quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

Nossa Senhora da Candelária - 2 de fevereiro



O culto à Nossa Senhora das Cadeias sempre foi muito expressivo no Brasil. Desembarcou junto com os jesuítas e beneditinos portuguêses na região Nordeste, onde perdura até hoje. Nesta oportunidade trouxeram a imagem e a mais antiga história sobre essa devoção mariana. A divulgação passou a ser transmitida tão logo os jesuítas a conheceram no início do século XVI. Mas ela só foi escrita, pelo frei Alonso de Espinosa, no final dele, em 1594.
Consta que a luminosa aparição de uma imagem da Senhora com o filho no braço, teria ocorrido no dia 02 de fevereiro de 1400 ou no ano seguinte, em Tenerife nas Ilhas Canárias, África. O fato foi presenciado por uma verdadeira multidão de nativos, com lances muito intrigantes. O detalhe mais importante e curioso é que nenhum dos presentes conhecia a Virgem Maria, ou o cristianismo, pois essas ilhas, embora descobertas em 1309, seriam colonizadas pelos espanhóis só no final do outro século.
Tudo começou quando dois pastores resolveram atravessar com seus rebanhos uma passagem que havia numa gruta. Porém o gado não passava da entrada, mantendo-se irritados. Intrigados, os dois resolveram entrar sozinhos e verificar o motivo da agitação do gado. Depararam então com a imagem de uma Senhora com o filho no colo, que pareciam ter vida. Um deles acenou com o braço para que ela fosse embora, mas o mesmo ficou paralisado. O outro tentou toca-la com um bastão, e também teve o braço imobilizado. Correram para a cidade, onde foram ao palácio comunicar o fato ao rei. Vendo que os pastores não mentiam, pois tinham os braços imóveis, reuniu sua comitiva e seguiu para a gruta. Nela, como a Senhora não respondia às perguntas e ninguém ousava toca-la, o rei decidiu que a imagem devia ficar no palácio. Ordenou aos dois pastores que a transportassem. Tão logo eles a tocaram, ambos foram curados. Entendendo a imagem como algo sobrenatural o próprio rei decidiu carrega-la. Mas, durante o percurso pediu socorro, pois não aguentou o peso.
Durante alguns anos a imagem ficou alojada num pequeno nicho localizado perto do palácio do rei. Certo dia um nativo que fora feito escravo por piratas espanhóis, conseguiu escapar e regressou para Tenerife. Convertido à fé cristã, recolheu a imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus no braço. Foi ao palácio e contou ao rei e aos conselheiros tudo o que aprendera do Evangelho, antes de ser batizado. Maravilhado o rei mandou erguer uma grande cruz diante da gruta onde a imagem de Maria apareceu. No ponto em que precisou de ajuda para transporta-la, mandou erguer uma capela, hoje dedicada à Nossa Senhora do Socorro.
Quando os jesuítas espanhóis desembarcaram, em 1526, ficaram surpresos ao constatar que a fé cristã e a devoção mariana já estava no coração do povo. Os padres ergueram um Santuário, onde estava a imagem e o dedicaram à Nossa Senhora da Candelária, assim reconhecida pela candeia que segurava.
Entretanto esta belíssima imagem, após uma inundação em 1826, desapareceu do Santuário. Ela foi refeita com perfeição, graças aos quadros existentes com sua representação. A nova imagem foi aprovada pelo Vaticano em 1827. O Papa Pio IX, em 1867, declarou Nossa Senhora da Candelária, Padroeira de todo o arquipélago das Ilhas Canárias.

Fonte: Paulinas em 2014

Nossa Senhora da Purificação - 2 de fevereiro



Maria, executou sua parte no Plano da Salvação, seguindo todos os ensinamentos para que tudo se cumprisse conforme a vontade do Criador, de acordo com as Sagradas Escrituras.
As mulheres dessa época eram consideradas impuras após o parto. Eram afastadas durante alguns dias do convívio social e das atividades religiosas no Templo. Passado o resguardo a mãe e a criança deveriam ir ao Templo. Ela para ser "purificada" conforme a Lei, a criança para ser apresentada ao Senhor.
No tempo determinado, a Sagrada Família foi ao Templo para a apresentação do Menino Jesus, à Deus-Pai. Maria na sua infinita humildade submeteu-se à cerimônia da purificação. Por este motivo, para demonstrar o grande respeito e carinho à Santíssima Virgem, os primeiros cristãos passaram a comemorar o dia da Purificação de Maria, em 02 de fevereiro.
O Papa Gelásio, que governou a Igreja entre 492 e 496, acabou instituindo para toda a cristandade esta procissão noturna dedicada à Mãe Santíssima. O trajeto, que representa o primeiro caminho percorrido pela Sagrada Família, deve ser todo iluminado por candeias, ou candelárias, e os fiéis carregam nas mãos velas acesas, entoando hinos em louvor à Maria. Dessa antiga tradição, veio o título de Nossa Senhora das Candeias, ou da Candelária.
A festa de Nossa Senhora da Purificação é uma das mais antigas do catolicismo. Mas esse dia de luz tem um enfoque todo especial para o corpo da Igreja. É que em geral, religiosos e religiosas o escolhem para pronunciar seus votos solenes de castidade, pobreza e obediência, para consagrar e colocar suas vidas à serviço do Senhor. A escolha dessa data.

