quarta-feira, 27 de março de 2024

LEITURA ORANTE DO DIA 27/03/2024



LEITURA ORANTE

SEMANA SANTA - Mt 26,14-25 - "Um de vocês vai me trair"


Preparamo-nos para orar a Palavra invocando o Espírito Santo:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
Aclamamos
Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e na mansão dos mortos, pois o Senhor se fez obediente até a morte, e morte de cruz. E por isso Jesus Cristo é Senhor na glória de Deus Pai. (Fl 2,10.8.11)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente Mt 26,14-25 e observamos pessoas,
palavras, relações, lugares.
Naquele tempo,  um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: “O que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.  No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O mestre manda dizer: O meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”.  Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”.  Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. O Filho do homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.
Refletindo
De novo o Evangelho lembra que o traidor é um discípulo que acompanhou Jesus o tempo todo. Na verdade, ele pode ser qualquer um de nós que não tenha se decidido pelo Projeto de Deus, mas pelo projeto da riqueza, que gera exploração, miséria, doença, não vida, morte.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Qual é o nosso Projeto?
Perguntamo-nos pessoalmente:
Quais são meus valores?
Identifico-me com Jesus e seu Projeto?
Meditando
Os bispos disseram: “Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: “Onde eu estiver, aí estará também o meu servo” (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga” (Mc 8,34). Estimula-nos o testemunho de tantos missionários e mártires de ontem e de hoje em nossos povos que tem chegado a compartilhar a cruz de Cristo até a entrega de sua vida.” (DAp 140)

3. Oração (Vida)
O que o texto nos  leva a dizer a Deus?
Rezamos o Salmo 68(69)

Respondei-me, pelo vosso imenso amor, / neste tempo favorável, Senhor Deus.

1. Por vossa causa é que sofri tantos insultos / e o meu rosto se cobriu de confusão; / eu me tornei como um estranho a meus irmãos, / como estrangeiro para os filhos de minha mãe. / Pois meu zelo e meu amor por vossa casa / me devoram como fogo abrasador; / e os insultos de infiéis que vos ultrajam / recaíram todos eles sobre mim! – R.
2. O insulto me partiu o coração. † Eu esperei que alguém de mim tivesse pena; / procurei quem me aliviasse e não achei! / Deram-me fel como se fosse um alimento, / em minha sede ofereceram-me vinagre! – R.
3. Cantando, eu louvarei o vosso nome / e, agradecido, exultarei de alegria! / Humildes, vede isto e alegrai-vos: † o vosso coração reviverá / se procurardes o Senhor continuamente! / Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres / e não despreza o clamor de seus cativos. – R.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é de amor para Jesus e de pedido de perdão por todas as nossas traições que hoje ele sofre no mundo quando nós nos deixamos vender.

Bênção
Senhor, nosso Deus, concedei-nos nesta quaresma a graça da conversão e da reconciliação por meio da oração, da penitencia e da caridade.
Dai-nos a graça de aprender convosco a  ser livres para amar, acolhendo a vida como dom e compromisso, valorizando e defendendo a vida, especialmente onde ela se encontra mais fragilizada e sofrida.
Isto vos pedimos, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

Palavra se fez carne - 27 de março, 4ª feira, Semana Santa


27 de março, 4ª feira, Semana Santa

- Hoje é dia 27 de março, 4ª feira da Semana Santa.

- Ontem o Evangelho falou da traição de Judas e da negação de Pedro. Hoje, fala novamente da traição de Judas. Apesar da convivência de quase três anos, nenhum dos discípulos ficou para tomar a defesa de Jesus. Judas traiu, Pedro negou, todos fugiram. Mateus, no Evangelho de hoje, quer ressaltar que o acolhimento e o amor de Jesus superam a derrota e o fracasso dos discípulos. Ele deixa entender que nós podemos romper com Jesus, mas Jesus nunca rompe conosco. O seu amor é maior do que a nossa infidelidade.

- Escuta o Evangelho Segundo Mateus, capítulo 26, versículos 14 a 25:

Naquele tempo, um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: "O que me dareis se vos entregar Jesus?" Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: "Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?" Jesus respondeu: "Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: 'O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos'". Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse: "Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair". Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: "Senhor, será que sou eu?" Jesus respondeu: "Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!" Então Judas, o traidor, perguntou: "Mestre, serei eu?" Jesus lhe respondeu: "Tu o dizes".

- Estando todos reunidos pela última vez, Jesus anuncia quem é o traidor. É "aquele que põe a mão no prato comigo". Para os judeus, a comunhão de mesa, colocar juntos a mão no mesmo prato, era a expressão máxima da amizade, da intimidade e da confiança. Mateus nos indica que, apesar da traição ser feita por alguém muito amigo, o amor de Jesus é maior que a traição. Rodeado de um mundo de mistério, de um clima de bondade, de amor e salvação, e, no entanto, o coração de Judas está em outro lugar. Está impermeável à verdade que se celebra; está seco em seu interior, fechado ao mistério da graça. Peça ao Senhor que te ajude a sempre ser fiel ao seu amor.

 - Imagine-se na cena daquela ceia com Jesus. Quais sentimentos surgem em seu coração? Imagine o sentimento de Jesus sabendo que seria traído. Converse com Ele sobre os sentimentos contraditórios que nascem da fidelidade d’Ele e da traição de Judas.

- "Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato”, diz JesusPoucas experiências destroem alguém por dentro como a traição. A traição que, à primeira vista, pode parecer ser prejudicial apenas ao outro, de maneira geral, vem acompanhada de um forte sentimento de culpa para o traidor. E ao sentir a culpa pela traição, a pessoa entra em conflito emocional; algumas caem até no desespero. O Pe. Adroaldo Palaoro nos lembra:

“Aquele que traiu sofre, pois este não confia em si mesmo, não consegue acreditar que mereça confiança. O traidor condena-se à solidão e à culpa existencial, destrói-se e destrói todos ao seu redor, culpando o mundo por seu sofrimento; trai-se a si mesmo, torna-se, aos seus próprios olhos, um monstro, não merecedor de amor, o que o leva a trair mais ainda. Se a pessoa trai a si mesma, ela fracassa em sua busca, frustrando-se na tentativa de realizar-se enquanto ser humano.”

- Termina sua oração pedindo ao Senhor a graça de ser fiel à vida, ao amor e a Ele. Apresente ao Senhor seus sentimentos, sofrimentos, alegrias... Peça que ele te guie nos caminhos da paixão.

- Pai Nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.


