segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 11/02/2020

ANO A


Mc 7,1-13

Comentário do Evangelho

Oposição entre dizer e aderir

A perícope Mc 7,1-23 é a mais significativa, no segundo evangelho, no que concerne à questão da Lei. As várias explicações que Marcos dá a respeito da tradição dos judeus, quanto à lei de pureza, são um forte indício de que os seus destinatários são cristãos oriundos do mundo pagão. Os versículos que nos ocupam trazem uma controvérsia com os fariseus e escribas sobre o fato de comer sem lavar as mãos. No centro do texto está a oposição entre lábios e coração; oposição entre dizer e uma adesão, de fato, ao mandamento de Deus. Essa contradição, que é hipocrisia, anula ou faz abandonar o mandamento de Deus, em nome da "tradição humana" (cf. v. 8).
Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, coloca-me no caminho da verdadeira piedade, a qual me leve a estar em perfeita sintonia contigo, realizando aquilo que, de fato, é do teu agrado.
Fonte: Paulinas em 12/02/2013

Vivendo a Palavra

Frente à figura dos fariseus, que seguem a letra da Lei, Jesus nos ensina o que é a verdadeira religião: ela não é feita de pequenos atos de submissão a prescrições e mandamentos, mas é toda nossa vida dedicada a Deus e aos irmãos – como filhos do nosso Pai que é rico em misericórdia.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/02/2013

VIVENDO A PALAVRA

Frente à figura dos fariseus, que seguem estritamente a letra da Lei, Jesus nos ensina o que significa a verdadeira religião: ela não é feita de pequenos atos de submissão a prescrições e mandamentos, mas é toda nossa vida dedicada a Deus através do cuidado com os irmãos – como filhos que somos todos do nosso mesmo Pai, que é rico em Misericórdia.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/02/2019

Reflexão

Jesus, citando o profeta Isaías, diz: 'Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim'. Precisamos saber se somos cristãos de palavras ou de coração. O cristão de palavras é aquele que vive uma religiosidade de cumprimento de preceitos, normas e rituais, que em nada difere dos rituais de alquimia e bruxaria que existem por aí; o que muda é que no lugar de abracadabra, fala frases bonitas com efeitos especiais. O cristão de coração é aquele que ama a Deus, ama os seus irmãos que são templos dele e procura servir a Deus no serviço aos irmãos e irmãs, na valorização da pessoa humana e promoção da sua dignidade. O cristão de coração fala pouco e nem sempre sabe falar bonito, mas ama muito, é solidário, generoso e fraterno.
Fonte: CNBB em 12/02/2013

Reflexão

Os fariseus e alguns mestres da Lei censuram os discípulos de Jesus por não observarem algumas regras de higiene, que fazem parte da tradição oral. Jesus declara-lhes que essa tradição apresentada como de origem divina é, ao contrário, de origem humana e, portanto, não pode ser imposta como de origem divina. Depois, chama a atenção dos fariseus que se baseiam numa observância puramente exterior que, por conseguinte, não é agradável a Deus: “Eles me prestam culto inutilmente”. Por fim, acusa os adversários de manipular a Lei de Deus, colocando essas tradições orais acima da Lei de Deus. Creem estar agradando a Deus, quando na verdade estão desprezando o próximo. Jesus, por isso, é categórico ao afirmar: “Para transmitir sua própria tradição, vocês invalidam a Palavra de Deus”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 12/02/2019

