quarta-feira, 29 de março de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

CATEQUESE - O evangelizador deve ter um coração de servo, não de patrão, alerta Papa

QUARTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2023, 8H32

Na Audiência Geral desta quarta-feira, 8, Francisco afirmou que a evangelização é um serviço

Da redação, com Vatican News

Papa na Audiência Geral desta quarta-feira, 8/
Foto: REUTERS – Guglielmo Mangiapane

O Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre a paixão pela evangelização, ou seja, o zelo apostólico, na Audiência Geral desta quarta-feira, 8, realizada na Praça São Pedro.
Neste encontro semanal com os fiéis, o Pontífice convidou os fiéis a se colocarem à escuta do Concílio Vaticano II, para descobrir que evangelizar é sempre um serviço eclesial, nunca solitário, jamais isolado nem individualista. “A evangelização sempre se faz na ecclesia, ou seja, na comunidade e sem proselitismo porque isso não é evangelização”, sublinhou.
Segundo o Papa, o evangelizador transmite sempre aquilo que ele mesmo ou ela mesma recebeu. “Foi São Paulo que o escreveu primeiro: o evangelho que ele anunciava e que as comunidades recebiam e no qual permaneciam firmes é o mesmo que o Apóstolo, por sua vez, tinha recebido. Este dinamismo eclesial de transmissão da Mensagem é vinculativo e garante a autenticidade do anúncio cristão”.
Por isso, o Santo Padre afirmou que a dimensão eclesial do evangelizador constitui um critério de verificação do zelo apostólico. Uma verificação necessária, porque a tentação de proceder “solitariamente” está sempre à espreita, prosseguiu o Pontífice, de modo especial quando o caminho se torna impérvio e se sente o peso do compromisso.
“Igualmente perigosa é a tentação de seguir caminhos pseudoeclesiais mais fáceis, de adotar a lógica mundana dos números e das sondagens, de confiar na força das nossas ideias, dos programas, das estruturas, das ‘relações que contam'”, alertou.

Decreto Ad gentes

A seguir, o Papa falou a propósito do Decreto Ad gentes (AG), o documento sobre a atividade missionária da Igreja, afirmando que este texto conserva o seu valor, até mesmo no atual contexto complexo e plural.
Primeiramente, Francisco sublinhou que o Decreto Ad gentes convida todos a considerarem o amor de Deus Pai como uma fonte. Ele “nos cria livremente pela sua extraordinária e misericordiosa benignidade, e depois nos chama gratuitamente a partilhar da sua própria vida e glória. Ele quis ser, assim, não só criador de todas as coisas, mas também ‘tudo em todas as coisas’, conseguindo simultaneamente a sua glória e a nossa felicidade”, pontuou.
De acordo com o Santo Padre a passagem é fundamental, pois diz que o amor do Pai tem como destinatário cada ser humano. O Pontífice reforçou que o amor de Deus não é apenas para um pequeno grupo, é para todos. “Ponha bem na cabeça e no coração essa palavra: todos, todos, ninguém excluído, assim diz o Senhor. E esse amor por todo ser humano é um amor que alcança cada homem e mulher através da missão do Filho, medianeiro da salvação e nosso Redentor, e mediante a missão do Espírito Santo, que age em cada um, tanto nos batizados como nos não-batizados”.

Continuar a missão de Cristo

O Concílio Vaticano II recorda que a Igreja tem a tarefa de continuar a missão de Cristo, frisou o Papa. Ele foi “enviado a evangelizar os pobres; por isso – acrescenta Ad gentes – a Igreja, movida pelo Espírito Santo, deve seguir o mesmo caminho de Cristo: o caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação própria até à morte, morte de que Ele saiu vencedor pela sua ressurreição”. Se permanecer fiel a este “caminho”, a missão da Igreja será «a manifestação, ou seja, a epifania e a realização dos desígnios de Deus no mundo e na história»”.
Segundo Francisco, estas breves indicações ajudam também a compreender o sentido eclesial do zelo apostólico de cada discípulo-missionário, porque no Povo de Deus peregrino e evangelizador não existem sujeitos ativos e passivos. Cada batizado, explicou o Pontífice, qualquer que seja a sua função na Igreja e o grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização.

