abrir-se ao novo, Jesus Cristo, e experimentar profundamente a graça do Espírito que se oferece a todos. Não é função da comunidade impedir ninguém do acesso ao dom. É missão da comunidade atitude de acolhida, tolerância, lealdade e, sobretudo, o respeito à pluralidade de dons inspirados pelo mesmo Espírito na comunidade. E mais que isso, ter a capacidade de pôr-se diante da sabedoria da cruz (1Cor 2,7-10), que no sentido concreto é a vivência da humildade. Só pelo Espírito se pode viver e realizar plenamente o projeto de Deus. Ele anima, institui, constitui e conduz a comunidade.
O Espírito, que está junto e dentro de nós, compromete-nos com a conservação e a vivência dos mandamentos. É o Espírito da vida que ilumina e impulsiona os discípulos e discípulas do Ressuscitado. Os que se deixam guiar por ele são capazes de ver e conhecer a verdade. Que nossos ouvidos estejam afinados e nosso coração sensível para acolher dentro de nós o Espírito Santo.
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
25 de maio: 6º Domingo da Páscoa
O DEFENSOR DA IGREJA
No meio de uma sociedade violenta que persegue e mata, Jesus nos garante um defensor, um advogado que permaneça sempre conosco e nos acompanhe e apoie. Assim, com o auxílio desse defensor, a prática de Jesus prolonga-se na vida dos cristãos. Não estamos sós nem abandonados neste mundo, pois Jesus nos prometeu o Espírito consolador.
Não é o papa, não são os bispos e padres nem são os cristãos leigos que sustentam e defendem a Igreja e lhe dão perenidade, mas é o Espírito Santo, prometido por Jesus antes de se despedir dos seus seguidores. A “Igreja” é morada do Espírito, que a anima e a conduz à vivência do amor, pois sem o amor não há comunidade cristã que se proponha seguir os passos do Mestre.
Jesus, no discurso de despedida, não nos deixa uma doutrina ou um manual de instruções, mas nos pede a vivência do amor e nos promete o Espírito da verdade. As doutrinas podem passar, a catequese pode mudar, mas o mandamento do amor e o Espírito continuarão inseparáveis e permanecerão para sempre.
O Espírito prometido por Jesus “permanecerá sempre conosco”. Mataram a Jesus, tentaram destruir seu projeto, mas o Espírito sempre estará atuando junto aos seus, sempre estará vivo no mundo. Se o acolhermos, não nos sentiremos órfãos nem abandonados.
O problema é que muitas vezes preferimos fechar os ouvidos para não ouvir a voz do Espírito, pois suas exigências nos parecem muito pesadas; preferimos fechar os olhos para não enxergar os desafios para os quais o Espírito nos envia; preferimos ouvir outras vozes que nos tranquilizam e não nos comprometem; preferimos ver com os óculos escuros que embaçam o caminho que leva ao encontro do outro.
Pe. Nilo Luza, ssp
6º Domingo da Páscoa - 25 de maio de 2014


’QUEM ME AMA SERÁ AMADO POR MEU PAI, E EU O AMAREI E ME MANIFESTAREI A ELE’’.

Primeira Leitura: Atos 8,5-8.14-17;
Salmo 65(66), 1-3ª 4-5.6-7ª. 16 e 20 (R/.1-2ª);
Segunda Leitura: 1 Pedro 3,15-18; 
Evangelho: João 14,15-21.

