sábado, 4 de fevereiro de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

É tudo ou nada | (Hb 12, 1-4) #1015 - Frei Gilson



Publicado em 31 de jan. de 2023

A interferência da fé em nossa vida | (Mc 5, 1-20) #1014 - Frei Gilson



Publicado em 30 de jan. de 2023

Quais critérios Deus usa para escolher alguém | (1Cor 1, 26-31) #1013 - Frei Gilson



Publicado em 29 de jan. de 2023

Como enfrentar as tempestades da vida | (Mc 4, 35-41) #1012 - Frei Gilson



Publicado em 28 de jan. de 2023

Você está pensando em desanimar | (Hb 10, 32-39) #1011 - Frei Gilson



Publicado em 27 de jan. de 2023

Por que desanimamos | (Tm 1, 1-8) #1010 - Frei Gilson



Publicado em 26 de jan. de 2023

Nunca duvide da conversão de ninguém | (At 9, 1-22) #1009 - Frei Gilson



Publicado em 25 de jan. de 2023

Eu vim para fazer a tua vontade | (Hb 10, 1-10) #1008 - Frei Gilson



Publicado em 24 de jan. de 2023

Um pecado que não tem perdão | (Mc 3, 22-30) #1007 - Frei Gilson



Publicado em 23 de jan. de 2023

União e concórdia | (1Cor 1, 10-13.17) #1006 - Frei Gilson



Publicado em 22 de jan. de 2023

Uma vida fora de si mesmo | (Mc 3, 20-21) #1005 - Frei Gilson



Publicado em 21 de jan. de 2023

Para que Jesus escolheu 12 discípulos | (Mc 3, 13-19) #1004 - Frei Gilson


Canal do Youtube - Frei Gilson / Som do Monte - OFICIAL

Publicado em 20 de jan. de 2023

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=I5vy-_050X0

Vou curar a ovelha ferida | Mãe Maria (04/02/2023) - Dom Walmor


Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 4 de fev. de 2023

Força e coragem para o seu povo | Mãe Maria (03/02/2023) - Dom Walmor


Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 3 de fev. de 2023

Testemunho missionário | Mãe Maria (02/02/2023) - Dom Walmor


Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 2 de fev. de 2023

Homilia Diária - 04.02.2023 | “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco” - Padre Roger Araújo


Canal do Youtube: Padre Roger Araújo
4 de fev. de 2023

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (Mc 6,30-34)

Naquele tempo, os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles.
Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.

Homilia Diária - 03.02.2023 | “Irmãos, perseverai no amor fraterno." - Padre Roger Araújo


Canal do Youtube: Padre Roger Araújo
3 de fev. de 2023

(Hb 13,1-8)

Irmãos, perseverai no amor fraterno. Não esqueçais a hospitalidade; pois, graças a ela, alguns hospedaram anjos, sem o perceber. Lembrai-vos dos prisioneiros, como se estivésseis presos com eles, e dos que são maltratados, pois também vós tendes um corpo! O matrimônio seja honrado por todos e o leito conjugal, sem mancha; porque Deus julgará os imorais e adúlteros.
Que o amor ao dinheiro não inspire a vossa conduta. Contentai-vos com o que tendes, porque ele próprio disse: “Eu nunca te deixarei, jamais te abandonarei”. De modo que podemos dizer, com ousadia: “O Senhor é meu auxílio, jamais temerei; que poderá fazer-me o homem?” Lembrai-vos de vossos dirigentes, que vos pregaram a palavra de Deus, e considerando o fim de sua vida, imitai-lhes a fé. Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje e por toda a eternidade.

Homilia Diária - 02.02.2023 | “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor” - Padre Roger Araújo


Canal do Youtube: Padre Roger Araújo
1 de fev. de 2023

(Lc 2,22-32)

Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.

Palavra da Salvação, 04/02/2023 com o Diácono Rafael dos Santos


Canal do Youtube: WebTV Redentor
3 de fev. de 2023

4ª Semana do Tempo Comum

Evangelho (Mc 6,30-34)

Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles.
34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Homilia Diária | Coração de Pastor (Sábado da 4.ª Semana do Tempo Comum) - Padre Paulo Ricardo


Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 3 de fev. de 2023

Desde o Antigo Testamento, o povo de Deus andava errante, como um rebanho sem pastor. O Evangelho de hoje mostra Nosso Senhor que, por compaixão para com suas ovelhas, providencia-lhes pastores generosos, os Apóstolos. Assista à homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 4 de fevereiro, e unamo-nos em oração por nossos pastores, sucessores dos Apóstolos, a fim de que também eles configurem seus corações ao Coração compassivo de Cristo, o Bom Pastor que deu a vida por suas ovelhas.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 6,30-34 - 04/02/2023


Na oração, encontre o descanso necessário para a sua vida

“Naquele tempo, os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. Ele lhes disse: ‘Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco'” (Marcos 6,30-31).



