sábado, 16 de fevereiro de 2019

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe! BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/02/2019

ANO C



6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano C - Verde

“Os dois caminhos.”

Lc 6,17.20-26

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Deus transmitiu à humanidade sua Lei para, assim, ajudá-la alcançar a perfeição. Jesus veio esclarecer todo entendimento humano, libertando das interpretações erradas que o homem havia dado a Lei Divina. Centrou-se no essencial: o amor a Deus manifestado no amor aos homens. Deu-se a si mesmo como modelo de vida, apontando-nos o verdadeiro caminho rumo ao Pai.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, este é o Dia do Senhor, dia de celebrarmos a sua vitória sobre o pecado e a morte. Ressuscitado, Ele está no meio de nós, na potência do Espírito Santo. Somos felizes porque o Senhor nos concedeu a possibilidade de estarmos reunidos em seu nome, para ouvir sua Palavra e partilhar do seu Corpo e Sangue. Que esta Eucaristia nos faça confiar sempre no Senhor e somente nele colocar nossa esperança.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Com este domingo inicia-se a leitura do discurso da "planície", com que Lucas apresenta a nova lei: a vida moral do cristão. No fundo toda moral natural se pode resumir nesta norma: age segundo aquilo que és. A ação moral está incluída na linha da natureza. Na Bíblia as coisas são diferentes. As bem-aventuranças não são lei, mas evangelho. A lei abandona o homem às próprias forças e não o incita a adaptar-se à ela até o extremo. O evangelho, ao contrário, põe o homem diante do dom de Deus e o incita a fazer desse inexprimível dom o fundamento de sua vida.

BENDITOS E FELIZES...

No sexto domingo do tempo comum temos diante de nós uma grande indagação. Em quem colocamos nossa confiança? Resposta que precisa ser dada de forma clara e mediante profunda reflexão.
Na primeira leitura vemos a famosa afirmação “Maldito homem que confia no homem e que busca apoio na carne, e cujo coração se afasta do Senhor” Jr17,5. Por muitas vezes corre- se o risco de interpretar o início dessa afirmação como se tivéssemos de viver em uma eterna desconfiança dos que nos cercam, e não é essa a intenção do profeta, mas do contrário , mostrar que nossa segurança deve vir do Senhor!
No evangelho temos Jesus que ao descer da montanha, após proferir as celebres ‘bemaventuranças’, aponta quem são os destinatários dessas maravilhas anunciadas, os pobres de espírito.
O pobre desde um ponto de vista bíblico é sempre aquele que sozinho não consegue sair da situação em que se encontra e exatamente por isso precisa de uma mão estendida e só quem está em solo firme pode puxar para cima o que está em solo movediço.
No campo da fé também é assim. O Senhor espera de nós liberdade para nos relacionarmos com os bens materiais, liberdade para aderirmos a Ele e dessa forma sabermos que nossa segurança vem do alto, vem de Deus e, desse modo, termos vida plena trazendo tantos outros irmãos a também tê-la.
Texto: Equipe Diocesana - Diocese de Apucarana - PR

ALEGRAI-VOS E EXULTAI!

No Evangelho deste Domingo lemos o texto das bem-aventuranças, do Evangelho de S.Lucas (Lc 6,17-20-26). Na primeira parte do texto, Jesus proclama “felizes” os pobres, os que pedem ajuda e aqueles que acolhem o Evangelho, assumindo até o fim as consequências que ele pode trazer, mesmo perseguições e martírio.
Na segunda parte do texto, Jesus faz ameaças àqueles que vivem fechados em si mesmos, pensando que não precisam mais de nada e de ninguém, que se consideram saciados e realizados em suas vidas, desprezando até mesmo a ajuda de Deus. Eles irão experimentar a sua carência e miséria um dia!
No dia 19 de março de 2018, com a Exortação Apostólica “Gaudete et Exsultate” o Papa Francisco indicou o “caminho das bem-aventuranças” como via de santificação para todos. A santidade é o chamado que Deus faz a todos e deve ser a característica da vida cristã: “Esta é a vossa vocação: a santidade”. Pelo Batismo, fomos acolhidos como filhos e filhas do Deus três vezes santo, perfeitíssimo em santidade. Para os filhos de Deus só existe um modo de viver digno de Deus: sendo santos.
É por esse motivo que Jesus chama os discípulos a viverem de maneira santa, convertendo-se ao Evangelho do reino de Deus e abandonando o que não condiz com a santidade de Deus. São Paulo e os demais apóstolos, na pregação do Evangelho, insistem na busca da vida santa, no abandono das “obras das trevas”, na passagem “da morte para a vida nova”, no abandono do “homem velho” e de suas práticas, para assumir a forma de vida do “homem novo”, que se orienta pelo Espírito de Deus em seu agir.
Jesus proclamou as bem-aventuranças e também foi o primeiro a viver conforme elas. Ele nos deu o exemplo de vida santa, para que o possamos imitar. As bem-aventuranças, em última análise, baseiam- se na firme confiança em Deus, na certeza de suas promessas, na firmeza de sua palavra, que não engana nem abandona quem a acolhe e pratica fielmente.
Viver de maneira santa, conforme as bem-aventuranças, é ter Deus no centro de nossa existência e orientar a vida inteira para Ele, nada fazendo que seja contra Deus. E isso nos ajudará também a viver de maneira correta as nossas relações com o mundo e com as pessoas. O santo é uma pessoa de bem. E já vive feliz neste mundo, pois vive para Deus.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo

Comentário do Evangelho

Jesus promete o Reino de Deus

Depois da escolha dos Doze entre os discípulos, Jesus desce da montanha e para num lugar plano, em que numerosa multidão de discípulos, judeus e pagãos o esperam, pois foram para ouvi-lo e ser curados por ele. É o cenário da universalidade da missão da Igreja.
O nosso texto de hoje é o início do “Sermão da planície” (6,20-49). As quatro bem-aventuranças são acompanhadas de quatro lamentações. De certo modo, todo o sermão da planície é um desdobramento do discurso programático de Jesus, na Sinagoga de Nazaré (4,16-30).
O que é prometido nesta introdução do sermão é a transformação da realidade terrena e passageira. O Reino de Deus é objeto desta promessa. Os “pobres” (v. 20) aqui tem um duplo significado: são os que passam fome e os que choram por causa de seus sofrimentos, mas também os discípulos perseguidos por causa de sua fé em Jesus Cristo. As lamentações estão em paralelo com as bem-aventuranças: os ricos são os que levam uma vida confortável sem se preocupar com os outros (vv. 24-25; ver Lc 16,19-31). Jesus não promete resolver os dramas socioeconômicos do povo, nem livrar os discípulos da perseguição. Promete o Reino de Deus, que através de seus valores vividos são capazes de transformar o coração do ser humano e a realidade.
A recompensa de quem, por amor, vive a fidelidade no seguimento de Jesus Cristo é o próprio Deus e a participação na vida divina.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me solidário com os mais pobres deste mundo, e ensina-me a partilhar, de modo que chegue até eles a esperança e a alegria que Jesus veio nos trazer.
Fonte: Paulinas em 11/09/2013