Ter um coração de servo

“Em virtude do Batismo recebido e da consequente incorporação na Igreja, cada batizado participa na missão da Igreja e, nela, na missão de Cristo Rei, Sacerdote e Profeta”, disse o Papa, acrescentando:
“Esta tarefa «é uma e a mesma em toda a parte, sejam quais forem os condicionamentos, embora difira quanto ao exercício conforme as circunstâncias». Isto convida-nos a não nos tornarmos escleróticos nem fossilizados; o zelo missionário do fiel manifesta-se também como busca criativa de novas maneiras de anunciar e testemunhar, de novos modos de encontrar a humanidade ferida que Cristo assumiu. Em síntese, de novas formas de servir o Evangelho e a humanidade. A evangelização é um serviço. Se uma pessoa se diz evangelizador e não tem aquela atitude, aquele coração de servo, e se julga patrão, não é evangelizador, não… é um pobre homem”.
Por fim, o Santo Padre exortou os fiéis a pedirem ao Senhor a graça de tomar nas mãos a vocação cristã e dar graças ao Senhor por aquilo que Ele deu, este tesouro. E tentar comunicá-lo aos outros.

CATEQUESE - Papa: para anunciar Jesus é preciso primeiro encontrar-se com Ele

QUARTA-FEIRA, 15 DE FEVEREIRO DE 2023, 8H06

Na Catequese desta quarta-feira, 15, Francisco analisou o “discurso missionário” de Jesus aos discípulos: “nasce do encontro com o Senhor” e deve envolver com paixão toda a pessoa

Da redação, com Vatican News

Foto: Yara Nardi via Reuters

“O primeiro apostolado” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, 15, realizada na Sala Paulo VI. O Pontífice prosseguiu falando sobre “a paixão de evangelizar, o zelo apostólico”. Segundo o Papa, evangelizar envolve toda a pessoa, a mente, o coração, as mãos, tudo. “A pessoa é totalmente envolvida. Por isso falamos de paixão de evangelizar”.
O Papa indicou que o Evangelho diz que Jesus designou doze dentre eles – a quem chamou apóstolos – para estar com Ele e para os enviar a pregar. “Há um aspecto que parece contraditório: chama-os para estar com Ele e para ir pregar”, comentou. Em primeiro lugar, Francisco frisou que não há “ir” sem “estar”: antes de enviar os discípulos em missão, Cristo – diz o Evangelho – “reúne-os”.
“O anúncio nasce do encontro com o Senhor; toda a atividade cristã, especialmente a missão, começa a partir dali. Não se aprende na academia. Começa com o encontro com o Senhor. Portanto, só quem estiver com Ele poderá anunciar o Evangelho de Jesus”, destacou o Papa.
O Santo Padre afirmou que seguir Cristo não é algo intimista: sem anúncio, sem serviço, sem missão, a relação com Ele não cresce. Então, o Pontífice reforçou que estes são dois momentos constitutivos para cada discípulo: estar e ir, enviado por Jesus.

Porquê anunciar

Tendo chamado os discípulos a si, e antes de os enviar, Cristo dirigiu-lhes um discurso, conhecido como o “sermão missionário”, que é a “constituição” do anúncio, indicou o Papa. Desse discurso, cuja leitura foi recomendada, Francisco frisou três aspectos: por que anunciar, o que anunciar e como anunciar.
Sobre o primeiro, por que anunciar, o Santo Padre recordou a frase de Jesus: “Recebestes gratuitamente, dai gratuitamente”. “O anúncio não começa por nós, mas pela beleza do que recebemos de graça, sem mérito: encontrar Jesus, conhecê-lo, descobrir que somos amados e salvos. É um dom tão grande que não podemos guardá-lo para nós, sentimos a necessidade de o irradiar, mas com o mesmo estilo, na gratuidade. Em síntese: temos um dom, por isso somos chamados a fazer-nos dom; a nossa vocação é fazer-nos dom para os outros. Ir e levar a alegria do que recebemos”.

O que e como anunciar?

