ANO A

Mc 3,31-35
Comentário do Evangelho
A
comunidade de Jesus é caracterizada pela adesão à sua pessoa
A
vida de Jesus era desconcertante não somente para os opositores de
Jesus, mas também para a sua família. O texto do evangelho de hoje
precisa do apoio de um outro texto para podermos compreender a razão
pela qual a mãe e os parentes de Jesus vão procurá-lo. Em Mc
3,20-21, à notícia de que, por causa do grande fluxo de gente que
procurava Jesus, ele e seus discípulos não se alimentavam, sua
família vai buscá-lo, pois pensavam que estivesse “fora de si”.
Essa é a razão pela qual a família de Jesus manda chamá-lo e
permanecem do lado de fora da casa. Ora, para os que estão do lado
de fora, parece loucura o que Jesus faz e ensina (cf. Mc 3,20.31).
Mas, para os que estão ao redor de Jesus e dentro da casa, o que
Jesus ensina e faz, o modo como vive, não somente faz sentido mas dá
sentido à vida e faz viver. O episódio é a ocasião para afirmar
que tudo na vida de Jesus é expressão e engajamento para a
realização da vontade de Deus. O que caracteriza o povo, a família,
que se reúne em torno dele é a disposição de fazer a vontade de
Deus. Não é mais a descendência do sangue ou a prática da Lei que
constitui o povo de Deus, mas a adesão à pessoa de Jesus.
Carlos
Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 28/01/2014
Vivendo
a Palavra
A
atividade profética de Jesus de Nazaré assustava a seus familiares.
Ele fugia à expectativa de uma vida simples, instalada no aconchego
de sua casa, para anunciar o Reino de Deus. Assim ainda é, até
hoje, o jeito como a sociedade recebe os discípulos do Mestre. A Paz
que eles trazem surpreende, pois não é uma paz de acomodados, mas a
busca da Justiça e da Fraternidade.
Vivendo a Palavra
Jesus nos revela que as portas do coração e de sua família estão abertas para acolher todos que fazem a vontade do seu Pai que está nos Céus. E a vontade do Pai é que o amor acima de todas as coisas que devemos a Ele se mostre no amor e no carinho que dispensamos a todos os companheiros de caminhada.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/01/2012
Vivendo a Palavra
Jesus se declara cidadão da humanidade. Não qualquer uma, mas a humanidade constituída pelos que fazem a vontade de Deus. Abre, assim, para todos e cada um de nós, a possibilidade de nos tornarmos irmão, irmã, mãe do Cristo Jesus. Certamente, Maria também tem – e de modo especial – esta mesma cidadania.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/01/2013
Vivendo a Palavra
Um jeito surpreendente e carinhoso do Filho de Maria dizer que ela, antes de vê-lo gerado em seu seio, já era sua Mãe, porque sempre cumprira a vontade de Deus. Assim, Jesus deixa aberta a possibilidade para todos nós nos tornarmos seus parentes: basta procurarmos segui-lo, cumprindo a vontade do Pai do Céu.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/01/2017
VIVENDO A PALAVRA
A atividade profética de Jesus de Nazaré assustava a seus familiares. Ele fugia à expectativa de uma vida simples, instalada no aconchego de sua casa, para anunciar a todos a chegada do Reino de Deus. Assim ainda é, até hoje, o jeito como a sociedade recebe os discípulos do Mestre. A Paz que eles trazem surpreende, pois não é uma paz de acomodados, mas a busca da Justiça e da Fraternidade.
Reflexão
Somos convidados pelo evangelho de hoje a descobrir a verdadeira família à qual nós pertencemos: a família dos filhos e filhas de Deus, que procura conhecer e por em prática a vontade do Pai e participar do seu projeto de construção do mundo novo, da civilização do amor, sinal do Reino definitivo. Participar dessa verdadeira família não significa negar a nossa família terrena, nem os nossos relacionamentos sociais e afetivos, mas subordinar essas duas realidades à realidade maior, que é a família dos filhos e filhas de Deus, fazendo, assim, com que haja uma verdadeira hierarquia de valores na nossa vida, que subordina o temporal ao eterno.