Situando-nos brevemente 
Hoje, a liturgia dominical nos coloca em clima de Pentecostes. A partir deste domingo, ao mesmo tempo em que invocamos a vinda do Espírito prometido, somos chamados a crer na sua presença, que age no mundo como dom permanente do Ressuscitado. Como diz um pai da Igreja, Cirilo de Alexandria: ‘’Os  que possuem o penhor do Espírito e vivem na esperança da ressurreição, como se já possuíssem aquilo que esperam, podem dizer que são pessoas espirituais... Já não vivem mais sujeitos à fraqueza da corrupção, porque finalmente chegou a justiça do Cristo’’.
A comunidade reunida é sinal sacramental da presença de Cristo. Testemunhamos sua presença na unidade – um só corpo, reunido em seu amor. Como afirma Santo Agostinho, ‘’é este amor que nos renova, transformando-nos em homens novos, herdeiros da nova Aliança, cantores do canto novo. Foi este amor, caríssimos irmãos, que renovou outrora os antigos justos, os patriarcas e os profetas e, posteriormente, os santos apóstolos. Ainda hoje é ele que renova as nações e reúne todo gênero humano espalhando pelo mundo inteiro, formando um só povo novo, o corpo da nova esposa do Filho unigênito de Deus. (...) Por isso os membros desta esposa sentem uma solicitude mútua. Se um membro sofre, todos sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. Pois ouvem e praticam a palavra do Senhor’’.
Que sejamos sinais do amor verdadeiro no mundo em que vivemos. Vamos ser reconhecidos pelo amor.

Recordando a Palavra
Na leitura do evangelho de João, Jesus, antes de sua partida, ensinou os discípulos a amar como caminho para crer e testemunhar sua presença viva: ‘’Se me amais, observareis os meus mandamentos’’ (14,15). Trata-se do verdadeiro amor ‘’ágape’’, que Jesus viveu através do serviço e da entrega total da vida. O seguimento leva a amor como Jesus amou (cf. 13,34; 15,12), buscando o bem das pessoas. A vivência do mandamento do amor, deixado por Jesus como sinal de sua vida doada totalmente identifica seus seguidores: ‘’Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros’’ (13,35). Quem ama Jesus, vive e testemunha suas palavras, guarda os seus mandamentos que se referem ao evangelho, a toda a sua obra de amor.
Jesus não deixa seus discípulos órfãos. Sua presença renova os discípulos através do Espírito: ‘’Eu pedirei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, que ficará sempre convosco: o Espírito da Verdade (14,16-17). O sentido do termo Paráclito – defensor, advogado, consolador confortador – caracteriza a missão do Espírito junto aos seguidores de Jesus. O Espírito conduz a caminhada dos discípulos, fortalece e defende os que são perseguidos e levados aos tribunais. A função do Paráclito, como aquele que está sempre com os discípulos, para defendê-los do que poderia separar do caminho de Jesus, é descrita também em 14,26; 15,26; 16,4b-15, sempre no contexto da despedida. Assim, em 1Jo 2,1-2, o termo Defensor aparece como uma designação do Cristo exaltado, advogado, intercessor junto ao Pai em favor dos cristãos.
A presença do Espírito, dom de Cristo ressuscitado, guia os discípulos na compreensão de sua vida e entrega por amor. O Espírito da Verdade ilumina e conduz a missão dos discípulos, em direção à Verdade plena que é Cristo. Jesus, antes de sua Páscoa, assegurou a vinda do Espírito, para ‘’guiar em toda verdade’’ (16,13). Ele disse que o Pai enviaria o Espírito em seu nome para ensinar e recordar tudo o que ele havia anunciado (cf. 14,26). O Espírito faz compreender os ensinamentos de Jesus, suas palavras e obras, sua forma de tratar as pessoas, seus gestos compassivos, sua vida doada por amor. A presença viva do Espírito do Ressuscitado ensina a permanecer no caminho da verdade, que liberta e gera o mundo novo do amor, da justiça e da fraternidade.
A ação do Espírito guia os discípulos à experiência de comunhão com Jesus ressuscitado: ‘’Sabereis que eu estou no Pai e vós estareis em mim’’ (14,20). Esse caminho experiencial sustenta a fé e o testemunho da verdade, que conduz à vida plena. É alimentado pelo amor: ‘’Quem me ama será amado por meu pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele’’ (14,21). O caminho do amor leva ao encontro do Ressuscitado, na comunhão e na unidade com o Pai, que é Amor. A presença viva de Jesus, que permanece com os discípulos por meio do Espírito, impele a seguir seus passos, testemunhando a fé através do amor fraterno.
A primeira leitura dos Atos dos Apóstolos mostra que a perseguição aos cristãos, em Jerusalém, provoca a dispersão para a Judeia e a Samaria (cf. 8,1ss). Contudo, impelidos pelo ardor missionário, os cristãos anunciam a Boa-Nova de Cristo aos povos que encontram. Filipe, um dos sete diáconos (cf. 6,5), foi para a Samaria, onde havia preconceito contra os samaritanos, uma vez que descendiam de israelitas e estrangeiros que moravam em Israel, desde a época das invasões dos assírios (cf. 2Rs 17,24-41). A pregação eficaz de Filipe, acompanhada de milagres, de ações salvíficas (cf. 8,6-7), remete ao estilo de Jesus (cf. Mt 8,29; 11,5). O anúncio do evangelho liberta as pessoas dos males e das doenças e revela a presença do Reino de Deus.
O povo ouve as palavras anunciadas com entusiasmo por Filipe, chamado de evangelista em 21,8, e adere a Cristo com alegria. Homens e mulheres são batizados e forma-se uma comunidade renovada. Os apóstolos Pedro e João são enviados pela comunidade Jerusalém para reforçar e confirmar a missão de Filipe. Ao chegarem à Samaria, impuseram-lhes as mãos e os batizados receberam o Espírito Santo. Animadas e iluminadas na caminhada de fé pela ação do Espírito da unidade proporciona o surgimento de comunidades fundamentadas no amor de Cristo e na comunhão fraterna.
O salmo 65 (66) convida a louvar e bendizer o Senhor, pois ele revela sua bondade ao longo da história, socorrendo sempre os que clamam com confiança. A memória das grandes ações libertadoras de Deus, como a passagem pelo mar Vermelho, transforma-se em agradecimento e compromisso renovado na fidelidade e no amor
A segunda leitura da primeira carta de Pedro reflete o contexto das perseguições sofridas pelos cristãos, no final do primeiro século e início do segundo. Os cristãos, ao serem levados diante das autoridades e dos tribunais e interrogados sobre sua fé, devem estar ‘’sempre prontos para dar a razão da esperança’’ (3,15). Com o coração santificado, transformado pela vida nova do Ressuscitado, os cristãos testemunham ‘’com mansidão, respeito e com boa consciência’’ (3,16), quando difamados e ultrajados. A esperança em Cristo leva a manter a firmeza na fé, a praticar o bem em meio aos sofrimentos, evitando toda forma de maldade e violência.
Cristo, o justo que morreu pelos injustos e foi vivificado no Espírito (cf. 3,18), é o modelo vitorioso na caminhada dos cristãos. Ele é o exemplo a seguir, pois se entregou totalmente em favor da vida de todos. O sofrimento decorre do seguimento fiel a seus passos (cf.2pd 2,21; 4,12-19) e conduz à firme esperança de vida plena: ‘’sofremos com ele, para sermos também glorificados com ele’’ (Rm 8,17). A esperança é a virtude cristã, que impele a trilhar o caminho da vida sobre a morte, da bondade sobre a injustiça.

