sábado, 30 de março de 2024

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE D EUS TE ACOMPANHE…

Novena da Divina Misericórdia


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DO DIA DA NOVENA


Boa Páscoa! "A ressurreição de Cristo é mais uma prova de que o amor e a vida são eternos." Desconhecido

FELIZ PÁSCOA!!

Tenha uma linda e abençoada Semana!!

BOM DIA! FELIZ DOMINGO! FELIZ PÁSCOA!

Bom domingo de Páscoa pra vc e sua família!

Feliz Páscoa, com gostinho de chocolate!!!

Bom Dia! "A ressurreição de Cristo é mais uma prova de que o amor e a vida são eternos." Feliz Páscoa!

Feliz Domingo de Páscoa! "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá: e quem vive e crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso." (Jesus Cristo)

Lindo Domingo de Páscoa!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 30/03/2024

ANO B


Mc 16,1-7

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO PULSANDINHO: Hoje a alegria toma conta da Igreja e dos cristãos. Esta alegria tem um único motivo e uma única fonte: Jesus ressuscitou! A Ressurreição de Jesus é uma declaração de amor que Deus faz à humanidade garantindo vida nova e plena. Vida que não morre mais. Este é o motivo pelo qual o cristão coloca no centro de sua existência o amor. É por amor que Deus manifesta sua misericórdia e refaz a vida. Viver, promover a vida, restaurar a vida, para nós cristãos, é corresponder ao amor divino. Hoje, ao cantarmos o “aleluia” pela ressurreição do Senhor, compreenderemos que A existência humana é para seu louvor. Nosso modo de amar será divino à medida que espalhamos a luz da Ressurreição de Jesus entre nós.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO O POVO DE DEUS: Meus irmãos e minhas irmãs. Nesta noite santíssima, em que nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus.

RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA

A ressurreição de Jesus está no centro de nossa fé cristã. São Paulo chega a afirmar: “Se Cristo não ressuscitou, então é vã a nossa fé e continuamos todos mergulhados nos nossos pecados”. Ela é um grande “mistério” da fé; dele, compreendemos muitas coisas belas, mas vai além da nossa capacidade de explicar. É obra de Deus e não do homem. A ressurreição de Jesus faz parte da profissão da fé cristã: “Ressuscitou ao terceiro dia”.
Desde o início do Cristianismo, houve tentativas de negar o descaracterizar a ressurreição de Jesus, ou de dar explicações errôneas e não condizentes com a pregação dos apóstolos. Esses, porém, diante de quem os questionava sobre a ressurreição de Jesus, afirmavam com firmeza que ele ressuscitou, está vivo, que veio ao encontro deles e até comeu diante deles após a sua morte. “Não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos”, diziam eles, sob a ameaça de tortura, prisão e até martírio.
Como entender de maneira correta a ressurreição de Jesus? Antes de mais, é preciso afirmar que Jesus, de fato, morreu na cruz, pois até isso foi negado por algum escrito apócrifo e continua sendo espalhado. Jesus morreu verdadeiramente, depois de ser torturado ao extremo e pregado na cruz. E para não deixar dúvidas, um soldado lhe traspassou o coração com uma lança. Jesus foi sepultado, conforme os judeus costumavam sepultar naquele tempo. Dizer que Jesus ressuscitou significa, literalmente, que ele se levantou (do túmulo), da condição de “morto” e está vivo novamente. Os testemunhos do Evangelho sobre Jesus ressuscitado afirmam isso. Ele superou a morte e fez triunfar a vida também no seu verdadeiro corpo. Não foi apenas a “alma de Jesus” que ressuscitou. Sua condição de ressuscitado, porém, já não é a mesma de antes da morte: Jesus ressuscitado está glorificado, não sente mais as limitações próprias da vida deste mundo (tempo, espaço, frio, calor, cansaço, fome, dor...). Por isso, ao falar de Jesus ressuscitado, os apóstolos acrescentam várias expressões, como: ressuscitou pelo poder de Deus; para a glória do Pai; para a vida nova.
A ressurreição de Jesus tem um sentido profético para a humanidade: por ela, Deus Pai mostra e anuncia o que prepara para todos aqueles que seguem Jesus e acolhem o reino de Deus. Também eles participarão “da glória da ressurreição da carne”. A ressurreição de Jesus no seu verdadeiro corpo é uma antecipação da salvação plena, que Deus prepara para todos os que acolhem seu amor e sua misericórdia. “Não haverá mais morte, nem choro, nem luto, nem dor, porque as primeiras coisas terão passado” (Apocalipse). A fé cristã em Jesus ressuscitado é uma grande notícia para todos nós! Que nesta Páscoa, possamos reafirmar esta fé e vivê-la alegremente. Feliz e santa Páscoa!
Cardeal Odilo P. Scherer,
Arcebispo de São Paulo