Os discípulos de Jesus voltaram de uma missão e, apesar do cansaço, eles estavam entusiasmados, alegres e contaram a Jesus tudo o que havia acontecido, toda a graça que havia acontecido naquela missão.
Jesus, certamente, conhecendo e sabendo do cansaço dos Seus discípulos, lhes propõem um momento de descanso, os convida a afastarem um pouco, a se retirarem para descansar.
Meus irmãos, a nossa vida, em suas diversas atividades, sejam elas atividades profissionais ou pastorais ou de evangelização, precisa ser composta de momentos de intensas atividades, mas também de momentos de descanso, momentos de refazer as forças.
O próprio Jesus nos ensina que, após intensas missões, intensos trabalhos, não podemos deixar de buscar, de estar a sós com Ele, de buscar o nosso descanso também; descanso para estar em oração e descanso para refazer as forças.

O descanso também é um dom precioso de Deus, é o próprio Senhor quem nos convida a nos retirar para descansar

Um dos hinos da Liturgia das Horas reza da seguinte forma: “Ó Deus, fonte de todas as coisas, vós enchestes o mundo de dons e, depois de criar o universo, concluístes que tudo era bom. Terminando tão grande trabalho, decidistes entrar em repouso, ensinando aos que cansam na luta, que o descanso é também dom precioso”.
O descanso também é um dom precioso de Deus, é o próprio Senhor quem nos convida a nos retirar para descansar, para refazer as forças, porque Ele sabe que nós não somos máquinas. Na verdade, até as máquinas — quando trabalham muito —, desgastam as suas peças, imagine nós! Precisamos também do descanso.
Por isso, meu irmão e minha irmã, saiba buscar também o seu momento de descanso. Saiba que, às vezes, após a missão, após o trabalho, é necessário também se retirar para descansar.
Os retiros são uma ótima opção para reabastecer a nossa fé. Sempre que possível, faça um retiro espiritual; retire-se para estar com o Senhor, estar a sós com o Senhor, mas também para refazer a sua fé, refazer as suas forças, deixar com que o Senhor te renove, deixar com que o Senhor te renove para as missões.
Desça sobre você a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antônio
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 04/02/2023

ANO A


Mc 6,30-34

Comentário do Evangelho

A compaixão não se confunde com dó

O texto é a continuidade de 6,7-13, e a preparação do episódio da "multiplicação dos pães" (6,34-44). O texto tem uma clara perspectiva eclesial. Os discípulos reúnem-se com Jesus para prestar contas da missão: ". contaram tudo o que tinham feito e ensinado" (v. 30). É o Senhor quem dá descanso aos que ele envia: "Vinde, a sós, a um lugar deserto, e descansai um pouco!" (v. 31). O projeto foi frustrado, pois uma grande multidão os seguiu. Essa multidão que vai atrás de Jesus causa nele "compaixão", um sentimento divino que atinge o mais profundo da pessoa, as entranhas. A compaixão não se confunde com dó. Atingindo o mais profundo do ser humano, ela leva alguém a agir em favor do(s) outro(s). A razão da compaixão: "... porque eram como ovelhas que não têm pastor" (v. 34). É possível ouvir, aqui, ecos do Antigo Testamento: ". que a comunidade do Senhor não seja como um rebanho sem pastor" (Nm 27,17; ver também 1Rs 22,17; Zc 10,12). Jesus é apresentado como Pastor que cuida com compaixão do povo de Deus. Ensinando, não deixa que as ovelhas se percam.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, dá-me as disposições necessárias para eu realizar bem a missão recebida de Jesus, tendo-o sempre como modelo.
Fonte: Paulinas em 09/02/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus se compadece também daqueles que o seguem. Ele está atento às exigências humanas de seus discípulos: após cumprir a missão que lhes fora proposta, eles devem ter momentos de repouso. Assim também devemos ser nós, sua Igreja: sempre cuidadosos com os companheiros de caminhada, atentos às suas carências e generosos na partilha dos bens que nos são oferecidos pelo Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/02/2019

VIVENDO A PALAVRA

Jesus se compadece daqueles que O seguem. Está atento à condição humana de seus discípulos: após cumprir a missão que lhes fora proposta, eles devem ter momentos de repouso. Assim também devemos ser nós, a sua Igreja: sempre cuidadosos com os companheiros de caminhada, atentos às suas carências e generosos na partilha dos bens que nos são oferecidos pelo Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/02/2021

Reflexão

Devemos colocar a nossa felicidade onde se encontram os verdadeiros valores. As pessoas que vivem segundo os valores desse mundo colocam a sua felicidade nas coisas do mundo. São pessoas materialistas e hedonistas, marcadas pelo desejo do acúmulo de bens materiais e de poder e também na busca desenfreada de todos os prazeres proporcionados por este mundo, como é o caso do sexo e dos vícios em geral. São pessoas insatisfeitas porque na verdade foram criadas à imagem e semelhança de Deus e só podem ser satisfeitas plenamente em Deus, uma vez que são abertas ao infinito. Somente quem coloca a sua felicidade nos valores eternos encontra em Deus a sua plena satisfação.
Fonte: CNBB em 09/02/2013

