sábado, 16 de dezembro de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

NOVENA DE NATAL - TERCEIRO DIA (15 a 23/12/2023)


NOVENA DE NATAL - TERCEIRO DIA

3º Dia - Jesus, acenda em nossos corações o amor

01. Canto

Vem, Senhor, Jesus, o mundo precisa de ti (bis)
Ao mundo falta AMOR. Tu és AMOR. Vem, Senhor Jesus!

2. Saudação

Com. - A graça e a paz do Senhor estejam conosco
Todos - Ele está no meio de nós!

Somos discípulos e missionários daquele que vem!

Com. - Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida
Todos - Tende piedade de nós.

3. Motivação: Documento de Aparecida

Com. - Em sintonia com a V Conferência de Aparecida, hoje o tema de nossa novena é um pedido. Que o Senhor acenda em nossos corações o amor.

Leitor 1 - "Hoje, Jesus continua convidando a nós a encontrarmos n’Ele o amor do Pai. Por isto mesmo, o discípulo missionário deve ser um homem ou uma mulher que torna visível o amor misericordioso do Pai, especialmente aos pobres e pecadores ." (DAp 147).

4. Palavra de Deus

Com. - Tomemos agora a Palavra de Deus onde Ele se revela a nós.

Canto - Envia tua Palavra, Palavra de salvação, que vem trazer esperança, aos pobres, libertação

Leitor 2 - Leitura bíblica (Ler na Bíblia: 1Jo 3,16-18)

(Alguns momentos de silêncio)

5. Partilha

Com. - Quem ama é capaz de dar a vida pelo irmão. O amor não são palavras, mas, ações concretas. Vamos recordar momentos em que fomos capazes de amar concretamente. Vamos partilhar e colocando nossa palhinha na manjedoura.

(Momentos para partilha dos participantes).

Canto: Ave Maria, Ave Maria, Ave Maria, Mãe de Jesus.


6. Oração

Com. - Rezemos com toda a Igreja:

- Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, rosto humano de Deus e rosto divino do homem, acendei em nossos corações o amor ao Pai que está no céu e a alegria de sermos cristãos.

- Vinde ao nosso encontro e guiai nossos passos para seguir-vos e amar-vos na comunhão de vossa Igreja, celebrando e vivendo o dom da Eucaristia, carregando nossa cruz, e ungidos por vosso envio.

- Dai-nos sempre o fogo de vosso Santo Espírito, que ilumine nossas mentes e desperte entre nós o desejo de contemplar-vos, o amor aos irmãos, sobretudo aos aflitos, e o ardor por anunciar-vos no início deste século.

- Discípulos e missionários vossos, queremos remar mar adentro, para que nossos povos tenham em Vós vida abundante, e com solidariedade construam a fraternidade e a paz.

Todos: Senhor Jesus, vinde e enviai-nos!

Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós. Amém.

7. Canto

Envia tua Palavra, Palavra de salvação, que vem trazer esperança, aos pobres, libertação.


8. Despedida e Bênção

Com. - Até o próximo encontro vamos descobrir o rosto humano de Deus na pessoa dos irmãos.

Jesus Divino Mestre seja para ti a verdade que ilumina, o caminho da santidade, a vida plena e eterna. Que ele te guarde e defenda.

Plenifique de todos os bens a ti e a todos os que amas.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. (Alberione)

Todos se despedem, combinando, antes, o próximo encontro.



HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 16/12/2023

ANO B


Mt 17,10-13

Comentário do Evangelho

A rejeição e morte de João são a prefiguração da rejeição e morte de Jesus

Nosso texto do evangelho de hoje é a sequência do relato da transfiguração (Mt 17,1-8). Tendo contemplado Elias com Moisés (cf. v. 3), os discípulos se perguntam sobre o retorno de Elias (cf. v. 10). A subtração surpreendente do profeta Elias numa carruagem de fogo dará lugar a uma crença popular segundo a qual a sua volta precederia a vinda do Messias: “E eu vos enviarei o profeta Elias, antes que chegue o dia do Senhor, grande e terrível: ele reconciliará pais com filhos, filhos com pais, e assim eu não virei para exterminar a terra” (Ml 3,23-24; Eclo 48,10). Se Elias não voltou, segundo esta crença, Jesus não é o Messias. Mas Jesus responde: “Elias já veio, e não o reconheceram” (v. 12). Jesus identifica a missão de João Batista com a do profeta Elias (cf. v. 13); João Batista não só foi rejeitado, mas maltratado e morto (cf. Mt 14,3-12; Mc 6,17-29; Lc 3,19-20). A rejeição e morte de João são a prefiguração da rejeição e morte de Jesus: “Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles” (v. 12).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, desfaze tudo quanto me impede de reconhecer em teu Filho Jesus, despojado de qualquer ambição mundana, a manifestação de teu amor pela humanidade.
Fonte: Paulinas em 14/12/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O Filho do Homem vai padecer nas mãos deles


Jesus está a caminho de Jerusalém. Ele se transfigura, antecipando a glória da ressurreição e preparando os discípulos para perceberem a história com o olhar da Páscoa. Eles ainda não o compreenderam. Difícil é a conexão entre o monte e a planície, entre a experiência da glória contemplada e os desafios da vida concreta. Diante da visão de Elias, na Transfiguração, surge a pergunta sobre seu retorno em preparação à vinda do Messias.
Na cabeça dos discípulos, se Elias não veio, Jesus não é o Messias. Jesus responde que Elias já veio, referindo-se a João, mas não lhe deram ouvidos. O Batista foi morto por causa de sua pregação sobre a justiça e em defesa da família. Assim também acontecerá com o Filho do Homem. João Batista se torna precursor de Jesus em nascimento, vida e morte.
Característica fundamental de João: a humildade de reconhecer que o protagonista é outro. Ele não é a Luz, mas é testemunha dela; não é a Palavra, mas empresta-lhe a voz; não é o Esposo, mas seu melhor amigo. Sobre Jesus, ele diz: “Que ele cresça e eu diminua”.
Nossa missão: sermos precursores, como João; prepararmos os caminhos do Senhor. Não preguemos a nós mesmos. O mundo precisa de menos gurus e de mais mistagogos que, de fato, conduzam à manjedoura de Belém.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

