ANO A
Lc 17,7-10
Comentário do Evangelho
Serviço humilde e desinteressado
Esta parábola de Lucas envolve o leitor, inserindo-o como um personagem da narrativa: ele é levado a identificar-se com um senhor dono de uma propriedade rural, que explora seu servo ou assalariado. E vai concluir que não há nada a agradecer ao servo que cumpriu seu papel social de escravo. Esta cena típica da sociedade regida por estruturas econômicas e legais que favorecem o enriquecimento de alguns a partir da exploração de muitos é constrangedora para um discípulo de Jesus. Poder-se-ia salvar, talvez, apenas a conclusão final: os discípulos devem servir a Deus de maneira humilde e desinteressada.
Pode-se, também, entender a parábola como uma crítica irônica de tal tipo de sociedade, e aplicada àqueles que estão atrelados às observâncias da Lei. Como escravos da Lei, obedecem cegamente, como simples servos, sem horizontes maiores, sem liberdade e sem amor.
Em outra parábola de Lucas o senhor, ao voltar das núpcias, se põe a servir seus servos que o esperam. No evangelho de João, o próprio Jesus lava os pés de seus discípulos e os chama de amigos e não de servos (Jo 13,5; 15,15). Jesus, ao se fazer servo, remove de seus discípulos qualquer pretensão de assumir a postura de um senhor.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, reconhecendo-me servo inútil, quero esforçar-me para ser justo e misericordioso. Somente assim serei agradável a ti.
Fonte: Paulinas em 13/11/2012
Comentário do Evangelho
A gratuidade do serviço.
“Somos simplesmente servos…” (v. 10). Muitas vezes nós traduzimos esta frase deste modo: “Somos servos inúteis!”. Se o fôssemos, por que Deus nos chamaria ao seu serviço? A questão é outra. Em primeiro lugar, o apóstolo é servidor de Deus e dos homens. Antes de se assentar à mesa, no banquete do Reino de Deus, há um trabalho a ser feito, o anúncio do Reino, o testemunho de Jesus Cristo (cf. At 1,8). Em segundo lugar, a expressão “Somos simples servos; fizemos o que devíamos fazer” diz respeito à gratuidade do serviço. A recompensa do apóstolo é Deus mesmo, seu verdadeiro salário é ser admitido como operário na vinha do Senhor. Quem é enviado não tem nenhum direito sobre Deus nem sobre seus semelhantes. A gratuidade exige não só não buscar recompensa, mas renunciar ao prestígio e à segurança pessoal. Deus é sua força e proteção.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reconhecendo-me servo inútil, quero esforçar-me para ser justo e misericordioso. Somente assim serei agradável a ti.
Fonte: Paulinas em 12/11/2013
Vivendo a Palavra
A Lei do Amor não diz quanto devemos fazer pelo próximo: nós devemos seguir o Cristo Jesus, que nos ofereceu tudo: a sua vida, que Ele passou fazendo o bem a todos e a sua morte, que selou a Aliança Eterna de Amor do Pai conosco, seus filhos.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/11/2012
Vivendo a Palavra
O Evangelho ensina que o serviço que prestamos não deve ser contabilizado. Cumprida uma tarefa, estejamos prontos para a próxima, sem cobrar méritos ou esperar retribuições. Não nos preocupemos com reconhecimento ou gratidão, mas coloquemos com alegria a serviço tudo o que temos e somos.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/11/2013
VIVENDO A PALAVRA
Jesus fala de uma relação que lhe era estranha: a de patrão e empregado. Ele se fez irmão de todos e a ninguém considerava servo. Inicialmente o diálogo se coloca do lado do patrão, mas logo passa para o outro lado: ‘somos servos inúteis…’ De que lado nós, Igreja de Jesus, nos sentimos mais à vontade? Somos patrões, ou somos servidores dos irmãos?
Reflexão
Somos todos servos inúteis. Deus não precisa de nós, uma vez que ele pode, por si só, realizar todas as coisas. Mas Deus quis contar conosco, com a nossa colaboração, e isso não em vista da pessoa dele, mas sim em vista do nosso próprio bem, uma vez que, quando colaboramos com a obra da salvação da humanidade, estamos de fato participando de uma obra que não é humana, mas divina, o que se torna para nós causa de santificação e caminho de perfeição. O amor de Deus por nós é tão grande que faz da nossa inutilidade fonte de santificação e de vida nova, não só para nós mesmos, mas também para toda a Igreja, para todas as pessoas.
