quarta-feira, 31 de julho de 2024

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

INTENÇÕES DE ORAÇÃO DO SANTO PADRE PARA AGOSTO DE 2024



Intenção

PELOS LÍDERES POLÍTICOS

Rezemos para que os líderes políticos estejam ao serviço do seu povo, trabalhando pelo desenvolvimento humano integral e pelo bem comum, cuidando daqueles que perderam o emprego e dando prioridade aos mais pobres.

Reflexão

Neste mês, o Santo Padre pede que rezemos para que os líderes políticos estejam ao serviço do seu povo, trabalhando pelo desenvolvimento humano integral e pelo bem comum, cuidando daqueles que perderam o emprego e dando prioridade aos mais pobres.
Para um cristão, a política não é poder, mas serviço. E um líder político presta o maior serviço de todos quando promove realmente o desenvolvimento integral da sociedade que foi chamado a governar: começando pelos pobres e os desempregados, devolvendo ao país que governa o sentido (muitas vezes perdido) de comunidade, que facilmente se perde numa sociedade dominada pelo individualismo e o egoísmo.
A política é um domínio desafiador e complexo, capaz de pôr à prova o caráter moral dos que se lhe dedicam. É possível, no entanto, aos políticos viverem vidas de santidade e virtude e a liderança política pode ser uma vocação digna de santidade.
O Papa Francisco, na encíclica Fratelli tutti, apresenta uma visão convincente de uma forma alternativa de política baseada nos princípios da fraternidade e amizade social.
No coração da visão do Papa Francisco está a ideia de que todos somos irmãos e irmãs e que a nossa humanidade comum deve guiar as nossas interações políticas e sociais. Esta visão de solidariedade e inclusão é um antídoto poderoso contra o individualismo e a divisão que, frequentemente, dominam a política contemporânea.
Esta visão do Papa invoca uma política baseada no diálogo, na cooperação e no compromisso com a dignidade de cada pessoa. Afirma o Santo Padre que a política, embora com frequência degradada pelas ações de quem abusa dela, continua a ser «uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas de caridade, porque busca bem comum» (FT, 180).

Oração

Jesus,
contemplar-te no Evangelho
faz-nos vibrar, caminhar e estar contigo.
Vemos-te a falar com autoridade,
levando consolação e claridade aos corações,
servindo de joelhos e acolhendo a todos;
lavando os pés aos discípulos,
ensinaste-nos a partilhar pães e peixes
para sermos alimento uns para os outros.
Disseste-nos que, se queremos ser os primeiros,
devemos aprender a ocupar os últimos lugares.
Deste-nos o teu exemplo de cuidado e respeito
pelas mulheres e as crianças, os frágeis do teu tempo.
Dá aos políticos que conduzem o teu povo
um coração parecido com o teu,
para que exerçam a sua tarefa política
como uma missão ao serviço dos teus irmãos e irmãs,
com abnegação, entrega e gratuidade.
Que os nossos líderes façam dos mais frágeis a prioridade
e, acima de qualquer outro interesse,
ponham no centro a pessoa.
Amém.

Desafios

- A liderança política como serviço – Em que é que isto te diz respeito como cidadão?

- Estar ao serviço dos outros – O teu serviço em favor de outros incide na sociedade. A tua oferta e o teu testemunho de hoje são muito valiosos para semear a paz.

- Trabalhar pelo bem comum – Não desprezes todo o bem que podes fazer cada dia, por pequeno e ingrato que seja. É semente para o bem comum.

- Fomentar a solidariedade e ajuda mútua – Qual é a tua escala de valores? Pede ao Senhor o seu amor, para colaborares com outros em favor do próximo, especialmente dos mais vulneráveis.

- Promover um desenvolvimento humano sustentável – Reza, discerne, pede ajuda para veres com clareza o que o Senhor te pede. Não tenhas medo de te comprometer na ajuda aos teus irmãos. Jesus está contigo.

Agosto Dourado 2023 - Dos dias 1° a 7, é realizada a semana mundial da amamentação


Agosto Dourado

Dos dias 1° a 7, é realizada a semana mundial da amamentação. Por este motivo, agosto foi escolhido para ser o mês da conscientização do aleitamento materno. A campanha foi instituída pelo Governo Federal aqui no Brasil, em 2017. A cor dourada foi escolhida porque segundo os idealizadores da campanha, os momentos de amamentação são “horas de ouro”.



Frases para cada dia do mês de agosto


01 "Desejemos e pratiquemos a oração não a fim de nos satisfazer, mas termos força no serviço de Deus." (Santa Teresa de Jesus)

02 "Deus está sedento do amor de suas criaturas. O próprio Deus mendiga por nós. Demo-nos a Ele. Não sejamos mesquinhos, porque Deus é todo bondade e generosidade para conosco." (Santa Teresa dos Andes)

03 "O amor não consiste em sentir grandes coisas, mas em ter uma grande desnudez e em padecer pelo Amado (Jesus)." (São João da Cruz)

04 "Trabalhemos juntas pela salvação das almas. Poderia fazer muito pouco ou antes, absolutamente nada, se estivesse sozinha; o que me consola é pensar que a seu lado (do irmão padre) posso servir para alguma coisa: realmente, o zero, por si mesmo, não tem valor, mas colocado perto da unidade torna-se poderoso, desde que se ponha do lado certo, depois e não antes!... Foi aí que Jesus me colocou e, espero ficar sempre ali, seguindo-o de longe, pela oração e pelo sacrifício." (Santa Teresinha do Menino Jesus)

05 "Para as suas grandes obras, Deus escolhe os instrumentos mais humildes." (Serva de Deus, Madre Maria José de Jesus)

06 "Ó Cristo, meu amado crucificado por amor, quisera ser uma esposa para vosso coração, quisera cobrir-vos de glória, amar-vos... até morrer de amor." (Beata Elizabete da Trindade)

07 "Quem se entrega ao Senhor sem reservas, Ele o escolhe como instrumento, para construir o seu reino." (Santa Teresa Benedita da Cruz)

08 "Ele tudo suporta na Eucaristia e está disposto a fazê-lo a troco de achar uma só alma que O acolha com amor e O conserve dentro de si. Seja essa alma a nossa! Sim, porque se nenhuma houvesse, com razão o Eterno Pai não Lhe consentiria permanecer conosco." (Santa Teresa de Jesus)

