segunda-feira, 6 de novembro de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/11/2023

ANO A


Lc 14,12-14

Comentário do Evangelho

É preciso renunciar ao anseio de recompensa ou retribuição.

Trata-se de uma refeição na casa de um fariseu, num sábado (cf. v. 1), dia dado pelo Senhor para celebrar o dom da vida, através da obra da criação, e a libertação do país da escravidão. A instrução é motivada pela observação de Jesus de que “os convidados escolhiam os primeiros lugares” (v. 7). A parábola utiliza a imagem do casamento, em que os lugares já eram predeterminados.
Há duas lições: o lugar é recebido de quem convidou para a festa (cf. v. 8-11). A segunda lição, nosso texto de hoje, é um convite à generosidade: quando der um banquete, convide aqueles que não podem retribuir (cf. vv. 12-14). É preciso renunciar ao anseio de recompensa ou retribuição: “Se amais os que vos amam, que graça alcançais? Até mesmo os pecadores agem assim. Fazei o bem aos que no-lo fazem, que graça alcançais? Até mesmo os pecadores agem assim… E se emprestais àqueles de que quem esperais receber, que graça alcançais? […]. Fazei o bem e empresteis sem esperar coisa alguma em troca” (Lc 6,32-35).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, coloca no meu coração um amor desinteressado e gratuito, que saiba ser generoso sem esperar outra recompensa a não ser a que vem de ti.
Fonte: Paulinas em 04/11/2013

Comentário do Evangelho

É preciso renunciar ao anseio de recompensa e cultivar a gratuidade.

A cena do evangelho de hoje se passa na casa de um dos chefes dos fariseus que, num dia de sábado, convidou Jesus para uma refeição (Lc 14,1). Primeiro, Jesus conta uma parábola aos convivas (vv. 7-11) e, em seguida, àquele que o tinha convidado. A recomendação de Jesus ao dono da casa é motivada pela observação de que os convidados escolhiam os primeiros lugares (v. 7). Falando aos fariseus e aos demais convidados, Jesus instrui os seus discípulos e, particularmente, o leitor do evangelho quanto ao modo de proceder. O critério do agir é a centralidade do Reino de Deus e os valores que daí emanam. Há duas lições a reter das parábolas ditas na sequência uma da outra: em primeiro lugar, no Reino de Deus, o lugar é recebido do dono da festa (cf. vv. 8-11), ninguém escolhe ou conquista o seu posto; em segundo lugar, é o caso do texto de hoje, é preciso renunciar ao anseio de recompensa ou retribuição e cultivar a generosidade e a gratuidade (vv. 12-14). A recompensa de quem vive a generosidade no serviço a Deus e aos semelhantes não se confunde com nenhum bem terreno nem com nenhum reconhecimento humano; ela é um dom escatológico (cf. v. 14).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca no meu coração um amor desinteressado e gratuito, que saiba ser generoso sem esperar outra recompensa a não ser a que vem de ti.
Fonte: Paulinas em 03/11/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

TU RECEBERÁS A RECOMPENSA NA RESSURREIÇÃO DOS JUSTOS


Continuamos na unidade literária que tem como contexto um banquete. E tudo acontece em um sábado, na casa de um dos chefes dos fariseus. O texto de hoje nos ajuda a compreender a gratuidade do Reino.
O convite feito aos semelhantes – amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos – alimenta a lógica da devolução, da troca, própria da polidez e da gentileza da convivência humana. Jesus pede que convidemos aqueles que não têm condições de retribuir: os pobres, aleijados, coxos e cegos.
Ele constrói o raciocínio com um paralelismo antitético: “não convides – convida”. A lógica do Evangelho de Lucas é marcada pelo tema da misericórdia e da gratuidade de Deus. Na verdade, a morte redentora de Jesus é completamente assimétrica: ele morre por ímpios e pecadores. Sua vida é dom generoso e desinteressado.
Com Jesus, inicia-se o verdadeiro tempo da graça e da libertação. O texto é um convite à Igreja para não perder de vista os pobres. “Então, serás feliz!” Eles são os bem-aventurados. Também o são aqueles que os acolhem. A experiência de bem-aventurança perdura e se torna gozo da eternidade: a recompensa de Deus na ressurreição dos justos.

Vivendo a Palavra

O Mestre ensina a lição da gratuidade em todas as nossas ações. Gratuidade significa o total desprezo por qualquer tipo de retribuição, mesmo que seja o simples reconhecimento ou a gratidão. O Amor que vivemos deve ser espontâneo, indiscriminado, gratuito e livre.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/11/2013

Vivendo a Palavra

A virtude da humildade perpassa os textos lidos hoje. Devemos convidar de preferência para o nosso banquete aqueles que não podem retribuir, motivados por Amor e não para garantir ganhos futuros. Seguir o exemplo da generosidade e despojamento de Jesus, que foi manso e humilde de coração.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/11/2014

VIVENDO A PALAVRA

É comum – e tão humano… – procurarmos retribuição e, às vezes, até lucro com nossas ações junto aos irmãos. Hoje, Jesus nos ensina que o Amor é gratuito (não pede pagamento, gratidão, ou mesmo que seja reconhecido). Além de espontâneo e indiscriminado, o Amor é livre e libertador, como Jesus o viveu. É assim o Pai Misericordioso e assim devemos ser todos os cristãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/11/2017

