segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 26/12/2021

ANO C


SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

ANO C – Branco

“A família que cultiva o amor permanece em Deus e Deus habita em sua casa.”

SAGRADA FAMÍLIA


Quando Deus quis, no seu amor, enviar seu Filho para morar entre nós, Ele escolheu uma família para receber Verbo Divino. Com isso Deus marcou com maior dignidade a família humana e mostrou que esta instituição é essencial para o desenvolvimento da pessoa.
A família de Nazaré tornou-se assim o modelo para as famílias cristãs do mundo. A bondade de Maria e a justiça de José deveriam ser as virtudes procuradas pelos pais e mães de família. Em Nazaré, Jesus aprendeu a andar, correr, brincar, comer, rezar, cresceu, estudou, foi aprendiz e auxiliar de seu pai adotivo José, a quem amava muito e por ele era muito amado também.
Jesus nasceu numa verdadeira família para receber tudo o que necessitava para crescer e viver, mesmo sendo muito pobre. Teve o amor dos pais unidos pela religião, trabalhadores honrados, solidários com a comunidade, conscientes e responsáveis por sua formação escolar, cívica, religiosa e profissional.
Essa família é o modelo de todos os tempos. É exemplar para toda a sociedade, especialmente nos dias de hoje, tão atormentada por divórcios e separações de tantos casais, com filhos desajustados e todos infelizes. A família deve ser criada no amor, na compreensão, no diálogo, com consciência que haverá momentos difíceis e crises.
Reflexão
Cada homem e cada mulher que deixam o pai e a mãe para se unirem em matrimônio e constituir uma nova família não o podem fazer levianamente, mas devem fazê-lo somente por um autêntico amor, que não é uma entrega passageira, mas uma doação definitiva, absoluta, total até a morte.
Oração
Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo. Concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar, um dia, às alegrias da vossa casa. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
Fonte: NPD Brasil em 30/12/2018

Lc 2,41-52


Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos hoje a festa da Sagrada Família de Nazaré, contemplando-a como modelo de santidade para nossas famílias. Encarnando-se num núcleo familiar, o Senhor nos ensina que a vida nova alcançada no natal tem como objetivo restaurar as famílias, de modo que os seres humanos se compreendam como irmãos na vivência da fraternidade! Celebremos, alegremente.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos hoje a festa da Sagrada Família de Nazaré, contemplando-a como modelo de santidade para nossas famílias. Encarnando-se num núcleo familiar, o Senhor nos ensina que a vida nova alcançada no natal tem como objetivo restaurar as famílias, de modo que os seres humanos se compreendam como irmãos na vivência da fraternidade! Celebremos, alegremente.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Tendo celebrado o nascimento de Cristo, a Igreja comemora hoje a Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. Nessa família nasceu e cresceu o Verbo de Deus, para um dia assumir sua missão salvadora no mundo. Podemos dizer com segurança que o Amor, vínculo da perfeição, fez da Sagrada Família o modelo do lar cristão. Em Nazaré, a família vivia em torno de Jesus. Da mesma forma, deve viver a família cristã. Somente assim poderá experimentar o dom da paz. Rezemos também para que todas as famílias obtenham dos poderes políticos apoio e incentivo para desempenhar seu papel insubstituível na sociedade.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Hoje celebramos a Festa da Sagrada Família: Jesus, Maria e José. Deus em sua plenitude e em sua infinita bondde mostra que precisa de nós, seres humanos, para realizar suas grandiosas obras. É através da família que seu amor infinito se espalha pelo mundo, contagiando a todos com a beleza da santidade e do amor ao próximo. Neste último domingo do ano, liturgicamente dedicado à família, queremos celebrar em comunhão com todas as nossas famílias. Podemos definir a família numa frase: “família é relação”. Num sentido pedagógico, do ponto de vista relacional, podemos dizer que a família é a melhor escola de relacionamento humano. Quando as coisas não funcionam bem no berço do relacionamento, que é a família, então a previsão não é boa, com ameaças de relacionamentos tempestuosos para o futuro. Por isso, nesta celebração, nosso olhar se volta para a casa de Nazaré, onde vivia a Sagrada Família. Uma família pobre, gente simples e modesta que enfrentou problemas, assim como grande parte de nossas famílias. Queremos também, neste último domingo de 2018, agradecer a Deus tudo o que vivemos, principalmente as graças e bênçãos que do alto recebemos.
Fonte: NPD Brasil em 30/12/2018

A FAMÍLIA SEJA UMA PEQUENA IGREJA PARA QUE A IGREJA SE TORNE UMA GRANDE FAMÍLIA!