Fonte: Paulinas em 2014

Nossa Senhora dos Navegantes - 2 de fevereiro



A tradição cristã nos mostra que antes de uma viagem todos os tripulantes e suas famílias participavam de uma missa no navio, para viajarem em comunhão com Jesus Cristo. Nela também o sacerdote invocava proteção também da Santíssima Mãe, que os navegantes consideravam a maior Estrela do Mar. Depois partiam transportando o Crucifixo e a imagem da Virgem Maria, para guarda-los dos perigos, inclusive no regresso. A devoção data da época dos cruzados, portanto, desde a Idade Média, quando navegavam pelo Mar Mediterrâneo com destino à Terra Santa.
Ao longo do tempo essa devoção se propagou. Maria acabou ganhando o título de Nossa Senhora dos Navegantes. O povo simples erguia capelas, construía santuários, dedicados à Ela. Hoje são inúmeras as cidades e localidades batizadas com esse título, algumas delas tendo Nossa senhora dos Navegantes eleita a padroeira celeste.
A estátua de Nossa Senhora dos Navegantes chegou ao Brasil trazida pelos portugueses no século XVIII, precisamente através do representante do Conde Resende, Vice-Rei do Estado. Ele desembarcou no atual estado de Santa Catarina com a tarefa de demarcar uma sesmaria na praia de Itajaí, em 1795. Foi assim que no lado esquerdo do Rio grande de Itajaí, surgiu uma pequena vila, a localidade mais antiga do Estado.
Em 1896, o vigário da igreja de Itajaí conseguiu erguer uma capela, no lado esquerdo do Rio grande Itajaí, sob a invocação de Nossa Senhora dos Navegantes, de São Sebastião e de Santo Amaro. Os habitantes do "outro lado", em 1907, no dia de Nossa Senhora dos Navegantes, celebraram com uma grande festa a conclusão das obras.
Cinqüenta anos depois, em maio de 1962, o bairro de Navegantes foi elevado à categoria de Município. Desde então, a festa da Padroeira, em 02 de fevereiro, é celebrada com uma grande procissão fluvial, para a qual se deslocam os fieis de todas as paróquias vizinhas. Em 1996, a então igreja matriz de Nossa Senhora dos Navegantes ganhou da Cúria Metropolitana um Santuário Arquidiocesano sob a invocação da gloriosa padroeira.
Todavia, Nossa Senhora dos Navegantes é a padroeira de inúmeras outras cidades brasileira, por isto a celebração de sua festa é sempre muito esperada pelos devotos. Todos querem homenagear a querida Padroeira participando da procissão, seguindo ou por terra ou nas embarcações, para agradecerem as graças e proteção alcançadas através de Jesus através da Santíssima Mãe Maria.
Fonte: Paulinas em 2014

Nossa Senhora dos Navegantes


Comem.  litúrgica02 de fevereiro.

Também nesta data: São Feliciano de Roma, Santas Catarina de Ricci e  Joana de Lestonnac.

Outros Títulos na mesma data: N.S. das Candeias (da Luz ou Candelária) - Festa da Purificação de Nossa Senhora

