segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Terço - Mistérios Dolorosos - Terça-feira e Sexta-Feira.


Terço do Rosário: Mistérios Dolorosos 


Catarina Tekakwitha - 17 do abril


Beatificada juntamente com Pe. José de Anchieta, era uma Índia pele-vermelha, nascida em 1656 em Ossemon, perto de Port Orange, atual Albany, filha de pai iroquês pagão e de mãe algonquina cristã. Logo ficou órfã e conseguiu sobreviver a uma epidemia de varíola com grave diminuição da visão e com o rosto desfigurado, foi recolhida por um tio, chefe da aldeia, ajudando doravante a sua esposa no cuidado da casa.


O nome de Tekakwitha, que lhe foi dado nos anos de infância, significa "a que coloca as coisas em ordem", ou, com referência à enfermidade da visão, "a que avança e põe algo diante". 

Crescida na inocência, rejeitou propostas de matrimônio e em 1675 entrou em contato com os missionários católicos do Canadá, recebendo o batismo em 18-4-1676, dia de páscoa, das mãos do Pe. Jacques de Lamberville, que lhe impôs o nome de Kateri(Catarina). Ameaçada pelo tio pagão, fugiu para buscar refúgio na missão de S. Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde recebeu a eucaristia e deu exemplo de extraordinária piedade, mas discreta.


Afastava-se por longo tempo na floresta onde, junto à cruz por ela traçada na casca de uma árvore, ficava por muito tempo em oração, sem porém descuidar das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a hospedava. Passou por provas terríveis e se aplicava voluntariamente gravíssimas penitências corporais. Em 25-3-1679 fez voto perpétuo de castidade. Extenuada pela doença e pelos sofrimentos, morreu em 17 de abril de 1680 e rapidamente se difundiu a fama das suas virtudes. Note-se que Catarina aprendera a religião católica com a mãe e desde menina, apesar da mãe ter morrido, conservou o que esta lhe ensinara, observando a moral cristã e rezando regularmente. Quando veio a encontrar pela primeira vez os missionários, já estava preparada para o batismo. Amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, longe de qualquer outro companheiro de fé por muitos anos.


Nascimento - No ano de 1656

Local nascimento - Ossernon

Ordem - Leiga Consagrada  

Local vida - Sault - perto de Montreal 

Espiritualidade - Índia pele-vermelha, a qual foi beatificada juntamente com Pe. Anchieta. Seu pai era pagão e sua mãe, cristã. Logo ficou órfã conseguindo sobreviver a uma epidemia de varíola, apesar de ter ficado quase cega e com o rosto desfigurado. Seu tio, chefe da aldeia pediu-lhe que ajudasse à sua esposa e assim ela ficou nos cuidados da casa. O nome Tekakwitha, significa "aquela coloca as coisas em ordem". Crescida na inocência, rejeitou proposta de matrimônio e em 1675 entrou em contato com os missionários católicos do Canadá, recebendo o batismo em 8 de abril de 1676 pelas mãos do Pe. Jacques de Lamberville, que lhe pôs o nome de Catarina (Kateri). Ameaçada pela ira do tio pagão, refugiou-se na missão se são Francisco Xavier onde recebeu a santa Eucaristia , sendo exemplos de discreta e extraordinária piedade. Gostava de retirar-se para a floresta onde,m junto a crua que traçara na casca de uma árvore, ficava muito tempo em oração, sem porém descuidar de suas funções. Em 25 de março de 1679 fez os votos perpétuos de castidade. Doente, faleceu uma ano após e rapidamente espalhou-se a fama de suas virtudes.

Local morte - Sault, perto de Montreal

Morte - No ano 1679, aos 23 anos de idade

Fonte informação - Santo Nosso de cada dia, rogai por nós

Devoção - À cruz de Cristo

Padroeiro - Dos Índios e índias

Outros Santos do dia - São Roberto de Turlande, São Roberto de Molesme, São Lanidrício (abade), Elisa; Pedro (diác); Paulo, Isidoro (mártires); Mapólico, Marciano, Fortunato, Hermógenes (mártires); Inocêncio, Pantágato (bispos); Estevão Harding, Roberto (abades); Acácio(conf); Agápito I, Aniceto (Papas). 
  
