Havia uma garotinha que gostava de passear pelos jardins, quando um dia vê uma borboleta espetada em um espinho.
Muito cuidadosamente ela a soltou e a borboleta começa a voar para longe.
Então ela volta e lhe diz:
- Por sua bondade, vou conceder-lhe seu maior desejo.
A garotinha pensou por um momento e replicou:
- Quero ser feliz.
A borboleta inclinou-se até ela e sussurrou algo em seu ouvido e desapareceu subitamente.
A garota crescia e ninguém na terra era mais feliz do que ela.
Sempre que alguém lhe perguntava sobre o segredo de sua felicidade, ela somente sorria e respondia:
- Soltei a borboleta e ela me fez ser feliz.
Quando ela ficou bem velha, os vizinhos temeram que o seu segredo fabuloso pudesse morrer com ela.
- Diga-nos, por favor - eles imploravam - diga-nos o que a fada disse.
Agora a amável velhinha simplesmente sorriu e disse:
- Ela me disse que todas as pessoas, por mais seguras que pudessem parecer, precisavam de mim!" Na verdade... Nós todos precisamos uns dos outros, eu por exemplo preciso de você... do seu carinho e da sua amizade. Mas não se esqueça: Amizade é sempre querer o bem da pessoa que ama. Amizade não é ocasional interessada ou pretensiosa. Amizade é para ser constante e para sempre. Quando você ajuda alguém, por mais pequeno que seja, você está liberando felicidade para sua vida. Felicidade implica em ajudar o próximo, se doar. Se você ainda só quer receber, a tal felicidade nunca lhe baterá a porta.
Neste dia ressoa em
toda a Igreja o conselho de São Paulo para as primeiras comunidades cristãs:“Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a
respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros que não tem
esperança” ( 1 Tes 4, 13).
Sendo assim, hoje não
é dia de tristezas e lamúrias, e sim de transformar nossas saudades, e até as
lágrimas, em forças de intercessão pelos fiéis que, se estiverem no Purgatório,
contam com nossas orações.
O convite à oração
feito por nossa Mãe Igreja fundamenta-se na realidade da “comunhão dos santos”,
onde pela solidariedade espiritual dos que estão inseridos no Corpo Místico,
pelo Sacramento do Batismo, são oferecidas preces, sacrificios e Missas pelas
almas do Purgatório. No Oriente, a Igreja Bizantina fixou um sábado especial
para orações pelos defuntos, enquanto no Ocidente as orações pelos defuntos
eram quase geral nos mosteiros do século VII; sendo que a partir do Abade de
Cluny, Santo Odilon, aos poucos o costume se espalhou para o Cristianismo, até
ser tornado oficial e universal para a Igreja, através do Papa Bento XV em
1915, pois visava os mortos da guerra, doentes e pobres.
A Palavra do Senhor
confirma esta Tradição pois“santo e
piedoso o seu pensamento; e foi essa a razão por que mandou que se celebrasse
pelos mortos um sacrifício expiatório, para que fossem absolvidos de seu
pecado” (2 Mc 2, 45).Assim é
salutar lembrarmos neste dia, que “a Igreja denomina Purgatório esta
purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos
condenados” (Catecismo da Igreja Católica).
Portanto, a alma que
morreu na graça e na amizade de Deus, porém necessitando de purificação,
assemelha-se a um aventureiro caminhando num deserto sob um sol escaldante,
onde o calor é sufocante, com pouca água; porém enxerga para além do deserto, a
montanha onde se encontra o tesouro, a montanha onde sopram brisas frescas e
onde poderá descansar eternamente; ou seja, “o Céu não tem portas” (Santa
Catarina de Gênova), mas sim uma providencial ‘ante-sala’.
“Ó meu Jesus
perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu e
socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!”
A Igreja, guardiã e
intérprete da divina Revelação, ensina que todos os que morrem na graça de Deus
e entram na vida eterna não rompem suas relações com os irmãos que sobrevivem:
vivos e mortos, santificados pelo mesmo Espírito, formam o Corpo Místico de
Cristo, a Igreja.
