terça-feira, 31 de janeiro de 2023

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

CAMPANHA | FEVEREIRO ROXO E LARANJA


Durante este mês, as cores roxa e laranja são utilizadas em diversos meios de comunicação com o objetivo de atentar para a conscientização e combate de algumas doenças.

A cor roxa foi escolhida para a conscientização do Lúpus, da Fibromialgia e do Mal de Alzheimer. Já a cor laranja foi incluída na campanha para conscientizar um dos tipos mais graves de câncer, a Leucemia.

 Lúpus

O Lúpus é caracterizado como um distúrbio crônico que faz com que o organismo produza mais anticorpos que o necessário para manter o organismo em pleno funcionamento. Os anticorpos em excesso passam a atacar o organismo, causando inflamações nos rins, pulmões, pele e articulações. Segundo o Ministério da Saúde, o Lúpus Sistêmico (Les) é a forma mais séria da doença e também a mais comum afetando aproximadamente 70% dos pacientes com Lúpus. Ele afeta principalmente mulheres, sendo 9 em 10 pacientes com o risco mais elevado durante a idade fértil.

 Fibromialgia

Já a Fibromialgia ataca especificamente as articulações, causando dores por todo o corpo, principalmente nos músculos e tendões. A síndrome também provoca cansaço excessivo, alterações no sono, ansiedade e depressão. A doença pode aparecer depois de eventos graves como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção. O motivo pelo qual pessoas desenvolvem a doença ainda é desconhecido. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) calcula que a fibromialgia afeta cerca de 3% da população. De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres.

 Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social. Com o passar do tempo, ela também interfere no comportamento e personalidade da pessoa, causando consequências como a perda de memória. O Alzheimer é a causa mais comum de demência – um grupo de distúrbios cerebrais que causam a perda de habilidades intelectuais e sociais. No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).

 Leucemia

Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que em 2019 a leucemia teve mais de 10 mil novos casos. Os sintomas incluem anemia, palidez, sonolência, fadiga, palpitação, manchas roxas na pele ou pontos vermelhos, bem como gânglios linfáticos inchados, perda de peso, febre e dores nas articulações e ossos.

A campanha também frisa a importância da doação de medula óssea. A doação é muito importante, pois a cada cem mil pacientes, apenas um doador é compatível.

Procure orientação em uma Unidade de Saúde.

*Texto: Unafisco Saúde

Fevereiro Roxo e Fevereiro Laranja


Fevereiro Roxo

Apesar de ser um mês curto e marcado por festas, são vários os alertas no segundo mês do ano. A cor roxa aponta para lúpus, mal de Alzheimer e fibromialgia. A escolha do roxo se deu por ser mundialmente conhecido como a cor das duas primeiras doenças citadas que, embora bem distintas, afetam milhares de brasileiros todos os anos.

Fevereiro Laranja

A campanha Fevereiro Laranja é um alerta sobre a leucemia, um dos tipos mais comuns de câncer, com mais de 250 mil casos por ano no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A ideia é acender o alerta para a importância da prevenção, além da doação de medula óssea.

FEVEREIRO é o mês dedicado a Sagrada Família


FEVEREIRO é o mês da Sagrada Família porque após as celebrações do Natal, a Igreja a venera. Foi na Sagrada Família que Jesus viveu toda a a sua vida antes de começar a sua vida pública para a salvação a humanidade. Ali ele aprendeu as coisas santas, trabalhou com mãos humanas, obedeceu a Seus pais e se preparou para a grande missão. Olhando para a Sagrada Família a Igreja deseja que os casais e filhos aprendam a viver segundo a vontade de Deus. “O mundo seria bem melhor se o Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria e os pais fossem José”. Embora o começo da Quaresma mude de acordo com o calendário civil, uma boa parte de Fevereiro nos dá um espaço de tempo entre as celebrações do Natal e do foco maior na vida pública e no ministério de Jesus, que ocorre na Quaresma.


ADEUS JANEIRO! SEJA BEM VINDO FEVEREIRO... QUE VENHA CHEIO DE ESPERANÇA, QUE A SAÚDE E A FELICIDADE SEJAM MULTIPLICADAS. "QUE O MENOR MÊS DO ANO, SEJA O MAIOR EM BENÇÃOS PARA NOSSAS VIDAS." "TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE."FILIPENSES 4:13

DESEJO UM MÊS DE FEVEREIRO ABENÇOADO A TODOS OS MEUS AMIGOS E AMIGAS DO FACEBOOK!

SEJA BEM VINDO FEVEREIRO!!!! QUE O MENOR MÊS DO ANO SEJA O MAIOR EM BENÇÃOS PARA NOSSAS VIDAS.

FEVEREIRO... SEJA BEM VINDO! QUE SEJA UM MÊS DE VITÓRIAS.

ADEUS JANEIRO! SEJA BEM VINDO FEVEREIRO... QUE VENHA CHEIO DE ESPERANÇA, QUE A SAÚDE E A FELICIDADE SEJAM MULTIPLICADAS. "QUE O MENOR MÊS DO ANO, SEJA O MAIOR EM BENÇÃOS PARA NOSSAS VIDAS." "TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE." FILIPENSES 4,13

SEJA BEM-VINDO FEVEREIRO! QUE CADA DIA SEJA MARCADO POR VITÓRIAS. FOI A GRAÇA DE DEUS QUE ME TROUXE ATÉ AQUI E NUNCA ME ABANDONARÁ.

TCHAU JANEIRO! PODE IR E LEVE CONTIGO TODAS AS COISAS RUINS E QUE FEVEREIRO TRAGA MUITA ALEGRIA, AMOR E FELICIDADE!!