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre ensina a lição da gratuidade em todas as nossas ações. Gratuidade significa o total desprezo por qualquer tipo de retribuição, mesmo que seja o simples reconhecimento ou a gratidão. O Amor que vivemos deve ser espontâneo, indiscriminado, gratuito, livre e libertador.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/11/2019

Reflexão

O nosso relacionamento com as pessoas não pode ter como ponto de partida o interesse ou a retribuição, mas a gratuidade. Afinal de contas, Deus nos ama gratuitamente e nos concede tudo o que somos e temos sem nada exigir em troca. Mas o amor de Deus para conosco vai além da gratuidade: ele nos retribui por tudo o que fazemos gratuitamente em favor dos nossos irmãos e irmãs. Vivamos a gratuidade para que o próprio Deus seja a nossa eterna recompensa por tudo o que fizermos em favor dos sofridos e marginalizados deste mundo, que não têm ninguém por si e que são rejeitados em todos os ambientes, por não poderem retribuir de acordo com os critérios do mundo.
Fonte: CNBB em 03/11/2014

Reflexão

Somos influenciados por uma sociedade mercantilista, onde tudo tem preço; nada se faz sem pagamento. Essa mentalidade afeta também os cristãos, não obstante os insistentes convites de Jesus a embrenhar-nos pelos caminhos da gratuidade. É a lição que nos vem do evangelho de hoje. A orientação do Mestre é fazer o bem aos que não podem retribuir com a mesma moeda. Acudir generosamente aos fracos e praticar a caridade desinteressada são exercícios salutares e recomendáveis para assemelhar-nos a Jesus, que tudo ofereceu, sem nada esperar em troca. Não se trata apenas de repartir bens materiais, mas podemos incluir, entre as dádivas, o tempo, a compreensão, o bom conselho. Além de experimentar alegria pelo gesto em si, seremos beneficiados com a recompensa na “ressurreição dos justos”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 04/11/2019

Reflexão

Somos influenciados por uma sociedade mercantilista, na qual tudo tem preço, nada se faz sem pagamento. Essa mentalidade afeta também os cristãos, não obstante os insistentes convites de Jesus a embrenharmo-nos pelos caminhos da gratuidade. É a lição que nos vem do Evangelho de hoje. A orientação do Mestre é fazer o bem aos que não podem retribuir com a mesma moeda. Acudir generosamente aos fracos e praticar a caridade desinteressada são exercícios salutares e recomendáveis para nos assemelharmos a Jesus, que tudo ofereceu, sem nada esperar em troca. Não se trata apenas de repartir bens materiais, mas podemos incluir, entre as dádivas, o tempo, a compreensão, o bom conselho. Além de experimentar alegria pelo gesto em si, seremos beneficiados com a recompensa na “ressurreição dos justos”.
Oração
Senhor Jesus, por trás de nossas atitudes pode haver interesses: agradar o outro, mostrar que somos pessoas de bem, obter recompensa. Esse caminho não combina com a proposta do Reino. Impulsiona-nos, Senhor, a agir para agradar a Deus, sabendo que a recompensa virá “na ressurreição dos justos”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 01/11/2021

Reflexão

Somos influenciados por uma sociedade mercantilista, onde tudo tem preço; nada se faz sem pagamento. Essa mentalidade afeta também os cristãos, não obstante os insistentes convites de Jesus a embrenhar-nos pelos caminhos da gratuidade. É a lição que nos vem do Evangelho de hoje. A orientação do Mestre é fazer o bem aos que não podem retribuir com a mesma moeda. Acudir generosamente aos fracos e praticar a caridade desinteressada são exercícios salutares e recomendáveis para assemelhar-nos a Jesus, que tudo ofereceu, sem nada esperar em troca. Não se trata apenas de repartir bens materiais, mas podemos incluir, entre as dádivas, o tempo, a compreensão, o bom conselho. Além de experimentar alegria pelo gesto em si, seremos beneficiados com a recompensa na “ressurreição dos justos”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Quando deres um banquete, convida os pobres, (...), pois estes não têm como te retribuir! Receberás a recompensa na ressurreição dos justos»

Fr. Austin Chukwuemeka IHEKWEME
(Ikenanzizi, Nigria)

Hoje, o Senhor ensina-nos o verdadeiro sentido da generosidade cristã: o dar-se aos demais. «Quando ofereceres um almoço ou jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes podem te convidar por sua vez, e isto já será a tua recompensa» (Lc 14,12).
O cristão move-se no mundo como uma pessoa comum; mas o fundamento do trato com os seus semelhantes não pode ser nem a recompensa humana nem a vanglória; deve procurar ante tudo a glória de Deus, sem pretender outra recompensa que a do Céu. «Pelo contrário, quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos! Então serás feliz, pois estes não têm como te retribuir! Receberás a recompensa na ressurreição dos justos» (Lc 14, 13-14).
O Senhor convida-nos a dar-nos incondicionalmente a todos os homens, movidos somente pelo amor a Deus e ao próximo pelo Senhor. «Se emprestais àqueles de quem esperais receber, que recompensa mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto» (Lc 6,34).
Isto é assim porque o Senhor ajuda-nos a entender que se damo-nos generosamente, sem esperar nada em troca, Deus nos pagará com uma grande recompensa e nos fará seus filhos prediletos. Por isto, Jesus nos diz: «Pelo contrário, amai os vossos inimigos, fazei bem e emprestai sem daí esperar nada. E grande será a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo» (Lc 6-35).
Peçamos à Virgem a generosidade de saber fugir de qualquer tendência ao egoísmo, como seu Filho. «Egoísta!— Tu, sempre tu, sempre o que é "teu".— Pareces incapaz de sentir a fraternidade de Cristo: nos outros, não vês irmãos; vês degraus (...)» (São Josemaria).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Uma palavra, um sorriso amigo, muitas vezes bastam para animar uma alma triste» (Santa Teresa do Menino Jesus)