Comentário do Evangelho

Anúncio da ressurreição

As mulheres, em um transbordamento de carinho que tinham por Jesus, dirigem-se ao túmulo para embalsamar seu corpo. Tinham esperado passar o sábado para poderem comprar perfumes para o embalsamento. Chegando ao túmulo, preocupadas, o encontram aberto e, dentro, um jovem vestido de branco. Trata-se de um anjo, o qual lhes anuncia que Jesus, que foi crucificado, levantou-se (egerthê, traduzido por "ressuscitou"). É o mesmo Jesus histórico que a partir da Galileia exerceu seu ministério de testemunhar a todos a presença do Reino de Deus, reino de amor, no mundo. Elas são enviadas pelo anjo para anunciar aos discípulos que Jesus vai à frente deles para a Galileia. É a retomada da missão, e o próprio Jesus, agora acima da condição temporal e histórica, continuará presente entre eles.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, livra-me da incredulidade que me impede de ser proclamador da ressurreição de teu Filho Jesus, por quem nos é oferecida a tua salvação.
Fonte: Paulinas em 07/04/2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Sábado Santo


As santas mulheres vão ao túmulo de Jesus completar os ritos de preparação do corpo para o sepultamento. O corpo de Jesus tinha sido colocado no sepulcro pouco antes do início do sábado. Foram bem cedo, ao raiar do sol do primeiro dia da semana. O túmulo estava aberto e, dentro, um jovem sentado, vestido de branco. Suas palavras são rápidas: “Não vos assusteis! Procurais Jesus, o nazareno, aquele que foi crucificado? Ele ressuscitou! Não está aqui!”.
Em poucas palavras, o jovem, que seria um anjo, disse tudo o que poderia ter dito naquele momento, mas acrescentou: “Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro: Ele vai à vossa frente para a Galileia”. O versículo seguinte diz que elas saíram e fugiram do túmulo. Estavam com muito medo e não contaram nada a ninguém. E aqui termina o Evangelho de Marcos. Os demais versículos foram escritos e acrescentados por outra pessoa. Fazem parte do Evangelho e são como todo o texto, palavra inspirada por Deus.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

Em respeitoso silêncio, acompanhemos Maria Madalena e as companheiras que caminham até o túmulo do Senhor. E cheios de encantamento e esperança, lembremos o que diz o apóstolo Paulo em sua carta aos romanos: “se morremos com Cristo, acreditamos que também viveremos com Ele no Reino do Céu.” A ressurreição dá sentido à morte!
Fonte: Arquidiocese BH em 07/04/2012 e 31/03/2018

vIVENDO A PALAVRa

No Livro do Gênesis, a História da Criação. É bom lembrá-la, para sentir quanto somos amados por Deus: antes de nos criar, Ele formou o Paraíso para nos acolher. É nele – um jardim e não um vale de lágrimas… – que o nosso Pai deseja nos ver Vivos e Felizes. E é para ele que o seu Filho Unigênito nos conduz. No Evangelho que ouvimos, Marcos nos revela a grande Novidade: «Ele não está no túmulo. Ressuscitou!» A notícia dada pelo Anjo do Senhor às mulheres, chega até nós. Para Jesus Cristo, a morte foi a porta necessária para entrar na Vida Plena do Reino do Pai. Desde então, Jesus, o Irmão Maior, tem encontro marcado conosco na ‘galileia de cada um’ – isto é, no lugar da nossa rotina diária. A palavra final nunca será Morte: será Ressurreição!
Fonte: Arquidiocese BH em 03/04/2021

