sábado, 20 de setembro de 2014

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! - OREMOS: Senhor Deus, nosso Pai, nós cremos em vós. Nós esperamos em Vós. Nós Vos amamos. Nós Vos agradecemos este dia que começa. Nós Vos damos graças, por que estamos com vida e nós Vos oferecemos este dia com todas as nossas alegrias e sofrimentos, com todos os nossos trabalhos e divertimentos. Guardai-nos do pecado e fazei de nós um instrumento de Vossa paz e de Vosso amor. Ajudai-nos a observar Vossos mandamentos. Amém.






OREMOS:

Senhor Deus, nosso Pai, nós cremos em vós.

Nós esperamos em Vós.

Nós Vos amamos.

Nós Vos agradecemos este dia que começa.

Nós Vos damos graças, por que estamos com vida e nós

Vos oferecemos este dia com todas as nossas

alegrias e sofrimentos, com todos os nossos trabalhos e divertimentos.

Guardai-nos do pecado e fazei de nós um instrumento

de Vossa paz e de Vosso amor.

Ajudai-nos a observar Vossos mandamentos.

Amém.


TERÇOS – VÍDEOS


Acesse:

1 - Terço da Divina Providência - http://youtu.be/5mzUbLl_P48

2 - Terço de Cura e Libertação - http://youtu.be/TWmZ47JoC0I

3 - Terço da FÉ - http://youtu.be/-I1tuBSDtkU

4 - Terço do Espírito Santo - http://youtu.be/BJqMkwQsOeQ

5 - Terço da Libertação Cantado - http://youtu.be/9ofE4VoEZPU


TERÇO DA MISERICÓRDIA - VÍDEOS - APRENDA A REZAR O TERÇO DA MISERICÓRDIA






"Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso".

JESUS, EU CONFIO EM VÓS!!!

APRENDA A REZAR O TERÇO DA MISERICÓRDIA



Para ser rezado nas contas do terço

No começo:

Pai nosso, que estais no céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do Céu e da Terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espirito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna Amém.

Nas contas de Pai Nosso, dirás as seguintes palavras usando o terço de Maria:

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

Nas contas de Ave Maria rezarás as seguintes palavras:

Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

No fim, rezarás três vezes estas palavras:

Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro” 
(Diário, 476).

Oração do Angelus - Padre Antonello - VÍDEO - Como rezar o Ângelus






Como rezar o Ângelus:

1) O Anjo do Senhor anunciou a Maria
- E Ela concebeu pelo poder do Espírito Santo.
Ave Maria...

2) Eis aqui a serva do Senhor.
- Faça-se em Mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria...

3) E o Verbo Divino se fez homem,
- e habitou entre nós.
Ave Maria...

4) Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
- para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos: Derramai ó Deus, a Vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela mensagem do anjo a encarnação do Vosso filho, cheguemos por Sua Paixão e Cruz à glória da ressurreição. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Glória ao Pai... (repete-se 3 vezes)

LITURGIA DAS HORAS

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Mensagens diárias prá vc

Terço - Mistérios Gloriosos - Quarta-Feira e Domingo


Terço do Rosário: Mistérios Gloriosos





LITURGIA DIÁRIA - O Domingo – Crianças

Dia 21 – Missa do 25º Domingo Comum
Vamos trabalhar na vinha do Senhor!


RECADO DO PAPA FRANCISCO:
Jesus é a nossa esperança. Não há nada – nem o mal, nem mesmo a morte – que nos possa separar da força salvífica do seu Amor.

http://www.paulus.com.br/portal/o-domingo-criancas/dia-21-missa-do-25o-domingo-do-tempo-comum#.VB5UfJTwnfI

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 21/09/2014

ANO A


Mt 20,1-16a

Comentário do Evangelho

Deus está perto de nós.

Onde está Deus, quando sofremos? Na nossa desolação, onde encontrar Deus? São perguntas que o trecho do livro do profeta Isaías busca responder. Este trecho do livro do profeta Isaías retrata a situação de desolação dos exilados, membros do povo de Deus, na Babilônia. Os longos anos do exílio faziam com que perdessem a esperança de um dia retornarem à Israel. Com isso, sentiam igualmente que Deus os tinha abandonado e se esquecido deles. A voz inspirada do profeta se levanta para dar ânimo: o Senhor se deixa encontrar, pois, Ele está perto (Is 55,6). Quando sofremos, em qualquer situação, Deus está perto de nós; e, se sofremos, Deus sofre com o nosso sofrimento. A vida do seu povo, a vida de cada um em particular, interessa a Deus. Mas é preciso abandonar a impiedade, isto é, um modo de proceder e agir que semeia o joio da maldade no seio mesmo da comunidade de fé, desestimulando os membros do povo de Deus da confiança no seu Senhor. É preciso centrar a vida e a esperança no desígnio salvífico de Deus.
Temos algum direito sobre a salvação? A salvação é oferecida a uns e não a outros? Deus faz distinção de pessoas? A salvação é retribuição pelo bem realizado? Na parábola dos operários da undécima hora, é o próprio patrão, dono da vinha, que em diferentes horas do dia sai às praças chamando os operários para o trabalho na sua vinha, até a última hora da jornada de trabalho. Em todos os tempos e a todos, indistintamente, Deus chama para participar da sua própria vida. A salvação é um dom: é o dono da vinha que chama operários para o trabalho na vinha. A murmuração dos que foram chamados primeiro a trabalhar na vinha, contra o patrão que pagou o mesmo salário para os últimos admitidos, é a expressão da dificuldade vivida pela comunidade cristã primitiva, sobretudo, entre judeo-cristãos e cristãos oriundos do mundo pagão. Todos igualmente recebem o dom da salvação, sem nenhum privilégio ou direito de precedência? Sim! Pois o verdadeiro salário não é contrapartida do trabalho realizado na vinha; o verdadeiro salário, isto é, a verdadeira recompensa, é ter sido chamado e admitido no Reino de Deus. O verdadeiro salário está em ser chamado a participar da vida divina. O amor de Deus não segue a lógica matemática de nossas atitudes: “meus planos não são vossos planos, vossos caminhos não são meus caminhos” (Is 55,8). A salvação é dom de Deus e, como tal, ela deve ser recebida e vivida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu jamais me deixe levar pelo espírito de ambição e de rivalidade, convencido de que, no Reino, somos todos iguais, teus filhos.

