quarta-feira, 15 de março de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

Novena de São José – Sétimo Dia (DOS DIAS 10 DE MARÇO A 18 DE MARÇO) - FESTA: 19 DE MARÇO


Novena de São José – Sétimo Dia
(16 DE MARÇO)

Nota: Esta oração foi encontrada no quinquagésimo ano de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Em 1505 ela foi enviada pelo Papa ao Imperador Carlos quando ele estava indo para uma batalha.

Quem quer que leia esta oração ou a escute ou a mantenha junto de si jamais deverá morrer de morte repentina, ou ser afogado, nem mesmo veneno fará mal algum a eles; e muito menos cairão eles nas garras do inimigo, ou se queimarão em alguma chama ou serão mortos em batalha.

Oração Inicial

Oh! São José, cuja proteção é tão grande, tão forte, tão imediata diante do trono de Deus, coloco em vossas mãos todos os meus interesses e desejos.
Oh! São José, auxilie-me com sua poderosa intercessão, e obtenha para mim do seu divino Filho todas as bênçãos espirituais, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor, para que, tendo-me comprometido aqui, sob seu poder celestial, eu possa oferecer minhas graças e homenagens ao mais amável dos Pais.
Oh São José, jamais me canso de contemplar a ti e a Jesus a dormir em seus braços; Não me atrevo a me aproximar enquanto Ele repousa junto do teu coração. Abraçe-O em meu nome e beije-O ao meu último suspiro.

São José, Patrono das almas partidas; Rogai por mim.

Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Amém e Amém.

Oh glorioso São José, fiel seguidor de Jesus Cristo, a ti elevamos nossos corações e nossas mãos para implorar vossa poderosa intercessão em obter do benigno coração de Jesus todos os auxílios e graças necessárias ao nosso bem-estar espiritual e carnal, particularmente pela graça de uma morte feliz e o especial favor que agora vos pedimos (mencionar pedido).
Oh! guardião dos encarnados do mundo, sentimo-nos animados e confiantes de que vossas orações em nosso favor serão graciosamente ouvidas ao trono de Deus.
Oh! glorioso São José, pelo amor que tendes por Jesus Cristo e pela glória do Seu nome, escutai as nossas orações e dai-nos o que pedimos. Amém.

Sétimo Dia

Oh! fiel e prudente São José, vigiai nossa fraqueza e nossa inexperiência; concedei-nos a prudência que nos faz lembrar de nosso fim, que dirige nossos passos e nos protege de todo perigo.
Rogai por nós, então, Oh grande Santo, e através de seu amor por Jesus e Maria, e do Seu amor por vós, concedei o favor que vos pedimos nesta novena (mencionar pedido)Amém.

Pai Nosso… Ave Maria… Glória ao Pai… São José, rogai por nós!


Dias Anteriores

LEITURA ORANTE DO DIA 15/03/2023



LEITURA ORANTE

Mt 5,17-19 - A maior das verdades: o amor


Preparamo-nos para a Leitura Orante,
rezando com todos os que se encontram neste espaço digital:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos, atentamente: Mt 5,17-19.
- Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei - nem a menor letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas. Portanto, qualquer um que desobedecer ao menor mandamento e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino do Céu.
Refletindo
Jesus diz que não veio abolir  a Lei, os mandamentos, mas aperfeiçoá-los. Fala de um novo Reino onde para entrar é preciso que se supere os doutores da Lei, ou seja, é preciso não apenas conhecer a doutrina, os deveres, mas praticá-los, vivê-los.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Como vivemos a Lei de Deus?
Jesus diz que não veio abolir a Lei, nem os mandamentos.
Veio dar-lhes "o seu sentido completo".
Quais são os 10 Mandamentos?
Vale, neste  momento, recordá-los:
1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
2. Não tomar seu santo nome em vão.
3. Guardar domingos e festas.
4. Honrar pai e mãe.
5. Não matar.
6. Não pecar contra a castidade (fidelidade).
7. Não furtar.
8. Não levantar falso testemunho.
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.
Todos estes mandamentos têm sua centralidade no mandamento do amor.
Meditando
Recordamos ainda, os Bispos que, na Conferência de Aparecida, disseram sobre o discípulo: "Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: "Amem-se uns aos outros, como eu os amei" (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, "todos reconhecerão que sois meus discípulos" (Jo 13,35)." (DAp 138)
Como vivo o mandamento do amor?

A o Papa Francisco diz:
"A Palavra do Senhor não pode ser recebida como uma notícia qualquer: ela deve ser repetida, assimilada, custodiada. A tradição monástica usa um termo ousado, mas muito concreto: a Palavra de Deus deve ser “ruminada”. Podemos dizer que é tão nutritiva que deve atingir todos os âmbitos da vida: envolver, como diz Jesus hoje, todo o coração, toda a alma, toda a mente, toda a força. Ela deve ressoar, ecoar dentro de nós. Quando há este eco interior, significa que o Senhor habita no coração. E nos diz, como àquele bom escriba do Evangelho: "Você não está longe do Reino de Deus."
Por isso, diz o Papa "é tão importante familiarizar-se com o Evangelho, tê-lo sempre à mão, ter um pequeno Evangelho no bolso, na bolsa, para lê-lo e relê-lo, apaixonar-se por ele".
"Quando fazemos isso, Jesus, a Palavra do Pai, entra em nosso coração, torna-se íntimo e nós damos fruto nele. Tomemos o Evangelho de hoje como exemplo: não basta lê-lo e entender que é preciso amar a Deus e ao próximo. É necessário que este mandamento, o "grande mandamento", ressoe dentro de nós, seja assimilado, se torne a voz de nossa consciência." 

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Cantemos a própria Palavra, inspirada em
1Cor 13,  com o Hino do amor


HINO AO AMOR
Pe. Zezinho, scj

Se eu desvendasse os mistérios do universo,
mas não tivesse amor;
se o dom das línguas eu tivesse em prosa e verso,
mas não tivesse amor,
seria um sino barulhento e falador!
Se eu conhecesse umas quinhentas profecias,
mas não tivesse amor;
se eu conhecesse todas as teologias,
mas não tivesse amor;
teria tudo, menos Deus a meu favor!
Amor é graça, amor é força amor é luz,
não é vaidoso, não derruba não seduz,
não sente inveja, nem orgulho nem rancor,
sabe perder mas não se sente perdedor.
Amor aplaude mas educa o vencedor
Amor perdoa mas educa o pecador,
não atrapalha não bloqueia: faz andar,
espera e crê, porque o amor sabe esperar.
Vem do passado, mas não é ultrapassado.
Tem seus limites o saber e a religião,
mas o amor aí não acaba nunca não (2x).
Agora vemos por imagens ou sinais,
mas o amor, aí, o amor é muito mais (2x).
mas o amor, ah, o amor é bom demais!
Há mil verdades do outro lado da janela,
mas o amor é a maior de todas elas!...

(CD Canções que a fé escreveu, COMEP)

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Somos pessoas convocadas pela Palavra do Evangelho a viver integralmente a Lei que Jesus Cristo resumiu no amor. Assim podemos viver o dia de hoje e todos os outros.