Reflexão

Fariseus e doutores da Lei zelavam pelos detalhes da prática religiosa. Mais do que fazer as coisas para agradar a Deus, esses senhores se fixavam na mera observância de preceitos tradicionais. Segundo eles, ficava impuro quem não passava pelo ritual de lavamento de mãos, braços, copos e louças em geral. Escondiam-se atrás desses ritos exteriores e deixavam de praticar coisas mais importantes, como cuidar dos pais. Às vezes, para causar boa impressão na sociedade, eram capazes até de distorcer os mandamentos de Deus. Ora, Jesus quer corrigir esse comportamento. Todo ritual, de fato, se não for acompanhado de reta intenção, transforma-se em movimento inútil. Ou então, torna-se atitude maligna, abominável aos olhos de Deus. Ninguém agrada ao Senhor Deus se não for misericordioso com o próximo.
Oração
Ó Jesus Mestre, fariseus e doutores da Lei acusam teus discípulos de não seguir a tradição dos antepassados por comer com as mãos sujas. Citando Isaías, provas que eles, ao praticar a tradição antiga, desprezam o mandamento de Deus. Pior: invalidam a Palavra de Deus. Amarga repreensão. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Meditando o evangelho

UMA FALSA PIEDADE

Certas atitudes dos escribas e fariseus deixavam Jesus irritado. O modo como praticavam a religião parecia-lhe inconveniente. Para umas coisas, eram muito severos; para outras, faziam o que lhes era mais cômodo. Assim, eram rigorosos quando se tratava da pureza exterior, a ponto de não se sentarem à mesa, sem terem lavado, cuidadosamente, as mãos. Quando, porém, se tratava de cuidar de seus pais, não tinham um mínimo de piedade filial. Assim, não tinham escrúpulos de distorcer a Lei de Moisés só para não ter que ajudar os pais carentes. Tal atitude impiedosa invalidava a preocupação com a pureza ritual e tudo o mais que faziam com a intenção de agradar a Deus.
Jesus não suportava um tipo de religião em que o indivíduo se esforça para mostrar-se piedoso diante de Deus, sem gestos de misericórdia em relação ao próximo.
E o que dizer, quando este próximo era o pai ou a mãe? A Lei era severa quanto ao respeito devido aos pais. O mandamento - "Honrarás pai e mãe" - era acompanhado de uma série de exigências bem concretas.
Assim, quando os escribas e fariseus consagravam a Deus o que era devido a seus pais, estavam se opondo à vontade divina. E nem tinham moral para criticar os discípulos que comiam com as mãos impuras.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de autenticidade, livra-me da atitude falsa de querer agradar a Deus, sem ser misericordioso para com o meu semelhante.
Fonte: Dom Total em 12/02/2019