Consta que o início da devoção à Nossa Senhora dos Navegantes originou-se na Idade Média por ocasião das Cruzadas,  quando os cristãos invocavam a  proteção de Maria Santíssima.  Sob o título de "Estrela do Mar", rogavam sua proteção os cruzados que faziam a travessia pelo Mar Mediterrâneo em direção à Palestina.  É a padroeira não só dos navegantes, mas  também de todos os viajantes. Tal tradição foi mantida entre os marítimos e foi difundida pelos navegadores portugueses  e espanhóis, disseminando-se entre os pescadores litorâneos principalmente nas terras colonizadas pela Espanha e Portugal.  As conseqüências foram a multiplicação de capelas, igrejas e santuários nas regiões pesqueiras, particularmente no Sul do Brasil, onde a  concentração de cidades que a veneram como padroeira é significativamente expressiva.
Nas cidades de Balneário Arroio do Silva, Laguna, Balneário Barra do Sul, Ouro, Mondaí, Bombinhas e Navegantes, a devoção à Senhora dos Navegantes é tão expressiva que, por decreto, foram instituídos feriados nestes municípios catarinenses.
Destacando-se a cidade de Navegantes que, primitivamente, pertencia à Itajaí, então habitada por índios carijós.  A demarcação de uma sesmaria na praia de Itajaí deu-se por ordem do Conde Resende, Vice-Rei.  Foi em 1795 que José Ferreira de Mendonça efetuou a demarcação da Real Fazenda.  A comunidade de Navegantes, canonicamente, pertencia à Paróquia do Santíssimo Sacramento de Itajaí.   Em 23 de janeiro de 1896 a "Camara Episcopal de Corytiba" concedia "licença para que no lado esquerdo do Rio grande de Itajahy se possa erigir uma capela sob a invocação de Nª Sª dos Navegantes, de S. Sebastião e de S. Amaro".  O Padre Antônio Eising, então Vigário da Paróquia de Itajaí foi quem fez a solicitação. Recebendo a promulgação oficial, iniciou a construção da Capela, que ficou pronta em 1907 sendo sua inauguração comemorada com três dias de festas: 7, 8 e 9 de setembro daquele ano. Navegantes só foi elevado à categoria de município em 30 de maio de 1962 e, consequentemente a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes foi elevada a Paróquia.  Por ocasião dos festejos comemorativos aos 25 anos da Paróquia criada,  a 19 de julho de 1987,  o então Bispo Auxiliar (hoje Arcebispo Metropolitano) da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, fez a  dedicação do Altar e da igreja Matriz. Em 1996,  por Decreto da Cúria Metropolitana, a  igreja Matriz  foi elevada a Santuário Arquidiocesano, sob a invocação de Santuário de Nossa Senhora dos Navegantes
REFLEXÕES
A festa presente, qual ramalhete de  flores,  apresenta-nos virtudes de quantidade, cada qual mais bela e encantadora.  É lamentável  a ocorrência simultânea, especialmente no Brasil,  de festividade pagã comemorada também no Ano Novo, mediante oferendas, tributos e homenagens à "Iemanjá",  cognominada por umbandistas e macumbeiros como "rainha do mar",  esteja tão arraigada  no País como variação da devoção afro-brasileira.  Prática terrível e blasfematória é a comparação dessa figura à Nossa Senhora, Mãe de Deus e Mãe dos homens. Especialmente quando a devoção foge às raias da cultura do povo humilde e ignorante,  sendo incorporada ao discurso das classes intelectuais mais elevadas, por motivos meramente políticos e pessoais. Aí sim,  a feição torna-se muito mais perigosa, pois que propalada por pessoas, em tese, com discernimento religioso mais acentuado. É o que podemos chamar de exploração intelectual do povo para promoção pessoal. Tanto a estes, quanto aqueles, o Senhor Adverte nas Escrituras:
"O servo que, havendo conhecido a vontade do amo, não se preparou, nem agiu conforme essa vontade, receberá grande número de açoites. Mas, aquele que a desconhece e tiver feito algo que mereça castigo, levará poucos açoites. Porque, a quem muito se tiver dado, muito lhe será exigido; quanto mais se confia a alguém, mais dele se exigirá. (Lc 12, 47-48)
Ainda neste propósito, lembremos que as Escrituras revelam o sério papel de Maria, tanto no primeiro livro (Gênesis), quanto no último (Apocalipse):

1. No Gênesis:
"Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela. Ela (própria) te esmagará a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar." (Gen. 3,15 - diálogo de Deus com a Serpente, a quem Maria foi incumbida de esmagar a cabeça)