Sirva somente a Deus | Mt 26,14-25 | Padre Adriano Zandoná (27/03/24)



Canal do Youtube - Padre Adriano Zandoná

Publicado em 26 de mar. de 2024

Evangelho (Mt 26,14-25)

Naquele tempo, um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”.
Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O mistério da traição | (Mt 26, 14-25) #1931 - Frei Gilson




Publicado em 27 de mar. de 2024

Força da salvação | Mãe Maria (27/03/2024) - Dom Walmor



Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 27 de mar. de 2024

Homilia Diária - 27.03.2024 | “Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus” - Padre Roger Araújo



Canal do Youtube: Padre Roger Araújo

Publicado em 27 de mar. de 2024

Mateus 26,14-25

Naquele tempo, um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”.
Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.

Palavra da Salvação, 27/03/2024 com o Padre Rafael dos Santos



Canal do Youtube: WebTV Redentor

Publicado em 26 de mar. de 2024

Quarta-feira, Semana Santa

Evangelho (Mt 26,14-25)

Naquele tempo, 14 um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15 e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16 E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
17 No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18 Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”.
19 Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20 Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21 Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22 Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?”23 Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24 O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25 Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.

— Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Homilia Diária | Nossa preparação é a de Cristo ou a de Judas? (Quarta-feira da Semana Santa) - Padre Paulo Ricardo



Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 26 de mar. de 2024

Estamos a pouquíssimos dias da Páscoa do Senhor. Hoje, Quarta-feira da Semana Santa, recordamos os preparativos para a Última Ceia: de um lado, vemos Judas Iscariotes, que, levado por sua avareza, vende Jesus pelo preço de um escravo; de outro, contemplamos o próprio Cristo, cujo Coração Eucarístico está inflamado de um desejo ardentíssimo de entregar-se a nós na Sagrada Eucaristia. Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 27 de março, e peçamos a Nossa Senhora que nos prepare convenientemente para a celebração dos mistérios pascais.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mt 26,14-25 - 27/03/2024


Prepare-se bem para viver a Páscoa do Senhor

“Naquele tempo, um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes, e disse: ‘Que me dareis se vos entregar Jesus?’. Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse: ‘Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair’.” (Mt 26,14-16;19-21)


Muito bem, ao final desta leitura, Judas, incomodado com esta pergunta de Jesus, lança ao Senhor esta indagação: ‘Serei eu, Senhor?’. Hoje é Quarta-feira Santa, hoje é o dia do nosso exame de consciência para a Páscoa. Todos nós vivemos esses dias de preparação para Páscoa, e a Quaresma nos ajudou muito nisso. Quanta gratidão que nós temos de dar a Deus por tudo que Ele fez conosco ao longo desse dias, neste caminho quaresmal, que está se encerrando!
Tem que dizer aqui: quanta gratidão aos nossos sacerdotes que se esforçaram para ouvir as confissões dos fiéis, ao longo destes dias, os chamados “mutirões de confissão” nas paróquias. Seja grato, hoje, ao seu pároco, por exemplo, que tem esse ministério tão lindo da reconciliação e tem dado a vida por amor ao seu povo. Pare de falar mal do seu pároco; reze por ele e agradeça a Deus pelo dom do seu ministério!
Muitos, porém, infelizmente, não se prepararam bem para a Páscoa do Senhor, ou pior, se prepararam ao modo de Judas, procurando uma oportunidade para trair Jesus. E temos de dizer com toda a clareza: quantos cristãos estão, nestes dias, preparando a sua Páscoa de um modo totalmente pagão, planejando a praia, planejando o churrasco, a festa regada, bebedeira, planejando o seu comércio aberto de domingo a domingo, até altas horas, pensando no dinheiro… É o modo Judas de se preparar para a Páscoa do Senhor, pensando mais em si mesmo do que na Paixão de Nosso Senhor.

O chamado de Deus nos convoca a nos prepararmos bem, para vivermos a Páscoa do Senhor

“Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”, nos diz a Palavra de Deus, por isso, eu não quero, aqui, de forma nenhuma, rogar nenhuma praga, mas apenas chamar a atenção para todos nós para vergonha que, em certos contextos religiosos, de muitos de nós, muitas vezes, nós deixamos de lado coisas que são essenciais do nosso cristianismo. O chamado de Deus é para todos nós; o chamado de Deus nos convoca a nos prepararmos bem, para vivermos a Páscoa do Senhor.
No contexto do Evangelho, Judas foi o único que se preparou para a Páscoa, porque foi Jesus quem teve de pedir aos discípulos para ir atrás de um lugar, de uma casa para preparar a ceia, os discípulos não tiveram iniciativa. E Judas foi o único que se preparou para a Páscoa, mas ele fez isso de um modo demoníaco, Judas profanou a Ceia Sagrada, e os seus preparativos foram um culto ao maligno porque foram uma preparação para a traição de Jesus.
Que o Senhor nos livre deste mal; que o Senhor nos livre desta maldição!
Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Heleno Ferreira
Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2003 no modo de compromisso do Núcleo.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 27/03/2024

ANO B


Mt 26,14-25

Comentário do Evangelho

A ceia lugar da misericórdia de Deus

Mais uma vez o tema da traição de Judas ocupa o espaço do evangelho. O plano diabólico de alguns judeus, notadamente, do Sinédrio, de matar Jesus, conta com a colaboração de um dos seus discípulos, Judas Iscariotes. O real motivo pelo qual Judas entrega Jesus, os evangelhos não nos dizem explicitamente. O trecho do evangelho de hoje, assim como João (12,1-11), parece nos fazer entender se tratar de dinheiro. A ceia pascal é a ceia de despedida de Jesus (cf. v. 18). A ceia pascal, lugar da memória da misericórdia de Deus que fez seu povo sair da “casa da servidão” (Ex 12,1ss), é palco da revelação dramática da traição de Jesus por um dos Doze. A memória da escravidão e da libertação, parte integrante da ceia pascal, desvela o mal que ainda aprisiona o ser humano. Paradoxalmente à fidelidade de Jesus ao Pai, revela-se a infidelidade de Judas. À pergunta de Judas, a resposta de Jesus é intencionalmente ambígua: “Tu o dizes” (v. 25). A cada um é deixada a possibilidade de julgar-se na sua relação pessoal com Jesus Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha comunhão com teu Filho Jesus, de forma que nenhuma atitude minha possa colocar em risco este relacionamento profundo propiciado por ti.
Fonte: Paulinas em 16/04/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O Mestre diz: meu tempo está próximo