Reflexão

Os apóstolos voltam da missão, provavelmente entusiasmados com o resultado, e se reúnem ao redor de Jesus, ansiosos por partilhar com ele “tudo o que tinham feito e ensinado”. A repercussão desse movimento missionário é imediata: o povo vinha de toda parte para ver Jesus e os apóstolos, de modo que eles “não tinham tempo nem para comer”. Jesus convida os missionários a um descanso salutar. Uma pausa entre as atividades é ocasião favorável para recuperação das forças, avaliação do trabalho, correção dos defeitos e elaboração de novos projetos. Aos líderes religiosos recomenda-se não se deixarem absorver totalmente pelos fiéis e reservarem tempo para o cultivo pessoal, incluindo-se exercício espiritual e cursos de reciclagem. Tudo com equilíbrio, pois o povo continua como ovelhas sem pastor.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 09/02/2019

Reflexão

Os apóstolos voltam da missão, provavelmente entusiasmados com o resultado, e se reúnem ao redor de Jesus, ansiosos por partilhar com ele “tudo o que tinham feito e ensinado”. A repercussão desse movimento missionário é imediata: o povo vinha de toda parte para ver Jesus e os apóstolos, de modo que eles “não tinham tempo nem para comer”. Jesus convida os missionários a um descanso salutar. Uma pausa entre as atividades é ocasião favorável para a recuperação das forças, a avaliação do trabalho, a correção dos defeitos e a elaboração de novos projetos. Aos líderes religiosos recomenda-se não se deixarem absorver totalmente pelos fiéis e reservarem tempo para o cultivo pessoal, incluindo exercício espiritual e cursos de reciclagem. Tudo com equilíbrio, pois o povo continua como ovelhas sem pastor.
ORAÇÃO
Ó Jesus, incansável evangelizador, convidas teus apóstolos para uma pausa restauradora. Voltam da missão, cheios de novidades e ansiosos para partilhar os prodígios realizados. Não deu tempo. Multidões aguardavam a tua presença e a deles. Tiveram prioridade, pois “eram como ovelhas sem pastor”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 06/02/2021

Reflexão

Os apóstolos voltam da missão, provavelmente entusiasmados com o resultado, e se reúnem ao redor de Jesus, ansiosos por partilhar com ele “tudo o que tinham feito e ensinado”. A repercussão desse movimento missionário é imediata: o povo vinha de toda parte para ver Jesus e os apóstolos, de modo que eles “não tinham tempo nem para comer”. Jesus convida os missionários a um descanso salutar. Uma pausa entre as atividades é ocasião favorável para recuperação das forças, avaliação do trabalho, correção dos defeitos e elaboração de novos projetos. Aos líderes religiosos recomenda-se não se deixarem absorver totalmente pelos fiéis e reservarem tempo para o cultivo pessoal, incluindo-se exercício espiritual e cursos de reciclagem. Tudo com equilíbrio, pois o povo continua como ovelhas sem pastor.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco! Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham nem tempo para comer»

Rev. D. David COMPTE i Verdaguer
(Manlleu, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos sugere uma situação, uma necessidade e um paradoxo que são muito atuais.
Uma situação. Os Apóstolos estão “estressados”: «Ele disse-lhes: Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer» (Mc 6,31). Frequentemente nós nos vemos achegados à mesma mudança. O trabalho exige boa parte de nossas energias; a família, onde cada membro quer palpar nosso amor; as outras atividades nas que nos comprometemos, que nos fazem bem e, ao mesmo tempo, beneficiam a terceiros... Querer é poder? Talvez seja mais razoável reconhecer que não podemos tudo aquilo que gostaríamos.
Uma necessidade. O corpo, a cabeça e o coração reclamam um direito: descanso. Nestes versículos temos um manual, frequentemente ignorado, sobre o descanso. Aí destaca a comunicação. Os Apóstolos «Os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-lhe tudo o que haviam feito e ensinado» (Mc 6,30). Comunicação com Deus, seguindo o fio do mais profundo de nosso coração. E — que surpresa!— encontramos a Deus que nos espera. E espera encontrar-nos com nossos cansaços.
Jesus lhes diz: «Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos os que iam e vinham e nem tinham tempo para comer» (Mc 6,31). No plano de Deus há um lugar para o descanso! É mais, nossa existência, com todo seu peso, deve descansar em Deus. O descobriu o inquieto Agostinho: «Nos criastes para ti e nosso coração está inquieto até que não descanse em ti». O repouso de Deus é criativo; não “anestésico”: encontrar-se com seu amor centra nosso coração e nossos pensamentos.
Um paradoxo. A cena do Evangelho acaba “mal”: os discípulos não podem repousar. O plano de Jesus fracassa: são abordados pelas pessoas. Não puderam “desconectar”. Nós, com frequência, não podemos liberar-nos de nossas obrigações (filhos, conjugue, trabalho...): seria como trair-nos! Impõe-se encontrar a Deus nestas realidades. Se existe comunicação com Deus, se nosso coração descansa Nele, relativizaremos tensões inúteis... E a realidade —desnuda de quimeras— mostrará melhor o sinal de Deus. Nele, ali, repousaremos.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Se não é com Deus ou por Deus, não há descanso que não canse» (Santa Teresa de Ávila)

