ANO A
Mc 1,29-39
Comentário do Evangelho
Toda a vida humana é lugar da atuação do Senhor
Depois da sinagoga, acompanhado das duas duplas de irmãos, Jesus vai à casa de Simão e André, a poucos metros da Sinagoga de Cafarnaum. Ali, o evangelho nos relata dois episódios: a cura da sogra de Pedro, ainda durante o descanso sabático, e o resumo da atividade de sucesso de Jesus, depois do pôr do sol, isto é, tendo passado já o sábado. Os quatro discípulos, depois os Doze, são testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou; testemunhas sobre as quais é construído o relato evangélico (cf. Lc 1,1-4). Essa diferença temporal, sábado e depois do sábado, juntamente com o deslocamento espacial, sinagoga e casa, mostra que o Senhor age sempre, em qualquer tempo e lugar. Sua presença muda a vida das pessoas e essa transformação é sentida, inclusive, no próprio corpo. É o Senhor da vida que, com o gesto simbólico de tomar pela mão, como quem arranca alguém do sono, metáfora da morte, faz a sogra de Pedro se levantar para servir. Não obstante a fama crescente, Jesus procura os lugares afastados para a sua oração, não se deixando vencer pela tentação do sucesso nem se deixando aprisionar por qualquer lugar ou se deixando manipular por quem quer que seja.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, eu te procuro com sinceridade, na certeza de encontrar, em ti, palavras que façam reviver a esperança no meu coração.
O Reino do Céu deve ser anunciado por discípulos que não se acomodem, não se contentem com o que já fizeram, mas estejam sempre prontos para partir – enviados em missão –, para andar por caminhos não desbravados, animados pelo ardor da fé e a certeza da esperança, próprios do Reino, onde já vivem – ainda que não em plenitude.
O Reino do Céu deve ser anunciado por discípulos que não se acomodem, não se contentem com o que já fizeram, mas estejam sempre prontos para partir – enviados em missão –, para andar por caminhos ainda não desbravados, animados pelo ardor da fé, a certeza da esperança e a gratuidade do amor, próprios do Reino, onde já vivem – ainda que não em sua plenitude.
A centralidade da missão de Jesus encontra-se na revelação do Reino de Deus, de modo que para ele é mais importante a pregação do que a realização de curas e outros tipos de milagres. Os milagres estão relacionados com a revelação, pois explicitam o conteúdo principal da pregação de Jesus que é o amor que Deus tem por todos nós e o bem que ele concede a nós como manifestação desse amor. Sendo assim, o mais importante não é o milagre em si, mas a revelação que ele traz junto de si: Deus ama a todos nós com amor eterno e tudo faz pela nossa felicidade, e isso deve ser anunciado a todos os povos.
Reflexão
O evangelista nos oferece um vasto panorama da missão libertadora de Jesus. Vida dinâmica: viagens, ensinamentos, curas, expulsão de demônios, oração. Jesus sai da sinagoga e, juntamente com Tiago e João, vai à casa de Simão e André. Aí, com o toque de sua mão, cura da febre a sogra de Simão. Imediatamente, ela se põe a serviço da comunidade. O serviço ao próximo é a maneira de mostrar gratidão a Deus. Ao pôr do sol, Jesus cura muitos doentes e endemoninhados. Na madrugada, como se driblasse a todos, Jesus se retira a sós para rezar. Com isso, mostra a importância de entrar em comunhão com Deus no meio das nossas atividades. Simão e seus companheiros o “procuram ansiosos”, e expressam o sentimento comum: “Todos te procuram”. Jesus não se deixa aprisionar: “Vamos a outros lugares…”.
Oração
Senhor Jesus, da sinagoga passas para a casa de Pedro, onde sua sogra está acamada e com febre. Curas a enfermidade dela e lhe devolves a condição de cuidar da casa e dos hóspedes. Mais doentes, mais curas. Tempo para oração. O povo continua sedento de tua presença. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Recadinho
Deus realiza maravilhas. Será que fazemos por merecer tantos bens? - Em que consiste o nosso seguir a Cristo? - Procuramos de fato colocar tudo nas mãos de Deus? - Fazemos nossa parte? - Temos uma atividade apostólica que mais nos atraia? Que seja mais de acordo com nosso modo de ser?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Meditando o evangelho
O PODER DE CURAR
O poder taumatúrgico de Jesus chamava a atenção de todos. Por onde passava, atraía multidões de pessoas que recorriam a ele em busca de cura para suas doenças e enfermidades. E ninguém ficava sem ser atendido.
