quarta-feira, 20 de novembro de 2019

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar, as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir, a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover, a paz que vamos semear, a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 21/11/2019

ANO C


Mt 12,46-50

Comentário do Evangelho

“do lado de fora”.

O texto nos lembra o final do longo discurso sobre a montanha (5,7): “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor!, Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas o que fez a vontade do meu Pai que está nos Céus” (7,21).
Num texto próprio a Marcos, ele nos dá a razão pela qual a parentela de Jesus vai ter com ele. O contexto é a multidão que incessantemente acorre a Jesus a ponto de não poderem, ele e seus discípulos, alimentar-se. A sua família toma a decisão de ir buscá-lo para levá-lo para casa, pois pensavam que ele estivesse “fora de si” (Mc 3,20-21). Observamos que o termo irmão, na linguagem bíblica, abrange os parentes.
Chegados os familiares acompanhados da mãe de Jesus eles são anunciados.
Por duas vezes se diz que estão “do lado de fora” (vv. 46.47). Esta sutil observação parece-nos importante: distante de Jesus, sem ouvir sua palavra, seus ensinamentos, sem contemplar o que ele faz em favor da multidão, sem se deixar tocar por ele, tudo parece loucura. É preciso se aproximar, entrar no “círculo” de Jesus, se aproximar e se deixar envolver por sua palavra, para poder fazer a experiência de que “o que é loucura no mundo, Deus escolheu para confundir o que é forte” (1Cor 1,27).
A família que Jesus reúne ultrapassa os laços de sangue; é “todo aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus” (v. 59).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Fonte: Paulinas em 21/11/2013

Vivendo a Palavra

Jesus de Nazaré não apresenta o Cristo prometido e esperado, que nele se fez carne, apenas para o círculo restrito de sua família biológica, mas lhe dá dimensão universal. Ele veio para a humanidade – para todos os que fazem a vontade do Pai que está no Céu. Que nós, sua Igreja, não estreitemos essa compreensão.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus de Nazaré apresenta a visão correta do Cristo prometido e esperado pelos filhos de Israel: Ele não pertencia apenas ao círculo restrito de uma família biológica, nem mesmo de um povo ou nação, mas tem a dimensão universal. Para libertar a humanidade, Ele se faz Irmão de todos os homens e mulheres que ‘fazem a vontade do Pai que está no Céu’. Que nós, sua Igreja, não estreitemos essa compreensão.

Reflexão

É fácil imaginar que a futura mãe de Jesus tenha sido totalmente envolvida pela graça divina e pela generosa resposta a ela. Foi com base nesta reflexão que o autor do Protoevangelho de Tiago, escrito apócrifo do II século, narra que, na idade de três anos, Maria foi acompanhada ao templo por seus pais, Joaquim e Ana, e lá teria crescido como virgem entregue ao serviço de Deus. A festa da Apresentação de Nossa Senhora tem sua origem em Jerusalém, no século VI. Dois séculos mais tarde se havia difundido em todas as igrejas do Oriente, com grande aceitação popular. No Ocidente, desenvolveu-se a partir do século XIV. A passagem evangélica escolhida para esta memória convida-nos a olhar para Maria sob o aspecto que marcou sua vida toda, isto é, a de ser ouvinte atenta e jubilosa da Palavra de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Recadinho

Jesus considera também familiares seus os que fazem a vontade de Deus. Não é por isso que fazemos questão de dizer que somos todos irmãos? - Posso dizer que meu modo de agir demonstra que sou filho de Deus e, então, todos os filhos de Deus também são meus irmãos? - O que dizer dos familiares que não agem como filhos de Deus? Dou-lhes o bom exemplo? - Minha vida é um testemunho que pode atraí-los a Deus? - Sou acolhedor, respeitando a privacidade de meu próximo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em  21/11/2013