«O descanso divino do sétimo dia não se refere a um Deus inativo, se não que sublinha a plenitude da realização levada à término, dirigindo ao mesmo uma mirada “contemplativa”, que já não aspira a novas obras, se não melhor a gozar da beleza do realizado» (São João Paulo II)

«O agir de Deus é o modelo do agir humano. Se Deus, no sétimo dia, “parou para respirar” (Ex 23,12), também o homem deve “descansar” e deixar que os outros, sobretudo, os pobres, “retomem fôlego” O sábado faz cessar os trabalhos cotidianos e concede uma pausa. É um dia de pretexto contra as escravidões do trabalho e o culto do dinheiro.» (Catecismo da Igreja Católica, n°2172)

Meditação

Não sabemos quanto tempo os discípulos andaram por todo lado anunciando a chegada da salvação, como Jesus lhes tinha mandado. Deve ter sido uma experiência muito boa porque voltaram entusiasmados, contando para Jesus o que tinham feito e o que tinham falado. Até parece-nos que o Mestre ouvia-os com um leve sorriso nos lábios, contente com os primeiros esforços de seus discípulos. Nós ainda precisamos crescer muito em nossa fé, para nos tornarmos adultos e maduros em Cristo.
Oração
Fazei, ó Deus, que, ao celebrarmos a memória da Virgem Maria, possamos também, por sua intercessão, participar da plenitude da vossa graça. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

A SÓS, COM JESUS

No processo de formação dos discípulos, Jesus evitava que caíssem num ativismo incontrolado. Eram tantas as pessoas que os rodeavam, fazendo solicitações de todo tipo, a ponto de não terem nem tempo para comer. Essa situação, com o passar do tempo, poderia se mostrar prejudicial. O excesso de atividades levaria os discípulos a se desviarem do verdadeiro sentido de sua missão.
Por isso, Jesus os convida para estarem à sós, com ele, de forma a criar um espaço de convivência e de troca de experiências, útil para quem se via tão atarefado. Os apóstolos tinham para partilhar sua experiência concreta de missão. Eles tinham experimentado a força de sua palavra, pela qual os demônios eram expulsos. Viram como os doentes recobravam a saúde quando eram ungidos. Presenciavam a transformação operada na vida de quem se predispunha a converter-se ao Reino e fazer penitência por seus pecados. Eram testemunhas da alegria que se apoderava de quem se descobria amado por Deus e objeto de sua misericórdia.
O desejo de Jesus de estar sozinho com os discípulos não se concretizou. A multidão chegou antes deles, no lugar afastado para onde se dirigiam. Embora irrealizado, o desejo de Jesus não pode ser descartado sem mais. O ativismo é um perigo que deve ser evitado.