A tradição em Israel afirmava que antes da chegada do Messias viria um Precursor – simbolizado na figura de Elias. Jesus revela que João Batista, vivendo o papel de testemunha do Cristo e O precedendo, fora o Elias esperado. Para nós fica o alerta: não esperemos novos sinais, pois Jesus de Nazaré é o Cristo, Unigênito do Pai, a Palavra Criadora Encarnada.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Os doutores da Lei tentavam reduzir a história da salvação a um teorema que se pode demonstrar matematicamente. E se preocupavam em analisar cada palavra da Escritura, para conferir se tudo andava conforme o previsto. Jesus foi a grande surpresa que surgiu. Ele cumpriu não apenas a letra da Lei, mas realizou o Espírito da Promessa.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/12/2017

VIVENDO A PALAVRA

A tradição em Israel afirmava que antes da chegada do Messias viria um Precursor – simbolizado na figura de Elias. Jesus revela que João Batista, vivendo o papel de testemunha do Cristo e O precedendo, fora o Elias esperado. Para nós fica o alerta: não esperemos novos sinais, pois Jesus de Nazaré é o Cristo, Unigênito do Pai, a Palavra Criadora Encarnada.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2019

Reflexão

O Profeta Elias foi aquele que, na sua época, lutou contra os profetas de Baal na tentativa de restabelecer o culto a Javé e reconduzir os corações do povo para Deus. Assim também era a função de João Batista, que deveria pregar a conversão para preparar um povo disposto para a vinda de Jesus. Neste sentido, João Batista realiza a promessa da volta de Elias, que não foi a sua ressurreição ou reencarnação ou ainda a carruagem de fogo o trouxe de volta do alto, mas o profetismo segundo o espírito de Elias se fez presente em João Batista.
Fonte: CNBB em 14/12/2013

Reflexão

O profeta Elias foi um homem repleto do Espírito de Deus e cheio de coragem e valentia. Enfrentou inimigos do seu povo e de sua fé no Deus único de Israel. Nos dias de Jesus, outro profeta se apresenta com as características de Elias. É João Batista, dotado de fortaleza, coragem e zelo pela causa do Senhor. A João Batista, precursor do Messias, as autoridades puseram na prisão e em seguida o mataram, cortando-lhe a cabeça. A Jesus, o Messias esperado, tratarão de modo semelhante: vão condená-lo e eliminá-lo com a morte na cruz. Os discípulos de Cristo sabem que correm o risco de terem a mesma sorte que seu Mestre: “Se perseguiram a mim, vão perseguir a vocês também” (Jo 15,20).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 14/12/2019

Reflexão

Descendo da montanha após a transfiguração, onde foi revelado o rosto do Messias de Deus, os discípulos interrogam Jesus a respeito da conversa sobre o retorno de Elias. Jesus responde que este já veio e virá de novo na figura de outros profetas. Elias foi reconhecido como um dos grandes profetas não escritores de Israel. Como tantos outros profetas, Elias, denunciando e combatendo a idolatria, foi rejeitado e perseguido, assim como aconteceu com João Batista e com o próprio Jesus. Todos aqueles que se propõem a segui-lo e assumir sua missão estarão sujeitos à perseguição. Os autênticos profetas do Deus de Jesus, de todos os tempos, podem sofrer o mesmo destino do Mestre, mas não temem encarar os desafios do seu projeto, pois sabem que serão levantados pelo poder de Deus.
Oração
Ó Mestre Jesus, esclareces que João Batista veio com as mesmas características do profeta Elias. No entanto, João foi recusado e “fizeram com ele tudo quanto quiseram”. Dizias que fariam contigo a mesma coisa que fizeram com João. Bom seria se tivessem compreendido tua chamada de atenção. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 11/12/2021

Reflexão

Conforme crença popular, ensinada pelos doutores da Lei, antes da vinda do Messias viria alguém com as características do profeta Elias. Se Elias ainda não voltou, Jesus não é o Messias. Mas já voltou, explica Jesus; é João Batista, cuja missão era preparar o povo. Mas não o reconheceram e fizeram com ele “tudo quanto quiseram”. Conhecemos o trágico fim que teve João, por capricho de Herodes (Mt 14,1-12). Igual desfecho terá Jesus: “O Filho do Homem deverá sofrer por causa deles”. Elias, João Batista e Jesus, os três falam em nome de Deus. Pregam a mudança de atitudes pessoais e sociais. Provocam a ira e a rejeição dos poderosos, que não abrem mão de seus privilégios. A morte de Jesus será inevitável, preço de sua fidelidade ao plano de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 10/12/2022

Reflexão

O profeta Elias foi um homem repleto do Espírito de Deus e cheio de coragem e valentia. Enfrentou inimigos do seu povo e de sua fé no Deus único de Israel. Nos dias de Jesus, outro profeta se apresenta com as características de Elias. É João Batista, dotado de fortaleza, coragem e zelo pela causa do Senhor. A João Batista, precursor do Messias, as autoridades puseram na prisão e em seguida o mataram, cortando-lhe a cabeça. A Jesus, o Messias esperado, tratarão de modo semelhante: vão condená-lo e eliminá-lo com a morte na cruz. Os discípulos de Cristo sabem que correm o risco de terem a mesma sorte que seu Mestre: “Se perseguiram a mim, vão perseguir a vocês também” (Jo 15,20).
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Elias já veio, e não o reconheceram. Pelo contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram»