2. No Apocalipse:
E o dragão, depois que se viu precitado na terra, começou a perseguir a Mulher que havia dado à luz o filho varão;  E foram dadas, à mulher, duas asas de uma grande águia, para voar para o deserto, ao lugar do seu retiro, onde é sustentada por um tempo, dois tempos e metade de um tempo, longe da presença da serpente. Esta lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que fosse arrebatada pela correnteza. Porém, a terra ajudou a mulher, abrindo a sua boca e engoliu o rio que o dragão tinha vomitado da sua goela. O dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra aos outros seus filhos, que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo.  E ele (o Demônio) deixou-se estar sobre a areia do mar. (Apoc 12, 13 - 18)
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Para nós cristãos, não seria tempo de refletir no papel importantíssimo desempenhado por Maria, no plano da Salvação?  Seríamos capazes de nos entregar a divertimentos profanos à beira da praia, nesta época do ano?  Não é verdade que urge aqui um grande ponto de reflexão para nós?  Confundir "Iemanjá" com Nossa Senhora é sedução, é confusão semeada pelo Maligno! Tudo na mais astuta sutileza, simplicidade; o convite para "brincar na praia", seja por superstição, devoção ou somente por farra,  como também deixar de ensinar a verdade aos nossos irmãos, por simples questão de respeito humano, pode acarretar em conseqüência irremediável: A perdição eterna!
Quem é católico praticante ou procura encontrar a verdade, ouve os ensinamentos da Igreja e não se deixa seduzir por cultos ou  crendices que podem comprometer a salvação da alma. Renovemos hoje o  nosso amor e devoção a  Maria Santíssima. Reparemos, porém,  uma coisa:  A devoção à Santíssima Virgem requer  antes de tudo a imitação das virtudes da Mãe de Deus. Pouco adianta  dizer-se devoto de Maria Santíssima quando no coração reina o espírito mundano, a vaidade, o orgulho, a impureza. O verdadeiro devoto de Maria Santíssima ama o que Ela ama:  Deus e a  virtude;   e odeia o que Ela odeia: O pecado e tudo o que a ele conduz.
“Ó Maria concebida, sem pecado.  Rogai por nós, que recorremos a vós.”
*  *  *  *  *  *  *  *  *
Oração à Nossa Senhora dos Navegantes
Ó Nossa Senhora dos Navegantes, Santíssima Filha de Deus, criador do céu, da terra, dos rios, lagos e mares; protegei-me em todas as minhas viagens.
Que ventos, tempestades, borrascas, raios e ressacas não perturbem a minha embarcação e que nenhuma criatura nem incidentes imprevistos causem alteração e atraso na minha viagem ou me desviem da rota traçada.
Virgem Maria, Senhora dos Navegantes, minha vida é a travessia de um mar furioso.  As tentações, os fracassos e as desilusões são ondas impetuosas que ameaçam afundar minha frágil embarcação no abismo do desânimo e do desespero.
Nossa Senhora dos Navegantes, nas horas de perigo eu penso em vós e o medo desaparece; o ânimo e a disposição de lutar e de vencer torna a me fortalecer.  Com a vossa proteção e a bênção de vosso Filho, a embarcação da minha vida há de ancorar segura e tranqüila no porto da eternidade.  Nossa Senhora dos Navegantes, rogai por nós.
Fonte: Página Oriente em 2016

Purificação de Nossa Senhora - 2 de fevereiro


Purificação de Nossa Senhora


APRESENTAÇÃO DE NOSSO SENHOR

Com.  litúrgica 02 de fevereiro.

Também nesta data: São Feliciano de Roma, Santas Catarina de Ricci e  Joana de Lestonnac.

Outros Títulos:  N. S. das Candeias, da Luz ou Candelária

Também comemora-se hoje Nossa Senhora dos Navegantes.

