quinta-feira, 20 de outubro de 2022

NÃO...AO ABORTO!!!

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 21/10/2022

ANO C


Lc 12,54-59

Comentário do Evangelho

Capacidade de julgar com discernimento

Neste texto articulam-se dois temas, o sinal dos tempos e a reconciliação. Jesus interpela as multidões sobre a percepção dos sinais dos tempos. A partir do tempo meteorológico, cujos sinais são bem avaliados, Jesus questiona a indisposição que têm em avaliar o tempo da presença de Deus entre eles. "Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?" É um questionamento contundente e sempre atual. Nas questões fundamentais da vida, tais como a justiça, o direito e a dignidade, a mente humana fica enganada e embotada pela massificação da mídia, sob controle dos poderosos. Jesus, com sua prática e sua palavra, leva o povo a se libertar da ideologia que o oprime e começar a fazer seu juízo crítico sobre a realidade violenta que vive. Às comunidades dos discípulos cabe a continuidade desta missão libertadora. Somos chamados a perceber que este é o tempo da misericórdia e da reconciliação, que são os passos fundamentais no caminho da paz, no mundo novo.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, corrige a negligência que me impede de entregar-me inteiramente a ti, sem demora. Torna-me hábil para as coisas do teu Reino!
Fonte: Paulinas em 26/10/2012

Vivendo a Palavra

O texto evangélico de hoje nos desafia a interpretar os sinais dos tempos. Não é suficiente estarmos sempre vigilantes, se não percebermos a mensagem que chega até nós nos acontecimentos do tempo presente: a dor dos irmãos originada na falta de justiça, de fraternidade, de misericórdia e de compaixão.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/10/2016

VIVENDO A PALAVRA

Jesus estranha que o povo interprete os sinais da natureza, mas não perceba, nos acontecimentos que vive, a presença sempre misericordiosa do Pai do Céu. Façamos esse exercício: deixemos de esperar sinais extraordinários, procurando sentir a presença de Deus nas coisas simples do nosso cotidiano. O Reino de Deus é uma realidade que já vivemos, ainda que não em plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/10/2018

VIVENDO A PALAVRA

Nesta verdadeira mina de Sabedoria, queremos garimpar e trazer para nossa vida duas recomendações essenciais de Jesus: uma, é estarmos atentos aos sinais dos tempos – Qual é a mensagem que Deus está nos enviando através do que acontece à nossa volta? Outra, é que devemos discernir por nós mesmo o que é justo. Temos essa liberdade e devemos assumi-la.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/10/2020

Reflexão

Devemos saber reconhecer o tempo em que estamos vivendo. Vivemos os últimos tempos, o tempo pós-pascal. Tempo de edificação do Reino de Deus na história dos homens. Tempo de fazer com que o mistério da cruz e da ressurreição produzirem frutos de fraternidade, justiça e solidariedade. Tempo de presença do Espírito Santo na vida de todos, tempo de crescimento no amor e na verdade. Tempo de reconciliação, de construção da paz e da vida nova. Tempo de sentir os apelos do reino que se manifestam na história, apelos para nos comprometermos com os pequenos, apelos para celebrarmos o Deus atuante na história.
Fonte: CNBB em 26/10/2012

Reflexão

Claro que as multidões do tempo de Jesus possuíam conhecimento e experiência sobre os movimentos das estações do ano. Entretanto, permaneciam alheias a um fenômeno grandioso: Jesus e sua obra de salvação. Era impossível não sentir a transformação que o Mestre vinha causando nas pessoas e na sociedade. Sua presença era acompanhada de muitos e diferentes sinais: “Cegos recuperam a vista e coxos andam; leprosos são purificados e surdos ouvem; mortos são ressuscitados e pobres recebem a Boa Notícia” (Mt 11,5). Tempos novos. O mundo se renovando mediante a obra misericordiosa de Deus. Diante da verdade nua e crua, é necessário decidir. Atitude inteligente é reconciliar-se com Deus e com o próximo. Enquanto é tempo; do contrário, fica uma pendência até que seja pago “o último centavo”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 26/10/2018