Rev. D. Xavier SOBREVÍA i Vidal
(Sant Just Desvern, Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus conversa com os discípulos, enquanto desce da montanha, onde tinham vivido a Transfiguração. O Senhor não aceitou a proposta de Pedro para ficar aí e, desce respondendo às perguntas dos discípulos. Estes, que acabam de participar por breves instantes da glória de Deus, estão surpreendidos e não compreendem que já tenha chegado o Messias, sem que o profeta Elias tenha vindo primeiro preparar a sua vinda.
Acontece que a preparação já se tinha realizado: «Eu vos digo mais: Elias já veio» (Mt 17,12): João Batista preparou o caminho. Mas os homens do mundo não reconhecem os profetas de Deus, nem os poderosos da Terra reconhecem a divindade de Jesus Cristo.
É preciso um olhar novo e um coração novo para reconhecer os caminhos de Deus e responder com generosidade e alegria ao chamamento exigente dos seus enviados. Nem todos estão dispostos a entendê-lo e, menos ainda, a vivê-lo. Senão também, as nossas vidas e os nossos projetos podem estar em oposição à vontade de Deus. Uma oposição que pode até converter-se em luta e rejeição do nosso Pai do Céu.
Precisamos descobrir o amor intenso que guia os desígnios de Deus quanto a nós e, se formos consequentes com a fé e a moral que Jesus nos revela, não estranharemos os maus-tratos, as difamações e as perseguições. É que, estar no bom caminho, não nos evita as dificuldades e Ele ensina-nos a continuar, apesar do sofrimento.
À Mãe de Jesus, Rainha dos Apóstolos, pedimos que interceda para que a ninguém faltem amigos que, como os profetas, anunciem a Boa Nova da salvação que nos traz o nascimento de Jesus Cristo. Temos a missão, você e eu, de fazer com que este Natal seja vivido mais cristãmente pelas pessoas que encontraremos no nosso caminho.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O amor não pode ficar sem ver o que ama: por isso os santos desprezaram todos seus merecimentos, se não iam poder ver a Deus. Moises se atreve por isso a dizer: Se obteve teu favor, mostra-me tua glória» (Santo Pedro Crisólogo)

- «A vivência de Elias no Sinai, que não viu a presença de Deus no furacão, o fogo ou o terremoto, senão numa brisa suave e silenciosa, tem cumprimento aqui. O poder de Deus se manifesta agora em sua mansidão, sua grandeza, em sua simplicidade e proximidade» (Bento XVI)

- «João é “Elias que deve vir” (Mt17,10-13): o fogo do Espírito habita nele e o faz correr à frente [na qualidade de “precursor”] do Senhor que vem. Em João, o Precursor, o Espírito Santo conclui a obra de “preparar um povo bem-disposto para o Senhor” (Lc 1,17)» (Catecismo da Igreja Católica, n°718)

Reflexão

Jesus, “Luz de Luz”, esperança do homem

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje respiramos um clima de expectativa. A liturgia convida à esperança, assinalando no horizonte da história a luz do Salvador que vem. Esta luz já se manifestou na plenitude dos tempos. Nossa esperança não carece de fundamento, senão que se apoia num acontecimento que se situa na história e, ao mesmo tempo, a supera: Jesus de Nazaré, a quem São João aplica o título de "luz" (próprio de Deus).
A esperança cristã está inseparavelmente unida ao conhecimento do rosto de Deus, o rosto que Jesus —o Filho unigênito— revelou-nos com sua encarnação, morte e ressurreição. A esperança verdadeira e segura está fundamentada na fé em Deus Amor, Pai misericordioso, que "tanto amou ao mundo que lhe deu ao seu Filho unigênito", para que os homens possam ter vida em abundância.
—O Advento é tempo favorável para redescobrir uma esperança não vaga e ilusória, senão certa e fiável, por estar "ancorada" em Cristo, Deus feito homem, roca de nossa salvação.

Recadinho

O tempo que antecede o Natal é propício para que nós, também, estejamos de coração aberto a fim de que aconteçam em nós as grandes transformações que Deus quer operar na nossa vida. Estou atento a isso? Que tipo de presente vou poder dar a Deus? - João Batista anunciou e testemunhou a presença de Deus. Faço o mesmo? João Batista preparou os caminhos do Senhor. Posso fazer alguma coisa por alguém que precisa conhecer melhor os caminhos de Deus? Nossa Senhora está presente em sua caminhada para o Natal?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 14/12/2013

Meditação

Os rabinos acreditavam que Elias devia preparar a vinda do Messias. Os discípulos, então, perguntaram sobre isso, porque tinham visto o profeta ao lado de Jesus. A vinda do Messias foi preparada por João Batista, afirma Jesus. Pela sua resposta não ficamos sabendo se, de fato, e não apenas simbolicamente, Elias virá no final dos tempos, segundo a opinião dos antigos e de muitos estudiosos modernos. Importa-nos viver autenticamente a fé.
Oração
CONCEDEI-NOS, Ó DEUS TODO-PODEROSO, que desponte em nossos corações o esplendor da vossa glória, para que, dissipada toda escuridão da noite, a vinda do vosso Filho Unigênito revele que somos filhos da luz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus compara João Batista a Elias


Hoje, Jesus Cristo nos explica que o profeta Elias e João Batista tiveram vidas parecidas. Elias, em seu tempo, defendeu com muita energia ao Deus de Israel —o Deus verdadeiro— diante de deuses falsos que se inventavam os homens.
—João Batista preparou o caminho de Jesus. Mas os homens do mundo não reconhecem aos homens de Deus, nem os prepotentes da Terra reconhecem a divindade de Jesus Cristo. Jesus-Deus só te pede que o recebas com alegria, como os pastores de Belém.