Vivendo a Palavra

Não adianta tentar enquadrar o comportamento desse patrão no gabarito da nossa justiça contábil de débitos, créditos e saldos. Ao anunciar a Boa Notícia do Reino, Jesus propõe um novo paradigma de generosidade, de gratuidade e de leveza. Aqui descobrimos que há mais alegria em dar do que em receber.

Recadinho


Você considera que Deus o trata com muita generosidade? - Neste aspecto, como é seu modo de agir em relação a seu próximo? - Você pede que Deus o fortaleça na caminhada? - Procura ser presença amiga na vida dos que sofrem? - Lembre-se sempre: generosidade com generosidade se paga!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

Comentário do Evangelho

As parábolas narrativas são caracterizadas por sua extensão e por seus detalhamentos. Esta de hoje é exclusiva de Mateus. No cenário aparecem o dono da vinha, imagem característica na tradição de Israel, e os trabalhadores desocupados na praça, cena característica de uma cidade grega. Uma parábola dá margem a uma pluralidade de interpretações. Estes "desocupados" não eram indolentes, mas curtiam a amargura da busca de um trabalho para a sobrevivência diária, excluídos pelo sistema social. Comumente se vê na parábola a expressão da simples generosidade do proprietário que convocou os operários. Com pena dos últimos, decidiu dar-lhes o mesmo que aos outros. Outra interpretação pode ser a compreensão do significado do trabalho. O trabalho não é mercadoria que se vende, avaliado pela eficiência do trabalhador que produz. O trabalho é o meio de subsistência das pessoas e da família, bem como é serviço à comunidade, pela partilha de seus frutos. Todos têm direito ao essencial para a sua sobrevivência. Na parábola, a todos foi dado o necessário para a sobrevivência de um dia, independentemente da quantidade de sua produção. O fruto do trabalho é uma extensão do próprio trabalhador. A venda deste fruto por um salário é uma alienação da dignidade do trabalhador e da trabalhadora. É vender uma parte do seu ser, uma extensão de seu próprio corpo, para a acumulação de riqueza e prazer de outro. A conversão da injustiça para a justiça é o seguimento do caminho de Deus (primeira leitura) que leva à prática de uma cidadania no resgate da dignidade humana e da vida (segunda leitura).
Oração
Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

REFLEXÕES DE HOJE


DIA 21 DE SETEMBRO-DOMINGO
21 de setembro – 25º DOMINGO COMUM
Por Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj

I. INTRODUÇÃO GERAL

As leituras de hoje exortam-nos a tomar cuidado para não reduzir Deus aos critérios humanos, por melhor que sejam. Deus ultrapassa tudo o que se pode pensar ou dizer sobre ele. Muitas vezes, seus planos se tornam incompreensíveis ao ser humano. Quando isso acontece, resta-nos perseverar na fidelidade sem mudar de caminho, a exemplo de Jesus, que disse: “Pai, afasta de mim este cálice, contudo não se faça a minha vontade, mas, sim, a tua” (cf. Mt 26,39).

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. Evangelho (Mt 20,1-16a): “Os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”
O texto situa-se no “sermão sobre a comunidade”. Jesus continua instruindo seus seguidores sobre como se comportar no mundo.
O Reino dos Céus é aqui comparado ao proprietário que contratou vários trabalhadores para sua vinha, em horários diferentes. No final, paga a todos igualmente, começando pelos últimos, contratados à tardinha, até os primeiros, contratados de manhã.
A maneira como o patrão trata seus operários nos chama a atenção para a gratuidade com que Deus nos acolhe em seu reino. Não é segundo os critérios humanos que Deus age em favor da humanidade. A estranheza das palavras de Jesus nessa parábola deve nos chamar a atenção para nossa maneira de julgar a Deus ou de atribuir-lhe atitudes especificamente humanas.
Geralmente o ser humano quer recompensa por suas boas ações. E, quando não se sente recompensado, acha que Deus é injusto, ou não o ama, ou esqueceu-se dele. Costuma-se até dizer: “Por que Deus não atende às minhas preces? Sou tão dedicado, tenho tanta fé!”
Mas a maneira de Deus agir não se iguala à nossa. Ele é absolutamente livre para agir como quiser. E essa liberdade é pontuada por seu amor incondicional e sua generosidade inestimável. Deus nos ama e deu-nos mais do que ousamos pedir. Deu-nos a vida. Deu-nos a si mesmo no seu Filho. Deu-nos a eternidade ao seu lado.
Por isso, o Reino dos Céus não se apresenta como recompensa por nossos méritos pessoais. É puro dom de Deus, que nos chama gratuitamente a participar da vida plena. Cabe-nos acolhê-lo como dom ou ficar numa atitude mesquinha de sempre esperar recompensas por méritos prévios. Isso não é cristianismo, não é gratuidade. Isso não é resposta amorosa a Deus.