Comentário do Evangelho

O Reino de Deus como promessa de transformação

s destinatários deste trecho do sermão da planície são os discípulos. São eles que estão compreendidos no “vós” dos macarismos. Assim como em Mateus, o discurso se abre com os macarismos que em Lucas somam somente quatro. Uma das características do discurso da planície é que ele pode ser considerado um desdobramento do discurso de Jesus na sinagoga de Nazaré (4,16-30). Os quatro macarismos são seguidos de quatro lamentações. Aos macarismos e lamentações subjaz uma promessa: a transformação da realidade deste mundo. Na verdade, o Reino de Deus é o objeto dessa promessa de transformação. O substantivo “pobre” tem, aqui, um duplo significado: trata-se daqueles que não têm os bens necessários para sobreviver e, também, os discípulos que são perseguidos em razão de sua fé em Jesus Cristo. As lamentações estão em paralelo com os macarismos. Por “ricos” entenda-se aqueles que levam uma vida confortável sem se preocupar com os seus semelhantes (cf. Lc 16,19-31). Jesus não se propõe resolver os problemas socioeconômicos do povo, nem promete uma vida fácil para os discípulos. O que ele promete e anuncia é o Reino de Deus que, através dos seus valores, é capaz de transformar o coração do ser humano e a realidade (cf. Mt 13).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me solidário com os mais pobres deste mundo, e ensina-me a partilhar, de modo que chegue até eles a esperança e a alegria que Jesus veio nos trazer.
Fonte: Paulinas em 10/09/2014

Vivendo a Palavra

O ‘Sermão da Planície’ é a versão que Lucas apresenta do ‘Sermão da Montanha’, em Mateus. Mais didático, Lucas contrapõe aos ‘felizes’, os ricos e aqueles que são bem aceitos pelo mundo – os dois caminhos que nós temos pela frente, para fazermos nossa opção radical de vida. Qual deles é o nosso?
Fonte: Arquidiocese BH em 11/09/2013

Vivendo a Palavra

Lucas acrescenta às bem-aventuranças de Mateus os ‘ai de vocês’, que dão precisão ao texto e acabam com divergências de interpretação. Quando diz ‘ai de vocês, os ricos’ não restam dúvidas a quem ele se referia dizendo: ‘felizes de vocês, os pobres’. O desapego às riquezas é definido como o Caminho de volta para a Casa do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/09/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus declara felizes os pobres, os perseguidos, os que têm fome. Não por serem pobres, não terem o que comer ou serem perseguidos, mas porque eles vivem como os profetas: não se acomodam, nem estão satisfeitos, pesados, egoisticamente acostumados; não perderam ainda a capacidade de sonhar e lutar por um mundo mais justo. Assim Ele quer que sejamos nós, a sua Igreja.

Reflexão

O mundo nos prega valores que não são do Reino de Deus. Se formos viver de acordo com os valores do mundo, seremos egoístas e buscaremos unicamente a nossa própria satisfação. Porém, se quisermos viver de acordo com os valores do Reino de Deus, deveremos ser capazes de amar e, em nome do amor, buscar a felicidade, a satisfação e o bem estar de todos, e denunciar com coragem profética todos os que vivem e pregam os valores que não são do Reino de Deus. As conseqüências dessas posturas são que os que vivem de acordo com os valores do mundo, terão a consolação do mundo, e os que vivem de acordo com os valores do Reino, terão a consolação do Reino.
Fonte: CNBB em 11/09/2013 e 10/09/2014

Reflexão

Em contraste com Mateus, que apresenta o “sermão da montanha”, Lucas traz o “sermão da planície”. Temos, no Evangelho de hoje, as quatro “bênçãos em favor dos pobres” e os quatro “ais contra os ricos”. Descendo da montanha onde escolheu seus apóstolos, Jesus se defronta com numerosos discípulos e grande multidão e proclama o discurso das bem-aventuranças. Jesus inicia o discurso da planície empregando uma linguagem direta e olhando de frente a realidade do povo sofrido e ansioso por uma Boa Notícia. Jesus proclama felizes os pobres, os famintos, os que choram, os perseguidos por causa dele. Em contrapartida, proclama os ais contra os ricos, os saciados, os que riem e os que são elogiados. As bem-aventuranças proclamadas por Jesus não são um apelo ao conformismo; ao contrário, conclamam os pobres e famintos a levantarem a cabeça, na certeza de que, no empenho pela justiça, sua situação haverá de mudar. Os pobres não são felizes por causa de sua pobreza e miséria, mas porque Deus está com eles. Jesus não deseja condenar os ricos; apenas os chama para que sejam solidários e partilhem do muito que têm com os que nada ou pouco têm.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Recadinho

O que se faz em sua comunidade em favor dos pobres, dos que passam fome? - Como é praticada a justiça em seu meio? - Conhece alguém que é rico e sabe usar seus bens em favor dos mais necessitados? - Por quem seremos saciados? Dê exemplo de alguém que é pobre mas sente-se feliz.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 11/09/2013 e 10/09/2014

Comentário do Evangelho

BEM-AVENTURANÇAS E MALDIÇÕES

A postura diante de Deus e de seu Reino gerava um nítido contraste mesmo entre os discípulos de Jesus. De um lado, estavam os declarados bem-aventurados. Do outro, os que se tornaram objeto de maldição. Os primeiros eram os que viviam na pobreza, padeciam fome e choravam e eram odiados por causa de Jesus. Sua opção pelo Reino não lhes permitia pactuar com a maldade do mundo, nem os deixava cair na tentação de serem aliciados por suas falsas promessas de riqueza e bem-estar. Sua recompensa só podia vir do Pai. Assim, era possível rejubilar e saltar de alegria, mesmo padecendo privações.
No polo oposto, estavam os que não contavam efetivamente com Deus e julgavam poder construir sua salvação com as próprias mãos. Confiavam na riqueza e viviam na fartura. Sua vida era feita de alegrias efêmeras. Cuidavam de ser louvados e bem-vistos por todos. Este projeto de vida, a longo prazo, se mostraria inconsistente e seu resultado, desolador. A riqueza transformar-se-ia em privação, a fartura em fome, a alegria em luto e pranto, a fama em opróbrio. Trata-se, portanto, de um projeto de vida do qual o discípulo deve precaver-se.
Tanto as bem-aventuranças quanto as maldições referem-se aos discípulos de Jesus. Ou seja, o seguimento do Mestre nem sempre os levava a comungarem efetivamente com o projeto de Jesus. As palavras dele, pois, funcionavam como um forte alerta.
Oração
Senhor Jesus, faze-me sempre trilhar o caminho das bem-aventuranças, colocando toda minha vida e minha esperança nas mãos do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que crêem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 10/09/2014