Jesus será trocado por trinta moedas de prata. Anúncio e traição acontecem no contexto da ceia pascal: “Um de vocês vai me entregar”. “Serei eu, Mestre?” Como podia perguntar, se tinha acabado de negociar a entrega de Jesus por trinta moedas? Que tipo de homem é Judas? Não basta ser um dos Doze. É preciso algo mais. Judas é um apóstolo de Jesus e amostra daquilo que todos somos capazes de fazer. Ele não representa de forma alguma o judeu e o judaísmo. Representa aquele que com Jesus põe a mão no prato. “Quem está de pé”, dirá São Paulo, “cuide para não cair!”
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

Neste dia de trevas, não pensemos apenas na traição de Judas, mas nas vezes sem conta em que nos esquecemos do Mandamento do Amor. Traímos ao Senhor e nos traímos, traindo aos irmãos com nosso egoísmo e injustiça. É tempo de contrição e do compromisso de seguirmos Jesus pelos caminhos desta vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/04/2014

VIVENDO A PALAVRA

O Reino trazido por Jesus não se ajustava à expectativa de Judas. Ele não foi capaz de se abrir ao Novo e aceitá-lo. Apegou-se ao ‘já visto’. Cuidemos para que o mesmo não aconteça conosco. Tenhamos o espírito aberto e atento aos sinais do Reino de Amor que nos cercam e os acolhamos com alegria e gratidão. O Reino do Pai é surpreendente!
Fonte: Arquidiocese BH em 28/03/2018

VIVENDO A PALAVRA

Neste dia, que conhecemos como ‘quarta-feira de trevas’, não pensemos apenas na traição de Judas, mas nas vezes sem conta em que nós nos esquecemos do Mandamento do Amor. Traímos ao Senhor e nos traímos, traindo aos irmãos com nosso egoísmo e injustiça. É tempo de contrição e do compromisso de seguir a Jesus pelos caminhos da vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/04/2020

VIVENDO A PALAVRA

O texto nos convida a refletir sobre a fragilidade dos compromissos que nós assumimos. Judas se vendeu por trinta dinheiros. Qual é o limite de ofertas a que nós seremos capazes de resistir, perseverando no Caminho de Jesus? Não nos precipitemos para julgar o nosso próximo. Antes, peçamos a Força do Alto para nos preservar do Mal.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/03/2021

Reflexão

O amor que Deus tem por todas as pessoas nunca foi plenamente correspondido, pois sempre o pecado manifestou o desamor que o homem tem por ele. O episódio da traição de Judas nos mostra de um modo muito mais profundo esta verdade. O Filho, verdadeiro Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, por amor a nós, renuncia à sua condição divina e se faz homem, tornando-se um de nós. A resposta que ele encontra dos homens não é o amor, mas a traição e a morte. Mas nem mesmo esta realidade diminui o amor que Deus tem por nós, uma vez que, por amor, Jesus nos dá livremente a sua vida.
Fonte: CNBB em 16/04/2014

Reflexão

Depois de Jesus, centro da narrativa, destaca-se Judas Iscariotes, ainda que por motivo desonroso, a traição. Como se faz com imóveis, terrenos, gado e utensílios de várias espécies, assim Jesus está sendo negociado por uma soma irrelevante de trinta moedas. Vergonha para Judas, que entrega seu mestre; vergonha para os sumos sacerdotes, que pagam pela vítima que vão sacrificar. Enquanto Jesus celebra com seus discípulos a Páscoa, festa da libertação, Judas trama sua captura. Jesus conhece e controla a situação: é ele quem aponta o traidor. Aqui tem um nome, mas pode se referir a qualquer pessoa que, em vez de escolher o projeto de Jesus com suas consequências, escolhe o ídolo das riquezas. O tempo de Jesus está próximo. É a hora da sua paixão, morte e ressurreição, ápice da redenção.
Fonte: Paulus em 28/03/2018

Reflexão

Depois de Jesus, centro da narrativa, destaca-se Judas Iscariotes, ainda que por motivo desonroso, a traição. Como se faz com imóveis, terrenos, gado e utensílios de várias espécies, assim Jesus está sendo negociado por uma soma irrelevante de trinta moedas. Vergonha para Judas, que entrega seu mestre; vergonha para os sumos sacerdotes, que pagam pela vítima que vão sacrificar. Enquanto Jesus celebra com seus discípulos a Páscoa, festa da libertação, Judas trama sua captura. Jesus conhece e controla a situação: é ele quem aponta o traidor. Aqui tem um nome, mas pode se referir a qualquer pessoa que, em vez de escolher o projeto de Jesus com suas consequências, escolhe o ídolo das riquezas. O tempo de Jesus está próximo. É a hora da sua Paixão, morte e ressurreição, ápice da redenção.
Oração
Ó Jesus, zeloso Pastor, um dos teus discípulos estraga a beleza da festa. Por não compreender nem acatar teus planos de amor e vida para todos, ele se afasta do grupo, a fim de executar seus planos perversos. Ajuda-nos, Senhor, a defender as pessoas sufocadas por toda espécie de injustiças. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus  em 08/04/2020

Reflexão

Temos o relato da traição de Jesus, segundo o Evangelho de Mateus. Podemos destacar três momentos: combinação do preço para Judas trair Jesus; preparação da ceia pascal; anúncio durante a ceia de que Judas trairia Jesus. A traição é algo detestável para um cristão, pior ainda quando se trata de amigos. Judas tornou-se homem útil aos planos homicidas das autoridades políticas e religiosas. Tudo acontece num momento íntimo de amizade e festa. Muitas traições são tramadas em grandes e luxuosos banquetes. Judas age livremente. A liberdade é dom precioso que Deus concede ao ser humano, mas seu uso correto é uma conquista de cada um. Trinta moedas, valor de um escravo, são sufi cientes para o traidor entregar o Mestre. Quando colocamos o dinheiro acima de tudo, somos capazes das piores traições.
Oração
Ó Jesus, zeloso Pastor, um dos teus discípulos estraga a beleza da festa. Por não compreender nem acatar teus planos de amor e vida para todos, ele se afasta do grupo, a fim de executar seus planos perversos. Ajuda-nos, Senhor, a defender as pessoas sufocadas por toda espécie de injustiça. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus  em 31/03/2021

Reflexão

Depois de Jesus, centro da narrativa, destaca-se Judas Iscariotes, ainda que por motivo desonroso, a traição. Como se faz com imóveis, terrenos, gado e utensílios de várias espécies, assim Jesus está sendo negociado por uma soma irrelevante de trinta moedas. Vergonha para Judas, que entrega seu Mestre; vergonha para os sumos sacerdotes, que pagam pela vítima que vão sacrificar. Enquanto Jesus celebra com seus discípulos a Páscoa, festa da libertação, Judas trama sua captura. Jesus conhece e controla a situação: é ele quem aponta o traidor. Aqui tem um nome, mas pode se referir a qualquer pessoa que, em vez de escolher o projeto de Jesus, com suas consequências, escolhe o ídolo das riquezas. O tempo de Jesus está próximo. É a hora da sua paixão, morte e ressurreição, ápice da redenção.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Acaso sou eu?»