Reflexão

Claro que as multidões do tempo de Jesus possuíam conhecimento e experiência sobre os movimentos das estações do ano. Entretanto, permaneciam alheias a um fenômeno grandioso: Jesus e sua obra de salvação. Era impossível não sentir a transformação que o Mestre vinha causando nas pessoas e na sociedade. Sua presença era acompanhada de muitos e diferentes sinais: “Cegos recuperam a vista e coxos andam; leprosos são purificados e surdos ouvem; mortos são ressuscitados e pobres recebem a Boa Notícia” (Mt 11,5). Tempos novos. O mundo se renovando mediante a obra misericordiosa de Deus. Diante da verdade nua e crua, é necessário decidir. Atitude inteligente é reconciliar-se com Deus e com o próximo, enquanto é tempo; do contrário, fica uma pendência até que seja pago “o último centavo”.
Oração
Senhor Jesus, teus concidadãos sabiam interpretar os movimentos da natureza. Ignoravam, porém, o tempo de Deus, justamente esse em que realizavas as obras do Pai no meio deles. Torna-nos, Senhor, sensíveis às manifestações de Deus em nossa vida, para nos convertermos enquanto é tempo. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 23/10/2020

Reflexão

Jesus não critica a sensibilidade de quem tem a habilidade de perceber e sentir os movimentos da natureza. Afinal estamos todos interligados, como lembra o papa Francisco na Laudato Si’. A crítica se refere à cegueira de muitos de seus contemporâneos, especialmente os fariseus e os mestres da Lei, em não perceber os sinais do Reino de Deus na história. E o maior sinal é a presença do próprio Jesus no meio deles. Presença amorosa e libertadora. A leitura dos “sinais dos tempos”, tão querida pelo Concílio Vaticano II, pede-nos atenção vigilante.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditando o evangelho

O DISCERNIMENTO URGENTE

A sabedoria cristã aconselha os discípulos do Reino a se colocarem numa situação de discernimento urgente e contínuo. E mais: a tirar dele conseqüências práticas.
Certo de que o Senhor vem, o cristão jamais se deixará levar pela loucura de entregar-se a um projeto de vida mundano, que lhe oferece prazeres efêmeros. Antes, será perseverante no caminho do amor, seguro do fim que lhe espera.
A exigência de discernimento indica que o Senhor não aceitará falsas desculpas de quem for excluído do Reino. Quem não se decide seriamente, não terá como se justificar diante do Senhor. É sempre possível saber o que é justo e corresponde ao projeto do Reino. Basta que o cristão, com a graça de Deus, se empenhe.
A parábola da reconciliação, antes do processo, alude à urgência do discernimento e da decisão. Se não se chega a um acordo, enquanto os adversários estão a caminho do tribunal, o culpado será punido na certa. O bom senso recomenda não perder a chance.
O discípulo de Jesus vê-se como se estivesse sempre diante da última oportunidade de aderir integralmente ao Reino e conformar sua vida com ele. Adiar esta decisão pode ser fatal. O tempo urge e o cristão não pode se dar ao luxo de agir como se tivesse um longo tempo pela frente. A prudência recomenda decidir-se já.

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, faze-me viver consciente de que urge entregar-me integralmente ao Reino e conformar minha vida com ele.
Fonte: Dom Total em 26/10/2018 e 23/10/2020

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Como é que não sabeis avaliar o tempo presente?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Sabemos interpretar a atmosfera e não sabemos discernir os sinais dos tempos. O que está acontecendo, para onde caminha a humanidade, que valores busca a população? Sabemos se vai chover ou fazer sol. Precisamos também saber interpretar a vida. Jesus pergunta: “Por que vocês mesmos não julgam o que é justo?”. Somos capazes de tal julgamento? Parece que sim, pelas palavras de Jesus. Jesus se refere à sua presença histórica, que não está sendo nem percebida nem valorizada. Não percebem que o Reino chegou? Não percebem a presença do Messias? Não percebem os sinais, vendo o que acontece com os mais esquecidos? Não percebem porque não querem perceber. A atenção está voltada para outras coisas, para preocupações que, como espinhos, sufocam a plantinha que começa a brotar. Jesus espera que seus discípulos sejam capazes de analisar a vida. Para isso é bom estudar, ler, desenvolver a inteligência, não permitindo que o conhecimento seja capitalizado e se torne propriedade só de alguns. Afinal, são pessoas simples que sabem ler os sinais da atmosfera.
Fonte: NPD Brasil em 26/10/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Esperança e o Reino dos Céus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