Igreja triunfante, celebrada no dia anterior a
este, com a solenidade de Todos os Santos; Igreja militante, peregrina sobre a
terra, a caminho do Reino prometido por Cristo aos redimidos; e Igreja da
purificação, um estado intermediário, temporário, que tem seu fundamento na
Revelação.
São Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios, para
esclarecer essa verdade, usa a imagem de um edifício em construção: entre os
operários há aquele que faz um trabalho cuidadoso, perfeito e usa bom material;
e há o que, pelo contrário, ao bom material mistura madeira ou palha. Houve
tempo em que as casas dos pobres tinham telhado de palha sustentado por frágeis
traves. Na metáfora paulina, aquela madeira ordinária e aquela palha são a
vanglória e o pouco zelo no serviço do Senhor. Na hora da verificação,
acrescenta são Paulo, isto é, na prova do fogo, a palha desaparecerá, mas “se a
obra contruída [...] subsistir, o operário receberá uma recompensa. Aquele,
porém, cuja obra for queimada perderá a recompensa. Ele mesmo, entretanto, será
salvo, mas como que através do fogo”.
A estas almas, imersas na chama purificadora à
espera da plena bem-aventurança celeste, a Igreja dedica neste dia uma
recordação particular, para soldar com a caridade do sufrágio aqueles vínculos
de amor que ligam vivos e mortos na mística união com Cristo. Em 1915, Bento XV
estendeu a todos os sacerdotes o privilégio — concedido em 1748 apenas à
Espanha — de celebrarem três missas em sufrágio dos mortos.
Na liturgia de hoje, a Igreja condensa em três
palavras a resposta à interrogação sobre a “vida além da vida”: vita mutatur,
non tollitur, a vida continua. São as palavras de Jesus: “Eu sou a
ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em
mim, jamais morrerá” (Jo 11,25-26). E, sempre no evangelho de João (6,54.58),
Jesus insiste na mesma verdade consoladora: “Quem come a minha carne e bebe o
meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia... Este é o pão
que desceu do céu. Ele não é como o que os pais comeram e pereceram; quem come
este pão viverá eternamente...”
“Nós cremos que o Verbo de Deus Pai, que é a vida
por natureza, tendo-se unido ao corpo animado de uma alma racional, gerado pela
Virgem Santa, tenha-o tornado vivificante, com esta inefável e misteriosa união,
para que, fazendo-nos participar dele, espiritual e corporalmente (por meio da
eucaristia), eleve-nos acima da corrupção (são Cirilo de Alexandria, Ad.
Nestor. 4,5).
Esta festa responde a uma larga
tradição de fé na Igreja: orar por aqueles fiéis que acabaram sua vida terrena
e que se encontram ainda em estado de purificação no Purgatório.
O Catecismo da Igreja Católica nos
recorda que os que morrem em graça e amizade de Deus mas não perfeitamente
purificados, passam depois de sua morte por um processo de purificação, para
obter a completa formosura de sua alma.
A Igreja chama "Purgatório" a
essa purificação; e para falar de que será como um fogo purificador, apóia-se
naquela frase de São Paulo que diz: "a obra de cada um será posta em
evidência. O dia torna-la-á conhecida, pois ele se manifestará pelo fogo e o
fogo provará o que vale a obra de cada um."(1Cor 3, 13).
A prática de orar pelos defuntos é extremamente
antiga. O 2º livro dos Macabeus no Antigo Testamento diz: "Eis por que ele
mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de
que fossem absolvidos do seu pecado" (2Mac. 12, 45); e seguindo esta
tradição, a Igreja desde os primeiros séculos teve o costume de orar pelos
defuntos.
A respeito, São Gregório Magno afirma:
"Se Jesus Cristo disse que há faltas que não serão perdoadas nem neste
mundo nem no outro, é sinal de que há faltas que sim são perdoadas no outro
mundo. Para que Deus perdoe os defuntos das faltas veniais que tinham sem
perdoar no momento de sua morte, para isso oferecemos missas, orações e esmolas
por seu eterno descanso".
Estes atos de piedade são
constantemente alentados pela Igreja.
Também nesta data:São Tobias, Santa Pápias e São Tomás de Walen
O mês de novembro é dedicado às Almas do Purgatório. A doutrina da Igreja Católica sobre o Purgatório compreende três pontos: 1º O Purgatório existe; 2º Nele as almas serão purificadas; 3º Os fiéis da Igreja militante, podem, pelas orações e obras meritórias, aliviar as penas das almas do Purgatório.