ADEUS JANEIRO!! SEJA BEM VINDO FEVEREIRO. QUE VENHA CHEIO DE ESPERANÇA, QUE A SAÚDE E A FELICIDADE SEJAM MULTIPLICADAS! "QUE O MENOR MÊS DO ANO, SEJA O MAIOR EM BENÇÃOS PARA NOSSAS VIDAS." "TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE". (FILIPENSES 4,13)

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 5,21-43 - 31/01/2023


Confie no cuidado constante de Deus

“Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, e pediu com insistência: ‘Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!’ Jesus então o acompanhou” (Marcos 5,22-24).



Vejam, meus irmãos e minhas irmãs, existem muitas formas de chegarmos até Jesus; pode ser até mesmo a curiosidade — “Vou lá ver como que é” —, pode ser através de um amigo, de um familiar ou até mesmo por meio de uma experiência de amor. Em um encontro de oração que nós fazemos, podemos experimentar a proximidade e  chegar até Jesus.
Vale lembrar que essa aproximação pode ser também através da experiência dura do sofrimento. Quantas pessoas reencontram Deus, quantas pessoas reencontram o caminho do Senhor, após uma experiência de sofrimento e de dor. São inúmeras pessoas que passam por um momento de tribulação e, ali, no meio daquela dor, daquele abandono, experimentam o cuidado de Deus, experimentam uma mão poderosa protegendo, as defendendo e se voltam para Deus.
Os caminhos do Senhor e a forma de Deus chegar ao coração humano são infinitas, não podemos conhecê-las. No caso de hoje, é um pai que pede pela filha doente. Inúmeras vezes, presenciei isso! Quantos pais e quantas mães vieram pedir pelos seus filhos. A caminho da gravação da Homilia, encontrei uma mãe que pedia pela filha em depressão, presa já há dias dentro de um quarto, fechada dentro de um quarto sofrendo.

São inúmeras pessoas que passam por um momento de tribulação e, no meio daquele abandono, experimentam o cuidado de Deus

Esse pai viu o sofrimento da sua filha; pais e mães desesperados que vão procurar alívio para o sofrimento de um filho ou de uma filha. Isso é real, isso acontece! Ele era Jairo, um chefe da sinagoga. Olha que interessante, as contradições da vida, os sofrimentos não poupam os homens e as mulheres de Deus. Jairo era um homem de Deus, poderíamos dizer com os termos de hoje, que era um homem de igreja, era uma pessoa que acreditava e que vivia a sua fé.
A nossa vida com Deus não nos blinda de passar por situações de enfermidade, por enfrentar algum problema na nossa família, a enfermidade do nosso parente. Isso vale muito para nós, porque podemos nesses momentos nos perguntar — “Mas eu que rezo tanto, que sou de Deus, que busco tanto a Deus, como que isso foi acontecer comigo?”. É um mistério!
A resposta de Jesus não é apenas fazer o milagre, curar aquela menina, mas Jesus vai encontrar aquela menina, porque ela precisava ver Jesus.
Para qualquer enfermidade, Jesus é o remédio que não pode não ser buscado; Jesus precisa ser buscado e Ele não pode ser a última opção — quando tudo já não tem jeito, quando já fui aos médicos, quando já fiz o que podia, agora eu vou para Jesus. Não! Jesus precisa ser a primeira opção. Porque, em Jesus, mesmo que a cura não venha, nós encontraremos força para enfrentar aquela situação.
O pai precisava estar com Jesus, o pai precisava experimentar o cuidado de Jesus, a atenção de Jesus, saber que tinha Jesus com ele. Quando Jesus chega àquela casa, fica a sós com a família, porque eles também precisavam estar com Jesus.
Então, mais importante do que tocar no milagre e na cura, era experimentar a presença de Jesus. Peça a Ele que entre hoje na sua vida e na sua história. E que, naquilo que você está vivendo, Ele esteja com vocês, segurando a mão de vocês, enfrentando essa situação, vivendo a dor e o sofrimento que vocês estão passando, mas sintam a presença e o consolo de Jesus.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 5,1-20 - 30/01/2023


O Senhor quer habitar o seu coração e libertá-lo do mal

“Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro. Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele e gritou bem alto: ‘Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo?’” (Marcos 5,2.6-7).



Meus irmãos e minhas irmãs, o mal sabe quem é Jesus, o mal sabe a identidade de Jesus. Nem o mal resiste à força de atração que Jesus exerce sobre todas as coisas; até o demônio vai aos pés de Jesus, porque sabe que Ele é Deus.
Vejam, bastou Jesus tocar com os pés na terra daquele homem possuído para que o mal que estava nele se manifestasse. É assim que acontece, os pés de Jesus naquela terra, fazem tremer as forças do mal. O puro toca o impuro; o santo toca o pecador, a realidade de pecado. É isso que acontece, porque Nosso Senhor quis pisar a terra do nosso coração, quis pisar no solo impuro do nosso coração. Para quê? Para expulsar todo mal que possa existir dentro de nós.
Talvez, dentro de nós, também escondam essas realidades do mal, e Nosso Senhor hoje quer, pela força da Sua Palavra, tocar o teu coração e libertar você.