Atualizando a Palavra
Jesus revela seu amor e sua ternura através do Espírito, que permanece sempre em nós, para nos ajudar a conservarmos viva sua memória, seus ensinamentos e suas ações compassivas e solidárias. O Espírito, chamado de Paráclito, nos defende e nos faz compreender que Jesus é a Verdade, manifestada mediante a vida, morte e ressurreição. A vivência do amor fraterno testemunha a fidelidade a Jesus, que conduz para a vida plena. A força do Espírito nos faz romper as barreiras e superar os preconceitos, para construir a unidade e a fraternidade. Com a ação do Espírito, permanecemos em comunhão com Jesus, a Verdade que liberta e ensina a amar como ele amou.
Os discípulos, guiados pelo Espírito, mantêm viva a presença de Jesus através da fidelidade ao novo mandamento do amor, sinal de sua entrega total na Páscoa. Por meio do verdadeiro amor ‘’ágape’’, testemunhamos a vida nova em Cristo ressuscitado, que leva a praticar sempre o bem. O caminho trilhado por Cristo nos ilumina e renova em nosso compromisso de discípulos missionários, anunciadores de sua presença de amor. Como cristãos, no tempo das perseguições, somos chamados a testemunhar a razão da nossa esperança, sobretudo através da nossa vida de ressuscitados.
O Papa Bento XVI afirma que a Igreja anuncia ao mundo o Logos da Esperança (cf. 1Pd 3,15). ‘’O homem precisa da ‘grande esperança’ para viver seu próprio presente – a esperança que é ‘aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até o fim’ (Jo 13,1). Por isso, na sua essência, a Igreja é missionária. Não podemos guardar para nós as palavras de vida eterna que recebemos no encontro com Jesus Cristo: são para todos, para cada homem. Cada pessoa do nosso tempo – quer  o saiba quer não – tem necessidade deste anúncio. Oxalá o Senhor suscite entre os homens, como nos tempos do profeta Amós, nova fome e nova sede das palavras do Senhor (cf. Am 8,11). A nos cabe a responsabilidade de transmitir aquilo que por nossa vez tínhamos, por graça, recebido’’ (Verbum Domini, n. 91).