1º. O purgatório existe deveras - Deus revelou esta verdade no Antigo Testamento. “ É um pensamento santo e salutar orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados”. (2 Macab. 12, 46). Destas palavras devemos deduzir que já no Antigo Testamento se acreditava num lugar expiatório, em que as almas dos defuntos eram detidas, até que fossem absolvidas dos pecados.
Jesus Cristo fala de pecados que “não serão perdoados nem aqui, nem no outro mundo”. (Mt. 12, 13). Logo, para certos pecados, há possibilidade de serem perdoados ainda no outro mundo. O lugar onde estes pecados serão expiados, é o Purgatório.
A Igreja ensina, com toda a precisão, a existência do Purgatório. Assim, escreve São Gregório Magno: “Sei que alguns devem fazer penitência ainda depois desta vida, nas chamas do Purgatório”. – “Uma coisa é esperar o perdão – diz São Cipriano – e outra entrar na eterna glória; uma coisa é ser metido no cárcere e dele não sair, enquanto não for pago o último ceitil, e outra coisa é receber imediatamente a recompensa da fé e da virtude; uma coisa é penar muito tempo e purificar-se nas chamas do Purgatório e outra coisa é ter removido todos os pecados, pelo martírio”.
Os Concílios ecumênicos de Cartago, Lyon, Florença e Trento definiram bem claramente a fé na existência do Purgatório. Nas antiqüíssimas orações litúrgicas, a Igreja pede a Deus que “absterja as manchas que ainda aderirem às almas dos fiéis defuntos” – que “delas se compadeça e lhes conceda o lugar da paz e da luz” – "que as tire das tristes moradas e as faça gozar da sorte dos justos”.
Esta doutrina da Igreja está muito de acordo com a razão. Se é certo que no céu entrarão somente as almas purificadas; se é certo que poucos homens na hora do trânsito estão isentos da mais leve culpa, certo é também que, com pouquíssimas exceções, os homens ficariam sempre excluídos do céu, se não houvesse na eternidade um lugar de expiação, salvo se Deus, na sua misericórdia, perdoasse sumariamente todos os pecados e as respectivas penas na hora da morte, o que não acontece. Na eternidade Deus “dará a cada um a paga, segundo as suas obras”. (Mt. 16, 27). Negar a existência do Purgatório equivaleria à exclusão do gênero humano quase inteiro da eterna bem-aventurança, o que seria contra a fé e a razão.
2º. No Purgatório serão purificadas as almas dos justos -O Purgatório é um lugar, onde não prevalece a misericórdia, mas a justiça divina. As penas das almas devem ser de natureza a satisfazerem plenamente à justiça divina. É claro que devem estar em proposição exata com a gravidade da ofensa, que Deus pelo pecado sofreu. Quem poderá aliviar a gravidade da ofensa, que uma pobre criatura se atreva a fazer ao Criador? “Terrível é cair nas mãos de Deus vivo”. (Hebr. 10, 31).
O Purgatório é um lugar de penitência, que igual não tem aqui na terra. A razão é clara. Toda a penitência feita aqui, por mais rigorosa que seja, tem por fim preservar o homem da penitência futura na eternidade. Se assim é, a penitência a fazer-se na eternidade deve ser extremamente dolorosa. Se os maiores Santos castigavam o corpo com tanto rigor; se os primeiros cristãos prontamente tomavam sobre si as disciplinas mais duras e humilhantes, não era para outro fim, senão para deste modo se livrarem das penas temporais na eternidade. Se os rigores dos Santos, se as penitências públicas que estavam em uso no tempo da Igreja primitiva, não suportam comparação com as penitências do Purgatório, forçoso é concluir que estas devem ser mui dolorosas.