Fonte: CNBB em 28/01/2014
Reflexão
Oração
Ó Jesus, irmão universal, com palavras e atitudes mostras que a família de Deus não se limita a quatro paredes. Não são os vínculos de sangue que determinam a tua nova família. Doravante teus íntimos são os que entram na dinâmica do Reino, fazendo a vontade do Pai celeste. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Recadinho
Procuramos sempre ouvir o que Deus tem a nos dizer? - Vemos a presença e ação de Deus nos acontecimentos da vida? - Procuro fazer a vontade de Deus procurando assim ser membro de sua família? - Coloco Deus presente em tudo na minha vida? - Age como membro da família de Deus em casa, na sociedade, em todos os ambientes?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentário
do Evangelho
A
NOVA FAMÍLIA
É
bom possível que, no início do cristianismo, os parentes de Jesus
tivessem querido exigir um lugar de destaque no contexto da
comunidade. Eles podiam sempre apresentar como argumento o fato de
terem com o Messias Jesus uma relação especial de parentesco de
sangue, donde sua situação privilegiada em relação aos demais
discípulos.
A
comunidade, então, foi buscar, em sua própria experiência, um fato
que tornava injustificada esta exigência. Quando, certa vez, foi
procurado por sua mãe e alguns outros membros de sua família que
desejavam vê-lo, Jesus deixou bem claro que fazia parte de sua
família quem se predispusesse a fazer a vontade de Deus. Sim, a
submissão à vontade de Deus é que estabeleceria laços profundos,
como os de parentesco, entre Jesus e seus discípulos. Outros
possíveis critérios careciam de sentido, talvez por se fundarem num
mero sentimentalismo.
As
palavras de Jesus não foram desrespeitosas para com sua mãe. Maria
foi modelar na submissão à vontade de Deus. Sua figura apagar-se-ia
se não fosse pensada a partir de seu enraizamento em Deus. Portanto,
também pelo novo critério apresentado por Jesus, ela continuaria a
ser sua mãe. E também mãe da nova família, encabeçada por
Jesus, cujas relações se definem a partir da vontade do Pai.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE –
e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó
Deus, que tornastes santo Tomás de Aquino um modelo admirável pela
procura da santidade e amor à ciência sagrada, dai-nos compreender
seus ensinamentos e seguir seus exemplos. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 28/01/2014
Meditando o evangelho
PROCURA INÚTIL?
A procura de Jesus, por parte de sua mãe e irmãos, à primeira vista parece ter sido inconveniente e inútil. Inconveniente, por ter acontecido numa hora em que o Mestre estava rodeado por muita gente. Afastar-se, naquele momento, significava interromper o ensinamento dirigido ao povo. Inútil, por que, para ele, os laços de sangue tinham pouca importância. Logo, não havia motivo para dar-lhes um tratamento especial.
Entretanto, as coisas não foram bem assim. A chegada da mãe e dos irmãos de Jesus serviu-lhe de motivo para dar um ensinamento de extrema importância: o relacionamento entre os discípulos do Reino teria como ponto de referência a prática da vontade do Pai. Esta seria a maneira pela qual deveria articular-se o novo povo de Deus, para além de parentescos sangüíneos ou da pertença a este ou aquele povo. Doravante, a submissão à vontade do Pai, explicitada nas palavras do Filho, seria a forma de vincular-se ao Reino.
É incorreto interpretar as palavras de Jesus como uma forma de desprezo aos seus familiares. Se assim fosse, estaria indo na contramão da mais elementar piedade bíblica, a qual incluía o respeito aos genitores como algo quase sagrado, e da cultura judaica, fortemente alicerçada nas relações familiares.Portanto, a procura de sua mãe e de seus irmãos foi de grande utilidade para Jesus, pois motivou-o a ensinar que os laços sangüíneos devem estar submetidos a algo muito mais radical e abrangente: a fidelidade a Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, ensina-me a pautar minha vida pela fidelidade à tua vontade, para que eu faça parte de tua família, fundada pela ação de Jesus.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Fazer a Vontade de Deus...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Outro dia alguém desabafou perto de mim "Tem muita coisa boa nesta vida, que a gente quer fazer, mais contraria a Vontade de Deus, parece que os maus, aqueles que não estão comprometidos com o Reino e nem frequentam Igreja nenhuma, são mais felizes pois fazem o que querem nesta vida".