Meditando o evangelho

A FAMÍLIA DE JESUS

O Reino de Deus, anunciado por Jesus, estabelece laços profundos entre aqueles que assumem seu projeto de vida. Estes laços fazem dos discípulos do Reino uma grande família, não unida pelos vínculos do sangue e, sim, pela submissão à vontade de Deus. A identidade dessa família se configura por um idêntico modo de proceder, fundado no amor e na prática da justiça. Por esse caminho, os discípulos se reconhecem como irmãos e irmãs, unidos para além de qualquer divergência, cultura ou raça. Essa fraternidade não é mera formalidade. Existe entre eles uma efetiva comunhão de vida. Onde as relações interpessoais não chegam a se expressar desta forma, é sinal de que aí o Reino ainda não aconteceu.
Esta dimensão do Reino foi expressa pelo próprio Jesus. Ele se recusou a privilegiar os laços sangüineos que o uniam à sua mãe e demais parentes. Esses laços pouco contavam. Doravante, o parentesco com Jesus haveria de se concretizar no cumprimento da vontade do Pai. Quem a cumpre, faz parte da família do Mestre. Quem prefere pautar sua vida por outros parâmetros, não tem parte com ele.
O critério estabelecido por Jesus possibilita a todo discípulo do Reino, em qualquer tempo e lugar, saber-se unido a ele como a um ser querido muito próximo. Por conseguinte, é sempre possível estabelecer laços com ele pela via da afetividade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, que jamais eu perca de vista os laços profundos de afeto que me unem a ti.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Laços Fortes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Neste evangelho, os parentes de Jesus, sua Mãe e seus irmãos, nos diz o texto, foram á sua procura, pois queriam levá-lo de volta á casa. Havia um consenso de que ele estivesse louco, falando e fazendo coisas sem o saber.
Jesus era uma ameaça constante á estrutura do templo, pois quebrava todas as regras e normas religiosas excludentes, curava as pessoas de todas as suas enfermidades, e a pessoa nãom precisava oferecer sacrifício algum pela sua cura. Como a Medicina não estava avançada e as doenças ou enfermidades psicosomáticas eram muitas, a clientela do templo era bem numerosa e as ofertas tinham que ser feitas, nem que fosse rolinhas e pombinhos, para os mais pobres, todos eram tarifados. Era uma forma de se obter a “pureza” institucionalizada. Quem ganhava com isso? A casta sacerdotal, que era em sua maioria Latifundiários proprietários doa animais, vendidos aos cambistas, que os revendiam por um alto preço nas portas do templo, e os sacerdotes ganhavam duas vezes, na venda para o atravessador e depois na oferta, onde uma boa parte lhes pertencia, segundo a lei.
Ora, se eu sou beneficiado com um negócio assim, altamente lucrativo, qualquer pessoa que interferir nesse sistema, tirando a clientela, vou fazer de tudo para tirá-lo de circulação, daí taxaram de Jesus de Louco, e com certeza pressionaram seus familiares sobre os riscos que ele estava correndo, por mexer em um Vespeiro, quando tornava menos lucrativo o negócio dos poderosos.
Agora fica fácil compreender a reação de Jesus diante da comunidade, quando alguém o comunica que sua mãe e seus irmãos estavam fora e queriam falar-lhe. Os que se deixam levar pelos orientações dos poderosos desse mundo, não pertencem á Cristo, não são portanto, sua Mãe e seus irmãos, uma vez que, não é sistema religioso que garante a salvação, mas trata-se de um Dom oferecido a todos os homens através de Jesus Cristo.
A partir de agora Jesus estabelece laços fortes na união dos Homens com Deus, quem ouvir a sua Palavra e seguir seus ensinamentos, procurando fazer a Vontade de Deus, que quer a Vida para todos, este sim tem com ele intimidade, está com ele em sintonia, esse sim pode ser chamado de “sua Família” sua Mãe e seus irmãos. Não dá para pertencer a Cristo mas viver segundo a vontade do mundo...ditada por um sistema que se omite diante de injustiças e desigualdades, e que decreta a morte do mais pobre. Quem concorda ou se omite diante dessa estrutura social injusta, não pode e nem deve apresentar-se como cristão...