REFLEXÃO

O sol surge no horizonte, é o primeiro dia de uma nova semana, símbolo da nova e definitiva humanidade, que inicia com a ressurreição de Jesus. As mulheres se interrogam: Quem poderá remover a pedra que esconde o corpo do Senhor morto? Preocupadas com a própria impotência, ainda não compreendem que a sexta-feira da morte já tinha passado. Levantando os olhos, viram que seu problema estava resolvido, a pedra está removida. Ao verem o sepulcro aberto, elas entram. Ao verem o jovem, elas se assustam, mas ele as tranquiliza, dizendo que o Ressuscitado as espera na Galileia. Devem abandonar Jerusalém e os ideais antigos, para iniciarem a missão na periferia. Onde Jesus começou sua missão é o lugar onde a comunidade dos seus seguidores deve iniciar a própria missão. Todo seguidor de Jesus é convidado a refazer o caminho do Mestre, iniciando na Galileia. A solene liturgia do sábado santo, a vigília das vigílias, deve nos transformar em alegres mensageiros da Boa-nova do Ressuscitado. A partir da ressurreição, Cristo acompanha as comunidades com o Espírito Santo prometido.
Fonte: Paulus em 31/03/2018

Reflexão

As mulheres vão ao túmulo de Jesus, com um problema: “Quem vai rolar para nós a pedra da entrada do túmulo?”. A realidade dirá que esse problema não tem fundamento. Com efeito, ao chegar ao lugar onde Jesus fora sepultado, elas constatam que a grande pedra tinha sido removida e já não protegia o cadáver de Jesus. Porque não havia ali cadáver algum, apenas a informação de que Jesus havia ressuscitado: “Vocês procuram Jesus de Nazaré, o Crucificado. Ressuscitou. Não está aqui”. Muitas vezes a angústia nos sufoca diante das incertezas do futuro. Dúvidas, ameaças, medo, tudo isso arrebata nossa paz de espírito. E ficamos à mercê de nossos pensamentos ou de nossa fértil imaginação. Esquecemo-nos de que Jesus, o vencedor da morte, está vivo e presente em nosso interior e em nossos caminhos.
Oração
Ó Jesus ressuscitado, vencedor da morte, vem fazer-nos companhia enquanto peregrinamos neste mundo e somos assaltados por tantas dúvidas, angústias e falta de fé na tua presença. Acalma nossa agitação interior, concede-nos experimentar a paz de espírito e viver em harmonia com todos. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 03/04/2021

Reflexão

O sol surge no horizonte, é o primeiro dia de uma nova semana, símbolo da nova e definitiva humanidade, que inicia com a ressurreição de Jesus. As mulheres se interrogam: quem poderá remover a pedra que esconde o corpo do Senhor morto? Preocupadas com a própria impotência, ainda não compreendem que a sexta-feira da morte já tinha passado. Levantando os olhos, viram que seu problema estava resolvido, a pedra está removida. Ao verem o sepulcro aberto, elas entram. Ao verem o jovem, elas se assustam, mas ele as tranquiliza, dizendo que o Ressuscitado as espera na Galileia. Devem abandonar Jerusalém e os ideais antigos, para iniciar a missão na periferia. Onde Jesus começou sua missão é o lugar onde a comunidade dos seus seguidores deve iniciar a própria missão. Todo seguidor de Jesus é convidado a refazer o caminho do Mestre, iniciando na Galileia. A solene liturgia do Sábado Santo, a vigília das vigílias, deve nos transformar em alegres mensageiros da Boa-nova do Ressuscitado. A partir da ressurreição, Cristo acompanha as comunidades com o Espírito Santo prometido.
Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

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P. Jacques PHILIPPE
(Cordes sur Ciel, França)