A festa que a Igreja hoje celebra, tem os nomes de  Nossa  Senhora das Candeias e Apresentação de Jesus Cristo no templo.  É hoje o dia da bênção das velas (candeias) e em muitas igrejas, antes da celebração da santa Missa, se organiza solene  procissão, em que são levadas  as  velas acesas, símbolo de Jesus Cristo que,  apresentado a Deus no templo de Jerusalém, pelo santo velho Simeão foi saudado, como a  luz que veio para iluminar os povos.
Tem também  o nome de  Purificação de Nossa Senhora, por ser o dia em que Maria Santíssima, em obediência à lei mosaica, se  apresentou no templo do Senhor, quarenta dias  depois do nascimento do  divino Filho.
Para melhor compreensão deste ato de Maria Santíssima, sejam  lembradas  neste lugar duas leis que Deus deu, no antigo testamento.  A mulher que tinha dado à luz uma criança do sexo masculino, ficava  privada de  entrar no templo  por quarenta dias depois do parto;  se a criança era menina, o tempo da purificação era de oitenta dias. Passado  este tempo, devia apresentar-se no templo, oferecer um cordeirinho, duas rolas ou dois pombinhos, entregar a oferta ao sacerdote, para que este rezasse sobre ela.
A Segunda lei impunha aos pais da tribo de Levi a  obrigação de  dedicar o filho primogênito ao serviço de  Deus. Crianças que pertenciam a  outra  tribo, que não a de Levi, pagavam resgate.
É admirável a retidão e humildade de Maria Santíssima em sujeitar-se a  uma lei humilhante, como foi a da purificação. A maternidade da  Virgem, em tudo diferente das outras mulheres, isentava-a mui legalmente das obrigações de  uma lei,  como foi a da purificação.  Davi enche-se de vergonha, quando se lembra da sua origem:  “Em pecados minha mãe concebeu-me”.  A Maria o Anjo tinha dito:  “O Espírito virá sobre ti , e a virtude do  Altíssimo te cobrirá com sua sombra”.  São José recebeu do céu a  comunicação consoladora: “O que dela (de Maria) nascerá, é do Espírito Santo”.  Virgem  antes,  durante e  depois do parto, seu lugar não era entre as outras filhas hebréias que no templo se apresentavam para fazer penitência e  procurar perdão do pecado.    Maria, porém,  prefere obedecer à lei e parecer com a pecha comum a  todas. Além disto, sendo de origem nobre, descendente direta de Davi, oferece o sacrifício dos pobres, isto é,  dois pombinhos. Que humildade!
Nesta sua humildade é acompanhada pelo Filho. Ele é Filho do  Altíssimo,  autor e Senhor das leis, não admite para si motivos  que das mesmas o isentem. Ele que  quis ser nosso  semelhante em tudo, exceto o pecado, sujeita-se à Lei da circuncisão, triste lembrança da grande queda dos primeiros pais no paraíso, de que resultou o pecado original. Por ocasião da apresentação de Maria Santíssima no templo, se deu um fato que merece toda a atenção nossa. Vivia em Jerusalém um santo homem chamado Simeão, provecto em  idade, que com muito fervor anelava pela  vinda do Messias. De Deus  tinha recebido a  promessa  de  não sair desta vida sem ter visto, com os próprios olhos,  o Salvador do mundo.  Guiado por inspiração divina, viera ao templo no momento em que os pais de Jesus  entraram, em cumprimento das prescrições legais.  Como os  magos conheceram o Salvador, este se fez conhecido a  Simeão, o qual o  tomou nos braços e bendisse a Deus, dizendo:  “Agora, Senhor, deixa partir o vosso servo em paz, conforme vossa palavra. Pois meus olhos  viram a vossa salvação que preparastes  diante dos olhos das nações:  Luz para aclarar os gentios, e glória de Israel, vosso povo!”
José e Maria ficaram admirados  do que  dizia do Menino. Simeão abençoou-os e  disse a Maria, sua Mãe: “Este Menino veio ao mundo para ruína e ressurreição de muitos em Israel e  para ser um sinal de contradição. Vós mesma  tereis a  alma varada por uma aguda espada e assim serão patenteados os pensamentos ocultos no coração de muitos”. – Havia também uma profetisa, de nome Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser.  Vivera 7 anos casada,  enviuvara e  já estava com 84 anos. Não deixava o templo e  servia a Deus dia e noite, jejuando e rezando. Tendo vindo ao templo na mesma ocasião, deixou-se derramar em louvores ao Senhor e falava do Menino a  todos  que esperavam a  Redenção de  Israel. Cumpridas  todas as  prescrições da lei, José e Maria voltaram para casa.
