ANO C
Mc 2,23-28
Comentário do Evangelho
O descanso sabático
Talvez o descanso sabático seja uma das controvérsias mais recorrentes no confronto de Jesus com os seus opositores. Há, no Antigo Testamento, duas tradições no que concerne ao sábado (Ex 20,8-12; Dt 5,12-16). Essas duas tradições oferecem o espaço para a discussão entre Jesus, os fariseus e os doutores da Lei. Curiosamente, Dt 23,26, mesmo sem mencionar o sábado, permite ao viajante, entrando na plantação de um outro, arrancar as espigas e comer dos seus grãos para saciar a fome. Para os fariseus, essa atitude, no dia de sábado, era considerada trabalho, o que a Lei interditava. No entanto, mesmo sendo sábado, é a preservação da vida que está em jogo. A resposta de Jesus, evocando a atitude de Davi (1Sm 21,1-10), um exemplo de peso para os judeus, revela que a atitude dos seus discípulos contava com o consentimento do Mestre. O que justifica a atitude de Davi e a sua “transgressão” da lei é a fome e a necessidade de preservar a vida em boas condições. Ora, o sábado é dom de Deus (cf. Ex 16,29), oferecido para que o povo pudesse fazer a memória de sua escravidão e de sua libertação do Egito (cf. Dt 5,15), a fim de que não fosse, nunca mais, prisioneiro, inclusive da mentalidade de escravo. Exatamente por isso, o sábado é para o Filho do Homem ocasião privilegiada de manifestar a fé na vida e o dom da salvação.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ensina-me a ser fiel a ti, vivendo os Mandamentos, sem fanatismo, e sim com a liberdade de quem está em plena sintonia contigo.
Vivendo a Palavra
Marcos mostra o contraste entre a leveza da religião vivida e proposta por Jesus e a rigidez dos preceitos da Lei imposta pelas autoridades. Ainda hoje não poucos desejam manter este mesmo contraste, esquecendo-se de que o Amor ensinado pelo Mestre é a síntese da Nova Lei – não as proibições...
VIVENDO A PALAVRA
Marcos mostra o contraste entre a leveza da religião vivida e proposta por Jesus e a rigidez dos preceitos da Lei imposta pelas autoridades. Ainda hoje não poucos desejam manter este mesmo contraste, esquecendo-se de que o Amor ensinado pelo Mestre é a síntese da Nova Lei – e não, as proibições...
Reflexão
Novamente entra em discussão a questão das práticas religiosas. O evangelho de hoje nos apresenta a questão do legalismo religioso e da verdadeira finalidade da religião. Muitas vezes, vemos que as religiões estão muito mais fundamentadas em proibições do que em motivações e na criação de novos relacionamentos das pessoas com Deus e das pessoas entre si. O resultado dessa mentalidade é que a religião se torna cada vez mais uma coisa odiosa e insuportável, e Deus aparece não como um Pai amoroso, mas como um carrasco autoritário. A verdadeira religião é aquela que cria valores e leva as pessoas à maturidade em todos os sentidos para que livremente possam optar por Deus.
Reflexão
Os discípulos de Jesus estão simplesmente colhendo algumas espigas para matar a fome, em dia de sábado. Isso era permitido (cf. Dt 23,25). Proibido era fazer colheita (passar a foice) na plantação alheia (cf. Dt 23,26). Os fariseus, no entanto, usando de má intenção e tentando confundir o Mestre, acusam os discípulos dele de violação da lei sabática. Rápido no raciocínio, Jesus rebate a crítica dos fariseus mostrando que o grande líder deles, Davi, alimentou a si e seus companheiros com o pão sagrado, que era reservado aos sacerdotes. Isto é, Davi se permitiu agir acima da lei para sanar uma necessidade legítima dele e dos companheiros. Jesus deixa claro que a lei existe para beneficiar o ser humano. E revela também que ele mesmo é maior do que Davi, que eles tanto prezavam.
