domingo, 20 de julho de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 19/07/2025

ANO C


Mt 12,14-21

Comentário do Evangelho

Jesus cumpre a profecia de Isaías


Jesus se afasta do ambiente tenso causado pela disputa com os fariseus e segue com seu ministério em outro local. Mateus, baseado em Marcos, começa o relato com um resumo das ações de Jesus, incluindo o segredo messiânico e a orientação para que suas obras não sejam divulgadas. Ele atrai grandes multidões por meio da autoridade de suas palavras, que edificam e confortam aqueles que o ouvem. Realiza curas, restaurando a saúde e a dignidade das pessoas, cumprindo as promessas do Antigo Testamento, que o evangelista associa ao servo do Senhor (Isaías 42,1-4). A profecia transmite o amor e o espírito de Deus ao escolhido, visíveis na comunicação entre o Pai e o Filho no momento do batismo. Sem recorrer a conflitos ou gritaria, como um exército violento, a missão do Messias é promover a paz, que surge do anúncio da justiça e do direito às nações. Sua atuação não é marcada por triunfos ou glórias, como os líderes das nações, mas por amor e misericórdia, de maneira simples e acessível. Ele é a promessa não apenas para Israel, fragilizado como um caniço quebrado e uma chama prestes a se apagar, mas para todos os gentios que receberão sua Boa-Nova.
https://catequisar.com.br/liturgia/jesus-cumpre-a-profecia-de-isaias/

Reflexão

Normalmente, associamos a figura do libertador à imagem de um guerreiro forte, capaz de vencer, de forma violenta, todos os seus inimigos. Jesus Cristo, que era de condição divina, viveu peregrino na terra como servo, segundo as modalidades da humildade e da mansidão. Ou seja, nosso Libertador nos arrancou do mundo, onde o pecado nos mantinha aprisionados pelo poder da morte, não pela força, mas pela entrega humilde. Como o discípulo não é superior ao Mestre, qualquer cristão que quiser alcançar a vida nova em Cristo deverá fazê-lo pela mesma via da humildade e da mansidão, deixando-se guiar pelo mesmo Espírito que indicou o Filho amado: “Este é o meu Filho amado, em quem eu me agrado” (Mt 3,17).
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/19-sabado-10/

Reflexão

«Ele curou a todos»

Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)

Hoje, encontramos uma dupla mensagem. Por um lado, Jesus convida-nos a segui-Lo: «Muitos O seguiram e todos foram curados» (Mt 12,15). Se O seguirmos, encontraremos solução para as dificuldades do caminho, como se nos lembrava há pouco tempo. «Venham a mim os cansados e abatidos, e eu lhes darei o descanso» (Mt 11,28). Por outro lado, mostra-nos o valor do amor ameno: «Não disputará, nem gritará» (Mt 12,19).
Ele sabe que estamos cansados e abatidos pelo peso das nossas debilidades físicas e de carácter... E devido a esta cruz inesperada que nos visitou com toda a sua aspereza, pelas contrariedades, pelos desenganos, pelas tristezas. De facto, «conspiraram contra Ele para ver como eliminá-Lo» (Mt 12,14). E... nós que sabemos que o discípulo não é mais que o mestre (cf. Mt 10,24), devemos ser conscientes de que também teremos de sofrer incompreensão e perseguição.
Tudo isso constitui uma carga que pesa em cima de nós, um fardo que nos abate. E sentimos como se Jesus nos dissesse: «Deixa o teu fardo a meus pés, e eu me ocuparei dele; dá-me esse peso que te deixa abatido, e eu o levarei; alivia-te das tuas preocupações e entrega-mas...».
É curioso: Jesus convida-nos a deixar o nosso peso, mas oferece-nos outro: o seu jugo, com a promessa, isso sim, de que é leve e delicado. Quer mostrar-nos que não podemos ir pelo mundo sem peso nenhum. Uma ou outra carga teremos que levar. Mas que o nosso fardo não seja cheio de materialidade; que seja o Seu peso, que não oprime.
Na África, as mães e irmãs mais velhas levam os mais pequenos às costas. Uma vez, um missionário viu uma menina que levava o seu irmãozinho... E disse-lhe: «Não achas que é um peso muito grande para ti?». Ela respondeu sem pensar: «Não é um peso, é o meu irmãozinho e eu amo-o». O amor, o jugo de Jesus, não só não é pesado, como nos liberta de tudo aquilo que nos oprime.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Os homens que não têm remédio são aqueles que deixam de prestar atenção aos seus próprios pecados concentrando a sua atenção nos dos outros. E, não podendo desculpar-se, estão sempre prontos para os acusar» (Santo Agostinho)