É até bonito de se ver algumas pessoas remanescentes dos anos 60, principalmente as que vieram do campo, fazerem previsão do tempo, saem na porta ou na janela da casa, olham o horizonte ao longe e ditam a sentença "Hoje a tarde vai chover...", meu saudoso sogro era do tipo assim, e quanta chuva tomei por não lhe dar crédito. O homem sabe interpretar os sinais da natureza e por conta disso prevê frio, calor, chuva e até vento.
Entretanto, quando se trata dos sinais do Reino de Deus, a coisa fica mais difícil, porque essa interpretação dos tempos, mais do que experiência de vida, necessita da Fé, tive um amigo de estudo que dizia "Ter Fé é saber enxergar as coisas por dentro, às avessas...". Os fatos aparentes todo mundo enxerga e sabe interpretar, porque é algo evidente. Mas sinais de algo que ainda virá, mas que de certo modo já está em nosso meio, daí a coisa fica bem mais difícil.
Jesus sempre anunciou o Reino colocando ao homem a necessidade de um esforço para ver, ouvir e interpretar, citando os ouvidos e os olhos, mais do que isso, curando algumas deficiências nesses sentidos, justamente mostrando-nos que é possível enxergar algo que os olhos ainda não viram, e ouvir algo que ainda não chegou até os ouvidos.
Jesus tornou visível o que era invisível, e fez ouvir, o que era inaudível, nele o Reino do Céu se fez presente de maneira definitiva no meio dos homens. Por aquele tempo, os sábios e entendidos que deveriam por primeiro ver, ouvir e dar crédito, anunciando aos demais, nesse sentido não enxergavam um palmo diante do nariz. Jesus volta para o Pai, envia o seu espírito que na igreja e nos acontecimentos da história, continua dando visibilidade do Reino.
A Igreja é a própria imagem da Esperança, que aguarda ansiosamente a plenitude do Reino, ela sinaliza nos sacramentos a graça operante e santificante de Deus, que só é perceptível na Fé. O que o evangelho nos pede, é para que não nos detenhamos no presente, mas que saibamos como igreja e com a Igreja esperar por algo que ainda virá, mas que ao mesmo tempo já vamos construindo. Mas no meio do mundo, toda força do bem é um sinal mais que evidente de que o Reino já está acontecendo...
Não sejamos hipócritas, não somos os Donos do Reino, apenas os seus colaboradores agraciados por Deus... E por isso haverá um julgamento final, onde seremos cobrados talvez por aquilo que não fizemos, embora sendo agraciados.

2. Como é que não sabeis avaliar o tempo presente? - Lc 12,54-59
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Faz parte do dom da sabedoria ser capaz de discernir os tempos, interpretar os acontecimentos, saber o que está acontecendo e tirar as devidas conclusões. Somos capazes de interpretar os sinais da atmosfera, se vai fazer frio ou calor. Por que não somos capazes de julgar por nós mesmos o que é justo? Somos capazes de avaliar os acontecimentos e devemos fazê-lo. Não podemos passar ao lado de fatos isolados sem perceber a influência que um tem sobre o outro. Perceberemos também que não é o acaso que rege a vida da sociedade, mas a vontade livre do ser humano, capaz de planejar tanto o bem quanto o mal. Dialogando com a realidade, vamos buscar a concórdia que gera a paz. Muitos desentendimentos são resultados de interpretações discordantes. A interpretação nem sempre é correta. Daí a importância do dom da sabedoria dado pelo Espírito e do desenvolvimento da inteligência com instrumentos de ciência para a avaliação de fatos reais. A interpretação do que se vê e do que se ouve depende da compreensão das intenções e também do bom estado dos nossos sentidos.
Fonte: NPD Brasil em 23/10/2020