Os milagres de Jesus, entretanto, nada tinham de exibicionismo. Seu poder de curar não o transformava em milagreiro ambulante, a serviço do interesse e da curiosidade alheia. Talvez, houvesse quem se aproximasse dele com esta visão deturpada de sua ação. Mas, ele manteve até o fim sua pureza de intenção.
Os milagres de Jesus estavam em função de seu serviço ao Reino. Através deles, ficava patente que o Reino estava acontecendo em forma de recuperação da saúde e de tudo quanto mantinha cativo o ser humano. O Reino, por conseguinte, se concretizava em forma de saúde e libertação desencadeadas pela ação de Jesus.
Os benefícios do poder de Jesus chegavam a todos indistintamente. Jesus não se perguntava se a pessoa era digna ou não de ser beneficiada por ele. Importava-lhe apenas o fato de ter diante de si alguém carente de vida, em quem o Reino podia dar seus frutos. Por isso, não se recusava a acolher ninguém e fazê-lo participar da vida recebida do Pai, para ser partilhada com a humanidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, recupera em mim a vida e a liberdade, fazendo assim o Reino acontecer na minha existência.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A PERIGOSA FÉ DA MAGIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Gosto muito de ouvir histórias de pessoas que montaram um pequeno negócio, e após muito esforço foram bem sucedidas, tornando-se gestores de grandes empresas, agindo sempre com ética e honestidade.
O bom empreendedor é sempre ousado e pensa “grande”, tendo uma visão audaciosa do futuro, atitude muitas vezes até criticada e questionada pelos acomodados que pensam “pequeno”, porque têm medo de arriscar. Se o empreendedorismo é fator dos mais importantes no desenvolvimento de uma nação, de uma empresa ou de qualquer negócio, no reino de Deus não poderia ser diferente, porém, é preciso ter os pés no chão, trabalhando a cada dia com vistas à grandiosidade que se vislumbra, pois o homem de fé, mais do que ser otimista, já vai construindo no hoje da história, o reino de Deus alicerçado pelo próprio Cristo.
No evangelho de hoje podemos perceber nitidamente essa diferença no modo de pensar e agir, entre Jesus e os seus discípulos. Enquanto o mestre pensa em algo grandioso, querendo expandir o projeto recém-iniciado, os discípulos estão seguros de que já alcançaram o sucesso e demonstram grande interesse em montar ali, na casa de Simão, uma “Tenda dos Milagres”, pois o carisma de Jesus já tinha atraído uma grande e imensa clientela, ao curar os enfermos e expulsar os demônios, por isso aonde ele ia, a multidão maravilhada com os sinais prodigiosos, o seguia.
Há nesta fé da magia, a perspectiva de um negócio altamente lucrativo em todos os sentidos, pois Jesus tem o perfil do Messias esperado, poderia ser ele o salvador da pátria, capaz de dar a grande virada na história de Israel, e um populismo assim, era tudo que eles queriam para concretizar a libertação com que sonhavam.
Não conseguiam vislumbrar em Jesus algo além dos seus ideais humanos, que também eram importantes e tinham o seu valor, mas Jesus não veio para ser o Rei dos Milagreiros, nem para ser um libertador político, pensar assim é pensar “pequeno”, ter uma fé com essa expectativa de um Cristo prodigioso, que interfere com seu poder na vida das pessoas, quando essas fazem por merecer, realizando milagres e curas inexplicáveis, é menosprezar toda a obra da Salvação, é fazer da Igreja uma simples tenda dos milagres, é abusar de certos carismas recebidos, explorando assim a boa fé das pessoas, e Cristianismo não é isso.
Curas de enfermidades o Cristo as realizou ontem, e realiza também hoje, mas estas são simples sinais de algo maior, de um empreendimento mais arrojado, com o qual todos têm de se comprometer, acreditar, deixar de ser um torcedor para entrar em campo e “suar a camisa” por aquilo em que se acredita. E como é que podemos, com nossas limitações e fraquezas, sermos parceiros de Deus nesse projeto tão arrojado, que plenifica e ao mesmo tempo transcende, qualquer empreendimento humano?
