domingo, 19 de outubro de 2025

ORAÇÃO DA CAMPANHA MISSSIONÁRIA 2025


Deus Pai, Filho e Espírito Santo, fonte da esperança que não decepciona, fortaleça o espírito missionário em todos os cristãos, para que o Evangelho chegue a todos os lugares do mundo, nossa Casa Comum.
Que a graça do Ano Jubilar renove em nós, peregrinos da esperança, o desejo de buscar os bens eternos e o empenho em promover um mundo mais humano e fraterno.
Maria, Estrela da Evangelização, interceda por nós, junto a Jesus Cristo, o Missionário do Pai, para sermos Igreja sinodal em missão, testemunhando o Reino de Deus até os confins do mundo, rumo à plenitude. Amém.


CRIANÇAS E ADOLESCENTES MISSIONÁRIOS DA ESPERANÇA


Sobre a Jornada


A Infância e Adolescência Missionária (IAM) se prepara para viver com todos os grupos espalhados pelo país a 13ª Jornada Nacional da IAM. A atividade acontece no dia 25 de maio e convida as crianças e adolescentes de todas as dioceses do Brasil a refletir o tema “Crianças e adolescentes missionários da esperança” e o lema “A esperança não decepciona” (RM 5,5). O tema está em comunhão com o a Campanha Missionária e com o Jubileu da esperança. Vamos juntos entrar nesse barco com a garotada missionária de todo o Brasil.

A celebração da Jornada é permanente na agenda anual da IAM no Brasil. Ela acontece no último domingo do mês de maio (exceto se for domingo de Pentecostes), com tema e roteiro definido pelas POM anualmente. A jornada pode acontecer em diferentes âmbitos (comunitário, paroquial, diocesano) e nela acontecem:

A Consagração à Obra da IAM


A consagração é um entregar-se, decidir-se livremente, dizer sim. Na Infância e Adolescência Missionária a consagração é uma forma de as crianças e adolescentes assumirem pública e solenemente a decisão de ser missionário/a. É a disposição de colaborar para que todas as crianças e adolescentes do mundo conheçam Jesus, o amem e se amem.
As crianças e adolescentes que se consagrarem devem ter participação comprometida de, pelo menos, um ano de caminhada na Infância e Adolescência Missionária. A partir da consagração à Obra, renova-se anualmente. Os símbolos oficiais da consagração das crianças e adolescentes é o lenço com o boton.

A Oferta do Cofrinho Missionário


A dimensão do sacrifício deve ser trabalhada principalmente no encontro do compromisso missionário de todos os Temas Geradores.
Durante a celebração da Jornada Nacional, acontece a apresentação do Cofrinho Missionário na procissão das oferendas. Posteriormente o valor do cofrinho será contado e enviado às POM, via depósito bancário.

Dia Mundial das Missões: uma contribuição essencial para semear a esperança


A Igreja Católica se volta para o ponto central do Mês Missionário, com a realização da Coleta Missionária neste fim de semana, dias 18 e 19 de outubro. O Dia Mundial das Missões é um chamado global à solidariedade e à participação concreta na obra evangelizadora da Igreja.
A Campanha Missionária de 2025 é celebrada sob o tema “Missionários de esperança entre os povos” e o lema “A esperança não decepciona”, alinhando-se ao espírito do Ano Jubilar. Durante todo o mês de outubro, comunidades ao redor do mundo têm intensificado celebrações, formações e experiências missionárias, reforçando a “essência missionária” da Igreja.

Solidariedade que transforma vidas

A Coleta Missionária, que ocorrerá em todas as Igrejas católicas do mundo, tem a integralidade dos recursos revertida para o Fundo Mundial de Solidariedade, apoiando projetos de evangelização, educação, saúde, desenvolvimento comunitário e assistência social. Estes fundos sustentam o trabalho de missionários locais e estrangeiros em quase mil e duzentas dioceses nas regiões mais vulneráveis e necessitadas do planeta.
Para a diretora das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Brasil, irmã Regina da Costa Pedro, esta contribuição é fundamental. Ela enfatiza que a Campanha é uma oportunidade singular para a Igreja no Brasil de fortalecer sua vocação evangelizadora.

“Através do Dia Mundial das Missões, temos a oportunidade de apoiar concretamente a presença da Igreja em tantas regiões onde ela é a única presença de esperança, levando assistência e a Boa Nova de Jesus a todos os cantos do nosso país e do mundo. É um convite para que cada um de nós, leigos, religiosos e padres, nos tornemos efetivamente missionários da esperança.”