FONTE DE PESQUISA: Associação do Senhor Jesus

São Roberto de Turlande - 17 de abril



São Roberto de Turlande
1001-1067

Abandonar uma posição de destaque na sociedade, riquezas e poderes temporais, ou mesmo deixar posições importantes na própria Igreja para procurar a contemplação e a oração solitária, foram muitos os que assim agiram e entre eles encontramos Roberto de Turlande, também conhecido como Roberto de la Chaise-Dieu, " a Cadeira de Deus", como se denominava a ordem criada por ele. 

Roberto nasceu na Alvérnia, de uma rica família senhorial francesa, no ano de 1001. Ainda muito jovem, foi confiado aos cônegos de Brioude, onde terminou os estudos e tornou-se padre e cônego. Embora já houvesse construído, às próprias custas, um hospital para os pobres e peregrinos, ele continuava a aspirar a um testemunho de vida mais contemplativa, totalmente dedicada a Deus. Por isso se dispôs a entrar para o mosteiro de Cluny, então em pleno vigor, mas muitos companheiros se opuseram. Não compreendiam a sua repentina falta de entusiasmo pela vida comunitária, nem mesmo ele. 

Decidiu, então, fazer uma peregrinação a Roma a fim de buscar e pedir orientação junto ao Senhor. Foi também ao convento de Montecassino, onde teve a confirmação de sua vocação para a vida monástica. Voltou a Brioude sem nenhuma dúvida e, juntamente com dois leigos, retirou-se, em 1043, para um lugar solitário chamado bosque do Livradois, onde, em 1050, pela aprovação do papa Leão IX, fundou o mosteiro principal, com o nome de La Chaise-Dieu, "a Cadeira de Deus", que seguia a regra dos beneditinos. Pobreza e inserção na Igreja local eram as características desse grupo de monges e de mosteiros que brotaram, fundando uma nova ordem religiosa chamada "a Cadeira de Deus". 

Roberto morreu, sendo venerado ainda em vida, no dia 17 de abril de 1067, e foi, apenas três anos depois, canonizado pelo papa Alexandre II, tendo em vista as muitas graças ocorridas por intercessão de são Roberto de Turlande, ou, como os devotos preferem, são Roberto da Cadeira de Deus. 

O papa Clemente VI, em 1351, ordenou o traslado de suas relíquias para baixo do altar principal da igreja na chamada "Cadeira de Deus". Sua festa, que é comemorada neste dia, foi mantida na reforma, de 1969, do calendário litúrgico da Igreja.




Santo Aniceto - 17 de Abril


Santo AnicetoSeu Papado durou 11 anos. Isso no século II.

Deparou-se com a heresia do Gnosticismo, o racionalismo cristão, uma supervalorização do conhecimento, onde bastava isso para a Salvação. Com isso, os méritos de Cristo, os sacramentos e a graça do Senhor ficavam de lado.

Contou muito com a ajuda do filósofo cristão São Justino e do bispo Policarpo. Auxiliado por esses doutores e, com a graça de Deus, combateram esse racionalismo.

A fé e a razão são duas asas que nos levam para a Salvação, Jesus Cristo. Ele que é Caminho, Verdade e Vida. E a vida do santo de hoje demonstrou que aí está a fonte da felicidade.

Santo Aniceto, rogai por nós!


Papa
+166

Aniceto nasceu na Síria e foi sucessor do papa são Pio I, em 155, no tempo em que Antonio era o imperador romano. Entretanto, além da perseguição sistemática por parte do Império, o papa Aniceto teve de enfrentar, também, cismas internos que abalaram o cristianismo.
A começar por Valentim, passando por Marcelina, que fundou a seita dos carpocratitas, considerada muito imoral pela Igreja, e chegando a Marcion, um propagador, com dotes de publicitário, que arregimentou muita gente, e muitos outros.

