terça-feira, 16 de abril de 2019

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 18/04/2019

ANO C


Missa do Crisma

Lc 4,16-21

Comentário

O texto relata a primeira experiência da Vida Pública de Jesus.  Deu-se na sua terra de criação - Nazaré.  Na linguagem de hoje, Jesus foi para a capela da comunidade e foi convidado a fazer parte da equipe litúrgica, para fazer a segunda leitura.  Naquela época, o culto da sinagoga tinha duas leituras - a primeira tirada da Lei, a segunda dos Profetas. Jesus, abrindo o livro do Profeta Isaías, encontrou a passagem que diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me  consagrou para anunciar a Boa Notícia aos pobres;  enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos  cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano da graça do Senhor”. (4,18-19).  Não que ele encontrasse esta passagem por acaso!  Pelo contrário - Jesus procurou até achar, pois ele identificava a sua missão com aquela descrita pelo profeta.  Por isso, na hora da homilia, começou com a frase chocante: “Hoje se cumpriu essa passagem da escritura, que vocês acabam de ouvir”. (4,21).  Jesus identificou a sua missão com a do Capítulo 61 de Isaías.  Nós, como discípulos dele temos a mesma missão.  Olhemos os elementos:

1. “Anunciar a Boa-Notícia aos pobres”: O evangelho é “Boa-Notícia” - não uma série de leis, nem uma lista de práticas rituais, nem uma moral, (embora tenha todos estes elementos), mas uma experiência de Deus que traz alegria, felicidade, - para os pobres!  Portanto, ele toma posição - o que é boa notícia para uns, é má-notícia para outros! O que é boa notícia para o oprimido, é má notícia para o opressor!! Não existe uma Boa-Notícia neutra, igualmente boa para todos!!  E não devemos diluir o a termo “pobre” - aqui não é o pobre de espírito, nem de coração, nem de fé.....é o pobre mesmo, aquele/a que não tem o necessário para uma vida digna! (Lucas usa o termo grego “ptochois”, que significa mais ou menos “indigente).  Com certeza, na nossa sociedade inclui todos os excluídos.

2. “ Proclamar a libertação aos presos”: Não só aos na cadeia, mas que estão sem a liberdade dos filhos de Deus - presos hoje pelas conseqüências do neo-liberalismo, do desemprego, do salário mínimo; pelos correntes de racismo, machismo, clericalismo, e tudo que oprime!  Também aos presos no seu próprio  egoísmo, pois o assumir dos valores evangélicos vai libertá-los.  Porém, esta libertação passa pela mudança radical na sua maneira de viver.

3. “Aos cegos a recuperação da vista”: Quanta gente cega hoje!!  E não por doença dos olhos, mas cegada pela ideologia dominante que não deixa ver a realidade do mundo e dos sofridos; pelas falsas utopias alienantes e pela manipulação de informação pelos M.C.S, dominados pela elite, que “fazem a cabeça”;  quantos cegos diante da possibilidade de mudança através do força histórica dos oprimidos!!  Vale a pena notar que o texto enfatiza a “recuperação” da vista – não a doação dela.  Ou seja, trata-se de ajudar os/as que uma vez viram a realidade com os olhos de Deus mas foram cegados pela ideologia dominante ao ponto de não enxergarem mais a verdade.

4. “Libertar os oprimidos”: Aqui há o eixo fundamental de toda a Bíblia - o Êxodo, como processo permanente.  No livro de Êxodo, Deus se identificou como o Deus que liberta os oprimidos (Ex 3, 76-10).  Jesus se coloca - e coloca todos os  seus seguidores - nesta mesmo compromisso.  Hoje a época é diferente, mas a opressão continua, eDeus nos conclama para que todos nós nos empenhemos nesta luta para concretizar a libertação dos oprimidos.

5. “Proclamar o ano de graça do Senhor”: O Ano da Graça - o Ano Jubilar!! Memória da proposta do Lv 25, o ano do perdão das dívidas, da libertação dos escravos, da devolução das terras aos seus donos originais!!  Como concretizar, na realidade do Brasil de hoje, esta visão?  Que significa hoje o perdão das dívidas, a libertação dos escravos e a devolução das terras?  Questões evangélicas da fé, que têm fortes conseqüências políticas e econômicas (como veremos logo na Campanha de Fraternidade) e desafiam a tendência à uma religião intimista, individualista e desencarnada da realidade. Pois júbilo, alegria, não pode ser decretado - tem que brotar de algum motivo profundo.

