ANO A
Lc 1,26-38
Comentário do Evangelho
Jesus é maior que João Batista
Lucas relaciona o anúncio do nascimento de Jesus à gravidez de Isabel: “... no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus... a uma virgem…” (v. 26). Esta relação é explicável pelo paralelismo com o qual os relatos da infância são redigidos: Jesus é maior que João Batista.
Maria é apresentada como a que recebeu o favor de Deus (cf. v. 28). O favor de Deus a Maria se manifesta na sua eleição para ser a mãe do Filho de Deus. A iniciativa de Deus na encarnação do Verbo conta com a colaboração humana: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?” (v. 34). Se a idade e a esterilidade de Isabel e Zacarias foram superadas pela intervenção de Deus, a dificuldade humana da virgindade de Maria deve ser superada pelo poder divino na concepção de Jesus. Esta superação se dá pela intervenção do “poder do Altíssimo” (v. 35). “Eis, aqui, a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (v. 38). Na visita a Isabel, Maria será caracterizada por aquela que creu: “Bendita aquele que creu: o que lhe foi dito da parte do Senhor se cumprirá” (v. 45).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me a graça de ser fiel a ti, como Maria, a perfeita discípula que soube discernir a tua santa vontade, e se mostrar solícita em realizá-la.
Vivendo a Palavra
O relato da Anunciação nos convida a permanecer demoradamente junto a Maria na casinha de Nazaré. Sentir o odor de pureza da jovem, o cuidado de José, a pobreza cheia de dignidade e de paz que só aos mansos e humildes de coração é dado alcançar. O mesmo ambiente em que Jesus viveu os primeiros anos e se preparou para a Missão.
VIVENDO A PALAVRA
O relato da Anunciação nos convida a permanecer demoradamente junto a Maria na casinha de Nazaré. Sentir o odor de pureza da jovem, o cuidado de seus pais Joaquim e Ana, a pobreza cheia de dignidade e de paz que só aos mansos e humildes de coração é permitido alcançar. Ambiente parecido com o que Maria construiu com José, onde Jesus viveu os primeiros anos de sua vida e se preparou para a Missão.
Reflexão
Maria recebe do anjo a noticia de que seria a mãe do Messias. Como poderia acontecer isso se ela não conhece homem? Fazendo uma relação com o Evangelho de ontem, percebemos que mulheres estéreis geraram filhos por obra divina, e filhos que atuaram decisivamente na história da salvação. Maria não podia ter filhos, mas isso era fruto de sua vontade, de sua consagração virginal. E nesta "esterilidade", Deus age. E sem a atuação de um homem, mas do próprio Espírito Santo, Maria gera no seu ventre virginal aquele que é o Senhor da história e que vai mudar radicalmente a vida das pessoas.
Reflexão
Deus não atropela os fatos nem revela tudo de uma só vez. Agora o endereço é Nazaré da Galileia. O nome da jovem é Maria, prometida em casamento a um homem chamado José. O anjo do Senhor entra na casa de Maria. Encontra ambiente acolhedor para a mensagem é de extrema importância: trata-se de dizer a Maria que ela foi escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus, o “Filho do Altíssimo”. A saudação deixa Maria um tanto confusa, e ela busca esclarecimento, que o anjo dá: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra…”. A adesão de Maria se manifesta por uma expressão que revela sua entrega total à iniciativa e ação salvadora de Deus: “Faça-se em mim como você me disse”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Recadinho
Alegra-te! Disse o Anjo. Sua presença é alegria? - Maria se assustou e é perfeitamente compreensível! Quantos de nós se assustam diante das responsabilidades da vida! Em situações que assustam, qual é sua reação? - Você reza, colocando tudo nas mãos de Deus? - Você procura fazer o que estiver a seu alcance e do melhor modo possível? - Confia em Deus e procura agir com coragem?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Meditando o evangelho
EIS A SERVA DO SENHOR
Maria ocupou um lugar de destaque no advento da salvação, aceitando acolher a proposta de Deus de assumir a maternidade do Messias Jesus. A escolha de Maria não se explica, no plano humano. Era uma jovem, já prometida em casamento a um descendente da casa de Davi. Não pertencia a nenhuma família nobre e rica, e habitava numa cidade escondida e mal-afamada. Não passava por sua mente ligar-se, de algum modo, ao Messias. Humanamente falando, ela não possuía os requisitos necessários para ser mãe do Salvador.