09 "Estás diante do Senhor que pende da Cruz com o coração despedaçado; Ele derramou o sangue de seu coração para conquistar o teu coração." (Santa Teresa Benedita da Cruz)

10 "Para enamorar-se Deus de uma alma, não olha a sua grandeza, mas a grandeza de sua humildade." (São João da Cruz)

11 "Tenho a certeza de que Deus jamais deixará de favorecer as almas firmemente decididas a ser Dele." (Santa Teresa de Jesus)

12 "A única coisa que te deve preocupar é conhecer a Jesus para amá-Lo, pois se conseguires enamorar-te dEle saberás mais tarde segui-lo onde sua vontade divina te indicar." (Santa Teresa dos Andes)

13 "Tenha firmeza de coração contra todas as coisas que a (o) moverem ao que não é de Deus, e seja amiga (o) de padecer por Cristo." (São João da Cruz)

14 "Essa intimidade com Jesus, no íntimo da alma, é que foi o belo sol a iluminar minha vida." (Beata Elizabete da Trindade)

15 "No dia da Assunção da Rainha dos Anjos e Senhora nossa, quis o Senhor fazer-me esta graça: numa visão representou-me a sua subida ao Céu, a alegria e solenidade com que foi recebida e lugar onde está. Dizer como foi isto, eu não o saberia. Foi grandíssimo o deleite que o meu espírito teve de ver tanta glória. Causou isto em mim grandes efeitos e tirei de proveito ficar com mais e maiores desejos de passar grandes trabalhos e de servir a esta Senhora pois tanto mereceu." (Santa Teresa de Jesus)

16 "Jesus ama os corações alegres, ama uma alma sempre sorridente. Quando, então, saberá esconder-Lhe suas tristezas ou dizer-lhe, cantando, que está feliz de sofrer por Ele?" (Santa Teresinha do Menino Jesus)

17 "A alma deu-se a Deus e deve dar-se inteiramente, pois o amor não deixa nada para si. Tudo consome para que dessas cinzas levante-se uma pessoa só: Cristo! A criatura consumiu-se na divindade." (Santa Teresa dos Andes)

18 "A alma desejosa de que Deus se lhe entregue totalmente, há de se entregar toda, sem reservar nada para si." (São João da Cruz)

19 "Que bom e verdadeiro amor o de quem é capaz de fazer bem a todos, sacrificando-se pelos outros. Progride muito, assim, em todas as virtudes." (Santa Teresa de Jesus)

20 "Ó meu Deus Trindade, apaziguai-me a alma, fazei dela o vosso céu, vossa morada preferida, o lugar de vosso repouso." (Beata Elizabete da Trindade)

21 "Estar diante da face do Deus Vivo, esta é a nossa vocação." (Santa Teresa Benedita da Cruz)

22 "A quantos tudo abandonam por amor de Deus, Ele se entrega totalmente." (Santa Teresa de Jesus)

23 "Nunca tomes um homem por exemplo no que tiveres a fazer, por santo que seja, porque o demônio porá diante de ti as suas imperfeições; mas imita a Cristo que é sumamente perfeito e sumamente santo e jamais errarás." (São João da Cruz)

24 "Ó meu Deus, que pode fazer uma alma se não consumir-se por Vós?" (Santa Teresa de Jesus)

25 "Consinta em tropeçar a cada passo, até em cair, em levar suas cruzes sem forças, ame sua impotência; sua alma tirará mais proveito do que se, levada pela graça, você praticasse com entusiasmo atos heroicos que encheriam sua alma de satisfação pessoal e de orgulho." (Santa Teresinha do Menino Jesus)

26 "Oh! grande coisa é quando o Senhor dá luz para entender o muito que se ganha em padecer por Ele." (Santa Teresa de Jesus)

27 "Em sua bondade o Senhor está sempre inclinado para vós, para vos arrebatar e vos estabelecer nele." (Beata Elizabete da Trindade)

28 "Não consiste o amor de Deus em ter lágrimas; nem gostos e ternuras, mas sim em servi-lo com justiça, fortaleza de ânimo e humildade." (Santa Teresa de Jesus)

29 "Quando uma alma cresce no amor a Deus, Ele, por sua vez, em amor transborda também." (Santa Maria Maravilhas de Jesus)

30 "Quem pôs em minha alma a semente da vocação foi a Santíssima Virgem. Esta terna Mãe jamais foi invocada em vão por seus filhos. Ela amou-me e, não encontrando outro tesouro maior para me dar em prova de sua singular proteção, deu-me o fruto bendito de suas entranhas, seu Divino Filho. Que mais poderia me dar?" (Santa Teresa dos Andes)

31 "Tenho por certíssimo: Deus dá muito maiores cruzes aos que verdadeiramente O amam. Quem O amar verá que pode fazer muito por Ele." (Santa Teresa de Jesus)
Fonte: Mosteiro São José

PRECE PARA AGOSTO

AGOSTO MÊS VOCACIONAL


O mês de agosto, conforme o costume da Igreja no Brasil, é dedicado à oração, reflexão e ação nas comunidades sobre o tema das vocações. Por isso, vale lembrar que neste mês, cada domingo celebramos uma vocação.

1ª semana: vocação para ministério ordenado: diáconos, padres e bispos;
2ª semana: vocação para a vida em família (atenção especial aos pais);
3ª semana: vocação para a vida consagrada: religiosos(as) e consagrados(as) seculares;
4ª semana: vocação para os ministérios e serviços na comunidade.

Muito oportuna a admoestação do apóstolo Pedro a todas as vocações: “Por isso, irmãos, esforçai-vos por consolidar vossa vocação e eleição. Se agirdes assim, não tropeçareis” (2 Pd 1, 10).

E o apóstolo Paulo, depois de chamar a atenção de que “cada um de nós recebeu a graça na medida do dom de Cristo, explica: “A uns nomeou apóstolos, a outros profetas, evangelistas, pastores e mestres para a formação dos consagrados na obra confiada, para construir o corpo de Cristo” (Ef 4, 11-12).

Aproveitemos o “Mês Vocacional” para refletir sobre as diversas vocações na Igreja, apoiar as pessoas vocacionadas e orar pela sua perseverança.