Fonte: CNBB em 12/11/2013
Recadinho
O que se poderia fazer para melhorar o relacionamento entre patrões e empregados? - E a situação das empregadas domésticas? - Será que os mais fracos tem seus direitos respeitados? - Há injustiças? - Há exploração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 12/11/2013
Meditando o evangelho
SOMOS SERVOS INÚTEIS
O discípulo do Reino comporta-se, na comunidade, como um servidor. Tudo quanto faz prima pela gratuidade. Não se poupa, em se tratando de ser útil aos irmãos, pelo fato de servir por vocação. E faz tudo quanto está a seu alcance, sem optar pelo serviço que lhe é mais cômodo. Também se recusa a fazer exigências.
Rompe com o projeto do Reino, o discípulo que se deixa contaminar pelo espírito farisaico e serve aos outros com segundas intenções. Serve para ser visto e louvado, para poder exigir de Deus a salvação, para fazer penitência pelos próprios pecados, para pagar alguma promessa. Todas essas são motivações que desmerecem o serviço realizado.
A correta compreensão do serviço cristão decorre do tipo de relacionamento do discípulo com Jesus. O servidor cristão sabe que seu Senhor olha para além das aparências; que concede a salvação movido por misericórdia, e que é inútil pretender apresentar-se diante dele com o título de justo. O Mestre recusa-se a estabelecer relações comerciais com seus discípulos, na base do dar e receber. Não impõe a ninguém um serviço para castigá-lo ou levá-lo a penitenciar-se, e sim, como sinal de superação do próprio egoísmo e demonstração da capacidade de fazer-se solidário.
Quando o discípulo serve, movido por este espírito, tem consciência de estar fazendo o que lhe compete. E não passa de um servo inútil.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, ensina-me a servir aos irmãos com gratuidade e generosidade, certo de estar fazendo simplesmente a minha obrigação.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Glória em Servir
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Parece que nas comunidades de Lucas havia agentes de pastoral, ministros, coordenadores e cooperadores, que estavam querendo agradecimento pelo trabalho que faziam. Tinha um que dizia assim "Ingratos, fiz tanto por essa comunidade, e nunca me deram um presente sequer, nem um muito obrigado". Outros mais otimistas pensavam "Faço muito por essa comunidade, com a melhor das boas intenções, espero que algum dia alguém reconheça a minha dedicação e amor".
Havia ainda os daquele tipo "Donos do Pedaço", que pensavam: " Nossa como sou importante nessa comunidade, até o Padre me respeita e pede a minha opinião, o pessoal da pastoral não sai da porta da minha casa, parece que sem eu a coisa não funciona, claro que o pessoal gosta muito de mim e isso é uma forma de agradecer pelos incontáveis serviços que já prestei e ainda continuo prestando a eles, por isso ninguém me contraria e todos acatam o que eu falo, acho que sou líder nato, é carisma e dom que recebi..."
Naquele tempo tinha muitos servos e servas inúteis, fazendo o que simplesmente deveriam fazer, mas em compensação arrotando vantagens, esnobando talentos, buscando elogios, apoio e prestígio. Mas isso não seria tão grave se a coisa não voltasse até contra Deus.
"Deus é testemunha do quanto eu amo esta comunidade e faço por ela, por isso sou abençoado e não acontecem desgraças na minha vida, como o vizinho aí do lado, que nunca pôs os pés na igreja".
E finalmente o tipo inconformado "Olha Deus, que decepção, me doei tanto para a comunidade e agora o Senhor me manda essa doença? Dei ao Senhor os melhores anos da minha vida e é isso que ganho em retribuição? Se soubesse disso, teria caído na gandaia e aproveitado a vida" (Esse aqui acha que não aproveitou a vida, porque trabalhou o tempo todo na comunidade).
