ANO A
Lc 10,13-16
Comentário do Evangelho
Apelo veemente à conversão.
O texto está diretamente ligado ao envio dos setenta e dois discípulos. É uma lamentação de Jesus sobre as cidades próximas ao Mar da Galileia, lugar privilegiado do ensinamento e da ação de Jesus. Não obstante terem sido beneficiadas pela presença do Senhor, não se converteram. Em razão de sua resistência em acolher Jesus e reconhecer, por ele, o tempo da visita salvífica de Deus, são comparadas a Tiro e Sidônia, símbolos da infâmia e exploração dos mais frágeis (ver: Is 23,1-11; Ez 26–28). As palavras de Jesus sobre estas cidades não são, antes de tudo, um juízo condenatório, mas um apelo veemente à conversão. Não são aos discípulos simplesmente que estas cidades mencionadas rejeitam, mas ao próprio Senhor, pois há uma identificação profunda entre os discípulos e seu Mestre: “Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos despreza, a mim despreza” (v. 16). E como há uma comunhão profunda entre o Pai e o Filho, quem despreza o Filho despreza, igualmente, Aquele que o enviou (v. 16).
Carlos Alberto Contieri,sj
Fonte: Paulinas em 04/10/2013
Comentário do Evangelho
Rejeição ao plano de amor do Pai.
O evangelho de hoje é a sequência das instruções dadas por Jesus aos setenta e dois discípulos que ele envia em missão (10,1-12). Trata-se de uma lamentação sobre as cidades próximas ao mar da Galileia. Como temos insistido, tais cidades, mais do que outras, foram palco privilegiado do ensinamento e dos “atos de poder” de Jesus. Mas apesar de tudo, não se converteram. Em razão disso, elas são comparadas por Jesus às cidades pagãs de Tiro e Sidônia, símbolos da infâmia e da exploração dos mais frágeis (cf. Is 23,1-11; Ez 26–28). Jesus não faz um juízo condenatório de tais cidades (cf. Jo 3,17); sua crítica firme visa à conversão da sua população. Rejeitando os discípulos enviados por Jesus em missão, elas rejeitam o próprio Senhor, uma vez que a mensagem de Jesus e o seu “poder” estão naqueles que ele envia (cf. v. 16). E como há uma comunhão profunda entre o Pai e o Filho (Jo 14,8-11), quem rejeita Jesus, rejeita também o Pai, que enviou o seu Filho ao mundo (v. 16; Jo 13,20), e rejeita o seu plano de amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.
Fonte: Paulinas em 03/10/2014
Vivendo a Palavra
O Mestre continua o envio dos setenta e dois discípulos, lembrando que a quem muito foi dado, muito será pedido. Nós, que recebemos a revelação do Reino, devemos ser os primeiros a nos converter, a procurar a porta estreita e o caminho áspero. Vivamos com alegria a Revelação – a Boa Notícia que Jesus nos trouxe!
Fonte: Arquidiocese BH em 04/10/2013
Vivendo a Palavra
A quem muito foi dado, muito lhe será pedido! Jesus nos convida a reparar melhor as graças que recebemos, vencendo a nossa tendência natural de olhar sempre o que nos falta. Com gratidão, devemos reconhecer os dons recebidos, desenvolvê-los e os colocar generosamente a serviço da comunidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/10/2014
VIVENDO A PALAVRA
Corazin, Betsaida, Tiro, Sidônia, Cafarnaum… são cidades de hoje, onde nós moramos, e os milagres estão se realizando à nossa volta o tempo todo: o milagre da vida, da comunicação entre os seres humanos, do acolhimento, o milagre da fé, do amor e do perdão. O Evangelho é aqui, o Evangelho é agora! O recado é para cada um de nós!
Reflexão
Existem pessoas que vivem profundamente uma religião, mas na verdade essas pessoas não possuem fé. Fazem da religião um ritualismo e um cumprimento de preceitos e conhecem todos os seus dogmas e suas normativas morais, porém não possuem fé, porque não se sentem interpelados por Deus para a mudança de vida tanto em nível pessoal como comunitário. São pessoas que como diz o profeta Isaías, louvam a Deus com os lábios, mas seus corações estão longe dele, porque na verdade, não compreenderam que Deus é amor. O coração que se aproxima de Deus é o coração que é capaz de amar, não com romantismo, mas com compromisso de solidariedade, de busca de libertação, de luta contra a exclusão. Este sim, é o verdadeiro amor, e esta é a verdadeira conversão.