- «A quem quer segui-lo, Jesus pede para amar a quem não merece, sem esperar recompensa, para preencher as lacunas de amor que existem nos corações, nas relações humanas, nas famílias, nas comunidades, no mundo» (Francisco)

- «A Eucaristia compromete-nos com os pobres: Para receber, na verdade, o Corpo e o Sangue de Cristo entregue por nós, temos de reconhecer Cristo nos mais pobres, seus irmãos» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.397)

Reflexão

O “principio da gratuidade” na atividade econômica

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, temos de reconhecer que o desenvolvimento económico está a ser afetado por desvios e problemas dramáticos. A crise atual coloca-nos necessariamente perante decisões que afetam cada vez mais o próprio destino do homem, que, acima de tudo, não pode prescindir da sua natureza.
O ser humano está feito para o dom. Tanto no campo das ideias como no do comportamento, não só não se podem esquecer os princípios tradicionais da ética social (transparência, honestidade, responsabilidade...), como o “princípio da gratuidade” e a “lógica do dom”, como expressões de fraternidade, podem e devem ter o seu espaço na atividade económica normal. O que é uma exigência do homem na atual situação, mas também da própria razão económica.
—Na época da globalização, a atividade econômica não pode prescindir da gratuidade, que fomenta e propaga a solidariedade e a responsabilidade pela justiça e o bem comum. Trata-se, definitivamente, de uma forma concreta e profunda de “democracia económica”.

Recadinho

Talvez alguém esteja querendo dizer: Mas também não precisamos exagerar! Tudo bem. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra! O problema é que nossa caridade muitas vezes está... no mundo da lua! - Como é minha caridade para com o próximo? - Você não acha que há mais felicidade em fazer alguma coisa para alguém do que receber favores? - Tenho prazer, alegria, em me sentir útil ao próximo e à comunidade? - Sabe agradecer a quem lhe faz algum bem? - Teve experiências de muita gente ingrata em seu contexto de vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 04/11/2013

Meditação

Aproveitando o ambiente da refeição que lhe fora oferecida, Jesus chamou a atenção dos presentes para um ponto que, às vezes, esquecemos. Ao fazer o bem, não devemos ter em vista vantagens e retribuições humanas. Devemos fazer o bem porque essa é nossa obrigação, ou melhor, essa é nossa grandeza, nossa maneira de participar da bondade gratuita de Deus, nosso Pai. A gratuidade nos dá uma forte experiência de Deus.
Oração
Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vossos filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus aos fariseus: O céu é para todos, especialmente para os pobres


Hoje essas palavras de Jesus podem nos parecerem absurdas. Que tipo de banquete é esse? Além disso, se foi organizado um banquete é para desfrutá-lo agora e não na vida eterna… No entanto, as palavras de Jesus Cristo são sábias: Merecemos o banquete da Eucaristia? Que tipo de “amigo” seria eu se só fizesse favores “interessados”? Ou só quando pudessem me devolver? Deus não é assim!
—Todos —sem exceção— ante Deus somos pouca coisa. Felizmente sua Casa está aberta especialmente para pobres, paralíticos, mancos, cegos… Se não fosse assim, eu poderia entrar?

Comentário do Evangelho

UM ENSINAMENTO EXTRAVAGANTE?

Jesus fez um esforço formidável para colocar no coração de seus discípulos um amor entranhado pelos pobres e marginalizados. Ele bem conhecia o valor salvífico do bem feito aos excluídos, e o quanto agradam ao Pai os gestos de bondade em relação aos necessitados.
O ensinamento a respeito de quem deve ser convidado para um almoço ou jantar tem esta finalidade. Por isso, pode parecer um tanto extravagante. Nada de chamar amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos, quando se oferece um almoço ou jantar. O Mestre aconselha a convidar os aleijados, os coxos, os cegos, que não têm como retribuir.
Jesus opôs-se à tendência humana natural de estreitar as relações com as pessoas às quais queremos bem, e cuja convivência nos é agradável. Ao invés disso, ensinou a escolher os mais carentes de afeto e atenção.
É importante atentar para os motivos sadios que nos devem levar a convidar os pobres para uma ceia familiar. Existem motivos fúteis, como ganhar o prestígio de pessoa caridosa e fazer demagogia barata. Convidar os pobres significa comungar com sua causa, tornar-se solidário com eles, a ponto de tudo fazer para que sua dignidade seja respeitada. Quem age com esta intenção, participará da ressurreição dos justos.
Oração
Espírito que nos leva a optar pelos pobres, sintoniza-me com os ensinamentos de Jesus, de maneira que os pobres e excluídos ocupem um espaço importante em minha vida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vosso filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 03/11/2014