Rev. P. Higinio Rafael ROSOLEN IVE
(Cobourg, Ontario, canad)

Hoje, o Evangelho nos apresenta três cenas: a traição de Judas, os preparativos para celebrar a Páscoa e a Ceia com os Doze.
A palavra “entregar” (“paradidōmi” em grego) é repetida seis vezes e serve de elo entre esses três momentos: (I) quando Judas entrega Jesus; (II) Páscoa, que é uma figura do sacrifício da cruz, onde Jesus dá a vida; e (III) a Última Ceia, na qual se manifesta a entrega de Jesus, que se cumprirá na Cruz.
Queremos parar aqui na Ceia Pascal, onde Jesus Cristo manifesta que seu corpo será dado e seu sangue derramado. As suas palavras: «Garanto-vos que um de vós me entregará» (Mt 26,20), convida cada um dos Doze, sobretudo Judas, a um exame de consciência. Estas palavras estendem-se a todos nós, também chamados por Jesus. São um convite a refletir sobre nossas ações, sejam elas boas ou más; nossa dignidade; nos perguntamos o que estamos fazendo neste momento com nossas vidas; para onde vamos e como respondemos ao chamado de Jesus. Devemos responder uns aos outros com sinceridade, humildade e franqueza.
Vamos lembrar que podemos esconder nossos pecados de outras pessoas, mas não podemos escondê-los de Deus, que os vê em segredo. Jesus, verdadeiro Deus e homem, tudo vê e sabe. Ele sabe o que está em nossos corações e do que somos capazes. Nada está escondido de seus olhos. Evitemos enganar a nós mesmos e só depois de sermos sinceros conosco é que devemos olhar para Cristo e perguntar-lhe: " Acaso sou eu?" (Mt 26,22). Tenhamos presente o que diz o Papa Francisco: «Jesus, amando-nos, convida-nos a permitir-nos a reconciliação com Deus e a regressar a Ele para nos redescobrir».
Olhemos para Jesus, ouçamos suas palavras e peçamos a graça de doarmos, unindo-nos ao seu sacrifício na Cruz.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Bendito sejas, meu Senhor Jesus Cristo, que anunciaste antecipadamente a tua morte e, na última ceia, consagraste o pão material, transformando-o no teu corpo glorioso, e pelo teu amor o deste aos apóstolos como memorial da tua digna paixão e lavaste os seus pés com tuas preciosas mãos sagradas, mostrando assim humildemente tua maior humildade» (Santa Brígida)

- «Nos próximos dias comemoraremos o confronto supremo entre a Luz e as Trevas. Também nós devemos situar-nos neste contexto, conscientes da nossa 'noite', das nossas faltas e responsabilidades, se queremos reviver o mistério pascal com proveito espiritual.» (Bento XVI)

- «Jesus escolheu a altura da Páscoa para cumprir o que tinha anunciado em Cafarnaum: dar aos seus discípulos o seu corpo e o seu sangue» (Catecismo da Igreja Católica, n.º 1.339)

Reflexão

«Em verdade vos digo, um de vós me vai entregar»

P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP
(San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)

Hoje, o Evangelho nos propõe —pelo menos— três considerações. A primeira é que, quando o amor ao Senhor se esfria, então a vontade cede a outros reclamos, onde a voluptuosidade parece oferecer-nos os pratos mais saborosos mas, na realidade, condimentados por degradantes e inquietantes venenos. Dada a nossa nativa fragilidade, não devemos permitir que o fogo do fervor diminua, que, se não sensível, pelo menos mental, nos une a Aquele que nos tem amado ao ponto de oferecer sua vida por nós.
A segunda consideração refere-se à misteriosa escolha do lugar donde Jesus quer consumir sua ceia Pascal. «Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a ceia Pascal em tua casa, junto com meus discípulos’» (Mt 26,18). O dono da casa, talvez, não fosse um dos amigos declarados do Senhor; mas devia ter o ouvido atento para escutar o chamado “interior”. O Senhor lhe teria falado intimamente —como frequentemente nos fala—, a través de mil incentivos para que lhe abrisse a porta. Sua fantasia e sua onipotência, suportes do amor infinito com o qual nos ama, não conhecem fronteiras e se expressam de modo sempre apto a cada situação pessoal. Quando escutemos o chamado devemos “render-nos”, deixando à parte as sutilezas e aceitando com alegria esse “mensageiro libertador”. É como se alguém estivesse se apresentado à porta do cárcere e nos convida a segui-lo, como fez o Anjo com Pedro dizendo-lhe: « Levanta-te depressa! As correntes caíram-lhe das mãos» (Ats 12,7).
O terceiro motivo de meditação nos oferece o traidor que tenta esconder seu crime ante a presença examinadora do Onisciente. O próprio Adão já tinha tentado, depois, seu filho fratricida Caim, embora, inutilmente. Antes de ser nosso perfeito Juiz, Deus se apresenta como pai e mãe, que não se rende ante a ideia de perder a um filho. A Jesus lhe dói o coração não tanto por ter sido traído, mas por ver a um filho distanciar-se irremediavelmente Dele.

Reflexão

A Páscoa

Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)

Hoje, os apóstolos preparam a Páscoa. Judas planeia o “negócio” de entregar o Mestre, sem suspeitar que sua traição “proporciona” a Vítima da nova Páscoa. Os outros apóstolos preparam o banquete, sem saber que esta Páscoa já não será do Antigo Testamento, e sim do Novo: Jesus, alimento eucarístico e vítima na cruz.
Páscoa significa “passagem”: passagem de escravidão à liberdade, passagem pelo deserto, pelo Jordão, pelo Mar Vermelho… Uma passagem de Deus que sempre significa proteção e salvação. Era a maior festa dos judeus: simultaneamente sacrifício e banquete, que celebrava sua história de salvação.
—Senhor Jesus, eu também quero preparar tua Páscoa como os discípulos. Sei que tua “hora” se aproxima, a de “passar” pelo dom de ti mesmo, pelo sacrifício da cruz e pela morte. Que a tua “passagem” seja também a minha , e tua Páscoa seja a minha passagem para uma vida nova em ti.