2. I leitura (Is 55,6-9): Que o perverso deixe o seu caminho
O texto da primeira leitura é uma oferta de perdão, paz e felicidade aos pecadores. Em primeiro lugar, assegura que as orações e o arrependimento serão acolhidos por Deus: “buscai o Senhor… invocai-o… deixe o mau caminho… converta-se… que o Senhor se compadecerá” (v. 6-7).
Deus não é como o ser humano, seus pensamentos são totalmente diferentes. Ele é infinitamente fiel: não desiste de seus filhos, não cessa de ofertar-lhes sua misericórdia sem limites. Ao contrário, o ser humano desiste de Deus, trilha outros caminhos, bem diferentes daqueles propostos pelo Senhor.
“Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor… volte-se para o nosso Deus” (v. 7). Em primeiro lugar, arrepender-se é mudar de caminho, de atitudes, é tomar outros tipos de decisões, fazer outras escolhas. Mas não é só isso: há que mudar também os pensamentos, ou seja, transformar-se internamente, mudando de mentalidade em relação ao mundo, às pessoas e às situações; mudar de ideia a respeito de si mesmo, mudar até mesmo as concepções sobre Deus e sobre seus caminhos, porque o Senhor sempre estará muito além do que se pode dizer e pensar a respeito dele.
Converter-se é mudar de mente e voltar aos caminhos do Senhor. Mas voltar a ele não porque houve total compreensão do seu projeto, e sim porque ele é soberano e misericordioso. A vida humana só tem sentido no relacionamento com Deus, e quando seus caminhos são difíceis de entender e trilhar, resta, acima de tudo, perseverar na fidelidade.

3. II leitura (Fl 1,20c-24.27a): Meu viver é Cristo
Grande exemplo de perseverança, mesmo que os planos de Deus se tornem incompreensíveis, é-nos dado na leitura da epístola aos Filipenses. O cristão vive unicamente para Deus, não em função de recompensas por méritos pessoais. Qualquer que seja a situação, boa ou ruim, deve perseverar no bem e na busca de agradar unicamente a Deus, seguindo em frente sem hesitar.
O cristão não deve desanimar nunca, mesmo se, depois de repetidos esforços, sentir-se fracassado ou mesmo perseguido, como o apóstolo Paulo. É necessário confiar somente em Deus, pois só ele pode dar eficácia à atividade humana. Mesmo sem entender o que acontece consigo, o cristão deve viver de modo digno do evangelho (v. 27).

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

Não considerar a parábola no plano da justiça social, mas respeitar a estranheza das palavras de Jesus, que tem por objetivo nos conscientizar de que o Reino de Deus não se baseia em mérito-recompensa, mas é puro dom. O próximo domingo será o dia da Bíblia; é bom destacar a importância do itinerário do povo de Deus, comparando-o ao daqueles trabalhadores das primeiras horas. Os hebreus foram os primeiros a responder “sim” ao apelo do dono da vinha. As demais nações herdaram desse povo as alianças, as promessas, a história e, principalmente, o Messias. Sejamos gratos a Deus e a Israel, nosso irmão mais velho, fatigado pelo dia inteiro de trabalho.

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje – BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
21 de setembro: 25º Domingo do Tempo Comum
A JUSTIÇA DO REINO
A justiça do reino, que se manifesta no agir de Deus, o dono da vinha que cumpre a palavra e atende a todos, convida a atitudes novas. Pois trabalhar em sua vinha, o reino de Deus, não torna uns mais merecedores que outros. Cada um de nós, com a própria história, seguindo a justiça do reino, entra na dinâmica do amor de Deus, tornando-se também objeto de sua bondade e misericórdia.
Os que foram contratados primeiro esperam receber mais do que o “justo” combinado. Pensam na justiça que retribui segundo o mérito, baseada na comparação e sempre acompanhada de ciúme.
Os que foram contratados por último, em vez, descobrem que o “justo” combinado vai além do que merecem. De fato, o dono da vinha, ao agir com bondade, mostra que sua justiça não é punição, mas solidariedade com os que vivem situações de preocupação e sofrimento, como o desemprego.
Tem sentido, então, a pergunta do dono da vinha, diante de um ciúme que não admite o amor autêntico de Deus. Reconhecer-se agraciado por Deus e comprometer-se com uma justiça diferente faz superar preconceitos e abre às necessidades dos outros. Seria mais fácil, de antemão, tachar de vagabundos aqueles trabalhadores contratados por último. O dono da vinha os questiona, descobre que estão desempregados, e o pagamento “justo” que ele faz se expressa em solidariedade, pelo drama que viviam.
A justiça de Deus, enfim, iguala por alto, eleva à dignidade todos os seus filhos e filhas. E nos convida a uma lógica diferente, não baseada no mérito, mas na solidariedade que questiona, aproxima e inclui. Para além de preconceitos, para além da simples retribuição, a fim de experimentar de fato o agir daquele que é bom.
Pe. Paulo Bazaglia, SSP
Dia 21 – 25° DOMINGO COMUM
A EMERGÊNCIA DA BONDADE
Conta-se que, certa vez, irmã Dulce foi pedir ajuda a um homem muito rico de Salvador, na Bahia. A ajuda era para socorrer a multidão de pobres que sempre acorria à religiosa em busca de alívio para as suas necessidades. A freira, ao fazer o pedido, teria recebido do rico avarento uma cusparada na mão que lhe havia estendido. Diante da humilhação, Dulce estendeu a outra mão e disse: “Tudo bem, a cusparada é para mim; e a ajuda para meus pobres?” Nisso o rico ficou vermelho de vergonha, frente a frente com a bondade. Abriu o coração e, com os olhos rasos d’água, abriu-se também à generosidade.
A bondade desarma a arrogância. Desarma toda forma de orgulho, de prepotência. Jesus é o exemplo da pura bondade. Por onde passou, fez o bem a todos. Tirou da lama, do fundo do poço, quem mais padecia. No evangelho de hoje (Mt 20,1-16) ele garante que todos têm o direito de sentir-se em casa no mundo. Todos! Sobretudo os que foram obrigados a ser os últimos, os desocupados, por não terem oportunidade de trabalho digno.
O evangelho deixa claro que a matemática de Deus é baseada no amor, e não num esquema de trocas. Ele é justo. Tal qual uma mãe, ama os filhos na mesma medida. No entanto, dispensa cuidados especiais aos filhos mais debilitados, em situação de perigo, de risco. No reino dele não há quem seja mais importante. O amor não divide, não faz acepção de pessoas. O amor une os dons. O amor salva!
Ocorre que sempre há o risco de, nas comunidades, alguém se considerar dono ou merecedor de privilégio, querendo para si mais do que é seu de direito. Porém, na comunidade cristã deve ser diferente: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor recíproco, porque aquele que ama o seu próximo cumpriu toda a lei” (Rm 13,8). O amor seja sempre antes de qualquer coisa e expresso nos instantes comuns. É assim que a vida pede de nós todos os dias.
Não se trata de um amor apenas de palavras bonitas. Trata-se de atitudes. O amor não é uma obrigação. Não se ama esperando algo em troca. O amor cristão é pura gratuidade. Daí o outro nome do amor, que é o bem. Quem ama quer bem aos outros e faz que o bem prevaleça num mundo que geralmente semeia o mal.
A emergência da bondade suaviza o sofrimento no mundo. Querer o bem do outro é semear o reino de Jesus. Querer bem não faz mal a ninguém. O bem salva.
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp



DOMINGO, 21 DE SETEMBRO DE 2014



A recompensa será igual para todos?

No Evangelho deste Domingo, Nosso Senhor conta a seus discípulos a parábola dos trabalhadores na vinha. Após contratar várias pessoas para o trabalho, algumas de madrugada, outras às nove da manhã, outras ao meio-dia e às três, e outras ainda às cinco da tarde, o seu patrão remunera-os igualmente, com uma moeda de prata. Diante disso, os que haviam sido contratados primeiro “começaram a resmungar contra o patrão: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’”.

Para entender o significado dessa parábola, é preciso explicar o contexto do Evangelho de São Mateus. Ele foi escrito para comunicar a vida de Jesus aos cristãos convertidos da religião judaica, supondo que os seus ouvintes conheciam a história da Antiga Aliança, dos patriarcas e profetas do Velho Testamento, das festas religiosas do povo israelita etc. A partir dessa informação, é possível entender a parábola como uma resposta aos cristãos vindos do judaísmo, que são justamente os trabalhadores que foram contratados “de madrugada”, pois começaram a seguir o Deus verdadeiro ainda no começo da história.

Sabe-se que, no alvorecer das primeiras comunidades cristãs, houve um sério conflito por parte dos cristãos “judaizantes”, que queriam que os convertidos do paganismo se submetessem a algumas prescrições da Torá - como a circuncisão - antes de se batizarem e entrarem na Igreja. A controvérsia foi resolvida no episódio do Concílio de Jerusalém, no qual os apóstolos decidiram “não (...) inquietar os pagãos que se convertem a Deus” [1], mandando-os tão somente “abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilícitas” [2].

Ao comparar o Reino dos céus ao patrão que premiou tanto os primeiros trabalhadores quanto os que foram contratados depois com a mesma recompensa, Nosso Senhor já resolvia essa dificuldade do futuro, ilustrando a generosidade de Deus, que se dá todo aos homens, seja aos judeus, seja aos pagãos.

Santo Tomás de Aquino, comentando este Evangelho [3], divide-o em duas partes: a da contratação e a da remuneração.

Com relação à contratação, percebe-se como “Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” [4]: o dia de que fala o Evangelho simboliza tanto a história da humanidade - Deus chamou alguns de madrugada, isto é, de Adão a Noé; outros na hora terça, de Noé a Abraão; outros na hora sexta, de Abraão a Moisés; e outros ainda na hora nona, de Moisés até a vinda de Cristo -, quanto a história de cada homem em particular - alguns o Senhor chama de madrugada, isto é, na infância; outros na hora terça, que é a adolescência; outros na hora sexta, que é a idade adulta; outros na hora nona, que é a velhice; e outros ainda chama na última hora, como chamou o bom ladrão [5].

