ANO A
Jo 12,1-11
Comentário do Evangelho
Gratuidade fruto do amor
Com esse trecho entramos na segunda parte do evangelho segundo João, denominada “livro da glória”. A ambientação é os dias que antecedem a Páscoa dos judeus, e o contexto é o da paixão de Jesus. Estamos, segundo o relato, nos últimos seis dias da vida terrestre de Jesus. Lázaro, Marta e Maria são amigos de Jesus; é na casa deles que Jesus para antes de entrar para a sua paixão e morte em Jerusalém. A acolhida, o serviço e o amor dispensados a Jesus naquela casa são traços característicos e indissociáveis da comunidade cristã (cf. Ct 1,12; 7,6). A refeição na casa dos amigos é sinal de comunhão, e a evocação do episódio de Lázaro indica que se trata, também, da alegria da vida recebida como dom. A unção, Jesus mesmo a interpreta como uma antecipação de sua sepultura. Judas é o personagem que entra na história como contraste de todo o acima dito. É tratado negativa e duramente pelo narrador como sendo traidor e ladrão. Mas há um outro traço de Judas: ele é incapaz de reconhecer e acolher um gesto de pura gratuidade. Quem não é capaz de gestos de gratuidade não é, igualmente, capaz de amar; quem não é capaz de verdadeiro amor não busca senão o seu próprio interesse, abrindo, assim, a possibilidade de trair, inclusive, o Senhor da vida.
Oração
Pai, tira de mim toda malícia que me impede de compreender, em profundidade, os gestos de Jesus, o qual se fez pobre entre os pobres, e morreu como um deles.
Vivendo a Palavra
Nesta semana, guardemos silêncio profundo em sinal de gratidão pelo dom do Pai Misericordioso, o Filho Unigênito. Ele nos amou tanto que se entregou por nós à morte, e morte de cruz. Como Maria, ofereçamos o melhor perfume a Jesus: a nossa conversão, a opção radical de vivermos com e para os irmãos.
VIVENDO A PALAVRA
Nesta semana, guardemos silêncio profundo em sinal de gratidão pelo Dom do Pai Misericordioso – o seu Filho Unigênito. Ele nos amou tanto que se entregou por nós à morte, e morte de cruz! Como sua amiga Maria, em Betânia, ofereçamos o melhor perfume a Jesus: a nossa conversão, a opção radical por vivermos com os irmãos e para os irmãos.
Reflexão
A vida e as atitudes de Jesus sempre causaram reações contraditórias de aceitação ou rejeição. A morte de Jesus também não foi diferente. Para os principais dentre os judeus, a morte de Jesus significou a realização dos seus planos e uma vitória conquistada no sentido da manutenção da ordem estabelecida. Para o poder romano, não significou nada, pois ele foi mais um entre os muitos que são condenados à morte. Mas quem o amava, houve um momento de carinho e atenção à sua pessoa antes que a morte chegasse trazendo o sofrimento, a dor e a separação.
Reflexão
Repleto de preciosas informações, o episódio nos insere no contexto da iminente Paixão do Senhor. Aí se misturam as diferentes atitudes de seus protagonistas: a amizade da família de Lázaro; o serviço doméstico de Marta; a delicadeza generosa de Maria com tanto perfume que inundou toda a casa; o olhar mesquinho de Judas, que critica Maria pelo exagero; a chegada de muitos curiosos, talvez amigos da família e, enfim, a macabra decisão dos chefes dos sacerdotes de “matar também Lázaro”. Quanto a Jesus, sua morte fora decretada pelo Conselho. Mas Lázaro, que culpa tinha ele? Quais crimes havia cometido para despertar a ira das autoridades? Até hoje, inúmeras decisões são tomadas durante os banquetes. Pena que muitas delas são em vista de interesses pessoais, não raro com sacrifício de vidas humanas!