3º. Natureza das penas -O Purgatório é um lugar de purificação, que assustaria, porém, os maiores penitentes, os mais dedicados amigos da Cruz. Por quê? Porque a purificação realizada no Purgatório é inteiramente diferente daquela que Deus costuma aplicar nesta vida. A purificação feita aqui é meritória, em atenção à Paixão e Morte de Jesus Cristo. A purificação, porém, no Purgatório é um sofrimento que não oferece o menor merecimento; são penas de que a alma, contra a vontade de Deus, se tornou merecedora pelos pecados. Davi pediu a Deus: “Senhor, não me arguas em teu furor, nem me castigues na tua ira”; isto, segundo a explicação de Santo Agostinho, quer dizer: Assisti-me, ó meu Deus, para que não mereça vossa ira, isto é, as penas do purgatório.
Quem são aquelas almas que penam no Purgatório? Pela maioria não são nossas conhecidas, mas entre todas nenhuma há que nos seja estranha. Todas elas, sem exceção alguma, são unidas a nós pelo laço da graça santificante: são portanto nossas irmãs em Jesus Cristo. Como não negamos o nosso socorro ao nosso irmão grandemente necessitado, não devemos negá-lo às pobres almas, que sofrem incomparavelmente mais, sem a possibilidade de melhorar a sua sorte, ainda mais, quando temos em nossas mãos meios poderosos para aliviar-lhes as dores. Não haverá entre as almas uma ou outra, que nos deva interessar mais de perto? Descendo em espírito às trevas do Purgatório, lá não descobriremos talvez as almas de nossos pais, parentes, amigos e benfeitores? A caridade, a gratidão não exigem de nós, que lhes prestemos o nosso auxílio? Não têm elas direito à nossa intervenção, ainda mais quando as penas lhe foram causadas por pecados que cometeram talvez por nossa culpa?
É natural e justo que devemos expansão à nossa dor, quando um dos nossos queridos entes nos é arrebatado pela morte; o verdadeiro amor, porém, exige de nós alguma coisa mais. Cumpre que unamos as nossas lágrimas ao sacrifício de Jesus Cristo no Gólgota; cumpre que a nossa dor seja uma dor ativa, como ativa foi também a dor que Jesus Cristo sentiu junto ao túmulo do amigo Lázaro. A nossa dor pela perda dos nossos pais, parentes e amigos não se deve limitar a manifestações exteriores. Por mais ricas que sejam as coroas depositadas nos túmulos dos nossos mortos; por mais vistosos que se apresentem os monumentos que lhes erigimos sobre os restos mortais, não preservam o corpo da decomposição, nem defendem a alma contra os tormentos do Purgatório. Não querendo fazer-nos culpados de ingratidão e inconsciência, é mister que empreguemos os meios que a Igreja tão generosamente nos oferece, como sejam: a recepção dos santos Sacramentos, em particular a SS. Eucaristia, o santo sacrifício da Missa, obras de penitência e caridade, as santas indulgências, etc. Um Pai Nosso rezado com devoção e humildade pelas almas, vale mais que muitas coroas; uma santa Missa celebrada pelo descanso eterno de uma alma, aproveita-lhes infinitamente mais que um suntuoso monumento, porque a santa Missa é o sacrifício expiatório por excelência.
O espírito pagão, que, com sua ostentação vaidosa e balofa, se infiltrou em todas as camadas da nossa sociedade, procura também se insinuar no santuário, o que em grande parte já conseguiu. Como são diferentes os enterros de hoje, daqueles que os primeiros cristãos faziam nas catacumbas! Naquele tempo havia muita devoção e pouca flor; hoje há pelo contrário, uma imensidade de flores e coroas e pouca ou nenhuma devoção. Os primeiros cristãos levavam os defuntos ao cemitério, cantando salmos e recitando orações; os cristãos de hoje acompanham os enterros por simples formalidade, sem lhes vir a idéia de rezar uma Ave Maria sequer pelo descanso do falecido; os primeiros cristãos confiavam os defuntos com muito carinho à terra, como uma semente preciosa da futura ressurreição gloriosa; os enterros de hoje são quase destituídos por completo de tudo que possa lembrar as verdades eternas.