A Igreja Católica reserva uma bênção especial às parturientes, que logo que seu estado o permitia, se apresentavam a Deus, como fruto de suas  entranhas. É provável que este uso se tenha introduzido na Igreja em memória e  veneração à Mãe de Deus que, obediente à Lei do seu povo, fez sua apresentação no templo.
A Deus deve a mulher louvor e gratidão, depois de um parto bem sucedido. De Deus vem todo bem para a mãe e para o filho. É justo, pois, que a mãe se  apresente na Igreja para pedir a bênção divina.  A mãe cristã sabe que sem assistência e  auxílio de Deus, não pode  educar os filhos na virtude e no temor de Deus. Reconhecendo esta insuficiência, faz a Deus oferecimento do filho, prometendo ao Senhor ver nele uma propriedade divina, penhor de seu amor, e fazer tudo que estiver ao seu alcance para educá-lo para o céu. Oxalá todas as mães se lembrem deste dever e  não eduquem os  filhos para o serviço do mundo, de Satanás e da carne!
REFLEXÕES
Maria Santíssima, a Mãe de Deus, embora isenta da Lei do templo, faz empenho em cumpri-la perfeitamente.  Sê sempre obediente à lei de Deus e da igreja, pois nenhum título podes alegar que te dispense tua obrigação.
A lei da purificação obriga às mães hebréias a  apresentar-se no templo, para livrar-se do pecado que lhes ineria.  Maria, a Virgem Mãe puríssima humilha-se,  sujeitando-se a  uma determinação levítica, que não a afetava.
Imita o exemplo de Maria Santíssima, velando sempre pela pureza de  tua consciência. Sabes que nada de impuro no céu poderá entrar, e ignoras por completo o último dia que Deus te concederá, para purificar tua alma.
Maria Santíssima, a bendita entre as mulheres, não se exalta, embora Deus a  tinha exaltado. Como as  mulheres, ela  aparece no templo, não permitindo que seja tratada diferentemente. Não te exaltes sobre o teu próximo. Não desprezes  a  ninguém, e não te faças  melhor do que na realidade és.
Maria faz a Deus a  oferta do que lhe é mais caro – seu divino Filho – . Dá a  Deus tudo o que tens: Teu corpo e tua alma, tua vida toda. Na Santa Missa,  imitando a Virgem Santa, oferece-lhe o mesmo que ela ofereceu no templo: Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Maria Santíssima deposita o Filho nos braços  do velho Simeão, o qual  o  recebe com grande  júbilo da  alma, dizendo-se pronto para morrer em paz, depois de Ter visto o cumprimento das promessas  do Antigo Testamento.   Na santa Comunhão recebes o mesmo Jesus, que Maria Santíssima pôs nos braços de  Simeão. Dá-lo-ia ela à tua alma com o mesmo prazer, com que o entregou ao venerável ancião? Para comungar bem, para que a comunhão seja um prazer para Deus e de utilidade para a tua alma, é preciso que estejas livre do pecado mortal, e te desapegues de  todo o mal.
Coisa terrível é a comunhão  sacrílega. Comungar sacrilegamente é  uma injúria maior feita a Nosso Senhor do que atirar a  sagrada Hóstia ao monturo ou aos  cães.    De São Boaventura são as seguintes palavras sobre semelhante crime: “Tu, pecador impuro, invejoso e avarento, és mais imundo, mais  repugnante e  desprezível que um cão”.
Sendo teu  pecado rubro como o escarlate, numeroso como os grãos de  areia do mar, procura as águas purificadoras da penitência, e não te atrevas nunca a receber indignamente a Santa Comunhão.  “ Quem come este pão e bebe o cálice do Senhor indignamente,  será réu do corpo e sangue do Senhor, come e bebe a  sua condenação” (I Cor. 11,27)
Renovemos nosso amor e  devoção a  Nossa Senhora e imploremos que nos derrame suas infinitas graças, a  fim de  abraçarmos a cruz de cada dia com muita resignação e  alegria, e que cumpramos sempre os preceitos da Santa Igreja de Cristo. Amém!
*  *  *  *  *  *  *  *  *
Referências bibliográficas:
- Na luz Perpétua,  5ª.  ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas  Gerais,  1959.
Fonte: Página Oriente em 2016