A festa da Sagrada Família de Nazaré recorda-nos a dimensão comunitária da salvação. Jesus não apenas encarnou-se no seio de uma família (Jesus, Maria e José), mas segundo desígnios do Altíssimo, fez-se homem para nos tornar família!
No Evangelho que nos é proposto para esta festa, ouvimos o episódio da perca e encontro do menino Jesus no templo, passagem emblemática de consequências sérias para a narrativa de São Lucas. O Santo evangelista não visa, com isto, afirmar ser Jesus um “menino prodígio”, inumano, que tenha diminuído a importância de Maria e José em sua vida. Contemplamos o momento decisivo onde revela sua verdadeira identidade acenando o caminho a ser percorrido. Sua humanização aponta para o alto, recorda-nos que Ele veio ao mundo para dar testemunho da Verdade e reconduzir os homens e mulheres à habitação definitiva de Deus.
A união com Deus é a maior característica da Sagrada Família de Nazaré e passo fundamental para que nossas famílias sejam restauradas e santificadas. Quando permitimos que o Senhor assuma a centralidade de nossos relacionamentos abrimo- -nos para uma autêntica vivência comunitária onde não se vive para si, mas em constante doação. É nesta perspectiva que as leituras abordam o relacionamento ideal entre pais e filhos: respeito mútuo e dedicação total!
Texto: Equipe Diocesana - Diocese de Apucarana - PR
Fonte: NPD Brasil em 30/12/2018

A FAMÍLIA É UMA BÊNÇÃO!

A família é uma das coisas mais bonitas que Deus fez. Mesmo se em nossos dias ela anda em crise, é destratada e atacada de muitas maneiras, a família continua sendo importante e também desejada! Mesmo aqueles que falam mal ou desprezam a família “tradicional”, querem reinventar a família não conseguem esconder seu “desejo de família”...
Olhando para a Sagrada Família, de Jesus, Maria e José, reconhecemos que o Filho de Deus, feito humano como nós, também quis experimentar a vida em família, o amor humano de mãe e de pai, o aconchego de um lar, a experiência das várias fases da vida, da gestação no ventre de uma mulher, passando pela fragilidade da infância, até à idade adulta.
Maria e José foram o casal que Deus escolheu e destinou para a missão de pais acolhedores de Jesus e para lhe proporcionarem o ambiente de família e os cuidados necessários para sua vida humana. Como Maria e José, todos os casais e pais também recebem missão semelhante, constituindo família e cuidando com amor dos filhos.
A Igreja dedica especial atenção à família, pois reconhece o valor e a importância que ela possui na vida de cada pessoa, em cada fase da vida: na mais tenra infância, na adolescência e juventude, na idade adulta e na velhice. Hoje, de modo especial, a Igreja também conclama a sociedade a dedicar uma renovada atenção à família, pois isso é um bem para a pessoa e para a mesma sociedade. Cuidando bem da família, a sociedade terá um poderoso aliado para cuidar dos cidadãos; uma sociedade que desampara a família terá muitos problemas a resolver!
Na pastoral da família, a Igreja volta sua atenção especial para as “famílias feridas”, por vários motivos: violência, desamparo, divisão, desagregação, desamparo na pobreza, doença, ruptura dos vínculos familiares... O Papa Francisco pede um olhar renovado para as famílias em situação “irregular” diante da Igreja, para que não se sintam desamparadas e abandonadas por ela; por isso, há um esforço grande para acolher e ajudar os casais que experimentaram a separação e tentam constituir uma nova união.
A família possui uma missão própria na formação da pessoa e isso vale também para a dimensão religiosa. A família cristã é uma “pequena Igreja”, chamada a viver num clima de fé, testemunho cristão e prática religiosa, onde os filhos aprendem a viver como filhos de Deus desde cedo. A família tem um papel importante na evangelização e na transmissão da fé e a Igreja valoriza isso de uma forma nova em nossos dias.
Que Deus abençoe todas as famílias de São Paulo e vele com compaixão por todas aquelas que passam por dificuldades! Jesus, Maria e José tenham um lugar em todos os lares e sua companhia seja fonte de bênção e serenidade para todas as famílias!
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
Fonte: NPD Brasil em 30/12/2018