Ao comentar o segundo aspecto, o que anunciar?, o Pontífice ressaltou que Jesus exortou: “Pregai, anunciando que o reino dos céus está próximo”. De acordo com ele, deve-se anunciar que Deus está próximo. “Nunca se esqueçam disso. Deus sempre esteve próximo ao povo. A proximidade é uma das coisas mais importantes de Deus. São três coisas: proximidade, misericórdia e ternura.  Não se esqueçam disso. Quem é Deus? O Próximo, o Terno, o Misericordioso. Esta é a realidade de Deus”.
“Aceitar o amor de Deus é mais difícil, porque queremos estar sempre no centro, ser protagonistas, estamos mais propensos a deixar-nos plasmar, a falar mais do que a ouvir. Mas se em primeiro lugar estiver o que fazemos, continuaremos a ser os protagonistas. Ao contrário, o anúncio deve dar a primazia a Deus, dar a Deus o primeiro lugar, e dar aos outros a oportunidade de o acolher, de sentir que Ele está próximo. E eu, atrás”, disse ainda o Papa.
Ao refletir sobre o terceiro aspecto, como anunciar, Francisco afirmou que ele é o aspecto sobre o qual Jesus mais insiste; e isto é significativo: “Como anunciar, qual deve ser o método, qual deve ser a linguagem para anunciar, e isso é significativo, pois nos diz que o modo, o estilo, é essencial no testemunho. O testemunho não envolve apenas a mente e dizer alguma, os conceitos: não. Envolve tudo, mente, coração, mãos, tudo, as três línguas da pessoa: a linguagem do pensamento, a linguagem do afeto e a linguagem da obra. As três linguagens. Não se pode evangelizar apenas com a mente ou apenas com o coração ou apenas com as mãos”.

Simplicidade e testemunho

Ainda sobre o modo como anunciar, o Santo Padre ressaltou ser impressionante que Jesus, em vez de prescrever o que levar em missão, disse o que não levar: “Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos, nem alforge para a viagem, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado”.
“Não levar nada. Ele diz para não se apoiar em certezas materiais, mas ir para o mundo sem mundanidade. Isto é o que dizer: Eu vou para o mundo não com o estilo do mundo, não com os valores do mundo, não com a mundanidade – que para a Igreja, cair na mundanidade é o pior que pode acontecer. Vou com simplicidade, mostrando Jesus, não falando de Jesus. Como mostramos Jesus? Com o testemunho. Em síntese, caminhando juntos: o Senhor envia todos os discípulos, mas ninguém vai sozinho. A Igreja apostólica é toda missionária e na missão encontra a sua unidade. Portanto: ir mansos e bons como cordeiros, sem mundanidade, juntos”, concluiu o Papa.

APELO - Rezar todos os dias pela paz definitiva na Ucrânia, pede Papa

QUARTA-FEIRA, 25 DE JANEIRO DE 2023, 8H43

Francisco voltou a pedir que a paz na Ucrânia esteja na intenção diária de oração dos católicos

Da redação, com Vatican News

Foto: Daria Volkova on Unsplash

“Que a martirizada Ucrânia, tão aflita, não falte em nossos pensamentos e orações”, disse o Papa Francisco ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, 25, ao saudar os peregrinos de língua italiana.
O Pontífice recordou que, pouco antes, teve um encontro com “os chefes das várias Confissões de fé que estão na Ucrânia – todos unidos – e eles me falaram da dor daquele povo”: “Nunca nos esqueçamos, todos os dias, de rezar pela paz definitiva na Ucrânia.”

Unidade dos cristãos

Ao saudar pouco antes os peregrinos de língua portuguesa, de modo particular o grupo do Brasil, o Santo Padre invocou sobre cada um “as bênçãos do Senhor”, acrescentando: “Encorajo-vos a que, banindo qualquer aparência de indiferentismo, confusão e odiosa rivalidade, possais colaborar com todos os cristãos por amor de Cristo”.
O tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos deste ano é “Aprendei a fazer o bem, procurai a justiça (Is 1,17). No Hemisfério Norte, é celebrada, de 18 a 25 de janeiro, enquanto no Hemisfério Sul de 22 a 28 de maio.

CATEQUESE - Todo anúncio digno do Redentor deve comunicar libertação, afirma Papa

QUARTA-FEIRA, 25 DE JANEIRO DE 2023, 8H16

Na Audiência Geral desta quarta-feira, 25, Francisco indicou cinco elementos essenciais do anúncio de Jesus: alegria, libertação, luz, cura e pobreza

Da redação, com Vatican News

Foto: REUTERS/Yara Nardi

Na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira, 25, o Papa Francisco refletiu sobre Jesus como mestre do anúncio. O episódio bíblico que orientou a reflexão do Pontífice foi a passagem em que Jesus foi à sinagoga de Nazaré, seu povoado, e ali leu um trecho do profeta Isaías. Ele “surpreendeu todos com um “sermão” muito breve, de uma única frase. Disse: “Hoje, cumpriu-se essa passagem da Escritura que vocês acabam de ouvir.”