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, que eu saiba encontrar momentos para estar a sós contigo, revendo a minha vida de discípulo e me predispondo para continuar melhor a missão.
Fonte: Dom Total em 09/02/2019 06/02/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A SÓS COM O SENHOR...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Sempre ouço uma crítica contundente em nossa Igreja, de que, “no dia em que Jesus voltar, não vai nos encontrar unidos, mas reunidos”. Há de fato um excesso de reuniões, as vezes sem pauta e nem assunto determinado, e o que é pior, sem horário para terminar, onde patina-se em assuntos pessoais e troca-se muitas “farpas”. Seria necessário refletirmos sobre a qualidade de nossas reuniões, avaliando-se os resultados. Lembro-me da primeira vez em que fui convocado para uma reunião na igreja, isso já faz tempo. Senti-me muito importante, hoje confesso que o entusiasmo já não é tanto justamente porque ás vezes o clima de uma reunião torna-se tenso.
Pelo jeito os discípulos também gostavam de uma reunião, haviam sido enviados em missão, e no evangelho de hoje voltam para Jesus, querendo fazer uma reunião de avaliação, mas ao que parece, o Mestre não era muito chegado em reunião, porque assim que eles começaram a expor o relatório de tudo o que tinham feito, Jesus os convidou a irem para um lugar á parte: “Vamos descansar um pouco em um lugar á parte!”
Prestemos atenção nesse verbo, “descansar”, que tem muitos significados: descontrair, fazer algo diferente, jogar um pouco de conversa fora, dar boas risadas de coisas engraçadas que aconteceram na missão, rir dos próprios erros e enganos “Imagine Senhor, que eu por engano bati na porta de um ateu, e quando comecei a falar em teu nome, pensei que o home ia ter um “saracotico”!, Fico imaginando o grupo todo caindo na risada com aquele Missionário distraído, e Jesus exclamando bem humorado “Mas você é uma anta mesmo !”, e tome mais risada e até o sisudo Pedro, quase se engasga de tanto rir, e me dirão os extremamente conservadores, que isso não está no evangelho. E nem precisaria...O riso e o bom humor faz parte do ser humano e Jesus era Homem cem por cento, como bem definiu o Concílio de Calcedônia em 451. O leitor tire suas conclusões...
Modéstia á parte, nossas reuniões de diáconos da diocese de Sorocaba, são um pouco assim, as vezes o Dirigente tem que dar um “breque” para acalmar os faladores e piadistas, e não pensem que os mais idosos não gostam, até eles fazem rodinhas para contar suas anedotas ou coisas engraçadas do seu ministério. Faz muito bem a alma, ao coração e à nossa “psique”, esses momentos de pura alegria por estarmos juntos, pois não se conhece arma mais poderosa do que o isolamento, para destruir por completo uma vocação, agente de pastoral que se isola dos demais, catequistas, ministros, padres e diáconos. Começou a ficar sozinho, está dando “sopa” para a derrota e o fracasso na sua vocação, daí vêm certas tristezas, angústias e desvios de conduta, por falta de apoio.
Na correria dos trabalhos pastorais e ministérios, é preciso parar de vez em quando, e aqui há outro sentido belíssimo nessa reflexão, pois, descansar com o Senhor, significa abastecer-se, na intimidade da oração, no mistério da Eucaristia, onde Deus é um frágil pedacinho de pão, na palma da minha mão, ou ainda como Maria, irmã de Marta, sentar-se confortavelmente aos pés do Senhor, para ouvir a sua palavra. De que me adianta não ter tempo para mais nada, nem para mim mesmo, nem para os amigos, nem para a família, nem para comer, por conta de uma agenda lotadíssima de compromissos, se vou aos poucos me distanciando daquilo que é essencial?
O ativismo exacerbado das atividades pastorais e ministeriais começa a nos fazer sentir que somos Donos do reino e da igreja colocando-nos no centro das atenções, quando na verdade apenas trabalhamos para o Mestre Jesus. É ele quem nos envia, quem nos confia a missão, é, portanto, ele, que no “intervalo” do jogo, como fazem os técnicos de futebol, irá nos dar as instruções, fazer as correções necessárias, mostrando-nos a melhor estratégia para sermos bem-sucedidos na missão.
Não tenho nenhuma dúvida, de que sem essa intimidade dos bastidores, com Nosso Senhor, retirados em um lugar á parte, sem essa descontração com o grupo todo, que solidifica a amizade e o carinho entre os membros, qualificando as relações pessoais, corre-se o risco de estressar-se diante do volume de trabalho a ser feito na comunidade e na evangelização.
Fora da Igreja, a multidão que temos que servir é muito grande, as pessoas buscam desesperadamente algo que o cristianismo tem de sobra, que é a esperança, presente na palavra da qual somos portadores, mas é perigoso esse “corre-corre” nos tornar insensíveis a dor, ao sofrimento e as necessidades das pessoas, tornando-nos profissionais da palavra, realizando trabalhos belíssimos e ações arrojadas, mas não movidos por essa COMPAIXÃO, que Jesus tem pelas pessoas que o procuram, mas apenas levados por nossos interesses mesquinhos, pela nossa vaidade, prepotência e arrogância, manifestando de vez em quando o nosso mau humor e azedume naquilo que fazemos.
E Agentes de Pastoral ou ministros da igreja, com essa característica, longe de atrair as pessoas, como o Mestre fazia, as vezes é melhor manter a devida distância, porque nunca se sabe em que hora que o “Rei ou a Rainha da Cocada”, vai dar o seu terrível “coice”, que magoa, machuca e gera tantas divisões e intrigas na comunidade, perdendo de vista a compaixão, vivida por Jesus. Compaixão que o levou a interromper o descanso, para atender os que o procuravam.