Meditando o evangelho

O PERIGO DA EXTERIORIDADE

Os escribas e fariseus criticavam o comportamento dos discípulos de Jesus, interpretado como desrespeito às tradições religiosas do povo. Em última análise, culpavam o mestre Jesus, que levava seus discípulos a agirem de maneira leviana e irresponsável. A tradição, no parecer deles, merecia mais respeito. E ficavam escandalizados.
Jesus os desmascarou, pois, atrás da veneração pela tradição, escondia-se uma enorme hipocrisia. O respeito pela Lei era pura exterioridade, máscara para a hipocrisia deles. Isso era pior do que a liberdade dos discípulos de comerem sem lavar antes as mãos.
A habilidade dos escribas e fariseus para encobrirem sua falta de consideração pela tradição foi posta às claras. Eles eram hábeis para se eximirem de seu cumprimento, quando isto lhes convinha. Sua submissão à tradição, portanto, carecia de radicalidade.
Os discípulos de Jesus eram formados de maneira diversa. Ao invés de se perderem em detalhes e se escravizarem a interpretações meticulosas, eram exortados a se orientarem pelo espírito da Lei. Isso não invalidava a letra da Lei, mas os obrigava a ir fundo na busca do seu sentido, aquele correspondente à mente do Pai. O respeito pela tradição, neste caso, não se resumia a ações previamente determinadas. Antes, abria um espaço imenso para a criatividade. Era sempre possível encontrar formas novas de vivenciar a Lei.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, afasta para longe a hipocrisia que não deixa tua mensagem criar raízes em mim e viver o projeto do Reino com autenticidade.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Críticas aos discípulos de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Fariseus e escribas contestam Jesus porque seus discípulos comiam sem a ablução religiosa das mãos. Na resposta, Jesus põe a questão: O que é de fato mandamento de Deus? Como distinguir o que é vontade de Deus e o que é tradição humana?
Fonte: NPD Brasil em 12/02/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Contrariando a Tradição...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Tradição em si não é coisa ruim que causa algum mal, ao contrário, a tradição é uma riqueza para a nossa vida e a nossa cultura, é no fundo a preservação de valores considerados importantes como elementos sócio culturais na vida de uma nação.
Jesus não é inimigo da tradição, aliás, em relação à Lei Mosaica, que está no centro da tradição religiosa de Israel, ele irá dizer "Não vim para abolir a lei, mas para levá-la á plenitude" isso é, mostrar o seu real significado. O que ele critica na condita dos Fariseus e Escribas é exatamente esta má compreensão daquilo que na lei é essencial. Vamos dar um, exemplo, alguém que comemora o aniversário, faz bolo, realiza um, a festa, chama os amigos, canta-se o Parabéns á Você, mas esta pessoa não dá valor ao dom da vida, vive de maneira irresponsável, não preservando a saúde, ingere bebidas alcoólicas e outras drogas, está sempre infeliz e deprimido. Para estes a festa de aniversário que estão fazendo ou que outros fizeram, não passa de um mero ritual ou formalismo social, porque o sentido verdadeiro da comemoração foi deixado de lado.
Assim faziam os Escribas e Fariseus, praticavam ou ensinavam a prática meticulosa de toda lei, entretanto não se davam conta de que aquele que é o verdadeiro sentido da Vida já está no meio deles. Comer com as mãos sujas ou contaminadas, e o judeu não usava talher, poderia no máximo contaminar-se com alguma doença provocada por algum vírus ou bactéria, mais nada tem a ver com uma conduta religiosa quando Aquele que irá purificar a toda humanidade já está no meio deles.
O homem não pode ser macaco de imitação, em uma liturgia, por exemplo, tem que se conhecer o sentido e o significado de cada gesto, ficar em pé, ajoelhar-se, inclinar-se, sentar-se, dar as mãos, dar o ósculo da paz, tudo isso não são apenas gestos, mas há por trás dele um significado muito rico que não pode ser ignorado por aquele que o faz, senão o que é símbolo sagrado torna-se ridículo e um preceito meramente humano, como nos diz o evangelho.
Em resumo, Jesus transmite uma religião intimista, presente no coração do homem em sua relação sincera com Deus, e ao mesmo tempo condena o formalismo religioso, hoje muito presente em alguns sacramentos onde os cristãos que os recebem têm também esse comportamento farisaico, haja vista nossos crismandos e batizados, que somem da comunidade ou só aparecem em algumas ocasiões, levando uma vida totalmente desconectada com o evangelho, nessa mesma linha entram os Casamentos no Religioso onde ninguém quer mais compromisso e depois da cerimônia e da festa, cada um vive como quer e faz o que quer...
Como se percebe, escribas e fariseus é uma raça que se perpetuou e ainda está presente em n osso tempo infestando nossas comunidades, dizendo-se membros de uma Igreja, com a qual nunca se comprometeram, e portadores de uma Fé marcada pela superstição e magia.

2. Houve um casamento e a mãe de Jesus estava lá - Mc 7,1-13
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Olha a mãe preocupada com seus filhos! Olha o filho atendendo ao pedido da mãe! A sensibilidade do Coração de Maria se dá conta do constrangimento dos noivos em Caná da Galileia. Faltou vinho. Ao mesmo tempo ela sabe a quem recorrer. Diante de uma aparente negativa, continua tranquila e confiante. E a água se transformou em vinho. Há em Lourdes, na França, águas onde Nossa Senhora apareceu que curam doenças. Quem cura é Deus, a intercessão é de Maria, a água é sinal. Ajuda-nos também a intercessão de Santa Bernadette Soubirous, que recebeu a graça de ver Nossa Senhora em Lourdes. Morreu no dia 16 de abril de 1879. Seu corpo se conserva intacto.