Alegria

A partir disso, Francisco identificou cinco elementos essenciais do anúncio de Jesus. O primeiro elemento do anúncio é a alegria. O Santo Padre recordou que Jesus proclamou: “O Espírito do Senhor está sobre mim; […] enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres”.
“Boa nova: não se pode falar de Jesus sem alegria, porque a fé é uma maravilhosa história de amor a ser partilhada. Testemunhar Jesus, fazer algo pelos outros em seu nome. Quando falta alegria, o Evangelho não passa, pois ele é bom anúncio, anúncio de alegria. O cristão triste pode falar de coisas maravilhosas, mas será tudo em vão se o anúncio que transmite não for jubiloso”, sublinhou o Papa.

Libertação

O segundo elemento é a libertação. De acordo com o Pontífice, Jesus disse que foi enviado “para anunciar a libertação aos pobres”. Isso significa, explicou o Santo Padre, que quem anuncia Deus não pode fazer proselitismo, não pode pressionar os outros, mas deve aliviá-los: não impor fardos, mas livrar-se deles; levar paz, não sentimentos de culpa.
“Sem dúvida, seguir Jesus exige ascese, sacrifícios; de resto, se cada coisa boa o requer, quanto mais a realidade decisiva da vida! Quem dá testemunho de Cristo mostra a beleza da meta, mais do que o cansaço do caminho. Todo anúncio digno do Redentor deve comunicar libertação”, garantiu.

Luz

O terceiro elemento é a luz. Jesus disse que veio para restituir “a vista aos cegos”, lembrou Francisco. “Aqui não se trata apenas da vista física, mas de uma luz que faz ver a vida de uma maneira nova.  Há um “vir à luz”, um renascimento que só se verifica com Jesus”, frisou.
O Papa recordou que a vida cristã teve início para todos os católicos com o Batismo, que antigamente se chamava “iluminação”. “E que luz nos dá Jesus? A luz da filiação: com Ele, somos filhos de Deus, amados para sempre, não obstante os nossos erros e defeitos”. Segundo Francisco, “a vida já não é um avançar cego rumo ao nada, não é questão de destino ou sorte, não é algo que depende do acaso ou das estrelas, nem sequer da saúde e das finanças, mas do amor do Pai que cuida de nós, seus filhos amados. Como é maravilhoso partilhar esta luz com os outros”!

Cura

O quarto elemento do anúncio é a cura. O Pontífice indicou que Jesus disse que veio “para libertar os oprimidos”. Segundo o Papa, o oprimido é aquele que, na vida, se sente esmagado por algo: doenças, fadigas, fardos no coração, sentimentos de culpa, erros, vícios, pecados.
“Pensemos, por exemplo, no senso de culpa. Quantos de nós passaram por isso? O que nos oprime é aquele mal que nenhum medicamento ou remédio humano pode curar: o pecado. E se alguém tem senso de culpa é por algo que fez e se sente mal. Mas a boa notícia é que com Jesus este mal antigo, que parece invencível, já não tem a última palavra. Eu peco porque sou fraco. Todos nós pecamos, mas esta não é a última palavra. A última palavra é a mão de Jesus estendida que nos reergue do pecado. Do pecado, Jesus cura-nos sempre e gratuitamente. Ele convida quantos estão «cansados e oprimidos» a ir até Ele”, destacou.
O Santo Padre comentou que acompanhar alguém ao encontro de Jesus significa levá-lo ao médico do coração, que alivia a vida. “Quem carrega fardos precisa de um carinho no passado. Muitas vezes, ouvimos dizer: preciso curar o meu passado, preciso de um carinho no meu passado que me pesa muito. Tem necessidade de perdão. E quem acredita em Jesus tem para oferecer ao próximo a força do perdão, que liberta a alma de todas as dívidas”, indicou.
O Papa pediu aos católicos para não se esquecerem de que Deus perdoa tudo porque esquece os pecados. “É necessário que nos aproximemos d’Ele, a fim de que Ele nos perdoe”.

Pobreza

O último elemento é o feliz anúncio dirigido “aos pobres”, lembrou o Papa. Muitas vezes, nos esquecemos dos pobres que “são os destinatários explicitamente mencionados por Jesus, porque são os prediletos de Deus”, ressaltou.
Francisco pediu que os pobres sejam lembrados, pois para receber o Senhor cada um deve fazer-se “pobre dentro”, ou seja, superar toda pretensão de autossuficiência para compreender que é necessitado de graça, “sempre necessitado d’Ele”. “Se alguém me perguntar: Padre, qual é o caminho mais curto para encontrar Jesus? Faça-se necessitado. Faça-se necessitado de graça, necessitado de perdão, necessitado de alegria. E Ele se aproximará até você”, concluiu.