Meditando o evangelho

QUESTIONANDO UMA DOUTRINA

Os mestres da Lei prenunciavam a vinda de Elias como sinal de realização das esperanças messiânicas. Esta doutrina fundava-se na crença de que haveria uma restauração gloriosa de Israel, por obra do Messias. Este triunfalismo foi questionado por Jesus.
A tarefa atribuída ao profeta Elias – "colocar tudo em ordem" – fora desempenhada por João Batista. Sua vida humilde e ascética impediu que os triunfalistas o reconhecessem. Só os simples foram capazes de perceber a importância da pregação do Precursor, e se deixaram batizar por ele, confessando seus pecados, dispostos a se converterem.
O destino cruel reservado ao Batista revelou a leviandade dos esquemas religiosos e políticos de seu tempo. Esperando uma manifestação espalhafatosa de Deus, que a eximisse da responsabilidade de estar sempre vigilante e em discernimento, a liderança religiosa fez-se surda aos apelos de quem exigia dela uma decisão responsável e livre. Desta forma, ela desprezou a oportunidade oferecida por Deus.
O caminho trilhado por Jesus foi idêntico ao do Batista. Despojado de qualquer pretensão mundana, fez-se solidário com os pobres e marginalizados, os deserdados deste mundo. Por isso, quem cultivava a mesma mentalidade triunfalista dos adversários do Batista jamais poderia confessá-lo como Messias. Só quem entendia que a obra de Deus acontece na contramão da mentalidade humana estava em condições de tornar-se discípulo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, desfaze tudo quanto me impede de reconhecer em teu Filho Jesus, despojado de qualquer ambição mundana, a manifestação de teu amor pela humanidade.
Fonte: Dom Total em 14/12/201316/12/2017 14/12/2019

Oração
Ó Deus, que inspirastes ao presbítero são João da Cruz extraordinário amor pelo Cristo e total desapego de si mesmo, fazei que, imitando sempre o seu exemplo, cheguemos à contemplação da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 14/12/2013

Meditando o evangelho

A VINDA DE ELIAS

As expectativas messiânicas do tempo de Jesus mesclavam-se com uma série de elementos, dentre os quais, a crença que, por ocasião da vinda do Messias, o profeta Elias haveria de retornar. Era bem conhecida a história do profeta arrebatado aos céus, num carro de fogo. Por não ter morrido, como qualquer ser humano, difundiu-se a esperança de que Elias voltaria no fim dos tempos, indicando, assim, que a vinda do Messias estava próxima.
Jesus não negou esta tradição. Entretanto, ofereceu uma pista para indicar que ela já se havia realizado na pessoa de João Batista. A ação precursora dele em relação a Jesus correspondia àquela de Elias, em vista do Messias vindouro. A conclusão era evidente: Jesus era o Messias esperado por Israel. Deveria, pois, ser aceito e acolhido como tal.
Entretanto, o Mestre não se adaptou aos esquemas messiânicos do povo. Se, por um lado, sua presença assinalava o fim de uma era, por outro, introduzia, na história humana, um tempo novo. Ele superou a agitação messiânica, propondo aos discípulos um ideal de fraternidade, fundado na misericórdia e no serviço desinteressado aos irmãos. Igualmente recusou-se a responder questões de curiosidade a respeito do dia do fim do mundo e do número dos que seriam salvos. Desta forma, rompeu com o messianismo popular, dando margem para que seus discípulos assumissem sua vida e sua missão com mais seriedade.
Fonte: Dom Total em 11/12/2021 10/12/2022

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, não me deixes contaminar pelas preocupações escatológicas. Antes, que eu esteja sempre voltado para o compromisso de transformar o mundo pelo amor.
Fonte: Dom Total em 11/12/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Eu nasci assim e cresci assim, vou viver assim...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Esta afirmação, embora poética, e que foi trilha sonora da personagem principal de "Gabriela", obra do Romancista Jorge Amado, que depois foi levado para o cinema e a TV, também mostra a teimosia de quem não quer saber de mudar de vida. A gente só pensa em mudanças de vida quando as coisas não vão bem para o nosso lado. Quando tudo está bem, e estamos levando vantagem, ficamos muito bem acomodados e rejeitamos qualquer mudança, chegando a odiar quem vier com tal proposta.
Para os poderosos da Corte Palaciana de Herodes, e para os poderosos do sistema religioso daquela época, o normal seria manter o "Status Quo" dominavam a política, a economia e o sistema religioso, tinham muitos privilégios e regalias. Como é que alguém, vai querer abrir mão dessas vantagens, só se for maluco!
A pregação, primeiro de João Batista, e depois de Jesus Cristo, exige uma mudança de vida, do modo de pensar e de agir, na relação com as pessoas. Até hoje vigora esse pensamento: se as mudanças me trarão algum benefício ou privilégio, sou capaz de brigar e até de matar, por elas, mas se vai me subtrair alguma coisa, me trazendo perdas, principalmente materiais, e me tirando algum poder que detenho, do mesmo modo brigo e luto para que não aconteçam e a vida do irmão de nada vale, perto dos meus interesses.
Assim foi que os profetas do antigo testamento, o próprio João Batista e depois Jesus Cristo, todos foram mortos, porque seus pensamentos e ações não se afinavam com os dos poderosos daquele tempo.
O interesse em comum, a justiça e a igualdade de direitos é o fundamento do Reino de Deus, em meio a uma sociedade bastante corrompida nesse sentido, nossas comunidades cristãs devem estar muito "afinadas" com os pobres, os miseráveis, os que sofrem, os que nunca têm vez. Certamente que esta postura poderá nos trazer grandes encrencas e perseguições, então se encham de alegria, pois estamos no caminho certo do discipulado onde o profetismo será sempre rechaçado pelos que não querem mudanças...