Oração
Ó Jesus, “Filho do Homem”, os fariseus acusam teus discípulos de fazerem colheita no dia reservado ao descanso e ao culto divino. A realidade é que teus discípulos não estavam trabalhando, apenas matavam a fome. Então, apoiado na Escritura, e “Senhor até do sábado”, rebates teus malévolos adversários. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Reflexão
Os fariseus questionam Jesus porque seus discípulos colhem espigas para matar a fome. O questionamento ocorre não porque os discípulos estão saqueando o campo alheio, mas porque fazem isso em dia de sábado. O sábado era e continua muito importante para os judeus, comparado ao nosso domingo: dia de repouso, de encontro com a comunidade e de convivência familiar. O Mestre justifica a atitude de seus discípulos com um exemplo tirado da própria Escritura. Ao dizer: “o sábado foi feito por causa do homem”, mostra claramente que as leis devem estar a serviço da vida das pessoas, e não as tornar escravas da lei. O próprio Mestre atuava, mesmo em dia de sábado, quando se tratava de fazer o bem ou quando a vida estava em perigo. A vida está acima de qualquer lei. Com seu ensinamento, Jesus prega também a libertação da servidão religiosa.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Recadinho
Você é muito exigente em relação aos outros? - E para consigo mesmo? - Colocamos acima de tudo o amor a Deus e ao próximo? - Usamos de bom senso? - Procuro estar atento(a) às necessidades de meus irmãos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Meditando o evangelho
A QUESTÃO DO SÁBADO
A guarda do sábado era um ponto fundamental na piedade judaica. A tradição rabínica, porém, interpretou esta tradição de maneira tão severa a ponto de transformar o descanso sabático num verdadeiro tormento. Era preciso manter-se muito atento para não fazer, naquele dia, atividades proibidas.
A prática de Jesus foi na contramão da mentalidade em voga. Ele se mostrou perfeitamente livre diante do repouso sabático. Para Jesus, o sábado não se definia por um rosário de não se pode fazer ou é proibido fazer. O tempo sagrado não eximia ninguém de fazer a vontade do Pai. Por isso, mesmo em dia de sábado, ele atuava normalmente quando se tratava de fazer o bem ou quando a vida humana corria perigo.
O sábado, no horizonte de Jesus, estava em função do ser humano, para quem ele foi instituído. É tempo de repousar e recuperar as forças, tempo de celebrar e louvar a Deus com a comunidade, tempo de cessar o trabalho para conviver. Segundo este princípio, nada existe de inconveniente providenciar o alimento em dia de sábado, mesmo contrariando as normas em vigor. Se, num dia de sábado, colhe-se espigas para comer e matar a fome, embora seja proibido fazer colheita, não importa. Loucura seria morrer de fome, tendo o alimento à mão, só para cumprir a lei. Jesus não pactua com tal estreiteza.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, livra-me das interpretações estreitas da lei e dá-me abertura de mente para, em tudo, adequar meu agir ao querer do Pai.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Preservar a Vida é sempre permitido...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Sábado para o Judeu é o dia do Descanso em Deus, é voltar para ele por inteiro, concentrando a mente e o coração em Deus, Criador e Libertador do homem. Por isso todas as outras tarefas tornam-se relativas inclusive o trabalho de colher espigas. Neste dia parava tudo, antecipavam-se na sexta todas as tarefas e reservava o sábado somente para Deus. Era uma prática coerente com o que se acreditava, e muito bonita também, entretanto...
Deus não é mais alguém distante, que fala misteriosamente a alguns Homens como Moisés, ou se faz anunciar pela boca dos profetas, mas Deus está ali, ao lado deles, caminhando com eles, comendo com eles, dormindo com eles, é um Deus de carne e osso, o verdadeiro e esperado "Emanuel", parceiro e caminhante, peregrino com o homem. Então, porque submeter-se á práticas antigas se Jesus já está ali com eles?