O Mês Missionário é um lembrete de que todos os fiéis podem colaborar com a missão da Igreja, seja por meio da oração ou da ação. A Igreja exorta a comunidade global a participar desta “grande corrente de oração e solidariedade” neste fim de semana decisivo, vivendo a missão de Jesus Cristo e sendo, de fato, missionários da esperança.

Transparência na destinação dos recursos

Através da Campanha Missionária e de outras iniciativas, as Pontifícias Obras Missionárias reafirmam o compromisso da Igreja Católica com a missão evangelizadora, inspirando os fiéis a se engajarem ativamente na difusão do Evangelho e na construção de um mundo mais justo, solidário e fraterno.

As POM colaboram com 1.118 dioceses pobres que dependem do Dicastério para a Evangelização. São Igrejas jovens existentes nos “territórios de missão”. Em 2024, a contribuição do Brasil para o Fundo Mundial de Solidariedade foi de R$ 11.283.902,60.

Saiba como os recursos do Fundo Mundial de Solidariedade são distribuídos

https://www.cnbb.org.br/dia-mundial-das-missoes-contribuicao-semear-esperanca/

No Dia Mundial das Missões, Leão XIV reza pelos que “deixaram tudo para espalhar o Evangelho”


Por Victoria Cardiel

19 de out de 2025 às 13:09

No Dia Mundial das Missões, que a Igreja celebra hoje (19), o papa Leão XIV divulgou uma mensagem de encorajamento aos missionários que são um testemunho de “esperança entre os povos”.
"Neste dia rezamos especialmente por aqueles homens e mulheres que deixaram tudo para levar o Evangelho a quem não o conhece", disse hoje o papa na oração do Ângelus.
"São missionários de esperança entre os povos”, disse Leão XIV, que foi bispo missionário no Peru antes de ser eleito papa. “Que o Senhor os abençoe".
Leão XIV  também pediu solidariedade e paz em Mianmar, que está em guerra civil devido a um golpe militar no país em 2021.
“As notícias que chegam de Mianmar são, infelizmente, dolorosas: relatam contínuos confrontos armados e bombardeamentos aéreos, até mesmo contra pessoas e infraestruturas civis”, disse o papa, que disse ser solidário aos que sofrem com a violência, a insegurança e tantas dificuldades.
Leão XIV reafirmou sua exortação aos envolvidos em conflitos para que priorizem o diálogo e o cessar-fogo.
"Renovo o meu sentido apelo para que se chegue a um cessar-fogo imediato e eficaz”, disse o papa. “Que os instrumentos da guerra deem lugar aos da paz, mediante um diálogo inclusivo e construtivo!"
Leão XIV confiou essa oração pela paz à intercessão de Nossa Senhora e dos sete santos recém-canonizados, pedindo paz na Terra Santa, na Ucrânia e em outras áreas devastadas pela guerra.
"Confiemos à intercessão da Virgem Maria e dos novos santos a nossa contínua oração pela paz na Terra Santa, na Ucrânia e noutros lugares em guerra”, concluiu o papa. “Que Deus conceda sabedoria e perseverança aos responsáveis, para que progridam na busca de uma paz justa e duradoura".

Dia Mundial das Missões: Papa Leão XIV motiva orações e ajuda para levar o Evangelho até os confins da Terra


O Papa Leão XIV divulgou, nesta segunda-feira, 13 de outubro, uma mensagem em vídeo motivando a participação de todas as paróquias do mundo no Dia Mundial das Missões, no próximo dia 19 de outubro.
Ele recordou sua experiência como missionário no Peru e destacou que as orações e a contribuição material “ajudarão a espalhar o Evangelho, apoiar programas pastorais e catequéticos, construir novas igrejas e atender às necessidades de saúde e educação de nossos irmãos e irmãs nos territórios de missão”.
O tema “Missionários da esperança entre os povos” convida todos os batizados a “renovar nosso doce e alegre compromisso de levar Jesus Cristo, nossa Esperança, até os confins da Terra”.
Confira a tradução da mensagem e, abaixo, o vídeo com legendas em Português: 

Queridos irmãos e irmãs,

Todos os anos, no Dia Mundial das Missões, toda a Igreja se une em oração pelos missionários e pela fecundidade de seu trabalho apostólico.

Quando eu era padre e depois bispo missionário no Peru, vi com meus próprios olhos como a fé, a oração e a generosidade demonstradas neste Dia podem mudar comunidades inteiras.