Bênção Bíblica
O Senhor nos abençoe e nos guarde!
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós!
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!' (Nm 6,24-27)
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

Palavra se fez carne - 15 de março, 4ª feira, 3ª semana da Quaresma


15 de março, 4ª feira, 3ª semana da Quaresma


- Hoje é dia 15 de março, 4ª feira da 3ª semana da Quaresma.

- No evangelho de hoje, ao escutar Jesus, os discípulos, totalmente atentos, foram compreendendo que Jesus não era qualquer homem que falava somente palavras bonitas. Suas ações não eram para criticar os fariseus, no contexto religioso, e o governo, no contexto social. Jesus se mostra ligado a Lei e aos profetas. Mostra-se como conhecedor desta mesma Lei e preza para que ela seja vivida em plenitude. Imagine os discípulos escutando tais palavras e percebendo que Jesus veio ensinar com sua vida o que é ser fiel e levar ao cumprimento a Lei de Deus, com autoridade e entusiasmo. Diga ao Senhor que você deseja compreender a Lei de Deus para mais amá-lo e segui-lo.

- Escuta o Evangelho Segundo Mateus, Capítulo 5, versículos 17 a 19:

“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.”

- O evangelho Jesus está comprometido com o projeto de salvação de Deus. Ele se consome na Lei de Deus. Ele não veio abolir nada a respeito do que já foi revelado pelo Pai e que está na Lei e nos profetas. Assim como Jesus é fiel a vontade de Deus, Ele quer que seus discípulos sejam fiéis aos mandamentos sagrados. O importante não é somente escutar, mas também colocar em prática e ensinar os mandamentos em vistas do Reino de Deus que se inaugura com Jesus Cristo. Fique atento à proposta de discipulado de Jesus. Imagine você como um daqueles discípulos. O zelo que Jesus tem pela Lei significa que será nele que se cumprirá o projeto do Pai.

- É importante guardar a Palavra de Jesus quando fala da importância da lei que rege nossas ações. Em dias atuais, quantas vezes a lei não é usada para benefício próprio? O que significa dar pleno cumprimento a lei? Ser considerado o menor no Reino dos Céus, significa o que? E maior?

- “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento.” nos diz o evangelho de hoje. O Senhor Jesus nos faz ficarmos atentos para cumprir plenamente a vontade do Pai expressa na Sagrada Escritura. Além disso, Ele nos impulsiona a trabalhar cada vez mais no anúncio do Evangelho, num desejo de praticar e ensinar a Palavra na simplicidade e alegria que brota de corações agradecidos por todas as maravilhas que Deus realiza a cada dia em favor da humanidade. A música do Padre Zezinho expressa bem a força desinstaladora da Palavra em nossas vidas:

A Palavra do Senhor quando chegou
Desinstalou meu coração
Ao chegar, desafiou-me a exigir
Uma resposta de sim ou não

É fácil dizer sim. É fácil dizer não.
Mas dói depois do sim. E dói depois do não
A Palavra do Senhor
Depois que ela passou, nada mais
Será do jeito que já foi

- Senhor Jesus, por nós mesmos não conseguimos viver plenamente de acordo com a tua Palavra. Precisamos do Espírito Santo para nos conduzir nesse caminho de fidelidade aos teus ensinamentos. Só assim seremos capazes de agir conforme os mandamentos de amor que o Pai nos deixou na Lei e nos Profetas. Queremos olhar continuamente para teu modo de agir e prolongá-lo em nossas vidas, aprendendo contigo o pleno cumprimento da vontade do Pai. Além disso, desejamos ser discípulos missionários entusiasmados, capazes de comunicar Tua Palavra, num anúncio fecundo que brota de vidas pautadas nos valores do Evangelho. Amém.

- Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre. Amém!


Mandamentos de amor e salvação | (Mt 5, 17-19) #1058 - Frei Gilson



Publicado em 15 de mar. de 2023

No Senhor encontramos a fonte de nossa força | Mãe Maria (15/03/2023) - Dom Walmor


Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 15 de mar. de 2023

Homilia Diária - 15.03.2023 | “Quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus" - Padre Roger Araújo


Canal do Youtube: Padre Roger Araújo
15 de mar. de 2023

(Mt 5,17-19)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra.
Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.

Palavra da Salvação, 15/03/2023 com o Diác. Rafael dos Santos


Canal do Youtube: WebTV Redentor
14 de mar. de 2023

Quarta-feira, 3ª Semana da Quaresma

Evangelho (Mt 5,17-19)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra.
19Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Homilia Diária | Fazer o certo por amor, não por moralismo (Quarta-feira da 3.ª Semana da Quaresma) - Padre Paulo Ricardo


Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 14 de mar. de 2023

A Lei que Deus impôs no Antigo Testamento ao povo da Aliança era um convite de amor, um chamado a deixar o comportamento animal e vingativo, tão comum nos outros povos, e abrir-se à luz da verdade. Mas é só com a vinda de Cristo que nos foi dada a graça de vivermos, em seu sentido pleno e verdadeiro, a mais sublime exigência desta Lei: amar-nos uns aos outros como Ele mesmo nos amou. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 15 de março, e que a Virgem Maria faça o nosso coração de pedra converter-se em coração de carne e caridade até o fim desta Quaresma.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mt 5,17-19 - 15/03/2023


Siga a lei de Deus e viva os valores do Evangelho

“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘Não penseis que vim abolir a lei e os profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento’”. (Mateus 5,17)



Meus irmãos e minhas irmãs, o encontro com Cristo não é para nos submeter a uma prisão, nós sabemos disso, é para liberdade, é para nos fazer justamente experimentar o que é viver como filhos amados de Deus. Repito: o encontro com Cristo não é para nos submeter a uma prisão, não é para nos fazer conhecer um conjunto de normas, de leis, de regras, não é para conhecer um monte de doutrinas, o encontro com Cristo é para conhecermos o verdadeiro amor, o amor de Deus.
Uma doutrina só é forte quando parte de Cristo e encaminha para Cristo. Uma doutrina é sólida quando nasce do encontro com Cristo e encaminha para o Cristo, porque se torna justamente só um caminho seguro: de onde nós partimos da experiência com o Senhor e para onde nós também nos encaminhamos com Ele.