Bom, enfim eis aí o evangelho de hoje, que mostra as avessas do que fazemos, pensamos e somos, em servir os irmãos com o nosso carisma, fazendo o melhor e dar o melhor de si, é servir o próprio Jesus que está nele, e então o nosso servir, que aparentemente parece um grande altruísmo nada mais é do que gratidão, pela entrega total de sua vida na cruz do calvário. Devemos tudo a Ele, e não o contrário...
O qualificativo INÚTIL, empregado nesse evangelho, justifica-se porque, quando se espera recompensa, gratidão ou qualquer outra coisa das pessoas a quem servimos, a ação prestada não serviu para NADA, pois todos os nossos carismas e talentos não nos pertencem mas sim a Deus, e daí, aplica-se um velho e conhecido ditado: Só estamos fazendo favor, com o chapéu alheio...
Fonte: NPD Brasil em 13/11/2012
Liturgia comentada
Somos servos inúteis... (Lc 17, 7-10)
Em nossa vida, tudo é graça. Tudo é dom. Mesmo o bem que fazemos, só o fazemos porque o amor de Deus agiu em nós. Um santo dizia: “Se eu pequei, Deus me perdoou; se eu não pequei, Deus me sustentou.” De fato, se o Senhor nos entregar a nós mesmos, a nossas más inclinações, boa coisa não sairá...
Hoje, mesmo entre o “pessoal” da Santa Igreja, cresce outra vez a heresia pelagiana. Segundo esta concepção do homem, nós seríamos capazes de fazer o bem e chegar à salvação apenas contando com nosso esforço e boa vontade. Leia-se: sem a graça de Deus. Tal mistura de voluntarismo e esforço heroico (derivada de uma ilusão otimista acerca de nossa natureza!) acaba por dispensar Deus e colocar-nos em seu pedestal.
Ora. Este acesso de loucura existencial é diretamente contradito pelo ensinamento de Jesus: “Sem mim, nada podeis fazer.” (Jo 15, 5.) Em tudo, dependemos do Senhor. Sem o Espírito Santo, nos desviamos da verdade. Contando apenas conosco, decaímos em terríveis degradações morais.
Ora, no Evangelho de hoje, somos interpelados por esta frase dura de engolir: “Somos servos inúteis...” Alguns pretendem atenuar a tradução: “Somos uns servos quaisquer... Somos uns pobres servidores...” Mas é bater de frente contra a tradução direta (e literal) da expressão original de São Lucas!
Creio que Jesus sabia o que dizia aos nos qualificar assim. Por um lado, ao chamar apóstolos e discípulos, é claro que Jesus contava com nossa cooperação na construção do Reino. Quis precisar de nossa... inutilidade. Por outro lado, o Mestre devia saber do risco que corremos quando cumprimos nossa obrigação e nos julgamos credores de Deus, com direito a regalias e retribuições especiais. Ele sabe como a vaidade modula nossa voz e orienta nossos gestos. Assim, dá-nos o rótulo de “inúteis” como antídoto contra a soberba. Que bom!
Após uma de minhas primeiras pregações, fui cumprimentado por uma freira bem velhinha (já em fase terminal, devido a um câncer, sem que eu o soubesse). Minha resposta foi pedir-lhe que rezasse por mim, para que eu não ficasse vaidoso. A baixinha cresceu à minha frente, cheia de santa fúria, e botou o indicador em meu nariz: “Vaidoso?! Deus sabe que você, sozinho, não vale nada!”
Deus lhe pague, Irmã Margarida!
Orai sem cessar: “Ó Deus, conheces a minha tolice!” (Sl 69 [68], 6)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 12/11/2013
HOMILIA
A GRAÇA DO ELOGIO PELO DEVER CUMPRIDO
Com esta frase, Jesus não aprova esse tratamento arbitrário do patrão, mas serve-se de uma realidade muito quotidiana para as pessoas que O escutavam, e ilustra assim qual deve ser a disposição da criatura humana diante do seu Criador: desde a nossa própria existência até à bem-aventurança eterna que nos é prometida, tudo procede de Deus como um imenso presente. Daí que o homem sempre esteja em dívida com o Senhor, e por mais que faça no Seu serviço as suas ações não passam de ser uma pobre correspondência aos dons divinos. O orgulho diante de Deus não tem sentido numa criatura. O que aqui nos pede Jesus, melhor do que ninguém fez a Virgem Maria, que respondeu diante do anúncio divino: ‘Eis a escrava do Senhor’ (Lc 1, 38)”. Ela se reconhece na expressão: Somos servos inúteis, fizemos apenas o que devíamos fazer.