Sorrindo pra Vida - 29/03/2023



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Publicado em 29 de mar. de 2023

Sorrindo pra Vida - 28/03/2023



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Publicado em 29 de mar. de 2023

LEITURA ORANTE DO DIA 29/03/2023



LEITURA ORANTE

Jo 8,31-42 - "A verdade os libertará" - afirma Jesus


Preparamo-nos para a Leitura Orante, rezando:
- A todos nós que nos encontramos neste ambiente,
paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparamo-nos para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles", 
ficai conosco, aqui reunidos,
pela grande rede da internet,
para melhor meditar e
comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos,
para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Jo 8,31-48, e
observamos pessoas, palavras, relações, lugares.
Então Jesus disse para os que creram nele:
- Se vocês continuarem a obedecer aos meus ensinamentos, serão, de fato, meus discípulos e conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.
Eles responderam:
- Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como é que você diz que ficaremos livres?
Jesus disse a eles:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem peca é escravo do pecado. O escravo não fica sempre com a família, mas o filho sempre faz parte da família. Se o Filho os libertar, vocês serão, de fato, livres. Eu sei que vocês são descendentes de Abraão; porém estão tentando me matar porque não aceitam os meus ensinamentos. Eu falo das coisas que o meu Pai me mostrou, mas vocês fazem o que aprenderam com o pai de vocês.
- O nosso pai é Abraão! - responderam eles.
Então Jesus disse:
- Se vocês fossem, de fato, filhos de Abraão, fariam o que ele fez. Mas eu lhes tenho dito a verdade que ouvi de Deus, e assim mesmo vocês estão tentando me matar. Abraão nunca fez uma coisa assim! Vocês estão fazendo o que o pai de vocês fez.
Eles responderam:
- Nós não somos filhos ilegítimos; nós temos um Pai, que é Deus!
Jesus disse a eles:
- Se Deus fosse, de fato, o Pai de vocês, então vocês me amariam, pois eu vim de Deus e agora estou aqui. Eu não vim por minha própria conta, mas foi Deus que me enviou.
Refletindo
Este fato, descrito por João, aconteceu depois do perdão à mulher adúltera. Jesus se apresenta como Filho Pai que é Deus: "Eu falo das coisas que o meu Pai me mostrou". Os judeus se dizem filhos de outro pai: Abraão. A adesão a Jesus é difícil para as autoridades religiosas. Jesus tenta dialogar com eles no sentido de que ser filho de Abraão é parecer-se com ele, ou seja, estarem comprometidos com a justiça que promove e sustenta a vida e, não, tentam eliminá-la.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Meditando
Os bispos, em Aparecida, nos ajudam a refletir sobre o compromisso com Jesus Cristo: “Necessitamos desenvolver a dimensão missionária da vida de Cristo. A Igreja necessita de uma forte comoção que a impeça de se instalar na comodidade, no estancamento e na indiferença, à margem do sofrimento dos pobres do Continente. Necessitamos que cada comunidade cristã se transforme num poderoso centro de irradiação da vida em Cristo. Esperamos um novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente; esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança. Por isso, é imperioso assegurar calorosos espaços de oração comunitária que alimentem o fogo de um ardor incontido e tornem possível um atrativo testemunho de unidade “para que o mundo creia” (Jo 17,21)." (DAp 362)

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos com toda Igreja,
Deus, nosso Pai, fonte da vida e princípio do bem viver,
criastes o ser humano e lhe confiastes o mundo
como um jardim a ser cultivado com amor.
Dai-nos um coração acolhedor para assumir
a vida como dom e compromisso.
Abri nossos olhos para ver
as necessidades dos nossos irmãos e irmãs,
sobretudo dos mais pobres e marginalizados.
Ensinai-nos a sentir verdadeira compaixão
expressa no cuidado fraterno,
próprio de quem reconhece no próximo
o rosto do vosso Filho.
Inspirai-nos palavras e ações para sermos
construtores de uma nova sociedade,
reconciliada no amor.
Dai-nos a graça de vivermos
em comunidades eclesiais missionárias,
que, compadecidas,
vejam, se aproximem e cuidem
daqueles que sofrem,
a exemplo de Maria, a Senhora da Conceição Aparecida,
e de Santa Dulce dos Pobres, Anjo Bom do Brasil.
Por Jesus, o Filho amado,
no Espírito, Senhor que dá a vida
Amém!