Jesus não anula a lei, mas, para ela, Ele dá o Espírito Santo

O amor de Deus tem suas regras que são ilógicas, e nós não vamos conseguir entender — perdão incondicional;  paraíso a quem se arrepende de coração; os últimos que são os primeiros; os maiores que são aqueles que servem etc. Nós poderíamos elencar inúmeras coisas. E Jesus quis ensinar aos seus discípulos que a lei e os profetas valem a pena quando são observados pela força do amor a Ele, pois, sem amor a Cristo, de nada adiantaria o segmento de normas, de regras e de preceitos.
Os mandamentos de Deus funcionam como as placas indicativas de trânsito numa rodovia, ninguém anda sobre as placas, nós olhamos para as placas e nos direcionamos nas estradas, os motoristas só observam o que as placas estão indicando, mas todos nós dirigimos sobre a via, sobre a rodovia, e essa rodovia é Deus. Ninguém vive debaixo das ordens, dos preceitos, mas nós vivemos debaixo do amor de Deus. Os mandamentos são só indicativos para nós, mas a nossa estrada é Deus, nós caminhamos na filiação, debaixo da paternidade de Deus.
É claro que as leis e as normas têm o seu valor, o seu espírito, e nós nunca anulamos isso. Quando a Igreja diz, por exemplo, para você escolher bem o padrinho, a madrinha para o batismo do seu filho, é porque como alguém vai ensinar e dar um testemunho para o seu filho, se essa pessoa não vive a fé, se a pessoa não é comprometida com a sua própria fé? Se todos fossem tementes a Deus e vivessem santamente, não precisaria existir essa norma. Porém, por causa das pessoas, muitas vezes, não terem uma vivência testemunhal, a Igreja precisou colocar determinadas normas.
E nós só vamos entender essas normas, se vivemos a coerência com os valores do Evangelho. Por isso, encontrar o Cristo é encontrar quem nos recorda o verdadeiro sentido da nossa vida. E é isto que o Senhor nos pede: Ele não anula as leis, mas, para elas, Ele dá o Espírito novo, que é o Seu Espírito, o Espírito do mandamento do amor a Deus e ao próximo.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 15/03/2023

ANO A


Mt 5,17-19

Comentário do Evangelho

A plenitude da lei

Como parte do primeiro grande discurso do evangelho segundo Mateus, o sermão da montanha (5-7), o texto começa eliminando um equívoco: "Não penseis que eu vim abolir a Lei e os Profetas" (v. 7a). A expressão "a Lei e os Profetas" não é um registro puramente jurídico, mas um modo de designar a Escritura na sua totalidade. Não há tensão entre os dois termos: a Lei é necessária para atestar e confirmar a veracidade da palavra profética; a profecia é indispensável para interpretar a Lei. Toda a Escritura é inspirada por Deus (cf. 1Tm 3,16) e, enquanto tal, não pode ser abolida. Jesus veio para dar pleno cumprimento à Escritura (cf. v. 17b). A Lei é dada por Deus para preservar o dom da vida e da liberdade. Jesus leva a Lei e os Profetas à plenitude na medida em que ele é a realização da promessa e, enquanto tal, faz com que a Lei e os Profetas dependam do mandamento do amor a Deus e ao próximo (cf. Mt 22,40). Com isso, Jesus oferece uma chave hermenêutica à qual todas as prescrições devem se ajustar. A Lei de Moisés continua válida, mas precisa ser interpretada à luz da revelação de Jesus Cristo (cf. 5,17; 7,12; 22,40).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, livra-me do perigo de reduzir minha obediência aos teus mandamentos à execução mecânica de gestos exteriores. Revela-me, cada vez mais profundamente, a tua vontade.
Fonte: Paulinas em 06/03/2013

Comentário do Evangelho

A Lei é pensada a partir de Jesus Cristo

Durante a sua vida terrestre, Jesus enfrentou a oposição de adversários que pensavam que o modo como ele interpretava e punha em prática a Lei e relia a Escritura era um sinal de que sua determinação era de abolir a Palavra de Deus. No embate apologético com o judaísmo rabínico, essa dificuldade se prolongou no cristianismo primitivo. O trecho do evangelho de hoje visa dirimir o equívoco (cf. v. 17). Em Jesus, toda a Escritura encontra a sua realização e no Ressuscitado, a sua luz e o seu sentido pleno. Para o cristão que lê essas linhas do evangelho é dado um critério de interpretação do Antigo Testamento: é a partir de Jesus Cristo que a lei e os profetas devem ser lidos, pois apontam para Ele. Para o cristão, a Lei é pensada a partir da cristologia. A centralidade de Jesus Cristo faz com que a exigência primordial do amor e da misericórdia se imponham como condição de autenticidade ou não de determinada prática da Lei. O que tem precedência sobre quaisquer outras prescrições legais é o mandamento do amor (cf. Lc 10,25-37).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, livra-me do perigo de reduzir minha obediência aos teus mandamentos à execução mecânica de gestos exteriores. Revela-me, cada vez mais profundamente, a tua vontade.
Fonte: Paulinas em 26/03/2014

Vivendo a Palavra

Todas as vírgulas e todas as letras da Lei de Moisés, que não passarão sem que tudo aconteça, estão contidas na simplicidade do enunciado formulado por Jesus: ‘amem-se uns aos outros assim como Eu os amo.’ O amor não segue normas: como o de Jesus, é livre, espontâneo, indiscriminado, gratuito…
Fonte: Arquidiocese BH em 06/03/2013

Vivendo a Palavra

O Mandamento Novo trazido por Jesus, em sua expressão mais simples – ‘Amem-se uns aos outros assim como Eu amo vocês’ – não apenas cumpre plenamente; supera as numerosas regras a que se obrigava o povo de Israel. Entretanto sua gente, tanto quanto nós, não estava pronta para aceitar o que é simples: precisava complicar as coisas...
Fonte: Arquidiocese BH em 26/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

O Mandamento Novo trazido por Jesus, em sua expressão mais simples – Amem-se uns aos outros assim como Eu amo vocês – não apenas cumpre plenamente, mas supera as numerosas regras a que se obrigava o povo de Israel. Entretanto sua gente (tanto quanto nós, hoje) não estava pronta para aceitar o que é simples: amava complicar as coisas; aliás, nós também gostamos de complicar...
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2020

VIVENDO A PALAVRA

O pleno cumprimento da Lei, a sua realização integral, significa a substituição de seus resumidos dez mandamentos – depois traduzidos minuciosamente pelos doutores da Lei e sacerdotes do Templo em 613 normas de conduta (365 interdições e 248 obrigações) – por um único e abrangente critério, a Lei do Amor: que nos amemos uns aos outros como Ele, Jesus, nos amou e continua amando.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/03/2021

Reflexão

Todos nós estamos de acordo que devemos obedecer a Deus, mas não estamos muito de acordo se perguntarmos por que devemos obedecer a Deus. Isto porque existem duas formas de obediência. A primeira é a obediência de quem reconhece o poder de quem manda e se submete a este poder por causa das vantagens da obediência ou das conseqüências da desobediência. É aquele que diz que manda quem pode e obedece quem tem juízo. A segunda é de quem reconhece os valores que motivam a autoridade e assume esses valores como próprios, vendo na obediência a grande forma de concretização desses valores. Jesus não veio mudar a lei, mas mostrar as suas motivações, os seus valores, a fim de que a sua observância não seja um jugo, mas uma forma de realização pessoal.
Fonte: CNBB em 06/03/2013 e 26/03/2014

Reflexão

Jesus falava como quem tem autoridade, e não como os escribas e fariseus. Dizia: “Vocês ouviram o que foi dito aos antepassados… Eu, porém, lhes digo…”. Isso deixava os adversários dele intrigados. Estaria Jesus propondo alguma nova Lei, contrária à Lei de Moisés? Não. Jesus vem para respeitar e levar a pleno cumprimento a Lei e os Profetas, isto é, as Escrituras Sagradas. Não a lei deformada e decadente que predominava na época de Jesus e que ele procurava corrigir, mas a verdadeira Lei, a Lei que os Profetas sempre lembraram e ensinaram. Então os discípulos de Jesus podiam ficar tranquilos: ele não veio para eliminar as Escrituras; veio para cumprir e ensinar a vontade do Pai, da qual ele é o intérprete fiel e definitivo.
Oração
Ó Jesus, fiel cumpridor dos planos do Pai, vieste não para abolir a Lei de Deus, mas para interpretá-la corretamente e cumpri-la de modo integral. Dá-nos a devida compreensão das Sagradas Escrituras e coração aberto para acolher e pôr em prática a vontade de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 18/03/2020