Purificação de Maria Santíssima, também conhecido como o Dia da Candelária

Nesta data, não só se comemora a purificação de Nossa Senhora, como também um segundo grande mistério: a apresentação do Nosso Redentor no templo. Além da lei que obrigava à purificação, havia outra que ordenava oferecer a Deus o primogênito, embora posteriormente ele pudesse ser resgatado por uma determinada quantidade de dinheiro.
Maria cumpriu estritamente com todas essas obrigações.
Permaneceu 40 dias em sua casa, sem permitir que fosse vista, abstendo-se de entrar no templo e de participar nas cerimônias de culto. Logo, se dirigiu a Jerusalém com o seu filho nos braços, fez as suas oferendas como ação de graças e para a sua expiação, apresentou o seu Filho, pelas mãos do sacerdote ao seu Pai Celestial, e logo depois o resgatou por cinco shekels, recebendo-o de novo em seus braços até que o Pai voltasse a pedi-lo. Sem dúvida alguma, Cristo nos deu um exemplo de humildade, obediência e devoção ao renovar publicamente a própria oblação ao Pai tal como Ele havia feito em sua própria Encarnação.

Apresentação do Senhor - 2 de fevereiro


Apresentação do Senhor
Pintura Frà Angélico

A data de hoje lembra o cumprimento, por Maria e José, de um preceito hebraico. Quarenta dias após dar à luz, a mãe deveria passar por um ritual de "purificação" e apresentar o filho ao Senhor, no templo. Desde o século quatro essa festa era chamada de "Purificação de Maria".
Com a reforma litúrgica de 1960, passou-se a valorizar o sentido da "apresentação", oferta de Jesus ao Pai, para que seu destino se cumprisse, marcando em conseqüência a aceitação por parte de Maria do que o Pai preparara para o fruto de sua gestação. A data passou a ser lembrada então como a da "Apresentação do Senhor".
No templo, a família foi recebida pelo profeta Simeão e pela profetiza Ana, num encontro descrito por São Lucas no seu evangelho, da seguinte maneira:
"Assim que se completaram os dias da purificação conforme a Lei de Moisés, levaram o Menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, segundo está escrito na Lei do Senhor, que "todo varão primogênito será consagrado ao Senhor" e para oferecerem em sacrifício, segundo o que está prescrito na Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos.
Havia em Jerusalém um homem justo chamado Simeão, muito piedoso, que esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Pelo Espírito Santo foi-lhe revelado que não veria a morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, veio ele ao templo e, ao entrarem os pais com o Menino Jesus, também ele tomou-o em seus braços, bendizendo a Deus, e disse: "Agora, Senhor, já podes deixar teu servo morrer em paz segundo a tua palavra, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste ante a face de todos os povos, luz para iluminação das gentes e para a glória do teu povo, Israel". José e Maria estavam maravilhados com as coisas que se diziam de Jesus. Simeão os abençoou e disse a Maria, sua Mãe: "Este Menino será um sinal de contradição, para ruína e salvação de muitos em Israel; e uma espada atravessará a tua alma para que se descubram os pensamentos de muitos corações". (Lc 2,22-35).
Ambos, Simeão e Ana, reconheceram em Jesus o esperado Messias e profetizaram o sofrimento e a glória que viriam para Ele e a família. É na tradição dessa profecia que se baseia também a outra festa comemorada nesta data, a de Nossa Senhora da Candelária, ou da Luz, ou ainda dos Navegantes.
Fonte: Paulinas em 2014

Apresentação do Senhor no Templo: Jesus é a nossa Luz

Festa Litúrgica

Origens

A Festa da Apresentação do Senhor, pelos gregos chamada Hypapante, ocorre em quarenta dias depois do nascimento do Senhor. Jesus foi levado ao templo por Maria e José, cumprindo externamente a lei mosaica (sobre os primogênitos e a purificação da mãe), mas na verdade indo ao encontro do seu povo crente e exultante, como luz para se revelar às nações e glória do seu povo Israel.

O nome da Festa Litúrgica

A celebração de hoje era chamada no século IV de Purificação de Nossa Senhora lembrando a lei mosaica. Com a reforma litúrgica de 1960, querendo dar o verdadeiro sentido ao acontecimento de origem, que é a oferta de Jesus ao Pai, símbolo do sacrifício da Cruz, deu o nome de Apresentação do Senhor.

No Oriente

A celebração, no Oriente, remonta às tradições do século IV e, desde o ano 450, é chamada “Festa do Encontro”. A festa recebe este nome, porque Jesus “encontra” os sacerdotes do Templo, mas também Simeão e Ana, que representam o povo de Deus.

Apresentação do Senhor nos dá, mais uma vez, o exemplo de humildade

Um Exemplo

Nem Jesus, nem Maria estavam sujeitos a essa lei, pois eram sem pecado, mas quiseram dar-nos exemplo de submissão às autoridades. É uma comovente lição de humildade, juntamente com aquela de pobreza demonstrada no presépio.

A Profecia

O encontro do Senhor com o profeta Simeão e a profetisa Ana no Templo ressalta o caráter sacrificial da celebração e a comunhão pessoal de Maria com a morte de Jesus na cruz. Simeão profetizou a respeito de Maria: “Uma espada traspassará tua alma”. Maria, por causa da sua íntima união com a pessoa de Cristo, foi associada ao sacrifício do Filho.

A Luz que ilumina as Nações: Jesus

A Festividade em Roma

Roma adotou a festividade na metade do século VII. O papa Sérgio I instituiu a mais antiga das procissões penitenciais de Roma. Partia da igreja de Santo Adriano e chegava até Santa Maria Maior. O rito da bênção das velas se inspirava nas palavras do velho Simeão: “Meus olhos viram a tua Salvação que preparaste diante de todos os povos, como luz para iluminar as Nações.”

A Liturgia

Apresentação do Senhor é narrado pelo evangelista Lucas no capítulo 2. A esta solenidade  foi acrescentada a esta festa a “bênção das velas”, recordando que Jesus é a “Luz dos Gentios”.