Quanto à remuneração, a moeda de prata de que fala o Evangelho é a vida eterna, o patrão é Deus Pai e o administrador é Deus Filho. Ao distribuir a recompensa, o patrão dá uma moeda de prata aos trabalhadores, mostrando que a recompensa eterna é igual para todos. Mas, em que sentido se pode dizer isso? Santo Tomás explica:
“A bem-aventurança pode ser considerada quanto ao objeto, e, então, ela é uma só para todos; e quanto à participação do objeto, e, então, ela é diferente, pois nem todos participarão dela do mesmo modo, conforme está escrito em Jo 14, 2: Na casa de meu Pai, existem muitas moradas. É como se muitos fossem à procura de água, e um carregasse um vaso maior do que o outro: o rio está disponível a todos, mas nem todos levarão a mesma quantidade. Assim, quem tem a alma mais dilatada, mais caridade recebe.” [6]
Para entender o que diz o Aquinate, pode servir de apoio a parábola dos talentos [7], na qual o senhor retribui a cada um de seus servos de acordo com o seu trabalho. Embora pareça, essas duas passagens não estão em contradição. Deus, que é como um oceano infinito, é capaz de preencher totalmente tanto uma tampinha de garrafa quanto um copo, uma piscina ou uma Baía de Guanabara. De fato, o objeto da bem-aventurança é um só, Deus mesmo; no entanto, a participação de cada um nessa recompensa será diferente, pois cada um amou a Deus de forma diferente.

A grande lição deste Evangelho é recordar-nos que a recompensa divina não é merecida por nenhum de nós e, por isso, todos devemos viver em ato de contínua gratidão a Deus. Ao responder à murmuração dos primeiros trabalhadores, o patrão lhes pergunta se estão “com inveja”. No original grego, a expressão do Autor Sagrado é: φθαλμός πονηρός [lê-se: ophthalmós poneirós], que quer dizer, literalmente, “olho mau”. Esse termo - que também já foi consagrado pela linguagem popular - descreve uma atitude espiritual: o invejoso, quando vê alguém feliz, se entristece com a sua alegria. Jesus denuncia que esse remordimento interno é causado por uma mentalidade mesquinha, a mesma mentalidade do fariseu que acha que é digno do Reino dos céus [8]. Ele se esquece que todos os que se salvarem o serão por pura misericórdia de Deus e que até os méritos que ele adquire só são possível graças à graça divina. Por isso, é importante dirigir o olhar ao Senhor, em meio ao cansaço e a fadiga do dia a dia, e dizer: Senhor, eu não mereço, mas deixe-me trabalhar pelo vosso Reino, viver o cansaço do dia a dia, por vosso amor.

É importante lembrar também que hoje, 21 de setembro, é justamente o dia da memória de São Mateus. Vivendo como publicano por muito tempo, o evangelista foi um desses agraciados de última hora, que deixou a coletoria de impostos e todo o resto para seguir Nosso Senhor. Depois de deixar a velha vida, Mateus também correspondeu ao amor de Deus, pregando o Evangelho até o martírio. Ele é, portanto, um exemplo das duas realidades: não só é o que se converteu, mas também aquele que trabalhou até o fim, ganhando do Senhor a graça de merecer morrer por Sua causa.

Como São Mateus, independentemente de nossa história de vida, alegremo-nos e correspondamos generosamente à graça superabundante que Deus derrama sobre nós.

Referências:

At 15, 19.
At 15, 29.
Cf. Santo Tomás de Aquino, Super Evangelium Matthaei, 20, 1.
1 Tm 2, 4.
Cf. Lc 23, 39-43.
Santo Tomás de Aquino, Super Evangelium Matthaei, 20, 1. Cf. também Suma Teológica, I-II, q. 5, a. 2.
Cf. Mt 25, 14-30.
Cf. Lc 18, 9-14.

XXVº Domingo do Tempo Comum - 21 de Setembro



MEUS PENSAMENTOS ESTÃO ACIMA DOS VOSSOS PENSAMENTOS

 Primeira Leituras: Isaías 55,6-9;
Salmo 144 (145), 2-3, 8-9, 17-18;
Segunda Leitura: Filipenses 1,20c-24. 27a;
Evangelho: Mateus 20,1-16a.

Situando-nos
Na semana passada tivemos uma pausa no caminho espiritual do Tempo Comum para celebrarmos a festa da Exaltação da Santa Cruz. As festas do Senhor, de Nossa Senhora e dos santos e santas e são também próprias deste tempo do ano litúrgico, dando-nos o movimento da vida entre festa e cotidiano. Dessa forma, não temos mais a relação temática vertical entre o domingo passado e este que iremos celebrar.
Retomando o caminho, continuamos a contemplar em Cristo o nosso agir no mundo, manifestando o Reino de Deus. Nossa ação tem como ponto de partida e chegada a pessoa e a missão de Jesus, que nos aponta o agir do Pai como referencial maior, para que o nosso agir e pensar estejam ao menos próximos daqueles de Deus.
Já percorremos mais da metade dos 34 domingos do Tempo Comum deste ano. E estando mais próximos do término do ano litúrgico. Neste ano A, a temática do Reino de Deus se torna mais constante e presente. Sobretudo porque em Mateus, Jesus é aquele que veio cumprir toda a justiça do Reino, contra todo e qualquer legalismo.

Recordando a Palavra
Mais uma vez o Lecionário faz um recorte em seu texto bíblico para a liturgia. No texto bíblico a parábola dos trabalhadores da vinha é consequência do diálogo de Pedro com Jesus sobre a recompensa de quem deixou tudo para segui-lo. Para dar este sentido é que algumas traduções trazem um complemento como: “Porque o Reino dos céus é semelhante...” (Bíblia de Jerusalém, ou “De fato, o Reino dos céus é como... Bíblia Edição Pastoral).
Mas o Lecionário não assume esta continuidade da perícope e propõe a parábola de forma autônoma ao iniciar: “Naquele tempo, parábola a seus discípulos”. Logo, devemos buscar nela conteúdo do mistério que celebramos, sem a necessária referência exegética ao diálogo anterior de Jesus com Pedro.
Jesus compara o Reino dos Céus à história de um patrão que contrata trabalhadores ao longo do dia para trabalhar em sua vinha: os primeiros de madrugada, outros as nove, outros ao meio-dia, outros às quinze horas e, por fim, outro grupo às dezessete horas. Com todos combinou pagar uma moeda de prata ou, como faz com os contratados às nove horas, pagar-lhes “o que for justo” (Mt 20,4).
“Este comportamento ou ação de Deus no trato para com as pessoas encontra seu desfecho e explicação no diálogo final com os chamados ‘‘trabalhadores da primeira hora”. Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. Ou estás com inveja, porque estou sendo bom? (Mt 20; 14.15b).