Meditando o evangelho

SORTES CONTRASTANTES

O contraste traçado entre ricos e pobres revela duas posturas humanas distintas, diante de Deus, da sociedade e dos bens deste mundo, e a conseqüente sorte reservada a cada uma delas. Enquanto uma é fonte de bênção e salvação, a outra atrai para si maldição e condenação. O discípulo deve ter suficiente discernimento para saber que postura assumir.
O pobre, vivendo na carência por ter sido excluído da participação dos bens deste mundo, terá como herança o Reino de Deus. Já que não foi objeto da atenção de seus semelhantes, Deus mesmo se encarregará de tomar partido a seu favor. A privação será superada, pois o Pai o saciará. Seu pranto transformar-se-á em riso, pois lhe serão dados motivos de alegria. O ódio, o insulto e a rejeição de que são vítimas não devem ser motivo de tristeza, já que receberão a recompensa por parte do Pai, que está no Céu.
O rico, vivendo na abundância, sem dar-se conta das necessidades alheias, será punido com a fome. Tendo colocado sua esperança nos bens materiais, haverá de experimentar a carência deles. As gargalhadas vazias, talvez até diante do sofrimento do próximo, resultarão em aflição e pranto. Os louvores e as bajulações de que foi objeto resultarão inúteis, quando se defrontar com o juízo divino.
O discípulo sensato saberá que caminho tomar, para não partilhar a sorte dos que irão receber o castigo divino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Prece
Espírito de autenticidade, move-me sempre a assumir a verdadeira atitude de discípulo, que centra sua vida no projeto do Pai, e só por ele será recompensado.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. BEM AVENTURADOS OS POBRES
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há sempre quem veja a predileção de Deus pelos pobres, neste evangelho, apenas como uma forma de consolo aos pobres que sofrem neste mundo.Uma espécie de slogan “Sofra agora e goze depois”. Esse pensamento reforça o sistema explorador e opressor e ao mesmo tempo acalma e acomoda o pobre, tirando dele a vontade de lutar pelos seus direitos. Não é preciso lutar para mudar a situação pois é Deus que quer assim.
Embora neste evangelho Lucas fale literalmente da pobreza e riqueza material, é preciso prestar atenção em um detalhe: Jesus proclama as Bem Aventuranças olhando para os seus discípulos, que naquele momento era um grupo numeroso em meio à multidão. O evangelho não compactua com a pobreza, conseqüência da ganância e egoísmo do homem, a Igreja de Jesus Cristo terá sempre de ter uma palavra de ajuda e de esperança a favor da massa empobrecida, principalmente dos países da América Latina, onde de maneira vergonhosa e pecaminosa ainda temos uma massa de miseráveis ao lado de grandes conglomerados econômicos e latifundiários, que com seu poder coloca os governantes e legisladores a seu serviço.
No evangelho de Lucas o sermão das Bem aventuranças é situado em uma planície, após Jesus e seus discípulos terem descido da montanha assinalando assim, que Deus vem ao encontro do homem, como resposta ao seu sofrimento, como proposta de uma vida nova em uma sociedade onde não haja mais divisões entre classes sociais. Mas quem dará atenção e acolhimento a este projeto?
A primeira leitura responde que o homem tem duas alternativas: poderá ser feliz e bendito se souber fazer a escolha certa para viver bem esta vida, confiando no Senhor e no plano de Salvação, ou então será maldito se confiar em outro homem, não na pessoa, mas nos projetos humanos que sempre são falhos, porque atribuem um valor absoluto a coisas que passam e que são transitórias. O Diretor proprietário de um grande império econômico que a vida inteira acumulou sua fortuna de maneira egoísta, nunca se importando com o projeto de Deus e muito menos com as pessoas, na hora derradeira de sua vida mergulhará em uma crise profunda, extremamente dolorosa porque irá constatar aterrorizado que fez a escolha errada ao colocar toda sua confiança e esperança de felicidade nos bens materiais, dos quais não levará consigo um único centavo para a outra vida.
Não foi Deus que dividiu a humanidade entre ricos e pobres, essa divisão é conseqüência do pecado, a desgraça que há de cair na vida de um rico que nunca se importou em conhecer Deus e o seu projeto de Salvação, não é castigo divino mas apenas conseqüência de sua escolha.
A referência do evangelista é sempre o Reino de Deus onde se fazer pobre pelo reino não significa ser masoquista, passando fome e toda sorte de privações pois isso, com toda certeza Deus nunca desejou, como também ele não faz de suas bênção uma varinha mágica que enriquece e dá prosperidade a algumas pessoas transformando pobres em ricos e ricos em milionárias, como tenta ensinar certa corrente religiosa defensora da teologia da prosperidade. Nada na vida de fé acontece em um passe de mágica pois este não é o método de Deus.
Portanto, ser bem aventurado e feliz diante do evangelho, não é apenas uma questão de ter ou não ter muitos bens materiais, mas sim de ter se tornado discípulo do Senhor, vivendo a vida de acordo com os valores do seu reino que é a justiça e a paz, conseqüência da igualdade, partilha e fraternidade. Quem trilha este caminho, sem se desviar para os tentadores atalhos que o mundo nos coloca, será feliz e bendito porque confiou e colocou toda sua esperança, não naquilo que o mundo oferece mas sim na vida nova que vem da graça de Deus, e que se estende para muito além dos limites da nossa vida biológica.
É para estes benditos e benditas que o evangelho traz a boa nova, pessoas que não estarão isentas de sofrimentos, privações e até perseguições, por terem optado pelo evangelho de Cristo, que desafia e põe em cheque o conceito de felicidade que o mundo nos ensina, porque mostra-nos no Senhor Ressuscitado, que esta vida terrena é apenas caminho para se chegar na verdadeira vida, sonhada, desejada e construída ainda nesta nossa peregrinação por este mundo.
Nossas comunidades cristãs nas quais participamos, já aderiram com fidelidade a proposta que Deus nos faz em Jesus Cristo, ou pelo contrário, acabamos trazendo para dentro da comunidade certos valores sedutores que o mundo nos apresenta? A resposta a essa pergunta nos indicará se pertencemos ou não ao grupo dos Bem Aventurados...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Felizes vós que agora estais chorando...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