HOMILIA DIÁRIA

Deus não usa artimanhas

Postado por: homilia
fevereiro 12th, 2013

Marcos hoje nos apresenta o problema que alguns fariseus e mestres da Lei vindos de Jerusalém colocaram a Jesus.
Sua intenção era descobrir se, na formação dada por Jesus a seus discípulos, Ele os incitava à não-observância da Lei. A fama do Mestre havia chegado à capital onde se supunha que a prática da religião fosse irrepreensível. Pelo que se dizia dele, parecia que seu ensinamento não se enquadrasse nos padrões religiosos da época, e suas orientações rompiam com o sistema religioso estabelecido.
Quem se tinha aproximado do Mestre com o intuito de desmascará-lo, acabou sendo desmascarado por Ele. Tudo começou com a crítica feita aos discípulos: “Por que se sentam à mesa sem antes terem lavado cuidadosamente as mãos?” Era um costume fundado numa série de preconceitos. Um deles é que o contato exterior com as coisas pode tornar impuro o coração humano. Outro era o medo de ter tido contato com algum pagão e, por isso, ter contraído alguma impureza. A impureza interior explicava-se, pois, por um gesto puramente exterior.
Jesus pôs-se a demonstrar como a tradição considerada exemplar era, em última análise, caduca, e podia ser inescrupulosamente manipulada. Exemplo disso era a forma desumana como muitos mestres da Lei e fariseus “piedosos” tratavam seus pais, distorcendo a Lei, a ponto de interpretá-la a seu favor. A impiedade era, assim, acobertada por uma falsa piedade. O Mestre Jesus procurava evitar que seus discípulos fossem contaminados por esta mentalidade.
É muito grave quando Deus não apenas faz advertências a respeito da conduta do seu povo, mas o acusa da gravidade de suas escolhas. Quando Jesus diz que “vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens” está apontando o núcleo inspirador de atitudes comprometedoras de um povo que se apresenta como religioso, guardião da prática religiosa correta. No entanto, desloca, friamente, e com uma convicção inquestionável, a Deus do seu lugar insubstituível de centro da vida dos que creem. Nada é tão grave.
Nada é tão grave quando o coração humano e sua inteligência passam a ser a única medida correta de arbitragem do que é certo e do que é errado. Tudo é possível quando cada pessoa, ancorada em práticas religiosas, ritualmente obedecidas com rigor, se torna a medida única e última de tudo. Os resultados são arbitrariedades e insolências, impiedades e maldades que eliminam tudo e todos os que não se localizam no enquadramento estreito desta pretensão humana.
O absurdo deste procedimento alcança o ápice de pretender envolver a Deus, colocando-se ao seu redor, como os conterrâneos religiosos de Jesus fizeram com Ele, certos de sua condição moral questionável, para apresentar questionamentos de tal modo a assumirem o próprio lugar de Deus quando o julga e aos seus como incorretos, desrespeitosos e sem autoridade.
O centro da questão para a disputa estabelecida com Jesus Mestre, fruto da posição pretensiosa assumida pelos fariseus e mestres da Lei, é o fato de os discípulos de Jesus comerem sem lavar as mãos. A tradição incluía abluções rituais. Havia um escrúpulo de se ter tocado coisas impuras antes da refeição com o consequente risco de contaminação. É bom entender que a higiene focalizada não se refere àquela necessária para que não se corra o risco de comprometimentos sanitários. A preocupação e a ritualidade assumida se deve a uma concepção de puro e impuro, segundo critérios muito próprios que chegam às raias de doentios e até perversos, criando preconceitos e transformando a vivência religiosa em maldosa consideração dos outros para verificar a quem condenar ou criar condições de desmoralizações.
Jesus reage à tentativa de desmoralização que buscam aplicar sobre Ele. Na verdade, em Israel, um Mestre não tinha autoridade se não conseguisse que os seus discípulos obedecessem à risca todos os preceitos e ritos previstos pela prática religiosa.