Comentário do Evangelho

Solenidade da Sagrada Família

Celebramos neste domingo da oitava do Natal a solenidade da Sagrada Família. Há um traço nos membros desta família, Jesus, Maria e José, que merece ser ressaltado desde já, a saber, a obediência a Deus. José é um homem justo que fez tudo conforme o Senhor lhe falou pelo anjo; Maria, serva fiel, se colocou inteiramente disponível à vontade de Deus; e Jesus, o Filho único de Deus, resume numa frase, no momento mais angustiante da sua existência, no Getsêmani, o que sustenta e orienta a sua vida: “... não seja feito o que eu quero, mas o que tu queres”. No evangelho deste domingo, o relato de Jesus, encontrado no Templo de Jerusalém aos doze anos de idade, é a transição entre os relatos da infância e os da vida pública, a partir do batismo por João Batista. Doze anos é a idade da maturidade religiosa em que o menino judeu assume as obrigações legais, tornando-se “filho do preceito”. Todo o relato está centrado nas primeiras palavras de Jesus. Essas palavras (v. 49) estão voltadas para o futuro, evocam e confirmam a palavra do anjo a Maria, quando do anúncio do nascimento de Jesus: ele “será chamado filho de Deus” (Lc 1,35). Jesus, ainda adolescente, tem plena consciência do sentido de sua vida: é preciso se consagrar ao serviço do seu Pai celeste. Maria e José não compreenderam o significado do que ele lhes dissera. Certamente, foi desconcertante para eles. Ambos terão que fazer, como todo discípulo, um longo itinerário de seguimento de Jesus, passando pelo drama da paixão e da morte, para, à luz da ressurreição do Senhor, poderem compreender que, aquele a quem eles haviam dado uma existência histórica, era o Filho de Deus. Mas, se no momento eles não compreendem, Maria guardava tudo no coração. O que é do mistério de Deus e do seu plano de salvação precisa ser tratado no âmbito do coração, pois ultrapassa o que a razão entregue a si mesma pode alcançar. É no coração que o mistério de Deus é acolhido e compreendido. O último versículo do evangelho de hoje é o que melhor exprime a realidade da encarnação. Jesus assumiu plenamente nossa condição humana; de sua concepção até a sua morte, ele percorreu todas as etapas do crescimento e do desenvolvimento humanos.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.
Fonte: Paulinas em 27/12/2015

Vivendo a Palavra

Jesus, junto à sua Família, crescia em sabedoria, estatura e graça... o Filho Unigênito do Pai, fazia sua experiência de encarnação sem privilégios. Ele, Divino, foi também humano, para que nós O possamos ter como modelo e segui-lo nesta aventura maravilhosa – a Vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/12/2015

VIVENDO A PALAVRA

O Senhor está à porta de nossa casa e bate. Abramos o coração e a morada para que Ele entre e confirme a sua promessa: fazer a ceia conosco. Que os lares cristãos sejam fontes do Amor fraterno que emana dos corações para conforto dos próximos, especialmente dos que mais sofrem na caminhada por esta terra encantada.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/12/2018

Reflexão

O episódio do encontro de Jesus no templo é o evangelho proposto para este dia da Sagrada Família. Desde sua adolescência, o evangelista apresenta Jesus sintonizado com o Pai. Vivendo sua humanidade, como qualquer adolescente, Jesus manifesta sua condição de Filho de Deus. Mesmo tendo pais terrenos, Jesus mostra, desde pequeno, sua relação filial com Deus, seu Pai. Interrogado pela mãe, ele responde que deve se preocupar com as coisas do seu Pai. Seguir a vontade de Deus pode significar ir além dos limitados horizontes da família, da cidade ou até da própria nação. Jesus volta com sua família e convive com ela até o dia em que assumirá sua missão profética e missionária. Ao celebrar a Família de Nazaré – Jesus, Maria e José – a Igreja nos convida a celebrar também nossas famílias e mostrar que também nossas famílias são santas e sagradas. A Família de Nazaré nos é proposta como modelo a ser seguido pelas nossas. O papa Francisco nos diz que a “grande missão da família é dar lugar a Jesus que vem, acolhê-lo na família, na pessoa dos filhos, do marido, da esposa, dos avós. Jesus está ali e acolhê-lo para que cresça espiritualmente naquela família”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 30/12/2018