No coração do projeto de Jesus estão os bem-aventurados. Quem é verdadeiramente feliz aos olhos de Deus? Deus ama a todos e para a salvação de todos enviou seu Filho Jesus ao mundo, mas tem especial predileção por alguns. Olha com bons olhos aqueles que fazem o mundo andar, que movimentam as águas, que introduzem na vida a esperança.
Há quem interprete a palavra “felizes” das bem-aventuranças com o sentido de “para a frente”. “Para a frente pobres, para a frente famintos, para a frente angustiados!” São Lucas apresenta três categorias de bem-aventurados, válidas para todas as pessoas deste mundo: os pobres, os famintos e os angustiados. E acrescenta a bem-aventurança dos seguidores de Jesus.
Na contramão dos três grupos coloca os ricos, os saciados, os que riem. Os seguidores de Jesus devem prestar atenção quando forem aprovados por todos. Se todo mundo falar bem deles é porque não estão defendendo a justiça e a verdade. Jesus fala a todos os pobres, a todos os famintos e a todos os que choram.
O texto, porém, diz que ele ergueu os olhos para os discípulos, como se quisesse dizer: “Espero que vocês façam parte dos pobres, famintos e aflitos, e não dos ricos e satisfeitos”[...].

Liturgia comentada

O Senhor é fiel...

Hoje, cedo o espaço a Santo Agostinho, que comentou longamente todo o saltério. Ele reflete sobre a fidelidade de Deus.
“Fiel é o Senhor em todas as suas promessas, e santo em todas as suas obras. Fiel é o Senhor em todas as suas promessas. Pois, o que prometeu e não deu? Existem algumas coisas que prometeu e ainda não deu; mas acredite-se nele, tendo em vista o que já deu. Fiel é o Senhor em todas as suas promessas. Poderíamos acreditar somente em suas palavras. Mas não quis que confiássemos apenas no que dizia, quis obrigar-se por sua Escritura. Seria algo como se dissesses a alguém a quem prometesses algo: ‘Não acreditas em mim, escrevo para ti’. Na verdade, uma vez que uma geração vai, e outra geração vem, e assim transcorrem estes séculos, enquanto os mortais dão lugar aos que são seus sucessores, devia permanecer a Escritura de Deus, e certo documento de Deus, que pudessem ler todos os que passassem e retivessem a garantia de sua promessa.”
O adjetivo “fiel” – que expressa um traço da natureza divina – está ligado ao verbo “confiar”. Quem é fiel merece confiança, aquela aposta que fazemos nele. Se Deus é fiel, posso fiar-me nele, ainda quando isto parece um interminável balé sobre o cabo estendido no abismo. Curiosamente, estamos sempre apostando a vida: a noiva confia no noivo; os passageiros do avião confiam no piloto; os pacientes confiam no médico. E são simples mortais, sujeitos a erros e enganos. E quanto a Deus?...
Santo Agostinho prossegue: “Os homens duvidam, não querem confiar nele a respeito da ressurreição dos mortos e do século futuro, as únicas coisas que ainda faltam ser cumpridas. Quando, se ele acertar as contas com os infiéis, eles se envergonharão? Se Deus te disser: ‘Tens o meu título; prometi o juízo, a separação entre bons e maus, o reino eterno aos fiéis, e não queres acreditar? Lê no meu documento o que prometi, acerta comigo; certamente, ao menos computando o que paguei, podes acreditar que hei de pagar o que ainda devo’”.
Na tradução francesa, um dos livros de Hans Urs von Balthasar foi intitulado “Só quem ama merece confiança”. Por isso mesmo, o Autor traduz um pouco diferente a passagem da 1ª Carta de São João: “Reconhecemos o amor de Deus por nós e, então, pudemos crer”. (1Jo 4,16) Ora, o Deus que nos fez promessas é o mesmo Deus que morreu por nós. Basta isto para apostar nele a nossa vida?
Orai sem cessar:Eis o Deus que me salva, eu confio e nada temo!” (Is 12,2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 11/09/2013

HOMILIA

FELICIDADE E INFELICIDADE

Lucas narra quatro bem-aventuranças proclamadas por Jesus, seguidas de quatro "ais" de advertência, diferentemente de Mateus que nos apresenta 8. Seja como for convém notar que ambos os textos nos situam em cima da montanha onde Jesus escolhe os seus Apóstolos e lhes apresenta o seu programa de ação. Anuncia-lhes o seu conteúdo: Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês. Felizes são vocês que agora têm fome, pois vão ter fartura. Felizes são vocês que agora choram, pois vão rir… Estas palavras foram vida e missão para os Apóstolos, são e o serão para todos os cristãos de hoje e de hoje. É nossa missão tornar a sociedade antiga justa e digna, arrancando de seu meio, pela força do Evangelho, a miséria, a injustiça, a fome.
O cristão deve sentir e encontrar prazer e alegria nas perseguições pelo amor a verdade e a justiça do Reino. Pois será grande no céu a sua recompensa. A promessa é do próprio Jesus: Felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem. Fiquem felizes e muito alegres quando isso acontecer, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês.
O Cristão deve fazer tudo por tudo para derrubar todos os geradores dos males sociais. É preciso que ele dê a conhecer aos grandes que defender a causa do pobre é devolver-lhe a vida e a dignidade e não é a multiplicação de palavras.
Porque ele não vive de explicações, filosofias e falação.
Jesus dirigir-se com freqüência à multidão para adverti-lo sobre o que está por vir. No texto deste Evangelho se reflete com nitidez este tipo de comunicação.
Como Mateus, Lucas nos apresente uma nova versão das Bem-aventuranças.
Felizes vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus…!
Digo nova versão por causa de algumas ligeiras diferencias quanto a ordem de colocações. Se Mateus faz a proclamação das Bem-aventuranças é um bloco homogêneo de oito declarações pela positiva, Lucas nos apresenta dois blocos: um de quatro bem-aventuranças, outro de outras tantas declarações de infelicidade, imprecações. Mas ai de vocês que agora são ricos, pois já tiveram a sua vida boa.
Podemos dizer que se trata de blocos opostos: aos pobres opõem-se os ricos; aos que têm fome contrapõem-se os que estais fartos. Além disso, o texto dá grande relevo à anáfora e ao paralelismo.
O paradoxo é bastante comum em S. Lucas e indica uma orientação importante do terceiro Evangelho: o radicalismo da força transformadora da sua mensagem. Há muita coisa desconcertante, inesperada neste evangelho.
Felizes vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados! Saciados por quem? Saciado por Jesus a verdadeira comida e bebida. Aquele que nos abre para os novos tempos e por isso, nos faz firmes e fortes nesta espera. Quem espera no Senhor e não vacila nos momentos de amargura se torna bem-aventurado.
Jesus nos situa na perspectiva dos que buscam encontrar aqui na terra a felicidade seguindo os conselhos evangélicos e mantendo a esperança de um dia encontrá-la. Ser bem aventurado é ser feliz. As bem-aventuranças são estágios de vida que nos levam a ter o prenúncio das coisas celestes, da realidade do céu. Quando nós seguimos as sugestões do Evangelho, nós perseguimos a plenitude da felicidade aqui na terra embora que o mundo não possa entender. Portanto, ser pobre, passar fome, chorar, ser perseguido, odiado, insultado, amaldiçoado, são situações que de acordo com a mentalidade do mundo, revelam infelicidade. Porém, quando vivemos na perspectiva de fazer a vontade de Deus essas coisas que nos acontecem servem de motivação para que nós experimentemos cada vez mais o poder e a força do Senhor na nossa vida. Ao contrário, as coisas que o mundo prega como lucro, a riqueza, a fartura, o riso fácil, o elogio, passam e não deixam nenhum vestígio de felicidade. É feliz aqui quem já espera a realização das promessas de Deus que plenamente serão cumpridas no céu. O próprio Jesus nos garante: “Alegrai-vos e exultai, pois será grande a vossa recompensa no céu”. A expectativa de que um dia contemplaremos a Deus e alcançaremos a plena felicidade, já é um motivo para que sejamos felizes aqui.
Você já meditou sobre as bem-aventuranças? Com que bem-aventurança você mais se identifica? É feliz mesmo que as coisas para você não tenham sido fáceis? Você tem sofrido alguma afronta por amor a Jesus?
Pai faça-me solidário com os mais pobres deste mundo, e ensina-me a partilhar, de modo que chegue até eles a esperança e a alegria que Jesus veio nos trazer e então seja verdadeiramente feliz. Pois Vosso Filho, Jesus nosso irmão nos ensinou que há mais alegria em dar do que em receber!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 10/09/2014