Sem contar a questão da celebração da Páscoa. Todos eles formaram seitas paralelas dentro do catolicismo, dividindo e confundindo os fiéis e até colocando-os contra a autoridade do papa, desrespeitando a Igreja de Roma. Contudo o papa Aniceto tinha um auxiliar excepcional, Policarpo, que depois também se tornou um santo pelo testemunho da fé, e o ajudou a enfrentar todas essas dificuldades. Policarpo exerceu, também, um papel fundamental para que pagãos se convertessem, por testemunhar que a Igreja de Roma era igual à de Jerusalém.

Outro de seus auxiliares foi Hegesipo, que escreveu um livro defendendo o papa Aniceto e provando que ele, sim, seguia a doutrina cristã correta, e não os integrantes das seitas paralelas.Mesmo com tão excelente ajuda, o papa Aniceto teve uma árdua missão durante os quase onze anos de seu pontificado, morrendo no ano 166, quase aniquilado pela luta diária em favor da Igreja.

Embora tenha morrido num período de perseguição aos cristãos, a Igreja não cita a sua morte como a de um mártir. Mas pelo sofrimento que teve ao enfrentar, durante todo o seu governo, os inimigos do cristianismo e da Igreja de Roma, por si só se explica o porquê da reverência a seu nome.


O seu corpo – aliás, foi a primeira vez que ocorreu com um bispo de Roma -, foi sepultado nas escavações que depois se transformaram nas catacumbas de São Calisto, na Itália.

Papa Aniceto


Santo Aniceto
11º papa
NascimentoSíria
110
Eleição155
Fim do pontificado166 (56 anos)
AntecessorPio I
SucessorSotero



Aniceto (em latim, Anicetus) foi o décimo primeiro papa católico, entre 154 e 166. Pensa-se que tenha nascido em Emesa (atual Hims) na Síria. Como pontífice, Aniceto destaca-se por ter sido o primeiro papa a condenar oficialmente uma doutrina como heresia, em concreto o montanismo.
Deparou-se com a heresia do Gnosticismo, o racionalismo cristão, uma supervalorização do conhecimento, onde bastava isso para a Salvação. Contou muito com a ajuda do filósofo cristão São Justino e do bispo Policarpo. Auxiliado por esses doutores, combateram esse racionalismo.
Aniceto proibiu ainda os padres de deixar crescer o cabelo, para este não ser um motivo de vaidade. Foi durante o seu pontificado queSão Policarpo visitou Roma e juntos discutiram aspectos disciplinares que atormentavam a unidade da Igreja.
Pensa-se que Aniceto tenha sido martirizado[1], mas não há provas históricas do evento. A data de sua morte é incerta, mas pensa-se que seja dia 16, 17 ou 20 de Abril[2], mas o dia em sua comemoração é o dia 17 de Abril[1].

Referências

  1. ↑ a b Calendarium Romanum (Libreria Editrice Vaticana 1969), p. 120
  2.  Martyrologium Romanum (Libreria Editrice Vaticana 2001 ISBN 88-209-7210-7)

Precedido por
Pio I
Emblem of Vatican City State.svg
Papa

11.º
Sucedido por
Sotero



Santo Aniceto, Papa (Mártir) 
Comememoração Litúrgica:  17 de abril.      Também nesta data - São Roberto, Abade e Santo Hermógenes

Pontificado 155 a 166

                                                 Natural da  Síria, era Aniceto o Sucessor de  São Pio  I na cadeira de  São Pedro. O governo deste Pontífice coincide com o  tempo  do  imperador  romano Antônio. Não é  certo se morreu mártir  pela fé;  é, porém, fora de dúvida, que tanto  lhe  foram os sofrimentos e aflições pela causa de Cristo que  a  Igreja   lhe conferiu  o título  honroso de  mártir. Além das perseguições oficiais por parte do  governo romano, existiam perigosas heresias, que faziam  periclitar  a  existência da Igreja. Embora fosse  ela edificada   sobre rochedo, contra o qual  o inferno em vão dirige os ataques, grande número dos  fiéis  abandonou a fé,  correndo atrás  do fogo fátuo de  seitas  errôneas. Grande  foram os estragos que  o herege  Valentim causou ao rebanho de  Cristo. 