Reflexão

Quem pensa que Jesus veio para acabar com leis e profetas está muito enganado. Ele mesmo afirma: “Eu não vim abolir a Lei ou os Profetas”. Lei representa os cinco primeiros livros da Bíblia (Pentateuco); Profetas engloba o conjunto dos profetas. Aqui “Lei e Profetas” pode ser entendido como o conjunto do Antigo Testamento. “Lei e Profetas” andam juntos e propõem justiça e vida. A intenção de Jesus não é abolir ou acabar com tudo o que foi dito no Antigo Testamento: ele veio complementar com a força do Espírito e aperfeiçoar aquilo que pode ser considerado superado. Só a lei do amor é permanente. Ambos, Antigo e Novo Testamento, formam uma unidade e apresentam o plano divino da salvação, a qual não se conquista pelo simples cumprimento de leis e normas. O Reino dos céus é um presente do amor misericordioso do Pai celeste.
Oração
Ó Jesus, fiel cumpridor dos planos do Pai, vieste não para abolir a Lei de Deus, mas para interpretá-la corretamente e cumpri-la de modo integral. Dá-nos a devida compreensão das Sagradas Escrituras e coração aberto para acolher e pôr em prática a vontade de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 10/03/2021

Reflexão

Jesus é a plenitude da Lei; contudo, sua presença e missão não cancelam a tradição e a Lei que regeram o povo até aquele momento. Entretanto, com Jesus, a Lei chega a seu ápice ou é retomada em seu sentido original, ou seja, promover a vida de todo ser humano sem distinção. De outra sorte, quem não cumpre a Lei ou quem incentiva o seu descumprimento, será considerado menor no Reino dos Céus. Jesus não é um revolucionário inconsequente; ele tem plena consciência de seus atos, pois refletem a vontade do Pai que o enviou. Como essa palavra pode nos iluminar? Certamente, considerando o caminho daqueles que vieram antes de nós e conhecendo a tradição e as leis que devem promover e garantir a vida. Não se cria nada do nada, ou seja, é preciso saber quais são nossas origens e fundamentos de fé para viver plenamente nosso chamado.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 23/03/2022

Reflexão

Jesus não se apresenta como grande reformador que derruba por terra tudo o que foi lenta e solidamente edificado ao longo de séculos. Não vem para suprimir a Antiga Aliança, mas para cumpri-la fiel e totalmente. Ele é o ponto de encontro entre o Antigo e o Novo Testamento. Ao dizer que veio realizar toda a Lei e os Profetas, Jesus se refere à genuína Lei de Deus, aquela que foi transmitida a Abraão, a Moisés e aos Profetas. Não se refere a tradições e interpretações acrescentadas pelos fariseus. Os que violam esses preceitos não encontram fechada a porta do Reino, porém são convidados a crescer até atingir a estatura de Jesus Cristo. Só ele é grande, justamente porque manteve sua fidelidade no cumprimento da vontade do Pai, até entregar a própria vida na cruz.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas, mas para cumprir»

Rev. D. Vicenç GUINOT i Gómez
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje em dia há muito respeito pelas distintas religiões. Todas elas expressam a busca da transcendência por parte do homem, a busca do além, das realidades eternas. No entanto, no cristianismo, que afunda suas raízes no judaísmo, esse fenômeno é inverso: é Deus quem procura o homem.
Como lembrou João Paulo II, Deus deseja se aproximar do homem, Deus quer dirigir-lhe suas palavras, mostrar-lhe o seu rosto porque procura a intimidade com ele. Isto se faz realidade no povo de Israel, povo escolhido por Deus para receber suas palavras. Essa é a experiência que tem Moisés quando diz: «Pois qual é a grande nação que tem deuses tão próximos como o SENHOR nosso Deus, sempre que o invocamos?»(Dt 4,7). E, ainda, o salmista canta que Deus «Anuncia a Jacó a sua palavra, seus estatutos e suas normas a Israel. Não fez assim com nenhum outro povo, aos outros não revelou seus preceitos. Aleluia!» (Sal 147,19-20).
Jesus, pois, com sua presença leva a cumprimento o desejo de Deus de aproximar-se do homem. Por isto diz que: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir» (Mt 5,17). Vem a enriquecê-los, a iluminá-los para que os homens conheçam o verdadeiro rosto de Deus e possam entrar na intimidade com Ele.
Neste sentido, menosprezar as indicações de Deus, por insignificantes que sejam, comporta um conhecimento raquítico de Deus e, por isso, um será tido por pequeno no Reino dos Ceús. E é que, como dizia São Teófilo de Antioquia, «Deus é visto pelos que podem ver-lhe, só precisam ter abertos os olhos do espírito (...), mas alguns homens os têm empanados».
Aspiremos, pois, na oração seguir com grande fidelidade todas as indicações do Senhor. Assim, chegaremos a uma grande intimidade com Ele e, portanto, seremos tidos por grandes no Reino dos Céus.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «A fim de preparar o homem para uma vida de amizade com Deus, o Senhor deu as palavras do Decálogo: por isso, estas palavras também continuam a valer para nós, e a vinda em carne de Nosso Senhor não as revogou, pelo contrário deu plenitude e universalidade» (Santo Irineu)

- «Todos os mandamentos revelam todo o seu sentido como exigência do amor e todos se unem no grande mandamento: amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a si mesmo» (Francisco)

«A Lei evangélica dá cumprimento aos mandamentos da Lei. O sermão do Senhor, longe de abolir ou desvalorizar as prescrições morais da Lei antiga, tira deles as virtualidades ocultas, fazendo surgir novas exigências: revela toda a verdade divina e humana (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.968)

Recadinho

Jesus insiste na importância dos mandamentos! É difícil cumpri-los? - Pode dizer que ama a Deus quem não respeita seu irmão? - Onde busco forças para cumprir os mandamentos? - Em minha comunidade há pleno respeito para com o próximo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 26/03/2014

Meditação

Jesus garante a validade das promessas e das normas dadas no Antigo Testamento. Afirma, porém, que elas serão assumidas e cumpridas de um modo que complete suas limitações. De modo semelhante devemos olhar para o que recebemos do passado: a doutrina continua válida, as normas ainda valem, mas podemos e devemos compreendê-las e vivê-las de modo mais profundo. O Evangelho continua a ser a Boa Notícia no meio de nossa história.
Oração
Ó Deus de bondade, concedei que, formados pela observância da Quaresma e nutridos por vossa palavra, saibamos mortificar-nos para vos servir com fervor, sempre unânimes na oração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário do Evangelho