Oração
Ó Jesus, bondoso Mestre, aproximam-se os dias finais de tua vida na terra. Valorizas o carinhoso gesto de Maria, que perfuma teus pés enxugando-os com seus cabelos. Atitude de amor generoso e solidário. Dá-nos, Senhor, sensibilidade e disposição para prestar-te a devida honra por toda a vida. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Recadinho
Como sua comunidade encara o problema dos pobres? - Como evitar o risco de ser explorado por alguns pobres que são oportunistas? - Você tem amor, respeito, compreensão por aqueles que se dedicam integralmente ao próximo? (sacerdotes, religiosos(as), leigos (as)...) - Sempre que há ocasião, você testemunha publicamente sua fé? - Por que é difícil rezar: “Perdoai-nos assim como nós perdoamos...?”
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
UMA PREOCUPAÇÃO SUSPEITA
A preocupação de Judas Iscariotes pelos pobres foi posta sob suspeita pelo evangelista e reforçada por Jesus. O evangelista interpretou como ganância a preocupação do companheiro com o desperdício do nardo puro e precioso usado por Maria para ungir os pés do Mestre. Isto por que era Judas quem cuidava das finanças do grupo, e estava habituado a roubar as ofertas que eram dadas para o sustento de todos.
Por sua vez, Jesus alertou os discípulos: teriam sempre a possibilidade de fazer o bem aos pobres, não teriam, porém, a chance de partilhar de sua presença para sempre. O momento da partida estava para chegar.
O Mestre revelou aos seus discípulos o valor simbólico do gesto de Maria. Ela estava antecipando o que deveria acontecer no sepultamento de Jesus, ungindo o corpo que seria colocado no túmulo. Afinal, havendo de padecer a morte dos pobres, sem nem mesmo ter um túmulo para ser sepultado, Maria estava suprindo o gesto de piedade de que seria privado.
Sobretudo, Judas não se dava conta de estar convivendo com Jesus, cuja opção era ser pobre e viver como pobre. Não só, o Mestre buscava sempre a convivência com os pobres, com os quais se mostrava solidário. Portanto, a censura de Judas a Jesus não tinha cabimento. O Mestre sabia muito bem o que estava fazendo, e o sentido de tudo o que estava acontecendo. O discípulo é que estava obcecado pela malícia.
Oração
Pai, tira de mim toda malícia que me impede de compreender, em profundidade, os gestos de Jesus, o qual se fez pobre entre os pobres, e morreu como um deles.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Concedei, ó Deus, ao vosso povo, que desfalece por sua fraqueza, recobrar novo alento pela paixão do vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Meditando o evangelho
A AMIZADE PREVIDENTE
Apesar das investidas de seus inimigos, a vida de Jesus foi também permeada de verdadeiras amizades. Entre elas, a de uma família de Betânia, onde se hospedava, quando ia a Jerusalém. Maria, Marta e Lázaro privavam da amizade do Mestre e com ele se entretinham. Nesta casa, ele se sentia bem.
Maria foi protagonista de um gesto premonitório da morte de Jesus. O sentido da unção com um perfume puro e precioso superava a simples cortesia com um hóspede querido. Ela estava fazendo o que, por ocasião da morte de Jesus, não se teria tempo de fazer: preparar o corpo dele para a sepultura, ungindo-o com aromas. O Mestre interpretou assim o gesto da amiga.
A interpretação maldosa de Judas não foi aceita por Jesus, sendo também denunciada pelo evangelista. O traidor não estava nem um pouco preocupado com os pobres. Seus olhos cobiçosos e corruptos estavam voltados para a bolsa comum, de onde roubava o dinheiro do grupo, sem escrúpulos.
A amizade levou Maria a realizar um gesto espontâneo cujo significado ultrapassava a capacidade de compreensão do traidor. Ele, ao invés, tendo privado da presença de Jesus, não se deixou tocar pelo Mestre e foi inconveniente diante de um gesto sincero de amizade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, a exemplo de Maria de Betânia, desperta em mim uma amizade autêntica, que me coloque em perfeita sintonia contigo.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Maria de Betânia: Modelo de Agente Pastoral
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Nesta semana os relatos dos evangelhos estarão direta ou indiretamente relacionados com a Paixão do Senhor. Hoje começamos com o episódio mais conhecido como a Unção em Betânia. O evangelista coloca essa ceia, logo após Jesus ter ressuscitado Lazaro, em um jantar em sua homenagem.