Fonte: CNBB

Agosto - Mês dedicado ao Imaculado Coração de Maria



Mãe Imaculada, neste lugar de graça, convocados pelo amor do vosso Filho Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, nós, filhos no Filho e seus sacerdotes, consagramo-nos ao vosso Coração materno, para cumprirmos fielmente a Vontade do Pai. (Papa Bento XVI, Fátima 2010)

"Sabemos muito bem que a Virgem Santíssima é a Rainha do céu e da terra, mas ela é mais Mãe do que Rainha." (Santa Teresinha do Menino Jesus)

"Seja-vos como uma imagem e luminoso modelo a virgindade e a vida de Maria. Nela tendes exemplos para vossa vida, mostrando-vos o que deveis corrigir ou evitar ou guardar." (Santo Afonso Maria de Ligório

Alguns exercícios de piedade à Nossa Senhora recomendados pelo Magistério da Igreja:

1 - Ouvir a Palavra de Deus devotamente - Maria aceitou as Palavras de Deus, meditou em seu coração e fielmente as colocou em prática modelando sua vida de acordo com a vontade Divina (193)...a celebração da Palavra não deve ter predominância intelectual ou característica didática...deve ser permitido ao fiél uma expressão simples e familiar que fale diretamente ao coração.(194)

2 - Angelus Domini - Forma Tradicional de comemorar a anunciação do anjo Gabriel à Maria.(195)

3 - Regina Coeli - Substitui o Angelus Domini  durante o Tempo Pascal.(196)

4 - O Rosário - Oração contemplativa que necessita tranquilidade do ritmo...para meditar nos mistérios da vida de Nosso Senhor (197)


AGOSTO - Mês Vocacional - VOCAÇÃO (Um desafio de AMOR) - Vida Reluz - Sede santos


Mais um mês começa e esse mês de
Agosto é mês vocacional!
E você, já pensou em qual é sua vocação?

Antes de mais nada, nunca esqueça que
sua primeira vocação foi ser chamado à
VIDA e à SANTIDADE!

Dedique-se neste mês a pedir que o Senhor
fale e confirme tua vocação!
E sede SANTO(A) vivendo-a!


Sede Santos
Vida Reluz

Deus consagrou um povo escolhido,
o amou profundamente desde toda a eternidade. Para ser sal e luz,
gerar Cristo Jesus no seio da humanidade.

Hoje somos este povo tão amado, Deus nos chama a viver o seu amor.
Nos convida a todo instante sem cessar e pede a nós: sede santos.

Sede santos, esta é minha vontade, sede santos é o que eu mais quero.
Sede santos, esta é minha vontade, sede santos é o que eu mais quero.

Vou ser santo, esta é minha resposta, vou ser santo, eu digo sim, Senhor.

Seja bem-vindo Agosto!!! Obrigada Deus pelo mês que se foi e pelo mês que chega. Cuide da minha família, dos meus amigos e de mim. Que seja um mês de vitórias!!!

SEJA BEM VINDO AGOSTO!!!!

QUE EM AGOSTO....Não nos falte comida na mesa, Não nos falte o carinho, Não nos falte coragem, Não nos falte saúde, Não nos falte dinheiro E principalmente, Não nos falte FÉ em DEUS Porque sem o PAI, nada somos.

FELIZ AGOSTO PARA VOCÊ E SUA FAMÍLIA!

QUE AGOSTO SEJA BEM VINDO E ME TRAGA MUITAS ALEGRIAS E ESPERANÇAS

Santo Inácio de Loyola - 31 de Julho




Neste dia celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo “uma alma maior que o mundo”.
Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: “São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos isso, pois eu tenho também de o fazer”.
Realmente ele fez, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem “tudo para a maior glória de Deus”, pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus “famosos” exercícios espirituais, e logo depois de estudar Filosofia e Teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus.
A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: “O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo”.
Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura do salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora “com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade”, repetia.
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova em 2021

Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus


Origens

Iñigo Lopez de Loyola, nasceu em 1491, na Espanha, em uma família nobre, rica e cristã. Ele era o mais novo de treze filhos e cresceu voltado para os luxos da corte.

Cavaleiro do rei

Iñigo optou pela carreira militar e era um exímio cavaleiro: desde muito cedo se empenhava ao defender o que acreditava e não se importava nem de perder a própria vida dessa forma.

Batalha final

Em uma luta para defender Pamplona, o santo de Loyola foi ferido por uma bala de canhão que lhe fez ficar em convalescença para se recuperar.

Por que não eu?

Essa era a pergunta que Inácio se fez quando, no tempo em que estava repousando e não tendo livros de seu gosto para passar o tempo, ele se deparou com os livros que lhe deram, os quais narravam a vida de santos que deram tudo de si pela causa que acreditavam: o Reino de Cristo.

Cavaleiro do Rei dos Reis

A partir disso, viveu para defender o Reino. E trocou as coisas dessa terra pelas do Alto. Curado, foi à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte.

Peregrino de Cristo

Santo Inácio foi um grande peregrino nessa terra. Viveu a mendicância e grandes batalhas espirituais, mas vivia a santa indiferença: “da nossa parte, não queiramos mais saúde que enfermidade, riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que vida breve e, assim por diante em tudo o mais, desejando e escolhendo somente aquilo que mais nos conduz ao fim para o qual somos criados”.

Fundador

Em Paris, em 1534, junto à Francisco Xavier e outros companheiros, fundou a Companhia de Jesus. Alguns membros foram enviados para evangelizar o Brasil. Ele preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo para espalhar o cristianismo.

Páscoa

Morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália. Foi canonizado em 1622.

Padroeiro dos Retiros Espirituais

A sua incessante busca interior e as suas revelações o fizeram escrever os Exercícios Espirituais e ser considerado o santo do discernimento dos espíritos. Foi declarado Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo Papa Pio XI em 1922.

A minha oração

“Meu querido Santo Inácio, ensinai-me a viver nesta terra como peregrina: entendendo que aqui tudo passa e que o que vale é a conquista do Reino dos Céus! Amém.”

Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em de 31 de julho:

Em Milão, na Transpadânia, região da Itália, São Calímero, bispo.  († s. II f.)
- Em Sínada, na Frígia, hoje Çifitkasaba, na Turquia, os santos DemócritoSegundo Dionísio, mártires. († s. III)
- Em Cesareia, hoje Cherchell, na Argélia, São Fábio, mártir. († 303-304)
- Em Roma, junto à Via Latina, São Tertuliano, mártir. († c. s. IV)
- Em Ravena, na Flamínia, região da Itália, o passamento de São Germano, bispo de Auxerre. († 448)
- Em Ímola, também na Flamínia, o passamento de São Pedro Crisólogo, bispo de Ravena. († c. 450)
- Em Skövde, na Suécia, Santa Helena, viúva, que, injustamente assassinada, é considerada mártir. († c. 1160)
- Em Acquapendente, na Toscana, região da Itália, o passamento do Beato João Colombíni, rico comerciante de vestuário que se converteu à pobreza. († 1307)
- Em Londres, na Inglaterra, o Beato Everardo Hanse, presbítero e mártir. († 1581)
- Em Nishizaka, no Japão, o Beato Nicolau Fukunaga Keian, religioso da Companhia de Jesus e mártir. († 1633)
- Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato João Francisco Jarrige de la Morelie du Breuil, presbítero e mártir. († 1794)
- Em Cay Met, na Cochinchina, hoje no Vietnam, os santos Pedro Doan Cong Quy, presbítero, e Manuel Phung, mártires. († 1859)
- No vale de Alighede, na Etiópia, São Justino De Jacobis, bispo, da Congregação da Missão. († 1860)
- Em Granollers, na Espanha, os beatos mártires Dionísio Vicente Ramos, presbítero, e Francisco Remon Játiva, religioso da Ordem dos Frades Menores Conventuais. († 1936)
- Em Valência, também na Espanha, o Beato Jaime Buch Canals, religioso da Sociedade Salesiana. († 1936)
- Em La Arrabassada, também na Espanha, as beatas Esperança da Cruz (Teresa Subirá Sanjaume) e Companheiras, virgens da Congregação das Irmãs Carmelitas Missionárias e mártires. († 1936)
- Em Toledo, também na Espanha, os beatos Nazário do Sagrado Coração (Nazário del Valle González), presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e companheiros mártires. († 1936)
- Em Andújar, localidade da província de Jaen, também na Espanha, os beatos Prudêncio da Cruz (Prudêncio Gueréquiz Guezuraga) e Segundo de Santa Teresa (Segundo Garcia Cabezas), presbíteros da Ordem da Santíssima Trindade e mártires. († 1936)
- Em Paracuellos del Jarama, também na Espanha, o Beato Vítório (Martinho Anglés Oliveras), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936)
- Em Dachau, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Miguel Ozieblowski, presbítero e mártir. († 1942)
- Em Kalisz, na Polónia, o Beato Francisco Stryjas, mártir. († 1944)
- Em Trnava, na Eslováquia, a Beata Sidónia, virgem da Congregação das Irmãs da Caridade da Santa Cruz e mártir.

Fontes:
- Arquisp.org.br
- Martirológio Romano

– Pesquisa e redação: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

– Produção e edição: Bianca Vargas
https://santo.cancaonova.com/santo/santo-inacio-de-loyola-fundador-da-companhia-de-jesus/?sDia=31&sMes=7&sAno=2024

Santo Inácio de Loyola

Santo Inácio de Loyola
1491-1566
Fundou a ordem
da Companhia de Jesus
"Padres Jesuítas"
"Padres Jesuítas"

Iñigo Lopez de Loyola, este era o seu nome de batismo, nasceu numa família cristã, nobre e muito rica, na cidade de Azpeitia, da província basca de Guipuzcoa, na Espanha, no ano de 1491. O mais novo de treze filhos, foi educado, com todo cuidado, para tornar-se um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte, praticando esportes, principalmente os eqüestres, seus preferidos.
Em 1506, a família Lopez de Loyola estava a serviço de João Velásquez de Cuellar, tesoureiro do reino de Castela, do qual era aparentada. No ano seguinte, Iñigo tornou-se pagem e cortesão no castelo desse senhor. Lá, aprimorou sua cultura, fez-se um exímio cavaleiro e tomou gosto pelas aventuras militares. Era um homem que valorizava mais o orgulho do que a luxúria.
Dez anos depois, em 1517, optou pela carreira militar. Por isso foi prestar serviços a um outro parente, não menos importante, o duque de Najera e vice-rei de Navarra, o qual defendeu em várias batalhas, militares e diplomáticas.
Mas, em 20 de maio de 1521, uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido por ela na tíbia da perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ficou um longo tempo em convalescença. Nesse meio tempo, meio por acaso, trocou a leitura dos romances de infantaria e guerra, por livros sobre a vida dos santos e a Paixão de Cristo. E assim foi tocado pela graça. Incentivado por uma de suas irmãs, que cuidava dele, não voltou mais aos livros que antes adorava, passando a ler somente livros religiosos. Já curado, trocou a vida de militar por uma vida de dedicação a Deus. Foi, então, à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte e das pompas.
Durante um ano, de 1522 a 1523, viveu retirado numa caverna em Manresa, como eremita e mendigo, o tempo todo em penitência, na solidão e passando as mais duras necessidades. Lá, durante esse período, preparou a base do seu livro mais importante: "Exercícios espirituais". E sua vida mudou tanto que do campo de batalhas passou a transitar no campo das ideias, indo estudar filosofia e teologia em Paris e Veneza.
Em Paris, em 15 de agosto de 1534, juntaram-se a ele mais seis companheiros, e fundaram a Companhia de Jesus. Entre eles estava Francisco Xavier, que se tornou um dos maiores missionários da Ordem e também santo da Igreja. Mas todos só se ordenaram sacerdotes em 1537, quando concluíram os estudos, ocasião em que Iñigo tomou o nome de Inácio. Três anos depois, o papa Paulo III aprovou a nova Ordem e Inácio de Loyola foi escolhido para o cargo de superior-geral.
Ele preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo, para fixarem o cristianismo, especialmente aos nativos pagãos das terras do novo continente. Entretanto, desde que esteve no cargo de geral da Ordem, Inácio nunca gozou de boa saúde. Muito debilitado, morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália.
A sua contribuição para a Igreja e para a humanidade foi a sua visão do catolicismo, que veio de sua incessante busca interior e que resultou em definições e obras cada vez mais atuais e presentes nos nossos dias. Foi canonizado pelo papa Gregório XV em 1622. A sua festa é celebrada, na data de sua morte, nos quatro cantos do planeta onde os jesuítas atuam. Santo Inácio de Loyola foi declarado Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo papa Pio XI em 1922.
Fonte: Paulinas em 2013