2. Querem falar contigo - Mt 12,46-50
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os Evangelhos canônicos não falam da infância de Maria. Há, porém, um texto do século II, atribuído a Tiago Menor, chamado de Protoevangelho de Tiago, no qual se lê que, quando Maria completou dois anos, Joaquim quis levá-la ao Templo para pagar a promessa que tinha feito. Ana pediu para esperar mais um ano, e Joaquim concordou. Quando Maria completou três anos, Joaquim mandou chamar algumas moças para, com tochas acesas, subirem com a menina ao Templo. Assim foi feito. O sacerdote a acolheu, abraçou e abençoou, dizendo: “O Senhor glorificou teu nome em todas as gerações. Em ti, nos últimos dias, ele revelará a redenção concedida aos filhos de Israel”. Maria se sentou no terceiro degrau do altar e a graça de Deus desceu sobre ela, e ela começou a dançar. Os pais voltaram para casa cheios de admiração. Maria não olhou para trás e permaneceu no Templo. Esta festa está ligada à dedicação da Basílica de Santa Maria, a Nova, em 20 de novembro de 543, cuja construção foi terminada pelo imperador Justiniano. Suas ruínas se conservam no subsolo do bairro judaico de Jerusalém. A tradição de Maria no Templo vem do início do cristianismo. Uma lápide mortuária do século quinto tem um desenho de Maria com a inscrição “Maria, a serva, no Templo de Jerusalém”.

HOMILIA

A MÃE E OS IRMÃOS DE JESUS

Vemos neste texto de hoje que JESUS é interrompido de um sermão por alguém que diz: A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora e querem falar com o senhor.
O que Ele disse quando foi informado que Sua mãe e Seus irmãos estavam ali, nesta ocasião, parece consistir em desprezo aos seus familiares, mas na realidade o significado é mais profundo do que isso.
Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a Sua família, Ele não estava renunciando à Sua família segundo a carne. Como filho mais velho, Ele continuou a cuidar do bem estar da Sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a Sua vida na cruz, Ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava.
Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não tem qualquer significação no Reino de Deus.
O relacionamento mais chegado do Senhor Jesus é com o Seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual - e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.
Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o Seu ministério a todos aqueles que O receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.
O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.
O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.
Um aspecto muito importante que deve ser esclarecido é sobre os irmãos de Jesus. Há dias uma das assíduas comentadoras da homilia diária perguntava sobre este aspecto.
Os irmãos de Jesus, como fica claro pelo próprio texto bíblico, eram filhos de Alfeu e sua esposa, e não de José e Maria. A dúvida sobre se Maria teve outros filhos só revela a Em diversos lugares o Evangelho fala desses ‘irmãos’. Assim, S. Marcos e S. Lucas referem que ‘estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem ver-te” (Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20; e também em Jo 7, 1-10).
Toda a pessoa que pergunte sobre os irmãos de Jesus somente revela a sua ignorância da própria Bíblia. Até porque as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam o nosso ‘primo’ ou ‘prima’, e serve-se da palavra ‘irmão’ ou ‘irmã’.
No Antigo Testamento encontramos e sobretudo em Gn 37, 16; 42, 15; 43, 5; 12, 8-14; 39, 15), sobrinhos, primos irmãos (1 Par 23, 21), e primos segundos (Lv 10, 4) - e até ‘parentes’ em geral (Job 19, 13-14; 42, 11). Há muitos exemplos na Sagrada Escritura. Lê-se no Gêneses que ‘Taré era pai de Abraão e de Harão, e que Harão gerou a Lot (Gn 11, 27), que, por conseguinte, vinha a ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot ‘irmão de Abraão’ (Gn 13, 3). ‘Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos” (Gn 14, 14). Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29, 12-15).
No Novo Testamento, fica claríssimo que os ‘irmãos de Jesus’ não eram filhos de Nossa Senhora. Os supostos ‘irmãos de Jesus’ são indicados por S. Marcos: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui conosco suas irmãs?” Tiago e Judas, conforme afirma S. Lucas, eram filhos de Alfeu e Cleófas: ‘Chamou Tiago, filho de Alfeu… e Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 15-16). E ainda: “Chamou Judas, irmão de Tiago” ( Lc 6, 16). Quanto a ‘José’, S. Mateus diz que é irmão de Tiago: “Entre os quais estava… Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27, 56). Em S. Mateus se lê: “Estavam ali (no calvário), a observar de longe…., Maria Mágdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”. Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de S. José, mas de Cleofas, conforme S. João (19, 25). Era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê em S. João (19, 25): “Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cleofas, e Maria de Mágadala”. Simão, irmão dos três outros, ‘Tiago, José e Judas’ são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu ou Cleophas é o pai deles.
Da mesma forma, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de S. João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Eis um dilema sem saída para os protestantes, pois os ‘irmãos de Jesus’ são filhos de Maria Cléofas e Alfeu.
Também decorre uma pergunta: Por que nunca os evangelhos chamam os ‘irmãos de Jesus’ de ‘filhos de Maria’ ou de ‘José’, como fazem em relação à Nosso Senhor? E por que, durante toda a vida da Sagrada Família, apenas conta-se três membros: Jesus, Maria e José?
A própria Sagrada Escritura demonstra que os supostos ‘irmãos’ de Jesus são seus primos e não seus irmãos carnais. Sua afirmação de que o trecho de S. Mateus tem duas passagens, uma referindo-se à filiação carnal e a segunda à filiação espiritual fica sem sentido, visto que não conferem com o texto bíblico. Até porque o parentesco de sangue não é sequer mencionado pelos seus irmãos nas cartas que escreveram e que se encontram no Novo Testamento, indicando que não davam valor a isso. Ao invés disso, eles se dizem servos de Jesus Cristo.
Portanto, Maria, é o templo divino, onde Deus fez sua morada. Nela, Deus realizou a nova e eterna aliança que é Jesus, trazendo-nos por meio de Seu Filho a salvação. Maria viveu para Deus, cumprindo sua vontade e colaborando com Ela na redenção. Hoje celebramos sua apresentação no Templo. Ela era o templo de Deus, catedral iluminada, sonho do Pai eterno.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 21/11/2013