Meditando o evangelho

A RETRIBUIÇÃO DIVINA

O Reino insere, no coração humano, preocupações que superam a visão mundana da vida. Ele toca, até mesmo, coisas muito simples, qual seja a lista de convidados para um almoço ou jantar. Quem não pensa segundo o Reino, será levado a convidar pessoas que, no futuro, poderão retribuir-lhe o convite. Os ricos, neste caso, serão visados em primeiro lugar.
O discípulo do Reino, porém, parte de outro critério. Escolhe exatamente os pobres e os excluídos, aqueles que não terão condições de oferecer-lhe nada em troca. Basta-lhe a retribuição que o Senhor reservou para quem se deixou guiar pelo amor. Sua felicidade consistirá em compartilhar, em saciar a fome do próximo, em proporcionar um momento de prazer a quem vive sob o peso da rejeição social e de suas próprias limitações físicas, em valorizar quem vive na condição de resto da sociedade.
O coração do discípulo deve manter-se imune de segundas intenções. É possível fazer um banquete e convidar os pobres e excluídos, com a intuito de ter o nome estampado nos jornais e ser objeto da admiração alheia. O discípulo não tem um espírito demagógico. Sua opção pelos pobres é fruto da comunhão com sua causa, porque são os preferidos de Deus. Ao colocar-se do lado deles, o discípulo tem motivos para esperar a retribuição do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, tira do meu coração todo desejo de receber retribuições humanas, mas esperar somente a que provém do Pai.
Fonte: Dom Total em 06/11/201704/11/2019 01/11/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Festa Particular
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A primeira impressão sobre esse evangelho, é que Jesus é um grande estraga-prazeres, pois a coisa mais gostosa e gratificante é quando recebemos em casa, os amigos e parentes que muito amamos, para sentar conosco á mesa e passar horas deliciosas, que só reforçam o afeto para com eles e deles para conosco.  Jesus aqui não está querendo acabar com essa nossa alegria de poder estar em torno de uma mesa, com as pessoas queridas.
O recado é outro e tem um endereço  certo, ele critica o Farisaísmo, um grupo fechado para todos os outros, por que se julgam os únicos salvos ou merecedores da Salvação, pela sua conduta exemplar, modelo para todos, e que diante de Deus os fazem merecedores e bem quisto pelos homens.
No centro da reflexão está a gratuidade das relações humanas. Quanto mais eu priorizar nas minhas relações, pessoas iguais a mim, na cultura, no modo de pensar, na posição social, e até na expressão religiosa, mais longe de Deus estamos, pois a Trindade Santa não é um Condomínio residencial, exclusivo para alguns Santos. Ao encarnar-se na frágil natureza humana, Jesus, o Filho de Deus, fez da comunhão trinitária o lugar de todos quantos queiram viver na comunhão com Deus, não porque se fazem merecedores, mas por pura benevolência de Deus que abre o seu coração para acolher a todos os homens.
Em Cristo Jesus,  Deus manifesta um amor sem medidas por todos e por cada homem em particular, ainda que este não mereça (são os pobres, aleijados, coxos, cegos, imperfeitos) Deus convida a todos para viver esta comunhão.
Ora, se a nossa Igreja é reflexo dessa Trindade, jamais podemos em comunidade ser um grupo fechado, exclusivo, particular. A Igreja que Jesus instituiu não é assim, mas aberta a todos e isso Deus espera da nossa comunidade.
Não façamos de nossa comunidade, pastoral ou grupo, uma festa particular, mas tenhamos  coração e alma sempre abertos, para acolher a todos, mesmo aqueles que ainda não se converteram, os pequenos que estão a procura de algo e tantas outras pessoas que na comunidade estão, á nosso ver, fora dos “padrões” de cristianismo, pois cada um de nós, também nem sempre está nos padrões de Santidade de Jesus, e nem por isso o Pai cheio de amor deixa de nos acolher.

2. Quando deres um banquete, convida os pobres - Lc 14,12-14
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Um preceito deve ser observado por todas as pessoas, do mesmo jeito, em qualquer lugar. Jesus não dá preceitos. Ele dá o Espírito Santo, que é o Amor na Trindade, com o qual discernimos o que convém ser feito. Jesus dá exemplo de atitudes que aos olhos do Pai serão boas, agradáveis e perfeitas. Quando nos diz para não convidar amigos e parentes para um jantar, e sim os pobres e rejeitados deste mundo, ele não está dando um preceito que deve ser realizado literalmente. É um exemplo de como agir desinteressadamente e como não sofrer decepção esperando um convite que não vem. No entanto, quem é sábio e quer aprender com Jesus procura realizar o que ele dá como exemplo. Organize uma bela refeição para quem não é valorizado, vive no esquecimento, nunca se senta para comer, nunca tem o suficiente para se alimentar. Não é solução para nenhum problema social, mas é ocasião de um momento de alegria, sem busca de retribuição. Pode acontecer que convidemos gente de posse para sermos também convidados. Há algum interesse da nossa parte. Jesus nos orienta a agir gratuitamente, sem interesses pessoais. É também verdade que, não esperando retribuições nem recompensas, você não terá decepções. Estará mais tranquilo. Fazer o bem para quem não pode retribuir garante uma retribuição no céu.
Fonte: NPD Brasil em 04/11/2019