Quando se fala na Vontade de Deus, dá-se a impressão de que Ele é um tremendo estraga-prazeres, que vai contra tudo o que é bom de fazer e a vida de Fé nesta terra até parece aquela competição de Cabo de Guerra, Deus puxa para um lado e o Ser Humano para o outro...
Se cristianismo fosse isso, nós cristãos seríamos os mais infelizes de todos os homens. O primeiro homem Adão e a mulher Eva, viviam na plenitude da comunhão com Deus, a finalidade para a qual Deus os criou estava em pleno acordo: eles eram objeto do amor de Deus e viviam em um paraíso, que antes de ser um lugar geográfico, é um estado de espírito do homem em sintonia com Deus Criador. Não tinham e nem preconizavam ter nenhuma ambição, tudo o que um Ser humano deseja ser nesta vida, realizando-se na plenitude do amor, nossos primeiros pais já tinham, até que conheceram a possibilidade do mal e fizeram opção por ele...
No evangelho de hoje estamos diante do novo Povo que vai surgindo com Jesus, este retorno á vida de comunhão com Deus vai custar a Vida do Verbo Encarnado, mas o homem, que havia se perdido em si mesmo e não mais se achava, porque diante dele só estava o Mal, agora terá a possibilidade de optar pelo Bem, este Bem que está precisamente nas palavras e ensinamentos de Jesus, que por sua vez é a Palavra de Deus.
O retorno da humanidade aquele estado de vida inicial passa por Jesus, aliás, só Ele é o caminho que conduz ao Pai, e nenhum outro. Até aí tudo bem mais, sendo o homem um ser social, essa experiência de amor e de comunhão com Deus manifestado em Jesus, só se torna possível na relação com o outro, e aí a comunidade é o lugar por excelência, que nos conduz a esse paraíso, que não está lá atrás, perdido no passado, mas está á nossa frente, motivando-nos a caminhar sempre mais, alimentados pela Esperança que um dia transbordou do coração de Deus Filho naquela cruz, e inundou toda a nossa vida, permitindo-nos sonhar, desejar e alcançar essa plenitude feliz, que é eterna...
2. Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? - Mc 3, 31-35
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
A mãe de Jesus e seus familiares são tão importantes para Jesus que ele não duvida de chamar de mãe e de irmãos todos aqueles que fazem a vontade de Deus. Será essa a característica de seus seguidores: fazer a vontade do Pai, abandonar-se em suas mãos com alegria e confiança. E a vontade do Pai, em primeiro lugar, é que nos amemos uns aos outros. O que Deus quer de mim? É uma pergunta a ser feita muitas vezes. Às vezes a vontade de Deus vem dentro de um cálice de amargura, e antes de dizer “seja feita a vossa vontade” é possível dizer “afasta de mim este cálice”. Podemos argumentar com Deus. Ele é o Pai da família. Não é um estranho. A mãe e os irmãos estavam lá fora e o procuraram para argumentar com ele. Achavam que ele estava perdendo o juízo. A realização da vontade de Deus supõe ter grande paciência, assim como a experiência do amor traz consigo muita dor. Note nos Evangelhos que sempre se diz que Maria era a mãe de Jesus. Nunca se diz que ela era mãe de outra pessoa. Fala-se de irmãos e irmãs de Jesus. São eles, segundo a crença católica, parentes, e não irmãos de sangue. Em Gênesis 11 se lê que Taré teve três filhos, Abrão, Nacor e Arã. Arã teve um filho chamado Ló. Ló é então sobrinho de Abrão. Mas, no capítulo 16, se diz que Ló era irmão de Abrão. “Irmão” significa parente.
HOMILIA
A
FAMÍLIA DE JESUS NÃO COMPREENDE SUA MISSÃO
Jesus
fora de si? Perguntei-me quando li o evangelho. Seria por causa da
multidão que o seguia? Ou era essa a opinião que sua família tinha
a seu respeito, por atender a multidão de excluídos, ou talvez eles
quisessem protegê-lo da multidão. Sabemos que após iniciar seu
ministério, Jesus considerava sua família todo aquele que o
acolhia, e aceitava seus ensinamentos.