2. Elias já veio, e não o reconheceram
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

O Segundo Livro dos Reis conta que o profeta Elias não morreu e foi arrebatado ao céu. Estava andando em conversando com o profeta Eliseu à beira do rio Jordão, quando um carro de fogo os separou um do outro e Elias subiu ao céu num turbilhão. O Eclesiástico faz o elogio do profeta, cuja palavra queimava como uma tocha. Arrebatado num turbilhão de fogo, num carro puxado por cavalos de fogo, o profeta foi designado, nas ameaças do furor, para apaziguar a cólera antes do furor, para reconduzir o coração dos pais aos filhos e restabelecer as tribos de Jacó. Tal foi Elias, que foi envolvido num turbilhão. Este Elias será enviado por Deus antes que chegue o Dia do Senhor, grande e terrível, diz o profeta Malaquias. Enquanto Moisés deu a Lei para ser observada, Elias virá converter os corações. Ele fará voltar o coração dos pais para os filhos e o coração dos filhos para os pais, para que Deus não venha ferir a terra com anátema. Terra ferida com anátema significa terra excomungada, na qual é impossível viver. O povo de Israel esperava a volta de Elias como sinal do Dia do Senhor, quando o Messias se manifestará e o tempo chegará ao fim. Jesus relaciona discretamente Elias com João Batista, o precursor, que anuncia a chegada daquele que deve vir e o aponta como o Cordeiro de Deus. Não é preciso esperar por Elias. João desempenha o seu papel.
Fonte: NPD Brasil em 16/12/2017

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Apresentação
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Na minha vizinhança nos primeiros tempos de casado, meu sogro gostava de se divertir com uma “Trucada”, um jovem que frequentava a nossa casa se divertia jogando com os mais velhos, e quando fazia alguma jogada que punha o adversário em aperto, usava um bordão para expressar sua valentia “Sou neto do Túfi e sobrinho do Caluda”, Tufi era seu avô, famoso naquela Vila por ser hábil truqueiro, Caluda era o apelido do tio, também com a mesma fama.
Neste evangelho Jesus rasga o Verbo ao falar de Elias e João Batista, é como se ele dissesse “Sou da mesma linha do Profeta Elias e de João Batista”. É até bonito entendermos esse evangelho, pois Jesus está dizendo a seus discípulos que ele não fugirá da “Raia” e que como seus dois predecessores também será perseguido, torturado e morto, mas o anúncio será feito á todas as categorias de pessoas, gente simples ou importante, ricos e pobres, jutos e pecadores, pessoas que iriam se admirar dele e passariam a ser seus seguidores, mas outros que passariam a odiá-lo até a morte na cruz.
A pregação do Evangelho de Cristo não é um show como querem alguns, não são discursos e palavras bonitas para agradar algumas pessoas, não são palavras para gerar emoção e lágrimas, como muitos gostam de fazer, ao contrário, tem uma vertente profética que jamais pode ser deixada de lado, uma linha dura que anuncia a Justiça e denuncia a Injustiça, que requer uma mudança de vida e uma adesão ao Reino como uma opção radical.
E diante de perseguições, incompreensões que possam surgir, basta lembrar-se do modo de ser daquele jovem jogador de truco “Somos seguidores de Jesus, Cristãos da “Gema”, que traz a linha profética no sangue, na alma e no coração”.

2. Não o reconheceram - Mt 17,10-13
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Entre os judeus se dizia que primeiro viria o profeta Elias e depois o Messias. A vinda de Elias era sinal de que o Messias prometido estava chegando. No fim do livro de Malaquias está escrito: “Eis que vos enviarei Elias, o profeta, antes que chegue o Dia do Senhor, grande e terrível. Ele fará voltar o coração dos pais para os filhos e o coração dos filhos para os pais, para que eu não venha exterminar a terra”. Elias foi levado ao céu num carro de fogo e voltará. Os discípulos perguntam a Jesus “por que os escribas ensinam que Elias deve vir primeiro?”. Eles não perguntam porque querem uma resposta. A pergunta afirma que Elias não veio e Jesus não é o Messias. E jogam a responsabilidade da afirmação sobre os escribas. A pergunta que fazem levanta dúvidas sobre a messianidade de Jesus. Jesus é mesmo o Messias? Eles esperavam um Messias glorioso, vencedor dos romanos e restaurador do reino de Davi, e não um “Filho do Homem maltratado”. Daí a pergunta: “Onde está Elias?” Eles estavam vivendo um momento de dificuldade de aceitação de Jesus. Aquele Jesus não era bem o que esperavam. Na verdade, porém, Elias já tinha vindo, mas na pessoa de João Batista. João Batista exerce a missão de Elias. Ele não é reencarnação de Elias, nem precisa ser. Desempenhando o papel do profeta, sua presença é sinal de que o Salvador está vindo.
Fonte: NPD Brasil em 14/12/2019