O Senhor se manifesta para destruir todas as obras do mal dentro do nosso coração

O homem — diz a Palavra — saiu do cemitério. Vejam, longe de Deus nós experimentamos a frieza da morte, a solidão de um sepulcro e a falta de vida. Quando nós nos afastamos de Deus, experimentamos somente realidades de morte, não há vida longe de Deus; nós não sobrevivemos estando longe d’Ele.
Depois, o endemoniado chama Jesus de “Filho do Altíssimo”. Vejam que interessante, o mal não é ateu, ele sabe quem é Jesus, ele sabe quem é o Filho de Deus. A identidade de Jesus é uma evidência para ele, só que, infelizmente, ele não dá espaço para Deus dentro dele, mas deu espaço para o mal, deu espaço para que o mal habitasse o seu coração.
Certamente, foram muitas concessões que aquele homem foi dando ao longo da sua vida, foram permissões que ele foi dando para que o mal se apossasse das suas capacidades — capacidade de amar, capacidade de escolha, capacidade de decisão. Tanto é que ele começa a fazer o mal para si mesmo, a se mutilar, a se autodestruir; é assim que o mal faz conosco, ele vai pouco a pouco, a partir de uma concessão pequena que damos, tomando espaço dentro de nós. E quando nos damos conta, estamos não mais agindo segundo o Espírito de Deus, mas segundo o espírito do mal.
Nosso Senhor não quer isso para nenhum de nós, Nosso Senhor não quer que nos mutilemos, nos autodestruamos, mas Ele quer que nós tenhamos vida plena. Hoje, Ele se manifesta para destruir todas as obras do mal dentro do nosso coração.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mt 5,1-12a - 29/01/2023


Jesus quer realizar bem-aventuranças em sua vida

“Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: ‘Bem-aventurados’” (Mateus 5,1-3).



Detenho-me sobre este versículo inicial porque hoje é domingo, dia do Senhor. E o Evangelho proposto a cada um de nós é o Evangelho das bem-aventuranças. Mas o início do Evangelho já nos dá elementos muito interessantes, porque começa dizendo que Jesus “viu as multidões”.
É o amor visceral de Jesus, é aquele amor que comove o coração de Jesus. Ele não viu porque eram muitas pessoas, mas Jesus viu porque elas eram únicas, cada pessoa era importante aos olhos de Deus, pelos olhos de Jesus.
O que Jesus faz é o que Deus faz conosco. Deus nos vê, Ele te vê, vê a sua situação, os seus sofrimentos, as suas lágrimas; tudo o que você vive está debaixo dos olhos atentos de Deus.
Certamente, Ele viu naquelas pessoas dores, lágrimas, pobreza, aflições, pessoas injustiçadas. Viu também muita pureza no coração daquelas pessoas, mansidão e misericórdia. O ensinamento de Jesus parte da realidade que Ele vê. Jesus falou sobre as bem-aventuranças porque Ele enxergava no coração daquelas pessoas cada um dos elementos das bem-aventuranças.

A didática de Jesus é chamar de bem-aventurados aqueles que, na verdade, não estão vivendo as bem-aventuranças

Diz a Palavra que Jesus começou a ensinar. “Didáskalos” (termo grego), vem o termo didática a partir disso. Jesus é mestre, Ele ensina, Ele é didata, Ele sabe justamente o que as Suas ovelhas precisam ouvir. Primeiro, porque Jesus ensina com a própria vida, porque a palavra que sai da Sua boca é a Sua própria vida. Jesus é a Palavra, então, quando Ele fala, na verdade, Jesus se dá àquelas pessoas porque a Sua Palavra é Ele mesmo.
Qual é a didática de Jesus? É chamar aquelas pessoas de bem-aventuradas e felizes; aqueles que, na verdade, não estão vivendo as bem-aventuranças, mas o contrário. Que coisa estranha, não é!? A didática de Jesus é chamar de bem-aventurados e felizes pessoas que estão totalmente no contrário, que estão passando por dificuldades, que estão em contradição, que estão passando fome, que estão chorando.
Quando tudo parece contrário e contraditório, ali se esconde uma bem-aventurança, e isso nos diz muito! Encontrar alegria numa dor, sentir-se salvo quando tudo parece perdido, sentir coragem e força quando você passa por uma injustiça, quando você passa por uma perseguição e por um sofrimento. Aprender essa lição é tarefa que exige exercício diário de oração, de escuta, de meditação, de humildade e obediência à voz de Deus.
O Senhor quer nos ensinar com as realidades próprias da nossa vida, Deus quer tirar uma grande lição para você daquilo que você está vivendo hoje. Não é por castigo, não é por penalidade, mas por amor. Porque Deus pode, até mesmo de uma situação tão difícil, tirar uma grande graça para todos nós.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 4,35-41 - 28/01/2023


Confie a sua vida aos cuidados de Deus

“Jesus disse a seus discípulos: ‘Vamos para a outra margem!’ Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro” (Marcos 4,35-36.38).



Vejam, meus irmãos e minhas irmãs, o Evangelho de hoje é o relato daquela tempestade. Mas vamos ao começo; eles [discípulos] despediram a multidão. A relação de qualquer tipo precisa ser sempre livre, sempre marcada por essa liberdade.
Jesus ensina os Seus discípulos a não ficarem dependentes da multidão, a não se agarrarem a esse tipo de coisa, porque a mudança é sempre frutuosa — se destacar, se separar das realidades, tomar uma certa distância é sempre frutuoso.
E, nesse começo de ano, muitas paróquias, muitas comunidades fazem mudanças de coordenação, por isso, é muito bom mudar lideranças, coordenadores, para que ninguém se apegue a um cargo, a um trabalho e ninguém se sinta insubstituível. Precisamos viver essa realidade!
Então, eles despedem a multidão e fazem essa separação. Depois, o Evangelho diz que eles levaram Jesus do jeito que Ele estava. A tradução original é, na verdade, “como Jesus era”: eles levaram Jesus como Ele era.