Aqui o próprio Jesus fala da sua missão, que é a nossa.  Pois fomos todos “consagrados com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres...para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar o ano da graça do Senhor”. (4, 18-21).

Pe. Tomaz Hughes, SVD*
Missionário do Verbo Divino, Irlandês, Membro da Província SVD Brasil Sul.
É coordenador do Apostolado Bíblico na Zona Panam e no Brasil. Reside em Curitiba/PR.
Fonte: web nucleo verbita cesjf em 28/03/2013

Missa da Ceia - Lava-pés

João 13,1-15

Comentário do Evangelho

Grande gesto de amor

Jesus sobe à Jerusalém para a festa da Páscoa dos judeus. É no contexto da ceia pascal que se dá o gesto do lava-pés. Para a teologia joanina, toda a paixão de Jesus é um gesto de amor: “… tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (v. 1). A salvação é dom que é preciso receber como tal. Diante da resistência quase demagógica de Pedro, Jesus dirá: “Se eu não te lavar [os pés], não terás parte comigo” (v. 8).
Há muitas interpretações possíveis do gesto. Para nós basta, aqui, a interpretação dada pelo Senhor: “Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que o façais...” (vv. 13-15). O gesto resume toda a vida de Jesus que veio “não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20,28). É esse gesto que caracteriza o discípulo, gesto ao qual ele é chamado a atualizar em sua vida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ajuda-me a superar os esquemas mundanos que rompem a fraternidade e me reduzem aos esquemas do pecado, impedindo que eu me faça servidor do meu próximo.
Fonte: Paulinas em 28/03/2013

Vivendo a Palavra

Para João, o último dos evangelistas, era imprescindível completar a memória daquela noite em que Jesus se despedia. E narra o gesto de humildade do Mestre que aprofunda o significado da Ceia Eucarística: o serviço ao irmão. Nossa Igreja quer ser assim: a misericórdia é que dá sentido às celebrações.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/03/2013

Reflexão

Jesus se reúne com seus discípulos e partilha sua última ceia com eles. Nesta ceia, ele revela muitos aspectos importantes: o amor que teve para com os seus até o fim, a ponto de doar a própria vida; anuncia seu fim próximo, chegou sua hora; lavou os pés dos apóstolos, prestou um serviço que era próprio dos escravos; Pedro resistiu para entrar na dinâmica do serviço… O Evangelho de João não traz o relato da instituição da Eucaristia. Este é substituído pelo lava-pés durante a última ceia. Com a celebração da ceia na quinta-feira santa, a Igreja dá início ao Tríduo Pascal, centro e ápice do ano litúrgico, quando se recorda a paixão, morte e ressurreição de Jesus. Nesta celebração temos a instituição da Eucaristia, do sacerdócio e do amor fraterno, representado pelo serviço do lava-pés. O lava-pés, durante a ceia, lembra que o aspecto importante da Eucaristia é o serviço prestado aos outros com amor. Os seguidores de Jesus são convidados a repetir o gesto do Mestre no cotidiano da vida. Assim como o Mestre, amar concretamente e não apenas com belas palavras. A melhor maneira de se assemelhar ao Pai é doar-se pelo bem dos outros; esse é o culto agradável a Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