Fonte: CNBB em 04/10/2013
Meditação
Será que somos tão bons que nada temos para melhorar? - Nosso modo de pensar e agir é sempre coerente com o Evangelho? - Você procura pedir as luzes do Espírito Santo para agir bem sempre? - A vida com Deus já não é fácil. Imaginou como seria sem Ele? - Será que estamos sempre abertos a ouvir os que, por palavras ou ações, nos anunciam o Reino de Deus? - É fácil deixar-se levar pelo desânimo diante das dificuldades?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 04/10/2013
Comentário do Evangelho
UMA SEVERA REPREENSÃO
A pregação de Jesus nem sempre era bem acolhida, nem suas palavras sempre surtiam efeito na vida das pessoas. Muitas vezes, ele era ouvido com suspeita, desprezo, quando não, com aberta rejeição. Essas reações lhe não passavam despercebidas. Ele as acompanhava com atenção, pois não podia ficar impassivo diante de pessoas que menosprezavam a oferta de salvação que o Pai lhes fazia, preferindo, assim, o caminho da condenação.
A rejeição de Jesus e de sua mensagem provinha, em alguns casos, de toda a população de uma cidade. Corozaim, Betsaida e Cafarnaum tornaram-se símbolo desta realidade. Seus habitantes, em conjunto, fecharam os ouvidos à pregação do Mestre. As palavras fortes, que Jesus lhes dirigiu, revelam a gravidade do fato. Elas não souberam reconhecer nele a presença misericordiosa de Deus, que os convidava à conversão. Seu pecado chegou a tal ponto que se tornaram insensíveis aos apelos divinos, nem reconheceram a necessidade de fazer penitência.
Jesus lançou um olhar para o futuro e anteviu a sorte que estava reservada para esta gente, quando se defrontassem com o Pai, no dia do juízo. Seu linguajar chocante, entretanto, tinha como finalidade chamar, uma vez mais, esses pecadores à conversão. Não lhe interessava que fossem condenados, mas que se convertessem e tivessem a vida.
Oração
Senhor Jesus, livra-me da dureza de coração que me impede de converter-me sinceramente diante de tua Palavra de salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus de misericórdia, aumentai em nós a fé que, conservada à custa do próprio sangue, glorificou vossos mártires bem-aventurados André, Ambrósio e companheiros. Dai-nos também ser santificados pela vivência da mesma fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 03/10/2014
Meditando o evangelho
AI DE TI!
As ameaças dirigidas por Jesus visavam três cidades nas quais ele tinha exercido o seu ministério, e que não estavam na rota das cidades a serem visitadas pelos apóstolos, os quais iriam preparar a sua passagem. Em todo o caso, tais ameaças podem ser perfeitamente aplicadas à cidades que recusariam o convite dos apóstolos.
Corozaim, Betsaida e Cafarnaum foram beneficiadas, de modo particular, com as atividades de Jesus. Mas permaneceram na incredulidade e na impenitência. Isto só fez aumentar sua culpa e, por conseqüência, tornava mais severo o juízo que cairia sobre elas. O pecado das três cidades consistiu em terem sido testemunhas dos milagres operados por Jesus, sem que com isto tivessem sido movidas à penitência e à mudança de vida. A passagem do Mestre não chegou a surtir o mais ínfimo efeito, a ponto a frustrar todas as suas tentativas de levá-las à conversão.
Jesus contrapôs a insensibilidade das cidades judaicas à sensibilidade de Tiro e Sidônia, cidades pagãs. Se tivessem sido testemunhas dos milagres de Jesus, sem dúvida, teriam feito penitência. Se não foram castigadas, é porque não lhes foi dada uma oportunidade de conversão.
Assim, estava sendo lançado, também, um firme alerta contra as cidades da Samaria!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Tenho medo do Cristo que passa...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Neste mês da Bíblia, na minha comunidade, para acolher a Santa Palavra, antes das leitura cantamos esse hino que é muito significativo "É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa, tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal, tenho medo de me esconder, de fingir que não escutei, tenho medo do Cristo que passa, oferece uma graça e eu digo que não, tenho medo de virar as costas, fingir que a coisa não é comigo, enfim, ser indiferente as manifestações de Deus em nossa vida...