HOMILIA

EU AFIRMO A VOCÊS QUE ELIAS JÁ VEIO

João Batista veio movido pelo mesmo espírito, isto é, com a mesma missão profética de Elias de levar o povo de Deus a uma conversão interior. Assim, ele abriu os caminhos para o Senhor e anunciou a todos a salvação de Jesus Cristo. O anúncio de Elias, assim como o de João Batista tinha como finalidade levar o povo a uma verdadeira conversão.
A exemplo de João Batista, vamos nos preparar a todos para receber JESUS CRISTO que está vindo. Como sabemos Jesus não vai nascer de novo na noite de 25 de dezembro. Mas esta é a data em que relembramos e comemoramos o seu nascimento, a sua vinda ao mundo, ou seja, o mistério da encarnação. O próprio Deus assumiu a natureza humana para nos deixar tudo o que precisamos para a nossa salvação.
Precisamos mostrar ao mundo a pessoa de Cristo que está vindo diariamente a cada um de nós. Batendo a nossa porta. E para isso devemos estar preparados. Discutir e refletir com as pessoas, no como devemos fazer e agir para estarmos preparados. Explicar o que significa preparar os nossos caminhos para a vinda do Senhor. Precisamos mostrar aos nossos irmãos em Cristo, que o Natal não é somente comprar, presentear, comer e beber. O Natal é tempo de conversão e mudança interior começando por cada um de nós, para depois proceder a mudança exterior, começando na nossa casa, no ambiente de trabalho, na escola, na faculdade, etc. O momento é agora. Vamos começar?
Esse tempo que antecede o Natal é propício para que nós, também, estejamos de coração aberto a fim de que aconteçam em nós as grandes transformações que Deus quer operar na nossa vida. Elias, foi arrebatado num carro de fogo e, voltará, ele mesmo, “para colocar tudo em ordem”, antes que venha o grande dia do Senhor. É o próprio Jesus quem assim afirma. Portanto, toda hora é hora para que nós nos preparemos para a vinda do Senhor, que virá uma segunda vez para criar novos céus e uma nova terra. “Vinde, Senhor Jesus!”
Pai, desfaze tudo quanto me impede de reconhecer em teu Filho Jesus, despojado de qualquer ambição mundana, a manifestação de teu amor pela humanidade.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 14/12/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SÁBADO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 14/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Que a mensagem de Jesus encontre lugar dentro do seu coração

Hoje desejo que, profundamente, a mensagem de Jesus encontre lugar dentro do seu coração. Desejo que verdadeiramente, na sua casa, o Senhor seja acolhido!

“Ora, eu vos digo: Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles.” (Mt 17,12)

Meus queridos irmãos e irmãs no seguimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, dois personagens aos quais temos de prestar bastante atenção neste tempo em que vivemos: João Batista e Jesus. Jesus e João Batista.
Os judeus dizem: “Mas, para que venha o Messias, não é preciso que primeiro venha Elias? Porque Elias é aquele que vai nos mostrar quem é verdadeiramente o Messias!” E então Jesus responde: “Elias já veio” (Mt 17, 12b). Elias já passou no meio de vocês, mas ele não foi recebido nem reconhecido. Ao contrário, o maltrataram e o mataram. (cf. Mt 17, 10-13).
É claro que Elias, o profeta do Antigo Testamento, não voltou à vida – ou ainda como dizem alguns – ele também não “reencarnou”. Apenas que João Batista representou aquilo que Elias foi para o povo na sua época. João Batista agora veio com esse mesmo espírito: preparar o povo para que recebesse o Messias, preparar o povo para que recebesse Jesus, o Senhor e Salvador.
Você sabe como foi a pregação de João Batista, como ele foi incisivo, o quanto ele apontou o caminho da salvação, o quanto ele disse verdades. E por causa dessas verdades, esse santo foi maltratado e morreu decapitado. Mas, se não acolheram Elias na pessoa de João Batista, o mesmo irá acontecer com o Filho do Homem, que será rejeitado e maltratado. A indiferença do povo daquela época foi a grande causa da rejeição a Jesus e à mensagem d’Ele.
Sabe, meus irmãos, os anos se passaram, e ainda que nos preparemos para celebrar o Natal – o nascimento do Salvador – com tudo aquilo fazemos, ou seja, com as pompas, com as decorações, Jesus continua sendo o “rejeitado” de todos os tempos!
Ainda são muitos os lares que não O acolhem. Mesmo os lares que se preparam para celebrar o seu Natal não são capazes de acolher a vida que Jesus nos trouxe, não são capazes de acolher a Sua mensagem, o Seu Evangelho, e se comportam com uma verdadeira indiferença. Até fazem festa… Até recordam que é Natal, mas não são capazes de reconhecer que Jesus veio para trazer uma vida nova, baseada no Seu Evangelho e na Sua mensagem.
Hoje desejo que, profundamente, a mensagem de Jesus encontre lugar dentro do seu coração. Que dentro de você essa mensagem encontre lugar para nascer, para crescer e para fecundar vida. Eu desejo que verdadeiramente, na sua casa, o Senhor seja acolhido!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Encontremos no sofrimento a bênção de Deus

Quando o sofrimento vem bater à nossa porta, Deus vai à frente para dizer que está sofrendo conosco

“Ora, eu vos digo: Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim, também, o Filho do Homem será maltratado por eles.” (Mateus 17,12)