MENSAGEM

Toda pessoa deseja ser Feliz. O Catecismo da Igreja Católica afirma: “O próprio Deus colocou no coração do homem um desejo íntimo de felicidade”. (CIC 1718). E na procura da felicidade, busca muitas vezes segurança na riqueza, no prazer, no poder, no êxito e promoção pessoal… Qual é o caminho para conquistá-la? As leituras bíblicas apontam dois caminhos: um leva à plena realização, o outro geralmente à decepção…
A 1a Leitura inicia com uma afirmação: “Infeliz o homem que CONFIA no homem”. (Jr 17,5-8) Onde buscamos nossa segurança? Nos valores propostos pelos homens? Quando confiamos demais nas pessoas: amargamos grandes ilusões… Quando confiamos demais em nós: temos o perigo da autossuficiência… Quando confiamos demais nas coisas: provamos dolorosas frustrações… Por isso, o Senhor alerta que esse não é o caminho certo… e acrescenta: “Feliz o homem que CONFIA NO SENHOR, e cuja esperança é o Senhor”. “É como a árvore plantada à beira da torrente… nunca deixa de dar frutos.” Só Deus é a fonte segura de felicidade e de vida plena.
O Salmo reforça a mesma ideia: “É feliz quem a Deus se confia…” (Sl 1)
Na 2a Leitura: Paulo afirma que é feliz quem deposita sua fé e esperança no “Cristo Ressuscitado”. (1Cor 15,12.16-20) A ressurreição dá sentido à nossa vida e à nossa fé, e é garantia de nossa própria ressurreição…
No Evangelho: Jesus propõe um caminho seguro para a felicidade, através das BEM-AVENTURANÇAS. (Lc 6,17.20-26) É o discurso inaugural de Jesus, no qual Lucas apresenta quatro Bem-aventuranças e quatro Advertências (Mt 8): O Local é a Planície… (não a montanha) Os Destinatários mais diretos são os Discípulos… (não o povo) O Mundo proclama “felizes” os que têm dinheiro, poder, influência… Jesus declara “felizes” os pobres e amaldiçoados os ricos gananciosos.
1 - AS BEM-AVENTURANÇAS: “Bem Aventurados VÓS que sois POBRES, porque vosso é o Reino de Deus!”. Os discípulos tinham deixado tudo para seguir Jesus. Não colocaram a sua segurança nos bens materiais… Por isso são bem-aventurados, porque para eles chegou o Reino de Deus. Bem Aventurados VÓS, que tendes FOME, que CHORAIS, que sois PERSEGUIDOS… A Bem-aventurança deles não se deve à situação de pobreza, de fome, de lágrimas e perseguição, mas porque, com a vinda do Reino, essas situações dolorosas desaparecerão.
2. AS MALDIÇÕES: “Ai de VÓS, que sois RICOSFARTOSELOGIADOS… que agora RIDES,” enquanto tantos choram… Denunciam a lógica dos que têm o coração cheio de orgulho e autossuficiência. Colocam-se numa situação que impede a aceitação da riqueza oferecida por Deus. As Bem-aventuranças manifestam o que Jesus já havia dito no início da sua atividade, na sinagoga de Nazaré: ele foi enviado pelo Pai ao mundo para libertar os oprimidos. As “Advertências” aos ricos não significam que Deus não tenha para eles a mesma proposta de salvação; mas significam que, se persistirem numa lógica de egoísmo e de injustiça, eles não têm lugar no “Reino” que Jesus propõe. Onde está a nossa felicidade? Onde colocamos a nossa segurança? nos amigos influentes que conquistamos? no dinheiro que temos na poupança? nos bens materiais, que possuímos? no poder que exercemos, na posição social, que ocupamos? no luxo e no conforto que construímos? nos elogios e homenagens que recebemos? Nenhuma pessoa… nenhuma riqueza… nenhuma posição social, nenhuma fama poderá nos trazer a verdadeira felicidade… Só Deus poderá saciar plenamente a nossa fome de felicidade… FELIZ: – Não é quem possui todos os tesouros da terra. FELIZ: – É quem faz de DEUS o seu verdadeiro Tesouro.
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa

Viver sob a luz da Palavra

“Exultai naquele dia, pulai de alegria, porque vossa recompensa será grande” (Lc 6,23)

O evangelho deste 6º domingo do Tempo Comum traz o sermão da montanha ou as bem-aventuranças. O sermão de Cristo é dirigido aos discípulos e as pessoas que procuravam Jesus a fim de serem libertos das impurezas.
O sermão da montanha é um convite a vivermos mais fielmente sob a luz da Palavra que traduz a vontade de Deus. O que possuímos nesta vida é passageiro, temporário, corruptível.
O meu sofrimento deve ser compreendido segundo a vontade de Deus. A felicidade plena não está na forma como vivemos a vida: na abundancia ou na penúria. Ela é alcançada pela perseverança no amor a Deus e sua santa vontade como expressamos na oração do “Pai Nosso”.
Paz e bem!
Reflexão feita pelos noviços