Como é bela a devoção às almas do Purgatório! Agradável a Deus, proveitosa às pobres almas, é utilíssima a nós mesmos. Não fechemos o nosso ouvido aos gemidos dos nossos irmãos, que padecem no Purgatório. Eles levantam as mãos para nós, suplicando o nosso auxílio. Talvez sejam nossos pais; um pai amoroso, que nos dedicava os seus cuidados, dia e noite; talvez a mãe, que nos amava tão ternamente; irmãos, cuja morte tanto nos entristeceu; filhos, que eram o encanto da nossa vida; o esposo, sempre tão dedicado e fiel cumpridor dos deveres; a esposa, a fiel companheira, o anjo do lar. Todos sofrem, sofrem penas amargas, impossibilitados de melhorar a sorte. A nós se dirigem suplicantes: “Compadecei-vos de mim, ao menos vós, que sois meus amigos, porque a mão do Senhor me tocou” . (Job. 19, 21).
Reflexões:
Há pessoas que não temem o Purgatório e tampouco cuidam de dar a Deus a necessária satisfação das suas culpas. Dou-me por muito satisfeito, assim dizem, se Deus não me condenar. Outros há que confiam nas orações e sufrágios dos parentes e amigos ou nas santas Missas, para cuja celebração providenciaram no testamento. Aqueles se convençam de que impunemente ninguém ofende a Deus e que o pecado leve é caminho seguro para culpas graves. Os outros leiam e ponderem as seguintes palavras de Tomás a Kempis: “ Não te fies demais nos amigos e parentes e não proteles tua salvação para mais tarde; mais depressa que pensas, se esquecerão de ti os homens. – É melhor providenciar em tempo e despachar já de antemão boas obras para a eternidade, do que confiar no auxílio de outros depois da morte. Se não providenciares em teu interesse quem o fará por ti?”. Só por estas palavras, não deveríamos nós, tomarmos consciência quanto à nossa responsabilidade em elevar diariamente nossas orações e sacrifícios, mandar celebrar missas pelo menos às almas dos nossos parentes e amigos que partiram para a eternidade? Aproveitemos o pouco tempo que nos resta para socorrer as almas do purgatório, pois nós também precisaremos em breve desse precioso auxílio, especialmente da intercessão das almas que de lá forem libertadas com a nossa ajuda.
Espiritualidade - Quantos se encontram no purgatório esperando a redenção definitiva para sua ascensão aos Céus. Quantos são esquecidos e não há sequer quem reze por eles. A maior dádiva que podemos oferecer aos que se foram, são nossas orações e pensamentos de amor. Por esta razão a Igreja instituiu um dia especial para que todos possamos nos lembrar de todos os que partiram para a eternidade e com maior ardor rezamos por eles, principalmente por nossos parentes e amigos mais chegados.
Fonte informação - Os santos de cada dia e Webcatólica
Oração - Deus, nosso Pai, vos pedimos pelos que faleceram, especialmente os que nos são caros: nossos familiares, parentes, amigos, companheiros de luta e de trabalho. Nós vos pedimos, sobretudo, por todos que morreram estupidamente, vítimas da brutalidade, da ignorância de seus próprios semelhantes. Pelos que não tiveram o direito de viver dignamente sua vida, os que tiveram abafadas suas vidas antes do nascimento. Senhor, nosso Deus, vós que quereis que cada um de nós viva plenamente, dai-nos forças para lutarmos contra tudo e contra todos os que desrespeitam a vida. Fazei, Senhor, cair as estruturas injustas e opressoras. Devolvei aos povos oprimidos sua esperança de vida digna e melhor. Tornai, com nossa cooperação, este mundo uma "casa habitável", onde não haja fome nem sofrimento provocados pelo egoísmo humano.
Outros Santos do dia - São Eustáquio (invocado nas Situações Difíceis) Votirino (bispo); Justo, Castério, Estiríaco, Tobias, Eudóxio, Agapito, Pegásio, Alfônio, Elpidéforo, Amempodisto, Hermento, Papias, Tobias, Acindino, Públio, Vitor(márts); Teódoto, Jorge (bispo); Ambrósio (ab); Marciano (cf);
O fundamento de nossa fé é
a ressurreição de Jesus Cristo: “Se temos esperança em Cristo somente para esta
vida, somos os mais dignos de compaixão de todos os homens. Cristo ressuscitou
dos mortos, primícias dos que adormeceram” (1Cor 15,19-20).