Os judeus esperavam a volta de Elias; ele era um profeta bem reconhecido no Antigo Testamento, era o maior dos profetas por tudo aquilo que ele significou na profecia de Israel, no ensino da vontade de Deus, pela vida austera que levou, pela amizade e intimidade que tinha com o Senhor.
A crença era que Elias deveria voltar, mas não entenderam a lógica divina. Não é que Elias se encarnaria novamente para se fazer presente, mas o “espírito” de Elias. O que ele trazia como o ardor da presença de Deus, no meio do povo, veio na figura de João Batista.
João Batista representou Elias para o povo, mas eles não o reconheceram, não é que João fosse o Elias encarnado, mas os valores dele estavam presentes na vida de João Batista.
Muitos foram ao encontro de João e deixaram-se batizar por ele, acolherem as suas palavras, porém, muitos caçoaram, desprezaram e ridicularizaram João, viram nele um louco ou algo parecido.
Jesus está dizendo: “Assim como fizeram com João, além de não o reconhecerem como um sinal profético, o desprezaram, da mesma forma farão com o Filho do Homem”. O Filho do Homem será maltratado, não será reconhecido, e sabemos que Ele, depois de tudo isso, ainda será crucificado e morto pelos homens.
O desprezo é o não reconhecimento, desprezar quer dizer não acolher, é, acima de tudo, expulsar aquela presença sagrada do meio das nossas vidas.
Não podemos desprezar a presença de Deus do nosso meio, não façamos isso de modo algum. Sabemos que, se não fazemos isso de forma direta, nós o fazemos pela indiferença, pelo pouco caso, não reconhecemos onde Deus se faz presente no meio de nós.
Eu poderia citar a Palavra de Deus, os sacramentos, mas existem visitas de Deus ao nosso meio que são ignoradas e desprezadas, sobretudo, quando Deus se manifesta na pessoa do próximo. Não existe visita mais próxima de Deus em nosso meio, do que a visita d’Ele por meio do sofrimento e dos sofredores.
Não quer dizer que Deus nos quer sofrendo, porém, quando o sofrimento vem bater à nossa porta, Deus vai à frente para dizer que está sofrendo conosco e que está ao nosso lado.
Quando encontro um sofredor, alguém sofrendo de verdade, na minha casa, na minha família, na sociedade onde estamos, ali é o lugar de nos encontrarmos com Deus, é o lugar de acolhê-Lo, ali está a pessoa de Deus presente no meio de nós.
Não desprezemos o sofrimento, como se ele fosse uma maldição, mas encontremos a bênção no sofrimento porque Deus fala, se faz presente, se faz companheiro, solidário, se faz um conosco; naquilo que sofremos e passamos.
Acolha os sofredores, não olhe para eles como desgraçados, desprezados. Olhe para eles como um sinal de que, Deus fala, e está presente no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/12/2017

HOMILIA DIÁRIA

A graça de Deus rompe as barreiras que criam divisões

“Ora, eu vos digo: Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles.” (Mateus 17,12)

No Evangelho de hoje, enquanto Jesus ensinava os sumos sacerdotes e anciãos do povo, vieram questioná-Lo a respeito da Sua autoridade, questioná-Lo de onde vinha toda a capacidade que Ele tinha para fazer, ensinar, exortar, conduzir e fazer tudo o que Ele fazia.
Não é que eles queriam saber de onde vinha a autoridade de Jesus, na verdade, eles se sentiam sem ela, porque, para eles, tinha tal virtude quem tinha um cargo; e lhes faltava a autoridade moral.
Não podemos deixar que a nossa vida decaia quando perdemos o direito de ordenar. Numa casa, se um pai e uma mãe não tem autoridade, a casa vai cair, vai entrar em ruínas.
Entenda que autoridade não é autoritarismo; é a autoridade da vida, da autenticidade, e ela vem de bem exercer e testemunhar aquilo que se faz.

Podemos falar muitas coisas bonitas a respeito de Deus, mas não teremos autoridade se não tivermos comunhão com Ele

Os sumos sacerdotes já não tinham mais essa autoridade diante do povo, porque não levava este a sério, não o respeitava. Não podemos perder a autoridade da fé, não podemos perder a autoridade em nossa casa, em nossa família nem no mundo.
Precisamos, pelo testemunho evangélico, pela nossa comunhão com Deus, sermos testemunhas d’Ele para o mundo. Podemos até falar muito de Deus, até podemos falar muitas coisas bonitas a respeito d’Ele, mas não teremos autoridade se não tivermos comunhão com Ele.
Os sumos sacerdotes e anciãos do povo eram “autoridades religiosas”, mas a religião se tornou tão formal, uma religião tão legal, do legalismo, que não se tornou a religião da comunhão com Deus, da relação profunda e íntima com o Senhor. Por isso, Jesus tinha autoridade, porque Ele não só falava, mas vivia; Ele não só dizia o que sabia, mas alimentava, profundamente, a sua comunhão com Deus e O trazia para os seus.
Não podemos, simplesmente, falar de Deus, precisamos trazê-Lo, levá-Lo e sermos a presença d’Ele com nossos atos, nossas atitudes, com a nossa humildade e o reconhecimento da nossa própria fragilidade, com a nossa conversão, nossas mudanças de atitudes, pois assim viveremos a nossa relação de autoridade com Ele.
Só pode ser autoridade de Deus para com os outros quem, de verdade, é submisso a Ele e a Sua Palavra.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/12/2019

HOMILIA DIÁRIA

Deixemos Jesus converter o nosso coração

“Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles.” (Mateus 17,12)

Geração perversa à de Jesus, que não reconheceram os enviados de Deus. Primeiro, a referência que Jesus faz a Elias, João Batista veio com o Espírito de Elias. Aí você pergunta: “O Espírito de Elias?”, “Que espírito de Elias?”. É o espírito profético, o espírito profético que Elias tinha que foi tão importante para Israel, mas Israel também não o ouviu.
gora, no novo tempo que é dado a Israel, veio o novo Elias, veio João Batista com esse mesmo espírito anunciando, preparando, e muitos não o reconheceram. É claro! É preciso reconhecer que pessoas se converteram, pessoas ouviram João, deixaram-se batizar, mas os religiosos na sua grande maioria, os líderes não.