2. Os discípulos foram de barco, para um lugar deserto, a sós
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os apóstolos retornam da missão e Jesus os leva a um lugar deserto para descansarem. Queria estar sozinho com eles, mas, quando desembarcaram, havia tanta gente esperando por eles que Jesus ficou admirado. Não só admirado. Ficou penalizado. “Encheu-se de compaixão, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas”, lemos no texto de São Marcos. Jesus percebeu que o povo estava abandonado e então começou a ensinar-lhe muitas coisas. Um povo abandonado precisa de orientação. Um povo abandonado não sabe o que fazer e corre atrás de quem o possa ajudar. Muitas vezes corre atrás de ilusões. Outras vezes não percebe que está sendo enganado e explorado por quem lhe promete soluções mágicas para seus problemas. O povo corre atrás de Jesus como quem corre atrás de uma última esperança. Jesus ensina, porque um povo educado e instruído é capaz de encontrar soluções para seus problemas. Um povo bem-formado é capaz de preencher o vazio da ausência de um bom pastor. Um povo sem rumo tem que correr atrás de soluções miraculosas para os problemas da vida. Por isso, Jesus ensina.
Fonte: NPD Brasil em 09/02/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Trabalhando na hora do descanso...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Desculpem-me o título da reflexão, mas é isso mesmo! Os discípulos de Jesus, depois de um final de semana cheio de atividades, reuniões, pregações e celebrações, resolveram procurar Jesus na Segunda Feira para contarem dos resultados positivos de tantos trabalhos, feitos com tanto amor e alegria. Mas Jesus notou que eles estavam cansados, precisavam retirar-se para um local ermo, descansar um pouco, descontrair e jogar algumas conversas fora.
Jesus não era um homem carrancudo e tempo inteiro falando sério, ensinando, pois quando estava a sós com os discípulos, é exatamente como nós com os amigos mais chegados, quando ficamos a vontade, conta-se uma história engraçada e se dá muita risada. Faz-se alguma piada sobre alguém do grupo... Ah que gostoso imaginar um Jesus de Nazaré assim tão humano como a gente...
A agitação do trabalho pastoral era muito grande, gente que ia e que vinha para reuniões, celebrações, encontros, exatamente como é a comunidade em finais de semana. Então na Segunda Feira pegaram uma barca e decidiram dar um passeio para o outro lado, claro que teria oração de louvor e agradecimento, haveria momento para a partilha da experiência missionária, um outro para as orientações de Jesus, mas tudo com muita descontração.
E quando já estavam bem à vontade, começando a jogarem conversa fora e traziam naqueles rostos uma inexplicável alegria por estarem ali juntos, ao chegarem à outra margem, já, com o carvão e a carne para um churrasco, quem sabe… Espantaram-se ao ver a multidão que os esperava ali na outra margem. As pessoas estavam maravilhadas e contagiadas com a alegria daquele grupo, a pregação dos apóstolos e aquele jeito ensinado por Jesus, fora uma estratégia que havia dado certo, não importava que era uma segunda Feira, dia de descanso para os ministros e pastorais, o povo não queria ficar longe daquele grupo fantástico que tinha uma proposta totalmente nova de vida, de uma religião marcada acima de tudo pela alegria de sentir tão de perto o amor de Deus.
Os apóstolos talvez tenham ficado meio chateados "Pronto, acabou-se a nossa folga..." Mas Jesus sentiu compaixão das pessoas porque eram como ovelhas sem pastor, isto é, não tinham uma referência importante ou uma liderança autêntica para seguirem, e Jesus começou e ensinar-lhes muitas coisas mostrando que atenção, carinho, amor e compaixão para com as pessoas da comunidade, não tem dia e nem hora, pois a vida de quem se consagrou a Deus e aos irmãos na comunidade, já não nos pertence... E, assim, o descanso e o lazer daquela segunda Feira, acabaram mesmo ficando para outro dia...

2. Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compaixão - Mc 6,30-34
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus se preocupou com seus apóstolos cansados do trabalho na missão. Foram enviados dois a dois, estavam de volta e ouviram o convite gentil: “Venham para um lugar deserto e descansem um pouco”. Não são máquinas de produção e não se movem por cobranças. São seres humanos, que comem, bebem, descansam. São bem-dispostos porque têm um pai e um irmão na pessoa de Jesus. Não são ovelhas sem pastor. Queriam descansar, mas, como sempre, a multidão os envolve. Vendo a cena, Jesus encheu-se de compaixão. Seu coração humano entrou logo em sintonia com aquele povo carente e começou a ensinar-lhes. Não se diz o que, mas o que se pode ensinar a um povo semelhante a ovelhas sem pastor? O que é uma ovelha? O que é um pastor? Por que procuravam Jesus? A figura da ovelha e a figura do pastor indicam pessoas desorientadas, sem rumo certo, entregues à própria sorte. Precisam aprender a sobreviver no meio do nada. Os apóstolos lá estão, também eles aprendendo a importância de se tornarem bons pastores. Homens e mulheres puderam sentir a humanidade de Jesus de Nazaré, mesmo sem saberem que ele é o Verbo Encarnado.

3. OVELHAS SEM PASTOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

As multidões não davam sossego a Jesus e aos discípulos. Era-lhes difícil encontrar tempo e lugar para estarem a sós com o Mestre, e descansar das fadigas da missão. Às vezes, nem tinham tempo para comer, tal era o afluxo de gente. Quando sabiam que Jesus estava se dirigindo para algum lugar, corriam para lá, chegando antes dele. Era como se fossem ovelhas em busca de um pastor.
A situação de abandono do povo sensibilizava profundamente Jesus. Daí o extremo interesse com que as pessoas ouviam Jesus falar, e a ânsia de serem beneficiadas por ele. E sempre encontravam acolhida por parte do Mestre.
A atitude de Jesus estava em estreita relação com o serviço ao Reino, para o qual fora enviado. Esse Reino comportava a Boa Nova de libertação para os pobres, e deveria devolver aos seus corações a esperança há muito perdida pelo descaso com que eram tratados. A Jesus competia, por assim dizer, re-humanizá-los, tirando-os da marginalização a que foram relegados, e abrir-lhes uma perspectiva de vida para além de suas dores e sofrimentos.
O Mestre apresentou-se como líder deste grande movimento de recuperação da dignidade humana, dando atenção ao povo sofrido e propondo-lhe o Reino como ideal.
Oração
Espírito de sensibilidade, dá-me um coração que se deixe tocar pelo anseios dos pobres e saiba colocar-se a serviço deles.
Fonte: NPD Brasil em 06/02/2021

HOMILIA DIÁRIA

Demonstro compaixão por meio das minhas palavras e atitudes?