Nosso texto do evangelho é parte do capítulo 11 do
evangelho segundo João, que podemos caracterizar como sendo uma catequese sobre
a ressurreição. Com a chegada de Jesus, Marta vai ao seu encontro, enquanto sua
irmã, Maria, permanece sentada. Marta se destaca do grupo, formado pela irmã e
pelos judeus, caracterizado pelo luto. Deixando o grupo para ir ao grupo do
Senhor, Marta se dissocia do luto e se coloca do lado do Senhor dos vivos.
Diante de Jesus, ela se coloca como uma mulher de fé que confia em Jesus:
“Senhor, se estivesses estado aqui… Mesmo assim, eu sei que o que pedires a
Deus, ele te concederá” (vv. 21.22).
A intervenção confiante de Marta é constituída de
uma dupla fórmula: a presença de Jesus teria livrado o seu irmão da morte e a
presença de Jesus permite reavivar toda a esperança. “Teu irmão ressuscitará”
(v. 23), diz Jesus. Diante disso, Marta afirma a sua adesão ao credo do
judaísmo sobre a ressurreição.
Mas ante a nova afirmação de Jesus: “Eu sou a
ressurreição e a vida”, ela supera a fé judaica na ressurreição, para
professar: “Eu creio…” (v. 27). É exatamente nisso que ela é cristã. O diálogo
de Jesus com Marta é o cume do capítulo 11. A profissão de Marta equivale à de
Pedro, em Jo 6,69.
Em Lázaro, Jesus deixa o seu sinal. A
partir daqui, nós podemos celebrar os mortos na certeza da ressurreição.
Caminhando pela fé, estamos confiantes de que ao deixar este corpo iremos todos
para junto do Pai Misericordioso – vivendo a plenitude do seu Reino, cuja
semente o Filho já plantou em nós.
- Procura prestar solidariedade com alguém que
perdeu um ente querido?
- Não é daqueles que procuram ignorar em vez de
se fazer presente mostrando seu verdadeiro amor para com o próximo?
- Jesus nunca ficou indiferente. Sentiu, e muito,
a realidade da morte. Chorou a morte do amigo Lázaro. E, isto, para nos ensinar
a encarar esta realidade não com lamentos constantes, perenes, mas sentir,
porque somos humanos, e superar, porque aprendemos e tornamos realidade a
mensagem de Jesus para nós!
A sociedade tem classes: escravos,
servos da gleba, proletários e burgueses, nobres e reis. Na Índia, existem até
castas incomunicáveis, rigidamente estratificadas: brâmanes, xátrias, vaicias,
sudras e, no nível mais baixo, os párias. Mesmo na Igreja, há uma hierarquia:
cardeais, bispos, sacerdotes, leigos. Não é assim no Reino do céu...
No Reino de Deus, o último lugar já
está ocupado: Jesus Cristo tomou posse dele. Sendo Deus, fez-se homem, ao se
encarnar. Sendo homem, fez-se servo, lavando os pés dos apóstolos. Desceu ainda
mais e se fez escravo, morrendo na cruz (tormento que não podia ser aplicado a
um cidadão romano, pois sua dignidade o proibia). Sem se deter, Cristo desce
ainda mais: ao túmulo. Prossegue seu movimento para baixo e “desce à mansão dos
mortos”. E como se fosse pouco, desce sobre o altar, todos os dias, sob a
aparência de pão: isto é, matéria, abaixo da pessoa humana...
Esta é a kênosis, o despojamento
voluntário que o Servo sofredor abraçou para nos salvar. Nada foi baixo demais,
humilde demais para ele. Determinado a nos salvar, foi até o fim (cf. Jo 13,
1). Por isso mesmo, Jesus deve ter sofrido com a atitude de seus discípulos,
que discutiam aqui e ali a respeito de quem seria o maior no Reino (aqui,
entendido como um reinado temporal, quando Israel iria recuperar a glória e o
poder dos tempos de Salomão).
No Evangelho de hoje, temos um banquete
– exatamente a imagem recorrente na Bíblia para designar a Ceia do Cordeiro,
isto é, o “céu”. Os banquetes da Palestina eram servidos em mesas em forma de
“U”. O anfitrião e seus convidados mais nobres ficavam na curva do “U” e,
lógico, eram os primeiros a serem servidos. Na “ponta da mesa” ficavam os menos
cotados...