Seria este o contexto da reflexão, as cidades de Coroazim, e Betsaida, conheceram Jesus, viram seus prodígios mas o rejeitaram. A responsabilidade de quem ouviu o anúncio e conheceu a Jesus Cristo, o seu Reino e seu evangelho, é enorme de grande.
As cidades de Tiro e Sidônia, habitada por pagãos, ainda não haviam tido essa experiência com Jesus, não o conheciam, nada sabiam das escrituras ou sobre o tal Messias. É difícil afirmar quem conhece a Jesus e quem ainda não o conhece, a verdade é que, na Força do Espírito Santo, Deus chega a todos os homens e consegue penetrar-lhes no mais profundo do coração e da alma.
Neste evangelho poderíamos refletir sobre o nosso papel de Cristãos no mundo enquanto Igreja de Cristo. Temos os Sacramentos, a Palavra Viva de Deus em nossas liturgias, e o mais importante, temos a Santa Eucaristia, presença real do Senhor, que nos fortalece.
Tudo isso é pura Graça de Deus, dom imerecido de nossa parte, com todos esses dons, cada um de nós deverá ter feito uma profunda experiência com Jesus Cristo, e a partir disso dar o testemunho a todas as pessoas com quem convivemos ou que de algum modo fazem parte de nossa vida.
Se essas pessoas ainda não conhecem Jesus, a responsabilidade é toda nossa, que não o testemunhamos, principalmente fora da comunidade, na Família, no trabalho, na escola, enfim, onde estivermos. A esse respeito lembro-me de de Iris Gomes, uma negra que deu o seu testemunho a mais de 80 Bispos em um encontro no Rio de Janeiro, ela queria ser religiosa de Vida Consagrada, mas o seu Diretor Espiritual orientou que o seu lugar não era no convento, mas sim no mundo do trabalho.
Iris trabalha há mais de 20 anos nos bastidores das novelas da Rede Globo, e diante deste evangelho, fiquei pensando, que se ela insistisse na ideia de ser Religiosa, fechada em um convento, quantos artistas teriam deixado de conhecer a Jesus... Lá onde parece que só há hostilidade contra o evangelho de Jesus, é o melhor lugar para se viver autenticamente o cristianismo. Esse evangelho nos convence disso, e o mundo aguarda ansioso, pelos Discípulos Missionários do Senhor, você, eu e nós todos, que somos batizados e termos algo importante a dizer em todos esses ambientes, aparentemente hostis ao evangelho. Vamos nessa?
2. Quem recebe o discípulo, recebe o Mestre
Jesus não deixa seus discípulos missionários desprotegidos. A vida deles não será tranquila. Comparados a ovelhas no meio de lobos, é possível imaginar o perigo que correm. No entanto, as cidades que não os recebem serão julgadas com mais rigor do que Sodoma. Corazim e Betsaida viram milagres, ouviram o Senhor e não produziram frutos de conversão. Serão tratadas com mais rigor do que as cidades dos pagãos. Jesus se identifica com os seus discípulos em missão e toma as suas dores. Não são fracassados nem perdedores e deixem a justiça ao Senhor da misericórdia. Quem recebe o discípulo, recebe o Mestre, e quem recebe o Mestre, recebe quem o enviou. Grande é o resultado da virtude da acolhida! Há discípulos missionários ativos no meio das confusões deste mundo e há discípulos missionários silenciosamente inseridos no mundo. Raramente são vistos, mas são os para-raios da ira de Deus, se é que Deus tem ira. Muitos são consagrados nos votos religiosos e na ordenação. São monges e monjas no silêncio do claustro. Outros são leigos e leigas, silenciosamente ativos na família, na comunidade, em obras sociais, em situações ocasionais que pedem a presença caridosa de alguém. O mundo está cheio de maldade, mas a bondade brota como florzinha na rachadura do asfalto.