No
evangelho de hoje, vemos que a multidão não compreende Jesus,
porque esta busca resolução nos problemas individuais. E a partir
do momento que ele exigia mudança de vida, havia o abandono. Pelo
incrível que pareça, também a sua família não O compreende, “…os
seus parentes foram segurá-lo, porque diziam: ‘Enlouqueceu’”
(Mc 3,21). Vendo a atitude de seus parentes, podemos nos perguntar:
“quantas vezes somos chamados de loucos?”, principalmente as
pessoas que assumem uma proposta de vida radical, deixando tudo para
seguí-Lo, como também os catequistas, entre tantas outras pessoas
que dedicam sua vida para que haja esperança na comunidade.
Lembre-te
um compositor fazendo uma oração pedia à Deus loucos para o seu
tempo. Não será esta a hora de nós fazermos nossa à sua oração?
“ Ó Deus, envia-nos Loucos”, loucos para aceitar qualquer tipo
de trabalho e ir a qualquer lugar, sempre num sentido de vida
simples, amando a paz.
Esta
oração retrata a opção de vida de Jesus, o qual nem a sua família
deixou de chamá-lo louco. Ela tenta “impedir” que Jesus prossiga
com a sua missão, quando julga que Ele está fora de si, devido à
multidão que o acompanha. Este aglomeramento da multidão suscita
uma preocupação dos parentes e sua intervenção pode ser motivada
pela sua atividade e seu modo de comportar-se, que fugia aos esquemas
do molde comum. Os familiares temem que esta maneira de agir possa
comprometer o nome da família, e decidem tomar o controle da
situação. E os teus parentes ou tu que lês estas páginas
quais têm sido os teus medos? Também de perder a fama?
Olha
que Jesus se encontra dentro da casa, seus parentes do lado de fora e
a multidão está ao seu redor ouvindo-o. Estão reunidos os
discípulos e discípulas em torno de Jesus, como também as
multidões, que são pessoas do povo, capazes de deixar tudo e
seguí-lo: são os aleijados, coxos, pobres, doentes que estão “como
ovelhas sem pastor (Mc 6,34)”. Participar da casa é participar do
banquete da vida, da aproximação com o outro como espaço de
diálogo e compreensão. Para poder entrar na casa é preciso romper
com o sistema de opressão que há em nossa sociedade, na medida em
que faço do outro instrumento da minha vontade e o coloco em disputa
com os demais. A casa é o lugar apropriado para desenhar a proposta
que Jesus deseja anunciar e promover o sistema de relação social.
Portanto, não fiques na parte de fora. Entre em casa. Saiba
que as pessoas capazes de compreender a missão de Jesus são aquelas
que fazem a experiência d’Ele. Os mais próximos se afastam diante
da missão de Jesus, enquanto os mais distantes se aproximam d’Ele
e de sua missão. Aproximar da missão é encontrar-se dentro da casa
e reconhecer em Jesus a presença do Reino de Deus. É preciso
compreender os gestos e não ter o coração endurecido. Os que estão
fora da casa são os adversários que querem interromper a missão,
concordando com uma ideologia que domina as pessoas e que controla
o sistema opressor.
Ousadamente
eu diria que no evangelho de hoje Marcos 3,20-21, o “estar na casa”
é o principal foco e eixo de partida, enquanto que nos versículos
31-35, o grande eixo é a pergunta: “ quem é minha mãe e meus
irmãos?” Jesus se sente próximo e familiar a todos que se deixam
envolver por seu projeto. O grau de parentesco é como que um título
para que se possa fazer parte da nova comunidade, que requer acima de
tudo fidelidade. Enquanto anteriormente a preocupação da família
era a incompreensão da missão de Jesus, que tinha a família como
eixo estrutural, agora Jesus nos diz: “…eis a minha mãe e meus
irmãos. Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e
mãe”(Mc 3,34-35), procurando derrubar a ordem social e provocar
ruptura com sua família de sangue. “Chegaram então sua mãe e
seus irmãos e, ficando do lado de fora…”(Mc 3,31) enquanto que a
multidão se encontra sentada em torno do lado de Jesus “(Mc 3,32).
Jesus
se recusa a aceitar quem não aceita sua missão. Perante uma atitude
de vida incoerente, na qual o projeto de Deus não é assumido e a
discriminação se torna mais forte, Jesus faz um questionamento:
“quem é minha mãe e meus irmãos?” ( Mc 3,33). Se eles não
conseguem aceitar a missão de Jesus, Este também não o
reconhece como parente.