Jesus precisa ser presente na nossa vida com tudo que Ele é

Às vezes, nós queremos um Jesus não como Ele é, mas como nós queremos; um Jesus do jeito que eu imagino, do jeito que eu preciso que Ele seja, e Jesus passa a ser uma convenção das minhas necessidades. É um grande perigo! Os discípulos levaram Jesus do jeito que Ele era.
Precisamos acolher Jesus num todo, com tudo aquilo que Ele nos traz no mistério da Sua vida completa, inclusive o Seu sofrimento, a Sua paixão e a Sua morte. Jesus precisa ser presente na nossa vida com tudo que Ele; é e não só, como eu disse, a partir das nossas convenções.
Uma coisa interessante é que Jesus dorme na parte de trás com um travesseiro. A parte de trás da barca era a parte mais baixa; e, ali, certamente, a água chegaria primeiro. Uma realidade que não é comum, porque, se Jesus queria repouso, Ele não deveria estar naquele lugar da barca; Ele deveria estar numa outra parte; e diz que Ele dorme. Como Jesus consegue numa situação assim dormir? E diz ainda que Ele levou o travesseiro. Jesus se preparou bem para aquela situação, o seu interior estava em serenidade, Ele tinha uma vida de oração que O preparava para entregar a Sua vida e não para poupá-la.
Isso é interessante. Muitas vezes, a nossa oração é só para poupar a nossa vida, para nos defender, para nos proteger. Muitas vezes, fazemos a oração da defesa da nossa vida, mas nunca fazemos a oração da entrega da nossa vida; por isso, Jesus estava tão tranquilo porque Ele estava se preparando para entregar a Sua vida por mim e por você, por isso, Ele dormia sobre um travesseiro.
Peçamos ao Senhor que nos dê essa graça da serenidade, essa oração sincera de um abandono total nas Suas mãos, porque nós sabemos que a nossa vida está nas mãos de Deus.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 4,26-34 - 27/01/2023


Espalhe as boas sementes em seu coração

“O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. Primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga” (Marcos 4,26-27.28).



Meus irmãos e minhas irmãs, “alguém espalha a semente”. Jesus faz essa comparação, Ele conta, de fato, essa parábola para nos falar sobre o Reino de Deus: “alguém espalha a semente”. A única ação que compete a mim e a você, a única coisa, digamos assim, que depende de nós é espalhar a semente.
O agricultor só faz esse trabalho, porque o restante compete a Deus. E aqui está o segredo: a nossa dependência de Deus e a confiança que nós precisamos ter n’Ele, e isso vale para qualquer coisa.
Nosso grande problema, muitas vezes, é querer controlar tudo; controlar o que acontece a partir de uma pregação, controlar o que acontece a partir de uma experiência que fazemos. Mas existem muitas coisas que vêm à tona sem a nossa participação. É um mistério de Deus, é um mistério da força da Palavra de Deus que vai encontrando dentro de nós um caminho para nos levar, de fato, à comunhão perfeita com Ele.

Existe a hora de Deus para cada um; a nós cabe só lançar a semente

E essas coisas que acontecem nesse mistério chamamos de: governo de Deus. É Deus que toma a frente, Deus é quem se ocupa de tudo; a nossa missão, a nossa parte é como eu disse: lançar a semente, abrir o coração, deixar que essa semente seja lançada dentro de nós, porque as outras coisas vão acontecendo ao ritmo da vida.
Você ouviu no Evangelho: “dorme e acorda”, ou seja, é no ritmo da vida, é no cotidiano da nossa vida, acontece no tempo devido, na hora de Deus, noite e dia. Deus tem a Sua hora para nos encontrar!
Muitas vezes, encontro pessoas que me pedem para rezar pela conversão de alguém, de algum parente, de alguma pessoa amiga, e digo sempre para essas pessoas: existe a hora de Deus para cada um; a nós cabe só lançar a semente. Mas cada um ao seu tempo, no seu momento, do seu jeito, vai encontrar o caminho do Senhor.
Esse mistério é insondável, não podemos explicar. A Palavra de Deus nos disse: “a semente vai germinando, vai crescendo…”, porque é um processo contínuo, e isso não acontece da noite para o dia, isso não acontece a partir dos nossos imediatismos. Não! Com a graça de Deus, esse mistério vai acontecendo pouco a pouco. Os frutos da graça de Deus na nossa vida são progressivos — folhas, espiga, depois grãos que enchem a espiga.
Não tenhamos pressa, porque, muitas vezes, a nossa pressa de querer a conversão de alguém pode estragar todo o processo, pode arruinar tudo. Porque não podemos controlar a ação de Deus na vida das outras pessoas. É Deus quem age, não vamos amputar o processo nem no começo nem no meio, mas vamos deixar que os grãos encham a espiga. Que seja Deus a conduzir todo o processo; somos só, em alguns momentos, colaboradores. Não atrapalhemos, ajudemos, e que a graça de Deus cresça na nossa vida e na vida das pessoas.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 31/01/2023

ANO A


Mc 5,21-43

Comentário do Evangelho

Duas mulheres diante de Jesus

Entre a solicitação de Jairo, chefe da sinagoga, e a chegada de Jesus em sua casa, há o episódio da mulher que sofria de um fluxo de sangue. O tema que domina todo o trecho é o da fé; à mulher, Jesus diz: "Filha, a tua fé te salvou." (v. 34); a Jairo, aflito pela notícia da morte da filha, Jesus encoraja: "Não tenhas medo, somente crê" (v. 36). A fé não é a causa da cura da mulher nem da reanimação da filha de Jairo. Mas a fé, a confiança em Jesus, permite a abertura para receber a vida como dom e reconhecer a presença do Senhor da vida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 05/02/2013

Vivendo a Palavra

No trajeto que Jesus fazia para curar a filha de Jairo, aquela mulher era uma figurante obscura. Mas o Mestre a vê e traz para o centro, curando-a do seu mal. Assim devemos ser seus seguidores: atentos ao clamor silencioso dos que sofrem, prontos a servi-los e promover a dignidade humana.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/02/2013

VIVENDO A PALAVRA

No trajeto que Jesus fazia para curar a filha de Jairo, aquela mulher era uma figurante obscura. Mas o Mestre a vê e traz para o centro, curando-a do seu mal. Assim devemos ser, como seus seguidores: atentos ao clamor silencioso dos que sofrem, prontos para servi-los e promover a dignidade humana.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/02/2019