O MANDAMENTO INVIOLÁVEL

A severidade com que Jesus tratou a questão da violação dos mandamentos – "mesmo dos menores" – deve ser entendida no contexto de sua pregação e de seu próprio testemunho de vida. Estaria equivocado quem tentasse entendê-la com a mentalidade dos fariseus legalistas da época. O apego deles aos mandamentos estava longe da prática de Jesus. Os fariseus apegavam-se à letra da Lei, o Messias Jesus, no entanto, ia além, buscando viver o espírito escondido nas entrelinhas dessa mesma Lei.
Jesus estava pouco interessado em minúcias, em questões irrelevantes com as quais os fariseus se debatiam. Sua preocupação centrava-se na prática do amor misericordioso, de modo especial em relação aos pobres e marginalizados; na busca constante de fidelidade ao Pai, cuja vontade era um imperativo inquestionável; na relativização das prescrições religiosas, quando estava em jogo a defesa da vida; na liberdade profética diante de tudo quanto se apresentava como empecilho para a realização do Reino. Portanto, seu horizonte era mais vasto e mais radical que o de seus adversários.
Esta é a dinâmica na qual a vida do discípulo deve se inserir, tornando-se para ele como que um mandamento inviolável. E por acreditar que este é o caminho correto de acesso a Deus, o discípulo tanto o pratica como o ensina. O legalismo farisaico é, pois, substituído pela fidelidade incondicional ao Pai.
Oração
Pai, revela-me, cada dia, a tua vontade, transformando-a em mandamento ao qual toda a minha vida se submeta.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus de bondade, concedei que, formados ela observância da Quaresma e nutridos por vossa palavra, saibamos mortificar-nos para vos servir com fervor, sempre unânimes na oração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 26/03/2014

Meditando o evangelho

GRANDE E PEQUENO NO REINO

A liberdade de Jesus, frente à Lei de Moisés, dava a falsa impressão de que os discípulos estivessem liberados para agir a seu bel-prazer. Os adversários do Mestre, que esperavam dele submissão absoluta à tradição legal, ficavam decepcionados quando o viam agir de uma forma inusitada, em pleno desacordo com o costume da época. No parecer deles, o agir de Jesus beirava a impiedade.
O Mestre tenta corrigir esta distorção, afirmando não ter vindo para abolir a Lei e os Profetas, e sim, para dar-lhes pleno cumprimento. Pelo contrário, ele exorta os discípulos a não transgredirem os mandamentos, por menor que sejam, para não serem considerados menores no Reino dos Céus. Estaria Jesus confessando-se legalista, e levando seus discípulos a competirem com o legalismo dos escribas e fariseus?
A exortação do Mestre deve ser entendida no contexto global de sua pregação. Quando se refere ao respeito à Lei e aos Profetas, está pensando na Lei como ele a entende: o desígnio original do Pai para nortear a vida humana, e não o amontoado de prescrições às quais os legalistas se submetiam. Jesus supera a letra da Lei, para atingir-lhe o espírito. Neste sentido, é grande quem se atém ao espírito da Lei e a cumpre com radicalidade; é pequeno quem a despreza, pois estará desprezando o próprio Deus.
Jesus foi grande, porque toda sua vida consistiu em cumprir a vontade de seu Pai, mesmo tendo de padecer a morte de cruz.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de obediência, guia-me a uma submissão sempre maior ao querer do Pai, de modo que eu possa ser considerado grande no Reino dos Céus.
Fonte: Dom Total em 18/03/202010/03/2021 23/03/2022

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Conhecer o Caminho
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quando estamos viajando para um lugar que não conhecemos, ao avistarmos na estrada alguma placa indicativa da cidade onde queremos chegar, a gente se alegra e pensa “Estou na direção certa”. Claro que hoje em dia com o GPS a viagem ficou bem mais fácil, mas eu que gosto de uma aventura, não costumo fazer uso desse instrumento.
Imaginem eu parar na placa e ficar ali curtindo o fato de estar certo, seria uma grande idiotice, às vezes a placa indica que aquele é o caminho, mas a cidade ainda está super longe. Os rigorosos Fariseus ficaram parados na Placa Indicativa do Antigo Testamento, na Lei de Moisés e dos Profetas. Não queriam compreender que a Lei e as Profecias acenavam apenas a direção a seguir, para algo mais valioso que estava á frente.
Jesus nunca mandou arrancar as placas indicativas do Antigo Testamento, muito presentes na História e na Vida do Povo de Israel, ao contrário sempre as valorizou, mas queria apenas mostrar, que aquilo que a Lei e os Profetas indicavam, já havia chegado no meio deles. Violar mandamentos é arrancar as placas indicativas, levando a perdição os que vêm mais atrás, é menosprezar as orientações que Deus havia dado no Decálogo.
Quem valorizar as normas e doutrinas da Igreja, as Santas Leis de Deus, sempre vendo-as como Placas que indicam o caminho a seguir, para quem quiser se encontrar com Deus manifestado e presente em Jesus de Nazaré, será engrandecido no Reino de Deus, porque ajudou o outro a encontrar a direção certa.
Uma constatação: quando voltamos da viagem, ninguém mais perde tempo olhando as placas, porque já conhece o caminho e já se chegou aonde queria. Por esta razão o apóstolo Paulo diz “Quem ama, já cumpre toda Lei”.
Fonte: NPD Brasil em 06/03/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Disputas por cargos influentes...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Os evangelhos são escritos produzidos muito tempo depois da morte de Jesus e não são portanto escritos sequenciais do tipo relatório fiel dos fatos e de tudo o que Jesus falou. O evangelho de hoje mostra muito bem isso.
A Mãe de Tiago e João vai falar com Jesus em um momento bastante impróprio (não se ela era muito influente junto a Jesus, ou se o evangelista, para não ficar feio para os dois irmãos “pidonhos”, inventou que a conversa foi com a Mãe. Veja bem...
Dá-se a impressão de que Jesus está ali falando com os doze sobre o trágico desfecho de sua vida e a mulher chega para fazer o pedido especial: um cargo de confiança no primeiro escalão do novo Reino. Se fosse assim, os demais discípulos iam olhar para ela e balançar a cabeça em reprovação. O mestre acabou de dizer que tudo vai dar errado, será humilhado, agredido, torturado e morto em uma cruz e os dois querem um cargo de honra? É no mínimo estranho um pedido desse.
Mas tratando-se de um escrito pós-pascal, como são todos os evangelhos, percebe-se que é um ensinamento. O pedido da Mãe dos dois rapazes sonhadores contrasta totalmente com a missão de Jesus e o modo como ele vai realizar a obra da Salvação, plantando definitivamente o Reino de Deus em meio aos homens, e que tem como fundamento o Amor do serviço e da doação da própria vida. Portanto, cargos de confiança ou de honra estão fora de cogitação.
Quando se lê que os outros dez se indignaram contra os dois, ninguém se iluda, achando que eles conheciam a verdade. Não! De modo algum... Mas é que perceberam que os dois irmãos espertos estavam querendo passar-lhe a perna.
Esse é contexto das comunidades de Mateus setenta a oitenta anos após a morte de Jesus, e podemos dizer, sem medo de errar, que é também o contexto das nossas comunidades cristãs implicando todos os ministérios, ordenados e não ordenados, pastorais e movimentos, onde há sim certas disputas acirradas por cargos influentes.
Jesus corrige-nos sobre esse mal entendido, essa interpretação equivocada sobre o Reino que Ele inaugurou, e sobre a Vida em Comunidade, ontem e hoje: Quem quiser ser grande, seja o servo de todos, e quem quiser o primeiro, se faça escravo de todos. Jesus não extingue os cargos e coordenações para os quais são necessários carismas e dons que o próprio Espírito concede, mas afirma que eles devem e precisam sempre ser exercidos como Serviço, gratuito e incondicional...
Em nossas comunidades há sim, pessoas generosas que dão testemunho e agem com esse espírito de serviço humilde, mas há também aqueles que têm a mesma conduta reprovável dos discípulos, naquele momento da reflexão de São Mateus. Pelos primeiros, louvemos a Deus, pelos demais, que não nos falte a misericórdia.