Recadinho

Você sabe reconhecer seus erros? - Ou não conhece a palavra humildade? - Busca compreender os erros dos outros ou é daqueles que só pensam em condenar o próximo? - É fácil apontar o dedo contra os outros, não é mesmo? - Tem consciência de que Deus é infinitamente misericordioso para com seus erros?
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 16/04/2014

Meditação

“Que me dareis se vos entregar Jesus?” Estamos diante de um terrível mistério: Por que Judas chegou a esse ponto? Os evangelistas sugerem apenas a ganância. Bastaria isso para o levar a trair o Mestre? Poder-se-ia falar em desencanto, por ele ter esperado um Messias vencedor? Parece que houve sim um lento processo, marcado pelo esfriamento do amor, pelo obscurecimento da fé e pela recusa de uma confiança total. Quando o amor esfria em nós, tudo se relativiza.
Oração
Ó DEUS, para nos livrar do poder do inimigo, quisestes que vosso Filho padecesse o suplício da cruz; concedei aos vossos fiéis alcançar a graça da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Judas Iscariotes entrega Jesus por 30 moedas de prata


Hoje, contemplamos com tristeza como se foi preparando a traição de Judas. Podemos aprender uma lição: as traições não aparecem de repente; antes se “cozinham” num coração mau. Ceando com Jesus, Judas dissimula: «Acaso sou eu, Mestre?». Mas perante Deus não há dissimulação possível; Deus é Deus e vê tudo: «Sim, tu o disseste».
- Judas vendeu o Mestre por uns 60 dólares. O perfume com que Maria ungiu Jesus custava uns 2.000 dólares. Quanto vale Jesus para ti? De que lado estás?

Comentário do Evangelho

A COMUNHÃO ROMPIDA

O contexto do anúncio da traição de Judas aponta para a ruptura da comunhão que a traição comportaria. Esta seria consumada por alguém que partilhava a intimidade de Jesus, na condição de companheiro de caminhada e missão. Sentar-se à mesma mesa simbolizava comunhão de vida. A traição revelaria a hipocrisia de Judas no seu relacionamento com Jesus. Não era quem dava a impressão de ser, e sim um traidor travestido de amigo.
Judas, no entanto, não detinha o poder sobre a vida de Jesus. O evangelho sublinha que o gesto dele estava inserido num contexto maior do desígnio divino a respeito do Messias. Nem por isso sua responsabilidade foi menor. As palavras terríveis que recaíram sobre ele não deixam dúvida a este respeito: "Seria melhor que nunca tivesse nascido!".
Toda a cena é comandada por Jesus. É ele quem dá instruções precisas a respeito do lugar onde deve ser preparada a ceia pascal, da pessoa que haveria de ceder-lhes o local, da mensagem que lhe seria transmitida e dos detalhes da preparação. Os discípulos obedecem prontamente, fazendo tudo conforme o Mestre determinara.
Só Judas age na contramão da vontade do Mestre, mesmo que sua decisão, em última análise, já estivesse no contexto da vontade de Deus. Nenhum discípulo deveria seguir um tal exemplo.
Oração
Pai, reforça minha comunhão com teu Filho Jesus, de forma que nenhuma atitude minha possa colocar em risco este relacionamento profundo propiciado por ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que fizestes vosso Filho padecer o suplício da cruz para arrancar-nos à escravidão do pecado, concedei aos vossos servos e servas a graça da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 16/04/2014

Meditando o evangelho

O MESTRE VENDIDO

Jesus celebrou sua última Páscoa em meio a uma grande contradição. A ceia da fraternidade foi corrompida pela presença do traidor que o havia vendido pelo irrisório preço de um escravo. A ceia da libertação tornou-se prelúdio da injustiça e da opressão que se abateria sobre ele. A recordação dos feitos poderosos de Deus foi obscurecida pelo confronto com os feitos humanos cheios de perversidade.
Os laços que uniam discípulos e Mestre eram frágeis. Tudo não passava de aparência. O anúncio da próxima traição e a maldição prevista para quem perpetrasse esta maldade contra Jesus foram chocantes. Uma terrível suspeita pairou sobre todos. Quando Jesus desvendou o mistério e denunciou Judas, um clima de revolta deve ter tomado conta dos comensais. A convivência com um "amigo" traidor era insuportável.
Em meio a tudo isto, Jesus sabia estar dando passos firmes rumo à Páscoa definitiva. A grande obra libertadora do Pai em favor da humanidade estava para ser consumada. Não era possível queimar etapas e eliminar os aspectos dolorosos do processo de libertação.
No entanto, a ceia da fraternidade acabou por tornar-se um tormento para Jesus. Estava para ser selado o pacto de traição por parte de um amigo. Apesar dos pesares, era preciso manter a cabeça erguida para enfrentar a paixão iminente.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, torna cada vez mais verdadeira minha amizade por ti!
Fonte: Dom Total em 28/03/201808/04/2020 31/03/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Que me dareis se eu vos entregar Jesus?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus será trocado por trinta moedas de prata. Anúncio e traição acontecem no contexto da Ceia pascal: “Um de vocês vai me entregar”. “Serei eu, Mestre?” Como podia perguntar, se tinha acabado de negociar a entrega de Jesus por trinta moedas? Que tipo de homem é Judas? Não basta ser um dos Doze. É preciso algo mais. Judas é um apóstolo de Jesus e amostra daquilo que todos somos capazes de fazer. Ele não representa de forma alguma o judeu e o judaísmo. Representa aquele que com Jesus põe a mão no prato. “Quem está de pé”, dirá São Paulo, “cuide para não cair!”
Fonte: NPD Brasil em 28/03/2018

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Que me dareis se eu vos entregar Jesus? - Mt 26,14-25
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A traição de Judas se consuma. Jesus é vendido por trinta moedas. “Mestre, serei eu?” Como Judas pôde fazer tal pergunta? O que revela um profundo cinismo de sua parte. Jesus tem uma palavra dura sobre a traição de Judas. Ele sabia o que estava fazendo, e fez! Ele se enforcou, arrependido ou desesperado? Um por um, todos perguntaram, e nós com eles: “Acaso sou eu, Senhor?”. Enganamos os outros e nos enganamos com muita facilidade. Tenho consciência daquilo que fiz e com tranquilidade me pergunto se fui eu ou se foi outro.
Fonte: NPD Brasil em 08/04/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um de Vós vai me trair...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