Postado por: homilia
fevereiro 9th, 2013

Pegando a frase do Evangelho: “a multidão estava como que ovelhas sem pastor”, Jesus atrai para Si o título de pastor. Este atributo a Jesus, recebe a sua justificação na observação do evangelista ao interpretar os sentimentos do coração do Senhor vendo as multidões que O seguiam. Jesus se compadeceu delas.
Mestre desde o início da Sua missão, Cristo convida os discípulos – e a todos nós! – a manifestar aos homens o amor de Deus por eles. Em poucas linhas, podemos ter o quadro da vida de Jesus com os apóstolos e a multidão: a intimidade do Senhor com o grupo dos doze apóstolos em ordem à formação dos mesmos, a atividade intensa da vida pública de Jesus e dos apóstolos, o entusiasmo do povo pelo Senhor, a Sua disponibilidade apesar da fadiga, por fim, os sentimentos profundos de Jesus perante esse povo errante e faminto. É assim que Deus olha para mim e para você, bem como para toda a sua família e os homens no mundo inteiro. Ele deseja e quer que todos O procuremos.
Embora com o desejo e a vontade de atender a todos, Jesus com os apóstolos ressalta a sua necessidade de descanso depois as tarefas apostólicas. Para dizer que também o missionário precisa de repouso. Um tempo de retiro, de recuperação das energias, de intimidade com Deus. Foi por isso que, quando voltam empolgados com os resultados da missão, a primeira reação do Mestre é convidá-los para uma retirada, para que possam refazer as forças.
Jesus tem critérios que não correspondem ao grande critério da nossa sociedade: o da eficácia! Para Ele, os apóstolos não eram “máquinas”, mas, em primeiro lugar, pessoas humanas, que necessitavam ser tratadas como tais. O trabalho – mesmo o missionário – não é absoluto. Jesus reconhece a necessidade de um equilíbrio entre todos os aspectos da vivência humana.
Aqui, há uma lição para muitos cristãos engajados hoje: embora devamos nos dedicar ao máximo no apostolado, não devemos descuidar das nossas vidas particulares, da nossa saúde, do cultivo de valores espirituais e do relacionamento afetivo com os outros. Caso contrário, estaremos esgotados em pouco tempo, meras “máquinas” ou “funcionários do sagrado”, que não mostram ao mundo o rosto compassivo do Pai, e que por dentro são ocos.
O texto ressalta a compaixão de Jesus para com o povo com uma característica específica: era um povo muito sofrido, rejeitado e desprezado pelos chefes político-religiosos de então, que nem tinha tempo para comer. E quando Cristo se retirava, o povo ia atrás d’Ele. O que atraía tanta gente? Com certeza, não foi, em primeiro lugar, a doutrina nem os milagres, mas o fato de irradiar compaixão, de demonstrar duma maneira concreta o amor compassivo de Deus.
Jesus não teve “pena” do povo, não teve “dó” dos sofridos. Teve “compaixão”, ou seja, literalmente Ele “sofria junto” e tinha uma empatia com os sofredores, a qual se transformava numa solidariedade afetiva e efetiva. Este traço da personalidade de Jesus desafia as Igrejas e os seus ministros para que não sejam “burocratas do sagrado”, mas irradiadores da compaixão do Pai.
Infelizmente, muitas vezes, as nossas igrejas mais parecem repartições públicas do que lugares do encontro com a comunidade que acredita no amor misericordioso de Deus e na compaixão de Jesus! A frieza humana frequentemente marca as nossas atitudes, pregações e cuidado pastoral. Num mundo que exclui, que marginaliza e que só valoriza “quem consome e produz”, o texto de hoje nos desafia para que nos assemelhemos, cada vez mais, a Jesus, irradiando compaixão diante das multidões que hoje, como nunca, estão como ovelhas sem pastor.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 09/02/2013

HOMILIA DIÁRIA

O descanso é essencial para a vida do cristão

Se não priorizarmos o deserto, o silêncio e o descanso, Deus não poderá fazer muito

“E Jesus lhes disse: ‘Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco’” (Marcos 6,31).