2. Vim para cumprir a Lei e os Profetas - Mt 5,17-19
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Praticar e ensinar. Ensinamos com palavras e ensinamos com a vida. Dê preferência a ensinar silenciosamente com a vida. Seja uma presença gratuita transformadora onde você estiver. Todos os mandamentos se cumprem na prática do amor fraterno. O resto é ilusão. O amor se vê nos atos concretos que fazemos em relação aos outros. As relações em Deus são perfeitas, tão perfeitas que são Pessoas Divinas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Nossas relações, ao contrário, afastam, dividem, separam. Todo ato que contém divisão, separação, exclusão não vem do Espírito de Deus. O Espírito Santo une, aquece, endireita. Há desobediência ao mandamento, há algo errado que fere algum princípio? Não resolva o problema com exclusões. Resolva com inclusões e fique por perto para amparar e socorrer, se o problema se repetir. Tirar alguém do convívio humano só se justifica em vista da reintegração futura. Não se tira para isolar, para punir, para maltratar. Tira-se para melhorar. Você, retire-se de vez em quando do convívio humano para voltar mais humano. Crie espaços de silêncio para falar com Deus e perceber que só falará bem com ele se mantiver relacionamentos de qualidade com seus irmãos. Afaste-se para tornar sua vida mais autêntica, mais verdadeira, sem ilusões e cheia de esperança.
Fonte: NPD Brasil em 18/03/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Santos Mandamentos de Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Confesso que no método de catequese da "Decoreba", nunca consegui tirar dez quando a catequista perguntava sobre os mandamentos de Deus e depois sobre os cinco da Igreja e não tenho vergonha de dizer que, se for responder ali na "lata", ainda vou me enroscar. Entretanto é bom que se diga que o problema estava no método e não no conteúdo, claro que nos anos 60 esse método servia. Hoje é quase impossível continuar-se com essa catequese conceitual e formativa.
Quando a Igreja se preocupa hoje em rever e modificar o método de catequese, adequando-o ao nosso contexto, ela não está "jogando fora" todo o ensinamento doutrinal da Tradição, o conteúdo doutrinal, que aliás é riquíssimo, continua o mesmo, a mudança está apenas no método, como apresentar tudo isso as crianças e aos catecúmenos nesses tempos da pós modernidade.
O mesmo acontecia no tempo da vida pública de Jesus, quando os seus opositores o acusavam de não seguir e obedecer a Sagrada Lei de Moisés e de querer acabar com ela. No evangelho de hoje o evangelista Mateus coloca na boca de Jesus a afirmação que quer “recolocar as coisas nos seus devidos lugares". Não vim para abolir a Lei e os Profetas, mas para leva-los á sua perfeição".
Ninguém tem autoridade para alterar a lei, ou manipula-la de acordo com suas conveniências; possivelmente na comunidade de Mateus onde esse evangelho foi refletido, haviam pessoas zelosas e bastante preocupadas com a tradição apostólica que trazia em si a Tradição de Israel, a Lei e os Profetas. O Cristianismo a princípio era uma seita dentro do Judaísmo e as coisas não aconteceram da noite para o dia, foram muitos anos até que o Cristianismo tivesse uma identidade própria. Com toda certeza a comunidade vivia esse dilema: abrir-se totalmente para a Plenitude que é Jesus ressuscitado e a novidade do evangelho, como era a tendência dos Cristãos vindos do Helenismo, ou manter a raiz em Israel, seguindo a Lei de Moisés, como pensavam os Cristãos vindos do Judaísmo?
Hoje entendemos a importância e o valor do Antigo Testamento, caminho seguro percorrido pelos Santos Homens e pelo Povo de Deus, para se chegar a Jesus Cristo, desta forma nada se pode acrescentar e nem diminuir neste legado de Fé da Antiga Aliança, o Novo Testamento ilumina o Antigo e o Antigo ilumina o Novo, pensar que a História da Salvação tem o seu início na Encarnação do Verbo, e desprezar a experiência de Fé de todos os que nos antecederam, seria o mesmo que destruir o alicerce, as vigas mestras de uma construção, onde o Edifício virá abaixo...

2. Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas - Mt 5,17-19
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Não se modifica o que está escrito na Bíblia, mesmo se houver alguma grafia comprovadamente errada. Deixa-se o que está escrito e lê-se o que é correto. No capítulo quarto do Deuteronômio se lê: “Nada acrescentareis ao que eu vos ordeno, e nada tirareis também: observareis os mandamentos do Senhor vosso Deus tais como vo-los prescrevo”. No Novo Testamento, o Apocalipse termina dizendo: “Se alguém tirar algo das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará também a sua parte da árvore da Vida e da Cidade Santa”. É próprio, porém, do ser humano interpretar o que vê, o que ouve, o que sente. Interpretamos tudo o que passa diante de nossos sentidos. Os sentidos são falhos, a cultura influencia, até mesmo interesses pessoais forjam interpretações segundo as conveniências do intérprete. Por isso Jesus nos deixou um magistério, intérprete autêntico da revelação de Deus na palavra escrita e na tradição. Nossa fé precisa de confirmação para não sermos levados por qualquer vento de doutrina. Os pregadores se multiplicam e precisam multiplicar-se porque a messe é grande e os operários são poucos. A fé do pregador, expressa em suas palavras, também precisa de confirmação. Quem é o Jesus que anunciamos? Para não errarmos, Jesus disse a Pedro: “Confirma a fé de teus irmãos”.
Fonte: NPD Brasil em 10/03/2021

REFLEXÕES DE HOJE

QUARTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 26/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