Santo Inácio de Loyola

Inácio de Loyola, que viveu entre os anos de 1491 e 1556, era um cavaleiro impetuoso. Ferido no cerco de Pamplona, durante a convalescença, não encontrando leituras de cavalaria, de que era apaixonado, descobriu Jesus Cristo no Evangelho e na vida dos santos. Então quis dar-se a Cristo na Igreja. Amadureceu a sua conversão no mosteiro de Monte-Serrat iniciando-se na "devoção moderna", sobretudo lendo a imitação de Cristo na gruta de Manresa, onde teve experiências místicas e lançou as bases do seu famoso livro, Exercícios espirituais.
Estudou filosofia e teologia em Paris, onde fundou a Companhia de Jesus, e em Veneza, onde foi ordenado sacerdote. Estabelecido em Roma, colocou sua companhia como um exército à disposição do Papa para a defesa da fé, reforma da Igreja e obra missionária. Intensa e vasta foi a sua ação apostólica juntamente com a de seus colaboradores. Abriu a sua companhia à cultura teológica e à cultura humana, a ponto de poder representar a igreja no campo das ciências e do pensamento moderno, e fez deles ilustres educadores.
Hoje compreende-se melhor a figura de Inácio de Loyola à luz de seu profundo espírito de doação, da mística do serviço, de seu otimismo e dinamismo orientados para maior glória de Deus na Igreja e para a Igreja. A ascética inciana se esforça por criar nos fiéis uma mentalidade cristocêntrica. Inácio assimilou Cristona oração psicológica, na obediência e na santidade de vida.
Fonte: Catolicanet em 2013

Santo Inácio de Loyola

Ahagiografia dos séculos passados tem frequentemente deformado o retrato de Iñigo Lopez de Loyola (santo Inácio de Loyola, nascido em Azpzitia em 1491, morto em Roma a 31 de Julho de 1556), para adapta-lo segundo as circunstâncias à imagem militar odiada ou amada pelo fundador da Companhia de Jesus. Último rebento de família nobre, aos 14 anos já havia recebido a tonsura, mas não se sentia inclinado à carreira eclesiástica. Preferiu a espada do cavaleiro. Durante a defesa do castelo de Pamplona, sitiado por Francisco I da França, quebrou uma perna. Para lhe cortar a carreira militar foi suficiente a leitura abúlica de alguns livros amarelecidos, que a cunhada lhe trouxe para passar o tempo da convalescência.

Santo Inácio de Loyola


Fundador da Companhia de Jesus (Ordem dos Jesuítas)

Comemoração litúrgica: 31 de julho.

Também nesta data: São Fábio e São Demócrito.