Atualizando a Palavra
A nossa condição e fragilidade humanas nos leva a ter comportamentos e exigência puramente temporalizadas, circunscritas às nossas necessidades e desejos, tornando os nossos pensamentos e ações às vezes distantes daqueles próprios de Deus.
Por isso mesmo, vendo do ponto de vista da pura “justiça” humana, o patrão da parábola de Jesus, para nós, pode ter agido injustamente. Ora, quem trabalhou por mais horas, deve receber mais do que aquele que trabalhou menos tempo! Podemos até mesmo calcular, de acordo as leis trabalhistas, quanto cada um deve e tem direito de receber. E, por vezes, somos muito rígidos no cumprimento de algumas leis e contratos!
Claro que estas leis têm seu valor e importância para a convivência e o cumprimento mínimo da justiça por nós criada e estabelecida.
Mas não podemos agir apenas a partir de leis puramente humanas, sem o nosso olhar e agir a partir também da justiça divina. Muitas vezes, o que é justo aos olhos humanos, não é justo aos olhos de Deus. O mero cumprimento de uma lei social, não nos dá o respaldo da legalidade, nem nos impede de ver a realidade para além da lei, que, muitas vezes, garante apenas o mínimo e não o necessário para a vida.

Ligando a Palavra com a ação litúrgica
A palavra do Senhor proclamada pelo profeta nos ajuda a perceber algo que nos deixa um tanto quanto desconfortáveis diante de Deus e até dos irmãos e irmãs: os pensamentos de Deus não são como os nossos caminhos.
Deus age, em primeiro lugar, com justiça: paga aos empregados o que estava no contrato. Mas, ao mesmo tempo, age com bondade: “Ou estás com inveja, porque estou bom?” (Mt 20,15b). Justiça e bondade unidas em Deus, o levam a agir de forma diferenciada (cf. Sl 85,11), ou seja, ele age a partir da justiça do seu Reino.
Por isso, Deus não vê apenas o cumprimento do contrato, vai além dele e percebe a necessidade de vida, pois, os trabalhadores das outras horas não estão deixando de trabalhar por serem preguiçosos ou por outros motivos alheios, não estão trabalhando, porque ninguém os contratou (cf. Mt 20,7). Deus vê, portanto, a necessidade também desses, que têm suas famílias e devem sustentá-las. Caso pagasse apenas o “justo”, não lhes seria suficiente para viverem.
O salmista, em resposta á proposta divina de vivermos a justiça do reino, reafirma a bondade de Deus, pois “Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda a criatura. É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz” (Sl 144,8-9.17).
A nossa experiência litúrgico-sacramental é para nós a força da presença desta ação de Deus: o Senhor acolhe a todos e todas à sua Ceia, revelando-nos a riqueza e a misericórdia pelo banquete do reino do Pai, que oferece lugar para todos: a quem trabalha mais ou menos no reino, o rico e, principalmente, o pobre. “Ora, eu vos digo: muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar à mesa no reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó” (Mt 8,11; cf. Lc 13,29-30).
A antífona da aclamação ao Evangelho, assim, ecoa como um grande clamor a Deus para que nos converta: “Vinde abrir o nosso coração, Senhor; ó Senhor, abri o nosso coração, e, então, do vosso filho a palavra, poderemos acolher com muito amor!” E em Jesus, o Senhor resumiu “toda a lei no amor a deus e ao próximo” para que observemos o seu mandamento (Oração do dia).
De fato, nossas opções não condizem, muitas vezes, com as opções de Deus. E isto não deve ser acolhido por nós com desânimo ou desesperança. Pelo contrário, deve ser a motivação maior para a nossa conversão, para a mudança do nosso modo de pensar e agir no mundo, pois optamos, como cristãos, em apontar a presença do Reino do Pai, pois, só uma coisa importa: viver à altura do Evangelho de cristo (cf. Fl 1,27a – segunda leitura).
Sugestões para a celebração
O Hinário Litúrgico nos oferece o salmo 125 para o canto de entrada, tendo como refrão a antífona de entrada do 25º DC. Ver música no CD Liturgia VII, faixa 9.

ØNo mesmo CD encontra-se a proposta para o canto de comunhão que assume o último versículo do Evangelho deste dia como refrão para o Salmo 103.
ØÉ importante que a primeira leitura, em particular, seja proclamada como um convicto convite a buscar o Senhor, de forma persuasiva.
ØPreparando bem, o Evangelho pode ser dialogado. São necessários: o (a) narrador (a), o patrão (quem preside), a fala dos trabalhadores desocupados e a fala dos que murmuram.