O Papa Francisco ensina a confiar na ação do Espírito Santo, como faziam os evangelizadores das primeiras comunidades. Para manter vivo o ardor missionário, é necessária uma decidida confiança no Espírito Santo, porque Ele ‘’vem em auxílio da nossa fraqueza’’ (Rm 8,26). ‘’Mas esta confiança generosa tem de ser alimentada ,e, para isso, precisamos invocá-lo constantemente. Ele pode nos curar de tudo o que nos faz esmorecer no compromisso missionário. É verdade que esta confiança no invisível pode nos causar alguma vertigem: é como mergulhar em um mar onde não sabemos o que vamos encontrar. Eu mesmo o experimentei tantas vezes. Mas não há maior liberdade do que a de se deixar conduzir pelo Espírito, renunciando a calcular e controlar tudo e permitindo que ele nos ilumine, guie, dirija e impulsione para onde ele quiser. O Espírito Santo bem sabe o que faz falta em cada época e em cada momento. A isto se chama ser misteriosamente fecundos!’’ (Evangelii Gaudium, n. 280).
O exemplo de Cristo, deixado por nós como modelo de vida, convida a seguir seus passos, a fazer parte daqueles que não vivem mais na carne, mas acima da carne. É o que diz Paulo: ‘’Se alguém está em Cristo, é criatura nova. O mundo velho desapareceu. O que era antigo passou, agora é tudo novo’’ (2Cor 5,17). Fomos justificados pela fé em Cristo e terminou o domínio da maldade. Uma vez que ele ressuscitou por nossa causa, calcando o poder da morte, nós conhecemos aquele que, por sua própria natureza, é o verdadeiro Deus. É a ele que prestamos culto em espírito e verdade, por intermédio de seu Filho, que distribui sobre o mundo as bênçãos divinas do Pai.

Ligando a Palavra com a ação eucarística
O Espírito do Senhor nos reúne e nos une. Na celebração, somos fortalecidos e vivificados no Espírito que consolida nossa vocação batismal.
A vivacidade está presente na Igreja primitiva. Filipe, cheio de fé e confiança, anuncia o Cristo que sofreu e morreu, mas recebeu nova vida no Espírito. Animados pela promessa do Espírito em plenitude e já caminhando na certeza da presença deste mesmo Espírito atuante na história, os cristãos vão trilhando o caminho de Jesus.
Nas mesas da Palavra e da Eucaristia, o Senhor nos alimenta com o sacramento da entrega por amor. Ele nos ama, nos sintamos amados no Amor.
Na oração eucarística, invocamos o Espírito sobre o pão e o vinho, a fim de  que se tornem Corpo e Sangue de Jesus Cristo. Invocamos ainda o mesmo Espírito para que nos reúna. Santo Agostinho afirma: ‘’vivendo unidos no recíproco amor, como membros ligados por tão suave vínculo, fornecemos o Corpo de tão sublime Cabeça’’.
Que a força do Espírito nos ajude a levarmos adiante a missão de Jesus Cristo.