É o mesmo relato de ontem, mas agora do jeito de MATEUS. No evangelho de ontem, quando Jesus vai anunciar que será traído, o texto fala que ele está angustiado e perturbado em seu espirito, lembram-se? Podem conferir o texto de João... Pois no evangelho de hoje, essa angústia e aflição muda de lado, são os discípulos que ficam angustiados e aflitos, e começam a indagar "Senhor, por acaso serei eu?". E Pedro, logo ele, dá uma cutucada a João, que estava perto do Mestre, quer saber quem é o desavergonhado, quem sabe, para tomar uma providência...
O Jesus de Mateus, que escreve para a comunidade Cristão Judaica, é firme e não demonstra nenhuma perturbação quando anuncia a traição. É que Mateus apresenta um Jesus fiel à missão, e que cumpre toda a Vontade do Pai, com firmeza e determinação. Entretanto, há algo que o leitor fica se perguntando, "Se ele cumpre a vontade do Pai, porque demonstrou sua indignação ao dizer: Ai daquele que irá trair o Filho do Homem, melhor seria que não tivesse nascido...". Ora, se era vontade do Pai, então Judas estava fazendo o seu papel, e estava, por assim dizer, "Colaborando" para que tudo acontecesse, conforme o previsto... Jesus até poderia trata-lo bem, era preciso que alguém o traísse para que ele fosse condenado à morte, e Judas aceitou o papel de traidor...
Esta seria uma leitura ingênua desse evangelho, pois facilmente podemos cair no fatalismo, "Deus quis assim... Foi feita sua vontade". Coitado do nosso Deus, quantas desgraças e tragédias jogamos em suas costas… Aliás, tem gente que se safa de situações apertadas jogando a culpa em Deus ou no Diabo.
Com toda certeza, muitas vezes Jesus conversou com Judas, expôs sua missão, exortou-o a não entrar pelo caminho errado, disse-lhe do perigo que corria, ao  confundir o seu Messianismo com alguma ideologia política e ali à mesa, deu-lhe a última dica...
Uma oportunidade para Judas pensar no assunto, rever a sua atitude, quem sabe, usar o seu livre arbítrio e mudar de vida, por fidelidade a Jesus, mesmo que não compreendesse bem o seu messianismo, pois Pedro também não entendia, mas o aceitou como ele era.
Portanto, não se trata do anuncio de uma fatalidade, mas um jogo de palavras, mostrando que a questão estava em aberto e Judas ainda poderia dar outro rumo á sua vida. Assim que Judas saiu de cena, rompendo, portanto, com a comunidade, Pedro, querendo amenizar o mal entendido, e melhorar o clima do jantar, já no Horto das Oliveiras, quando Jesus anuncia que ele será motivo de queda para todos eles, vai apresentar-se como diferente, o melhor e o mais fiel de todos, "Para mim jamais serás motivo de queda, Senhor". Com essas palavras Pedro estava dizendo que Jesus podia contar com ele sempre... Pobre Pedro, que ducha de água fria levou na cabeça, quando Jesus diz que ele irá negá-lo por três vezes, antes que o galo cantasse...
Nossas mãos não tocam no mesmo prato, o pão com Jesus, mas tocam em Jesus que é o Pão da Eucaristia, somos tão íntimos dele como Judas o era, e todos os discípulos. Seria um erro pensarmos que o nosso pecado é bem menor que o de Judas e de Pedro, na própria comunidade caímos em contradição, quem dirá quando estamos fora dela.
E por que agirmos dessa maneira, ao estilo de Pedro ou de Judas? Por que diferente de Jesus de Mateus, buscamos a nossa vontade, que coincide com a vontade de Pedro e de Judas: vencer pelo caminho mais fácil, chegar á glória da ressurreição, sem ter de passar pelo triste trajeto do calvário, que nos assusta e amedronta...
"Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo."

2. O meu tempo está próximo, vou celebrar a ceia pascal em tua casa, junto com meus discípulos - Mt 26,14-25
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Judas continua o seu caminho, apesar de estar com Cristo. Em Deus nada é mágico nem forçado. Somos livres e capazes de tomar decisões. Estar à mesa com Cristo pode não significar amor ou adesão. A liberdade permite a pergunta “Serei eu?”, desde que seja uma pergunta e não a afirmação do que já sei. Os fatos se tornam complexos, só os entendemos à luz da misericórdia de Deus. Será Judas o instrumento de um projeto de salvação que revela ao ser humano sua própria crueldade? Mas o Filho do Homem tem que ir, também ele tem que continuar o seu caminho.
Fonte: NPD Brasil em 31/03/2021

HOMILIA

O DESTINO DE JESUS

Estamos hoje diante da agonia de Jesus no Monte das Oliveiras quando, diante do sofrimento que passaria nas próximas horas, Jesus, numa tristeza mortal, num gesto humano suplica ao Pai: “Meu Pai, se possível, que este cálice passe de mim” (Mt 26, 39). Mas imediatamente, como cordeiro que vai para o matadouro, diz: “Contudo, não seja feito como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26, 39). É a Vítima perfeita que se entrega, é o Cordeiro Pascal, é aquele que tira o pecado do mundo por amor! O Bom Pastor, aquele que dá a vida por suas ovelhas!
São Mateus nos revela hoje o modo como Jesus foi traído por um dos seus homens de confiança. O evangelho destaca que o gesto estava inserido num contexto maior do desígnio divino sobre o destino do Messias. Nem por isso sua responsabilidade foi menor. As palavras terríveis que recaíram sobre ele não deixam dúvida a este respeito: “Seria melhor que nunca tivesse nascido!” Só Judas age na contramão da vontade do Mestre, mesmo que sua decisão, já estivesse no contexto da vontade de Deus.
Estamos no final do tempo de Quaresma. O Senhor nos convida à compartilhar a sua vida. E isto exige de nós abraçarmos a vida de penitência e a conversão de nosso coração. Não deixe de experimentar este momento na Santa Missa, no sacramento da Reconciliação, na leitura orante da Palavra de Deus. Faça jejum, dê esmola, ore muito. Marque a sua vida querendo ser inteiramente de Deus. Não desista do amor que o Senhor tem por você. Eu entendo e julgo que também você já entendeu que Quaresma é tempo de preparação para a Páscoa. Portanto, duas são as atitudes fundamentais deste tempo para todo o cristão: a conversão para Deus e a solidariedade para com os necessitados. Assim como Cristo partilhou a Sua vida conosco assim você dever partilhar a sua com os seus irmãos e irmãs. A oração é o melhor meio para orientar a vida neste caminho.
A atitude cristã, que devemos ter, é a de corresponder com a graça divina, e não desprezá-la, traindo o amor de Cristo, como fez Judas. Peçamos ao Senhor que nos conceda uma fé firme e permanente a ponto de fazermos à diferença neste mundo cheio de ganância e uma busca constante de privilégios e, sobretudo, onde parecendo que não ainda o grito de Maquiavel “o fim justifica os meios” continua ditando normas. Tira-se a vida em troca de Poder, Prazer e Posse.
Jesus faz do dom de sua vida entregue, doada livremente por nós, a Nova e eterna Aliança com o Pai celeste. Afim de que livres do pecado vivamos agora na liberdade de filhos e filhas de Deus.
Pai, reforça minha comunhão com teu Filho Jesus, de forma que nenhuma atitude minha possa colocar em risco este relacionamento profundo propiciado por ti.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 16/04/2014

REFLEXÕES DE HOJE

QUARTA

Fonte: Liturgia Comentada2 em 16/04/2014

HOMILIA DIÁRIA

Não permita que a traição faça parte de sua vida!