O diálogo de Maria com o anjo revelou a imagem que ela fazia de si mesma, bem como o que Deus pensava a respeito dela. Da parte de Deus, era considerada repleta de graça, amada por ele, bendita entre todas as mulheres. Em outras palavras, possuidora dos requisitos necessários para ser colaboradora de seu plano de salvação. Este requeria alguém totalmente disponível para Deus, despojado de si mesmo e dos próprios interesses, e disposto a assumir uma missão superior a tudo que se possa imaginar. Maria, por sua vez, tinha consciência de suas limitações. Não podia imaginar que Deus a tivesse em tão alta conta. Não conseguia conciliar a concepção do Messias com o fato de não ter conhecido homem algum. Estava longe de compreender o que significa conceber por obra do Espírito Santo. Contudo, como se sabia serva, não receou aceitar cegamente o projeto de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu me deixe modelar pelo exemplo de Maria, a serva humilde que se fez capaz de assumir, com total disponibilidade, o projeto de Deus.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. JESUS, O FILHO DE MARIA!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Depois do nome, a referência mais importante de uma pessoa é a sua filiação, filho de fulano e de cicrana, ter uma mãe e um pai, uma origem, algo que está na essência da nossa humanidade, sem essa referência, até da existência se pode duvidar. Quem é ele, filho de quem, onde mora? O Filho de Deus, onipotente, onipresente, onisciente, aceita trilhar o mesmo caminho do homem. A encarnação é obra de Deus, mas que irá acontecer com a colaboração do homem.
O rei Davi era a dinastia mais famosa de Israel, pois unificara o norte e o sul formando um dos maiores impérios do oriente, o povo sonhava com aqueles tempos em que Israel era uma nação respeitada e temida pelas demais, pois o rei Davi impunha respeito, pelo poder do seu numeroso exército, mas acima de tudo por ter sido ungido do Senhor, pois ser rei era uma missão divina. As profecias falavam que o esperado messias era dessa família e que seria igual ou até melhor que Davi, ele era para o povo o braço poderoso de Deus lutando a favor dos pobres, alinhando-se com os homens justos e punindo os maus.
Os grandes acontecimentos ou decisões importantes que representem mudança na vida do povo, só poderiam ocorrer no meio dos poderosos, ao povo cabia ouvir, dizer amém e aguentar as consequências. Entretanto a vinda do messias começa a ser articulada entre Deus e uma mocinha pobre da periferia chamada Nazaré, até ela própria fica assustada e surpresa quando percebe que está em suas mãos mudar os rumos da história do seu povo. A mudança dos rumos de uma nação, só começa a acontecer de fato, quando o povo descobre a sua força. Deus nunca seguiu as estruturas humanas para realizar a salvação da humanidade, escolhe como parceiro pessoas fracas, aparentemente incapazes de fazer qualquer mudança.
Por caminhos tortuosos, incompreensíveis para os homens, Deus irá cumprir com a promessa, o noivo de Maria chama-se José e pertence a família do grande rei Davi mas apesar disso, José é um homem do povo, que vive de sua profissão de carpinteiro. E Maria? Quais eram seus planos de vida?
Todos nós temos de ter um projeto de vida, quem não tem, acaba não vivendo bem e nem sabe o sentido da vida. Maria estava prometida em casamento a José, como seu povo ela também esperava o messias, ela também alimentava no coração a esperança de dias melhores.
E em um momento de oração Maria se abre para ouvir a Deus e descobrir a sua vontade a seu respeito. Somente uma fé madura e consciente consegue se abrir diante de Deus e ao mesmo o questiona. Há certas coisas em nossa vida de difícil solução, e que seria tão bom se Deus fizesse do nosso jeito. Não que Deus seja sempre do contra, mas nunca vai ser do nosso jeito. Em Maria vemos o que é realmente a fé, quando não fazemos questão que seja do nosso jeito, mas sim do jeito de Deus, daí é que as coisas vão acontecer. Só que o jeito de Deus não é muito fácil de aceitar porque ultrapassa a lógica humana.
Maria não é casada, não tem marido, quando ela apresenta essa dificuldade o anjo anuncia que as coisas irão acontecer do jeito de Deus e para que Maria possa confiar é lhe dado um sinal, a prima Isabel, avançada em idade e ainda por cima estéril, irá conceber uma criança. Os sinais de Deus nunca seguem a lógica humana, mas é preciso confiar. E Maria aceita totalmente a missão, que não será das mais fáceis, abre mão de todos os seus planos, inclusive o casamento com José, ela aceita o risco de ser acusada de infidelidade, o que poderia fazer com que fosse condenada á morte, caso o noivo a denunciasse.
Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra - Para nós, hoje é muito fácil aceitar e entender essa história. Mas pensemos um pouco em Maria, que não fazia idéia do que vinha pela frente, mas sabia que Deus estava com ela.