E Jesus nos dá uma pista para ir ao
céu: ocupar o último lugar! Por absurdo que pareça, após a morte se produz
notável inversão, como se viu na parábola de Lázaro, o mendigo, e do rico
Epulão (cf. Lc 16, 25). Os fracos se tornam fortes, os pobres ficam ricos, os
humilhados ocupam os primeiros lugares. Quem foi privado das regalias deste
mundo acabará compensado no outro. “Os últimos serão os primeiros.” (Mt 20,
16.) “Quem se humilha será exaltado.” (Lc 14, 11.) E será muito agradável ouvir
do próprio Mestre, nosso anfitrião: “Amigo, chega-te mais para cima!”
Que posição nós temos procurado?
Orai sem cessar: “Derrubou do trono os
poderosos, exaltou os humildes...” (Lc 1, 52)
Texto de Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança.
O dia de hoje nos convida a refletirmos sobre
o sentido que damos à nossa vida. Para que caminhamos nesta terra?
“Então Jesus disse: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em
mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não
morrerá jamais’”(Jo
11,25-26).
Hoje, todos nós acordamos com o nosso coração saudoso, lembrando
de todos aqueles nossos entes queridos que faleceram, que já partiram para a
eternidade. Faz parte da nossa obrigação cristã, do nosso compromisso cristão,
ir à Missa, ao cemitério e rezarmos em nossa oração particular por nossos
irmãos que já faleceram, que já partiram para outra vida.
É um dever de caridade, mas, acima de tudo, é um gesto de amor
orarmos pelas almas que precisam e necessitam da nossa oração. A verdade é que
o dia de hoje nos convida a refletirmos sobre o sentido que damos à nossa
existência. Para que caminhamos aqui nesta terra? Nós não temos morada
permanente aqui embaixo; nascemos para a eternidade. Aqui, nós apenas estamos
em busca de um bem maior que nos espera no Céu.
Na verdade, para aqueles que olham para a sua vida material, a
morte é uma tristeza, uma calamidade. Mas para nós que cremos, ela é a porta de
abertura para a eternidade, é o nosso encontro definitivo com Deus, nosso Pai.
No dia de hoje, não devemos apenas visitar nossos mortos no
cemitério e termos saudades de quem já se foi, mas refletirmos sobre a nossa
própria vida. Eu vivo buscando as coisas do Alto? Eu tenho esperança nos bens
celestes ou vivo a minha vida só para esta terra? O sentido da minha vida está
só no tempo presente, nas coisas que eu vivo aqui neste mundo? Nós não podemos
perder o sentido de eternidade, nós não podemos nos esquecer de que fomos
feitos para o Céu, para vivermos para sempre junto de Deus.
Então, por mais que bata a dor da saudade, por mais que qualquer
partida deixe um vazio em nosso coração, esse é preenchido pela chama da
esperança, da Ressurreição, da vida gloriosa que o Senhor mesmo nos prometeu. A
Ressurreição do Senhor deve ser a luz que conduz os nossos passos, a chama
acesa em nosso coração.
O nosso Deus não é o Deus da morte, mas da vida! E o que nós
esperamos é também um dia participarmos da eternidade feliz junto d’Ele.
Que as almas de todos os fiéis do purgatório, dos nossos entes
queridos, de todos aqueles que já partiram, gozem da presença eterna do Pai.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.FacebookTwitter
a graça e a alegria de Nosso Senhor
Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando
o Salmo 111:
- De todo o coração, Senhor, vos
quero louvar, no conselho dos justos e na assembleia.
- São grandes as obras do Senhor,
dignas de estudo para quem as ama.
- A sua obra é esplendor e majestade,
a sua generosidade permanece para sempre.
- Ele fez maravilhas memoráveis.
- O Senhor é piedade e compaixão: dá
alimento aos que o temem, lembrando-se sempre da sua aliança.
- Ao seu povo mostrou a força do seu
agir, entregando-lhe a herança das nações.
-Justiça e Verdade são as obras das
suas mãos, todos os seus preceitos merecem confiança.