Liturgia comentada
Quem vos ouve, a mim ouve... (Lc 10,13-16)
Nós sabemos que a Igreja é o Corpo de Cristo. Neste “corpo”, Cristo é a cabeça; nós, os membros. (Cf. Rm 12,4-5; 1Cor 12,12ss; Ef 5,30; Cl 1,18.) Por isso mesmo, Cristo e sua Igreja são inseparáveis, vivem em simbiose, uma vida comum. São Cirilo de Jerusalém observa que nós, ao participarmos da Santíssima Eucaristia, alimentando-nos com o Corpo e o Sangue de Cristo, nos tornamos com ele um só corpo (sýssomos) e um só sangue (sýnaimos).
E São João Crisóstomo ouve dizer-lhe o Cristo: “Desci novamente à terra, não só para me misturar com os da tua gente, mas também para te abraçar: deixo-me comer por ti e deixo-me partir em pequenos pedaços, para que a nossa união e amálgama sejam verdadeiramente perfeitas. De fato, enquanto os seres que se unem mantêm perfeitamente distinta a sua individualidade, Eu, invés, formo uma unidade contigo. Aliás, não quero que nada se meta entre nós; só quero o seguinte: que ambos formemos uma só coisa”.
Além dessa união individual com cada fiel, cada batizado, Jesus Cristo está unido a toda a Igreja. O Espírito Santo, dado à Igreja em Pentecostes, é o mesmo Espírito de Jesus, que ele, na cruz, entrega ao Pai: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu Espírito”.(Lc 23,46.) O Espírito Santo é o “outro Consolador” (cf. Jo 14,16) que Jesus prometera pedir ao Pai.
Quando a sociedade humana olha para a Igreja como se ela fosse apenas uma organização jurídica, administrativa e hierárquica, ignora sua realidade mística, isto é, sua profunda identidade com o próprio Senhor. Fixam seu olhar desatento apenas nas aparências externas, deixando de perceber a vida de Deus que pulsa na Igreja, sua profunda unidade com Cristo.
Se tivessem noção dessa in-corporação, certamente aceitariam que Deus fala pela boca da Igreja, mesmo quando esta, com base no Evangelho, parece emitir conceitos e sugerir princípios éticos para o tratamento de questões estranhas à sua natureza íntima, como quando analisa problemas sociais, ambientais e econômicos.
Há muita gente falando mal da Igreja, como se ela fosse apenas uma sociedade humana, um clube de religiosos. No fundo, porém, ainda se ouve a voz do Senhor: “Quem vos ouve, a mim ouve. Quem vos rejeita, é a mim que rejeita. Quem me rejeita, rejeita o Pai, que me enviou.” (Lc 10, 16.)
Orai sem cessar: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.” (Gl 2,20)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 04/10/2013
HOMILIA
AS CIDADES QUE NÃO CRERAM Lc 10,13-16
No Primeiro Testamento eram comuns as imprecações contra nações ou cidades adversárias de Israel ou de Judá. Nos Evangelhos, temos aqui as imprecações, com os "ais" como anúncio de desgraça, contra três cidades vizinhas ao Lago da Galileia, Cafarnaum, Corazim e Betsaida, próximas entre si. Depois haverá também a imprecação sobre "Jerusalém, que matas os profetas.
Com estas censuras às três cidades, Lucas encerra as orientações aos setenta e dois enviados em missão. Lucas julgou as censuras oportunas para completar a advertência aos discípulos sobre a possível rejeição que poderiam encontrar por parte de alguma cidade na qual entrassem em missão. Em Mateus estas censuras estão articuladas à advertência a "esta geração", formada pelos chefes religiosos de Israel, que rejeitam Jesus. A censura a Corazim, Betsaida e Cafarnaum é um caso único de censura a cidades. Depois será feita também a censura a Jerusalém. As três cidades eram locais de comércio. Em ambiente de riqueza, as cidades fecham-se à novidade do Reino. Por rejeitarem os milagres feitos por Jesus, Corazim e Betsaida terão condenação maior do que as cidades gentílicas de Tiro e Sidônia, execradas por Isaías (Is 23,1-18). E Cafarnaúm será julgada com maior rigor do que Sodoma, protótipo bíblico de cidade da corrupção. Encerrando as palavras de envio, Jesus identifica-se com o próprio discípulo em missão.