A lei se cumprem em Jesus Cristo

Postado por: homilia
março 6th, 2013

Estamos diante de um texto que relaciona a lei e os profetas com o Reino dos Céus. Na primeira parte, vemos o cumprimento da lei e dos profetas na pessoa de Jesus Cristo. Num tom severo, Jesus – dirigindo-se aos cristãos vindos do Judaísmo – diz que n’Ele toda a lei e os profetas encontram a perfeição.
Além disso, Jesus abre o coração do seu discurso sobre a verdadeira justiça. O problema da justiça farisaica tinha sido levantado abertamente e, agora, este pernicioso sistema será destruído metodicamente pelas penetrantes e autoritárias observações do Senhor.
Não foi uma demasiada devoção à lei que provocou o devastador ataque de Jesus aos fariseus, mas sim a falsidade e a pouca devoção. Com hipocrisia arrogante, eles haviam produzido uma paródia vazia da lei do Senhor. Jesus rejeita essa ilusão e a expõe – tal como é – à luz da verdadeira e imutável justiça divina.
A atitude de Jesus, em face da lei, deve ser descrita como negativa. Os publicanos e os pecadores precedem os escribas e fariseus no Reino dos Céus (Mt 21, 28-32), e os pecadores arrependidos são melhores do que os justos (escribas e fariseus) que não têm arrependimento (Lc 15, 1-10).
As bem-aventuranças não contêm nenhum elogio à observância da lei. O reconhecimento, por parte do Pai Celeste, depende da confissão de Jesus. Assim, Jesus declara-se o Senhor do sábado. O publicano arrependido é perdoado, ao passo que o fariseu justo não o é. Aqueles que se reconhecem pecadores pedem perdão e obedecem a todas as ordens do seu Senhor, são servos inúteis que não fazem mais do que o seu dever, mas o seu Senhor escutará as suas súplicas. Ao contrário dos escribas e fariseus, que apropriam-se da chave do Reino dos Céus, de modo que nem eles entram nem permitem que outros entrem. É necessário que o novo povo mude de atitudes diante da Lei, pois esta, em relação às palavras de Jesus, assemelha-se a “um remendo de pano novo colocado numa roupa velha” ou “ao vinho novo guardado em odres velhos”. Jesus, como Filho do Reino, está livre das obrigações impostas pela lei.
O tratamento que lhe dá aqui não tem nada da maneira rabínica; sua antítese é: “Dizia-se” e “Eu vos digo que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da lei – nem a menor letra, nem qualquer acento”.
Portanto, n’Ele e com Ele todos os que professarem a Sua fé terão a vida salva. Aliás, Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 06/03/2013

HOMILIA DIÁRIA

O Evangelho de Jesus nos salva!

A Palavra de Jesus, por intermédio de Seu Evangelho, nos traz a salvação plena.

”Eu não vim para abolir, mas para dar pleno cumprimento à Lei e os profetas” (Mateus 5,17).

Nós olhamos para Nosso Senhor Jesus Cristo e vemos que muito daquilo que é a Sua pregação e a Sua mensagem do anúncio do Reino, por Ele proclamado, não têm muito a ver com aquelas pregações do Antigo Testamento, para muitos tidas como arcaicas, passadas e ultrapassadas, e assim por diante.
É verdade que o ensinamento do Antigo Testamento é cercado dos conceitos culturais da época em que aquele povo vivia, de forma muito primitiva, pois foi o primeiro conhecimento da Lei e da manifestação de Deus à humanidade. Tudo começa de forma muito arcaica e devagar, até se chegar a um conhecimento mais amplo; mas isso não significa dizer que o que é velho, antigo, está ultrapassado e não tem mais sentido. É o contrário disso, o novo existe para dar sentido ao que é velho, é a continuidade e a plenitude deste; por isso Jesus diz que Ele não veio superar, nem para desprezar ou desconsiderar a antiga Lei. O Senhor veio para dar pleno cumprimento à Lei existente e nos ensinar que nenhum de nós pode deixar de obedecer a esses mandamentos e ensiná-los aos pequenos de forma errada.
Precisamos entender, irmãos e irmãs, que, no mundo confuso em que nós vivemos, inclusive no contexto da vivência da fé cristã, muitas religiões querem basear suas pregações e seus ensinamentos de acordo com o ensinado no Antigo Testamento. Religiões que não observam o domingo, mas o sábado; religiões em que os fiéis não podem comer carne de porco, não podem doar sangue; não podem fazer isso, não podem fazer aquilo. Religiões que pegam alguns ensinamentos do Antigo Testamento e querem levá-los ao pé da letra em razão da ignorância ou do desconhecimento do sentido do cumprimento da Lei [cf. Mt 5, 17].
Jesus não está mais preocupado com as questões normativas da Lei, porque ela foi feita dentro de um contexto cultural de um momento, de uma época, como já disse. E tudo isso precisa ser entendido sob uma nova luz e quem traz uma nova luz, até mesmo para compreendermos as coisas antigas da Lei, é a vida que Jesus trouxe a nós. Por isso, nenhuma pregação do Evangelho pode ser deixada para trás sem levar em conta o Antigo Testamento.
Você veja que em nossas Santas Missas dominicais sempre há uma leitura do Antigo Testamento, a qual será depois iluminada pelo Evangelho, por uma passagem daquilo que Jesus ensinou. Contudo, nenhum ensinamento do Antigo Testamento pode prevalecer, orientar ou estar acima da mensagem de Jesus [nos Evangelhos]. A Palavra de Jesus, por intermédio de Seu Evangelho, é quem nos traz salvação plena.
Que sejamos atentos e sábios para não vivermos de preceitos antigos e vivermos a nossa fé de forma confusa. Quando conhecemos Jesus, nós conhecemos plenamente o coração do Pai.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Respeitemos os mandamentos de Deus

“Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus” (Mateus 5,19).

Jesus não veio para revogar, mudar ou tirar os mandamentos. Ele veio para plenificar, para vivê-los e nos ensinar a viver os mandamentos. Ele veio para trazer a essência daquilo que move os mandamentos da Lei Divina.
É o amor a Deus e o amor aos irmãos, acima de qualquer situação, que deve mover as nossas práticas. Eu não posso, em nome das minhas pretensões, dos meus achismos, egoísmos ou daquilo que quero desvirtuar os mandamentos, viver só os mandamentos que acho que são certos, escolher o que vou viver ou ainda canonizar o que é errado.
Algumas pessoas fazem o que é errado, absolutizam aquilo e colocam como se fosse o certo. Aquele que leva vantagens nas coisas erradas da vida e se favorece com isso, sente-se orgulhoso em vez de sentir vergonha, arrependimento e contrição do erro que cometeu. Ele exalta e, pior ainda, ensina a outros a cometerem o erro, a fazer aquilo que ele fez.
Se você fez algo errado e não experimentou a consciência imediata daquilo, saiba que você experimenta a consequência eterna, pois uma alma desvirtuada se desvirtua do Céu. Uma alma que vive sem correção, uma alma que perdeu o senso da razão do que é certo e errado vai se desencaminhando da verdade. Não basta dizer: “Eu tenho bondade no coração”. A bondade é cercada daquilo que é a verdade, e a verdade não pode ser desvirtuada de acordo com as nossas conveniências.

Jesus veio para plenificar, para vivê-los e nos ensinar a viver os mandamentos

Cuidado! Vivemos numa sociedade muita laxa, muito permissiva, a sociedade do relativismo em que, facilmente, as coisas são relativizadas. Simplesmente, as pessoas desconsideram o que é correto para viver a conveniência.
Eu tenho erros, pecados e falhas, mas não posso considerar os meus erros como se fossem uma coisa certa; pelo contrário, tenho de corrigi-los. Não posso considerar os meus pecados e acostumá-los. “Todo mundo peca.” Não posso dar essa desculpa, tenho de reconhecer os meus pecados. Qualquer coisa errada que eu faça, o errado é  errado; o pecado é pecado. Não posso ser escola do erro, não posso ser modelo daquilo que é errado.
Preciso me corrigir e ensinar aos outros o que é certo, porém, não adianta só ensinar aos outros a fazerem se não corrigirmos na nossa própria vida. Vamos nos tornando tão menores no Reino dos Céus, que vamos desaparecendo e perdendo a dimensão e o sentido da eternidade.
Tenhamos o bom senso e a humildade de corrigir em nós o que precisa ser corrigido. Não cometamos o erro de ensinar o que é errado para os outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 18/03/2020

HOMILIA DIÁRIA

Vivamos bem os mandamentos de Deus

“Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus” (Mateus 5,19).