Certamente, com satisfação, que é o sentimento dos perversos e dos convencidos de sua oca dignidade moral, os interlocutores de Jesus pensavam ter encontrado um meio de desmoralização do Mestre e condenação dos seus discípulos. Este é o único caminho comum e sempre muito explorado dos hipócritas. Buscam conquistar autoridade e validar suas posições com a desmoralização dos outros, ainda que seja fruto de suas perversas e obscuras pretensões. Os honestos, de verdade, não necessitam atacar, destruindo os outros, para encontrar o seu próprio lugar de autoridade e reconhecimento.
Jesus chama todos estes de hipócritas. Não são poucos. A hipocrisia se vence com algo mais que ultrapassa o simples cumprimento de ritos e normas que encobrem mentiras e interesses pessoais. Hipócrita é, pois, uma condição que define aquele que é capaz de fazer e falar sem deixar transparecer os enganos, critérios perversos e mentiras que estão sempre guardadas com força de cálculo no fundo do coração. A hipocrisia é uma verdadeira cultura que muitos dela vivem sem perceber, outros a adotam como artimanha para conseguir seus propósitos e não poucos se gabam das práticas que engambelam os outros para se alcançar os próprios interesses, tantas vezes imorais, prejudiciais ao bem comum, perversos e maldosos para com os outros.
Jesus contrapõe a proposta de prática religiosa dos seus conterrâneos. Não é uma simples contestação dos ritos, menos ainda um desleixo ou uma atitude de simplesmente contestar e desconsiderar, como ato de insolência e de arbitrariedade. O coração de Deus é misericórdia, amor, sinceridade à toda prova. Deus não usa artimanhas. Quem usa artimanhas não é capaz de amar de verdade. Interessa alcançar os próprios propósitos, mesmo que estes sejam destrutivos e comprometedores do bem de instituições e de pessoas. Jesus reorienta o sentido da prática religiosa mostrando que sua essência, para dar vida aos ritos de não deixá-los cair numa complicada esterilidade, supõe um cuidado especial com o próprio coração.
O discípulo, então, é aquele que nutre no coração uma experiência inspirada nos sentimentos do coração de Deus. A interioridade é, na verdade, a força sustentadora da autêntica experiência de fé, de culto a Deus e de sinceridade no relacionamento com os outros. Jesus pede dos seus discípulos esta construção e esta conquista. O de fora se sustenta autenticamente a partir do que está no fundo do coração. Manter as aparências e enganar é hipocrisia.
O discípulo de Jesus não pode descambar na direção da hipocrisia. Isto só é possível na medida em que o discípulo compreende que “o impuro não é o que entra nele vindo de fora”, explicou Jesus chamando para perto de si a multidão. Impuro é o que sai do interior. Ele recorda em linguagem bem direta que o que sai do interior é que é impuro: as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Jesus conclui: “Todas estas coisas más saem de dentro e são elas que tornam impuro o homem”.
É fácil colocar capas, roupas e cores que indicam outras coisas, até nobres. O que vale é verificar o fundo do coração, diante de Deus e da própria consciência. Deus não se engana. Ele, mais do que qualquer outro, mesmo a própria pessoa, conhece o mais escondido do coração. Ao discípulo só resta uma alternativa: passar a limpo a própria interioridade, permanentemente, e escolher sempre o caminho do amor que nos resgata, recria, perdoa e nos reconcilia com Deus.
Outra opção de que devemos a todo custo fugir é a hipocrisia. Isto é, a condição de um povo que “louva com os lábios, mas o coração está longe de Deus”. O nosso coração deve ser verdadeiramente íntimo de Deus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 12/02/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que somos teus filhos e coragem para vivermos a liberdade que esta filiação nos concede. Faze-nos testemunhas do teu Amor paternal, anunciando aos ompanheiros peregrinos desta terra a presença em nós do teu Reino de Amor. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/02/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a consciência de que somos teus filhos, e coragem para vivermos a liberdade que esta filiação nos concede. Faze-nos testemunhas do teu Amor paternal, anunciando aos companheiros peregrinos desta terra encantada a presença em nós do teu Reino de Amor. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/02/2019