Convido todas as paróquias católicas do mundo a participarem do Dia Mundial das Missões. Suas orações e ajuda ajudarão a espalhar o Evangelho, apoiar programas pastorais e catequéticos, construir novas igrejas e atender às necessidades de saúde e educação de nossos irmãos e irmãs nos territórios de missão.

No dia 19 de outubro, ao refletirmos juntos sobre nosso chamado batismal para sermos “missionários da esperança entre os povos”, renovamos nosso doce e alegre compromisso de levar Jesus Cristo, nossa Esperança, até os confins da Terra.

Obrigada! Obrigada por tudo o que você faz para me ajudar a servir missionários ao redor do mundo. Deus te abençoe.


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O XCIX DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2025 - 19 de outubro de 2025


Missionários de esperança entre os povos

Queridos irmãos e irmãs!

Para o Dia Mundial das Missões deste Ano Jubilar 2025, cuja mensagem central é a esperança (cf. Bula Spes non confundit, 1), escolhi o lema “Missionários de esperança entre os povos”, que recorda a cada um dos cristãos e a toda a Igreja, comunidade dos batizados, a vocação fundamental de ser mensageiros e construtores da esperança nas pegadas de Cristo. Faço votos de que seja um tempo de graça para todos, na companhia do Deus fiel que nos regenerou em Cristo ressuscitado «para uma esperança viva» (cf. 1 Pd 1, 3-4); e desejo recordar alguns aspetos relevantes da identidade missionária cristã, para que nos deixemos guiar pelo Espírito de Deus e ardamos de santo zelo por uma nova estação evangelizadora da Igreja, enviada a reanimar a esperança num mundo sobre o qual pesam sombras tenebrosas (cf. Carta enc. Fratelli tutti, 9-55).

1. Nas pegadas de Cristo, nossa esperança

Celebrando, depois do ano 2000, o primeiro Jubileu ordinário do Terceiro Milénio, fixemos o nosso olhar em Cristo, que é o centro da história, «o mesmo ontem, hoje e pelos séculos» (Heb 13, 8). Ele, na sinagoga de Nazaré, declarou o cumprimento da Escritura no “hoje” da sua presença histórica. Deste modo, revelou-Se como o Enviado do Pai, com a unção do Espírito Santo, a fim de levar a Boa Nova do Reino de Deus e inaugurar «um ano favorável da parte do Senhor» para toda a humanidade (cf. Lc 4, 16-21).
Neste místico “hoje” que se prolonga até ao fim do mundo, Cristo é o cumprimento da salvação para todos, especialmente para aqueles cuja única esperança é Deus. Na sua vida terrena, Ele «andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos» pelo mal e pelo Maligno (cf. Act 10, 38), restituindo a esperança em Deus aos necessitados e ao povo. Além disso, experimentou cada uma das fragilidades humanas, exceto a do pecado, passando mesmo por momentos críticos, como na agonia do Getsémani e na cruz, que podiam levar ao desespero. Porém, Jesus tudo entregava a Deus Pai, obedecendo com total confiança ao seu projeto salvífico em favor da humanidade, um projeto de paz por um futuro repleto de esperança (cf. Jr 29, 11). Deste modo, tornou-se o divino Missionário da esperança, modelo supremo de todos aqueles que, ao longo dos séculos, dão seguimento à missão recebida de Deus, mesmo no meio de provações extremas.
Através dos seus discípulos, enviados a todos os povos e acompanhados misticamente por Ele, o Senhor Jesus continua o seu ministério de esperança em favor da humanidade. Ele ainda hoje se inclina sobre cada pobre, aflito, desesperado e oprimido pelo mal, para derramar «sobre as suas feridas o óleo da consolação e o vinho da esperança» (Prefácio Cristo, Bom Samaritano). A Igreja, comunidade dos discípulos-missionários de Cristo, obediente ao seu Senhor e Mestre e com o seu espírito de serviço, prolonga esta missão no meio dos povos, oferecendo a sua vida por todos. Embora tenha de enfrentar, por um lado, perseguições, tribulações e dificuldades e, por outro, as suas próprias imperfeições e quedas devido às fraquezas de cada um dos seus membros, ela é constantemente impelida pelo amor de Cristo a avançar, unida a Ele, neste caminho missionário e a escutar, como Ele e com Ele, o grito da humanidade, ou melhor, o gemido de toda a criatura que espera a redenção definitiva. Eis a Igreja que o Senhor chama desde sempre e para sempre a seguir os seus passos: «Não uma Igreja estática, mas uma Igreja missionária, que caminha com o Senhor pelas estradas do mundo» (Homilia na Santa Missa por ocasião da conclusão da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, 27 de outubro de 2024).
Por isso, sintamo-nos nós também inspirados a pormo-nos a caminho, seguindo os passos do Senhor Jesus, para nos tornarmos, com Ele e n’Ele, sinais e mensageiros de esperança para todos, em qualquer lugar e circunstância que Deus nos concede viver. Que cada um dos batizados, discípulos-missionários de Cristo, faça brilhar a Sua esperança em todos os cantos da terra!