- «Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, 'esvaziou-se de si próprio', aniquilou-se, tornou-se plenamente semelhante aos homens, exceto no pecado, por forma a comportar-se como um servo dedicado ao serviço dos outros» (Bento XVI)

- «Os traços do Messias são revelados sobretudo nos cânticos do Servo (cf. Is 42,1-9). Estes cânticos anunciam o sentido da paixão de Jesus, indicando assim a maneira como Ele derramará o Espírito Santo para dar vida à multidão: não a partir do exterior, mas assumindo a nossa condição de servo´ (Flp 2, 7). Tomando sobre Si a nossa morte, Ele pode comunicar-nos o seu próprio Espírito de vida» (Catecismo da Igreja Católica, nº 713)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-07-19

Reflexão

Jesus o “Servo de Deus”

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje o evangelista atrai nossa atenção sob outro título que descreve o agir de Jesus. O “Servo de Deus”, Junto à esperança de salvação, no Antigo Testamento sobressai profeticamente a perspectiva do “Servo de Deus” que sofre por todos, dum Messias que salva a través do desprezo e do sofrimento.
O servir de Jesus é sua verdadeira forma de reinar e, nos deixa pressentir algo de como Deus é Senhor: Na sua paixão e morte, a vida de Jesus Cristo mostra-se como um “existir para ou outros”. Cristo lavou os pés aos Apóstolos: Neste gesto de humildade —que sintetiza a totalidade de seu serviço —o Senhor está ante nós como Aquele que se fez Servo por nós, que carrega com nosso peso, nos dando assim a verdadeira pureza e capacidade para acercar-nos a Deus.
—Jesus, em teu abaxaimento, na tua humildade até a Cruz, eu descubro a glória (a grandeza) de Deus.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-07-19

Comentário sobre o Evangelho

Em Jesus cumprem-se as palavras do profeta Isaías: «Ele não discutirá, nem gritará... Em seu nome as nações depositarão sua esperança»


Hoje, vemos como Jesus “triunfa” («seguiram-no muitos») no meio de um ambiente de rejeição. A atitude do Senhor é admirável: apesar da dor e das contrariedades, «curou-os a todos». Paradoxo? Transformar o mal em bem: aí está a Redenção. O profeta Isaías, uns 700 anos antes, profetizou que «Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz nas praças, não quebrará a cana rachada…».
- Na hora suprema - na Cruz - encontramos a mesma reação: enquanto uns O insultavam sem parar, Jesus pedia perdão para todos e “curou” aquele que Lhe pediu ajuda (sabes quem era?).
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-07-19

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Eterna é a misericórdia do Senhor! Ele nos corrige com amor e nos chama ao comprometimento com sua causa. O Reino que Ele veio anunciar é de paz e harmonia. Muitos não entenderam sua presença no mundo, não o aceitaram e tramaram para matá-lo. Ele resistiu até o tempo oportuno e lutou até o fim pela dignidade do ser humano. Suas curas devolviam a alegria e a vontade de viver. Sua atenção valorizava a quem, em certo ponto, já havia perdido a esperança. Não se rendeu às críticas dos judeus e foi até o fim com sua missão de priorizar o ser humano, mesmo sem, muitas vezes, ser compreendido por ele. Tendo nos ensinado, Ele espera que tenhamos amadurecido em nossa caminhada de fé para poder continuá-lo em sua missão misericordiosa de valorizar o ser humano e construir um Reino de paz.
Oração
Ó DEUS, que mostrais a luz da vossa verdade aos que erram, para retornarem ao bom caminho, dai aos que professam a fé, rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno deste nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=19%2F07%2F2025&leitura=meditacao