OU

MISSA DE NOSSA SENHORA DE LOURDES

Jo 2,1-11

Comentário do Evangelho

Jesus e Maria são solidários ao povo

Situado na parte do evangelho segundo João denominada “livro dos sinais” (Jo 1–11), o relato das bodas de Caná é o “primeiro dos sinais” (v. 11). No centro do relato está a pessoa de Jesus que, com toda a sua vida, terrestre e gloriosa, inaugura os tempos messiânicos. Característica do relato das bodas de Caná é que se trata de uma narração simbólica que exige do leitor o esforço de ultrapassar a materialidade do que é descrito e dito. As bodas evocam a Aliança de Deus com o seu povo (cf. Os 2,18-21; Ez 16,8; Is 62,3-5), Aliança passada e reiterada ao longo da história decorrida (Noé, Abraão, Moisés) e a Aliança nova e definitiva em Jesus (cf. Mc 14,22-25; Mt 26,26-29; Lc 22,19-20). O vinho, símbolo da alegria e da prosperidade (Sl 104,15; Jz 9,13; Eclo 31,27-28; Zc 10,7), oferecido por Jesus é melhor do que o primeiro. Isso significa que, em Jesus Cristo, a Aliança atingiu a sua plenitude. A mãe de Jesus, que ele mesmo no relato designa “mulher”, é símbolo de Israel que espera, confia e vê realizada a promessa de salvação feita por Deus a seu povo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o testemunho de Maria cale fundo no meu coração, transformando-me em perfeito discípulo de Jesus. E que eu possa conduzir muitas outras pessoas a crerem em teu Filho.
Fonte: Paulinas em 11/02/2014

Vivendo a Palavra

A celebração de um casamento faz parte do cotidiano da vida. Ao realizar aí o seu primeiro sinal, Jesus mostra que Deus está presente não só em ocasiões extraordinárias, mas – especialmente – na rotina do dia-a-dia, na normalidade da existência humana. É aí que devemos procurá-lo e que vamos encontrá-lo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

A celebração de um casamento faz parte do cotidiano da vida. Ao realizar aí o seu primeiro Sinal, Jesus mostra que Deus está presente não só em ocasiões extraordinárias, mas – especialmente – na rotina do dia-a-dia, na normalidade da existência humana. É aí que devemos procurá-Lo e que certamente vamos encontrá-Lo.

Reflexão

Jesus, citando o profeta Isaías, diz: 'Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim'. Precisamos saber se somos cristãos de palavras ou de coração. O cristão de palavras é aquele que vive uma religiosidade de cumprimento de preceitos, normas e rituais, que em nada difere dos rituais de alquimia e bruxaria que existem por aí; o que muda é que no lugar de abracadabra, fala frases bonitas com efeitos especiais. O cristão de coração é aquele que ama a Deus, ama os seus irmãos que são templos dele e procura servir a Deus no serviço aos irmãos e irmãs, na valorização da pessoa humana e promoção da sua dignidade. O cristão de coração fala pouco e nem sempre sabe falar bonito, mas ama muito, é solidário, generoso e fraterno.
Fonte: CNBB em 11/02/2014

Recadinho

Falamos e agimos de modo bonito e agradável a Deus? - Ou somos especialistas apenas no falar? - Os simples e humildes são respeitados em sua dignidade? - Será que não há muita falsidade? - Somos solidários e fraternos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 11/02/2014

Oração Final
Pai Santo, que a discrição de Maria – seu quase silêncio – sirva de moldura para ressaltar seu pedido: «Façam o que Ele mandar.» E que nós, tua Igreja, sigamos Maria pelos caminhos desta terra encantada, que já fazem parte do teu Reino de Amor, junto com Jesus, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/02/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a discrição de Maria – seu quase silêncio – sirva de moldura para ressaltar seu pedido: «Façam o que Ele mandar.» E que nós, a tua Igreja, sigamos Maria pelos caminhos desta terra encantada, que já fazem parte do teu Reino de Amor, junto com Jesus, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.