Liturgia comentada

Quem é a minha mãe? (Mt 12, 46-50)
Jesus Cristo veio ao nosso mundo e se encarnou para fazer a vontade do Pai. “Pai, tu não quiseste oblações nem sacrifícios, mas me formaste um corpo. [...] Então eu disse: ‘Eis-me aqui, ó Deus, para fazer a tua vontade!’” (Hb 10, 5ss.) Assim, a encarnação começa por um ato de obediência.
Para que Jesus, Palavra do Pai, assumisse a natureza humana, Deus quis precisar de uma Mulher, eleita desde a eternidade para essa missão única e sublime. Quando a Virgem Maria adere ao desígnio de Deus, ela “permite” que o Verbo-Palavra se humanize e venha acampar no meio de nós. Desde então, Maria é para a Igreja o modelo perfeito e acabado do fiel que acolhe a Palavra, a ponto de gerar essa mesma Palavra para o mundo, tornando-a viva entre nós. Mais uma vez, é a obediência que atualiza a graça de Deus na história dos homens.
Hoje, celebramos a memória da Apresentação de Nossa Senhora no Templo de Jerusalém (aos 3 anos de idade, segundo o Proto-Evangelho de Tomé, livro não-canônico). Estamos diante de um “sinal”: como se aquela criança, movida pela Graça, já se dispusesse a cooperar com Deus em seu plano de salvação.
Deste modo, o que poderia ser apenas uma “lenda piedosa” torna-se mensagem e indicação do caminho para todo cristão. Cada fiel, na medida de suas possibilidades, deve “apresentar-se” a Deus, abandonando-se infantilmente em suas mãos, para o que der e vier...
Em um dia futuro, o Messias-Salvador entraria em um “templo” para se fazer carne mortal. Essa “casa de ouro” (cf. Ladainha Lauretana: Domus Aurea) e primeiro sacrário da história seria o ventre virginal de Maria de Nazaré. Na liturgia de hoje, a mesma Maria, ainda criança, cruza o limiar do Templo do Senhor e se põe à disposição do Altíssimo para cumprir sua missão.
Se o Templo de Jerusalém era, para Israel, o lugar onde o povo podia estar na presença de Deus, ali mesmo Maria se põe na presença daquele que, graças à cooperação dela, estaria por 33 anos em nossa presença.
Atravessar a soleira do Templo significa entrar no espaço do “sagrado”. Também nós, divididos entre o profano e o sagrado, o mercado e o sacrário, somos convidados por Deus a uma vida de consagração.
Se aceitamos o convite, obedecemos a Deus e nos tornamos seus sócios na obra de salvação da humanidade.
Orai sem cessar: “Toda formosa, entra a Filha do Rei!” (Sl 45 [44], 14)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 21/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Assuma sua pertença a Deus

Quando vimos Maria sendo apresentada ao Senhor no Templo, também pensamos o quanto nós precisamos assumir a nossa própria vocação, nossa pertença a Deus.

Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mt 12,49-50)

Na liturgia de hoje, é com muita alegria que celebramos a festa da memória festiva da Apresentação de Nossa Senhora. Conforme o costume judaico, de acordo com a Tradição, Maria foi apresentada no Templo. Essa apresentação tem um significado muito especial de entrega, de consagração, de pertença.
Maria nasceu para ser toda de Deus, para ser instrumento nas mãos d’Ele, para colaborar na salvação da humanidade. Desde pequena, seus pais, Ana e Joaquim, a levavam ao Templo para ser consagrada. Eles a educaram para que ela crescesse na fidelidade de Israel, para que crescesse temente a Deus. Os pais, com certeza, não sabem quais são os desígnios que foram reservados para essa menina, mas eles tinham consciência de que a filha deles havia nascido para ser do Senhor.
É obvio que, ao longo da história, ao longo de seu crescimento, Deus foi se revelando a ela, até que, definitivamente, o Arcanjo Gabriel veio ao encontro dela para lhe revelar a plenitude da escolha divina, o desígnio que Deus tinha para ela.
Meus irmãos, quando vimos Maria sendo apresentada ao Senhor no Templo, também pensamos o quanto nós precisamos assumir a nossa própria vocação, o nosso próprio chamado a sermos cristãos, a assumirmos a nossa pertença a Deus. Isso toca em nossa memória, de quando ainda éramos crianças, pois fomos levados ao Templo, à Igreja para sermos batizado, para ser consagrados a Deus, entregues à causa d’Ele.
Quando os padres ungem o peito de uma criança com o óleo catecumenal, eles estão consagrando essa criança para que ela seja filho (a) de Deus. A marca da unção está em nós, somos ungidos no peito e também na testa com o santo óleo do Crisma para dizer: “Somos marcados para sermos propriedades do Senhor”.
Se nós levássemos a sério o nosso batismo, seríamos como Maria nas mãos de Deus: um instrumento eficaz para a salvação da humanidade. Cada um de nós pode colaborar com Ele para que o mundo seja melhor, para que o mundo seja salvo, para que conheça a redenção divina. Basta que levemos a sério o nosso batismo, basta que cada pai e mãe tome consciência da educação cristã que precisa dar a cada uma das nossas crianças a partir das águas batismais.
O batismo nos aponta a direção daquilo que Deus tem para nós. Felizmente, hoje, não faltam crianças batizadas, o que falta são pais que conscientizem seus filhos da missão, da consagração, da entrega que cada um de nós assumiu a partir do nosso batismo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/11/2013

Oração Final
Pai Santo, que a oração de Maria seja de toda Igreja: que nossa alma proclame a grandeza do Senhor e nosso espírito se alegre em Deus, nosso salvador, porque Ele olha para a nossa humildade. As gerações nos felicitem porque o Todo-poderoso realiza grandes obras em nosso favor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, a oração de Maria deve ser a de toda Igreja: que nossa alma proclame a grandeza do Senhor e nosso espírito se alegre em Deus, nosso salvador, porque Ele olha para a nossa humildade. As gerações devem nos felicitar porque o Todo-poderoso realiza grandes obras em nosso favor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

LITURGIA DIÁRIA - 21/11/2019


Tema do dia

APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA: EXEMPLO DE A AMOR E DEDICAÇÃO A DEUS

Na Apresentação de Maria, celebramos a sua dedicação a Deus desde a mais tenra infância, sob a inspiração do Espírito Santo, que a preencheu com sua graça. Segundo o papa Paulo VI, apesar de seu conteúdo extra bíblico, a festa é uma venerável tradição da Igreja.

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

Apresentação de Nossa Senhora. Memória
Cor: Branco


Primeira Leitura (Zc 2,14-17)
33ª Semana do Tempo Comum - Quinta-feira - 21/11/2019

Leitura da Profecia de Zacarias.

14“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. 15Muitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti. 16O Senhor entrará em posse de Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá de novo Jerusalém. 17Emudeça todo mortal diante do Senhor, ele acaba de levantar-se de sua santa habitação”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Lc 1,46-55)
33ª Semana do Tempo Comum - Quinta-feira - 21/11/2019

— O Poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.
— O Poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.

— A minh’alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador,
— pois ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome.
— Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhosos.
— Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos.
— Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.


Evangelho (Mt 12,46-50)
33ª Semana do Tempo Comum - Quinta-feira - 21/11/2019


Querem falar contigo

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.