DEI-VOS O EXEMPLO

O ensinamento de Jesus não consistia em belas teorias, racionalmente formuladas, mas sem enraizamento na realidade. O caminho da teorização é, de certo modo, fácil. Basta alguém saber servir-se das palavras, com inteligência e habilidade, para arrastar multidões atrás de si. A sabedoria popular denuncia esta postura, com um dito lapidar: "Falar é fácil. O difícil é fazer". Fazer-se mestre dos outros, sem a disposição de pôr em prática o que se ensina, não tem valor algum. Só o exemplo instrui e convence.
Jesus estava longe de ser um teórico. Ele ensinava o que praticava. Suas palavras encontravam respaldo no seu testemunho de vida. Donde a veracidade de seus ensinamentos.
O ensinamento veiculado mediante o gesto de lavar os pés dos discípulos não seria convenientemente verbalizável. Na cultura da época, era impossível imaginar um rabino ajoelhado diante de seus discípulos, para lavar-lhes os pés! O Mestre Jesus, entretanto, fez isto: ajoelhou-se diante de cada um dos discípulos, e não titubeou em lavar-lhes os pés poeirentos. Sem perder a dignidade, soube mostrar-lhes até onde o amor pode chegar.
A morte de cruz, que se consumaria em breve, foi o exemplo dos exemplos de Jesus. Do alto do madeiro, bem que poderia ter-nos repetido: "Eu lhes dei o exemplo. Façam como eu!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de coerência, que eu jamais desvincule palavra e vida, e sim, dê testemunho do Reino de Jesus pondo em prática o que proclamo.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. É PRECISO CONVERTER-SE!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A recusa de Pedro de deixar-se lavar os pés revelou uma mentalidade da qual devia abrir mão como pré-requisito para continuar a ser discípulo de Jesus. Sem isto, era impossível ter parte com ele, e compartilhar de sua vida e missão.
Pedro comungava com a mentalidade hierarquizada da época, a qual determinava a cada um o seu devido lugar. A relação entre mestre e discípulo era regulada pela superioridade, sapiência, respeitabilidade de um, e pela inferioridade, ignorância e submissão do outro. Ao discípulo competia comportar-se como servidor do Mestre, por exemplo, lavando-lhe os pés após uma longa caminhada.
O comportamento de Jesus foi, totalmente, diferente. Foi o do escravo que acolhe um hóspede que chega de viagem à casa de seu senhor. Lavar os pés do visitante não cabia ao dono da casa, e sim aos servos.
O gesto de Jesus pareceu inaceitável a Pedro, pois rompia a hierarquia, podendo gerar desrespeito. A mentalidade de Pedro era perigosa. Agindo assim, corria o risco de introduzir na comunidade dos discípulos de Jesus o esquema de senhor-escravo o qual o Mestre viera abolir. Corria o risco de pôr a perder a obra de Jesus, contaminando-a com os modelos superados, próprios do mundo do pecado. Era urgente que Pedro se convertesse e se convencesse de que, no Reino, a grandeza consiste em fazer-se servidor de todos sem distinção.
Oração
Pai, ajuda-me a superar os esquemas mundanos que rompem a fraternidade e me reduzem aos esquemas do pecado, impedindo que eu me faça servidor do meu próximo.
Fonte: NPD Brasil em 28/03/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Eucaristizado é aquele que se Rebaixa, para SERVIR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Por acaso em nossas famílias, celebram-se aniversários de grandes tragédias? Que Mãe iria querer celebrar com os familiares e amigos, o dia em que seu Filho foi preso, condenado injustamente e passou por uma morte vergonhosa e extremamente humilhante? Coisas assim, a gente quer ESQUECER, apagar da memória para sempre...
Na última Ceia, se trocarmos em miúdos, Jesus está dizendo aos seus discípulos que ele quer que o seu sacrifício, a sua paixão e morte na cruz, seja sempre lembrada em um ritual. Atentemos para um detalhe dos sinóticos e do escrito Paulino "Jesus partiu o pão e o deu a seus discípulos dizendo, tomai e comei, pois, este é o meu corpo...". Foi o que sobrou de Jesus na cruz do calvário: seu corpo, massacrado, despedaçado, sem nenhuma vida, comer o corpo de um morto e lembrar sempre do jeito que ele morreu. Que ritual macabro é esse?
João toma outro rumo em sua reflexão com as comunidades do seu tempo: Aquele ritual, aquela celebração tem algo de grandioso e belo por trás de tudo. Ser rebaixado no último degrau do ser humano, aniquilar-se e deixar- esmagar, dar o corpo, a Vida e o sangue, até a última gota, esse era o Serviço que Jesus prestava a todos nós, lavou-nos não só os pés, mas todo o nosso ser passou por esse banho da regeneração. Aquele que sentou com Jesus à mesa, e continua a sentar-se hoje, aquele que ouve a sua palavra e a guarda em seu coração, querendo junto com Ele fazer a Vontade do Pai, torna-se homem e mulher Eucaristizado, cristianizado, é o mistério do Cristo em Nós.
Pois bem, esse deve ter força e humildade para também rebaixar-se diante de todos, ser o último, para poder servir. Quando pensamos em nosso status e em nossa importância, no cargo que ocupamos, na função que exercemos, é difícil servir o irmão ou a irmã, que precisa de nós. Muitas vezes temos alguns "Bicos de Papagaio" espiritual, que não nos deixa curvar diante do outro, queremos servir, mas com certa arrogância e prepotência...de servidores desse naipe, o inferno está cheio...
Por isso contemplemos nesse evangelho de João, o sentido real da práxis Eucarística, que começa com o Vexame de um Deus, Grandioso e Onipotente, Poderoso, Onipresente e Onisciente, que se abaixa diante do Ser humano, para lavar-lhes os pés. Muitas vezes como Pedro não aceitamos a ideia de um Deus que se rebaixa, nós é que devemos nos rebaixar diante Dele... Exatamente isso, só que esse Deus manifestado em Jesus está sempre bem escondidinho na vida dos irmãos e irmãs a quem devemos servir, e que o Senhor coloca diante de nós.