O que fazemos, reconhecendo afetuosa e alegremente o nosso nada e o nosso pecado, ditosos de assim proclamar a plenitude e santidade do ser divino. Daqui nascem aqueles sentimentos de adoração, louvor, temor filial e amor; daqui, aquele grito de coração: Tu és Santo, tu é o Senhor, tu és o Altíssimo. Estes sentimentos brotam do coração, não somente quando estamos em oração, mas ainda quando contemplamos as obras de Deus, obras naturais, em que se refletem as perfeições do Criador, obras sobrenaturais, em que os olhos da fé nos descobrem uma verdadeira semelhança, uma participação da vida divina.
Temos só um dever na terra: cumprir bem nossa obrigação. Apesar de ser uma simplificação muito fácil, esse modo de dizer ensina que temos de ser responsáveis por aquilo fazemos. E aquilo que fazemos dirá aos outros quem somos.
Assim como o empregado que sabe o que tem de fazer e faz. Faz porque tem de fazer e pronto. A cozinheira responsável faz bem a comida e não precisa ficar esperando elogios. Se os elogios vierem, graça a Deus! Mas se não vieram ela já cumpriu sua obrigação.
Os elogios, quando sinceros, têm a vantagem de mostrar que acertamos. Podem ser elogios diretos ou indiretos. Elogio direto vem com palavras de aprovação; e os elogios indiretos podem vir com gestos de aprovação, como é o caso da comida da cozinheira; se todos comem e repetem, é um sinal de que a comida estava boa. Como nossa vida é bastante complexa, como somos seres superiores, temos também, por natureza, muitas obrigações; não apenas obrigações de trabalho.
Temos obrigações de religião; por isso se somos cristãos, precisamos respeitar as exigências inerentes a nossa fé. Temos obrigações sociais; por isso se queremos conviver bem com as pessoas, precisamos descobrir quais são nossas obrigações para com elas e tentar uma convivência responsável. Temos obrigação para conosco mesmos; por isso precisamos cuidar de nossa saúde, da saúde do corpo e da saúde da alma e assim por diante.
Mesmo se estivéssemos sozinhos no mundo, ainda assim não estaríamos livres de obrigações. Mas quem entende a si mesmo e percebe suas relações com o mundo e com as pessoas, não encara as obrigações como um peso e sim com uma realidade de vida, que pode lhe fazer felizes.
Convido-te a rezar comigo: Deus, meu Pai, uma coisa que eu gostaria de ouvir de vós, quando chegar ao céu, é esse elogio: tu cumpriste a tua obrigação entre na alegria do Teu Senhor. Mas para eu receber esse elogio preciso muito da vossa ajuda; preciso saber distinguir a vossa vontade, para não cair no engano de só fazer a minha. Jesus de Nazaré tinha um único objetivo: fazer a vossa vontade. Assim Ele disse, e assim Ele cumpriu até ao fim de Sua vida, quando, pregado na cruz e já sem forças reclamou: TUDO ESTÁ CONSUMADO. Depois, porém, num último esforço, entregou seu espírito em vossas mãos, num gesto de submissão total. Ele fez tudo bem feito. Ele cumpriu Sua obrigação. Pai Santo dê-me a graça de cumprir, como Ele, bem a minha missão para que alegremente eu mereça receber o grande elogio: Vinde benditos do meu Pai, pelo dever cumprido. Amém.
Pade Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 12/11/2013
HOMILIA DIÁRIA
Devemos cumprir bem as nossas obrigações
Postado por: homilia
novembro 13th, 2012
Que o homem sempre esteja em dívida com o Senhor, e por mais que faça no Seu serviço, as suas ações não passam de ser uma pobre correspondência aos dons divinos. O orgulho diante de Deus não tem sentido numa criatura. O que aqui nos pede Jesus, melhor do que ninguém fez a Virgem Maria, que respondeu diante do anúncio divino: “Eis a escrava do Senhor” (Lc 1, 38). Ela se reconhece na expressão: “Somos servos inúteis, fizemos apenas o que devíamos fazer”.