Estar
sentado à sua volta é estar atento aos seus ensinamentos. Trata-se
uma unidade em Jesus que se deve evidenciar numa opção de vida,
numa instauração de uma família, como também na vida; viver a
vida com adesão ao projeto de Deus e na construção de um mundo
novo, no qual a esperança nos mova para frente para podermos chegar
“…a uma terra fértil e espaçosa, terra onde corre leite e mel”.
Isso só é possível se entrarmos em casa, conversar, dialogar e
participar da vida com Jesus e com o próximo. Assim, a
comunidade do discipulado será a nova família que queremos formar.
Ó
Deus, assim como nos enviaste o Vosso Filho que se fez louco por amor
à vossa vontade, assim fazei de nós loucos. Loucos no bom sentido
para aceitar qualquer tipo de trabalho e ir a qualquer lugar, sempre
num sentido de vida simples, humilde, amando e promovendo a paz, a
justiça, a restauração e a reconciliação entre as famílias.
Padre
Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 28/01/2014
HOMÍLIA DIÁRIA
Construamos o Reino de Deus no cotidiano da vida
Não basta dizer que conhece o Senhor, é mais importante colocar em prática o que Ele veio nos ensinar! Começar a viver, no cotidiano da vida, o Reino de Deus.
”Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mc 3, 35).
Muitos estavam procurando Jesus e, no meio daquela multidão, alguém disse: ”Olha, tua mãe e teus irmãos estão lá fora te procurando!” Jesus faz uma comparação maravilhosa para nos explicar e nos fazer entender quem é que faz parte realmente da Sua família. A nova família que Deus e Jesus inauguram se chama: ”a Família de Deus, o Reino de Deus”. E para fazer parte dessa família não precisa ser ”consanguíneo”, parente próximo, ter vindo da mesma ascendência de Jesus, ser descendente d’Ele. Para fazer parte da família de Jesus o segredo é apenas um: fazer a vontade do Pai.
Por isso, o Senhor demonstra: ”Estes aqui são meus irmãos e, quem no meio de vós estiver fazendo a vontade do Pai!”. Você sabe que ser parente de alguém famoso, ser parente de alguém especial, torna a pessoa mais privilegiada, faz a pessoa ter uma distinção e um trato melhor do que os outros. Muitas vezes, a pessoa gosta de dizer: ”Olha, eu sou parente de ministro”; “Sou parente de tal cantor” “Sou parente de tal pessoa”; “Eu tenho sobrenome tal”; “Meu parente é famoso, é jogador de bola, é artista”. Isso lhe dá privilégio e prestígio, mas, no Reino de Deus, não é assim!
O prestígio, o privilégio, o reconhecimento de Deus não está no parentesco sanguíneo, em ter nome ”A” ou ter nome ”B”. O que dá prestígio, no coração de Deus, é aquele que acolhe o Reino de Deus na simplicidade do seu coração, na humildade de vida e começa a colocar a vontade d’Ele em prática.
Os parentes do Senhor estão espalhados por este mundo afora. Os parentes do Senhor, durante toda essa história, estão construindo o Reino de Deus. Sabem, no meio daquela multidão, no meio daqueles que procuravam o Senhor havia pessoas muito próximas a Ele, até do mesmo grau de parentesco, mas que não aderiram a mensagem do Evangelho e não O aceitaram como Senhor e Salvador.
Não basta dizer que conhece o Senhor, é mais importante colocar em prática aquilo que Ele veio nos ensinar, colocar em prática a vontade do Pai! Começar a viver, no cotidiano da vida, o Reino de Deus. Eu e você somos convidados a ser parentes e amigos da família de Jesus. A condição para isso é colocarmos em prática a vontade do Pai!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/01/2014
Oração Final
Pai Santo, Jesus de Nazaré nos ensinou o Caminho. Agora, nós Te pedimos, dá-nos discernimento, coragem e grandeza d’alma para segui-lo, anunciando aos irmãos da caminhada que o Teu Reino de Amor já está dentro de nós! Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/01/2017
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos sabedoria, coragem e generosidade para nos colocarmos a serviço do anúncio do teu Reino de Amor. Faze-nos profetas alegres, fontes de esperança para os companheiros de caminhada neste mundo bonito que nos emprestas para ser cuidado e repartido. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