Reflexão

A composição da Sagrada Família é perfeita: José é um “homem justo”; Maria, a “cheia de graça”; e Jesus, o “Santo”. É natural pensar que reinava entre eles a mais completa harmonia. De fato, são para nós incomparáveis exemplos de profunda obediência a Deus e de excelente convivência social. Convém lembrar, porém, que eles caminhavam na fé em Deus. A José coube educar o Menino Jesus segundo o judaísmo. Maria teve que conciliar seu admirável zelo materno com os passos do filho adolescente, que se ocupava com os assuntos do Pai celeste. Acompanhar o filho em seu crescimento foi certamente um desafio para Maria e José. Contudo, Maria, que “guardava todas as coisas em seu coração”, soube compreender a caminhada do Filho, que “crescia em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e das pessoas”.
Oração
Jesus, Maria e José, Sagrada Família de Nazaré: fostes dóceis e eficazes instrumentos da ação salvadora de Deus. A ele gratidão e louvor, e a vós nossa admiração. Ensinai a todas as famílias o vosso modo de viver, amando a Deus de modo incondicional e dedicando-se ao próximo sem medida. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o Evangelho

A FAMÍLIA DO SENHOR

A cena evangélica apresenta os traços fundamentais da família de Jesus. Sua marca característica foi a obediência a Deus e a submissão a seu projeto de salvação para a humanidade. Jesus, Maria e José viviam em função do desígnio salvífico divino. Jesus era o Filho de Deus, enviado com a missão de reconciliar a humanidade com Deus. Maria foi escolhida para ser a mãe do Filho de Deus e, com o seu sim, aceitou colocar-se toda, como serva, a serviço do Senhor. José acolheu a proposta divina de apresentar-se como pai humano de Jesus, de forma a garantir-lhe a identidade social. Cada um realizava a parte que lhe cabia na obra da salvação, partilhando a vida em comum. A vida da Sagrada Família, portanto, pode resumir-se na obediência a Deus e no serviço amoroso à humanidade.
Outro traço da família de Jesus é a pobreza e a simplicidade. A relação privilegiada com Deus não a envaidecia. Tampouco se sentia diminuída por habitar numa cidade pouco apreciada e quase desconhecida, longe dos centros importantes. Foi Jesus quem, por força do seu ministério, deixou Nazaré, indo pregar pelo mundo a fora. Até então, vivera com seus pais no escondimento, exercendo a profissão de carpinteiro, herdada de José. Por sua vez, Maria desempenhava as tarefas próprias de uma dona de casa. Somente o Pai sabia o que realmente se passava com aquela família e o papel que ela desempenhava em favor da humanidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Oração
Senhor Jesus, possa eu aprender de ti e de tua família a obediência ao Pai e o serviço humilde à humanidade.
Fonte: Dom Total em 27/12/2015