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 19/07/2025

ANO C


Mt 12,14-21

Comentário do Evangelho

Os fariseus tramam a morte de Jesus

Depois das espigas arrancadas num dia de sábado e da cura de um homem de mão atrofiada, na sinagoga, num dia de sábado, os fariseus tramam a morte de Jesus. Jesus é condenado por fazer o bem: “Se um de vós tem uma ovelha e cai num buraco: não a agarrará e a tirará? Mais do que uma ovelha vale um homem! Portanto, é permitido, no sábado, fazer o bem!” (12,11-12). A lei de Deus é dada ao povo para proteger o dom da vida e da liberdade. Por isso, na introdução das duas versões do decálogo, há evocação da saída do Egito: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, da casa da escravidão” (Ex 20,2; Dt 5,6).
A ameaça de uma morte premeditada não intimida Jesus; partiu seguido por muitos e curava a todos (v. 15). Mateus cita o primeiro cântico do Servo Sofredor de Isaías (Is 42,1-4). Este cântico do servo diz da vocação e do destino do eleito de Deus. A comunidade cristã é convidada a reler, à luz do mistério de Cristo, este cântico de Isaías: a profecia diz respeito a Jesus, eleito de Deus, em que repousa o Espírito de Deus; ele é portador de uma mensagem salvífica para todos, judeus e pagãos.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo, para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor maneira de agir.
Fonte: Paulinas em 20/07/2013

Vivendo a Palavra

Isaías descreve o perfil daquele que seria o Messias. Será que nós, seus seguidores, nos enquadramos nesse perfil? Recebemos e aceitamos o seu Espírito? Somos discretos no anúncio da Boa Notícia? Incentivamos os irmãos a caminhar, ou tentamos apagar, com o nosso julgamento legalista, o pavio do entusiasmo que ainda fumega neles?
Fonte: Arquidiocese BH em 20/07/2013

VIVENDO A PALAVRA

Isaías descreve o perfil daquele que seria o Messias. Será que nós, seguidores de Jesus Cristo, reconhecemos esse perfil? Recebemos com alegria e aceitamos o seu Espírito? Somos discretos no anúncio da Boa Notícia? Incentivamos os irmãos a caminhar, ou tentamos apagar, com o nosso julgamento legalista, o pavio do entusiasmo que ainda fumega neles?
Fonte: Arquidiocese BH em 20/07/2019

vIVENDO A PALAVRa

O Cristo cumpre a profecia de Isaías: «Ele não apagará o pavio que ainda fumega.» Como discípulos do Mestre, também cabe a nós, a sua Igreja, o exercício do perdão, do acolhimento, da misericórdia e da compaixão, para que não se perca nenhum dos que procuram seguir o Caminho, a Verdade e a Vida ensinados por Jesus de Nazaré.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/07/2021

Reflexão

Jesus não veio à terra para buscar a sua glória ou a sua promoção pessoal. Ele veio como o servo de Deus para garantir, por uma vida de serviço e, principalmente, pela sua paixão e morte de cruz, a salvação para todas as pessoas. Com isso, Jesus é aquele que cumpre todas as promessas feitas por Deus durante todo o antigo Testamento. Ele vai, não pela glória, pela arrogância e pelo poder, mas pelo amor, pela misericórdia e pelo serviço, realizar o projeto de Deus e nos mostrar novos valores que devem nortear as nossas vidas, tornando-se ao mesmo tempo modelo para todas as pessoas e a esperança de todas as nações.
Fonte: CNBB em 20/07/2013

Reflexão

Mateus é breve e dramático. Com poucas palavras, afirma que os fariseus se reúnem para planejar a morte de Jesus. O que Jesus havia feito de errado? Os fariseus notaram que ele, desde o início, era bastante liberal ao interpretar as tradições. Mais que isso, Jesus sabia que essas tradições se haviam tornado carga pesada para o povo. Certos sacrifícios forçados não podem agradar a Deus. É na liberdade que cada um demonstra seu amor sincero. Se cumpre a lei porque é obrigado, onde está a virtude? Por isso é que Jesus cita o profeta Oseias (6,6): “Quero misericórdia e não sacrifício”. Porque também Deus é um Deus de misericórdia e não um tirano pronto a castigar o mínimo deslize no cumprimento de qualquer lei. Jesus é o servo do Senhor: está a serviço do Deus misericordioso.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 20/07/2019