Comentário

O Evangelho deste domingo reúne uma das passagens mais surpreendentes e nucleares da pregação de Jesus: as Bem-aventuranças, que com a sua linguagem paradoxal são um ensinamento sobre a verdadeira felicidade que todos os homens procuram. São Josemaria as definia como “um poema de amor divino”[1]. De fato, como explica o Papa Francisco, “as Bem-Aventuranças são o retrato de Jesus, a sua forma de vida; e constituem o caminho da verdadeira felicidade, que também nós podemos percorrer com a graça que Jesus nos concede”[2]. Lucas mostra o Mestre de pé sobre uma planície, pregando com autoridade e majestade. Misturados com a multidão, hoje podemos sentir as suas palavras como dirigidas a nós.
“Bem-aventurados vós, os pobres”. Na vida de um cristão a pobreza não é opcional: sem ela não se é discípulo nem se é feliz. Todos nós devemos vivê-la como o Mestre. E para encarnar a pobreza no meio do mundo, São Josemaria recomendava: “Aconselho-te a ser parco contigo mesmo e muito generoso com os outros. Evita os gastos supérfluos por luxo, por veleidade, por vaidade, por comodismo...; não cries necessidades”[3]. Diante de um clima geral de consumismo, é necessário verificar com frequência se estamos desprendidos das coisas que usamos; se vivemos leves de bagagem para seguir Jesus de perto e começar a possuir “o Reino de Deus”. Se vivermos a pobreza, saberemos também cuidar dos outros com generosidade, especialmente dos pobres e dos necessitados, a quem nunca olharemos com indiferença.
“Bem-aventurados, vós que agora tendes fome”. Na opulência dos ricos e saciados não há lugar para Deus e para os outros. Por outro lado, quem vive com sobriedade e temperança começa a “ser saciado” por Deus. Trata-se de gozar dos bens terrenos com gratidão, mas de tal modo que eles nos levem a desejar os bens espirituais. Esta bem-aventurança nos convida também a trabalhar com confiança na providência: enquanto procuramos ganhar com retidão o sustento necessário, mantemos a serenidade diante das possíveis dificuldades, porque Deus nunca abandona os seus filhos.
Jesus também diz que são bem-aventurados os que agora choram, porque mais tarde vão rir. Quando um cristão tenta imitar o Mestre, “experimenta relação interior entre a cruz e a ressurreição”[4], como explicava Bento XVI. Unidos a Cristo, adquirimos a força para transformar o sofrimento em amor redentor. Temos então a mesma alegria que o Senhor viveu na sua Paixão, porque com ela o dom do Espírito Santo nos alcançou e abriu as portas do Céu. Com esta esperança e consolo, o cristão é consolo para os outros; “pode ter a coragem de compartilhar o sofrimento alheio, e deixa de fugir das situações dolorosas”[5], diz o Papa Francisco.
Finalmente, Jesus chama bem-aventurados os que sofrem perseguição ou rejeição por sua causa. A nossa coerência de cristãos comuns pode chocar ou incomodar os outros. Mas devemos ser corajosos para refletir em nosso comportamento o rosto amável de Jesus que todas as pessoas buscam. Aqui podemos seguir o conselho dado por São Pedro aos primeiros cristãos: “Se tiverdes que sofrer por causa da justiça, felizes de vós! Não tenhais medo de suas intimidações, nem vos deixeis perturbar. Antes, declarai santo, em vossos corações, o Senhor Jesus Cristo e estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que a pedir. Fazei-o, porém, com mansidão e respeito e com boa consciência. Então, se em alguma coisa fordes difamados, ficarão com vergonha aqueles que ultrajam o vosso bom procedimento em Cristo” (1 Pedro 3, 14-18).Em resumo, e ao contrário do que poderia parecer, a nossa felicidade não reside na posse ilimitada de bens. Também não se trata de obter a aprovação dos outros a todo o custo. A felicidade está antes na identificação com Cristo.

[1] São Josemaria, Anotações de uma meditação, 25-XII-1972, (AGP, P09, p. 186), cita publicada en E. Burkhart y J. López, Vida cotidiana y santidad. 3: En la enseñanza de San Josemaría, Rialp, Madrid 2013. 125.
[2] Papa Francisco, Audiência 6 agosto 2014.
[3] São Josemaria Escrivá, Amigos de Deus, 123.
[4] Bento XVI, Jesus de Nazaré I, p. 78.
[5] Papa Francisco, Gaudete et exultate, 76.

COMENTÁRIO

Meditaremos hoje as bem-aventuranças. Lucas apresenta Jesus falando aos seus discípulos e para uma grande multidão, numa planície.
Interessante notar que Lucas diz que Jesus está numa planície, enquanto Mateus, em seu evangelho, capítulo 5, versículos de 1 à 12, apresenta Jesus proclamando as bem-aventuranças do alto de uma colina. Afinal, Jesus estava numa planície ou numa colina?
Se, planície ou colina, tanto faz. Jesus nunca escolheu lugar para ensinar. Na sua simplicidade, algumas vezes o vimos pregando sentado no chão, outras vezes agachado e, certamente, não faria a menor cerimônia se tivesse que subir numa cadeira ou banquinho para ser mais melhor ouvido.
Segundo Mateus, Jesus é o Messias que realiza todas as promessas feitas no Antigo Testamento. Jesus é o novo Moisés que veio para conduzir e salvar o seu povo. Por isso, Mateus apresenta o Mestre sempre próximo da multidão e falando de pontos altos, sobre um barco ou montanha.
Lucas, no entanto, procura mostrar a mesma coisa de outra maneira, mostra que, mesmo sendo Grande, mesmo sendo Deus, Jesus se coloca no mesmo nível do povo, no meio da multidão. Por isso o apresenta na planície. Para nós, mais importante que o relevo ou o local, é a presença de Jesus e a mensagem das bem-aventuranças.
Em Lucas, encontramos quatro bem-aventuranças dirigidas aos pobres, excluídos e marginalizados; os que têm fome, os que choram, os que são odiados e os que são perseguidos por causa de Jesus. As outras quatro não sei se podem ser chamadas de bem-aventuranças, na verdade são sérias repreensões ou advertências para aqueles chamados ricos.
Os pobres que Jesus se refere, não são somente os pobres de bens e que não têm o que comer ou vestir. Os pobres de Jesus são os humildes, os desapegados de seus bens, são aqueles que vivem a partilha, vivem o evangelho. São aqueles cuja maior riqueza é a amizade de Deus.
O mesmo critério vale para os ricos. Existem pessoas que moram em castelos, donas de grandes fortunas, mas que sabem viver a pobreza e a partilha. No entanto, Jesus as adverte para que tomem cuidado, pois é muito difícil ter todas essas coisas, sem ficar presos a elas.
Aqui, o termo rico tem o sentido de ganância e poder. O rico que Jesus se refere, é prisioneiro do consumismo e escravo do dinheiro, é até mesmo aquele pobre de bens materiais, que quer tudo só para si, que não divide e não pensa no próximo. A esse Jesus diz: “Infeliz você que pensa não necessitar de Deus, só porque é rico de bens materiais e se acha plenamente satisfeito com as coisas deste mundo!”
A doutrina de Jesus é o oposto da nossa. Ele atrai para perto de si, aquele que o mundo enjeita, e chama de feliz aquele que o mundo chama de desgraçado. Jesus enaltece o pobre, o que passa fome, o odiado e perseguido. Chama de feliz o que chora, não porque chora, mas porque será consolado. Chama de feliz o pobre, não por ser pobre, mas porque dele é o Reino dos Céus.
Esse é um apelo para uma conversão profunda, é uma advertência para o grande mal do apego às coisas terrenas. É também uma forma de dizer que será recompensado, no céu, quem lutar por justiça e paz, apesar de na terra, só receber perseguição, sofrimento e dor.