Multidões estavam atrás de Jesus por conta de tudo aquilo que Ele estava realizando: o Reino de Deus. Mas existe, no ensino de Jesus, algo que precisamos aprender. Pois, o chamado d’Ele é para irmos sozinhos e nos afastarmos das pessoas com as quais costumamos estar; nos afastar de tudo aquilo que fazemos e realizamos, das nossas tarefas e obrigações. Sendo assim, teremos o nosso lugar.
Esse lugar precisa ser deserto, deve ser o lugar do nosso encontro, onde podemos nos encontrar conosco mesmos, com Deus e, sobretudo, com as nossas realidades mais profundas. Um lugar onde podemos revigorar a nossa saúde física, mental, emocional e espiritual.
Nós, muitas vezes, levamos Deus aos outros mas perecemos. Perecemos na depressão, no cansaço, no excesso das atividades, nas fadigas da vida. Isso ocorre porque não levamos a sério a Palavra do Mestre quando nos diz para irmos ao deserto nos revigorarmos e, acima de tudo, para descansarmos nem que seja um pouco.
Precisamos desse descanso, e Jesus fazia isso com maestria. Ele não ficava o dia todo pregando para a multidão, Ele tinha compaixão, ensinava ao povo muitas coisas, mas sempre retirava-se. Primeiro, para estar consigo mesmo, a sós; segundo, para viver a profunda comunhão com o Pai e, depois, para se refazer, porque a missão era árdua.
Quem de nós não tem uma missão tão árdua? Quem é pai; mãe; jovem; quem tem responsabilidades sabem que, a cada dia, a missão é mais árdua.
Se não priorizarmos o deserto, o silêncio e o descanso, de fato, Deus não poderá fazer muito. Podemos pensar: “Ah, mas eu trabalho para Deus e tenho muitas responsabilidades”. Mas é por esse mesmo motivo que precisamos do descanso, pois, quando mais responsabilidade temos, mais precisaremos do refrigério, do descanso. Se o trabalho é sagrado, na mesma proporção é o descanso, o refrigério d’alma. O convite do Mestre Jesus é para que repensemos a nossa vida a partir de um cuidado essencial para com a nossa saúde.
Não espere ficar todo quebrado, estraçalhado, perder toda a harmonia interior para só depois procurar um tratamento. O deserto é a prevenção evangélica.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/02/2019

HOMILIA DIÁRIA

Ninguém é curado sem o descanso

“Jesus lhes disse: ‘Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco’” (Marcos 6,31).

O Evangelho de hoje mostra-nos Jesus como Aquele que cuida com amor, ternura e delicadeza da natureza humana de cada um de nós. Pena que nós mesmos não cuidamos; ao contrário, nós descuidamos de nós mesmos.
A primeira atitude de Jesus é a da compaixão. Ele tem compaixão das multidões sofridas e machucadas, Ele tem compaixão daquelas multidões todas, porque estão doentes, enfermas. Jesus quer cuidar como um bom Pastor das Suas ovelhas.
A primeira coisa que Ele faz é cuidar ensinando. Muitas vezes, quando vamos buscar cura para as nossas enfermidades e doenças, não aprendemos o que nos deixou doentes, nós só queremos o remédio. Mas se tomarmos somente o remédio, pode saber que vamos ficar doentes de novo, senão pior. Precisamos saber o que nos deixa doentes.
Por isso, permitamos que os médicos nos ensinem, que os professores, que os profissionais nos ensinem, e permitamos também que o Mestre da Vida nos ensine. Ele é o Senhor do coração e Ele tem tudo a nos ensinar, porque não sabemos cuidar do nosso coração. Quem dera se soubéssemos, pois não nos machucaríamos tanto, não machucaríamos tanto uns aos outros, não seríamos pessoas tão feridas como somos.

Ninguém é revitalizado se não concede à alma, ao corpo e à mente o frescor do descanso para reparar as suas forças

Aprendamos com o Mestre Jesus, a cada dia, como cuidar de nós, do nosso coração e das nossas emoções, porque Ele quer cuidar de nós, mas é preciso que a ovelha escute o seu Pastor.
Depois, o Mestre que cuida – porque essa é Sua missão –, ensina os Seus discípulos a se retirarem para o deserto da vida e do coração. Para quê? Para descansarem.
Ninguém é curado sem o descanso, ninguém é revitalizado se não concede à alma, ao corpo e à mente o frescor do descanso para reparar as suas forças, suas energias, a capacidade de cada dia. Em outras palavras, o Mestre está nos dizendo que não somos máquinas.
Até as máquinas têm que ser cuidadas, até as máquinas têm que ser revigoradas a cada tempo, mas a verdade é que não somos. As máquinas podem ter toda a inteligência e capacidade, mas elas não têm a emoção, a alma, o espírito, porque nenhum ser humano pode criar aquilo que só Deus criou: a nossa semelhança com Ele.
Olho para Deus que não se cansa, que criou o mundo em seis dias, e no sétimo descansou, e percebo que estamos nos agredindo, cada vez mais, quando não damos ao corpo, à mente e ao espírito o dom sagrado do descanso.
Se trabalhar é sagrado, tão sagrado quanto o trabalho é o valor do descanso. Não deixemos de reparar isso na vida de cada um de nós se quisermos, verdadeiramente, ser curados.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/02/2021

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos bons pastores para o teu rebanho: antes de nos ocuparmos com segurança e conforto pessoais, cuidemos dos companheiros que Tu colocaste perto de nós na estrada da vida, fazendo com que eles sintam o teu Amor misericordioso e acendendo neles a esperança do teu abraço Paternal. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/02/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai nosso, que tanto amamos, derrama sobre nós a tua Compaixão! Faze-nos bons pastores para o teu rebanho: antes de nos ocuparmos com segurança e conforto pessoais, cuidemos dos companheiros que Tu colocas perto de nós nas estradas da vida, fazendo com que eles sintam o teu Amor misericordioso e acendendo neles a esperança do teu abraço Paternal. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/02/2021