O evangelho responde em seu início, logo que Jesus sai da sinagoga e vai á casa de Simão, onde os discípulos correm para lhe falar que a sogra de Pedro estava acamada e com muita febre. Era uma pessoa debilitada, entregue ao desânimo, que muitas vezes chega à vida de alguém, que doença seria essa? O comodismo e o desânimo, o egocentrismo, a indiferença na relação com as pessoas, nas comunidades cristãs há pessoas assim, que precisam de ajuda, para cair na realidade. Jesus não diz uma só palavra, mas apenas estende a mão e a ajuda a levantar-se do seu leito. Como é bom quando sentimos que o outro nos estende a mão, em um grandioso gesto de ajuda...
Como é bom agarrar com firmeza a mão amiga, que nos permite levantar e dar a volta por cima, diante de tantas situações difíceis da nossa vida.
Amor que se traduz em gestos de solidariedade, um toque de mão que transmite segurança, afeto, ânimo e esperança, sem muito ritual pomposo, sem êxtases arrebatadores. Como resultado desse gesto de ajuda, a mulher se levanta a febre a deixa e agora se põe a servir a comunidade. É na oração íntima com Deus Pai, que Jesus de Nazaré fortalece a sua missão, cumprindo a vontade daquele que o enviou, pois sem a oração, a nossa igreja seria apenas um Posto de atendimento de serviço religioso ou balcão de Sacramentos.
É na oração que acontece este colóquio com o Pai, aonde vai se descortinando para nós a plenitude do Reino, que humildemente vamos construindo com gestos simples como o de Jesus, capaz de erguer as pessoas que estão ao nosso lado.
Os discípulos, encantados com o carisma e o Poder do mestre, querem urgentemente abrir um “pequeno negócio”, um salãozinho de fundo de quintal, onde eles teriam naturalmente o monopólio sobre Jesus e seus milagres, mas o Mestre pensa grande, ele não veio para que as pessoas o buscassem, mas para ir ao encontro delas, curando de suas enfermidades e as libertando dos males físicos e espirituais, como um sinal da libertação plena.
É esse o Cristo que devemos anunciar como Igreja missionária, pois qualquer outra imagem diferente da que nos apresenta o evangelho, seria apenas uma caricatura grotesca, uma cópia falsificada de um mero “Salvador da pátria”, desses que vez ou outra, o povo gosta de aclamar como Rei...
2. De madrugada, em um lugar deserto, Jesus orava - Mc 1,29-39
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
O ensinamento de Jesus é a Boa Notícia. E esta foi a Boa Notícia: acabou o tempo e o Reino chegou. Ele espera que mudemos de rumo, passemos decididamente a uma nova situação, e isto é conversão, para que o Reino se torne realidade. Realidade humana porque o Divino se fez humano para humanizar a humanidade. Ponha-se no lugar da sogra de Pedro: você está febril e a febre pode ser causada por muita coisa em nossa vida, marcada pelo sofrimento. Jesus se aproxima, pega você pela mão e o põe de pé. Pescador de seres humanos. Presença silenciosa e eficaz. Alguma coisa acontece. Se a presença de Jesus no sacrário é real, alguma coisa acontece na vida de quem dele se aproxima. Nós que o seguimos e nos tornamos seus colaboradores podemos tornar visível a sua presença.
Liturgia comentada
Saiu para um lugar solitário... (Mc 1,29-39)
Por que ele busca a solidão do deserto? Não foi um ato isolado. Era costume de Jesus (cf. Lc 22,39) recolher-se à solitude e ali, longe do burburinho da multidão, rezar ao Pai. Foi assim antes de iniciar sua vida pública. Foi assim na hora de escolher os Doze. Foi assim no momento crítico de sua agonia.
Mesmo tendo uma natureza divina, Jesus Cristo sabe que precisa da oração para resistir ao tentador, para discernir suas escolhas, para reunir forças e se entregar à morte. Tendo assumido na carne a nossa humana fragilidade, o Filho do Homem busca conforto no Pai.
Nós, talvez não... É que nós somos muito sabidos, já temos a resposta para tudo. Somos muito experientes, podemos antecipar os acontecimentos. Somos autônomos, não precisamos pedir palpites a ninguém. Em suma, nós viramos sozinhos... Claro que é ironia! Nosso comportamento chega a ser risível. Ignorando o barro de que fomos amassados, arrotamos prosopopéias e nos lançamos a empreitadas absolutamente loucas sem sequer um momento de silêncio, na presença de Deus, a invocar as luzes do Espírito Santo.