Sugestões para a celebração
· Cuidar do espaço para que seja expressão da Páscoa do Senhor, destacando o círio pascal, a fonte batismal, a mesa da Palavra e a mesa eucarística.
· Valorizar o momento das preces dos fiéis. Cantar as respostas.
· No abraço da paz, motivar para que seja expressão de comunhão e amor fraterno.
· Os cantos sejam preparados com antecedência, prevendo ensaios. O Hinário Litúrgico da CNBB possui ótimas sugestões. As melodias estão gravadas no CD Liturgia XVI – Páscoa – Ano A.

Fonte: Eis a Luz de Cristo! -  Roteiros Homiléticos  para o Tríduo Pascal e Tempo Pascal l– CNBB 2014 - Ano A
Liturgia de 25.05.2014 - 6º Domingo da Páscoa
Canal do Youtube:

A voz do Pastor - 6º Domingo da Páscoa -- Domingo 25/05/2014

Canal do Youtube:

Reflexão para o VI domingo de Páscoa
No Evangelho de hoje, tirado do capítulo 14 de João, temos as derradeiras palavras de Jesus aos seus discípulos. Ele nos aponta o comportamento a ser seguido, o caminho que nos leva a vida. Ele nos coloca sob a tutela do Espirito do Amor, nosso Advogado e que nos trará ao coração tudo aquilo que Ele nos ensinou.
Agir de acordo com o que agrada ao amigo é estar em verdadeira comunhão com ele! Isso se torna realidade quando esse amigo é o Cristo Jesus!
O critério para saber se os cristãos são verdadeiros discípulos de Jesus é a capacidade de um recíproco compromisso pessoal, um indispensável amor mútuo na comunidade e fora dela.
Quando o discípulo ama verdadeiramente, ele faz Deus estar presente. Todo e qualquer sinal de amor é manifestação de Deus.
Temos, como as estrelas, variações na intensidade do brilho. Do mesmo modo, quanto mais nosso amor aos outros for semelhante ao de Deus por nós, mais seremos portadores de seu amor ao mundo. Seremos a epifania de Deus neste mundo.Na antiga aliança, vemos Deus se manifestar em sinais, hoje, na aliança nova e eterna, o Pai se manifesta ao mundo no cristão que ama Jesus e, por consequência, ama seus irmãos.
Para manifestar o amor de Deus no mundo, para ser sinal de sua presença amorosa, o cristão deverá estar preparado para lutar contra o mal. Essa preparação é feita através da acolhida do Espírito Santo. Será Ele quem dará aos discípulos a força para enfrentar e vencer o Mal. O Mundo verá que o amor de Deus e da Comunidade é mais forte que a morte.
De acordo com o versículo 19, “...o mundo não mais me verá, mas vós me vereis, porque eu vivo e e vós vivereis.” A sociedade pecadora matou Jesus, mas ele ressuscitou e se manifesta através das ações de seus discípulos porque esses vivem no Espírito.
Na segunda leitura, tirada da Primeira Carta de Pedro, no cap.3, 18 nos ensina a norma do comportamento cristão: “...Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo , pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.” Do comportamento de Jesus, do justo morrer pelo injusto, nasceu a vida nova. Deus não sente prazer no sofrimento humano, contudo em sua economia da salvação sabe valorizá-lo. Dele, do sofrimento, nasce o desejo de liberdade e vida. Da aceitação da morte por causa da justiça e do Reino surge a vida definitiva, a passagem deste mundo caduco para o Reino da Justiça e da Paz!
Fonte 2014-05-24 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV)