Inácio, filho de nobre família  da  província de Guipuzcoa, na Espanha, nasceu em  1491 (ou 1496) no vale do Orola, pouco distante de Azpeitia, no Castelo Loyola o qual, em sua forma característica e, em estado de completa conservação,  constitui a parte interior do atual convento.  De porte elegante, adestrado em todos os exercícios  eqüestres, era Inácio em sua mocidade, o tipo acabado do cavaleiro fidalgo espanhol, valente, espirituoso, dado ao jogo, à poesia,  às aventuras de  armas e de amor.
Jovem militar, estava em serviço de Juan Velásquez, tesoureiro-mor da corte real da Espanha;  tomou parte na campanha contra Francisco I, da França, o qual cuidando dos interesses dos  herdeiros de João d’Albret de Navarra, de mão armada invadira território espanhol.  No combate de defesa da cidade de Pamplona contra os franceses, em 20 de maio de1521,  uma  bala de canhão atingiu-lhe a tíbia da perna direita. No longo tratamento, a que teve de se sujeitar, levado pela  leitura da Paixão de Cristo e  da vida dos  santos, começou a fazer sérias comparações entre a vida  dedicada  ao mundo e o serviço de Deus e  movido pela graça, chegou a  tomar a firme resolução de  trocar a carreira  militar por uma vida toda de Deus.  No santuário de  Nossa  Senhora de Montserrat deu o passo decisivo,  disse adeus ao mundo,  pendurou sua espada no altar e  desapareceu para a sociedade. Desde  então,  foi levar uma vida austera de eremita e mendigo,  com todas as  práticas da mais severa penitência, e isto não tanto na intenção de  reparar as suas faltas, mas,  e  principalmente, no nobre intuito de a exemplo dos santos,  para a Deus, seu supremo Senhor, dar prova da sua irrestrita vassalagem e dedicação e nela  constantemente se exercitar.  Na solidão de  Manresa, em meio das privações, ânsias, angústias, consolações e arrebatamentos da vida eremita mostra que já era espiritual, em 1522 traçou as  linhas gerais do seu célebre livro de exercícios, reflexo direto das suas experiências na vida interior, protótipo da sua fundação monástica, livro que em seguida se tornou verdadeiro código da ascese cristã em todo o mundo.
No ano de 1523 o amor ao divino Salvador, cujos mistérios principalmente o ocuparam em Manresa, bem como o desejo de sumir do mundo e se exercitar na confiança em Deus fê-lo resolver-se a uma peregrinação a Jerusalém . De volta para a Espanha, contando já trinta anos de idade, com admirável firmeza, imperturbável constância, sofrendo grandes privações e perseguições, entregou-se ao estudo das línguas clássicas, da filosofia e teologia em Saragoça, Alcalá, Salamanca e Paris. Foi em Paris, onde se lhe associaram os primeiros seis companheiros, que sob sua direção fizeram os exercícios espirituais, e com ele lançaram o fundamento da Companhia de Jesus, em 15 de agosto de 1534. Por um santo voto se obrigaram a uma peregrinação aos Santos Lugares da Palestina. Motivos imperiosos tornaram impraticável a romaria e assim, em 1538 todos se reuniram em Roma, onde foi elaborado o primeiro plano das Constituições. Em 1540, aos 27 de setembro, a Regra teve sua primeira aprovação pelo Papa Paulo II, e Inácio, foi eleito general da Companhia de Jesus (1541). Estabelecida que se achava a Ordem, a vida de Inácio entrou em uma nova fase. Superior geral de uma nova família de religiosos, sua tarefa era velar pela fiel observância da regra, e trabalhar pelo aperfeiçoamento das constituições. Enquanto seus religiosos, animados do seu espírito, trabalharam pela expansão do reino de Deus na Itália, na França, na Espanha, na Alemanha, na Polônia, na Índia e na África, ele deixou-se ficar em Roma, dando forma mais perfeita à regra, e dedicando-se à formação espiritual dos jovens candidatos e futuros superiores. Ao mesmo tempo se manteve sempre em contato com as fundações, dirigiu-se pela sua vigilância, pela correspondência e oração, conservando em tudo e sempre bem vivo o interesse pela prosperidade da Igreja Universal. Em Roma fundou estabelecimentos pela conversão dos judeus, orfanatos, casas de refúgio para donzelas desamparadas, e o Colégio germânico. Muito de perto acompanhou um empreendimento dos príncipes cristãos contra os turcos, e muito trabalhou pelo sucesso do Concílio de Trento.
Sua obra principal foi à fundação da Companhia de Jesus. Esta Ordem, no conceito de Inácio devia realizar a mais estreita união à pessoa de Cristo, à sua missão e ao seu modo de vida para assim reproduzir a imagem perfeita do Salvador e do seu espírito. O supremo ideal do Homem-Deus era sempre a glória de Deus na felicidade e na salvação da humanidade pela fundação de um grande reino de Deus, no qual todos os homens, a ele ligados, pudessem achar sua salvação. Este reino é a Igreja. Ela é a obra de Cristo, na sua Igreja ele depositou sua doutrina, os meios de salvação e seu poder administrativo. A Igreja foi fundada para os homens e sobre os homens. Implantar a doutrina de Cristo nos corações, estabelecer o seu reinado nas almas pela imitação perfeita do divino salvador, eis o ideal que Inácio se propôs: eis a finalidade e a missão que Inácio deu à sua Ordem. Os meios para obter tão elevado fim haviam de ser os mesmos que Cristo empregou quanto à sua própria pessoa, como sejam a pobreza, o desprendimento, trabalho e sofrimento e os outros, aplicáveis ao próximo: a pregação, a recepção dos sacramentos, o ensino; em uma palavra todos os recursos de que o sacerdócio católico dispõe para engrandecer o reino de Cristo nas almas dos fiéis. Como se vê, larguíssima é a base sobre a qual descansa a estrutura da Ordem de Inácio. É uma Ordem apostólica, que outra finalidade não conhece senão trabalhar pelo reino de Deus, sempre em íntima união ao Supremo Chefe da Igreja, a cujas ordens vota irrestrita obediência. É uma Ordem de Clérigos Regulares, cuja missão consiste principalmente no desempenho do ministério sacerdotal. As constituições  concedem-lhes um raio mais amplo de atividade, mais desembaraço de ação. Nas constituições não figura a recitação em comum do ofício divino; os religiosos da Companhia não são presos a uma cura d’almas local ou a quaisquer ocupações secundárias cerceantes. À sua Ordem Sant’Inácio deu o nome venerabilíssimo  de Jesus.
Entre os trabalhos silenciosos e múltiplos, na orientação da Companhia veio visitá-lo a morte. Informado do seu próximo passamento, nada disse. Só pediu a bênção apostólica e morreu quase sem testemunhas, tendo sobre os lábios o nome de Jesus. Sua morte ocorreu em 31 de julho de 1556. Canonizado foi pelo Papa Gregório XV aos 12 de março de 1622.
Porém, das virtudes que caracterizam a santidade de Inácio, se destacam estas três: a prudência, a humildade e a firmeza na execução dos planos uma vez concebidos.
De tudo que de Inácio se sabe, dos seus escritos, no seu modo de agir, ressalta em primeiro lugar seu tino prático no governo das coisas, seu talento extraordinário de organização, a superioridade de espírito e seu poder sugestivo. A primeira comunidade por ele formada compunha-se de talentos de escol e de caracteres firmes e decididos. Todos se sujeitavam, à soberania espiritual do seu mestre, não porque este fosse um fantasista de atração irresistível; - Inácio não era nada menos que um visionário fanático – mas por reconhecerem a sua superioridade intelectual, sua prudência e vasta experiência em cousas espirituais. Viam nele, e como tal o veneravam, o Santo, o homem de Deus favorecido por luzes sobrenaturais, o homem que se governava pelo princípio: não querer acomodar os homens e as cousas a si, mas se acomodar a eles.
As suas aspirações não se estendiam a coisas inacessíveis. Preferia sempre o seguro ao incerto, o interesse comum ao bem particular. O testemunho mais brilhante da sua prudência sobrenatural como da sua superioridade espiritual são as constituições da sua Ordem, obra sua exclusiva e autenticamente pessoal. Elas perfeitamente se adaptaram a todas necessidades da Igreja, do tempo e do mundo; dão largas à magnanimidade humana influenciada pela graça sem prejudicar o bem-estar individual; tomam em conta todas as dificuldades e perigos, e os meios do progresso espiritual acham-se admiravelmente organizados. São uma verdadeira obra prima de prudência legisladora e clarividência de espírito; a expressão de uma lógica natural e inflexível, em perfeita coordenação ao fim colimado. O Papa Paulo III, dando-lhe a primeira aprovação, chamou a regra inaciana obra do “dedo de Deus”, isto é, do Espírito Santo.