Reflexão

A pessoa de fé é aquela que acolhe a revelação divina e responde de forma positiva aos seus apelos. Quando a pessoa acolhe Jesus como sendo o Filho de Deus e procura responder de forma positiva a esta presença de Deus em sua vida, ela é constantemente movida ao encontro de Deus e passa a se beneficiar de suas graças e bênçãos. Mas quem não acolhe a revelação, não reconhece Jesus como o verdadeiro Deus presente no meio de nós, não vai ao seu encontro, não participa da sua vida e do seu projeto de amor e, consequentemente, não se beneficia de tudo aquilo que ele nos concede.
Fonte: CNBB em 05/02/2013

Reflexão

Dois protagonistas, duas histórias. Jairo é chefe de sinagoga; a mulher é enferma e há doze anos sofre de hemorragia, gastando todas as suas economias em tratamento sem eficácia. Jairo cai aos pés do Mestre e lhe implora a cura de sua filha que está morrendo. A mulher, considerada impura pela sua enfermidade, aproxima-se de Jesus, discretamente toca-lhe a veste, crendo que por esse gesto será curada. Recebe a cura física e a salvação pela fé. Também ela cai aos pés de Jesus, cheia de reconhecimento e gratidão. Na casa de Jairo, o clima é de morte (choradeira). Jesus, tomando a menina pela mão, ordena que volte a viver e seja alimentada, atitudes que salientam a sensibilidade de Jesus. Nem todos acreditam no poder de Jesus. Alguns caçoam dele. A maioria, entretanto, fica assombrada.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/02/2019

Reflexão

Dois protagonistas, duas histórias. Jairo é chefe de sinagoga; a mulher é enferma e há doze anos sofre de hemorragia, gastando todas as suas economias em tratamento sem eficácia. Jairo cai aos pés do Mestre e lhe implora a cura de sua filha que está morrendo. A mulher, considerada impura pela sua enfermidade, aproxima-se de Jesus, discretamente toca-lhe a veste, crendo que por esse gesto será curada. Recebe a cura física e a salvação pela fé. Também ela cai aos pés de Jesus, cheia de reconhecimento e gratidão. Na casa de Jairo, o clima é de morte (choradeira). Jesus, tomando a menina pela mão, ordena que volte a viver e seja alimentada, atitudes que salientam a sensibilidade de Jesus. Nem todos acreditam no poder de Jesus. Alguns caçoam dele. A maioria, entretanto, fica assombrada.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e fica livre da tua doença»

Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas
(Girona, Espanha)

Hoje o Evangelho apresenta-nos dois milagres de Jesus que nos falam da fé de duas pessoas bem diferentes. Tanto Jairo —um dos chefes da sinagoga— quanto aquela mulher doente mostram uma grande fé: Jairo tem a certeza de que Jesus pode curar a sua filha, enquanto aquela boa mulher confia em que um mínimo de contato com a roupa de Jesus será suficiente para ficar liberada de uma doença grave. E Jesus, porque são pessoas de fé, concede-lhes o favor que buscavam.
A primeira foi a mulher, aquela que pensava não era digna de que Jesus lhe dedicara tempo, aquela que não se atrevia a incomodar o Mestre nem a aqueles judeus tão influentes. Sem fazer barulho, aproxima-se e, tocando a borla do manto de Jesus, "arranca" sua cura e ela em seguida o nota em seu corpo. Mas Jesus, que sabe o que aconteceu, quer lhe dizer umas palavras: «Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e fica livre da tua doença» (Mc 5,34).
A Jairo, Jesus pede-lhe uma fé ainda maior. Como já Deus tinha feito com Abraham no Antigo Testamento, pedirá uma fé contra toda esperança, a fé das coisas impossíveis. Comunicaram-lhe a Jairo a terrível notícia que sua filha acabara de morrer. Podemo-nos imaginar a grande dor que sentia nesse momento, e talvez a tentação da desesperação. E Jesus, que o ouviu, lhe diz: «Não tenhas medo, somente crê» (Mc 5,36). E como aqueles patriarcas antigos, crendo contra toda esperança, viu como Jesus devolvia-lhe a vida a sua amada filha.
Duas grandes lições de fé para nós. Desde as paginas do Evangelho, Jairo e a mulher que sofria hemorragias, juntamente com tantos outros, falam-nos da necessidade de ter uma fé imóvel. Podemos fazer nossa aquela bonita exclamação evangélica: «Eu creio, Senhor, ajuda-me na minha falta de fé» (Mc 9,24).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«A leitura de hoje é um compendio de esperança e é a exclusão de qualquer motivo de desespero» (São Pedro Crisólogo)

«A Deus, pedimos muitas resoluções de problemas, de necessidades concretas e podemos fazê-lo, mas o que devemos pedir com insistência, é uma fé cada vez mais solida, para que o Senhor renove a nossa vida» (Benedito XVI)

«Jesus atende a oração da fé expressa em palavras (do leproso, de Jairo, da cananeia, do bom ladrão ou feita em silêncio (dos que trouxeram o paralítico, da hemorroíssa que Lhe tocou na veste, as lágrimas e o perfume da pecadora. (...) Seja a cura das doenças ou o perdão dos pecados, Jesus responde sempre à oração de quem Lhe implora com fé (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.616)

Meditação

Jairo era homem importante, mas cai de joelhos aos pés de Jesus, levado pelo amor de sua filha, mas principalmente pela fé. Acreditou em Jesus e em seu poder. Não era levado apenas pela fama de Jesus; era também levado interiormente pela graça divina. Não se importou com os que ali estavam, com o que haveriam de pensar. Quando nos abrimos para Deus, tudo muda em nossa vida. São João Bosco também nos dá esse exemplo em sua vida.
Oração
Ó Deus, que suscitastes São João Bosco para educador e pai dos adolescentes, fazei que, inflamados da mesma caridade, procuremos a salvação de nossos irmãos, colocando-nos inteiramente ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