                                                 A essa  obra perniciosa associou-se  uma adepta da  seita imoralíssima dos  Carpocratitas, Marcelina, a  qual levou muitas pessoas  a apostasia.  Ainda um tal  Marción, herege e propagandista temível, propalava o  veneno da heresia entre os cristãos, havia tempo. 

                                                 O Papa Aniceto envidou todos os  esforços para impedir o progresso da  obra de Satanás e reconduzir ao seio da Igreja os pobres transviados. 

                                                 Deus  lhe enviou  um auxiliar de grande valor, na pessoa de  São Policarpo.  Este discípulo de  São João Evangelista, veio a Roma, e em demonstrações públicas, provou que a Igreja de Roma, na doutrina, era idêntica a de Jerusalém. Esta declaração causou a  conversão de muitos hereges. 

                                                 Num ponto, aliás, de ordem secundária, houve divergência  entre Policarpo e Aniceto, quanto ao tempo da celebração da Páscoa. Os cristãos do Oriente comemoravam a Páscoa com os  Judeus, quando na Igreja Romana não existia  este  uso. Policarpo, desejoso de ver Roma adotar o uso da Igreja asiática, não conseguiu  esta uniformização. Aniceto opinava e com razão, que não devia abolir um costume introduzido e aprovado pelo príncipe dos Apóstolos. Entretanto, deixou aos cristãos orientais toda a  liberdade na celebração da Festa da Páscoa, como eram acostumados desde os dias  de  São João Evangelista. 

                                                 Santo Hegesipo era outro auxiliar estimável, que eficazmente dirigiu forte campanha contra as  heresias. Num livro que escreveu, sobre a tradição, provou que a doutrina passou, pura e  inalterada, dos Apóstolos ao Papa Aniceto e demonstrou que  a  mesma doutrina era conservada e ensinada, sem a mínima alteração. 

Reflexões:

Embora São Policarpo e as Igrejas orientais  tivessem opinião diferente  da sua, relativamente à época da Páscoa, Aniceto manteve com  elas relações amistosas. Com os hereges, porém,  não acontecia o mesmo. A divergência entre o Oriente e o Ocidente, afetava  apenas a ordem  disciplinar eclesiástica, enquanto os hereges deturpavam dogmas e  doutrinas fundamentais  da religião.  À disciplina  eclesiástica pertencem os usos  e práticas religiosas que, não fazendo parte do depósito da fé, podem ser modificadas, conforme  as circunstâncias locais ou temporais o aconselharem.  Os Apóstolos  proibiram aos  fiéis comer a  carne de animais  asfixiados. Os primeiros  séculos conheciam  só o batismo de  imersão, quando hoje  está  em uso o batismo de ablução. Hoje celebramos festas, que a Igreja primitiva  desconhecia. Penitências públicas que os fiéis dos primeiros  séculos eram obrigados  a fazer, hoje caíram em desuso. Tudo isto e muitos outros usos  e cerimônias da Igreja não são coisas essenciais da  religião e  sua prática depende das determinações da autoridade  eclesiástica, que repassam as diretrizes firmadas por  Roma. O poder episcopal vem de Deus e é por este motivo que os fiéis devem obedecer as  ordens e determinações  que os Bispos dão para as dioceses, ordens estas repassadas pelo Papa  para a Igreja Universal.  "Quem me ouve, a mim ouve;  quem vos despreza,  a  mim despreza". (Lc. 10,16). "Se alguém não ouve a Igreja, seja tido por pagão e publicano". (Mt. 18,17)

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/04/2012

17 de Abril de 2012 


João 3,7b-15

Comentário do Evangelho

Traços de uma catequese batismal

Neste texto do evangelho temos a continuidade do diálogo de Jesus com Nicodemos. Pode-se pensar que o evangelista João, ao fazer sua narrativa, com as expressões: "nascer da água", "nascer do alto" e "nascer do espírito", faz uma alusão ao batismo. Percebem-se aí traços de uma catequese batismal. É o batismo de João, na água, assumido pelo Espírito, em Jesus. O Espírito sopra onde quer e as comunidades cristãs vão surgindo livres de critérios de raça ou tradição. 