2. Os cristãos, portadores e construtores de esperança entre os povos

No seguimento de Cristo Senhor, os cristãos são chamados a transmitir a Boa Nova, partilhando as condições concretas de vida daqueles que encontram e tornando-se assim portadores e construtores de esperança. Com efeito, «as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração» (Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. Gaudium et spes, 1).
Esta célebre afirmação do Concílio Vaticano II, que exprime o sentir e o estilo das comunidades cristãs de todas as épocas, continua a inspirar os seus membros, ajudando-os a caminhar no mundo com os seus irmãos e irmãs. Estou a pensar particularmente em vós, missionários e missionárias ad gentes, que, correspondendo à chamada divina, partistes rumo a outras nações para dar a conhecer o amor de Deus em Cristo. De todo o coração, muito obrigado! A vossa vida é uma resposta concreta ao mandato de Cristo ressuscitado, que enviou os discípulos a evangelizar todos os povos (cf. Mt 28, 18-20). Assim, recordais a vocação universal dos batizados a ser entre os povos, com a força do Espírito e o empenho quotidiano, missionários da grande esperança que nos foi dada pelo Senhor Jesus.
O horizonte desta esperança ultrapassa as realidades passageiras do mundo e abre-se às divinas, que já podemos saborear no tempo presente. Efetivamente, como recordava São Paulo VI, a salvação em Cristo, que a Igreja oferece a todos como dom da misericórdia de Deus, não é apenas «imanente ao mundo, limitada às necessidades materiais ou mesmo espirituais, e […] em última análise, [identificada] com as aspirações, com as esperanças, com as diligências e com os combates temporais; mas sim uma salvação que ultrapassa todos estes limites, para vir a ter a sua plena realização numa comunhão com o único Absoluto, que é o de Deus: salvação transcendente e escatológica, que já tem certamente o seu começo nesta vida, mas que terá realização completa na eternidade» (Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 27).
As comunidades cristãs, animadas por tão grande esperança, podem ser sinais de nova humanidade num mundo que, nas regiões mais “desenvolvidas”, apresenta graves sintomas de crise do humano: sensação generalizada de desorientação, solidão e abandono dos idosos, dificuldade em encontrar disponibilidade para ajudar quem vive ao nosso lado. Nas nações tecnologicamente mais avançadas, a proximidade está a extinguir-se: todos nos encontramos interligados, mas não em relação. A ânsia de eficiência e o apego às coisas e às ambições levam-nos a estar centrados em nós próprios e a ser incapazes de altruísmo. O Evangelho, vivido em comunidade, pode devolver-nos uma humanidade íntegra, saudável e redimida.
Renovo, portanto, o convite a concretizar as ações indicadas na Bula de proclamação do Jubileu (nn. 7-15), com especial atenção aos mais pobres e fracos, aos doentes, aos idosos, aos excluídos da sociedade materialista e consumista. E a fazê-lo com o estilo de Deus, ou seja, com proximidade, compaixão e ternura, cuidando da relação pessoal com os irmãos e irmãs na situação concreta em que se encontram (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 127-128). Então, serão eles a ensinar-nos muitas vezes a viver com esperança. E, através do contacto pessoal, poderemos transmitir o amor do Coração compassivo do Senhor. Experimentaremos que «o Coração de Cristo [...] é o núcleo vivo do primeiro anúncio» (Carta enc. Dilexit nos, 32). Com efeito, bebendo desta fonte, é possível oferecer com simplicidade a esperança recebida de Deus (cf. 1 Pd 1, 21), levando aos outros a mesma consolação com que somos consolados por Deus (cf. 2 Cor 1, 3-4). No Coração humano e divino de Jesus, Deus quer falar ao coração de cada pessoa, atraindo todos ao seu Amor. «Fomos enviados para continuar esta missão: ser sinal do Coração de Cristo e do amor do Pai, abraçando o mundo inteiro» (Discurso aos participantes na Assembleia Geral das Pontifícias Obras Missionárias, 3 de junho de 2023).