Hoje, não meditamos nenhum evangelho em particular, dado que é um dia que carece de liturgia. Mas, com Maria, a única que permaneceu firme na fé e na esperança depois da trágica morte de seu Filho, preparamo-nos, no silêncio e na oração, para celebrar a festa da nossa libertação em Cristo, que é o cumprimento do Evangelho.
A coincidência temporal dos acontecimentos entre a morte e a ressurreição do Senhor e a festa judaica anual da Páscoa, memorial da libertação da escravidão no Egito, permite compreender o sentido libertador da cruz de Jesus, novo cordeiro pascal, cujo sangue nos preserva da morte.
Outra coincidência no tempo, menos assinalada porém sem dúvida muito rica em significado, é a que existe com a festa judaica semanal do “Sabbat”. Esta começa na tarde de sexta-feira, quando a mãe de família acende as luzes em cada casa judia, terminando no sábado de tarde. Recordando que depois do trabalho da criação, depois de ter feito o mundo do nada, Deus descansou no sétimo dia. Ele quis que também o homem descanse no sétimo dia, em acção de graças pela beleza da obra do Criador, e como sinal da aliança de amor entre Deus e Israel, sendo Deus invocado na liturgia judaica do Sabbat como o esposo de Israel. O Sabbat é o dia em que se convida cada um a acolher a paz de Deus, o seu “Shalom”.
Deste modo, depois do doloroso trabalho da cruz, «em que o homem é forjado de novo» segundo a expressão de Catarina de Sena, Jesus entra no seu descanso no mesmo momento em que se acendem as primeiras luzes do Sabbat: “Tudo está realizado” (Jo 19,30). Agora completou-se a obra da nova criação: o homem, antigo prisioneiro do nada do pecado, converte-se numa nova criatura em Cristo. Uma nova aliança entre Deus e a humanidade, que nada poderá jamais romper, acaba de ser selada, já que doravante toda a infidelidade pode ser lavada no sangue e na água que brotam da cruz.
Diz a Carta aos Hebreus: «Por isso, resta um repouso sabático para o povo de Deus» (Heb 4,9). A fé em Cristo a ele nos dá acesso. Que o nosso verdadeiro descanso, a nossa paz profunda, não a de um só dia, mas para toda a vida, seja uma esperança total na infinita misericórdia de Deus, de acordo com o convite do Salmo 16: «A minha carne descansará na esperança, pois tu não entregarás a minha alma ao abismo». Que nos preparemos com um coração novo para celebrar na alegria as bodas do Cordeiro e nos deixemos desposar plenamente pelo amor de Deus manifestado em Cristo.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Que ideia de Deus tivesse podido ante se formar o homem, que não fosse um ídolo fabricado por seu coração? Era incompreensível e inaccessível, invisível e superior a tudo pensamento humano; mas agora tem querido ser compreendido. De qual jeito? Você se pergunta. Pois estando numa manjedoura, predicando na montanha, passando a noite em oração, o bem colgando da cruz... » (São Bernardo)

- «A treva divina desse dia, deste século, que se converte cada vez mais num sábado santo, fala a nossas consciências. Tem em si algo consolador porque a morte de Deus em Jesus Cristo é, ao mesmo tempo, expressão de sua solidariedade radical conosco. O mistério mais obscuro da fé é, simultaneamente, a sinal mais brilhante duma esperança sem fronteiras» (Bento XVI)

- «A morte de Cristo foi uma verdadeira morte, na medida em que pôs fim a sua existência humana terrena. Mas por causa da união que a Pessoa do Filho manteve com o seu corpo, este não se torneou um despojo mortal como os outros, porque “não era possível que Ele ficasse sob o domínio” da morte (Act 2,24) (...). A ressurreição de Jesus “ao terceiro dia” (1 Cor 15, 4) era disso sinal, até porque se julgava que a corrupção começava a manifestar-se a partir do quarto dia» (Catecismo da Igreja Católica, n° 627)