E onde Jesus está a Vida do Homem está em primeiro lugar, nenhuma norma ou lei precede a Majestosa Lei da preservação da Vida.
É isso que deve estar no centro das atenções no preceito sabático, não levando -se isso em conta, a religião torna-se um mero ritualismo, vazio e sem sentido. No centro da Religião está a Vida que Jesus nos deu. Por isso, os discípulos de Jesus, ao sentirem fome, colhem espigas mesmo sendo dia de sábado, a exemplo de Davi, o grande Rei prefiguração do Messias, que ao chegar com seus homens de um dos combates, sentiu fome e entrando no templo comeu dos pães da proposição que era consagrado a Deus.
Os Fariseus, interlocutores de Jesus, ao verem os discípulos colhendo espigas em um dia de sábado, o questionam o por quê? São defensores ferrenhos da tradição e da Lei de Moisés, a lei acima de tudo. Jesus não é nenhum revolucionário, inimigo da lei e da ordem, mas a libertação que ele oferece é plena. Portanto, qualquer lei que tolha a liberdade de preservar a vida, que ali era o caso, perde a sua essência tornando-se um mero formalismo religioso.
A centralidade do Decálogo dado por Deus a Moisés está na preservação da vida “Não Matarás”, as demais leis e preceitos religiosos são derivações dessa. Sendo Deus, Jesus é Senhor da Vida, e quem quiser ser discípulo deve sempre ter isso como essencial. Por isso, os discípulos colhem espigas aos sábados, não porque querem afrontar o Preceito Sabático, mas sim porque já perceberam que o Mestre é Senhor das Vida e os fez homens livres...
Quanto aos Fariseus, são apenas seguidores de Leis e preceitos religiosos, como muita gente é também nos dias de hoje, sem se darem conta que Jesus é a verdadeira Vida, que não precisa de nenhuma lei para acontecer...
2. Por que eles fazem no dia de sábado o que não é permitido? - Mc 2,23-28
Fabiano, Sebastião, Inês são seguidores de Jesus que souberam colocar cada coisa em seu lugar. Não inverteram valores e aceitaram morrer pelo que lhes parecia ser o valor supremo, e de fato era. A defesa que os fariseus faziam da observância do sábado podia estar equivocada, mas era séria. A observância dos preceitos dados a Israel significava amor e obediência a Deus. Os mártires macabeus, a mãe e os sete irmãos, aceitaram morrer para não transgredir a lei de “kasherùt”, dos alimentos permitidos ou proibidos. O que Jesus ensina com clareza e simplicidade é que em primeiro lugar vem o ser humano e tudo mais existe para o bem do ser humano. O próprio sábado, na sua origem, visava ao descanso necessário para o bem-estar das pessoas. O descanso abrangia escravos e animais. O problema aparece quando os homens e as mulheres, que gostam de leis para ver tudo bem enquadrado e não terem trabalho de pensar diante de cada situação humana, criam jurisprudência e transformam os preceitos em leis religiosas. Deus não perde quando o homem ganha, Deus não perde quando a ciência progride.
HOMILIA
QUEM É O MAIS IMPORTANTE? A LEI OU A PESSOA?
Será que Jesus é o Senhor dos nossos Domingos?” A lei que Deus imprimiu no nosso coração é a lei do amor, portanto, o que nos faz mal e prejudica a nossa vida é justamente, o desamor. Tudo o que não é regido pelo amor e não tem como objetivo a vivência do amor, não é eficaz para o nosso crescimento. Toda lei que tira do homem o direito de viver com dignidade, de prover a sua existência e sobrevivência é maldita e não está conforme a vontade de Deus. Jesus quer nos ensinar a colocar a caridade como lei primeira nas ações da nossa vida. Às vezes nos bitolamos aos preceitos, às regras e não percebemos que estamos sendo injustos e infratores da Lei de Deus.