COMENTÁRIO

FELICIDADE E AS BEM-AVENTURANÇAS

E, levantando os olhos para os seus discípulos, disse: ‘bem-aventurados vós…” (Lc 6,20)

Jesus para numa planície com os discípulos e com grande multidão, e junto a estes, faz este belo sermão das bem-aventuranças, apontando caminhos à felicidade, e, ao mesmo tempo nos adverte com quatro “ais”. Ao me juntar a multidão, na leitura do Evangelho, ainda hoje, experimento as palavras ecoar em meu interior e entendo que Jesus fala de minha felicidade. Mas, qual será o caminho da felicidade?
Jesus, vem e fala de felicidade, fala de vida, não fala de uma ética fundada em deveres e obrigações, mas, sim, numa ética de felicidade e ventura. Pelas Palavras de Jesus, entendemos que as bem-aventuranças atraem para a felicidade substituindo os mandamentos que são proibitivos. E, mais interessante, que esta promessa de felicidade não será para depois da morte, mas, já felicidade nesta vida.
O (CIC 1718), nos diz: “O próprio Deus colocou no coração do homem um desejo íntimo de felicidade”, mas, às vezes, buscamos a felicidade: na riqueza, no prazer, no poder, no êxito e promoção pessoal… Temos dois caminhos a seguir: a) plena realização e b) decepção. Qual escolhemos?
Se a felicidade nasce dentro de nós: daquilo que sentimos, que valorizamos, que vivemos… precisamos ser o que somos em serenidade, mantendo nossa paz interior, pois só assim a felicidade se unirá a gratuidade. Pois, na gratidão, temos a certeza que estamos em Deus e Deus conosco.
Por ocasião do Retiro Quaresmal, que iremos iniciar em breve, recebo de um dos participantes, um livro de presente, ao qual recomendo a leitura. Chama-se: “FELICIDADE”, o que realmente importa para uma vida bem-sucedida. Pois a vida é ameaçada, finita, frágil. O que a sustenta, senão a Felicidade. Os autores: Anselm Grün, que está entre os mais importantes autores da atualidade e Walter Kohl, empresário e analista financeiro, filho do ex-chanceler Helmut Kohl. Editado pela Editora Vozes, em 2018.
Boa oração!

REFLEXÃO DO EVANGELHO DOMINICAL

NOTAS PARA COMPREENSÃO DO TEXTO:

- TIRO era uma cidade fenícia situada numa ilha do Mediterrâneo, cidade pagã, que tinha intercâmbios comerciais com Israel.
- SIDÔNIA (também chamada SIDON) era a principal cidade fenícia, também cidade pagã que tinha intercâmbios comerciais com Israel. Hoje ela faz parte do Líbano.

Nota-se no evangelho de Lucas, mais do que nos outros evangelistas, uma presença maior de pessoas de nacionalidade estrangeira, pagãos como os tírios e sidônios pelos motivos seguintes. Lucas não era judeu, era pagão convertido(...) Por isso, uma das características do seu evangelho é a universalidade, isto é, ele procura enfatizar que Jesus veio para todos: judeus e pagãos. Portanto, ele é descomprometido com os usos e costumes judeus e direciona o seu evangelho para os pagãos, infiéis, pobres e indiferentes.

BEM-AVENTURADOS VÓS, "OS POBRES", PORQUE VOSSO É O "REINO DE DEUS"

Embora estivesse acompanhado de grande multidão quando inicia o sermão das bem-aventuranças, Jesus se dirige aos seus discípulos, é o que se nota. Isso não quer dizer que as bem-aventuranças sejam um privilégio dos seus discípulos. É que Jesus quis confiar esse legado precioso às colunas-mestras da sua Igreja: os discípulos, que são os divulgadores-mestres da sua doutrina.
"Bem-aventurados vós, os pobres..." - Mas que pobres? Será que os ricos não entram no Reino de Deus? Não há dúvidas que Ele se dirigiu aos pobres (os desprovidos de bens), mas foi com o seu olhar voltado para o "despojamento", o estado de espírito ideal para se aceitar o Reino. Os "pobres" são equiparados às crianças ("os pequeninos") e aos humildes, que são os mais disponíveis. Os ricos, de modo geral, não são disponíveis para aceitá-lo, porque o coração deles, geralmente, já está ocupado. Veja o trecho de Mateus (Mt 6, 19 e ss): "Não ajunteis para vós tesouros na terra..., pois onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração." Jesus não entregou o seu Reino à classe social dos pobres. Os ricos também terão o Reino, desde se façam como a maioria dos pobres: "despojados". A famosa coluna-laranja do jornalzinho "O Domingo" de 11/02/07 do Padre Nilo Luza dia isso com excepcional clareza: "A riqueza se torna problema quando conquista o coração da pessoa, no seu pequeno mundo...Há grande diferença entre "possuir" os bens materiais e "ser possuído" por eles...Quando a riqueza toma conta do coração humano, a pessoa se inclina para os bens materiais e os idolatra."
Mostrando o sentido exato dessa bem-aventurança, que é o pensamento de Jesus, Mateus explicita-a na sua versão: "bem-aventurados os pobres em espírito..."