Reflexão

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Pe. Joan BUSQUETS i Masana
(Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, propriamente, não há “evangelho” para meditar ou —melhor— deveríamos meditar todo o Evangelho em maiúscula (a Boa Nova), porque todo ele desemboca no que hoje recordamos: a entrega de Jesus à Morte para ressuscitar e dar-nos uma Vida Nova.
Hoje, a Igreja não se separa do sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e sua Morte. Não celebramos a Eucaristia até que haja terminado o dia, até amanhã, que começará com a Solene Vigília da ressurreição. Hoje é dia de silêncio, de dor, de tristeza, de reflexão e de espera. Hoje não encontramos a Reserva Eucarística no sacrário. Há só a lembrança e o símbolo de seu “amor até o extremo”, a Santa Cruz que adoramos devotamente.
Hoje é o dia para acompanhar Maria, a mãe. Devemos acompanhá-la para poder entender um pouco o significado deste sepulcro o qual velamos. Ela, que com ternura e amor guardava em seu coração de mãe os mistérios que não acabava de entender daquele Filho que era o Salvador dos homens, está triste e sofrendo: «Ela veio para a sua casa, mas os seus não a receberam» (Jo 1,11). É também a tristeza da outra mãe, a Santa Igreja, que sofre pela rejeição de tantos homens e mulheres que não acolheram Aquele que para eles era a Luz e a Vida.
Hoje, rezando com estas duas mães, o seguidor de Cristo reflete e vai repetindo a antífona da pregaria das Laudes: «Cristo humilhou-se a si mesmo tornando-se obediente até a morte e morte de cruz! «Por isso o exaltou grandemente e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome» (cf. Flp 2,8-9).
Hoje, o fiel cristão escuta a Homilia Antiga sobre o Sábado Santo que a Igreja lê na liturgia do Oficio de Leitura: «Hoje há um grande silêncio na terra. Um grande silêncio e solidão. Um grande silêncio porque o Rei dorme. A terra se estremeceu e se ficou imóvel porque Deus está dormindo em carne e ressuscitou aos que dormiam há séculos. “Deus morreu na carne e despertou os do abismo».
Preparemo-nos com Nossa Senhora da Soledade para viver a explosão da Ressurreição e para celebrar e proclamar —quando se acabe este dia triste— com a outra mãe, a Santa Igreja: Jesus ressuscitou tal como o havia anunciado! (cf. Mt 28,6).

Reflexão

A morte de Cristo

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje reina o silêncio em toda a criação: Jesus jaz morto no túmulo. Não há celebrações nos templos católicos: Deus —o Criador— realmente morreu por suas criaturas. Mistério no mistério!, Diante o qual nos devemos prostrar em atitude de adoração e submissão.
Em Belém, um Deus com e em fraldas, em Getsemani, um Deus estressado, até suar sangue; em Jerusalém, um Deus julgado, escarnecido e coroado de espinhos; na Cruz, um Deus morto. Para amar há que se perder: Deus —na hora extrema, disposta por Ele mesmo— “perdeu” a vida. Nenhuma outra religião, jamais, havia predicado um fato igual. Não há outro “Deus” tão louco de amor como Jesus Cristo.
—Santa Maria, Mãe das Dores: Perdoa-nos. Tu cuidaste Jesus durante mais de trinta anos. Mas, quando cai nas mãos dos homens, apenas viveu umas doze horas... Agora, milagrosamente, o temos —sofrido, morto e ressuscitado— na Eucaristia. Minha vida será cuidar-lhe!

Comentário sobre o Evangelho

O Senhor é enterrado no sepulcro


Hoje, o Senhor não está. Ou melhor, está, mas está sob terra, sepultado. O Criador sepultado! Assim? Talvez seja porque para amar é preciso sepultar-se: se queres demasiadamente ser tu, talvez não chegues a identificar-te com o próximo, com os teus irmãos. Jesus-Homem morreu: a sua Alma humana abandonou o seu Corpo. Mas Jesus-Deus é Deus eterno: continua vivo! E o Corpo que tinha assumido vai ressuscitar. Não ressuscitará como Lázaro (que teve de ser “des-atado”). Jesus Cristo ressuscitará pelo seu próprio poder divino.
- Mas repara: venceu a morte submetendo-se à morte. Entendes que para amar é necessário sepultar-se?