2. Amou-os até o fim
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Antes da festa da Páscoa, a Páscoa de Jesus, quando aconteceu o verdadeiro êxodo, deste mundo para o Pai, Jesus sabia que tinha chegado a sua hora. Nas Bodas de Caná, a hora ainda não tinha chegado. Jesus sabe o que está acontecendo.

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
março 28th, 2013

A Páscoa é o centro da vida e da fé dos cristãos. Trata-se da passagem da morte para a vida, da ausência para a presença, do amor em plenitude.
Para nós cristãos a celebração da “Páscoa” constitui-se num tríduo celebrativo, isto é, a Páscoa “celebrada em três dias”. O tríduo se fundamenta na unidade do mistério pascal de Jesus Cristo, compreendendo Sua Paixão, Morte e Ressurreição. Segundo o Missal Romano, “o Tríduo Pascal começa com a Missa vespertina da Ceia do Senhor, possui seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição” (N. 19). Deste modo, celebramos, de quinta para sexta-feira, a “Paixão”; de sexta-feira para sábado, a “Morte”, e de sábado para domingo a “Ressurreição”.
Hoje, Quinta-feira Santa, na celebração da “Última Ceia”, Jesus revelou o seu “amor em plenitude”, lavando os pés dos discípulos e repartindo com eles o pão. O amor torna-se presente nas mãos que lava os pés e no pão que é repartido.
Estamos diante de um Jesus que manifesta um gesto de serviço e profunda humildade. Mas, sobretudo, é um gesto de verdadeiro amor: “Sabendo Jesus que chegava a hora de passar deste mundo ao Pai, depois de ter amado os seus do mundo, amou-os até o extremo”.
As mãos simbolizam ação, dinamismo. Por meio das mãos recebemos e doamos. João afirma, no Evangelho, que Jesus é consciente de que o Pai entregou em suas mãos o verdadeiro amor e, antes de voltar ao Pai, precisa doar com suas próprias mãos este amor aos seus discípulos: “…sabendo que o Pai havia posto tudo em suas mãos, que tinha saído de Deus e voltava a Deus, se levanta da mesa, tira o manto e, tomando uma toalha, cinge-a. A seguir, põe água numa bacia e começa a lavar os pés dos discípulos e a secá-los com a toalha que tinha cingido” (Jo 13,3-5).
Analisando o contexto histórico, constatamos que oferecer ao hóspede água para lavar os pés da poeira do caminho era um gesto de cortesia muito comum. Normalmente, esse gesto era feito por um servo ou por um discípulo dedicado ao seu mestre. Jesus inverte os papéis e surpreende a todos. O mestre torna-se servo. A lição de serviço, humildade e amor é testemunhada.
Em primeiro lugar, devemos sentir este “amor pleno” que nos é doado pelas mãos de Jesus. Mãos que lavam, acariciam e enxugam, com ternura, os pés de cada um dos discípulos, de cada um de nós… Em segundo lugar, a ação de Jesus quer ensinar aos discípulos, e também a nós, que é preciso fazer o mesmo: “Depois de lhes ter lavado os pés, pôs o manto, reclinou-se e lhes disse: ‘Entendeis o que vos fiz? Vós me chamais mestre e senhor, e dizeis bem. Portanto, se eu, que sou mestre e senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Eu vos dei o exemplo, para que façais o que eu fiz’” (Jo 13,12-15).
A atitude de serviço, humildade e expressão de amor, simbolizada no lava-pés, foi uma preparação para celebrar com mais dignidade a “Ceia”, conforme disse o próprio Jesus a Pedro: “Se não te lavar, não terás parte comigo”.
Celebrando a “Ceia” com os Seus amigos, Jesus inaugura a “Nova Páscoa”, isto é, dá um novo sentido para a “Páscoa” que, em seu contexto histórico, era a maior festa do ano para os judeus. Mantendo seu ritual como no AT (Ex 12), Israel celebrava a Páscoa para fazer memória da “antiga libertação do Egito” e atualizar “os benefícios de Deus” para com os seus filhos.