Nicodemos só entende a letra nas Escrituras e manifesta incompreensão do testemunho de Jesus, que fala do que conhece e do que viu "no céu". Não se abre à inspiração do Espírito. Jesus dá por encerrado o diálogo. 


Na parte final do texto, com uma construção literária diferente do diálogo, João passa a esclarecer o caráter celestial de Jesus. Quem olhasse a serpente de bronze levantada por Moisés, não morreria das picadas venenosas. Assim, pela fé em Jesus, que vivendo a plenitude do amor foi levantado na cruz, alcança-se a vida eterna.


José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

Nicodemos procura o Mestre, mas leva consigo as dúvidas e a desconfiança criadas por seu racionalismo. Jesus lhe diz que ele deve nascer de novo, tornar-se criança para ser digno do Reino do Céu. Tudo em Nicodemos era tão parecido com as nossas dúvidas e desconfiança, com o apego ao consumo e à segurança...


Reflexão
A Vida nova, a Vida segundo o Espírito, não é algo que a pessoa humana possa conseguir por si mesma, uma vez que é algo que está muito além da sua própria natureza, portanto algo que foge às suas capacidades. A Vida nova é a vida da graça, que nos é dada pelo próprio Deus, a partir do mistério pascal de Jesus. A condição para a participação nessa Vida em Cristo é a fé; todos os que acreditam que Jesus, crucificado, morto e ressuscitado, é o Filho de Deus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade que se fez homem para ser o Emanuel, o Deus conosco, recebem dele o dom da Vida em plenitude, o dom da vida eterna.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. "Ainda sobre Nicodemos, um catequizando persistente..."
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Muitos catequizandos e catequizandas desistem no meio do caminho, porque descobrem que a catequese não é um amontoado de conceitos religiosos e doutrinais, no decorrer dos encontros e com o passar dos dias percebem que a Palavra de Deus ali ensinada os obriga a rever sua vida e a abrir-se para um modo novo de viver, mudando algumas coisas. Daí muitos acabam desistindo, às vezes frequentam até o fim, mas logo após a Crisma somem das Comunidades...

Nicodemos não é desses, percebeu que a coisa era mais séria do que pensava, ele era um Doutor em Israel, como disse o próprio Jesus, mas não teve medo de demonstrar sua falta de conhecimento em relação às coisas profundas que Jesus lhe dizia. Acostumado a pensar e a se relacionar com o Deus da Aliança, através dos ritos, holocaustos no templo e o seguimento da Lei de Moisés, Nicodemos aprende que o importante é a Fé no Filho do Homem que é Jesus.

Jesus por seu lado, não foi arrogante, mas paciencioso, de maneira sábia e prudente, como deve ser um catequista, entrou no mundo de Nicodemos, tomando como exemplo alguém que ele admirava e lhe era de extrema importância em sua crença Judaica. Acho que foi naquele momento que Jesus conquistou o coração de Nicodemos, quando falou de Moisés, que levantou a serpente de bronze no deserto, bastando que quem tivesse sido picado pelas serpentes venenosas, olhasse para ela e já estaria salvo. Basta um olhar de Fé para Jesus e a salvação acontecerá na vida dá passos e ela passará a ter a Vida Eterna...

Com isso Jesus não fica só na teoria, mas esclarece que a Salvação é um processo dinâmico, todos os dias, nas mais diferentes situações, movidos pelo Espírito Santo, em nossas ações manifestamos nossa Fé e adesão a Jesus Cristo e vamos sendo curados de nossas dores e pecados, vamos morrendo com ele mas também ressuscitando...

É isso que significa nascer de novo, um fato que agora já era luz e certeza no coração daquele catequizando...

2. Traços de uma catequese batismal
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA

Oração


Pai, lança-me, cada dia, na aventura do Espírito, que me tira do comodismo e do abatimento e me faz superar meus próprios limites.



3. ALUSÃO AO BATISMO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Continua o diálogo de Jesus com Nicodemos, o qual exprime o impasse entre a incredulidade da sinagoga e a fé das comunidades cristãs no tempo de João. O nascer da água e do espírito é uma alusão ao batismo. Podemos ver aí traços de uma catequese batismal. É o batismo de João, na água, assumido pelo Espírito, em Jesus. O Espírito sopra onde quer e as comunidades cristãs vão surgindo livres de critérios de raça ou tradição.