Reflexão

Mateus é breve e dramático. Com poucas palavras, afirma que os fariseus se reúnem para planejar a morte de Jesus. O que Jesus havia feito de errado? Os fariseus notaram que ele, desde o início, era bastante liberal ao interpretar as tradições. Mais do que isso, Jesus sabia que essas tradições se haviam tornado carga pesada para o povo. Certos sacrifícios forçados não podem agradar a Deus. É na liberdade que cada um demonstra seu amor sincero. Se cumpre a Lei porque é obrigado, onde está a virtude? Por isso é que Jesus cita o profeta Oseias (6,6): “Quero misericórdia e não sacrifício”. Porque também Deus é um Deus de misericórdia, e não um tirano pronto a castigar o mínimo deslize no cumprimento de qualquer lei. Jesus é o servo do Senhor: está a serviço do Deus misericordioso.
Oração
Ó Jesus Messias, és a manifestação histórica do servo anônimo descrito pelo profeta Isaías. Movido pelo Espírito Santo, curas a todos os que te seguem e te mostras solidário e misericordioso com os sofredores. Não corres atrás das aclamações populares; o que fazes é para agradar ao Pai. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 17/07/2021

Meditação

Diante das dificuldades, coloco minha esperança em Deus? - Tenho consciência de que quem agride o próximo é porque não tem argumentos válidos? - Conheço a expressão que ensina que “violência gera violência?” - Grito, altero-me, ou sou sempre presença de paz e amor? - Peço sempre as luzes do Espírito Santo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 20/07/2013

Meditando o evangelho

O SERVO ESCOLHIDO

Na tentativa de compreender a ação misericordiosa de Jesus em favor das multidões, acolhidas e curadas por ele, a Igreja primitiva recorreu a um texto do profeta Isaías, conhecido como "o primeiro canto do Servo de Javé". Até hoje, não se sabe ao certo a quem o profeta se referia. Em todo o caso, o Servo foi apresentado como alguém muito querido por Deus, a cujo serviço se colocou totalmente. Sua missão consistiu em implantar o projeto de Deus na Terra, de modo que a justiça imperasse no mundo inteiro. A humildade e simplicidade do Servo fizeram dele um ser pacífico, que não escolheu o caminho da violência para realizar sua missão. Ele foi discreto. Não realizou suas obras com estardalhaço, para ser notado. Foi compassivo e bondoso com as pessoas, especialmente, as mais fracas, e jamais decepcionou ninguém. Enquanto houvesse um fiozinho de esperança, o Servo não se desesperava. Se a cana estava rachada, acreditava na possibilidade de recuperá-la. Se a mecha ainda estava fumegante, acreditava na possibilidade de ainda obter uma labareda e não a apagava. A justiça acontecia, portanto, no respeito ao fraco e não eliminando-o. O Servo, assim pensado, tornava-se digno da confiança de todos os povos.
O caminho escolhido por Jesus para realizar sua missão foi o mesmo do Servo. Sem triunfalismo, ele soube levar os pobres a recuperar a esperança.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, és o Servo de Deus que, na simplicidade e humildade, leva a humanidade a recuperar a esperança.
Fonte: Dom Total em 20/07/2019 e 17/07/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. NA MIRA DOS INIMIGOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

Os contínuos "desrespeitos" à Lei, por parte de Jesus, só fazia crescer a aversão de seus inimigos por ele. Norteando-se pelo princípio da misericórdia, o Mestre não se importava de fazer o bem em dia de sábado. Por exemplo: curar a quem recorria a ele ou carecia de seu auxílio, mesmo sem ser solicitado, como foi o caso do homem de mão seca. Ele transmitia aos discípulos esta mesma mentalidade, ensinando-os a serem livres diante das tradições religiosas, quando se tratava de fazer o bem.
O foco de desentendimento entre Jesus e os fariseus não consistia em minúcias da Lei, discutidas entre as escolas rabínicas da época. Girava em torno de questões mais radicais. As atitudes de Jesus chocavam-se com a Lei no seu conjunto, no modo como era entendida pelos fariseus fanáticos. Jesus não questionava o mandamento do repouso sabático. Somente recusava-se a aceitar o valor absoluto que lhe era dado. Por isso, entrava em desacordo com os seus inimigos.
A situação ficou insustentável. Seus opositores reuniram-se em conselho, para decidir sobre a melhor maneira de eliminar o incomodo Jesus de Nazaré.
O fato de ser visado por seus inimigos não foi um obstáculo sério para Jesus. Sua consciência de estar em comunhão com a vontade do Pai dava-lhe a segurança necessária para seguir em frente.
Oração
Pai, meu único desejo é estar em comunhão contigo, para que, como Jesus, eu saiba discernir, em cada circunstância, a melhor maneira de agir.
Fonte: NPD Brasil em 20/07/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Eis o meu amado!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