Tudo o que o Pai criou, Ele o fez em favor do homem, objeto do Seu Amor. Portanto, dizer que “o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado” significa que a nossa sobrevivência e a caridade conosco mesmos e com os nossos irmãos estão acima das normas que, apesar de estabelecidas para o homem, muitas vezes se voltam contra o próprio homem.
O homem é a criatura a quem Deus mais tem apreço e todas as coisas foram criadas para ele, por amor. Jesus é o Senhor de tudo o que foi criado, e, tudo foi criado por Ele, por amor ao homem.
Os campos de trigo, os rios, os mares, as aves, as árvores existem para estar à disposição do homem a fim de que este perceba o olhar e a atenção de Deus para si. Jesus, Senhor da criação, é o Senhor do sábado, porém, Ele precisa ser também Senhor dos nossos “sábados”, isto é, daqueles dias em que nós não achamos conveniente servir a alguém ou “perder” o tempo de lazer ou de trabalho para dar de comer a alguém que está com fome. O dia de sábado e que para nós cristãos é o domingo a que Jesus se refere pode ser também para nós aquele dia que nós destinamos para o nosso deleite, para curtição, para realizar os nossos planos pessoais e, sem menos esperar somos convocados para alguma outra missão. Aí nós alegamos a nossa impossibilidade porque “hoje é sábado” e o sábado está destinado a outras experiências. Neste caso a lei do amor ficou de lado e imperou em nosso coração a lei do egoísmo e da indiferença.
Jesus é o Senhor dos “domingos” da sua vida? Você tem alimentado a alguém necessitado em “dia de domingo”? Você é capaz de sacrificar um dia de lazer e de descanso para ajudar a algum discípulo de Jesus? Você tem trocado o domingo pela praia, pelo churrasco, viagem de passeio, ou festa? Em Nome de quem você tem feito caridade? O que você aprendeu mais com esse Evangelho?
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
REFLEXÕES DE HOJE
TERÇA
HOMÍLIA DIÁRIA
Deus nos convida a vivermos a graça e a caridade sempre
Quando sabemos nos apegar à graça, quando sabemos viver a caridade, a Lei de Deus, para nós, isso se torna vida e libertação!
O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado” (Mc 2, 27-28).
A tradição judaica tem o sábado como um dia sagrado e consagrado a Deus, como é a interpretação antiga da Lei. Mas até independente do dia, é a maneira como é vivido esse dia. Os mais radicais não se permitem fazer nada neste dia, mas nada mesmo! Até se uma pessoa estiver morrendo, que espere para morrer noutro dia, porque este não é o dia de socorrer a ninguém. Qualquer serviço, qualquer coisa a ser feita, não se faz no dia de sábado, porque esse é o dia do repouso sagrado. É o dia em que Deus descansou, então, de acordo com essa tradição, não podemos fazer nada neste dia.
É óbvio que muitos ficam escandalizados, porque Jesus passa no campo de trigo em um sábado, e questionam: ”Meu Deus, o que é que Jesus esta fazendo em dia de sábado, sendo que pela Lei não é permitido fazer isto!”.
Você sabe que Jesus não escolheu nenhum dia para deixar de fazer o bem e fazer o Reino de Deus acontecer. Curou, fez milagres, anunciou o Reino de Deus, não foi para confrontar, não foi para ser rebelde; muito pelo contrário, fez isso para nos mostrar que o sábado não pode escravizar nenhum homem. Em outro sentido, a Lei não pode nos escravizar, a Lei de Deus não pode, em hipótese alguma, nos impedir de fazer o bem. E fazer o bem acontecer e muito bem feito! Não importa o dia, o domingo, o sábado; não importa o que eu tenho para fazer, a caridade é a plenitude da Lei, a caridade é a coisa mais importante da Lei.