O que nós mais podemos fazer, para evitarmos esse mal, é fortalecer o nosso caráter e as nossas convicções para que a palavra ”traição” não assuma corpo em nossa vida.

”’Que me dareis se vos entregar Jesus?’ Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.” (Mateus 26, 14-16)

A Liturgia de hoje nos permite meditarmos sobre a traição de Judas Iscariotes, chamado e escolhido para ser apóstolo do Senhor. E mesmo estando no convívio do Senhor, conhecendo o amor e a misericórdia do Senhor, por conta própria fez uma escolha: escolheu a si mesmo, escolheu as suas ambições, escolheu aquilo que era a avareza do seu coração. Por trinta moedas de prata ele vendeu Jesus, ele entregou o Mestre, o Senhor da vida.
Sabem, meus irmãos, a palavra ”traição” é uma palavra muito dura e significa tanta coisa negativa que nós precisamos cada vez mais refletir sobre ela em nosso coração, em nossa vida, para que a realidade do traidor não assuma aspectos em nossa vida.
Quem já passou por alguma traição na vida sabe o quanto ela dói, o quanto ela machuca, o quanto é dolorosa. Traição de um amigo, traição de um irmão, traição de um pai, traição de um marido, de uma esposa, de uma mulher. Trair significa perder a confiança, trair significa: ”Eu não posso confiar em você!”. Trair significa abandonar a coisa mais digna que um ser humano tem.
E, algumas vezes, nós relativizamos isso ao acharmos que trair a Deus não significa nada: ”Ah! Porque Deus vai me perdoar!”. É verdade que Deus nos perdoa, mas também é verdade que, em cada traição, o nosso caráter fica mais frágil! A melhor maneira, o que nós mais podemos fazer, para evitarmos esse mal, é fortalecer o nosso caráter e as nossas convicções para que a palavra ”traição” não assuma corpo em nossa vida.
Trair um amigo, trair um compromisso, trair o amor que alguém colocou em nós, a confiança que alguém depositou em nós, é algo muito duro. Jesus confiou a Judas a parte financeira, Jesus confiou a Judas ser o tesoureiro do grupo.
Nós precisamos aprender a ser honestos naquilo que fazemos e a não sermos levados por outros sentimentos. A cobiça, a sensualidade, a raiva, a ambição, qualquer um desses pecados, podem entrar em nós e tomar corpo em nossa vida e nos levar a trairmos nossos ideais, nossas famílias, nossa casa, nossa Igreja, nossa fé e Nosso Senhor Jesus Cristo.
O importante é que sejamos firmes para expulsar estes espíritos malignos, para que eles não tomem corpo em nós e, assim, a traição faça parte da nossa vida.
Que a misericórdia de Deus nos alcance!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 16/04/2014

HOMILIA DIÁRIA

O dinheiro é o deus deste mundo

Peçamos ao Senhor que purifique o nosso coração para que não nos rendamos ao “deus” deste mundo

"Que me dareis se vos entregar Jesus?’ Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.” (Mateus 26,15-16)

Hoje, queremos entrar no coração de Judas, talvez você possa achar estranho e pergunte: “Como vou entrar no coração de um traidor?”. Porém, é só entrando no coração de Judas que vamos entender as fraquezas do nosso coração. No coração de Judas entrou um princípio de iniquidade.
Jesus nos diz no Evangelho: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13). Judas servia a Deus, mas, queria também servir ao dinheiro. E quando o amor ao dinheiro entra no nosso coração, ele o governa.
Ninguém consegue servir a Deus e ao dinheiro, tenhamos isso como princípio de vida. Seremos pessoas infelizes, inquietas, perturbadas, porque o dinheiro causa inquietação. O dinheiro é o “deus” deste mundo, as pessoas se compram, se vendem e se corrompem, porque o “deus dinheiro” manda neste mundo.
Não se trata de desprezar dinheiro, jogá-lo fora, trata-se de colocá-lo no seu lugar. O dinheiro não pode estar na nossa cabeça e nem no nosso coração, ele tem que estar em nossas mãos; e com a cabeça ordenada, saberemos fazer o bom uso dele. Não podemos deixar que o nosso coração se venda.
Judas se vendeu ao deus dinheiro, amou tanto o dinheiro que deixou seu Mestre de lado, por causa de trinta moedas de prata. É uma grande quantia, mas aqui não importa a quantidade, pelo contrário, importa ver como estamos nos vendendo e comprando uns aos outros.
Estamos transformando as nossas relações em “relações comerciais”, as relações humanas parecem relação de mercadorias. As pessoas são valorizadas, até em nossas Igrejas e comunidades, quando elas têm muito, quando podem muito; elas têm lugar de apreço, mandam e comandam.
As nossas amizades e muitas coisas que fazemos são movidas por causa do dinheiro. Esperamos retribuição financeira daquilo que realizamos, seduzimos e somos seduzidos pelo dinheiro ou por quem o tem, por quem o detém.
A sede de poder é a sede de ganhar mais, é a ganância do ter, do possuir. Há o extremo de alguns possuírem dinheiro, que nem sabem o que fazer com tanto; e o outro extremo daqueles que morrem na indigência, porque o dinheiro não pode ser dividido, não pode causar um bem que seja para todos.
Judas entregou-se ao deus dinheiro; abandonou e traiu Jesus Nosso Senhor e Salvador.
Peçamos, ao Senhor Nosso Deus, que purifique o nosso coração, nossa alma e nossa vontade para não nos rendermos ao deus deste mundo que se chama: dinheiro.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 28/03/2018

HOMILIA DIÁRIA

Usemos o dinheiro para construir um mundo melhor

“‘Que me dareis se vos entregar Jesus?’ Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus,” (Mateus 26,15-16)

A pergunta que Judas faz é uma das perguntas mais cruéis, porém, é a pergunta que está no coração de cada um de nós, dependendo das circunstâncias da vida: “O que me dareis se vos entregar Jesus?”.
Tudo na vida tem preço! E o preço, o retorno, o pagamento é com o deus desse mundo, o “deus dinheiro”. Por tudo se cobra, e, por tudo, facilmente se vende. Há quem venda a própria vida, a dignidade, há quem se venda para os bens desse mundo, a quem se venda para o consumismo desse mundo, a quem se venda e há quem se compre.
Há quem viva de comprar os outros com o que tem, porque o dinheiro é sedutor, enganador, ele ilude, perverte, seduz, prende, amarra, agarra e nos mantêm cativos a ele. Às vezes, você está até na casa de Deus rezando e os cifrões estão correndo na cabeça. Você está fazendo as suas coisas e ali está as contas, os bens, o que vai entrar, o que vai ganhar. A pergunta que sempre fazem um ao outro: “O que vou ganhar com isso?”.
Queremos sempre ganhar mais, ter mais, essa é a situação perversa que entrou no coração de Judas. A tentação do ter ele já tinha porque cuidava do dinheiro do grupo.