DOIS GESTOS DE MISERICÓRDIA

Jesus não se furtava de mostrar-se misericordioso com cada pessoa que se aproximava dele. Não havia quem recorresse a ele e não fosse atendido. A única condição era ser movido pela fé.
A misericórdia de Jesus manifestava-se, fundamentalmente, em forma de restauração da vida. Por isso, ele se sensibilizou com o pedido pungente de um pai, cuja filhinha estava à beira da morte e que viria logo a falecer. Jesus foi salvá-la, exigindo do pai apenas manter viva sua fé. A multidão incrédula ridicularizava a afirmação de Jesus segundo a qual a menina não estava morta, mas apenas dormindo. Porém, a fé daquele pai não ficou sem resposta. A misericórdia de Jesus devolveu-lhe a filha sã e salva, como lhe havia sido pedido.
Na mesma circunstância, uma mulher penalizada por uma hemorragia de longa data também recorreu a Jesus, esperando ser curada. Ela, diferentemente do chefe da sinagoga, agia às escondidas, pensando ser agraciada por Jesus, com o dom da cura, sem que ele percebesse. Entretanto, Jesus não se deixou pegar de surpresa. E a mulher, já curada, foi obrigada a sair do anonimato. Jesus não deixou passar em silêncio aquele gesto de profunda fé. Ele mesmo declarou ter sido a fé quem levou aquela mulher a experimentar um pouco de sua misericórdia. A fé a conduziu à fonte da vida que jorrava de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, reforça minha fé, para que eu também possa desfrutar da vida que brota de ti.
Fonte: Dom Total em 05/02/2019

Comentário ao Evangelho

TRANSBORDANDO VIDA

Os dois milagres realizados por Jesus apresentam-no como fonte donde transborda a vida. Sua missão consistiu em fazer jorrar vida onde a morte e a doença pareciam impor-se. Missão de resgatar a vida humana.
O chefe da sinagoga, cuja filha havia morrido, viu seu pedido atendido: com uma ordem de Jesus, a menina retornou à vida e levantou-se, para espanto de todos. Igualmente a mulher, vítima de uma hemorragia que não se estancava, viu-se curada pelo Mestre. Em ambos os casos, Jesus se manifestou como Senhor e fonte da vida.
Essa mulher, certa de ser curada, tocara nas vestes de Jesus. Este imediatamente percebeu que uma força saíra dele. Num primeiro momento, parece que o milagre se realizara por um poder mágico, uma vez que bastou a mulher tocá-lo para sentir-se curada. Contudo, levada a explicar o sentido de seu gesto, confessou ter sido movida pela fé no poder do Mestre. Ao que ele declarou: "A tua fé te salvou!"
Nada consegue de Jesus quem o busca por considerá-lo possuidor de forças mágicas de cura. Só a fé abre caminho para a vida que dele transborda. Portanto, uma fé salvífica que supera o simples benefício físico e oferece ao ser humano muito mais que a vida material. Fé que o predispõe para a vida eterna.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. PROCURA INÚTIL?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

A procura de Jesus, por parte de sua mãe e irmãos, à primeira vista parece ter sido inconveniente e inútil. Inconveniente, por ter acontecido numa hora em que o Mestre estava rodeado por muita gente. Afastar-se, naquele momento, significava interromper o ensinamento dirigido ao povo. Inútil, por que, para ele, os laços de sangue tinham pouca importância. Logo, não havia motivo para dar-lhes um tratamento especial.
Entretanto, as coisas não foram bem assim. A chegada da mãe e dos irmãos de Jesus serviu-lhe de motivo para dar um ensinamento de extrema importância: o relacionamento entre os discípulos do Reino teria como ponto de referência a prática da vontade do Pai. Esta seria a maneira pela qual deveria articular-se o novo povo de Deus, para além de parentescos sangüíneos ou da pertença a este ou aquele povo. Doravante, a submissão à vontade do Pai, explicitada nas palavras do Filho, seria a forma de vincular-se ao Reino.
É incorreto interpretar as palavras de Jesus como uma forma de desprezo aos seus familiares. Se assim fosse, estaria indo na contramão da mais elementar piedade bíblica, a qual incluía o respeito aos genitores como algo quase sagrado, e da cultura judaica, fortemente alicerçada nas relações familiares.
Portanto, a procura de sua mãe e de seus irmãos foi de grande utilidade para Jesus, pois motivou-o a ensinar que os laços sangüíneos devem estar submetidos a algo muito mais radical e abrangente: a fidelidade a Deus.
Oração
Pai, ensina-me a pautar minha vida pela fidelidade à tua vontade, para que eu faça parte de tua família, fundada pela ação de Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 05/02/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Fé não é algo aparente...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A devoção popular é algo até bonito de se ver e que precisa sempre ser respeitada pela Igreja, mas a vida de Fé não pode se resumir a uma devoção, é preciso fazer uma experiência mais profunda pois um ato de Fé não é apenas aquilo que aparenta ser.
Analisemos com cuidado esses dois casos do evangelho de hoje, Jairo é o chefe da sinagoga, um cargo importante na comunidade judaica onde Jesus não era muito bem visto, justamente por inspirar a todos uma nova forma de se relacionar com Deus. Mas Jairo o conhece e sabe quem ele é, embora a estrutura da sua religião o negue, passa por um momento difícil em sua vida, a filhinha muito jovem está nas últimas. Ele se prostra aos pés de Jesus e seu argumento é firme não dando margem para dúvidas, da fé que ele professava em Jesus, Jairo não pediu para Jesus estudar a possibilidade de ir á sua casa visitar a menina, mas falou como quem crê "Vem impõe-lhe as mãos, para que ela se salve e viva". A Fé não é uma possibilidade mais uma realização concreta.
Ele crê na Vida nova que provém de Jesus, ele sabe no fundo do seu coração, que somente Jesus pode dar essa vida e não tem vergonha de professar publicamente a sua Fé. Aqui parece que Marcos o evangelista, olhou para o outro lado e viu a mulher portadora de uma hemorragia da qual já tinha sido praticamente desenganada pelos médicos. Essa mulher, uma anônima no meio da multidão, nada diz mais apenas pensa em tocar na barra da túnica de Jesus, que já será suficiente para ser curada. Mas Jesus percebe o ocorrido e confirma diante de todos o que acabou de acontecer com ela "Vai em paz e sê curada do seu mal".
Voltemos a Jairo, onde está ele? Será que desanimou ao ver que Jesus dera atenção á mulher enferma? Claro que não mais, no meio do caminho alguns parentes que estavam na sua casa, vieram com a notícia final "Não adianta incomodar a Jesus, a menina morreu". Na vida de Fé também é assim, há pessoas que desistem fácil, qualquer coisa torna-se pretexto para desistir de tudo e abandonar a Fé em Jesus Cristo. Mas Jairo sabia que a Vida Nova que Jesus dava para as pessoas não tinha limites, nem a morte pode impedi-la de acontecer.
Muitas vezes queremos usar a nossa Fé para resolver coisas terrenas, uma Fé que coloca Jesus a nosso serviço, era assim que as pessoas da casa de Jairo viam Jesus, a parte que lhe cabia era curar doentes, mas em se tratando de morte, não havia mais o que fazer, a não ser cuidar do enterro. Tem muita gente, inclusive cristãos de comunidade, que pensa e age assim, não conseguem vislumbrar nada de novo em Jesus Cristo.
Na casa do chefe da sinagoga Jesus chegou e segurando a mão da menina que havia morrido, ordenou-lhe "Levanta-te!" e ela se levantou e começou a caminhar. O ressuscitado não é um cadáver ambulante que se movimenta mais ele caminha porque á frente ainda há algo a ser alcançado. Temos em nós esta Vida Nova que Deus nos concedeu em nosso Batismo, tocados pelo Senhor é preciso caminhar até que possamos vislumbrar a plenitude dessa Vida. A mulher enferma e o Jairo, chefe da sinagoga, acreditaram nisso...