Fonte: Novo povo construindo o Reino de Deus na justiça! -  Roteiros Homiléticos do Tempo Comum I - setembro 2014 - Ano A – Edições CNBB

Liturgia de 21.09.2014 - 25º DTC

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Dermeval Neves



A Voz do Pastor - 25º Domingo Comum - Domingo 21/09/14

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Palavra de Vida Eterna | São Mateus 20,1-16a20,1-16a - 21/09/2014

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Pai,
que eu jamais me deixe levar
pelo espírito de ambição e de rivalidade,
convencido de que, no Reino,
somos todos iguais, teus filhos.

HOMILIA
EU PAGAREI O QUE FOR JUSTO Mt 20,1-16ª
A parábola de hoje nasce da realidade agrícola do povo da Galiléia. Era uma região rica, de terra boa, - mas com o seu povo empobrecido, pois as terras estavam nas mãos de poucos, e a maioria trabalhava ou como arrendatários ou como “bóia-fria” como diríamos hoje. Embora a cena situe-se na Galiléia de dois mil anos atrás, bem poderia ser aqui como aí onde você mora hoje em dia. Apresenta uma situação de trabalhadores braçais desempregados, não por querer, mas “porque ninguém nos contratou”. Talvez haja uma diferença, comparando com a situação de hoje - na parábola, o salário combinado era uma moeda de prata, um denário, que na época era o suficiente para o sustento diário duma família - o que nem sempre se verifica hoje.
O dono de uma vinha chamou trabalhadores para a colheita. A uns chamou pela manhã, outros ao longo do dia e outros, ainda, no fim do dia. A todos, compromete-se com o mesmo pagamento. Naturalmente, aqueles que começaram a trabalhar ainda cedo reclamaram ao patrão por ter recebido o mesmo montante dos outros que trabalharam apenas uma pequena parte do dia. Para o patrão, porém, está feita justiça: pagou a todos conforme o combinado e, ademais, dispôs daquilo que é seu. Se, aos olhos do empregado que se considera lesado aquilo era injusto, ao patrão foi apenas um acerto de contas equânime, dentro dos limites que tinha estabelecido.
Jesus contou esta parábola para nos esclarecer como o pensamento de Deus difere da nossa mentalidade humana. Na administração das coisas do mundo existem critérios já estabelecidos em relação a quem faz mais, a quem faz menos. Para Deus o que importa é a decisão do momento. Quem começa mais cedo tem a mesma paga de quem começou mais tarde. A salvação é para hoje, agora. Os que abraçam a salvação mais cedo têm a recompensa de conhecerem o reino dos céus primeiro. E quando fazemos a experiência de salvação percebemos que nenhum dinheiro do mundo paga o que alcançamos.
Muitas vezes assumimos o papel dos trabalhadores que reclamam por ter trabalhado tanto enquanto outros que não sofreram as mesmas penas recebem a mesma recompensa. Assim o é na vida civil e na vida cristã. Mas, para Deus, não importa o “tempo de casa” ou aquilo tudo que já demos: importa com que amor o demos, com que dedicação o fizemos. Além disso, o Senhor nos dá a Sua graça e esta Ele dispõe como deseja. Essa é a aparente contradição: a perspectiva humana entende que o pagamento deve ser correspondente ao tempo ou à responsabilidade do trabalho. Deus, não. Ele entende que pode dispor do que é seu e dá a cada um como considera o seu merecimento.
Portanto, não precisamos questionar a recompensa que Deus dá àqueles “pecadores” que nós julgamos os piores do mundo, pelo contrário devemos também sair pelo mundo a fora em busca dos “trabalhadores de última hora” a fim de que encontrem a Jesus e recebam a salvação para as suas almas.
Você conhece alguém que ainda não foi contratado para trabalhar na vinha do Senhor? Por que não chamá-lo?- Você já se sente contratado (a) e recompensado.
Pai, que eu jamais me deixe levar pelo espírito de ambição e de rivalidade, convencido de que, no Reino, somos todos iguais, teus filhos.
Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA
Não inveje ninguém, pois Deus é bom com todos
Não inveje ninguém! Deus é generoso e bom com todos. Ele sabe quais são as carências de cada coração humano.
“Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos” (Mateus 20, 16a).


A parábola que ouvimos de Jesus, no Evangelho de hoje, pode provocar, talvez nos corações mais voltados à justiça, uma certa confusão, até uma certa incompreensão da atitude do senhor da vinha, do patrão. Porque o patrão saiu para contratar os empregados, logo pela manhã combinou com eles uma moeda de prata, depois na metade da manhã contratou mais empregados e combinou outra moeda de prata com eles. Depois, no meio da tarde e no final do dia, contratou mais outros operários e combinou o mesmo valor.
A questão aqui não é o valor combinado, porque o combinado não custa caro, como dizem. O senhor combinou com os primeiros operários uma moeda de prata e a pagou, mas ele também combinou com os da última hora e pagou o mesmo valor. Se os operários da primeira hora não soubessem quanto tinham ganhado os da última hora não haveria problema nenhum, estariam felizes, agradecidos. Mas o problema é que a inveja, quando vem ao coração humano, destrói os melhores sentimentos, e o primeiro deles é a gratidão e o reconhecimento.
Quando só comparamos a nossa vida com a dos outros – o que nós temos com o que o outro tem – não sabemos valorizar o que temos. Não sabemos dar o verdadeiro valor, estima, não sabemos apreciar o que temos. Estamos sempre comparando a nossa vida com a dos outros, o que temos com o que o outro tem, e no Reino de Deus não é assim!
Deus não faz distinção de pessoas. Ele ama a todos com valor igual; Ele não vai dar mais a quem trabalhou mais, e o outro porque chegou no fim vai ganhar menos. De repente, pode até ser que realmente tenha um valor maior aquele que recebeu por último do que quem trabalhou menos, mas o Pai sabe qual é a necessidade de cada um de Seus filhos. Quem é pai, quem é mãe, procura ser justo, dar amor igual para seus filhos, mas eles sabem também qual é a carência que cada filho tem.
Deus é generoso e não deixa de ser bom com ninguém, Ele sabe quais são as carências de cada coração humano. O que nós não podemos deixar é que o amor de Deus não cresça em nosso coração por causa daquele sentimento terrível que Caim teve: a inveja do seu irmão, Abel, e, por causa disso, o matou.
Nós matamos a graça de Deus, nós somos impedidos de crescer como pessoas humanas quando somos tomados pelo sentimento da inveja. Não se preocupe, a graça de Deus na sua vida vai ser do tamanho da sua necessidade. Por isso, não precisamos invejar ninguém, porque Deus é bom para com todos!
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn

A justiça de Deus é oportunidade para todos

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os internautas:
Espírito Santo que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim para que eu possa
conhecer o mistério da vontade do Pai. Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 20,1-16a e observo o ensinamento de Jesus na parábola.
Os trabalhadores da plantação de uvas Jesus disse:
- O Reino do Céu é como o dono de uma plantação de uvas que saiu de manhã bem cedo para contratar trabalhadores para a sua plantação. Ele combinou com eles o salário de costume, isto é, uma moeda de prata por dia, e mandou que fossem trabalhar na sua plantação. Às nove horas, saiu outra vez, foi até a praça do mercado e viu ali alguns homens que não estavam fazendo nada. Então disse: "Vão vocês também trabalhar na minha plantação de uvas, e eu pagarei o que for justo."
- E eles foram. Ao meio-dia e às três horas da tarde o dono da plantação fez a mesma coisa com outros trabalhadores. Eram quase cinco horas da tarde quando ele voltou à praça. Viu outros homens que ainda estavam ali e perguntou: "Por que vocês estão o dia todo aqui sem fazer nada?" - "É porque ninguém nos contratou!" - responderam eles.
- Então ele disse: "Vão vocês também trabalhar na minha plantação."
- No fim do dia, ele disse ao administrador:
"Chame os trabalhadores e faça o pagamento, começando com os que foram contratados por último e terminando pelos primeiros."
- Os homens que começaram a trabalhar às cinco horas da tarde receberam uma moeda de prata cada um. Então os primeiros que tinham sido contratados pensaram que iam receber mais; porém eles também receberam uma moeda de prata cada um. Pegaram o dinheiro e começaram a resmungar contra o patrão, dizendo:
"Estes homens que foram contratados por último trabalharam somente uma hora, mas nós agüentamos o dia todo debaixo deste sol quente. No entanto, o pagamento deles foi igual ao nosso!"
- Aí o dono disse a um deles:
"Escute, amigo! Eu não fui injusto com você. Você não concordou em trabalhar o dia todo por uma moeda de prata? Pegue o seu pagamento e vá embora. Pois eu quero dar a este homem, que foi contratado por último, o mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com o meu próprio dinheiro? Ou você está com inveja somente porque fui bom para ele?" E Jesus terminou, dizendo:
- Assim, aqueles que são os primeiros serão os últimos(...).
O Senhor convida os trabalhadores, em horas diferentes: "Vão vocês também trabalhar na minha plantação de uvas". E a cada um paga o mesmo valor. Ninguém recebeu mais ou menos. Deus valoriza a todos e distribui seus dons a quem quer e como quer. A recompensa é igual não porque Deus é injusto, mas porque ele é bom. A recompensa não é quantitativa. Equivale à dedicação e interesse pelo trabalho. O Reino é sempre um dom gratuito de Deus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Não devo "cobrar" de Deus pelo que fiz em favor dos irmãos. Também não devo me contentar com o que já fiz. Devo desejar sempre que Deus realize em mim o seu Projeto. Na Conferência de Aparecida, os bispos disseram:"Quando cresce no cristão a consciência de pertencer a Cristo, em razão da gratuidade e alegria que produz, cresce também o ímpeto de comunicar a todos o dom desse encontro. A missão não se limita a um programa ou projeto, mas é compartilhar a experiência do acontecimento do encontro com Cristo, testemunhá-lo e anunciá-lo de pessoa a pessoa, de comunidade a comunidade e da Igreja a todos os confins do mundo (cf. At 1,8)".(DAp 145).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com o canto Venham trabalhar na minha vinha, de Dom Pedro Brito Guimarães.
1.Venham trabalhar na minha vinha
Dilatar meu Reino entre as nações
Convidar meu povo ao banquete
Quero habitar nos corações.
Unidos pela força da oração
Ungidos pelo Espírito da missão
Vamos juntos construir
Uma Igreja em ação.
2.Venham trabalhar na minha vinha
Espalhar na terra o meu amor
Muitos não conhecem a Boa Nova
Vivem como ovelhas sem pastor.
3. Venham trabalhar na minha vinha
Com fervor meu nome proclamar
Que ninguém se queixe ao fim do dia
Ninguém me chamou a trabalhar.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de gratidão a Deus que me ama de forma gratuita e confia em mim para que eu realize com alegria a missão que me cabe.
Palavra que vou repetir muitas vezes: "obrigada, Senhor!"

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que tudo é dom do teu Amor e que nos emprestas para ser desfrutado e partilhado com os peregrinos que andam conosco pelas estradas da vida. Faze-nos generosos, ternos e misericordiosos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.