O versículo inicial conclui o relato da cura da mão atrofiada de um homem e introduz a citação do profeta Isaías. Por que tomaram a decisão de matar Jesus? Porque ele se opôs a uma concepção nada humana da observância do sábado e, consequentemente, nada divina. Há uma clara oposição entre o modo como os ensinamentos de Moisés eram vividos e interpretados e a visão de Jesus sobre a pessoa humana. A oposição chegou ao ponto de tramarem a morte de Jesus. Jesus se retira. Sua hora ainda não tinha chegado e tudo acontecerá segundo o projeto salvífico de Deus. Jesus se retira, mas continua curando os doentes e mostrando como nele se realizam todas as Escrituras. Ele é o Servo de Deus, escolhido e amado. Sobre ele repousa o Espírito e ele anunciará às nações o projeto de Deus. No vocábulo “julgamento” está a síntese da Lei de Deus. Jesus é o Servo Sofredor humano e humanizador. Ele não discute nem grita. Não desiste nem desanima. Sabe esperar. Não apaga a mecha que ainda fumega e não quebra o caniço que está rachado. Ele não desiste do ser humano. Por isso, as nações depositarão sua esperança em seu nome.
Fonte: NPD Brasil em 20/07/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um Messias desconcertante...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O Messianismo de Jesus, sua maneira de agir, desconcerta a todos. Os Fariseus estão convencidos de que ele não é o Messias e estão decididos a buscarem os meios para matá-lo, pois representa um perigo ás tradições de Israel.
O evangelho de hoje faz a clássica apresentação do Ungido segundo o Profeta Isaias, onde Jesus é o Servo de Deus, o Bem-amado e querido do Pai, Aquele sobre quem repousa o Espírito e que anunciará a Justiça. Alguém que não irá entrar no “jogo” do poder que infestava até mesmo a religião, não elevará a voz, como fazem os que querem mandar e dominar, não fará ouvir sua voz nas praças. Mas é o versículo final que traz algo inédito: Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar a Justiça...
Este perfil do Messias desconcertou até o Precursor João Batista, que havia anunciado, com um discurso muito rigoroso “O machado já está posto á raiz, e toda árvore que não produzir bons frutos, será cortada e lançada ao fogo”.  Enfim, anunciara um Messias implacável, vingador, com quem os maus, impuros e pecadores iriam se ver... É Jesus toca nos leprosos, cura os enfermos, abre os olhos aos cegos, e faz coisa ainda pior, tem amizade com pecadores públicos, com Mulheres da Vida, como Madalena, e janta na casa deles. Por isso João mandou discípulos sondarem se Jesus era mesmo o Messias esperado...até ele ficou com dúvidas.
O cristianismo autêntico nos dias de hoje continua a ser desconcertante, porque o Jesus da Pós Modernidade, que os espertalhões criaram, em nada se parece com Ungido de Deus, o Cristo Jesus Nosso Senhor, aquele que transforma a miséria humana em esperança, porque cura, ressuscita e liberta, os que morreram pelo pecado.