Na Carta aos Coríntios, Paulo transmite o novo e definitivo sentido da Páscoa. Afirma o apóstolo: “O Senhor, na noite em que era entregue, tomou o pão, dando graças o partiu, e disse: ‘Isto é o meu corpo que se entrega por vós. Fazei isto em memória de mim’” (I Cor 11,23-24).
No pão repartido, Jesus entrega Seu Corpo aos discípulos. Trata-se de uma doação total. No pão está presente o “amor em plenitude”. Este amor que se doa provoca transformação. Agora não é apenas uma transformação social, mas uma libertação do pecado, resgate para uma vida nova.
Quando repartimos o pão na Celebração da Eucaristia, devemos sentir o amor de Jesus que se doa em plenitude. Amor que alimenta e revigora a nossa vida. Amor que nos compromete com os irmãos e irmãs. Amor que nos faz ser fiéis à vontade do Pai.
Jesus pede aos discípulos: “Fazei isto em memória de mim” (I Cor 11,24b.25b). O pedido de Jesus aos discípulos estende-se também a todos nós. Portanto, hoje celebramos o amor presente no pão que se reparte e nos comprometemos em vivê-lo plenamente.
A liturgia da Quinta-feira Santa é um convite a aprofundar concretamente no mistério da Paixão de Cristo, já que quem deseja segui-Lo deve sentar-se à Sua mesa e, com o máximo recolhimento, ser espectador de tudo o que aconteceu na noite em que iam entregá-Lo. Por outro lado, o mesmo Senhor Jesus nos dá um testemunho maduro da vocação ao serviço do mundo e da Igreja – que todos nós temos – quando Ele decide lavar os pés dos seus discípulos.
A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, na qual Jesus, num dia como hoje, na véspera da Sua Paixão, “enquanto ceiava com Seus discípulos, tomou pão…” . Ele quis, como em Sua Última Ceia, que nos reuníssemos e recordássemos d’Ele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”.
Assim, podemos afirmar que a Eucaristia é o memorial – não tanto da Última Ceia – mas sim da Morte, Paixão e Ressurreição de Jesus Cristo, nosso Senhor!
Poderíamos dizer que a alegria é por nós e a dor por Ele. Entretanto, predomina o gozo, porque no amor nunca podemos falar estritamente de tristeza, porque aquele que dá e se entrega com amor e por amor, o faz com alegria e para dar alegria.
Podemos dizer que, hoje, celebramos com a Liturgia (1ª Leitura) a Páscoa. Porém, a da Noite do Êxodo (Ex 12) e não a da chegada à Terra Prometida (Js 5,10ss).
Hoje, inicia-se a festa da “crise pascal”, isto é, da luta entre a morte e a vida, já que a vida nunca foi absorvida pela morte, mas sim combatida por ela. A noite do Sábado de Glória é o canto à vitória, porém, tingida de sangue. E hoje é o hino à luta, mas de quem vence, porque sua arma é o amor em plenitude do Deus Todo-Poderoso.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 28/03/2013

Oração Final
Pai Santo, faze-nos atentos às necessidades daqueles que colocaste junto a nós na caminhada e prontos para partilhar com eles os dons e talentos que nos deste. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/03/2013

LITURGIA DIÁRIA - 18/04/2019



Missa do Crisma

Oração para antes de ler a Bíblia



Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

Missa  do  Crisma  da  Páscoa
Cor: Roxo


1ª Leitura - Is 61,1-3a.6a.8b-9
Quinta-feira da Semana Santa - Missa do Crisma da Páscoa - 18/04/2019

O Senhor me ungiu e enviou-me para dar a boa-nova aos humildes.