Olharam para Jesus e entenderam que Ele veio abolir a Lei, os profetas, os mandamentos e ensinamentos que eles trouxeram. É o contrário, Jesus veio não só para cumpri-los, como também para nos ensinar a cumpri-los. Mas não cumpri-los, e sim na graça e no espírito; não apenas cumprir com aquilo que é vantajoso, mas cumpri-lo com a determinação que cada mandamento e ensinamento exigem de nós.
Portanto, não desprezemos os mandamentos, os ensinamentos nem façamos dos mandamentos um embrulho de acordo com as nossas convicções humanas e não religiosas. É preciso se converter a Jesus, é preciso se converter ao Senhor, para que possamos não só viver, mas ensinar com a vida os mandamentos do Senhor Nosso Deus.
Os mandamentos são vida para a nossa vida, são regras para que a nossa vida humana seja plena, mas muito mais do que regras, os mandamentos de Deus são vida para a nossa vida. Não desprezeis um só deles! Não coloque um mandamento que você vive e despreza os outros.

Não façamos dos mandamentos um embrulho de acordo com as nossas convicções humanas e não religiosas

Você pode dizer assim: “Eu amo a Deus sobre todas as coisas, porque Deus é tudo para mim”, “Deus está em primeiro lugar na minha vida”, “Tudo que eu faço coloco sempre Deus em primeiro lugar”, “Honro a Deus porque oro todos os dias”. Que beleza! Está cumprindo o primeiro mandamento, mas cumpra os outros também, honre a Deus com as palavras, não ofenda a Deus colocando-O onde Ele não está, mas ame e respeite profundamente o seu próximo.
“Eu respeito”, “Nunca mato ninguém”, “Eu defendo a vida acima de todas as coisas”. É verdade, defenda a vida e não se torne uma pessoa agressiva; defenda a vida e promova a vida de todos. É verdade, eu nunca adulterei, mas viva a pureza no olhar, no pensar, no sentir e no agir. Não adianta se vangloriar porque você nunca roubou, mas se não respeitou o que é do outro, não devolveu o que pegou emprestado, isso nunca te coloca mais do que os outros ou acima dos outros.
É preciso não somente reparar o que os outros não fazem, mas reparar aquilo que deixo de fazer e ignoro fazer na vivência da Lei de Deus. Com humildade pratiquemos, com humildade possamos rever a nossa vida, mas, com muita humildade, possamos praticar os mandamentos de Deus sem ignorar aquilo que achamos de menor importância.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/03/2021

HOMILIA DIÁRIA

A Palavra de Deus revela a verdade do seu coração

“Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ‘Não pen­seis que vim abolir a Lei e os Profetas’. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da lei, sem que tudo se cumpra’” (Mateus 5,17-18).

“Palavra da salvação!” Essa é a nossa salvação, porque a Palavra de Deus, a Lei do Senhor foi escrita nos nossos corações com letras de fogo. A partir do sacrifício de Cristo, nós não só recebemos essa nova Lei, mas recebemos também a graça de cumpri-la, a graça de atuar concretamente na nossa vida a Lei do Senhor Deus, que para nós é caminho de salvação, é experiência de vida plena.
Sabemos que o amor tem as suas regras próprias, o amor não é desordenado, não existe aquela ideia de que “Eu amo e faço o que eu quiser”. Não, isso não é amor! Eu amo e faço o que preciso fazer. O amor tem as suas exigências, o amor tem os seus sacrifícios, as suas renúncias. E Jesus veio – Ele mesmo diz – “dar cumprimento à lei maior”, que é dar a vida por aquele que se ama.
Não é uma coisa teórica, mas descendo no concreto da nossa vida, o que é dar à vida por Jesus? É fazer o que Ele nos pede, é seguir os Seus mandamentos, é seguir os Seus preceitos, é viver uma vida justa, uma vida honesta. Isso é cumprir a Lei de Deus.

Muitas vezes, a verdade da Palavra de Deus revela a verdade frágil e miserável dos nossos corações

E isso não é uma imposição dramática que está nas nossas costas, mas é uma imposição interior, porque quem ama quer fazer o outro feliz, quem ama quer realmente dar a sua vida pelo outro, e é isso que nós precisamos fazer com o Senhor. Ele nos diz que a Lei e os profetas nos fazem tocar na nossa miséria, porque, quando nós abrimos a Palavra de Deus, nós nos confrontamos com a verdade e, muitas vezes, a verdade da Palavra de Deus revela a verdade frágil e miserável dos nossos corações.
Então, quando você faz o exercício de abrir a Palavra de Deus e meditá-la, não se assuste, pois o primeiro movimento é justamente descobrir as suas misérias e as suas fraquezas, e isso é a Lei e são os profetas. Mas não paramos aí, porque aí entra o Cristo, entra a força que nos faz tocar no amor, a força que nos faz sair das situações dos nossos pecados, ter esperança de vencer as nossas limitações e entender que é possível sim praticar aquela palavra. É possível sim deixar um vício, deixar um pecado. Por causa da lei dos profetas? Não apenas, mas por causa de Cristo, porque Ele morreu por nós, Cristo nos abriu não só à Palavra de Deus, mas abriu-nos à possibilidade, o caminho para viver a Palavra de Deus.
Então, não se assuste, não se afaste, não deixe o caminho do Senhor quando você confrontar a sua vida com a Palavra de Deus, porque a graça de Deus virá em seu auxílio e ajudará você a praticar aquilo que você lê e medita.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, que a tua presença em nós nos transforme em fontes de Água Viva para saciar a sede dos nossos companheiros peregrinos. Dá-nos, Pai amado, a força para testemunharmos com alegria a Esperança – que é também a certeza de chegarmos juntos ao teu abraço misericordioso. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/03/2013

Oração Final
Pai Santo, faze-nos compreender a simplicidade do teu Mandamento de Amor. E que nós tenhamos por ele tamanha veneração, que ele seja a diretriz das relações com os companheiros que nos deste para peregrinar nesta terra abençoada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/03/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos compreender a simplicidade do teu Mandamento de Amor. E que nós tenhamos por Ele tamanha veneração, que Ele seja a diretriz das nossas relações com os companheiros que colocaste ao nosso lado para peregrinar nesta terra abençoada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/03/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai de infinita Compaixão, a Ti rendemos louvor e Glória! Tu, que ouves os pobres e os simples, orienta nossa vida pelo critério do Amor! Liberta-nos da letra, que mata, e nos encharca do Espírito, que dá Vida. Assim, nas relações com os irmãos e a Natureza, seremos sinais da tua Presença paterno-maternal no Universo e na Humanidade. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/03/2021