Esta insensatez inclui pais e educadores, pastores e autoridades da Igreja, que assumem projetos inspirados pela vaidade e pela ambição, pela busca de aplauso e de fama, sem antes verificarem – dentro dos limites possíveis de nossa frágil humanidade – qual é a vontade de Deus para cada situação.
Os santos não são assim. Quem lê a vida de homens e mulheres de Deus, como Dom Bosco e Madre Teresa de Calcutá, espanta-se ao descobrir suas noites de vigília, seus tempos de oração diante do Santíssimo Sacramento. Em nossos dias, o saudoso Papa João Paulo II iniciava sua jornada por quatro horas inteiras de oração na sua capela particular, às vezes prostrado no chão frio.
Seríamos nós muito orgulhosos ou pouco inteligentes? Como entender nossa atitude de apostar tudo na ação e pouco investir na oração?
Do fundo do Evangelho, ressoa a voz de Jesus: “Vigiai e orai, porque não sabeis quando será o momento!” (Mc 13,33.) “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação!” (Mt 26,41.) Ele conhece nossa fraqueza e sabe que dependemos em tudo da graça divina. Pena que ainda precise se lamentar: “Não tivestes força para vigiar uma hora comigo?!” (Mt 26,40.)
Como está a nossa vida de oração?
Orai sem cessar: “Minha alma espera pelo Senhor, mais que os vigias pela manhã.” (Sl 130 [129],6)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
JESUS CURA A SOGRA DE PEDRO
Jesus andou por toda a Galiléia, ensinando nas
sinagogas, anunciando a boa notícia do Reino e curando as enfermidades e as
doenças graves do povo. No Evangelho de hoje vemos Jesus com a concisa precisão
se dirige para uma casa. ”logo que saíram da sinagoga, foram… para a casa de
Simão…”, o evangelista Marcos indica que Jesus descarta a sinagoga e afirma seu
ministério no espaço da “casa”. É a casa o lugar onde se reúne a nova
comunidade e que se torna o centro de irradiação da missão. Na “casa”, a mulher,
libertada de sua exclusão, exerce a prática essencial das novas comunidades,
que é o serviço. E é à porta da casa que se reúne a cidade inteira.
Jesus não se deixa reter por uma comunidade
particular. Seu ministério missionário é dirigido amplamente a toda a Galiléia
e aos territórios vizinhos. Por isso, Sua fama se espalhava por toda a região
da Síria. Todo povo levava a Jesus pessoas que sofriam de várias doenças e de
todos os tipos de males, isto é, epiléticos, paralíticos e pessoas dominadas
por demônios; e ele curava todos. Grandes multidões o seguiam; eram gente da
Galiléia, das Dez Cidades, de Jerusalém, da Judéia e das regiões que ficam
no lado leste do rio Jordão.
A sogra de Simão estava com febre. Identificada à
doença Jesus se aproxima dela e a cura. O que falta para que Ele cure também a
sua doença? Identifique a tua doença, procure saber qual é e clame por Jesus.
Se for o pecado, lembre-se de que não precisa explicação. Se você quer ser
curado do pecado, ele só precisa ser reconhecido. Por favor, não jogue a culpa
nos outros: Ah, eu pequei porque estava muito sozinho, porque meu marido me
abandonou ou porque minha mulher me abandonou ou porque o meu pai não me
compreende; eu estou nas drogas porque ninguém gosta de mim; ou eu bebo porque
a sociedade é injusta; ou, sou homossexual por isso; ou eu faço isso por
aquilo.
Enquanto você estiver tentando explicar, você nunca
dará o primeiro passo. Se você quer ser curado, verdadeiramente curado,
transformado, verdadeiramente transformado, só tem que dar um passo: dizer como
o ladrão na cruz: Este não fez nada, mas nós sim, nós merecemos porque nós
somos ladrões, nós fizemos mal.
Você já reconheceu qual é o seu problema? Talvez o seu
problema não seja o dinheiro, não seja a saúde, nem o marido, nem a mulher, nem
o filho, nem o pai. Talvez seu problema não seja o chefe, nem a inflação.
Talvez todas essas coisas sejam pretextos para
esconder seu verdadeiro problema que tem raízes mais profundas. Se você tomar
consciência de sua situação, se a reconhecer e a aceitar, já deu o primeiro
grande passo na recuperação. Mas existe muita gente que apesar de dar este
primeiro passo, sente que nada muda. Por quê?