- São estáveis para sempre e
eternamente, vão cumprir-se com verdade e retidão.
- Enviou a libertação ao seu povo,
confirmando a sua aliança para sempre.
- O seu Nome é santo e terrível.
- O princípio da sabedoria é o temor
do Senhor. Todos quantos o praticam têm bom senso.
- O louvor do Senhor permanece para
sempre.
1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 5,1-12a, na Bíblia
e observo o código da felicidade de Jesus Mestre.
Quando Jesus viu aquelas multidões, subiu um monte e sentou-se. Os seus
discípulos chegaram perto dele, e ele começou a ensiná-los. Jesus disse:-
Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino
do Céu é delas.
- Felizes as pessoas que choram,
pois Deus as consolará.
- Felizes as pessoas humildes,
pois receberão o que Deus tem prometido. - Felizes as pessoas que têm fome e
sede
de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará
completamente satisfeitas.
- Felizes as pessoas que têm misericórdia
dos outros, pois Deus terá misericórdia delas.
- Felizes as pessoas que têm o coração puro,
pois elas verão a Deus. - Felizes as pessoas que trabalham
pela paz, pois Deus as tratará como seus
filhos.
- Felizes as pessoas que sofrem perseguições
por fazerem a vontade de Deus,
pois o Reino do Céu é delas.
- Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de
calúnia contra vocês por serem meus seguidores. Fiquem alegres e felizes, pois
uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Porque foi assim mesmo
que perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.
O "Sermão da Montanha" é
como a Constituição do povo de Deus, o manifesto do Mestre Jesus Cristo, um
código de felicidade, talvez bem estranho ao muno de hoje. Os estudiosos da
Bíblia o lêem com Moisés e o Sinai observando as correspondências. Jesus viu as
multidões e sentado - atitude de que ensina - falou a elas. Este discurso é
exigente, um convite a uma constante superação de si mesmo, uma denúncia às
mesquinhezas e infidelidades e, ainda, oferece a misericórdia de Deus. Através
daquela comunidade, Jesus Mestre se dirige a todas as comunidades de todos os
tempos. Viver as bem-aventuranças é ser fermento de uma nova sociedade. É
aceitar o código de Jesus para ser feliz.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Releio o texto. Reflito e me examino
para ver se me enquadro entre estes felizes de que fala Jesus. Posso me
questionar:
sou espiritualmente pobre?
Humilde?
Procuro fazer a vontade de
Deus?
Tenho o coração puro?
Trabalho pela paz?
Os bispos, em Aparecida, nos
ajudaram a refletir sobre isto:"No seguimento de Jesus Cristo, aprendemos e praticamos as
bem-aventuranças do Reino, o estilo de vida do próprio Jesus: seu amor e
obediência filial ao Pai, sua compaixão entranhável frente à dor humana, sua
proximidade aos pobres e aos pequenos, sua fidelidade à missão encomendada, seu
amor serviçal até a doação de sua vida. Hoje, contemplamos a Jesus Cristo tal
como os Evangelhos nos transmitiram para conhecer o que Ele fez e para
discernir o que nós devemos fazer nas atuais circunstâncias."(DAp 139).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a
Deus?
Rezo a
Oração do Amor:
Senhor, fazei-me instrumento da vossa
paz.
Onde há ódio que eu leve o amor.
Onde há ofensa que eu leve o perdão.
Onde há discórdia que eu leve a
união.
Onde há erro que eu leve a verdade.
Onde há dúvida que eu leve a fé.
Onde há desespero que eu leve a
esperança.
Onde há trevas que eu leve a luz.
Onde há tristeza que eu leve a
alegria.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido,
amar que ser amado, pois é dando que
se recebe,
é perdoando que se é perdoado, e
é morrendo que se vive para a vida
eterna.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e
Vida, tem piedade de nós.
4.Contemplação
(Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os
olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de
Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre e a sua Constituição, as
bem-aventuranças.
Bênção - Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. - Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós.
Amém. - Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz.
Amém. - Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e
Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Pai Santo, que o teu Espírito
em nós nos ajude a compreender o programa de vida que está contido no texto que
estamos meditando. E que nos dê coragem, força e perseverança para viver
seguindo o modelo do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo
reina na unidade do Espírito Santo.