Minha oração

“Senhor Jesus, assim como foste apresentado no templo, apresente a nossa vida ao Pai para que sejamos verdadeiramente consagrados a ti. Quero me dedicar a ti inteiramente na minha família, comunidade e trabalho, em tudo ser teu e servir-te. Amém.”

Nosso Senhor, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 02 de fevereiro

Em Orleães, na Gália Lionense, hoje na França, São Flósculo, bispo. († c. 500)
- Em Cantuária, na Inglaterra, São Lourenço, bispo. († 619)
- Em Würzburg, na Austrásia, atualmente na Alemanha, São Burcardo, bispo. († 754)
- Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Simão Fidáti de Cássia, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. († 1348)
- No Piemonte, Itália, o Beato Pedro Cambiano de Ruffia, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1365)
- Em Prato, na Etrúria, hoje na Toscana, Itália, Santa Catarina de Rícci, virgem da Ordem Terceira Regular de São Francisco. († 1590)
- Em Bordéus, na França, Santa Joana de Lestonnac, que fundou a Sociedade das Filhas de Nossa Senhora, à imitação da Companhia de Jesus. († 1640)
- Em Roma, São Nicolau de Langobárdi, religioso da Ordem dos Mínimos. († 1709)
- Em Genazzano, no Lácio, região da Itália, o Beato Estêvão Bellesíni, presbítero da Ordem de Santo Agostinho. († 1840)
- Em Hanoi, no Tonquim, hoje no Vietnã, São João Teófano Vénard, presbítero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir. († 1861)
- Na Alemanha, a Beata Maria Catarina Kasper, virgem, que fundou o Instituto das Pobres Servas de Jesus Cristo. († 1898)
- Na França, o Beato Luís Brisson, presbítero da diocese de Troyes, que fundou as duas congregações, das das Irmãs Oblatas e dos Oblatos de São Francisco de Sales. († 1908)
- Em Milão, na Itália, o Beato André Carlos Ferrári, bispo. († 1921)
- Na Itália, Santa Maria Domingas Mantováni, virgem, que fundou, juntamente com o Beato José Nascimbéni, presbítero, o Instituto das Irmãzinhas da Sagrada Família. († 1934)

Fonte:
Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
- Martirológio Romano
- Vaticannews.va
- Vatican.va

– Produção e edição: Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

Apresentação do Menino Jesus

EspiritualidadeO Evangelho de São Lucas narra que, depois do nascimento de Nosso Senhor e decorrido o prazo que a Lei mosaica estabelecia para a purificação das mulheres que davam à luz, Nossa Senhora e São José levaram o Menino Jesus ao Templo para O apresentarem a Deus, conforme também prescrito na Lei. Na ocasião, Maria Santíssima ofereceu ao Senhor o sacrifício ritual de dois pombinhos, estabelecido para a purificação de mulheres pobres. Jesus e Maria não estavam sujeitos à Lei, mas quiseram observá-la por amor à humildade e para nos dar o exemplo. "Eu, a Luz, vim ao mundo para que aquele que crê em mim não permaneça nas trevas" Jo 12,46. Hoje, celebramos uma grande festividade: a apresentação de Jesus no templo. É também chamada festa de Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Candelária, e tantos outros títulos que Nossa Senhora leva e que são lembrados neste dia. De fato, a mais feliz, a mais bem-aventurada de todas as mães foi também aquela que mais sofreu. A festa de hoje é das mais antigas que existem no cristianismo. Quatro séculos depois do nascimento de Jesus, já se fazia procissões, pregações e celebrações muito solenes, nesse dia 02 de Fevereiro. Não deixe apagar-se jamais a luz da fé e da esperança em seu coração. Cristo vive!
Fonte informaçãoSite Religião Católica
OraçãoMãe Santíssima, coloco em vossas mãos, com filial confiança, todas as minhas necessidades, para que, juntamente com São José, sejam apresentadas ao Pai. Rogo-Vos, em especial, pela graça que agora Vos peço. Por Jesus, nosso Senhor, Amém.
Outros Santos do diaNossa Senhora de Copacabana (padroeira da Bolívia); Catarina de Ricci (virgem); Cornélio, Centurião, Lourenço, Flósailo (bispo); Cândido, Fortunato, Feliciano, Firmo, Apropiano (mártires) Joana de Coestonnar (fund.); Adalbaldo (cinf.): Apresentação de Jesus no Templo.
Fonte: ASJ em 2016