Meditando o evangelho

À ESPERA DA RESSURREIÇÃO

A morte e a sepultura de Jesus impactou profundamente os discípulos. Eles não compreendiam como o Mestre, tão justo e fiel a Deus, tivesse padecido a morte dos malfeitores; como tivesse sido reduzido à mais total impotência e fraqueza, já que se manifestara poderoso em gestos e palavras; como pudesse ter morrido no mais total abandono, tendo sempre vivido em profunda comunhão com Deus e servido incansavelmente ao povo. Quem havia considerado Jesus um Messias político e esperado dele a libertação do jugo romano, passava pela decepção de ver seus planos frustrados. Quem havia nutrido uma grande amizade por ele, chorava a perda do amigo querido, na dor da saudade de não tê-lo mais junto de si.
Num primeiro momento, a comunidade dos discípulos considerou a morte de Jesus num prisma puramente humano, não contando com a intervenção do Pai. Por isso, o dia seguinte à sepultura foi tempo de dor e perplexidade para eles, diante da perda do Mestre.
Porém, a Ressurreição ofereceu uma luz nova para a compreensão da morte de Jesus, e levou a comunidade cristã a transformar em tempo de esperança aquele que medeia a morte e sepultura do Senhor e sua Ressurreição. O grão de trigo, tendo sido lançado à terra e morrido, estava destinado a produzir frutos de vida para a humanidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, abre o meu coração para a esperança, que me leva a superar o desespero e a frustração diante do mistério da cruz.
Fonte: Dom Total em 03/04/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. "Quem tem poder de dar a Vida, é condenado á morte"
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eu lembrei-me das nossas comunidades por um instante, ao deparar com esses evangelho, Jesus havia ressuscitado Lázaro, o último sinal no evangelho de João, um grupo de Judeus que ali estava encontraram a Verdade e passaram a crer Nele, mas o outro grupo, foi correndo para "botar lenha na fogueira", envenenando os Fariseus, como se dissessem "Olha, se ninguém fizer algo esse homem vai ser Rei pois demonstrou uma vez mais o seu poder até sobre a morte".
Nas comunidades, quando Deus suscita os carismas nos irmãos e irmãs, que a ele se entregam, também acontece a mesma coisa, para alguns é fruto da graça e ao verem o crisma do outro ficam admirados e se enchem de salutar alegria louvando e bendizendo ao Bom Deus, outros há porém, que vão levar a notícia do sucesso daquele irmão, a pessoas que não gostam dele, só para semear ainda mais o ódio e a discórdia entre elas.
Os Fariseus levaram o assunto ao Conselho da Comunidade, que naquele tempo chamava-se Sinédrio, e o coordenador do Conselho, que era o Caifás teve uma idéia para fazer calar a Jesus e acabar com a sua fama. Certamente ele alardeou primeiro as "ameaças" que pesavam sobre a Comunidade Judaica, que estava bem afinada com o poder romano, se Jesus continuasse com aquela fama toda. Um Líder novo que não tinha compromisso nem com os Judeus e nem com os romanos, era muito perigoso naquela altura do campeonato. Então o melhor mesmo era matá-lo, para defender a segurança da nação de Israel.
O que Caifás defendia de unhas e dentes na realidade era o poder religioso e os privilégios e regalias que a sua classe dominante e opressora detinha. E assim, Aquele que era o Senhor da Vida e provara isso ressuscitando a Lázaro, acabara de ser condenado á morte, pelos da sua própria comunidade.
Fico pensando se hoje também, muitas vezes em nossas comunidades cristãs, não se sufoca novas lideranças, por medo de se perder o cargo ou o ministério que se ocupa. Certamente que sim... E a nova liderança, que poderia trazer ainda mais vida, acaba condenado à morte, desvalorizado e até ridicularizado naquilo que faz...