Liturgia comentada

E serás feliz... (Lc 14,12-14)
Desconcertante esse Mestre! Duras as suas palavras! Ele insiste em trafegar na contramão do mundo. A cada passo, seu Evangelho denuncia sem disfarces o nosso paganismo..
Agora, vem Jesus com uma nova “receita de felicidade”: dar a quem não pode retribuir, emprestar a quem não pode pagar, acumular um crédito que só se salda além da morte...
Ora, amado Mestre, quem disse que estamos assim tão preocupados com o “outro mundo”? Quem lhe garante que ainda cremos nessas realidades espirituais? A turma está de olho, mesmo, é no pão-nosso-de-cada-dia! Gastamos todo o tempo e todo o sangue para “faturar”, poupar, acumular, fazer render. Os pobres nos incomodam com todo esse pedinchório: chegamos a mudar de calçada para escapar daquelas mãos vazias! Erguemos altos muros para mantê-los à distância.
E vem o amado Mestre a nos dizer que a felicidade é de outra natureza? Quer dizer, então, que um bom pé-de-meia não garantirá nossa felicidade? Uns bons amigos no Governo não facilitarão a nossa vida? Umas companhias alegres e descompromissadas não farão mais divertidas as nossas noitadas? Um título de sócio patrimonial não nos trará a paz interior?
Bem, lá no íntimo, sabemos que o Mestre tem razão. Mas quem disse que nós fazemos questão de encarar a verdade? Estamos tão acostumados a mentir. Tão afeitos a participar da vida social como de um baile de máscaras! “Adivinhe quem sou?”
Mas só o Mestre sabe quem somos. Ele sabe também quem podemos vir a ser. Sabe que por trás de um Agostinho gozador se esconde um santo em potencial. Por baixo de um Saulo odioso se oculta um Paulo apaixonado. Ele sabe...
Aliás, por falar em pobres, não somos também nós mendigos de amor? Não somos coxos, estropiados, errando em círculos pelo deserto da vida? Não somos cegos andarilhos que perderam o rumo do próprio lar? Não estamos famintos de um alimento que dure para sempre?
Por isso mesmo, é a nós que o Senhor convida: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor!” Bendita a fome que nos leva à sua mesa! Bendita a pobreza que nos faz seus convidados!
Orai sem cessar: “Preparas uma mesa para mim...” (Sl 23,5)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santiini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 04/11/2013

HOMILIA

CONVIDE OS POBRES

Jesus olhar tanto para o dono da festa bem como para os convidados ficou desapontado; e, então levantando a cabeça dirige a palavra aos seus Apóstolos: Quando você der um almoço ou um jantar, não convide os seus amigos, nem os seus irmãos, nem os seus parentes, nem os seus vizinhos ricos. Porque certamente eles também o convidarão e assim pagarão a gentileza que você fez.
A quero lembrar-te de que a oportunidade do Evangelho sobre o banquete dos pobres e aleijados permite abordar o tema da Igreja como assembleia universal e indiscriminada dos filhos de Deus.
O plano salvífico de Deus, manifestado em Jesus de Nazaré, apresenta-se definitivamente como a assembleia universal e indiscriminada dos filhos de Deus dispersos. Por isso, a Igreja, através de variadas modalidades associativas pelo amor, os ministérios e os sacramentos, sobretudo a celebração eucarística, se manifesta nas múltiplas assembleias locais. Abre-se ao projeto divino da acolhida de todos os homens, mediante a fé em Cristo.
Prossegue e prolonga a obra da congregação universal dos filhos de Deus, privilegiando os pobres e marginalizados, na qualidade de primeiros convidados ao festim dos bens messiânicos, pois se os pobres têm vez, ninguém se sente excluído.  Entretanto, a Igreja jamais será um fim em si mesmo, mas o meio pelo qual se processa a unificação dos homens entre si e com Deus em Cristo.  Daí, o tema da congregação universal apontar para o banquete definitivo do Reino de Deus onde serão acolhidos na morada do Pai (Jo 14,2-3), a Jerusalém do Alto (Apc 21,10; Hb 12,22-23).
O amor preferencial pelos pobres, o espaço aberto aos marginalizados, a promoção dos necessitados será sempre sinal evidente do Reino de Deus que a Igreja anuncia, vive e constrói.  O próprio Reino manifesta sua força e vitalidade, congregando os pobres na Igreja de Cristo para promovê-los a uma vida mais digna até a eternidade feliz.
Lucas apresenta o tema da humildade, a partir da parábola da escolha dos lugares, e o tema da importância dos pobres no Reino de Deus, a partir da parábola da escolha dos convidados (Lc 14,1.7-14).
Nos diálogos à mesa, os autores gregos geralmente apresentavam os comensais em torno do dono da casa, sublinhando a posição social dos presentes. Lucas também começa retratando um dos notáveis entre os fariseus para logo, desconcertantemente, introduzir um hidrópico na cena, necessitado de cura.  Deste modo, dá a entender que a refeição messiânica não é reservada a elites, mas se abre a todos, notadamente os pobres e marginalizados.
Durante os diálogos à mesa, era costume que cada conviva pronunciasse um discurso para elogiar o tema a ser abordado e descrever-lhe as situações.  No caso de Lucas, é Jesus quem inicia a conversação, referindo-se à possibilidade de curar o hidrópico no Sábado, enquanto os legistas e fariseus se calam e não conseguem replicá-lo.  Jesus, no entanto, insiste no diálogo, escolhendo como tema a humildade e descrevendo suas manifestações.  Tendo como pano de fundo a literatura sapiencial (Pr 25,6-7), elogia a humildade, a partir da parábola da escolha dos lugares em que o ocupante do último posto é convidado a se transferir para mais perto.
Quanto à parábola da escolha dos convidados, mais do que apontar para a humildade de quem convida os marginalizados, acentua, bem a gosto de Lucas, a importância dos pobres no Reino de Deus.  Na realidade, há a questão básica que se impõe aos que creem, sobre a acolhida devida aos carentes e necessitados, privilegiados de Jesus. Em tom sapiencial, que sobre exalta as consequências dos atos humanos, é melhor, para Jesus, convidar os pobres, pois, não tendo com que retribuir, a recompensa da gratuidade há de ser dada pelo próprio Deus na ressurreição dos justos. Do mesmo modo que é conveniente se colocar no último lugar pela vivência da humildade, também é mais dadivoso convidar os pobres e aleijados para o banquete do que os amigos, parentes e vizinhos ricos.
Consciente de que Jesus inaugura o banquete universal dos pobres (Is 55,1-5), Lucas insiste na gratuidade do gesto divino que acolhe a todos em seu Reino, chamado a atenção para a mesma atitude daqueles que convidam os que não podem retribuir.  Entretanto, se considerarmos a interpretação eucarística proposta por vários comentadores, teremos a superação, nas assembleias dominicais, de manifestações de vaidade e ostentação das reuniões pagãs, através das regras da humildade ou das escolhas dos lugares e a exclusão de barreiras judaicas, impostas pela impureza legal aos marginalizados mediante as regras da gratuidade e da acolhida dos pobres. Quem são os que participam da tua festa? Com quem gastas o teu dinheiro? E como o gastas? Lembra-te do apelo do Mestre: Quando deres um banquete convide os cegos, os aleijados, os pobres e serás abençoado. Pois eles não poderão pagar o que tu fizeste, mas Deus te pagará no dia em que as pessoas que fazem o bem ressuscitarem.
Padre BANTU SAYLA
Fonte: Liturgia da Palavra em 03/11/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEGUNDA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 04/11/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEGUNDA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 03/11/2014