2. Ele anunciará às nações o direito - Mt 12,14-21
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Tomaram a decisão de matar Jesus assim como Jacques Sourie tomou a decisão de jogar ao mar o padre Inácio de Azevedo e seus 39 companheiros. Inácio já estava no Brasil, mas voltou a Portugal para preparar jovens estudantes que quisessem vir para cá. Eram todos jesuítas e passaram cinco meses se preparando até o dia da partida em 1570. Estavam nas Ilhas Canárias quando foram surpreendidos pelo navio comandado por Jacques Sourie, calvinista francês. Era 15 de julho de 1570. Jacques atacou o barco português, decapitou muitos dos religiosos e jogou todos ao mar. Dizem que Santa Teresa d’Ávila, que estava em seu convento na Espanha, naquele dia teve uma visão da acolhida dos santos mártires no céu. Quase todos eram jovens. Vinham com entusiasmo e ficaram no meio do caminho. Assim mesmo são considerados Mártires do Brasil. Seu sangue é semente de cristãos. Outros podem ainda hoje substituí-los com o mesmo ardor de discípulos missionários. Os jesuítas conservam os nomes dos quarentas mártires. Eram 32 portugueses e 8 espanhóis. Dois sacerdotes, um diácono, 14 irmãos e 23 jovens estudantes.
Fonte: NPD Brasil em 17/07/2021

HOMILIA DIÁRIA

A graça da perseverança final

A oração que deve mover o nosso coração hoje é a de sermos firmes e fiéis ao Senhor até o fim

“Os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos.” (Mt 12, 14-15)

O Senhor não deixou de fazer o Reino de Deus acontecer porque muitos se opuseram à sua mensagem; muito pelo contrário, Ele seguiu seu caminho. Mesmo não sendo amado nem querido onde estava, Ele foi operar o Reino de Deus onde foi acolhido.
Em muitos lugares, Deus não será aceito nem acolhido. Claro que o nosso desejo é que muitos sejam tocados pela mensagem que Jesus nos trouxe, mas esta é incomoda e exige mudança de vida, por isso, quando não queremos mudar, é preferível rejeitá-Lo.
Muitas pessoas, um dia acolheram Jesus, mas preferiram seguir o seu modo de vida, seguindo o seu próprio deus. Por isso, a graça que eu peço ao Senhor, hoje, é a de sermos perseverantes, nunca negando Jesus nem retirando Ele de nossas vidas.
Saiba você que essa tarefa não é fácil; muitas vezes, a vontade será de desistir, pois nos sentiremos sozinhos. Por este motivo, precisamos da graça do alto, a qual não nos permite negar e abandonar o Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 20/07/2013

HOMILIA DIÁRIA

Acolher a Palavra é acolher Jesus

Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual ponho a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito.” (Mateus 12,18)

Quando Jesus toma posse da profecia de Isaías e faz com que a Palavra se cumpra nele, Ele está nos dizendo que precisamos tomar posse da Palavra de Deus. Precisamos, de fato, nos apossar da Palavra para que ela também se aposse de nós, para que ela esteja em nós e possamos realizar a missão de Jesus.
Não basta sabermos ou conhecermos a Palavra, precisamos deixar que ela seja viva em nós. Os fariseus conheciam as Leis e as Escrituras, mas não tinham a Palavra de Deus viva neles, por isso o Evangelho começa narrando que eles saíram e fizeram um plano para matar Jesus.
Jesus é a Palavra de Deus viva e encarnada. Quando não acolhemos a Palavra, quando não vivemos por intermédio dela, quando ela não dirige nem ordena os nossos passos e a nossa vida, nós a condenamos, opomo-nos a ela e somos indiferentes à Palavra. E de, alguma forma, damos as nossas escusas, razões humanas e intelectuais para nos opor aquilo que é a força viva da Palavra de Deus no meio de nós.

Precisamos acolher Jesus acolhendo a sua Palavra, porque só Ele tem palavras de salvação