O que fazemos, reconhecendo afetuosa e alegremente o nosso nada e o nosso pecado, ditosos de assim proclamar a plenitude e santidade do ser divino. Daqui nascem aqueles sentimentos de adoração, louvor, temor filial e amor; daqui, aquele grito do coração: “Tu és Santo, tu é o Senhor, tu és o Altíssimo!”
Estes sentimentos brotam do coração, não somente quando estamos em oração, mas ainda quando contemplamos as obras de Deus, obras naturais, em que se refletem as perfeições do Criador, obras sobrenaturais, em que os olhos da fé nos descobrem uma verdadeira semelhança, uma participação da vida divina.
Temos só um dever na terra: cumprir bem a nossa obrigação. Apesar de ser uma simplificação muito fácil, esse modo de dizer ensina que temos de ser responsáveis por aquilo fazemos. E aquilo que fazemos dirá aos outros quem somos.
Assim como o empregado que sabe o que tem de fazer e faz. Faz, porque tem de fazer e pronto. A cozinheira responsável faz bem a comida e não precisa ficar esperando elogios. Se os elogios vierem, graças a Deus! Mas se não vierem, ela já cumpriu com a sua obrigação.
Os elogios, quando sinceros, têm a vantagem de mostrar que acertamos. Podem ser elogios diretos ou indiretos. Elogio direto vem com palavras de aprovação; e os elogios indiretos podem vir com gestos de aprovação, como é o caso da comida da cozinheira; se todos comem e repetem, é um sinal de que a comida estava boa. Como nossa vida é bastante complexa, como somos seres superiores, temos também, por natureza, muitas obrigações; não apenas obrigações de trabalho, mas de religião. Por isso, se somos cristãos, precisamos respeitar as exigências inerentes a nossa fé.
Temos obrigações sociais. Por isso, se queremos conviver bem com as pessoas, precisamos descobrir quais são nossas obrigações para com elas e tentar uma convivência responsável. Temos obrigação para conosco mesmos. Por isso, precisamos cuidar da nossa saúde, da saúde do corpo e da saúde da alma. E assim por diante.
Mesmo se estivéssemos sozinhos no mundo, ainda assim não estaríamos livres de obrigações. Mas quem entende a si mesmo e percebe suas relações com o mundo e com as pessoas, não encara as obrigações como um peso e sim com uma realidade de vida, que pode lhe fazer felizes.
Convido você a rezar comigo: “Deus, meu Pai, uma coisa que eu gostaria de ouvir de Vós, quando chegar ao Céu, é esse elogio: ‘Tu cumpriste a tua obrigação. Entre na alegria do Teu Senhor!’ Mas para eu receber esse elogio preciso muito da Vossa ajuda. Preciso saber distinguir a Vossa vontade, para não cair no engano de só fazer a minha. Jesus de Nazaré tinha um único objetivo: fazer a Vossa vontade. Assim Ele disse, e assim Ele cumpriu até o fim de Sua vida, quando, pregado na cruz e já sem forças exclamou: TUDO ESTÁ CONSUMADO. Depois, porém, num último esforço, entregou Seu Espírito em Vossas mãos, num gesto de submissão total. Ele fez tudo bem feito. Ele cumpriu Sua obrigação. Pai Santo, dê-me a graça de cumprir bem – como Cristo – a minha missão para que, alegremente, eu mereça receber o grande elogio: ‘Vinde benditos do meu Pai, pelo dever cumprido’. Amém”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 13/11/2012
Oração Final
Pai Santo, que eu não veja a tua Lei como uma cerca que delimita o espaço a ser preenchido e ser nele contido, mas que eu a veja como seta que aponta para uma direção sem limites, uma caminhada a ser superada a cada dia, sempre seguindo o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/11/2012
Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria e coragem para sermos generosos. Que nas nossas relações com o próximo nós não procuremos buscar vantagens pessoais, mas sejamos movidos unicamente pela compaixão e a generosidade. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/11/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, infunde em nós o dom da generosidade. Livra-nos do desejo de contabilizar boas ações, de capitalizar méritos pessoais. Faze-nos irmãos cuidadosos e discretos dos companheiros que nos deste para a caminhada nesta terra generosa. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.