2. Uma grande multidão se ajuntou ao redor de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A fé no poder de Jesus cura o doente e levanta o morto. Pedro, Tiago e João estão aprendendo com Jesus, que manda alimentar a menina, anima a fé de Jairo, despede em paz a mulher que sofria de hemorragia. Jesus põe de pé e faz andar, anima e estimula.
Fonte: NPD Brasil em 05/02/2019

HOMILIA DIÁRIA

Prostre-se aos pés de Jesus e suplique que Ele chegue até a sua casa

Postado por: homilia
fevereiro 5th, 2013

Jairo era chefe de uma sinagoga. Entre as suas atribuições estava a presidência da assembleia, interpretar a Lei, decidir sobre questões legais, administrar a justiça, abençoar os casamentos e decretar os divórcios, a direção do culto na sinagoga, a seleção daqueles que deveriam liderar a oração, ler as escritura e pregar. Geralmente apenas uma pessoa ocupava essa posição em cada sinagoga, tornando-se alguém influente em sua comunidade.
Jairo era um homem respeitado, culto, inteligente, com boa formação acadêmica e religiosa. Mas quando Jesus desceu do barco e a multidão festejava o seu retorno, o semblante de Jairo não era de alegria. Ele demonstrava um misto de tristeza e esperança. Sua filha de doze anos estava à beira da morte.
A multidão está reunida em torno de Jesus (5,21), e não na sinagoga. O próprio chefe da sinagoga, Jairo, vem também a Jesus, em busca de socorro para sua filha que estava à morte.
Perder um filho deve ser uma experiência tenebrosa. É uma situação que foge ao curso natural da vida. A Bíblia não dá detalhes sobre a doença da garota, mas é certo que era algo muito grave. Jairo vivia sobre a sombra da morte de sua única filha.
É fácil imaginar que Jairo usou de todos os recursos disponíveis para curar sua filha. Os melhores médicos, os melhores remédios. Cuidado e carinho não devem ter faltado àquela menina. Mas ainda assim, a morte rondava a vida daquela família e Jairo, o chefe da sinagoga, não podia fazer mais nada.
“Lançou-se aos seus pés”. Atitude de desespero ou de fé? De qualquer forma, Jairo parece enxergar em Jesus a única possibilidade para salvar sua filha doente. Ele rogava a Jesus “com insistência”. Aqui sim, aparece um sinal indiscutível de fé e perseverança. Mais tarde, essa fé será testada ao extremo.
Acompanhando Jairo, Jesus para e dá atenção a uma mulher com hemorragia que o toca e fica curada. A dedicação ao chefe da sinagoga não distrai Jesus da atenção para com os pobres excluídos, e até os prioriza. Este relato no meio de outro (a cura da filha de Jairo) aparece para compor uma cena instigante: Jesus irá “perder” tempo com a mulher. Enquanto ele dá atenção àquela mulher, a filha de Jairo morre (lembra o episódio da ressurreição de Lázaro em Jo 11). O caso da mulher, entretanto, também traz seus significados: a mulher com este problema, naquela época, era considerada impura e vivia excluída da sociedade. Mais uma vez, Jesus realiza um milagre que resultará na inclusão social.
“Não incomodes mais o mestre”. Voltando ao tema central do nosso texto, vemos que enquanto Jesus demora-se curando e dialogando com a mulher com perda de sangue, a situação da menina se agrava ao extremo: ela morre. Alguém (pessimista, sem fé) diz a Jairo para não incomodar mais o mestre, pois tudo já está perdido. Jesus pede a Jairo que mantenha a fé; Jairo persevera. Para quem crê em Deus sempre há uma esperança; a morte não é o que parece. Surge aqui uma ligação com os ensinamentos escatológicos de Jesus: há vida após a morte; a morte não é o fim de tudo; para quem crê em Jesus, há ressurreição!
“Estavam chorando e fazendo grandes lamentações”. Para aqueles que não creem em Jesus, a morte é o fim de tudo. O desespero toma conta da casa (família, coração, vida). É uma situação irreversível? Jesus vai mostrar que não. Ele entrou na casa, tudo vai ser mudado, como em Zaqueu (Lc 19).
Na casa do chefe da sinagoga, aqueles que choravam zombam de Jesus. Tomando a menina pela mão, Jesus ordena que ela se levante. E ela se levanta.
“Menina, levanta-te!” A fé perseverante de Jairo até o fim obtém o resultado. Aquilo que parecia impossível acontece para aqueles que se entregam na fé em Jesus. A tristeza na casa desaparece quando Jesus entra nela. Jesus fala que deem de comer à menina, realçando sua recuperação.
Você está vivendo uma situação parecida com a de Jairo? Talvez não com uma filha à beira da morte, mas com alguma situação sobre a qual você já não tem mais controle? Você já usou todos os seus recursos, a sua inteligência e a sua influência para solucionar essa questão, mas nada mudou?
Eu quero lhe encorajar a tomar uma atitude que deveria ter sido tomada desde o começo da sua angústia: prostrar-se aos pés de Jesus e suplicar pela Sua ajuda.
O chefe da sinagoga, sem alternativa para doença da filha, foi procurar a Jesus. Mas aqueles que conhecem o Filho de Deus como seu Salvador não precisam esperar. Podem suplicar e clamar por socorro em qualquer tempo.
As coisas andam complicadas? Parece que nada dá certo? Parece que na batalha da vida você sempre está perdendo? Os problemas são maiores que sua capacidade para resolvê-los? Faça como Jairo: prostre-se aos pés de Jesus e suplique que Ele chegue até a sua casa. O Senhor Jesus prontamente atendeu ao chamado do chefe da sinagoga e também vai atender ao seu chamado.
A tristeza em nossa vida também desaparece quando permitimos a entrada de Cristo nela.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 05/02/2013