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar orienta-nos para deixar-nos iluminar e marcar nossos passos e decisões pela verdade que é Jesus. 

Bênção
Senhor, nosso Deus, concedei-nos nesta quaresma a graça da conversão e da reconciliação por meio da oração, da penitencia e da caridade.
Dai-nos a graça de aprender convosco a  ser livres para amar, acolhendo a vida como dom e compromisso, valorizando e defendendo a vida, especialmente onde ela se encontra mais fragilizada e sofrida.
Isto vos pedimos, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

Palavra se fez carne - 29 de março, 4ª feira, 5ª semana da Quaresma


29 de março, 4ª feira, 5ª semana da Quaresma

- Hoje é 29 de março, 4ª feira da 5ª semana da Quaresma.

- Todo este tempo quaresmal é um convite a voltar para o Senhor e permanecer com ele na escuta da Palavra e através de nossa ação missionária. O Evangelho de hoje nos convida a permanecermos na Palavra do Senhor para sermos discípulos dele; conhecer a Verdade para sermos verdadeiramente livres para a prática do bem e do amor. A Palavra de Deus é força geradora de vida, cria e recria no amor; liberta e fortalece. Ela nos dá a condição de sermos filhos e filhas de Deus no Filho, isto é, ter a mesma descendência de Jesus, que é a da descendência do Pai. Peça ao Senhor a graça de permanecer na Palavra, reconhecer-se filho de Deus vivendo as atitudes de discípulos e discípulas no cotidiano da sua vida.

- Escuta o Evangelho de João, Capitulo 8 versículos de 31 a 34.

Naquele tempo, Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: "Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Responderam eles: "Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: `Vós vos tornareis livres'?" Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a minha palavra não é acolhida por vós. Eu falo o que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai". Eles responderam então: "O nosso pai é Abraão". Disse-lhes Jesus:"Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão! Mas agora, vós procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto, Abraão não o fez. Vós fazeis as obras do vosso pai". Disseram-lhe, então: "Nós não nascemos do adultério, temos um só pai: Deus". Respondeu-lhes Jesus: "Se Deus fosse vosso Pai, vós certamente me amaríeis, porque de Deus é que eu saí, e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou".

- O texto do Evangelho de hoje propõe um itinerário para aqueles que acreditam em Jesus e querem ser seus discípulos, pois não basta acreditar, é necessário se comprometer sendo verdadeiro discípulo e discípula dele; é um caminho feito na verdade e na liberdade; é uma proposta para viver a santidade de vida, pois fazer-se seus discípulos é assumir propostas comprometidas com a vida. Neste caminho, o ponto de partida é permanecer na palavra de Jesus, uma ação que não é simplesmente de escuta, mas uma ação que compromete a vida. É permanecendo na palavra que nos tornamos discípulos verdadeiros, isso faz com que se conheça a verdade e a verdade que liberta. Conhecer a verdade que é o próprio Cristo é tornar-se livre, isto é, assumir a condição de ser filhos e filhas de Deus, tendo a liberdade para a vivência do bem na missão de cada dia. Peça ao Senhor que te ajude, a viver a santidade de vida na realidade do dia a dia caminhando na verdade e na liberdade de filhos de Deus.

- Você tem permanecido na escuta da palavra de Jesus? Como você se sente sendo discípulo ou discípula de Jesus? O que significa ser livre para você?

- A palavra de Jesus é força transformadora a partir de dentro de nós para a transformação do mundo. Ela fortalece, sustenta e ilumina o nosso caminhar como discípulos (as). "Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Diz-nos o Fr. Fabretti na música em que diz que a PALAVRA DE DEUS É O SUSTENTO.

A Palavra de Deus é o sustento, do seu povo que é povo de irmãos. Caminheiros na estrada da vida, sempre em busca de libertação.
- A Palavra de Deus ilumina, dá vida e ensina seu povo a viver.
- A Palavra de Deus não engana é certeza de um mundo melhor. Toda a Bíblia é caminho e esperança, que o Senhor revelou para nós.
- Não se vive somente de pão, mas de toda a Palavra de Deus. Honra e glória cantemos ao Pai, que em Jesus a Palavra nos deu.

- Termina tua oração agradecendo a força transformadora que a Palavra tem em sua vida. Peça ao Senhor que te ajude a viver a verdadeira liberdade de filho (a) no quotidiano de sua vida acolhendo o convite para caminhar na verdade total e na liberdade autêntica.

- Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja vosso nome, venha nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.