HOMILIA
JESUS PROMETE O ESPÍRITO SANTO Jo 14,15-21
Jesus despede-se dos seus discípulos e inaugura uma missão especialíssima para mim e para ti. Ele sobe para o Pais a fim de ser mediador junto ao Pai a fim de nos comunicar o Espírito Santo.
É mediação futura, porque feita após a sua ressurreição, através da nova condição que terá diante de Deus (Jo 14,16-17). O Espírito será, então, enviado pelo Pai em nome de Jesus (Jo 14,26). Logo, você e eu receberemos de Deus o Espírito Santo somente através de Cristo. Dada a necessidade salvífica deste gesto e sua relevância para a existência da Igreja, reafirma-se, de novo, a importância capital da mediação de Jesus nas relações do Homem com Deus. Ninguém vai ao Pai senão por Ele.
Com a Sua subida para o Céu, Jesus nos faz ver as várias funções do Espírito Santo. Ele é o nosso Advogado ou Protetor e Mestre da Verdade (Jo 14,16-17.25-26). Na ausência de Cristo, o Espírito há de proteger e defender, em quaisquer circunstâncias, os discípulos de Jesus no mundo, guiando-os e dando-lhes segurança. Manterão viva a mensagem de Jesus, recordando-a e interpretando-a no tempo, de sorte que os discípulos penetrem o seu sentido. Além disso, o Espírito é Santo e santificador, consagrando os discípulos, ou seja, separando-os para serem semelhantes a Jesus, o consagrado por excelência.
A mediação de Jesus Ressuscitado, em ordem à vinda do Espírito, faz-nos viver a espiritualidade das Solenidades que se aproximam: Ascensão e Pentecostes. A temática serve, pois, de preparação para o encerramento do tempo pascal, revelando a relação existente entre a Páscoa e Pentecostes ou entre a ação do Ressuscitado, entronizado em sua glória, e a vinda do Espírito. Além disso, demonstra o modo do agir trinitário de Deus em ordem à salvação dos homens. Deus enquanto Pai é criador, enquanto Filho é Salvador e enquanto Espírito Santo é Vivificador, Consolador, Fortalecedor, Advogado.
O Espírito prometido nos revela a presença de Jesus entre nós. É a presença na comunidade em que se vive o amor. Este amor é a união com Jesus e com o Pai. Quem assim ama reconhece a presença de Jesus. Amar Jesus é amar-nos uns aos outros.
É urgente crer em Deus e em Jesus, Caminho, Verdade e Vida. Quem ama passa a conhecer Jesus e quem o conhece conhecerá também o Pai. Porque Ele o dá a conhecer a todos os que permanecem no Seu amor; Este amor é o dom do Espírito de Amor e o dom da vida eterna na comunhão com Jesus e o Pai, no Espírito.
Pai, concede-me o dom do teu Espírito que, como luz, dissipa as dúvidas e as trevas do meu coração e me faça caminhar seguro pelos caminhos de teu Filho Jesus que é o Caminho, a Verdade e a Vida que me conduz a Vós.
Fonte Canção Nova
http://www.liturgiadapalavra.com/
HOMILIA
A vivência dos mandamentos de Deus são luz para nossa vida!
Os mandamentos do Senhor são regras, luz, paz e direção para o nosso caminhar neste mundo!
“Se me amais, guardareis os meus mandamentos, e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre convosco” (João 14, 15-16).


A primeira coisa que devemos observar: amar a Deus é guardar os Seus mandamentos! Os mandamentos do Senhor não são um peso para nós; pelo contrário, os mandamentos do Senhor são regras, luz, paz e direção para o nosso caminhar neste mundo! Os mandamentos do Senhor são como que uma bússola que nos norteia, nos orienta, nos direciona para onde está a vontade de Deus no mundo em que vivemos.
Você sabe que os mandamentos de Deus não são levados muito a sério no mundo em que vivemos. São os mandamentos que nos ordenam a colocar Deus em primeiro lugar, a santificar o dia do Senhor, a honrar o nosso pai, nossa mãe, a viver a pureza, a castidade, a honestidade e a verdade; a combater a mentira e a corrupção.
Não são as leis que orientam as relações humanas; é por isso que nos tornamos discípulos do Senhor para fazer a diferença, para sermos fermento, para sermos sal no meio da massa. E, algumas vezes, nos sentimos tão fracos, diluídos e consumidos por este mundo, mas sozinhos nós realmente não iremos viver a vontade de Deus! Nós precisamos do auxílio do alto, do socorro que venha do alto; nós precisamos do auxílio de Deus, do socorro d’Ele.
É por isso que Jesus nos promete que Ele nos enviará o Espírito da Verdade, que Ele nos enviará o Defensor, porque o Espírito primeiro nos defende, nos preserva do mal, nos defende do inimigo de Deus, do maligno. É Ele que defende a nossa mentalidade, a nossa consciência e a nossa vontade da corrupção do pecado.
O Espírito é nosso Advogado, é nosso Amigo, é a força de que nós precisamos e que necessitamos para vivermos em Deus e a vida d’Ele em nós. Eu preciso querer viver a vontade de Deus e uma vez que a quero, eu preciso reconhecer que sozinho eu não dou conta disso, sozinho eu não chego lá. Na minha humildade eu reconheço a minha pequenez e como eu preciso da ajuda do alto, do auxílio do alto e da força do alto.
Deus socorre a nossa fraqueza, Ele socorre a nossa necessidade, nos dá o Seu Espírito sem medida para que não desanimemos, para que não esmoreçamos na vivência dos Seus mandamentos em nossa vida.
Vem, Espírito Santo, vem Paráclito, vem Defensor, vem em nosso socorro, Auxílio Divino, para que não esmoreçamos diante das dificuldades e tribulações e para que sejamos fortalecidos no combate contra as forças do mal!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Facebook Twitter
http://homilia.cancaonova.com/homilia/a-vivencia-dos-mandamentos-de-deus-sao-luz-para-nossa-vida/