Meditando o evangelho

SAGRADA FAMÍLIA

Lucas, em seu Evangelho e em Atos, destaca Jerusalém como centro de irradiação do cristianismo. Assim, seu Evangelho, desde o início, com as narrativas de infância, realça Jerusalém (Zacarias no templo, apresentação no templo, Jesus entre os doutores) e encerra-se em Jerusalém. Sua intenção teológica é apresentar o cristianismo como um novo Israel, que se irradia a partir da velha Jerusalém. Os demais evangelistas apresentam a Galiléia, e não Jerusalém, como centro de retomada da missão, depois da ressurreição.
Este episódio da ida da família de Jesus a Jerusalém assemelha-se à ida de Ana, com seu filho Samuel, à casa do Senhor, em Silo (primeira leitura). A cena do menino Jesus entre os doutores no templo envolve temas que serão aprofundados ao longo do Evangelho. Ao afirmar "eu devo estar na casa ("naquilo") que é de meu pai", Jesus revela-se como Filho de Deus.
Inicia seu ensinamento no templo, voltando depois para denunciá-lo por ter-se transformado em covil de ladrões. Priorizando o que é do Pai, mesmo obediente a seus pais, Jesus indica que a família, sendo todos filhos de Deus (segunda leitura), deve ser estabelecida em torno do cumprimento da vontade do Pai.
A Sagrada Família questiona e convida à conversão aquelas famílias estabelecidas sob a continuidade do vínculo sangüíneo de raça eleita, bem como as famílias tradicionais, conservadoras em torno de suas propriedades e riquezas.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Pai, que eu possa ser discípulo de Jesus, aprendendo de sua sabedoria. Assim, por esse conhecimento íntimo, que eu te ame mais e possa apropria-me da condição de filho teu.
Fonte: Dom Total em 30/12/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Hoje é o penúltimo dia do ano civil, tempo de olharmos para trás e darmos glória a Deus pelo ano que se encerra, tempo também de refletirmos sobre o que fizemos no ano que passou, para edificarmos o reino de Deus entre nós.
O lugar privilegiado para darmos o nosso testemunho nesse sentido é na vida familiar que in felizmente apresenta hoje um quadro muito caótico porque a família é agredida todos os dias de muitas formas, esvaziando-a de seus valores sagrados, de suas virtudes que lhe dão a dignidade a cada membro, moldando um caráter cristão despertando-lhes a consciência de que são filhos e filhas queridas de Deus.
Por isso o casal cristão recebe o Sacramento do matrimônio ao se unirem um dia, sacramento quer dizer sinal do amor de Deus, porque a missão do casal é despertar nos filhos o amor para o qual foram criados porque Deus nos fez para o amor e somente na família é que podemos ter esse conhecimento.
A Sagrada Família vivia esse propósito, Maria e José educaram Jesus desta maneira e ele aprendeu muito com seus pais, a revelação de que era Filho de Deus foi acontecendo aos poucos, graças ao testemunho de seus pais. De maneira muito equivocada pensamos que Jesus já sabia tudo e que seus pais eram figuras meramente decorativas em sua vida. Isso não é verdade! Além do sustento material do menino, Maria e José, como qualquer pai e mãe, tiveram de assumir a formação religiosa de Jesus e o fizeram dentro do Judaísmo, que era a religião que freqüentavam, com todas as dificuldades próprias daquele tempo.
Talvez hoje, muitos pais achem praticamente impossível educar um filho ou uma filha na fé, se a história da Salvação acontecesse hoje, José e Maria, vivendo em nosso tempo, saberiam cumprir a missão de educar o filho dentro dos princípios cristãos, para que ele descobrisse a sua identidade de Filho de Deus.