Em algum momento temos que parar, reconhecer nossa
situação e clamar pedindo ajuda. Fale aí em seu coração com Deus. Fale: Senhor,
o meu problema sou eu, os meus temperamentos, o meu caráter, não têm paciência,
explodo por qualquer coisa. Não tenho sabido dominar meu temperamento. Este é
meu problema. Meu problema não é meu patrão, nem que os outros tenham
oportunidades; meu problema é o meu temperamento. Sou impontual, desorganizado.
Este é o meu problema. E eu não tenho forças para sair desta situação
sozinho, preciso de Tua ajuda, Senhor.
Vejam agora a resposta de Jesus a este ladrão. Ele
disse: “Em verdade, em verdade te digo. Estarás comigo no paraíso.” Repare que,
o ladrão somente pede: Lembra-te de mim, nada mais. Mas Jesus lhe diz: Eu te
prometo que estarás comigo no paraíso. Nunca mais estarás sozinho. Nunca mais
abandonado, rejeitado, nunca mais passarás fome, nunca mais um ser querido
morrerá. Você estará comigo para sempre, por toda a eternidade.
Senhor Jesus, eu te procuro com sinceridade, na
certeza de encontrar, em ti, palavras que façam reviver a esperança no meu
coração.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Jesus quer fazer morada no seu coração!
Jesus olha para nós e tem compaixão da nossa natureza
frágil, fraca, débil e limitada!
”Jesus andava por toda a Galileia, pregando em suas
sinagogas e expulsando os demônios” (Marcos 1, 39).
Nós estamos, no dia a dia, nos familiarizando à ação
de Jesus no meio de nós; sobretudo ao ministério público de Jesus. Algumas
atividades são muito característica do cotidiano e da vida do Senhor, como
pregar, curar e expulsar os demônios. Por onde Jesus andava Ele pregava; Ele
anunciava o Reino de Deus.
Quando nós pregamos o Reino de Deus, quando nós
anunciamos a Palavra de Deus, muitas coisas acontecem em consequência disso. As
doenças e as enfermidades são curadas pelo poder da Palavra de Deus, porque não
se trata de fazer espetáculos: ”Traga as pessoas, vamos curá-las!” Não, não é
isso; é uma coisa muito natural, simples, é uma coisa que não precisa ninguém
levantar a voz, gritar, exclamar e fazer show. Jesus não fazia espetáculos ao
anunciar a Palavra de Deus.
Ele a anunciava na discrição que o Reino de Deus
exigia; Ele tocava nas pessoas com cuidado, com carinho, com ternura; mas, ao
mesmo tempo, com autoridade divina que Lhe era própria. E muitas pessoas eram
curadas e libertas da ação do maligno pelo Senhor, daquilo que as levava à
destruição.
Porque quando não nos enchemos de Deus, e a presença
d’Ele vai “se esvaziando” em nossa vida, vamos nos enchendo de coisas que não
são do Senhor, vamos nos enchendo de pensamentos e sentimentos malignos. Vamos
nos enchendo do sentimento de vingança, de raiva, de rancor, de ressentimento,
de mágoa e de medo.
Quando nos deixamos possuir pelos sentimentos que não
são do Reino de Deus, a primeira coisa que experimentamos é a fragilidade das
nossas emoções. As nossas emoções recaem e ficamos totalmente frágeis; e é
óbvio que, assim, ficamos doentes com a maior facilidade! E para isso ocorrer,
não precisa ser uma pessoa como costumamos dizer ”mundana”, não; isso ocorre
com qualquer um de nós! Até servindo a Deus, nós, muitas vezes, nos esquecemos
da autoridade d’Ele e nos deixamos dominar por sentimentos que não são d’Ele.
Jesus olha para nós e tem compaixão da nossa natureza
frágil, fraca, débil e limitada! Ele se compadece de nós e cura as nossas
doenças e enfermidades. O que nós precisamos deixar acontecer é que o Senhor
Jesus aja em nós, em nosso coração!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e
colaborador do Portal Canção Nova.
Pai Santo, o anúncio da Boa Notícia do teu Reino de
Amor requer novo ânimo, novos métodos e novas expressões – adequados ao nosso
tempo. Envia-nos o teu Espírito para que a Igreja seja, no mundo, testemunha do
teu Amor de Pai que também é Mãe. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e
nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, o anúncio da Boa Notícia do teu Reino de Amor requer novo ânimo, novos métodos e novas expressões – adequados ao nosso tempo. Envia-nos o teu Espírito para que a Igreja seja, no mundo, testemunha do teu Amor de Pai que tem ternura materna. Nós Te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.