Só não se converte ou não deixamos Jesus converter o nosso coração, porque não aceitamos as correções de Deus

Como é difícil, muitas vezes, nós, obcecados no mundo religioso em que estamos, com as nossas pretensões de sermos realmente donos do Reino dos Céus, não nos convertermos para Deus com a graça que Ele nos envia. Porque achamos que o Reino de Deus, que a Palavra de Deus é enviada sempre para os outros, aí estou sempre sendo duro em culpar, em chamar à atenção os outros, e não deixo que a Palavra de Deus exerça essa força da convenção em mim.
Preciso me converter, a cada dia, e preciso entender que conversão não é simplesmente mudança de comportamento, também é uma expressão necessária, mas a conversão vem pela mudança de mentalidade. A mentalidade religiosa corrompida é uma das mais perversas que existem, porque a mentalidade religiosa pervertida se fecha, bloqueia-se e não se abre para ser corrigida. Você pode olhar que uma pessoa religiosa não gosta de ser corrigida, ela gosta de corrigir os outros; a pessoa religiosa não gosta de ser instruída, porque ela se acha instrutora dos outros, quando, na verdade, a graça de Deus muda a mentalidade.
A conversão é justamente abrir a mente e dizer: “Preciso aprender sempre”, “Preciso de ajuda”, “Preciso de socorro”, “Preciso aprender a ser humilde”, porque quando não me converto, a minha atitude religiosa faz de mim uma pessoa arrogante, com aquelas jactâncias todas, com aquelas vaidades todas. É por isso que quando Jesus se refere aqui aos religiosos de Sua época, e você sabe o número deles, os grupos que eles tinham, os fariseus, os doutores da Lei, não eram os doutores da lei civil, eram os doutores da Lei religiosa mesmo. Vamos nos tornando doutos em religião, em falar de Deus, mas só não se converte ou não deixamos Jesus converter o nosso coração, porque não aceitamos as correções de Deus.
Elias veio para corrigir Israel, e Israel não se deixou corrigir por ele. No novo tempo, vem João corrigir também Israel, e Israel não se deixa convencer nem se converter por ele, e agora vem Jesus e com Ele fazem ainda pior, não só não o recebem, mas o matam, rejeitam-no e matam-no.
Não podemos seguir o caminho dos maus religiosos, e mau religioso não é aquele que fica em casa acomodado, também é uma forma má de viver a religião, mas o mau religioso é aquele que não acolhe, é aquele que não se converte, é aquele que quer converter a todos e não converte a si próprio. Acolhamos, pois é tempo de conversão.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/12/2021

HOMILIA DIÁRIA

Prepare o caminho para a chegada do Senhor

“‘Ora, eu vos digo: ‘Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles’. Então, os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Batista.” (Mateus 11,12-13)

Meus irmãos, um dos personagens importantes que temos neste tempo do Advento é João Batista, e também o profeta Isaías e a Virgem Maria.
Por que João Batista tem a sua importância? Porque ele preparou o caminho do Senhor. João Batista foi escolhido por Deus para ser profeta, e desempenhou bem o seu profetismo, ele apontou para Nosso Senhor Jesus Cristo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. João Batista pôde dizer: “É necessário que Ele cresça e eu diminua”.
João Batista foi um grande sinal para o seu tempo. E, hoje, a Igreja e cada um de nós somos também chamados a ser como João Batista.
Houve ali um questionamento a respeito de Elias, que deveria vir, e Jesus declarou: “Olha, minha gente, Elias já veio”, e como concluiu aqui o Evangelho, os discípulos entenderam que ele já veio mesmo — João Batista.

Preparemos o caminho do Senhor para a Sua vinda definitiva, através do nosso testemunho

Não significa que Elias voltou em João Batista, mas a profecia de Elias se deu em João Batista, é dessa forma. Nosso Senhor veio neste mundo anunciado por João Batista.
João Batista foi o que preparou o caminho do Senhor, foi o que apontou para Ele. Infelizmente, João foi desprezado, foi morto, foi degolado, e Jesus disse que isso também aconteceria com o Filho do Homem, com Ele, Jesus.
Meus irmãos, João Batista foi perseguido. Lá no Antigo Testamento, os profetas foram perseguidos, Jesus disse que também seria rejeitado. Será que estamos esperando que nós também não seremos rejeitados, que nós seremos benquistos por todos? Doce ilusão, pois nós também passaremos por cruzes, por dificuldades, se vivermos a nossa vocação de também ser ‘João Batista’ neste mundo, de anunciar o Reino, de anunciar e apontar para o Cristo.
Peçamos esta graça ao Senhor neste dia e nesta hora, a graça de termos a coragem e a ousadia de João Batista, de preparar o caminho do Senhor porque Ele vem para nos salvar.
Sejamos anunciadores da esperança do amor de Deus, não simplesmente dos castigos, das catástrofes. Sejamos anunciadores da boa nova, Jesus Cristo, que deseja a conversão e que deseja a vida dos Seus. Preparemos o caminho do Senhor para a Sua vinda definitiva, através do nosso testemunho e da nossa vida.
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/12/2022

Oração Final
Pai Santo, faze-nos crianças de teu Reinado de Amor. Que não racionalizemos a nossa fé, mas nos entreguemos inteiros à maravilhosa aventura de crer no inefável Mistério do teu Amor, que nos ofereceu o Cristo – Filho Unigênito. Ele se fez carne, humana como a nossa, em Jesus de Nazaré, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a simplicidade das crianças para acolhermos o teu Reino em nossos corações e nos entregarmos sem defesas à gratuidade do teu Amor. Que não nos preocupemos com a busca de explicações, mas com a confiança de filhos que se reconhecem muito amados por Ti, Pai querido. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/12/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos crianças de teu Reinado de Amor. Que não racionalizemos a nossa fé, mas nos entreguemos inteiros à maravilhosa aventura de crer no inefável Mistério do teu Amor, que nos ofereceu o Cristo – Filho Unigênito. Ele se fez carne, humana como a nossa, em Jesus de Nazaré; viveu fazendo o Bem a todos; foi condenado e morto, mas Tu o ressuscitaste e Ele agora reina contigo na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/12/2019