Mas não foi assim tão simples, muita coisa Maria e José não entenderam, como esse susto que Jesus deu neles, aos 12 anos, por ocasião da festa da páscoa, ao retornarem em comitiva como era comum naquele tempo, o grupo dos homens e das mulheres em separado pelo caminho, José pensou que o menino estivesse com a mãe, e esta pensou o mesmo.
Somente depois de três dias é que deram pela sua ausência e voltaram desesperados a Jerusalém, encontrando-o no templo entre os Doutores da Lei, discutindo com eles, ensinando mas também apreendendo porque como qualquer criança, Jesus passou pela catequese.
Ocupar-se das coisas de Deus – foi a resposta até um pouco “atravessada” que Jesus deu aos pais. Após os sacramentos da iniciação cristã, se o testemunho dos pais for autêntico, a criança já terá descoberto em si mesmo essa vocação para viver o amor na comunidade no serviço aos irmãos e irmãs. Aproveitemos esses momentos derradeiros deste ano para verificarmos com sinceridade se foi isso que fizemos no decorrer de todo este ano, será que o nosso modo de viver em família, despertou em nossos filhos a vocação para o amor? Será que valorizamos a comunidade como espaço onde manifestamos essa vocação?
Se nossas famílias viverem sempre nessa graça,comunicando uns aos outros a santidade, iremos ter em breve uma nova sociedade bem diferente da que temos pela frente. Isso é missão de todos os cristãos!
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Jesus, entre os mestres no Templo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Celebramos o último domingo do ano, no Tempo do Natal, na casa da Sagrada Família de Nazaré, onde moram Jesus, Maria e José. Cumpridores de seus deveres, iam a Jerusalém por ocasião da festa da Páscoa, tiveram problemas com o adolescente de 12 anos na cidade grande, relacionavam-se com seus parentes e viviam a vida de cada dia. O menino crescia em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens. Quem era São José para aquele menino? Quem era Maria para ele? Quem era o menino para José e Maria. Certamente tudo era normal como em qualquer família nossa.
O Verbo de Deus se encarnou de verdade; tomando o nome de Jesus, se tornou perfeito homem. Não homem perfeito, o que também podia ser, mas ser humano no sentido completo da palavra. Tanto é verdade que, mais tarde, quando adulto, voltando a Nazaré, Jesus ouvirá dos seus conterrâneos que ele era um deles e que seus pais eram conhecidos no lugar. Diziam isso admirados com a sabedoria de Jesus e os milagres que fazia: “Não é ele o filho de José, sua mãe não se chama Maria, seus irmãos não estão entre nós?”.
Ana, esposa de Elcana, pediu a Deus e recebeu a graça de um filho, que foi Samuel, o grande juiz do povo de Israel. E todos nós recebemos a graça da filiação divina pelo Filho único do Pai. Foi o grande presente que Deus nos deu, de sermos chamados filhos de Deus e sermos filhos de fato. Podemos chamar a Deus de nosso Pai.
Pedimos a Deus que fortifique todas as famílias, porque o enfraquecimento da família não beneficia a sociedade, diz o Papa Francisco na Amoris Laetitia. Diante dos problemas e desafios enfrentados por quem quer ser família, o Papa pergunta: “Quem se preocupa hoje com fortalecer os cônjuges, ajudá-los a superar os riscos que os ameaçam, acompanhá-los no seu papel educativo, incentivar a estabilidade da união conjugal?”. Algo para se pensar no dia da Sagrada Família.
Rezando, o Santo Padre pediu à Sagrada Família de Nazaré que ajude nossas famílias a se tornarem lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas. E que todos nos tornemos conscientes do caráter sagrado e inviolável da família.
Fonte: NPD Brasil em 30/12/2018