Mesmo que você esteja indo à Missa, se alguém estiver passando mal e precisar de você, é óbvio que você deverá socorrê-lo. Você tem seus compromissos religiosos, mas se algo desse tipo exige mais de você, faça aquilo que exige sua presença, sobretudo sua caridade. Nós não podemos ser escravos de nenhum preceito religioso.
O que precisamos é aprender, com Jesus, a viver o espírito da Lei! O espírito da Lei é a graça e a caridade. Quando sabemos nos apegar à graça, quando sabemos viver a caridade, a Lei, para nós, é vida e libertação! Mas quando nos apegamos à letra e interpretamos a coisa ao pé da letra, nós não somos capazes de viver a graça daquilo que Deus nos chama a viver.
Que nós saibamos nos libertar de tudo aquilo que nos escraviza para sermos livres para amar a Deus e ao próximo!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
HOMÍLIA DIÁRIA
Vejamos o outro com o olhar da graça de Deus
“Eu não julgo segundo os critérios humanos, porque o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração” (I Sm 16,7).
Samuel foi, acima de tudo, enviado para ver aquele que iria suceder a Saul no governo de Israel. E ele vai à casa de Jessé para ver qual dos filhos dele poderia suceder a Saul no governo de Israel. Samuel viu Eliabe e, logo que o viu, disse: “É este o ungido do Senhor, o primeiro que se apresentou, de boa aparência, formidável (…), mas Deus disse: Não, Samuel, não olhe para a aparência nem para sua grande estatura”. E, assim veio um filho após outro, e não era aquele o critério que Samuel deveria ter no coração.
Preciso dizer a você: também é preciso nos purificarmos desses critérios humanos, mundanos que, muitas vezes, tomam conta da nossa vida e do nosso coração. É preciso dizer que muita gente casa errado, namora errado, escolhe errado; não é porque Deus mandou, e sim porque seguiu os critérios humanos. Nós continuamos escolhendo os critérios puramente humanos para aquilo que nós fazemos e realizamos, nas amizades que temos, nas pessoas que colocamos à frente disso ou daquilo, a quem confiamos o nosso coração porque os nossos olhos se deixam enganar.
É preciso sair daquilo que é aparente, daquilo que aparenta ser bom
Quando não estamos na graça de Deus deixamos nos guiar pela bela voz, pelos olhos que nos chamam a atenção, pela forma do outro ser, agir. Não é para julgarmos e dizermos: “Cuidado! Está nos enganando”; mas é preciso ter um critério mais divino.
É preciso sair daquilo que é aparente, ou seja, daquilo que aparenta ser bom, até porque, todos nós vivemos num “mundo da maquiagem”. Somos todos maquiados naquilo que fazemos, então, a nossa essência, muitas vezes, fica escondida; mas é ali que Deus olha e está.
Samuel precisou ser purificado para ver naquele pequeno que cuidava do rebanho que, segundo critérios humanos, não teria valor nenhum (…), aquele pequeno Davi, era sobre ele que pairava a escolha e a unção de Deus.
É naquele que está escondido e, muitas vezes, nós não damos importância nem valor; não conseguimos olhar nem ver com critérios humanos, ali se estabelece a graça de Deus. Por isso, que a Palavra de Deus nos conceda, hoje, a graça de sermos purificados em nossos critérios e visões, para que saímos das ilusões e vejamos as pessoas não com olhar humano nem mundano, e sim com o olhar da graça de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, dá-nos coragem para assumirmos a liberdade que nos é oferecida por Jesus de Nazaré, construindo uma comunidade baseada na amizade fraterna e no cuidado com os irmãos mais fragilizados pela pobreza, pela doença e pela discriminação dos homens. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos coragem para assumir a liberdade que nos é oferecida por Jesus de Nazaré, construindo uma comunidade baseada na amizade fraterna e no cuidado com os irmãos mais fragilizados pela pobreza, pela doença e pela discriminação dos homens. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.