Assim Jesus começa o Evangelho de hoje. Essas palavras foram ditas após o retorno dos discípulos enviados, os quais não foram bem recebidos nestas cidades. Com essas palavras, Jesus expressa o seu sentimento de desgosto. Imagino Jesus pronunciando esses "Ais" com toda a sua autoridade deveria fazer o coração parar de bater por uma fração de segundo. Nós, cristãos, deveríamos tremer diante da possibilidade de escutar um "ai" de Jesus dirigido a nós.
Pai, move-me à conversão e à penitência diante do testemunho de Jesus, de modo que eu não incorra em castigo por minha incapacidade de reconhecer o apelo da salvação.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 03/10/2014
HOMILIA DIÁRIA
Seja o portador da bênção de Deus para a sua família
Seja você o portador do bem, da bênção e da luz de Deus para a sua família! Implore a bênção de Deus sobre a sua casa para que nenhum dos seus pereça.
“Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lucas 10, 16).
A Palavra de Deus hoje nos apresenta Jesus sentenciando, de uma forma bem dura, as cidades que O desprezaram e não O acolheram. Não é que Jesus esteja maldizendo estas cidades, mas são as próprias cidades Corazim e Betsaida que não se abrem para acolher a salvação que ali chega.
E deixe-me lhe dizer: onde a bênção não está o mal tende a crescer; onde a bênção e a graça são rejeitadas, a semente do mal tende ali depois a crescer e a produzir frutos. E você sabe o que são os frutos estragados e os frutos malditos.
Nós olhamos ao nosso redor e vemos que, muitas vezes, cidades, casas, famílias inteiras parecem ser amaldiçoadas. E por que pensamos assim? Ninguém pode amaldiçoar ninguém, contudo, alguém pode rejeitar a bênção, pode rejeitar a graça, e onde a graça não é aceita e acolhida a desgraça pode bater à porta.
A Palavra de Deus hoje nos chama primeiro a nos convertermos. E converter significa acolher a Palavra de Deus, porque não há maldição, não há desgraça maior do que rejeitarmos a Deus e à Sua Palavra e vivermos a condenação eterna por não mudarmos de vida.
Não deixe que a sua casa, o lugar onde você mora; não deixe que a sua cidade, o lugar onde você vive, seja uma cidade perdida e amaldiçoada! Basta que na sua casa haja um justo, basta que na sua cidade haja alguém que busque a Deus de todo o coração. Por isso se penitencie pelos pecados e pelos males que foram feitos nessa casa e nessa família, para implorar a bênção e a graça de Deus.
Deus não recusa a Sua graça e a Sua bênção a ninguém e a lugar nenhum! Mas é verdade que pessoas, que lugares e que situações rejeitam a graça de Deus, menosprezam e desprezam a Sua graça. Há lugares onde o nome de Deus é caçoado e as coisas d’Ele são rejeitadas, por essa razão os frutos que são colhidos nesses lugares são os mais negativos possíveis.
Implore a bênção de Deus, a graça d’Ele sobre a sua casa, sobre a sua família; não deixe nenhum dos seus perecerem pelo mal; invoque o bem sobre eles. Ainda que na sua casa haja pessoas que possam rejeitar ou ainda sejam indiferentes à Palavra de Deus, seja o portador da graça, seja o portador da bênção, seja ali, aquele canal à dissipar a força do mal aonde este queira chegar ou bater à porta.
Onde existe um abençoado, onde existe um agraciado, onde há uma pessoa que se abre ao amor de Deus, ali o mal não planta raízes. O lugar, a cidade, a casa e a família em que ninguém se abre à graça de Deus são maus. Seja você o portador do bem, da bênção e da luz de Deus para os seus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/10/2014
Oração Final
Pai Santo, nós te damos graças pela vida de Francisco de Assis, de quem nós celebramos hoje a memória. Que nos lembremos de seu exemplo de humildade e do seu jeito pessoal de seguir os passos do Mestre. E que, como ele, nós te glorifiquemos com nossa vida e testemunho de amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/10/2013
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a virtude da gratidão para que reconheçamos os dons maiores que nos ofereces – a vida, a fé e, acima de tudo, o teu Filho Unigênito que se fez humano e viveu entre nós anunciando a presença do Teu Reino de Amor dentro do nosso coração. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.