REFLEXÕES DE HOJE

30 DE DEZEMBRO-DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 30/12/2018

HOMÍLIA DIÁRIA

A família é o lugar da presença de Deus

É na família que Deus reside, habita e a graça maior acontece

“Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe” (Eclo 3, 3).

Neste domingo solene, na Oitava do Natal de Jesus Cristo, celebramos a Sagrada Família: Jesus, Maria e José. A família é algo tão sagrado e sublime para Deus, que Ele mesmo quis nascer no seio dela. Ele poderia ter sido um homem sozinho neste mundo, poderia ter vindo ao mundo de outra forma, como Deus quisesse, mas a forma sublime de estar entre nós é na família e pela família.

Toda família é sagrada para Deus

Desse modo, toda família é sagrada para Deus, é uma bênção para Ele! É nela que o Senhor reside e a graça maior acontece. Jesus é família desde toda a eternidade, e a Santíssima Trindade também é por excelência. Uma vez que Jesus não estava só, enquanto Filho de Deus na Sua visita à humanidade, nasceu e cresceu no seio de uma família.
Deus quer abençoar a sua família, mas Ele quer que você entenda quão sagrada e sublime ela é! Ame, respeite, valorize, louve a Deus pela família que você tem!

A presença de Deus

É verdade que temos muitas famílias machucadas, dilaceradas e desfeitas. Há as que se romperam, mas isso não tira a graça e o valor delas, não tira, de forma nenhuma, a presença de Deus da sua casa. Mesmo que a família esteja machucada e ferida, é ali que Deus precisa estar mais ainda.
Nesta festa da Sagrada Família, queremos exaltar a família como lugar da presença de Deus e, ao mesmo tempo, honrar os compromissos que todos precisamos ter: maridos amem muito vossas esposas, e esposas amem muito seus esposos, sejam fiéis uns para com os outros, e acima de tudo, respeitem-se e tenham cordialidade um para com o outro. Que aos filhos nunca falte o cuidado, a educação e a atenção de seus pais.
É importante falar ao coração de cada filho que a bênção de Deus está sobre eles quando sabem honrar seus pais, mesmo que tenham defeitos e já tenham lhes contrariado muito. Suporte os defeitos, os limites, as dificuldades, mas não grite com seus pais, não os desonre, não os maltrate nem os deixe de lado.
Pai e mãe são presentes e presença sublime de Deus entre nós! Muitas vezes, não compreendemos nem somos compreendidos por nossos pais, mas tudo isso não torna menor o efeito da graça. Muito pelo contrário, a humildade em saber acolher o limite do outro faz a graça de Deus crescer entre nós!
Deus abençoe nossas casas, nossas famílias e nossos lares!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/12/2015

HOMÍLIA DIÁRIA

Deus resgatou a nossa humanidade no seio de uma família

Deus quis habitar entre nós, resgatar a nossa humanidade perdida no ventre e no seio de uma família

“Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas. E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens” (Lucas 2,51-52).

Hoje, celebramos a Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. Deus poderia ter escolhido outros caminhos para estar no meio de nós, mas o caminho que salva a humanidade tem um nome, chama-se: família.
Deus, na sua própria natureza é família, a família divina; a Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo é uma família, é o Pai que ama o Filho e do amor do Pai e do Filho brota a força e o poder do Espírito que é derramado sobre toda a humanidade.
Deus criou à nossa imagem e semelhança para que fôssemos família, por isso viemos de uma família e toda a família é sagrada. Deus quis habitar entre nós, resgatar a nossa humanidade perdida no ventre e no seio de uma família.
É preciso acima de tudo e mais do que tudo valorizar, amar, respeitar e cuidar das nossas famílias. Nada mais pode ser sagrado para um pai, para uma mãe e para um filho do que a sua própria família muitas vezes esquecida, deixada de lado ou tratada de qualquer jeito.
Não tem na vida responsabilidade maior do que cuidar da família, transformá-la em um lar sagrado, berço da vida, principalmente da vida nascente, mas é “berço de família” no seu sentido mais amplo e profundo que se deve viver, conviver e brincar, muitas vezes até brigar mas se reconciliar, se perdoar, se amar porque é da família que brota os verdadeiros valores que marcarão para sempre a nossa história.
É na família que aprendemos ou desaprendemos, é na família que se vive a profundidade do amor. Por isso, hoje, no coração de toda a igreja quando se volta a cada dia, mas de modo especial neste domingo volta-se para cuidar e olhar o valor sagrado de cada família.
Não podemos desconsiderar que muitas famílias foram atacadas, dilaceradas, muitas famílias vivem situações difíceis, mas não deixam de ser e ter o seu valor de família.
Cuidemos das famílias que estão caminhando bem, mas cuidemos mais ainda das famílias que enfrentam dificuldades, dramas e situações adversas ao amor divino. Essas famílias não podem ser tratadas como famílias marginalizadas, pelo contrário, elas precisam ser cuidadas como famílias mais amadas, porque ali Jesus quer se fazer também presente.
Que a graça de Deus hoje dê a cada família o valor de se reconhecer como família, de meditar qual é o seu lugar na sociedade enquanto família e que a bênção do Senhor esteja sobre todas as famílias.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, faze-nos sempre gratos pelo exemplo da Sagrada Família. Que sejamos parecidos com José e Maria, acolhendo no coração o Mistério do teu Verbo que se fez carne, e cuidando do Cristo que está presente nos irmãos mais sofridos que vivem entre nós. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/12/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a seguir o exemplo dos pais de Jesus. Que o lar que oferecemos para nossos irmãos seja lugar de paz, de luz, de alegria, de fraternidade, de justiça e de santo temor da tua Lei. Que a tua Palavra Encarnada seja ouvida e seguida, para que um dia recebamos, com o Cristo, o teu abraço de Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/12/2018