Não é difícil imaginar que Betânia era uma comunidade muito acolhedora, pois ali Jesus se hospedava sempre que tinha necessidade. Se quisermos aprofundar um pouco mais, podemos dizer que essa comunidade, por alguma razão que não sabemos, passou por uma crise muito grave a ponto de quase se acabar (Lázaro morto e há quatro dias enterrado) e que Jesus a levantou dando-lhe Vida nova e Ressuscitando o que antes estava morto, e temos a clara alusão a Ceia da qual participam os que receberam esta Vida Nova, que só Deus pode dar, essa ceia que celebra a Vida em sua plenitude, é a Eucaristia. João gosta de contar as coisas do seu jeito, mas no fundo está falando de coisas mais profundas do que aquilo que os seus relatos permitem nos ver. João faz como nos rodízios de carne, primeiro serve uma deliciosa salada, a gente não pode ir fundo logo de cara, pois com João, sempre o melhor vem depois.
Mas há algo que João dá um foco maior nesse evangelho, as atitudes de Maria e a de Judas Iscariotes. Comecemos por Maria, ela é irmã de Marta e Lázaro, portanto é também anfitriã, e poderia tranquilamente sentar-se em lugar de honra ao lado do Mestre e fazer até inveja aos demais convidados, a gente vê isso em jantar dançante da paróquia, quem tem a ventura de poder sentar-se á mesa do padre, sente-se importante, não é mesmo?
Porém, essa Maria deixou de lado o formalismo e principalmente o seu status, e rebaixou-se a condição de uma escrava quando inclinou-se diante de Jesus e começou a ungir seus pés com perfume, não um perfuminho qualquer, mas um de primeiríssimo qualidade, uma libra de nardo puro, que custava os "olhos da cara" e equivalia, sem exagero, ao salário de um ano de um trabalhador, ou seja, o que Maria tinha de melhor e mais valioso, ofereceu a Jesus naquele momento.
E aí entra em ação o agente de Pastoral Juiz e policial, aquele que fica só de olho no que o irmão faz, para critica-lo, ainda mais se ele está aparecendo muito naquilo que faz: Judas Iscariotes, um irmão da comunidade, mas que não era flor que se cheirasse, sempre arredio, misterioso, tomava conta da "bolsa", mas metia a mão sempre que podia. Pessoa calculista que sempre está pensando no que ele pode ganhar com a situação. O argumento, cheio de hipocrisia, foi o de que aquele dinheiro poderia ser ofertado aos pobres. Um detalhe importante, para chegar aos pobres o dinheiro primeiro teria que passar pelas suas mãos e daí... Bem, o leitor já pode imaginar o resto da história...
Maria, uma mulher generosa, exemplo de agente de pastoral, que se entrega totalmente por amor a Cristo e a sua igreja, dá o que tem de melhor e mais valioso, manifestando amor Àquele que irá também dar o que tem de melhor e mais valioso á humanidade: a sua Vida.
Judas, mesquinho, interesseiro, calculista, tipo de agente de pastoral que FAZ, mas CONTROLA, Faz, mas quer sempre mandar no pedaço, FAZ, mas quer sempre ser consultado e não admite nem que o padre tome decisões sem ouvi-lo. Não olhemos no passado, mas para nossas comunidades onde MARIA e Judas estão dentro de nós... Eu e todos vocês, quantas vezes agimos assim, talvez como Maria, dando à pastoral ou ao movimento, o melhor de nós, mas também quantas vezes, a gente tem o comportamento de Judas, então...
Não projetemos Judas nos outros, mas olhemos para nós e peçamos ao Senhor que nesta Semana Santa, nossos atos e palavras consigam impregnar a toda comunidade com o doce e suave odor de Jesus Cristo, para que a nossa comunidade, como Betânia naquele dia, exale o doce aroma do amor doação, gratuito e incondicional.
"Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo".