O dinheiro é para tornar o mundo melhor e nos fazer pessoas melhores

Quem tem nunca se contenta com o que tem porque é possuído pelo que tem. Precisamos, na verdade, administrar o que é colocado em nossas mãos, mas se nos deixarmos mover pela cobiça e pela avareza que são desejos perversos que invadem a alma para sempre pensar em possuir mais, ganhar mais, ter mais e os cifrões tomarem conta da cabeça e do coração, seremos reféns como Judas também foi.
Trabalhemos, ganhemos honestamente o nosso salário, que tenhamos sempre êxito na vida, inclusive, êxito financeiro, mas jamais nos tornemos escravos do deus desse mundo, que se chama dinheiro.
O dinheiro não é para comprar nem para vender pessoas, o dinheiro é para construir vidas mais dignas, mais humanas; o dinheiro é para tornar o mundo melhor e nos fazer pessoas melhores.
Quantas pessoas perderam a dignidade, o caráter, a simplicidade, os valores fundamentais que aprenderam no seio da sua casa porque se deixaram levar pelo dinheiro, pela vaidade que acompanha o possuir dinheiro. Outros, mesmo não o possuindo, vivem doenças que provêm do desejo de tê-lo. A doença da cobiça, do desejo desenfreado, a doença de só pensar em ter, a doença do consumismo. Os sentimentos se tornam desordenados e a vida se torna ansiosa.
O dinheiro é o tentador desse mundo. Que não sejamos seduzidos por ele como Judas foi, mas o usemos como dom para construir um mundo melhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 08/04/2020

HOMILIA DIÁRIA

O deus dinheiro seduz a nossa vida

“‘Que me dareis se vos entregar Jesus?’ Combinaram, então, trinta moedas de prata.” (Mateus 26,15)

A reflexão da Palavra de Deus, nesta quarta-feira da Semana Santa, leva-nos a perceber o que o deus deste mundo, que se chama “dinheiro”, é capaz de provocar no coração de um ser humano.
Judas, discípulo do Senhor, não estou aqui para condená-lo, nem para atirar-lhe pedras, para enforcá-lo nem o condenar de alguma forma. Estou aqui para refletir a minha própria vida, estou aqui para olhar para dentro de mim e ver qual é o domínio, qual é o poder que o dinheiro exerce sobre mim, que fascínio ele realiza em minha vida.
Se pararmos para olhar bem, o dinheiro é fascinante, é sedutor, pois ele entra na nossa vida e torna-se, muitas vezes, o condutor daquilo que nós realizamos. Alguns dizem: “Eu vivo para ganhar dinheiro”, “O sentido da minha vida é ganhar dinheiro”, e vive mesmo para ganhar dinheiro, não tem nem tempo para Deus, porque o deus dinheiro é que está sempre na cabeça. Até sentado no banco da igreja está pensando: “Quanto vou ganhar?”, “Como vou resolver minhas contas?”, “O que eu faço para ganhar mais?”.

Percebamos o que o deus deste mundo, que se chama “dinheiro”, é capaz de provocar no nosso coração

O dinheiro é sedutor. O grande deus deste mundo, ou nós o dominamos ou ele domina a vida dos humanos.
As pessoas se compram, vendem-se; as pessoas mudam a maneira de falar, de comportar-se e de agir diante do fascínio que o dinheiro pode exercer na vida de cada um. E é isso que acontece com o discípulo chamado Judas. Cuidou tanto do dinheiro, que se encantou por ele, e é a ele que os sumos sacerdotes vão se dirigir; e a pergunta é: “O que vão me dar?”, “Quanto vou ganhar?”, “Quanto dinheiro me darão se eu vos entregar Jesus?”.
Se é duro saber que há pessoas que entregam até a própria mãe, há aqueles que entregam a alma e a vida ao deus dinheiro. Entregam a sua fé, renegam a sua fé e colocam o dinheiro acima dela. Então, quando olho para Judas, hoje, que por trinta moedas de prata – pode até significar muito monetariamente falando -, trocou o Senhor da Vida por trinta moedas de prata… E ainda que fosse um milhão de moedas de prata!
Aqui não é olhar de forma quantitativa, mas qual é o verdadeiro significado que dou à vida? Qual é o verdadeiro valor que tem a vida em Deus? Qual é o dinheiro deste mundo que vale a minha fé, a minha salvação e o meu amor a Jesus? O que esta vida tem para me dar que possa ser mais precioso do que o Mestre Jesus?
Precisamos parar para refletir, para saber qual é o verdadeiro tesouro, qual é o bem mais precioso da minha vida. Quero ser discípulo de Jesus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 31/03/2021

Oração Final
Pai Santo, que o teu Espírito nos inspire para reconhecermos que podemos e desejamos ser pessoas melhores, discípulos evangelizadores da tua Igreja, seguidores mais comprometidos com o Caminho, a Verdade e a Vida do Cristo Jesus, teu Filho que se fez humano como nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/04/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, eterna fonte de Vida, não permitas que nos contentemos com as coisas já vistas, mas abre o nosso espírito para acolher a tua Presença sempre Nova e plena de Amor. Faz-nos companheiros alegres e cuidadosos com todos os seres que colocaste em nosso caminho. Nós pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/03/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o Espírito nos inspire a reconhecer que devemos e podemos ser pessoas envolvidas em processo de conversão, discípulos evangelizadores da tua Igreja, seguidores comprometidos com o Caminho, a Verdade e a Vida de Jesus de Nazaré, o Cristo teu Filho que se fez humano e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/04/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai que tanto desejamos adorar, faze-nos conscientes de que a nossa força está em Ti, na tua Presença misericordiosa em nós. Livra-nos da pretensão de sermos melhores do que nossos irmãos e de nos colocarmos na posição de seus julgadores. E sobretudo, Pai muito amado, que sejamos agradecidos, profundamente agradecidos! Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/03/2021