Nicodemos só entende a letra nas Escrituras. Não se abre à inspiração do Espírito e não aceita o testemunho de Jesus, que fala do que conhece e viu "no céu". Com uma construção literária diferente do diálogo, o Evangelho de João passa a esclarecer o caráter celestial de Jesus. Quem olhasse a serpente de bronze levantada por Moisés não morreria das picadas das serpentes. Assim a fé no Filho do Homem exaltado na cruz leva à vida eterna.


O que é preciso para nascer de novo?


Postado por: homilia

abril 17th, 2012


Mantendo-se distante, Nicodemos estava acompanhando os milagres que Jesus realizava um após o outro. Aproveitando uma hora em que o Mestre estava sozinho, Nicodemos se aproxima para fazer a seguinte observação: “Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo, se Deus não estiver com ele” (João 3,2).
Jesus, como era de costume, foi direto ao assunto. Ele sabia o que o chefe judaico queria.“Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo” (João 3,3), disse Ele. Imediatamente, Nicodemos perguntou: “Como assim nascer de novo?”.
Essa é a mesma pergunta que a humanidade tem feito, há séculos, quando refletem sobre o ensinamento de Jesus em João 3,3. O que significa nascer de novo? Partamos do princípio: Deus criou o homem originalmente como uma trindade – espírito, mente e corpo. A mente é governada pelo espírito e, dessa forma, quando este predomina, o homem vive em comunhão e intimidade com o Senhor.
Jesus disse: “Deus é Espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”(cf. Jo 4,24). Quando Ele criou o homem primeiramente (com espírito, mente e corpo), planejou-o para a comunhão. O homem conheceu o Senhor e viveu em comunhão com Ele por causa da dimensão do espírito em seu ser. Entretanto, quando o espírito do homem está morto, ele é reduzido a viver no plano da existência animal. Seus pensamentos estão, primariamente, concentrados em suas necessidades e paixões.
Infelizmente, Adão escolheu viver segundo o desejo de sua carne e comeu do fruto proibido. E, ao fazê-lo, seu espírito morreu. Era preciso que Jesus, o Filho de Deus, se tornasse homem para que a humanidade voltasse ao seu estado anterior. Por isso, Jesus disse a Nicodemos que ele tinha de “nascer de novo” (João 3,7).
Precisamos nascer espiritualmente. Sem o nascimento espiritual, somos apenas “dois terços” de uma pessoa. O homem natural, de alguma maneira, tem a leve consciência de que há algo faltando em sua vida e tenta, constantemente, preencher esse vazio. O problema é que ele, geralmente, busca preenchê-lo por meio de uma experiência física ou emocional. Mas, no final das contas, mesmo que possa se fartar de prazeres físicos ou experiências emocionais, ainda sentirá que alguma coisa está faltando, pois nada pode preencher o lugar do Espírito, exceto ao nascer de novo.
O homem foi criado para adorar o Senhor. Se você não adora o Deus vivo e verdadeiro, então achará um substituto. Pode ser o seu carro, sua casa, seu barco, enfim, a lista pode se estender para sempre. Porém, a adoração é uma parte inata da existência humana.
Você pode pensar que tudo isso é simples demais, pode não entender como ter um nascimento espiritual apenas acreditando em Jesus Cristo. Pois bem, Deus o fez assim, de uma maneira simples, para que até mesmo uma criança pudesse nascer novamente.
Jesus continuou a explicar a Nicodemos que “Deus amou tanto o mundo – destruído pelo pecado e  perecendo com o resultado disso – para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3,16).
Um homem nasce novamente ao crer na condição de amor que Deus proveu para o perdão de seus pecados. Pecados que Jesus mesmo levou sobre Si. Dessa forma, quando você recebe Jesus como o seu Salvador e crê que Ele morreu pelos seus pecados, há uma transformação maravilhosa e misteriosa que ocorre interiormente, enquanto o seu espírito nasce. De repente, você começa a viver uma vida mais  completa, com uma nova dimensão do Espírito, com a qual você nunca sonhou e nem pensou que existisse.
Isso é tão glorioso e maravilhoso que está muito além de qualquer coisa que você já experimentou, experiência muito difícil descrever. Paulo disse que as experiências espirituais que ele teve foram tão maravilhosas, que seria um crime tentar colocá-las em palavras (cf. 2 Coríntios 12,4). Não existe nenhuma linguagem que possa expressá-las.
Jesus disse: “Se você quiser ver o Reino dos Céus e entendê-lo, você tem que nascer de novo”. Apenas olhe para Jesus Cristo, que morreu por seus pecados sobre a cruz, acredite n’Ele e no Seu amor por você e a transformação acontecerá.
Hoje, você tem duas escolhas, e tudo depende do seu relacionamento com Jesus Cristo. Você pode acreditar e olhar com fé para Ele ou pode seguir exatamente como você está. Para estar perdido, você não precisa fazer nada, apenas continue fazendo o que tem feito e perecerá. Mas, se olhar para a cruz e acreditar n’Aquele que morreu por seus pecados, então, o dom da vida eterna com Deus será seu! E você terá nascido de novo.
Padre Bantu Mendonça