HOMILIA DIÁRIA

A gratuidade é a marca do coração de quem serve a Deus

A gratuidade é a marca do coração daqueles que servem a Deus com pureza de coração. É fazer uma coisa sem esperar que, com isso, possa ter algo em troca.

“Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então serás feliz! Porque eles não te podem retribuir.” (Lc 14,13-14a)

A Palavra de Deus ao nosso coração é para refletirmos o sentido da gratuidade na vida de um cristão, na vida de um homem, de uma mulher que buscam viver a vontade do Senhor. A gratuidade é viver e fazer as coisas sem esperar nada em troca: recompensa, elogio, reconhecimento, valorização.
Meus irmãos, as relações que estabelecemos uns com os outros são marcadas por essa mentalidade mercantilista, capitalista, do “é dando que se recebe”, “eu faço isso para receber aquilo”. E a pergunta que alguém sempre lhe faz é: “O que eu ganho com isso? O que eu levo em troca?”.
Essa mentalidade nós levamos para nossa relação com Deus: “Eu faço isso para Deus me dar aquilo”, “Eu vou fazer desta forma para receber o dobro do Senhor”. Às vezes, as pessoas querem fazer um negócio com Deus, querem ser reconhecidas, recompensadas pelas orações que fazem, pelos sacrifícios que fazem, pelos esforços. “Deus tem que me recompensar! Ele tem que me dar o dobro!”.
Não, meus irmãos! A gratuidade é a marca do coração daqueles que servem o Senhor com pureza de coração. E na nossa relação uns com os outros precisamos aprender a fazer assim também! Não faça as coisas, não faça “banquetes” – no bom sentido da palavra! – para ser chamado e reconhecido pelos outros.
Busque fazer a sua caridade, busque viver com intensidade o seu gesto de amor para com o outro sem esperar nenhuma retribuição, sem aquele coração que, de repente, diz assim: “Eu só dei! E o que foi que recebi?”. Se você dá algo a alguém, se você quer fazer algo em favor de alguém, que nunca seja esperando algo em troca, porque senão você já perdeu todo o sentido da caridade, foi um comércio aquilo que você fez, um negócio.
Negócios são assim: você faz para receber. Amor não! Amor ao próximo, amor caridade, amor evangélico nós fazemos sem esperar nada em troca.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

O amor cristão não deve esperar por retribuição

O amor cristão não deve esperar por retribuição. Deve ser gratuito, generoso, desprendido e aberto para viver a caridade sem medida ao próximo.

“Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos.” (Lucas 14, 13-14)

A Palavra de Deus hoje é um convite para que possamos exercer duas virtudes fundamentais em nossa vida, que nos colocam inclusive bem perto de Deus. A primeira virtude é a virtude da gratuidade. Como é difícil viver a gratuidade, que quer dizer não esperar recompensa por aquilo que fazemos, não esperar retribuição pelo bem que praticamos ao outro.
A parábola do Evangelho de hoje diz justamente isso: quando queremos convidar os nossos amigos para uma festa de casamento, de aniversário, entre outras, na expectativa de depois sermos também convidados por eles. Quando fazemos o bem, damos isso e aquilo para pessoas queridas para que um dia elas também façam o mesmo conosco. Não, a caridade, o amor cristão é gratuito, é capaz de se dar, se desdobrar, se inclinar totalmente para o outro sem esperar nada em troca!
O nome da vivência dessa virtude chama-se generosidade. Só os corações generosos sabem também ser gratuitos, só os corações generosos sabem dar sem esperar retribuição; ama por amar, quer bem por querer bem, mas não aguarda recompensa não! Algumas vezes até reclamamos: “Ah, eu fiz isso para fulano, e nem muito obrigado ele me deu!”. Tudo bem, não compartilhe da ingratidão do outro, da insensatez do outro! O mais importante é fazer o bem sem ser olhado pelos outros nem esperar recompensa deles.
Santa Madre Teresa de Calcutá foi, muitas vezes, levar comida aos pobres, dar ajuda aos famintos e tantas vezes foi desprezada por eles; cuspiram, desprezaram a caridade dela. É como se ela dissesse: “É para esses que tenho que dar mais, porque não vão me retribuir com nada! Vão, muitas vezes, me retribuir com ingratidão, mas é neles que encontro Nosso Senhor!”
Cuidar dos pobres, dar algo de nós para o outro sem esperar nada dele é cuidar do Senhor, é dar a Ele, saber que Ele está presente na pessoa do próximo. Que Deus nos dê um coração mais generoso, desprendido e aberto para vivermos a caridade sem medida e não esperarmos nada em troca ao fazer isso, somente aquilo que um dia iremos receber para sempre no céu!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/11/2014

HOMILIA DIÁRIA

Façamos o bem sem esperar reconhecimento

Façamos o bem para o outro sem esperar reconhecimento ou algo em troca

“Quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos.” (Lucas 14,13-14)

Buscamos, muitas vezes, ser recompensados naquilo que realizamos, queremos um prêmio, um mérito; então, recebemos méritos e palmas humanas, reconhecimentos humanos. Ficamos até chateados quando fazemos alguma coisa para o outro e ele não agradece, não nos exalta por aquilo que fazemos ou assim por diante.
Não busquemos os méritos humanos, não busquemos os reconhecimentos nem as palmas deste mundo. Busquemos somente o reconhecimento de Deus. Não é que não podemos fazer uma festa para os amigos, para os parentes; é bom fazer a festa, o almoço, o jantar, porque é maravilhoso confraternizar!
O Evangelho traz para nós uma outra tônica: façamos o bem para o outro sem esperar reconhecimento ou algo em troca, e façamos o bem para aqueles que precisam tanto do bem, aqueles que são os esquecidos da vida, que não podem nos dar nada.
Se convidarmos alguém para o almoço, a pessoa sentirá a necessidade de, depois, fazer um almoço para nos convidar também. Isso é da convivência humana. Mas temos de cuidar do pobre, fazer algo por aquele irmão que não tem nada, dar atenção para o indigente, para o infeliz, o necessitado, aquele que, talvez, nem muito obrigado nos dirá.
Santa Madre Teresa de Calcutá, muitas vezes, saía pelas ruas da Índia para levar alimentos, e muitos daqueles pobres pegavam o alimento e jogavam na cara dela; outros o rejeitavam, eram frios. Ela dizia: “Esses são os meus preferidos. É para esses que vou com mais amor e dedicação, porque eles não enchem o meu ego, não me engradecem por aquilo que eu faço e até me humilham! É para eles que eu gosto, em primeiro lugar, de dar o melhor de mim”.
Gostamos de ser reconhecidos, mas quem será verdadeiramente reconhecido por Deus na Sua glória, na eternidade, é quem deu o melhor de si para o outro sem esperar nada em troca. Fez por amor, por caridade e por ter um coração generoso.
Que o nosso coração seja cada vez mais bondoso, dedicando-se e cuidando de quem não pode nos retribuir, porque a verdadeira retribuição é na casa do Pai.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/11/2017

HOMILIA DIÁRIA

Façamos o bem sem esperar retribuição

“Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então serás feliz! Porque eles não te podem retribuir.” (Lucas 14,13)

O sentido da felicidade é a gratuidade da alma e do coração. Não fazemos nada para ser recompensados, lembrados ou aplaudidos e, ao mesmo tempo, retribuídos por aquilo que realizamos para o outro.
O sentido do Céu é a alma que sabe ser generosa. A generosidade é dar sem esperar nada em troca, é fazer o bem porque é a obrigação da alma.
Então, se alguém não me faz o bem, eu também não faço para ele; se alguém não me dá, eu também não dou; se alguém não me ajuda, eu também não ajudo. Isso é mentalidade mundana e perversa; é mentalidade de quem não conhece o Evangelho e não mergulhou no amor misericordioso, bondoso e generoso do nosso Deus.