2. Maria ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos - Jo 12,1-11
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Maria, irmã de Marta e Lázaro, unge Jesus para a sepultura. Um ato de amor e atenção. Por Jesus devemos fazer o melhor. Não dirija, porém, a si mesmo as homenagens devidas a ele. Não ocupe o lugar que é dele. Para não se enganar, preste-lhe homenagem nos irmãos e irmãs sofridos. Unja-os com o perfume da amizade acolhedora, com o perfume das virtudes. Se o Pastor deve sentir o cheiro das ovelhas, deixe que o Mestre sinta o bom odor que sua vida exala. Se não for assim, é Semana Santa, tempo de um banho de regeneração. Mesmo em se tratando dos pobres, pode haver falsidade em nossas atitudes. Veja a reação de Judas.
HOMILIA
À MIM NEM SEMPRE TEREIS CONVOSCO
A mim nem sempre tereis convosco. Iniciamos hoje a Semana Santa. Semana na qual celebramos a centralidade da nossa fé que tiveram início na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, ou seja, a Paixão - subida de Jesus Cristo ao Monte Calvário, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo para a nossa salvação; para nos resgatar das mãos do demônio, e nos transferir para o mundo da luz, para a liberdade dos filhos de Deus. Jesus morre na Cruz para reconciliar o homem com Deus. É a semana da nossa reconciliação com Deus. É a semana da vitória da vida sobre a morte. Do pecado sobre a graça. Quando os fiéis são batizados, aplica-se a cada um deles os efeitos redentores da Morte e Ressurreição de Cristo. Por isso, o cristão católico convicto celebra com alegria a cada função litúrgica da Semana Santa que começa hoje e termina na celebração do Tríduo Pascal e da Páscoa.
A mesma Maria que antes já havia sentado aos pés do Mestre e que também vira seu irmão Lázaro ser ressuscitado por Jesus, nos dá, agora, uma demonstração de amor e gratidão. Ao derramar o seu perfume precioso e caríssimo nos pés de Jesus e enxugá-los com seus cabelos ela entregava a Ele o que tinha de melhor, a sua vida. Jesus sabia que estava prestes a ser entregue e que vivia os seus últimos momentos aqui na terra e já se despedia dos seus amigos, por isso, aceitou de bom grado aquele presente mesmo sob o protesto de Judas que querendo confundir os outros falava da necessidade de pessoas pobres. Jesus soube argumentar: “pobres, sempre terei convosco, mas a mim nem sempre me tereis”.
Neste Evangelho nós aprendemos com Maria e com Jesus. Com Maria nós apreendemos que a vida atual aqui na terra é o momento propício para que nós também façamos a oferta de tudo quanto temos de precioso: o perfume da nossa oração, da nossa adoração, mas também dos nossos atos concretos de amor, de despojamento. Com Jesus nós aprendemos a perceber os sinais de misericórdia que Deus nos dá quando estamos nos momentos cruciais da nossa vida e a aceitar os presentes e as dádivas que vêm do céu por meio das pessoas que nos oferecem algo precioso. Com certeza, o gesto de Maria foi para Jesus como o perdão que damos a quem nos ofende, a reconciliação que promovemos na nossa família, a compreensão que temos com os erros dos nossos irmãos, o tempo que dedicamos às causas justas.
Assim, portanto, nós ainda temos oportunidade de também derramar aos pés de Jesus o que temos de tão precioso, o tempo em que vivemos para demonstrar a alguém a nossa gratidão, perdão e reconciliação.
Como você tem aproveitado o tempo que você está vivendo? A quem você tem se dedicado? Você tem cuidado somente das suas “coisinhas” ou você tem tido interesse pela vida de alguém mais? Você tem oferecido a Deus o momento presente da sua vida? Você se preocupa com os pobres?
Façamos também nós o mesmo; ofereçamos para Nosso Senhor aquilo que temos de melhor e precioso: o melhor cálice, a mais bela patena, o mais piedoso ostensório, os melhores paramentos, a nossa vida, tudo o que somos e temos. Pois, todo o luxo, majestade e beleza são poucos, perante a tamanha grandeza de Jesus no Mestre.