Leitura do Livro do Profeta Isaías 61,1-3a.6a.8b-9
1O espírito do Senhor Deus está sobre mim,
porque o Senhor me ungiu;
enviou-me para dar a boa-nova aos humildes,
curar as feridas da alma,
pregar a redenção para os cativos
e a liberdade para os que estão presos;
2para proclamar o tempo da graça do Senhor
e o dia da vingança do nosso Deus;
para consolar todos os que choram,
3apara reservar e dar aos que sofrem por Sião
uma coroa, em vez de cinza,
o óleo da alegria, em vez da aflição.
6aVós sois os sacerdotes do Senhor,
chamados 'ministros de nosso Deus'.
8bEu os recompensarei por suas obras segundo a verdade,
e farei com eles uma aliança perpétua.
9Sua descendência será conhecida entre as nações,
e seus filhos se fixarão no meio dos povos;
quem os vir há de reconhecê-los
como descendentes abençoados por Deus.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo - Sl 88, 21-22.25.27
Quinta-feira da Semana Santa - Missa do Crisma da Páscoa - 18/04/2019

R. Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.

21Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, *
e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado.
22Estará sempre com ele minha mão onipotente, *
e meu braço poderoso há de ser a sua força. R.

25Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, *
sua força e seu poder por meu nome crescerão.
27Ele, então, me invocará: `Â Senhor, vós sois meu Pai, *
sois meu Deus, sois meu Rochedo
onde encontro a salvação!' R.


2ª Leitura - Ap 1,5-8
Quinta-feira da Semana Santa - Missa do Crisma da Páscoa 18/04/2019

Fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai.

Leitura do Livro do Apocalipse de São João 1,5-8
A vós graça e paz
5da parte de Jesus Cristo,
a testemunha fiel,
o primeiro a ressuscitar dentre os mortos,
o soberano dos reis da terra.
A Jesus, que nos ama,
que por seu sangue nos libertou dos nossos pecados
6e que fez de nós um reino,
sacerdotes para seu Deus e Pai,
a ele a glória e o poder, em eternidade. Amém.
7Olhai! Ele vem com as nuvens,
e todos os olhos o verão
- também aqueles que o traspassaram.
Todas as tribos da terra baterão no peito por causa dele.
Sim. Amém!
8'Eu sou o Alfa e o ômega', diz o Senhor Deus,
'aquele que é, que era e que vem,
o Todo-poderoso'.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho - Lc 4,16-21
Quinta-feira da Semana Santa - Missa do Crisma da Páscoa - 18/04/2019


O Espírito do Senhor está sobre mim.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 4,16-21
Naquele tempo:
16Jesus veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado.
Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado,
e levantou-se para fazer a leitura.
17Deram-lhe o livro do profeta Isaías.
Abrindo o livro,
Jesus achou a passagem em que está escrito:
18'O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque ele me consagrou com a unção
para anunciar a Boa Nova aos pobres;
enviou-me para proclamar a libertação aos cativos
e aos cegos a recuperação da vista;
para libertar os oprimidos
19e para proclamar um ano da graça do Senhor.'
20Depois fechou o livro,
entregou-o ao ajudante, e sentou-se.
Todos os que estavam na sinagoga
tinham os olhos fixos nele.
21Então começou a dizer-lhes:
'Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura
que acabastes de ouvir.'

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Missa da Ceia do Senhor

Quinta-feira Santa – Ceia do Senhor
Cor: Branco


Primeira Leitura (Êx 12,1-8.11-14)
Quinta-feira Santa – Ceia do Senhor - 18/04/2019

Leitura do Livro do Êxodo:

Naqueles dias: 1O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2”Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa.
4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro.5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito: 6e devereis guardá-lo preso até ao dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde.
7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerem. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas.
11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a ‘Passagem’ do Senhor!
12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor.
13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 115)
Quinta-feira Santa – Ceia do Senhor - 18/04/2019

— O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
— O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

— Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em meu favor? / Elevo o cálice da minha salvação, / invocando o nome santo do Senhor.
— É sentida por demais pelo Senhor / a morte de seus santos, seus amigos. / Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, / mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
— Por isso oferto um sacrifício de louvor, / invocando o nome santo do Senhor. / Vou cumprir minhas promessas ao Senhor / na presença de seu povo reunido.


Segunda Leitura (1Cor 11,23-26)
Quinta-feira Santa – Ceia do Senhor - 18/04/2019

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

Irmãos: 23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”.
25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Anúncio do Evangelho (Jo 13,1-15)
Quinta-feira Santa – Ceia do Senhor - 18/04/2019


Amou-os até o fim

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo por João.
— Glória a vós, Senhor!

1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.
2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”.
8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”.
11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.
12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.