HOMILIA DIÁRIA

Os pais precisam ser presentes e atuantes na vida de seus filhos

Os pais precisam ser presentes. Inclusive, gostaria que as mulheres não tomassem somente para elas a responsabilidade de cuidar dos filhos

“Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, e pediu com insistência: ‘Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!’” (Marcos 5,22-23).

O Evangelho de hoje tem duas preciosidades: a primeira é Jairo, chefe da Sinagoga; a segunda é a mulher que estava atormentada há doze anos por uma hemorragia crônica.
Jairo era um pai de família. Talvez olhemos para ele apenas como um chefe da sinagoga, mas o importante nas pessoas não é o cargo que elas têm, mas aquilo que elas são. Pai é pai, mãe é mãe, nada é mais sublime do que isso. Queremos rotular as pessoas: “Olha o chefe. Ele é isso. Ele faz aquilo”. Ele é um pai. E que beleza o coração desse pai! Geralmente, estamos vendo somente as mães, são elas que pedem, que suplicam, que correm atrás. Aqui é o pai que deixa para trás toda a arrogância do título, da importância que ele possa ter de chefe da sinagoga para assumir o seu lugar de pai.
Preciso dizer que os pais precisam ser presentes e atuantes. Inclusive, gostaria que as mulheres dissessem isso, que elas não tomassem somente para si a responsabilidade de cuidar dos filhos, porque é uma divisão errada das tarefas que foram dadas.
Dizem assim: “O homem trabalha e cuida de trazer o sustento para a casa, e a questão dos filhos é da mãe”. Isso não é verdade, porque tanto o pai quanto a mãe precisam ser presentes na vida de seus filhos.
O que fez diferença na vida dessa criança do Evangelho foi, justamente, a presença do pai. Jairo estava dizendo: “Minha filhinha está nas últimas. Senhor, coloque as mãos sobre ela, para que ela sare e viva”. Quantos filhos estão doentes e enfermos, perdendo a vida pela falta da presença paterna!
A presença não se faz somente comprando presentes, cuidando das coisas da casa. A presença tem de ser ativa e efetiva. O pai precisa ir à Missa rezar e suplicar pelos seus filhos. O pai tem de estar em casa orando pelos seus filhos, tem de colocar as mãos sobre a cabeça, sobre os ombros deles e rezar, ser afetuoso, carinhoso, porque, às vezes, o pai só levanta a voz para brigar com o filho, para chamar à atenção.
A Palavra de Deus está dizendo que o pai tem de ser presente, inclusive, espiritualmente. Acabemos de uma vez por todas com essa divisão errada que foi feita em nossas casas. A responsabilidade da criação, seja ela educacional, espiritual e emocional, é do pai e da mãe.
Puxemos os nossos pais para que se façam vivos e presentes. Alguns podem dizer: “Eu não tenho jeito!”, mas para o que não tem jeito, aprendemos a ter jeito. Todo mundo pode rezar e suplicar, porque Deus escuta a oração que vem do coração do pai.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/02/2019

Oração Final
Pai Santo, que a nossa jornada nesta terra seja uma caminhada consciente rumo à plenitude do teu Reinado de Amor, desde já acolhendo o vento bom que vem do futuro glorioso, quando receberemos o teu abraço paternal. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/02/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a jornada nesta terra cheia de encantos que nos ofereces seja uma caminhada consciente rumo à plenitude do teu Reino de Amor. Ensina-nos a acolher desde agora as delícias desse vento bom que vem do futuro glorioso, quando receberemos o teu abraço paterno/maternal. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/02/2019