Acolhendo o mistério redentor de Cristo e sua Palavra, meditando os acontecimentos da nossa redenção, só poderemos crescer na alegria e na paz do Deus que nos ofertou sua vida. Deixemos, pois que o Espírito de Deus tome conta de nossa existência, para que sejamos conduzidos à eterna alegria da salvação e da ressurreição.
Senhor Jesus, a exemplo de Maria de Betânia, desperta em mim uma amizade autêntica, que me coloque em perfeita sintonia contigo.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA DIÁRIA
Não podemos deixar de testemunhar a ação de Deus no meio de nós!
Que nós não nos cansemos de testemunhar aos quatro cantos desta Terra aquilo que Jesus realizou em nossa vida, aquilo que Deus operou em nós por meio de Jesus!
”Foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos mortos. Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, porque por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus” (João 12,9)
Faltam seis dias para a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou para a Páscoa dos judeus, e o Senhor está a caminho de Jerusalém; no meio do caminho, como fez muitas vezes, Ele parou em Betânia.
Betânia é a casa de Seus amigos, é a casa de Marta, Maria e de Lázaro. É ali que o Senhor é recebido e cortejado pelos amigos aos quais Ele ama profundamente. Havia poucos dias que Jesus havia ressuscitado Lázaro, Seu amigo. A ressurreição desse amigo foi a prova do amor profundo de Cristo por ele, mas, ao mesmo tempo também, uma demonstração do poder de Deus, que tira do poder da morte e das trevas aqueles que estão adormecidos por causa do pecado ou devido à obscuridade do mal. Deus tira do poder da morte nós que cremos em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!
Mas, hoje, por Jesus estar na casa de Seus amigos isso causa certa indignação a alguns judeus – me refiro ao grupo de judeus que não aceita a pregação do Senhor – por isso eles decidem também que vão eliminar Lázaro, mais uma vez. Porque Lázaro é uma prova viva do amor de Deus, da bondade de Deus, da ternura de Deus; por essa razão, muitas pessoas deixaram de acreditar naqueles que acusam o Senhor e passaram a acreditar n’Ele. Porque Lázaro testemunha que Jesus o trouxe à vida novamente!
Sabem, meus irmãos, assim como tentaram e eliminaram Lázaro e depois Jesus, aqueles que não creem e aqueles que se opõem à fé tentam de todas as formas matar as provas, matar as evidências, eliminar as pessoas, os testemunhos daqueles que dizem com a própria vida o que Jesus fez neles, o que Jesus fez no meio deles, o que Jesus faz em nós!
Jesus mesmo diz: ”Se nós nos calarmos, as pedras irão gritar”. Que nós não nos cansemos de testemunhar aos quatro cantos desta Terra, testemunhemos na TV, na rádio, na internet, na escola, no trabalho, onde quer que nós estejamos, aquilo que Jesus realizou em nossa vida! Aquilo que Deus operou em nós por meio de Jesus! Ele nos libertou e nos livrou do poder da morte, Ele nos tirou da ação do maligno, Ele nos tirou do poder do mal e nos trouxe uma vida nova.
Nós não podemos deixar de testemunhar a ação de Deus no meio de nós, ainda que queiram nos proibir e ainda que não nos seja permitido. Nós nos unimos a muitos países de culturas não cristãs, onde, muitas vezes, o Evangelho é proibido de ser pregado; nos quais muitos testemunham Jesus com a vida e não deixam de dizer, com a própria vida, que Jesus está vivo e está no meio de nós!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, mantém-nos encantados pelo sagrado mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Que nossas celebrações não se tornem apenas rotina e nós sintamos cada vez como novo o gesto amoroso de teu Filho, que entregou por nós sua Vida, até a morte na cruz. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, mantém-nos encantados pelo sagrado Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Que a ausência de nossas celebrações externas neste ano de pandemia nos levem a superar atos rotineiros, ainda que bonitos e bem cuidados, para sentirmos profunda e renovada gratidão pelo gesto amoroso de teu Filho, que entregou por nós sua Vida, até a morte na cruz. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.