A generosidade é dar sem esperar nada em troca, é fazer o bem porque é a obrigação da alma

O nosso Deus faz nascer o sol para quem é justo, para quem é injusto, para quem vive como Seu filho e para quem não vive como seu filho. É Ele quem nos ensina que devemos ser bondosos para com todos, sem fazer acepção de pessoas. Pelo contrário, já que a festa é a expressão da felicidade, da alegria, devemos fazer festa quando encontramos o pobre, o necessitado, o cego, o coxo, o desconhecido; quando encontramos alguém a quem vamos dar o melhor de nós e, talvez, nunca mais nos encontrarmos com aquela pessoa. A não ser na festa celeste, onde  todas as almas generosas se encontrarão.
Para ser um seguidor de Jesus Cristo, precisamos vencer a mesquinhes da alma, do coração, a mesquinhes de intenções que buscam recompensas, valorização e reconhecimento em tudo aquilo que se realiza.
Em Deus encontramos o sentido da gratuidade da vida, da generosidade oblativa que se doa de alma, de coração e, verdadeiramente, não espera retribuição, não quer nada em troca. Como disse Jesus: “Que a mão direita não saiba o que faz a esquerda” (cf. Mateus 6,3).
Que realmente sejamos bons para com todos, sejamos generosos, sobretudo para com os mais necessitados, sofridos, com aqueles que não poderão retribuir o bem que fizermos para eles.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/11/2019

HOMILIA DIÁRIA

Leve alegria para o coração dos pobres e necessitados

“Quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então, serás feliz!” (Lucas 14,13-14)

Há alegria imensa no coração que sabe ser generoso, mas a generosidade tem algo que é muito específico: ela não espera retribuição pelo bem que faz. Como Jesus está nos contando essa comparação aquele chefe dos fariseus que fez essa festa, deu aquele almoço, mas convidou os amigos, convidou os irmãos, e tudo mais. Você sabe, se você faz uma festa, um almoço, convida as pessoas e elas têm que te convidar, fica aquele tom da retribuição. Enfim, é sempre bom as pessoas estarem na nossa casa, as recebermos em nossa casa, e é bom irmos na casa das pessoas.
Tem pessoas que, às vezes, não têm essa generosidade ou esse dom da acolhida, gostam muito de ir à casa dos outros, mas não recebem ninguém em sua casa. Tem algo muito específico e evangélico: que é sabermos alegrar o coração dos outros sem esperar qualquer forma de retribuição, contribuição ou contentamento por causa disso. O único contentamento é a alegria evangélica de ser generoso.

Dê a sua atenção e o seu cuidado, é isso que faz a alegria do pobre e mais ainda a alegria do coração de Deus

Recordo-me de Madre Teresa de Calcutá que ia às ruas de Calcutá justamente levar comida para os mais pobres. Ela dizia que os pobres que mais gostava de ajudar eram aqueles ingratos que, muitas vezes, ela dava comida e eles até cuspiam no rosto dela, e para esses ela tinha um amor até mais especial, porque ajudavam-na a se manter embaixo, humilde e não se elevar.
Quando as pessoas nos engrandecem, nos reconhecem, nos aplaudem, cresce o nosso ego. Temos que fazer o bem não para alimentar o nosso ego, temos que fazer o bem para alimentar o nosso ser generoso, a nossa capacidade de ser generoso com gratuidade, sem esperar nada em troca.
Aprenda o segredo evangélico de deixar os pobres felizes, faça de vez em quando, quase sempre ou sempre que puder um meio de alegrar aqueles que quase sempre não têm alegrias nessa vida, os mais necessitados.
Pobre não precisa de ajuda só no tempo do Natal; quem passa fome não sente fome somente na época do Natal. Durante toda a nossa vida, precisamos nos desdobrar para cuidar dos mais necessitados. Faça a alegria dos pobres, se você não consegue fazer uma festa na sua casa para recebê-los, vá à casa deles, vá às ruas onde eles se encontram, praças,  avenidas, esquinas, mas não despreze os pobres, não se esqueça dos mais pobres, não seja indiferente aos mais pobres.
Às vezes, fechamos o vidro do nosso carro para não receber uma pessoa que vem nos trazer algo, vem nos ofertar algo, vem nos pedir algo. Seja pelo menos educado e gentil de receber um folheto que é o trabalho que aquela pessoa está realizando, seja pelo menos gentil de ouvir. Se você não tem nada para dar a alguém, dê assim mesmo, dê a sua atenção e o seu cuidado, é isso que faz a alegria do pobre e mais ainda a alegria do coração de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/11/2021

Oração Final
Pai Santo, que a vontade de servir seja o único impulso que nos mova na caminhada. Que estejamos sempre atentos às carências dos irmãos e busquemos partilhar os dons e talentos com que fomos agraciados por Ti, Pai amado, nada retendo para nós. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/11/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força e coragem para fazer o Bem, de forma discreta e silenciosa. Ensina-nos a buscar nossa alegria na alegria dos irmãos e não na expectativa de futuras fartas retribuições. Nós pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/11/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, assim como eu desejo viver plenamente até os limites do meu ser, dá-me discernimento, coragem e força para que eu ajude aos meus irmãos para que também eles realizem em si o projeto que Tu, Pai amado, sonhaste para cada um de nós, os teus filhos. Por Jesus, Teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/11/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a vontade de servir seja o único impulso a nos mover na caminhada. Queremos estar sempre atentos às carências dos irmãos, buscando partilhar com todos eles os dons e talentos com que fomos agraciados por Ti, amado Pai, nada retendo para nós. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/11/2019