3. Renovar a missão da esperança

Hoje, perante a urgência da missão da esperança, os discípulos de Cristo são os primeiros convocados a formar-se para serem “artesãos” de esperança e restauradores de uma humanidade, frequentemente, distraída e infeliz.
Para isso, é necessário renovar em nós a espiritualidade pascal, que vivemos em cada celebração eucarística e especialmente no Tríduo Pascal, centro e cume do ano litúrgico. Somos batizados na morte e ressurreição redentora de Cristo, na Páscoa do Senhor que marca a eterna primavera da história. Somos, pois, “gente de primavera”, com um olhar sempre repleto de esperança, a partilhar com todos, porque em Cristo «acreditamos e sabemos que a morte e o ódio não são as últimas palavras» acerca da existência humana (cf. Catequese, 23 de agosto de 2017). Por isso, do Mistério Pascal, que se realiza nas celebrações litúrgicas e nos sacramentos, tiramos continuamente a força do Espírito Santo, com o zelo, a determinação e a paciência para trabalhar no vasto campo da evangelização do mundo. «Cristo ressuscitado e glorioso é a fonte profunda da nossa esperança, e não nos faltará a sua ajuda para cumprir a missão que nos confia» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 275). N’Ele vivemos e damos testemunho daquela santa esperança que é «um dom e uma tarefa para todo o cristão» (La speranza è una luce nella notte, Città del Vaticano 2024, 7).
Os missionários de esperança são homens e mulheres de oração, porque «a pessoa que tem esperança é uma pessoa que reza», como sublinhava o Venerável Cardeal Van Thuan, o qual, graças à força que recebia da oração perseverante e da Eucaristia, manteve viva a esperança na longa tribulação da prisão (cf. F.X. Nguyen Van Thuan, Il cammino della speranza, Roma 2001, n. 963). Não esqueçamos que a oração é a primeira ação missionária e, ao mesmo tempo, «a primeira força da esperança» (Catequese, 20 de maio de 2020).
Renovemos, pois, a missão da esperança a partir da oração, sobretudo daquela que se faz com a Palavra de Deus e, de modo particular, com os Salmos, que são uma grande sinfonia de oração cujo compositor é o Espírito Santo (cf. Catequese, 19 de junho de 2024). Os Salmos educam-nos a ter esperança no meio das adversidades, a distinguir os sinais de esperança e a ter o constante desejo “missionário” de que Deus seja louvado por todos os povos (cf. Sal 41, 12; 67, 4). Rezando, mantemos viva em nós a centelha da esperança, que foi acesa por Deus para que se torne um grande fogo, iluminando e aquecendo todos os que nos rodeiam, também através de ações e gestos concretos inspirados pela mesma oração.
Por fim, a evangelização é sempre um processo comunitário, como o carácter da esperança cristã (cf. Bento XVI, Carta enc. Spe Salvi, 14). Este processo não termina com o primeiro anúncio e com o batismo, antes continua com a construção de comunidades cristãs através do acompanhamento de cada batizado a caminho nas vias do Evangelho. Na sociedade moderna, a pertença à Igreja nunca é uma realidade adquirida de uma vez para sempre. Por isso, a ação missionária de transmitir e formar a maturidade da fé em Cristo é «o paradigma de toda a obra da Igreja» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 15), uma obra que exige comunhão de oração e ação. Volto a insistir nesta sinodalidade missionária da Igreja, bem como no serviço das Pontifícias Obras Missionárias em promover a responsabilidade missionária dos batizados e em apoiar as novas Igrejas particulares. E exorto todos vós – crianças, jovens, adultos, idosos – a participar ativamente na comum missão evangelizadora com o testemunho da vossa vida e oração, com os vossos sacrifícios e a vossa generosidade. Muito obrigado por tudo isto!
Queridos irmãos e irmãs, dirijamo-nos a Maria, Mãe de Jesus Cristo, nossa esperança. Para este Jubileu e para os anos futuros, a Ela entregamos o desejo de «que a luz da esperança cristã chegue a cada pessoa, como mensagem do amor de Deus dirigida a todos. E que a Igreja seja testemunha fiel deste anúncio em todas as partes do mundo» (Bula Spes non confundit, 6).

Roma – São João de Latrão, na Festa da Conversão de São Paulo, 25 de janeiro de 2025.

FRANCISCO