HOMILIA DIÁRIA

O Deus que nos ensina a pescar

Postado por: homilia
outubro 26th, 2012

Interessante é podermos ler e meditar os textos bíblicos, também com os seus paralelos, como acontece com Lc 12,54-59 – semelhante a passagem presente em Mt 16,1-3 – para então percebermos melhor o contexto.
Jesus, pra variar, estava sob o fogo dos fariseus e saduceus que reclamavam dele um sinal messiânico (cf. Mt 16,1). Então Cristo, tão paciente quanto profético, recusou-se em dar um “espetáculo” visto ser O Sinal, Sacramento do Pai das misericórdias enviado para salvar o mundo, ou como bem expressou o teólogo São Paulo: «Ele é a imagem de Deus invisível, o primogênito de toda a criação» (Cl 1,15).
Por isso, num transbordar de misericórdia, Jesus Cristo não se calou e nem virou as costas para quem exigia um “peixe” Àquele que já havia multiplicado milagrosamente e distribuído às multidões. Pedir com fé e humildade é totalmente diferente do que a arrogância espiritual de pretender colocar Deus “na parede”.
Ano da Fé: tempo propício para descobrirmos o Deus que é maior do que a “parede” do desespero e orgulho espiritual. Deus único e verdadeiro que nunca se deixa manipular por uma caricatura de fé que acha ser possível curvar o Senhor do mundo ao mundo dos meus desejos egoístas e decisões injustas.
Mas, retornando ao Evangelho, encontramos Jesus que não se cansa do ser humano por amá-lo extraordinariamente. Por isso, resolveu “dar a vara para pescar” no oceano da Misericórdia Divina: «Sabeis avaliar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis avaliar o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?» (Lc 12,56). De fato, as pessoas daquele tempo que se depararam com Jesus de Nazaré, tiveram – no presente de suas vidas – a mesma oportunidade de conhecer e proclamar: «a insondável riqueza de Cristo» (Ef 3,8).
Bastava crer e querer. Ou querer crer, para receber do Espírito Santo o auxílio necessário para se viver pela fé que se manifesta por obras de amor (cf. Gl 5,6). Mas será que o tempo presente está blindado para semelhantes experiências de fé? Claro que não! Há fé, existe liberdade!
Neste Ano da Fé, meditemos as verdades presentes no Catecismo da Igreja Católica que também aponta para a “vara de pesca” necessária à barca de Pedro, a qual tem como mastro principal a Cruz do Salvador do mundo e Reconciliador do Pai: «Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus» (CIC, nº 150).
Eis uma verdade de fé fundamental: «Jesus Cristo é o mesmo, ontem hoje e sempre» (Hb 13,8). Por isso, hoje e sempre – até a volta gloriosa do Senhor Jesus – será preciso crer e decidir-se por esta Fé-Revelação, a qual precisa ser abraçada no tempo presente de nossas vidas, até a Eternidade futura chegar. Uma vida de fé, que não se deixa prender pelo individualismo espiritual, como alertou o Papa Bento XVI: «O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado» (Porta Fidei, nº 10).
Então, como estranhar no Evangelho de hoje um contexto de vigilância (cf. Lc 12) tão atento à nossa vida relacional e à reconciliação? «Quando pois, estás indo com teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto ainda a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e o oficial de justiça te jogará na prisão» (Lc 12,58). Reflitamos sobre isso e oremos:
Senhor, tende misericórdia de nós. Dai-nos no tempo presente uma fé que faça a diferença pelo amor comunicado e por uma esperança transformadora das nossas atitudes e do mundo inteiro. Virgem Maria, ajudai-nos a crer com e como a Igreja! Amém.
Padre Fernando Santamaria
Fonte: Canção Nova em 26/10/2012

HOMILIA DIÁRIA

Retiremos as coisas velhas do nosso coração

Muito cuidado com os embrulhos do coração, aquelas coisas mal resolvidas ou cuidadas de qualquer jeito

“Quando, pois, tu vais com o teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto estais a caminho. Senão, ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao guarda, e o guarda te jogará na cadeia. Eu te digo: daí tu não sairás, enquanto não pagares o último centavo” (Lucas 12,58-59).

A linguagem alegórica que Jesus está usando, hoje, para nos contar como devemos proceder com a nossa vida para combatermos, sobretudo, a hipocrisia, é cuidarmos das coisas com o cuidado necessário que elas precisam ter. Muito cuidado com os embrulhos do coração, aquelas coisas mal resolvidas ou cuidadas de qualquer jeito! Se devemos algo para alguém, precisamos pagar o que devemos, não podemos arrumar desculpas, porque vamos vivendo uma cultura onde deixamos de resolver as coisas.
Se ofendemos alguém, precisamos pedir perdão e desculpas. É preciso ter humildade de coração, porque, se não temos, é pior ainda, porque não só a ofensa vai ficar como ofensa, como o orgulho vai crescer e a soberba tomará conta da alma. Se estamos com coisas pendentes em relação ao próximo, precisamos resolver, não podemos ser movidos pela vida ou por aquilo que diz a expressão popular: “Deixa a vida me levar”.
Não podemos levar a vida de qualquer jeito, temos de lidar com sabedoria e discernimento, mas cuidando dos embrulhos que vamos acumulando ao longo da vida: irmãos que não se falam, pessoas que não se entendem, mal-entendidos que não procuram bom entendimento, dívidas que não são pagas, pessoas que ficam de mal umas com as outras sem se revolver.
“Entra em acordo com o seu adversário enquanto está a caminho, senão será jogado na cadeia e de lá não saíra enquanto não pagar o último centavo” (cf. Lucas 12,58-59). É baseada nesta palavra que a Igreja fundamenta o purgatório, onde as pessoas estão purgando para purificarem a alma daquilo que não se purificaram nesta vida.
O que é purificar e purgar, senão reparar os males que cometemos e ignoramos?
Não negligencie a sua consciência. Situações que foram mal resolvidas, procure resolvê-las com um bom direcionamento espiritual, com muita humildade no coração, com muita correção dentro de si mesmo, para que não fiquemos com aquele entulho de coisas velhas ajuntadas e acumuladas, onde a nossa vida acaba virando um lixo, porque não cuidamos de resolver bem as coisas.
Que Deus nos dê essa graça e sabedoria tão necessária para bem vivermos!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/10/2018

HOMILIA DIÁRIA

Usemos a sabedoria para encontrarmos a direção de Deus

“Hipócritas! Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente? Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?” (Lucas 12,56-57).