Leitura Orante 

Preparo-me para a Leitura Orante, invocando o Espírito Santo. 

Espírito de verdade, 
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me. 
Que eu conheça Jesus Mestre 
e compreenda o seu Evangelho. 

Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós. 

1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto do dia? 

Leio atentamente, na Bíblia, o texto:
 Jo 3,7b-15, 
e observo pessoas, palavras, relações, lugares. 

Observo a conversa de dois Mestres. Jesus continua conversando com o doutor da Lei, Nicodemos. 
Jesus usa alguns símbolos neste texto. Fala do vento que sopra e ninguém sabe de onde vem, nem para onde vai. Isto acontece com os que nascem do Espírito. Deixam-se conduzir por ele. 
Fala ainda da cobra de bronze que Moisés ergueu no deserto. E diz que desta forma acontecerá com o Filho de Deus. Será levantado com um objetivo: para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna. 

2. Meditação (Caminho) 

O que o texto diz para mim, hoje? 

Pela fé em Jesus Cristo se chega à vida eterna. Parece simples, mas no mundo onde tudo é comprovado, explicado, tudo passa pelo racional, é difícil o compromisso com o que não é palpável. Mas, o vento não se vê e, no entanto, se vêem sua ação e conseqüências. Assim, se tenho fé, minha vida será diferente, coerente, verdadeiramente cristã. Com os bispos, em Aparecida, refletimos sobre nosso relacionamento com o Mestre:
 "Como discípulos de Jesus reconhecemos que Ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao mesmo tempo, o Evangelho de Deus (cf. Rm 1,3). Cremos e anunciamos "a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus" (Mc 1,1). Como filhos obedientes á voz do Pai queremos escutar a Jesus (cf. Lc 9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos sabemos que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68). Com a alegria da fé somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, n'Ele, a boa nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação."
 (DAp 103). 

3.Oração (Vida) 

O que o texto me leva a dizer a Deus? 

Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo: 

Mestre, tu tens palavras de vida eterna: 
Substitui a minha mente, os meus pensamentos contigo mesmo. 
Tu que iluminas todo homem e és a própria verdade: eu 
não quero raciocinar senão como tu ensinas, nem julgar 
senão conforme os teus julgamentos, 
nem pensar senão a Ti verdade substancial, dada a mim pelo Pai: 
"Vive na minha mente, ó Jesus verdade". 

4.Contemplação (Vida e Missão) 

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 

Meu novo olhar é para Jesus e assim quero ter atenção para perceber todo sopro do Espírito e seguir o seu movimento. 

Bênção 

- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
 Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 

Ir. Patrícia Silva, fsp 
Oração Final
Pai Santo, faze-nos compreender a liberdade que nos ofereces. Dá-nos coragem e sabedoria para aceitá-la e vivê-la plenamente. Assim seremos testemunhas vivas perante os companheiros de jornada da tua presença libertadora em nós e entre nós. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.