Hoje o reino de Deus vai acontecendo e sendo edificado em meio aos homens, na medida em que, como Maria, nós aceitamos o desafio, fazendo de nossa vida uma entrega total e silenciosa nas mãos do Pai. Para isso é sempre preciso renovar a cada dia a decisão em favor de Jesus e seu reino...
2. O poder do Altíssimo te cobrirá - Lc 1,26-38
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Jesus é a Chave de Davi. “Ó Chave de Davi, cetro da casa de Israel, que abris e ninguém fecha, que fechais e ninguém abre: vinde logo e libertai o homem prisioneiro que, nas trevas e na sombra da morte, está sentado.” O anjo do Senhor anunciou a Maria o nascimento de Jesus, o Salvador. Isto foi causa de grande alegria em todo o universo. “Faça-se em mim segundo a tua palavra”, disse Maria. E o Verbo se fez carne de sua carne e habitou entre nós. Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo!
Liturgia comentada
Virá sobre ti o Espírito Santo... (Lc 1,26-38)
O Evangelho de hoje nos faz presentes ao momento sublime da Encarnação do Verbo de Deus. Narra o encontro do céu e da terra, o diálogo entre Deus e a Humanidade, representados pelo Arcanjo Gabriel e pela Virgem Maria. Diante da pergunta de Maria, o anjo acena com a intervenção direta do Espírito de Deus na vida dela, enquanto agente divino na Encarnação.
Transcrevo para você estas palavras de meu livro “Sonetos do Agradecido” (Ed. O Lutador, BH):
“Quando Maria ouve de Gabriel estas palavras, não pode deixar de evocar a nuvem do Êxodo, que cobria de luz o caminho dos hebreus e, mais tarde, encheria todo o espaço interior da Tenda de Reunião, tornando-a impenetrável. E a Virgem sabe que é chamada a resumir em sua pessoa todo Sião, e dar – em nome da assembleia das 12 tribos – um primeiro SIM, pleno e cabal, diante da Vontade de Yahweh.
Escolhida para esse momento ‘desde antes da fundação do mundo’ (CIC. 492), revestida (e in-vestida) de uma santidade ímpar, Maria é capaz dessa adesão total aos planos de Deus. Afinal, ‘os Padres da tradição oriental chama a Mãe de Deus a toda santa (Panhagia), celebram-na como ‘imune de toda mancha de pecado, como que plasmada pelo Espírito Santo, formada como nova criatura’. Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida’. (CIC, 493.)
O Espírito de Deus se mostra em todo o seu dinamismo em cada momento-chave da história da salvação. Muitos ícones, para representar esta ‘atividade pneumática’, traçam do alto (da nuvem) uma parábola luminosa que recai sobre a personagem agraciada, como no caso da ‘Natividade’: na sombra da gruta, o raio luminoso recai sobre a cabeça do Infante, no colo de Maria.
Assim, a revelação feita por Jesus a respeito de sua própria pessoa (cf. Lc 4,18-22, na sinagoga de Nazaré) enquanto ungida pelo Espírito Santo, diz respeito a uma realidade que remonta ao instante da Anunciação. Diante do assentimento da Virgem, ‘o Espírito Santo é enviado para santificar o seio da Virgem Maria e fecundá-la divinamente, ele que é ‘o Senhor que dá a Vida’, fazendo com que ela conceba o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua’. (CIC, 485.)
Tudo porque Maria disse SIM.”
Orai sem cessar: “Se enviais vosso Espírito, renovais a face da terra!” (Sl 104,30)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
HOMILIA
MARIA DO SIM
“Que a paz esteja com você, Maria! Você é muito abençoada.”! Com essa expressão o anjo se dirigiu a Maria e anunciou advento do Filho do Altíssimo, o qual reinaria eternamente segundo o plano de Deus para a redenção da humanidade. Porque conhecia as Escrituras e confiava na promessa do Pai, Maria submeteu-se a ação do Espírito Santo e deu o seu sim para que a humanidade fosse redimida. O sim de Maria trouxe-nos Jesus. As mesmas palavras que o anjo dirigiu à Mãe de Jesus nos são dirigidas também, hoje, quando somos escolhidos a cooperar na edificação do reino de Deus aqui na terra: “Não tenhas medo,… porque encontraste graça diante de Deus!”
No Evangelho de hoje três aspectos me chamaram a atenção: a Fé de Maria que não questiona a vontade de Deus transmitida pelo anjo, o conteúdo da mensagem do anjo e a obediência expressa na resposta: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.”
Maria recebeu o dom da divina maternidade porque teve fé e pela fé se torna felizarda. O nascimento de Jesus é obra da intervenção de Deus, pois Maria concebe sem conhecer homem algum. Aquele que vai iniciar nova história surge dentro da história de maneira totalmente inédita.