LEITURA ORANTE

Jo 14, 15-21 - Jesus não nos deixa órfãos!



Preparo-me para a Leitura Orante, rezando ao Espírito Santo,
com todas pessoas que se encontram na rede da internet:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre e compreenda o seu Evangelho.
Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Ver
dade)
O que o texto diz? leio, na minha Bíblia, Jo 14,15-21.
Se me amais, observareis os meus mandamentos. E eu pedirei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, que ficará para sempre convosco: o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não o vê, nem o conhece. Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e está em vós. Não vos deixarei órfãos: eu voltarei a vós. Ainda um pouco de tempo e o mundo não mais me verá; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis. Naquele dia sabereis que eu estou no meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele.

Jesus fala das condições do amor. Quem observar os mandamentos:
- Jesus vai pedir ao Pai por ele;
- o Pai lhe enviará um Defensor: o Espírito da Verdade
- o amor criará uma profunda comunhão: Jesus está no Pai, os que observam os mandamentos estão em Jesus; Jesus está nos que o seguem.
Acolher e observar os mandamentos de Jesus é demonstrar-lhe amor.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Testemunho este amor na vida concreta, cumprindo os mandamentos que Ele sintetiza em "amar a Deus" e "amar o próximo". Os bispos, na Conferência de Aparecida, afirmaram:
"Os discípulos de Jesus são chamados a viver em comunhão com o Pai (1 Jo 1,30 e com seu Filho morto e ressuscitado, na “comunhão no Espírito Santo” (1 Cor 13,13). O mistério da Trindade é a fonte, o modelo e a meta do mistério da Igreja: “um povo reunido pelaunidade do Pai do Filho e do Espírito”, chamado em Cristo “como sacramento ou sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano”. A comunhão dos fiéis e das Igrejas locais do Povo de Deus se sustenta na comunhão com a Trindade.." (DAp 155)

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente e concluo:
Rezo, a Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida:
Jesus Mestre, santificai minha mente e aumentai a minha fé.
Jesus Mestre, libertai-me do erro, dos pensamentos inúteis e das trevas eternas.
Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero.
Jesus, caminho de santidade, tornai-me vosso fiel seguidor.
Jesus Caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está no céu.
Jesus Vida, vivei em mim para que eu viva em vós.
Jesus Vida, não permitais que eu me separe de vós.
Jesus Vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
Jesus Verdade, que eu seja luz para o mundo.
Jesus Caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante das pessoas.
Jesus Vida, que minha presença contagie a todos com o vosso amor e a vossa alegria.


 4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar me leva a ver e tratar as pessoas com o amor com que eu gostaria de ser tratada/o.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a sentir a Tua Presença em nós e na nossa vida. Que entremos na tua intimidade com encantamento e respeito, sim, mas com gratidão, alegria e leveza, carregando conosco os irmãos que colocaste ao nosso lado nesta viagem maravilhosa – a Vida. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.