Opor-se à Palavra é opor-se a Jesus. Opor-se à Palavra é colocar-se contra Jesus. Acolher a Palavra é acolher Jesus, pois nela repousa o Espírito, para que Ele anuncie às nações a Palavra do Senhor. Esse mesmo Espírito também repousa sobre nós, está em nós, porque em Jesus fomos batizados para que como Ele, com Ele e n’Ele realizemos a missão profética, que é anunciar e proclamar a Palavra com todas as consequências que ela tem.
É a Palavra que cura, liberta, salva, restaura, renova e faz o Reino de Deus acontecer. Aproximamo-nos de Deus, porque a Sua Palavra se aproxima de nós e nos coloca em comunhão com Ele, por isso precisamos acolher Jesus acolhendo a Sua Palavra, porque só Ele tem palavras de salvação, palavras que curam, libertam e restauram.
Hoje, colocamo-nos na presença d’Ele e dizemos: “Senhor, que a Sua Palavra se realize em mim, e que eu me torne também servo da Sua Palavra. Eu sou o servo que o Senhor escolheu, o servo amado do Pai, mas que o Seu Espírito esteja em mim, para que eu leve a Palavra aos corações, às nações, onde eu estiver e para onde o Senhor me enviar”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 20/07/2019

HOMILIA DIÁRIA

A verdadeira religião é vivida na humildade

“Os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos.” (Mateus 12,14-15)

A Palavra de Deus, hoje, nos coloca duas realidades bem distintas da vida de Jesus: o amor e a rejeição. Ele é rejeitado, não amado, odiado; inclusive planejam matá-Lo, os mais “religiosos” de Sua época.
Os fariseus eram um grupo religioso muito influente, eram os que faziam as práticas religiosas de uma maneira mais consistente mas, muitas vezes, as práticas não revelam a verdadeira religião. Por isso, a religião não consiste nas práticas externas somente, ela é, acima de tudo, uma atitude de um coração convertido que acolhe dia a dia a graça de Deus. Eles não acolheram Jesus, rejeitaram e O mataram.
Muitas vezes, deixamos de viver a religião da conversão para viver a religião da acusação; muitas vezes deixamos de viver a religião da humildade, onde é Deus que conduz o nosso coração para vivermos a religião onde nós queremos conduzir Deus, onde fazemos a nossa vontade e queremos instrumentalizar Deus e a religião em favor do nosso querer.

A religião que não é vivida na humildade de coração, não experimenta a verdadeira libertação

Assim fizeram os fariseus e, por isso, eles saíram para planejar a morte de Jesus, mas o Senhor retirou-se dali e grandes multidões O seguiram; e seguiram Jesus porque estavam doentes, enfermos. E a todos que estão doentes e enfermos, que estão sofrendo, todos que não se fecham no seu orgulho, a graça de Deus toca, cura e liberta.
Não adianta sermos religiosos, pois a religião que não é vivida na humildade de coração, não experimenta a verdadeira libertação. Não adianta sermos religiosos, porque a religião não faz de nós sábios e mestres; a religião verdadeira faz de nós discípulos, humildes e seguidores de Cristo Jesus.
A religião que liberta é aquela que nos leva a seguir o Senhor de coração para ouvi-Lo, para segui-Lo, para colocarmos em prática na vida a Sua vontade.
É em Jesus que repousa o Espírito do Senhor, em Jesus que repousa a graça do Senhor, a religião não é primeiro olhar para o meu coração, mas é olhar para Jesus, que é luz de cura e de transformação para o meu interior. Quando olho somente para mim, quando tudo gira em torno a mim e a religião vive em função de mim, a religião do ego faz de mim uma pessoa mais orgulhosa e soberba; mas quando saio de mim e a graça de Deus penetra em mim, a religião me converte e me transforma. Sejamos transformados pela presença de Jesus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 17/07/2021

Oração Final
Pai Santo, faze-nos conscientes dos atributos do Messias profetizado por Isaías e vividos por Jesus, para que possamos segui-los em nossa trajetória por esta terra que nos ofereces, partilhando com os irmãos a alegria de vivermos já aqui os sinais do teu Reino. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/07/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos conscientes dos atributos do Messias profetizados por Isaías e vividos por Jesus, para que possamos segui-los em nossa trajetória por esta terra que nos ofereces, partilhando com os irmãos a alegria de viver, já aqui e agora, os sinais do teu Reino. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/07/2019

oRAÇÃO FINAl
Pai nosso, que Bondade tão grande a tua, Senhor! Ilumina-nos com teu Espírito para que formemos uma Comunidade livre de preconceitos, de julgamentos, e que acolha a todos os peregrinos que colocaste ao nosso lado para esta viagem encantadora de volta ao Lar Paterno – a tua Morada Santa. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/07/2021