0 título Filho de Deus, associado à ostentação de poder, foi atribuído aos faraós e a outros chefes de nações ou impérios, além de ao próprio rei Davi. Muitos discípulos de Jesus se inclinaram a essa interpretação. Jesus, contudo, sempre se colocou em relação de filiação com o Deus Pai, misericordioso e todo amoroso. Filho de uma jovem pobre e de um carpinteiro, Jesus revela-se como o Filho de Deus humilde e solidário com os pobres e excluídos, aos quais deseja comunicar a vida divina.
Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra. Palavras muito simples mais que atraem responsabilidade. Pois doravante aquela pobre menina vai ser depositária dos desígnios de Deus. Deus entra no tempo por meio do sim de Maria que se coloca como escreva ao serviço do seu senhor 24 horas por dia.
Assim como precisou de Maria, Deus precisa de cada um de nós para introduzir o Seu reino nas famílias do mundo. Todos nós somos escolhidos para nos submeter à ação do Espírito Santo e assim conceber Jesus no nosso coração. Por isso, precisamos estar sempre disponíveis a fazer a vontade do Pai que quer realizar em nós coisas admiráveis a fim de que sejamos também cheios de graça. Maria é um exemplo de humildade e obediência ao Pai. Devemos aprender com Maria a darmos sempre o sim a Deus acolhendo com humildade a Sua vontade sobre nós e nossas comunidades.
Maria, Mãe de Jesus e minha mãe. Ensinai-me a dizer e viver o meu sim a Deus para que pelo meu sim eu possa continuar dando à luz a Jesus através das minhas palavras e obras aos meus irmãos.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMÍLIA DIÁRIA
Aquele que está com o Senhor vence todo o medo
Confiança, meu filho! Confiança, minha filha! Aquele que está com o Senhor vence todo o medo!
”Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus” (Lc 1, 30-31).
Os três Evangelhos desta semana começam com essa forte exortação: “Não tenhas medo!”. O anjo que aparece a José diz a ele: “Não tenhas medo, José!”. O Anjo Gabriel diz a Zacarias: “Não tenhas medo, Zacarias!”. E o mesmo anjo diz hoje a Maria: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus!”.
Meus irmãos, não precisa nem um anjo aparecer a nós; temos um anjo da guarda que é nosso companheiro. Mas, os anjos de Deus estão no meio de nós para poder nos dizer a cada dia, no fundo da nossa alma, no fundo do nosso coração, da nossa fé: “Não tenhais medo!”. É o primeiro obstáculo que nós precisamos vencer para nos aproximarmos d’Ele.
O medo é terrível, para não ser muito duro, mas eu preciso dizer que o medo é uma desgraça! Ele nos destrói e nos corrói por dentro; o medo não nos permite dar passos firmes na fé, não nos permite ir adiante. O medo nos leva a enterrarmos os próprios talentos que Deus nos deu e faz de nós pessoas desconfiadas e incrédulas. Por isso, quando Deus nos visita, a primeira ordem d’Ele é justamente esta: não ter medo. O contrário de não ter medo significa confiar, ter a certeza, ter a convicção, a fé única neste Deus que é por nós.
Hoje, Deus deseja entrar em nosso coração da forma como visitou a Virgem Maria, visitou José, como visitou Zacarias, Ele também deseja hoje nos vistar e dizer: “Não tenhas medo, minha filha! Não temas, meu filho! Eu estou contigo. Ainda que você tenha que atravessar o vale tenebroso da sombra da morte Eu estarei contigo!”.
Nós somos movidos pelos nossos medos, muitas vezes;
medo de doenças, medo da morte, medo de algo não dar certo, medo de não
conseguir. Medo dos nossos próprios fracassos, medo dos nossos erros, das
nossas incertezas, das pessoas, da violência. Esse sentimento [medo] é o
verdadeiro fantasma que está nos assombrando por dentro e por fora.
Neste tempo de graça, que é o tempo do Natal do
Senhor, Ele vem nos visitar para vencer todo o medo que há em nós. Confiança,
meu filho! Confiança, minha filha! Aquele que está com o Senhor vence todo o
medo!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, a sociedade humana, voltada para o sucesso e o consumo, está se afastando da Paz tão sonhada e simbolizada pela simplicidade da Sagrada Família de Nazaré. Dá à tua Igreja, Pai amado, discernimento, coragem e força para anunciar o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, a sociedade humana, voltada para o sucesso e o consumo, está se afastando da Paz tão sonhada e simbolizada pela simplicidade da Sagrada Família de Nazaré. Dá à tua Igreja, amado Pai, discernimento, coragem e força para anunciar o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão – Ele é manso e humilde de coração! – e contigo reina na unidade do Espírito Santo.