Sem humildade são quiméricas a verdadeira grandeza espiritual e santidade. A humildade, é, pois, outro traço característico no perfil de Santo Inácio. Que era obra de Deus a fundação da Companhia, de cuja organização ele servira de instrumento, era sua convicção íntima. Se é que isto enchia de alegria, se os progressos da sua Ordem lhe proporcionavam grande contentamento, nem por isso tolerava que deste se fizesse alarde, e não permitia que se fizesse comparações de outras Ordens com a Companhia, diminuindo o valor daquelas. Sua é a afirmação de que havia muitos anos não ter experimentado tentação contra a humildade. De favores extraordinários celestiais que teve, nenhum conhecimento deu aos seus Religiosos; todas as anotações relativas a essas graças, ele as fez desaparecer, fora alguns papeizinhos que lhe escaparam. Com relutância aceitou o cargo de Superior Geral, e por diversas vezes pediu, dele fosse desobrigado.
A terceira virtude que em Santo Inácio observamos e admiramos é a sua firmeza na execução dos planos uma vez concebidos e traçados. Como verdadeiro arauto da glória de Deus, não conhecia dificuldade e empecilhos; quando se tratava dos interesses do seu Supremo Senhor, da Igreja ou do bem das almas. Obstáculos, decepções, perigos e perseguições como era natural, que não lhe faltassem, eram por Inácio considerados meios para alcançar seus fins. Em causas de suma importância não se desdenhava de esperar quatorze horas na ante-sala de um Grande. Pouco antes da sua morte escapou-lhe a confissão de não poder se lembrar de nos últimos trinta anos ter perdido ocasião, de fazer alguma cousa no serviço de Deus. Inseparavelmente unida a esta sua firmeza e energia se achava uma confiança inabalável na Divina Providência.
Certamente a atividade e o modo de exercer o seu apostolado nada de agradável continha para os inimigos de Deus e de sua Igreja. É bem explicável, pois, a malquerença, a antipatia que em determinados círculos se formou contra Inácio e a Companhia por ele, fundada. Em o Santo fundador dos Jesuítas não há nada de fanático, de sorumbático; pelo contrário: Inácio era de uma amabilidade cativante e de uma serenidade encantadora. Era bondoso, atencioso, meigo e paternal no tratamento dos seus companheiros, carinhoso e compassivo para com os doentes e padecentes; de uma delicadeza extraordinária para os que se lhe abriam em suas tentações, lutas e dificuldades; de uma paciência e generosidade admiráveis para com os seus perseguidores, e de uma gratidão edificante e comovedora aos benfeitores.
Fonte e coroa destas virtudes foram seu imenso respeito e amor a Deus e à pessoa do divino Salvador. “Divina Majestade” é a intitulação predileta que dá a Deus. Inácio era conhecido como padre, que quando falava de Deus, sempre elevava o olhar ao céu. A audição de um canto, a invocação do nome de Jesus, o aspecto de uma flor, a contemplação do céu estrelado comoviam-no até às lágrimas e transportavam-no em êxtase. Tão frequentes e tão abundantes lhe eram torrentes de lágrimas, que chegaram a comprometer a vista, circunstância que motivou a dispensa que obteve da recitação do breviário. Centenas de vezes se encontra nas suas prescrições de superior e jaculatória: “Tudo pela maior glória de Deus”.
Era esta a grande mas também a única ideia de Santo Inácio, que ele queria ver viva em todos os seus Religiosos. O que deles exige, não são orações em demasia, nem mortificações exteriores exageradas, mas tanto mais trabalho, trabalho onímodo, incessante, trabalho até o esgotamento, até à morte. Trabalhar em todas as zonas, em todos os setores da vida sacerdotal, pela maior honra de Deus e pela salvação das almas é o espírito distintivo e a força motriz da sua Ordem. A obediência é subordinada a este espírito, e como segura reguladora se efetua na vida ativa da Companhia.
“Ide, incendiai o mundo no amor de Deus e das almas”, era a palavra, que dirigia aos missionários na sua despedida.
Estes poucos traços da vida do fundador da Companhia de Jesus dão-nos uma idéia do seu caráter, da mentalidade e Santidade do grande homem o qual, dono de tão eminentes virtudes, se impõe à nossa admiração com o direito, que como Santo lhe assiste, a nossa irrestrita e sincera veneração.
Incalculáveis são os serviços que Santo Inácio e sua fundação à Igreja Católica tem prestado numa época, em que a sociedade do século 16, em detrimento da Religião, do Estado e da humanidade entendeu de romper com a ideologia católica e, deixando-se levar pelos ditames de irrefreado egoísmo e de um prurido incontido de liberdade em todos os ramos da vida humana, da religião, da política, da ciência, rumava para funestos fins. Penosamente, apoiada por poucos elementos dedicados e bons, a Igreja ressalvava os valores verdadeiros e intangíveis da humanidade. Um destes elementos era Santo Inácio. Ele e sua Ordem valiosamente concorreram pela salvação desses grandes valores da humanidade, da religião, da moralidade, das ciências e artes.
Santo Inácio honrou a nossa santa religião. Nesta religião se formou, se santificou. À Santa Igreja deu uma Ordem, verdadeira milícia de Cristo, exército de propaganda da santa fé. Com esta sua Ordem veio a ser para Cristo e sua Igreja o conquistador de vastos domínios em todos os continentes do orbe, ficando assim compensada de alguma triste apostasia dos países nórdicos europeus.
Santo Inácio tornou-se assim grande benfeitor da humanidade. Muitas nações devem a ele e aos religiosos da Companhia de Jesus sua integridade religiosa no meio dos estragos da revolução protestante, ou então, como o Brasil, a sua formação desde o princípio, genuinamente católica.
A Companhia de Jesus é uma das Ordens mais numerosas da Igreja Católica,  com diversos de seus membros beatificados,  outros  tantos bem-aventurados e, entre estes e aqueles,  134 mártires.
Reflexões:
Na vida de Santo Inácio há muita coisa que nos pode servir de estímulo e de edificação. Vejamos alguns pontos apenas:
1. A conversão e santificação de Santo Inácio foi resultado da leitura de livros religiosos. Grande é o bem que um bom livro produz, como incalculáveis são as conseqüências da leitura de um livro mau. A perdição de muita gente teve início com a leitura de uma obra perversa. Muitos outros se conservaram bons ou voltaram ao bom caminho devido à influência benéfica da boa leitura que fizeram. Daí tira a conclusão e formula teus propósitos.
2. Só um interesse inspirou a vida de Santo Inácio: o da glória de Deus e da salvação das almas. A este interesse sacrificou e subordinou tudo. É próprio dos Santos fazer sempre e em tudo o que Deus quer, pospondo-lhe os interesses próprios. Fazer só o indispensavelmente necessário, com algum cuidado de evitar o pecado mortal, é característico dos tíbios. É mais perfeito procurar sempre o agrado de Deus e dirigir todos os atos à glória de Deus e à salvação da alma.
3. Santo Inácio era chamado o homem que está sempre em colóquio com Deus e vê o céu aberto. É claro: Do que o coração está cheio, a boca transborda. Os olhos procuram o que mais lhes agrada. De que natureza são tuas conversas? Qual é o objeto de teu amor, de tuas aspirações ? Que é, a  que mais se prendem teus pensamentos?
4. A Santo Inácio eram muito correntes as palavras: “Vence-te a ti próprio !” A vida do Servo de Deus, desde o tempo da conversão, foi a fiel interpretação deste lema. Vencendo-se a si, tornou-se um grande Santo. O “vencer-se a si próprio” deve ser o programa de todos que pretendem chegar à perfeição. O mundo é um vale de lágrimas e misérias, porque o primeiro homem não se soube vencer. O inferno está cheio de homens que lá estão, porque não se souberam vencer. O céu regurgita de Santos, que devem a glória ao combate contínuo, que sustentaram contra a natureza. – “Vence-te a ti próprio” e terás garantida a tua salvação. “Não há outro caminho para a santidade senão o da abnegação e da mortificação. Anima-te, pois ! Começa resolutamente ! Uma única mortificação, feita com decisão, é mais agradável a Deus que praticar muitas boas obras”.
Fonte: Página Oriente em 2017