EQUÍVOCOS SOBRE O ENDEUSAMENTO DAS RIQUEZAS

1) O mundo moderno póe a felicidade suprema no "T E R", que para eles devia ser escrito sempre com inicial maiúscula, pois ele é um deus a quem o mundo sacrifica tudo: honra, consciência, virgindade, paz, saúde e a própria vida.
2) Para os judeus do Antigo Testamento, o "T E R" significava bênção divina. "Ser pobre significava ser desprezado por Deus" (Frei Clarêncio Neotti). Por quê? Para eles, interpretando mal as Sagradas Letras, a pobreza como a doença eram tidas como castigos do pecado.
3) Baseados nessa interpretação errônea dos judeus, algumas igrejas protestantes criaram a "Teologia da Prosperidade", que se extravasa na apologia exagerada do "TER".
4) Não deixemos que o "dinheiro" domine também o nosso coração. Ele é sorrateiro. O seu domínio começa quando nossa necessidade de Deus vai enfraquecendo. Quando os nossos pedidos aflitivos de ajuda feitos a Ele estiverem rareando, é bom verificar se as riquezas já não tomaram conta do nosso coração.

FRANCISCO VALMIR ROCHA

REFLEXÕES DE HOJE


17 DE FEVEREIRO-DOMINGO

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO

HOMILIA DIÁRIA

Jesus dá sentido àquilo que passamos e sofremos

Jesus dá sentido àquilo que passamos e sofremos, pois passamos a entender que tudo aqui é passageiro, tudo é momentâneo.

“Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus” (Cl 3,1).

A Palavra do Senhor está nos convidando a olharmos para as coisas do alto, a aspirarmos as coisas do céu, buscarmos as coisas que dão sentido eterno à nossa vida.
Meus irmãos, nós caminhamos preocupados com tantas coisas, parece que estamos construindo a eternidade aqui na Terra. Por mais que sejamos pessoas de fé, de confiança em Deus, por mais que creiamos n’Ele, o nosso coração se encontra preso pelas coisas terrenas. Assim, não voltamos nosso olhar, nossa direção para a eternidade. Quando fazemos isso, qualquer sofrimento, qualquer perda, qualquer situação que passemos aqui nessa terra, assume um outro sentido e um outro significado.
Jesus dá sentido àquilo que passamos e sofremos, pois passamos a entender que tudo aqui é passageiro, tudo é momentâneo, que tudo que vivemos é para esse período longo ou curto de vida na terra, porque nós nascemos para a eternidade, nascemos para sermos de Deus.
As bem-aventuranças proclamadas no Evangelho de Lucas (cf. Lc 6,20-26) chama a atenção para os pobres, para aqueles que têm fome e choram, para aqueles que são odiados pelos homens, porque estes sim serão saciados, consolados, terão em Deus a verdadeira e a única riqueza.
Que não deixemos as nossas ocupações de lado, não deixemos de trabalhar, de cumprir nossos deveres, assumir as nossas responsabilidades, mas façamos bem o nosso trabalho, sem nos esquecer que nós somos do céu e fomos feitos para ele. Que nós tenhamos plena responsabilidade da missão que nos é confiada e busquemos os valores eternos. Que façamos da nossa vida uma condição evangélica de viver.
Não nos esqueçamos, em nenhum momento, daquele que deu a Sua vida por nós, daquele que é o nosso Senhor e Salvador, que é o sentido da nossa vida. Um dia todos nós estaremos com Ele na glória.
Para que isso aconteça, despojemo-nos já do homem velho, corrompido pela mentira, pelo pecado, por todos os desejos que o mundo desperta em nós; e possamos nascer para a vida nova em Cristo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 11/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Que o espírito da pobreza evangélica conduza nossos passos

A pobreza evangélica é também a atitude de reconhecer nos pobres o lugar da presença de Deus.

“Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus!” (Lucas 6,20).

Nós hoje acompanhamos as bem-aventuranças de Jesus, proclamadas no Evangelho de Lucas; elas estão também no Evangelho de Mateus. Mas, aqui em Lucas, vemos as bem-aventuranças em comparação ao espírito contrário daquilo que é o bem-aventurado.
“Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus!” (Lc 6, 20). Mas, o contrário Jesus também disse: “Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação!” (Lc 6, 24), porque não se trata apenas da pobreza espiritual, como muitos querem interpretar o texto. A pobreza evangélica é também a atitude de reconhecer nos pobres o lugar da presença de Deus.
Nós não exaltamos a miséria, não exaltamos de forma nenhuma os seres humanos, os filhos de Deus, que padecem devido à indigência, à necessidade, quando isso, na verdade, é um escândalo em todos os sentidos. Nenhum ser humano, nenhum filho de Deus, deveria padecer na miséria e na indigência! Mas na pobreza, sim, na pobreza de não se comprometer em ser afortunado, em se preocupar a fazer dos bens materiais o sentido primeiro e único da vida.
Pobre é aquele que é desapegado, pobre é aquele que sabe viver tendo e não tendo, é aquele que luta para os seus dias serem melhores, para a sua vida ser abençoada, para a sua vida ser reta e justa e não viver no luxo, no desperdício, enquanto outros nada têm. Ser pobre é ser justo consigo mesmo e ser justo com os outros.
Eu louvo a tantos que vivem este espírito de pobreza com total desprendimento de vida! Uns porque possuem o necessário para uma sobrevivência digna, para sustentar seus filhos, para levar uma vida honesta, para conceder o melhor que puderem ao seus. Outros até porque têm muito, mas vivem um desprendimento, não se apegam ao que têm, cuidam dos mais pobres e não vivem na opulência nem se acham melhores do que os outros.
Que o espírito da pobreza evangélica conduza nossos passos, nossas atitudes e nos ensine a viver a simplicidade em toda e qualquer ocasião da vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 10/09/2014

Oração Final
Pai Santo, ajuda a tua Igreja a escolher o caminho do teu Reino, o caminho da felicidade. Que nós vençamos as tentações do mundo – vida fácil e cheia de prazeres egoísticos – para exercermos a compaixão para o próximo, o cuidado com os companheiros caídos pelas estradas da vida. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/09/2013

Oração Final
Pai Santo, as bem-aventuranças – Boa Notícia trazida por Jesus – vão na contra-mão dos critérios do mundo. Vivê-las significa romper com a sociedade do poder, do lucro, do consumo e do prazer. Dá-nos coragem e força para fazermos nossa opção radical pelo teu Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/09/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, quando as limitações humanas nos levarem ao sofrimento, ajuda-nos a transformar os momentos de dor em atitudes de solidariedade com os companheiros do caminho; a nossa solidão, em testemunho da presença do teu Reino de Amor em nossos corações, como foi anunciado por Jesus Cristo, teu Filho Unigênito feito nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.