Basta olhar como está o tempo em que estamos. Se o tempo está seco, já tenho certeza que não vai chover, que não conseguimos fazer muita coisa porque a secura está aí; basta aparecer nuvens mais carregadas e já sei distinguir que logo ali vai chover. Enfim, nós usamos nossa sabedoria para distinguir os sinais dos tempos na atmosfera, o tempo climático, mas não usamos a nossa sabedoria para distinguir os tempos em que vivemos, para separar uma coisa da outra, para usarmos do discernimento espiritual para escutarmos a voz de Deus, a mensagem de Deus, a direção e a luz de Deus para a nossa vida.
Não conseguimos entender que quando está saindo fumaça é porque tem fogo ali, muitas vezes, não conseguimos entender a nossa própria vida. Quando não estamos bem, quando algo está errado, nós, muitas vezes, interpretamos as coisas de forma errada, achamos que quando não estamos bem a culpa é do outro, a culpa é de Deus. Nunca paramos para voltarmos para dentro de nós, nos autoanalisar, fazermos uma autocrítica, para percebermos onde erramos, onde falhamos, onde nos excedemos, onde colocamos de mais e onde colocamos de menos.

Que não falte sabedoria nos tempos em que vivemos, para buscarmos de Deus a direção para o nosso viver

Há uma tendência frenética de guerras, de combates, de acusações na sociedade e no mundo em que estamos. Quando paramos para analisar o mundo, paramos justamente para buscar culpados e, geralmente, os culpados são outros.
As pessoas estão insatisfeitas com os políticos, mas ninguém nunca parou para fazer uma autoanálise: “Como eu votei?”; “Como eu participei da sociedade e do mundo em que estou?”; “Qual é a minha colaboração?”; “Qual é, de fato, a minha inserção no mundo em que vivo?”.
As coisas em casa, de repente, não estão bem, mas não paro para refletir qual é a contribuição que dou ou o que fiz. Primeiro, paro para me defender e me justificar, estou sempre me justificando. Depois, parto para o segundo ponto: “E ele?”; “E o outro?”. E ai o mundo não consegue caminhar na sabedoria, não consegue realmente captar a luz e a direção de Deus para os tempos em que vivemos.
O primeiro que devo olhar e analisar sou eu mesmo, a primeira atitude é voltada sempre para mim. Quando sei usar dessa sabedoria, evangelicamente, vou ter de Deus a direção para ver as outras coisas da vida, onde devo ir, como devo agir e entender, sobretudo, os tempos em que vivemos. Tempos críticos, difíceis, complicados, mas outros tempos na história da humanidade não foram diferentes. Lá atrás, houve quem teve sabedoria, houve quem soube escutar a Deus, quem se retirou para estar com Ele e deixar ser conduzido.
Que não falte essa sabedoria nos tempos em que vivemos, para buscarmos de Deus a direção para o nosso viver a cada dia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 23/10/2020

Oração Final
Pai Santo, dá-nos olhos capazes de enxergar a tua presença paterna em todos os momentos da nossa vida. Que nós sabíamos contemplá-la em nossa oração diária e agradecer-te pelos dons inefáveis da Vida e da Fé que nos ofereces. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/10/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos olhos capazes de enxergar a tua presença paterna em todos os momentos da nossa vida. Que nós saibamos contemplá-la em nossa oração diária e agradecer-Te pelos dons inefáveis da Vida e da Fé que nos ofereces. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/10/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai, origem e fonte de toda Compaixão, encharca-nos com a Graça – que é a Presença em nós do teu Amor Misericordioso. Assim, teremos os olhos abertos, os ouvidos atentos, e o coração zeloso para perceber e se indignar com todo o nosso egoísmo, a exclusão sofrida pelos nossos irmãos e o grito de dor da maltratada mãe-terra, tão agredida pela humanidade. Por Jesus, o Cristo teu Filho amado e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/10/2020