Santo Inácio de Loyola

Nascimento - No ano 1491

Local nascimento - Azpzitia - Espanha

Ordem - Fundador da Companhia de Jesus (Jesuítas)

Local vida - Espanha e França

Espiritualidade - Caçula de uma família nobre de treze filhos, ainda na adolescência entrou para as fileiras da Espanha, durante uma batalha contra a França. Mas devido a um grave ferimento causado pela guerra, foi obrigado a permanecer durante muito tempo em convalescença. Sua cunhada atinha apenas dois livros no castelo: A Vida de Jesus e a Lenda Áurea. Inácio concluiu: "Se seres humanos foram capazes de uma vida de santidade, por que eu não o seria?" Renunciou então a todos os luxos, trocou sua roupa com um mendigo e decidiu viver como um ermitão, em Manresa. Após um tempo de meditações e êxtases, escreveu os Exercícios Espirituais - um manual para o crescimento do Espírito e partiu para uma peregrinação. Visitou Roma e Jerusalém. Abandou os trajes de pedinte e decidiu voltar a estudar para melhor servir a Deus. Seu verdadeiro nome, de batismo, era Iñigo Lopez de Loyola. Trocou o nome para Inácio. Em 1534, aos 43 anos de idade, São Ignácio obteve o título de professor em artes da Universidade de Paris. Naquela época uniram-se a Ignácio seis estudantes de turma: Pedro Fabro, Francisco Xavier, Lainez e Salmeron (que brilhavam muito nos estudos), Simão Rodriguez e Nicolás Bobadilla. Estes fizeram votos de castidade, pobreza e de pregar o Evangelho na Palestina. Como isto lhes pareciam impossível, foram se oferecer ao Papa para que os empregassem no serviço de Deus como e onde melhor o julgasse. A cerimônia teve lugar num capela de Montmartre, onde todos receberam a comunhão de mãos de Pedro Fabro, que acabava de ordenar-se sacerdote. Era o dia da Assunção da Virgem de 1534. Também resolveram que se alguém lhes perguntasse o nome de sua associação responderiam que pertenciam à Companhia de Jesus, porque estavam dispostos a combater o erro e o vício sob o estandarte de Cristo. Assim era sua espiritualidade militante. Paulo III aprovou a Companhia de Jesus por uma bula emitida em 27 de setembro de 1540. Inácio foi eleito superior geral da nova ordem e, alguns dias mais tarde, todos os membros fizeram os votos na basílica de São Paulo Extramuros. A atividade da Companhia de Jesus na Inglaterra é um bom exemplo do importantíssimo papel que desempenhou na contra-reforma. Esse movimento tinha a dupla finalidade de dar novo força à vida da Igreja e a de opor-se ao protestantismo. A Companhia de Jesus era exatamente o que se necessitava no século XVI para afastar a Reforma. A revolução e a desordem eram as características da Reforma. A Companhia tinha como características a obediência e a mais sólida coesão. Pode-se afirmar, sem pecar contra a verdade histórica, que os jesuítas atacaram, rechaçaram e derrotaram a revolução de Lutero e, com sua pregação e direção espiritual, reconquistaram as almas, porque pregavam somente a Cristo, mas a Cristo crucificado. Uma das obras mais fecundas de Santo Ignácio foi o livro dos "Exercícios Espirituais". Começou a escrevê-lo em Manresa e, o publicou em Roma, em 1548, com a aprovação do Papa. Os Exercícios enquadram com a tradição de santidade da Igreja. O novo na livro de Santo Inácio é o da ordem e do sistema das meditações. Se bem que, as regras e conselhos que o santo dá em sua obra acham-se disseminados nas obras dos Padres da Igreja, Santo Inácio teve o mérito de os ordenar metodicamente e formulá-los com perfeita clareza. O fim específico dos Exercícios é o de levar o homem a um estado de serenidade e despego terreno para que possa eleger "sem deixar-se levar pelo prazer ou pela repugnância". Assim, o princípio diretor da escolha é unicamente a consideração do que mais conduz à glória de Deus e à perfeição da alma. Como disse o Papa Pio XI, o método Inaciano de oração "dirige o homem pelo caminho da própria abnegação e do domínio dos maus hábitos às mais altos auges de contemplação e amor divino". Durante os 15 anos que durou o governo de Santo Ignácio, a ordem aumentou de dez para mil membros e estendeu-se em nove países europeus, assim como na Índia e no Brasil. Frequentemente costumava repetir esta frase, misturando o espanhol com o italiano: "Com toto el core, co tota l´anima, com tota la voluntad" (Com todo o coração, com toa a alma, com toda a vontade). Faleceu subitamente, sem haver tido sequer ocasião de receber os últimos sacramentos. Foi canonizado em 1622, e o Papa Pio XI o proclamou padroeiro dos exercícios espirituais e retiros. (Podemos encontrar uma biografia completa de Santo Inácio de Loyola na Enciclopédia Católica).

Local morte - Roma

Morte - 31 de Julho de 1556, aos 65/66 anos de idade

Fonte informação - Santo nosso de cada dia, rogai por nós.

Oração - Ó Deus que, por meio de Santo Inácio, fizestes surgir na vossa Igreja um caminho de espiritualidade e serviço e que, ao longo da história, continuais chamando pessoas como nós para que possam contribuir para o anúncio e a construção do Reino, concedei, por intercessão de S.Inácio de Loyola, que cada um de nós escute e siga sempre o vosso apelo. Permiti que, juntos possamos compromoter nossa vida, como membros de uma Igreja toda voltada para o anúncio e a construção do vosso Reino entre os seres humanos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Devoção - A espiritualidade em sua mais profunda forma: oração e ação.

Padroeiro - Dos Exercícios Espirituais e Retiros

Outros Santos do dia - Outros santos do dia: Banto, e Beato; Calimero (bispo); Demócrito, Segundo, Dionísio e Privado (márts.); Helena , Eleudócimo, Fávio; Firmo, Folamão, Germano (bs); João e Benígno (cfs); Goselino, Natal, Neó (ers); Papão, Pedro (bispo).
Fonte: ASJ em 2013