2. A MORTE DE UM POR TODOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

Não deixa de ser estranho o fato de o sentido da morte de Jesus ter sido explicitado exatamente por quem estava tramando eliminá-lo: Caifás. Sem dúvida alguma, o sumo-sacerdote não tinha a intenção de profetizar a respeito de Jesus. O evangelista, no entanto, assim o interpretou.
Tudo culminou com a ressurreição de Lázaro. Os sumos-sacerdotes e os fariseus, reunidos em conselho, decidiram matar Jesus, baseando-se num falso argumento. Eles temiam pela sobrevivência da nação, se os romanos ficassem revoltados com os sinais realizados pelo Mestre. Evidentemente, Jesus representava menos perigo para os romanos do que outros grupos, reconhecidos como refratários aos dominadores estrangeiros.
Caifás propôs que Jesus fosse eliminado, e, assim, fosse poupada toda a nação. Eles cuidariam de eliminar o perigo, antes que se acendesse a ira dos romanos.
Embora o raciocínio do sumo-sacerdote fosse infundado, suas palavras tinham um quê de verdade. De fato, Jesus haveria de morrer em favor de toda a humanidade. Seu sacrifício traria benefício para todos, sem exceção. Por sua morte, ninguém mais estaria fadado à morte eterna. Este seria o sentido último da cruz.
Oração
Espírito de gratidão, que eu seja profundamente grato a Jesus, cuja morte de cruz trouxe-me a salvação.
Fonte: NPD Brasil em 07/04/2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Ele ressuscitou! Não está aqui!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

As Santas Mulheres vão ao túmulo de Jesus completar os ritos de preparação do corpo para o sepultamento. O corpo de Jesus tinha sido colocado no sepulcro pouco antes do início do sábado. Foram bem cedo, ao raiar do sol do primeiro dia da semana. O túmulo estava aberto e dentro um jovem sentado, vestido de branco. Suas palavras são rápidas: “Não se assustem. Estão procurando Jesus de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou. Não está aqui!”. Em poucas palavras, o jovem, que seria um anjo, disse tudo o que poderia ter dito naquele momento, mas acrescentou: “Vão dizer aos discípulos, e a Pedro, que Jesus vai encontrá-los na Galileia”. O versículo seguinte diz que elas saíram e fugiram do túmulo. Estavam com muito medo e não contaram nada a ninguém. E aqui termina o Evangelho de Marcos. Os demais versículos foram escritos e acrescentados por outra pessoa. Fazem parte do Evangelho e são como todo o texto, palavra inspirada por Deus.
Fonte: NPD Brasil em 31/03/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Apesar de Você... Amanhã há de ser Outro Dia...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Difícil a gente se esquecer desse Samba do Chico Buarque de Holanda, cantor e compositor da MPB e dos melhores. Esse refrão era o grito de esperança que o poeta conseguiu arrancar da garganta de um povo triste e oprimido, pelo poder que o deveria proteger. Deus arrancou do fundo da terra, da escuridão do sepulcro seu Filho Jesus, grito de alegria não mais apenas de uma nação mas de toda humanidade. O poder religioso e imperialista daquele tempo tinha certeza de que haviam acabado definitivamente com Jesus de Nazaré e o seu sonho de um Reino Novo. A morte, a violência, a mentira, as falsas testemunhas, o grito de crucifica-o crucifica-o, tudo havia ficado para trás, tudo havia passado como aquele sábado em Jerusalém, que mudou a história da humanidade e o destino de cada homem...
As mulheres compram perfumes para saudar a Vida Nova que estava chegando, era bem cedo, o primeiro dia da semana, ao nascer do sol… A primeira manhã da Nova criação, podemos imaginar o impacto positivo que aconteceu nas primeiras comunidades, ao lerem essa narrativa de São Marcos. Tudo novo, tudo renovado, bem longe vão as trevas da Sexta Feira Santa, agora tudo é luz, tudo é sol, tudo se refaz com o Cristo que sai da terra e ressurge glorioso.
No caminho das mulheres havia uma pedra e depois da pedra o corpo inerte de um homem que elas amavam e queriam prestar-lhe a última homenagem, ungindo com aroma agradável o seu pobre corpo. De repente não havia mais pedra e no sepulcro a agradável surpresa, em vez de um morto, um Ser Vivente de vestes brancas que dialoga com elas não um diálogo de amargura, de choramingo pela tragédia ocorrida, mas de Vida, de Boa notícia, da melhor Boa notícia que o mundo precisava ouvir: Na escuridão da morte brilhou uma Luz que nunca mais irá se apagar!
O crucificado é o Ressuscitado! É o mesmo e não outro, o Cristo esmagado pelos homens ressurgiu na Glória de Deus, o túmulo está vazio. Algo de novo vai começar na Galileia e caberá aos discípulos fazer ao mundo esse anúncio. O Cristão não anuncia uma possibilidade de Vida no “pós-morte”: ele anuncia que a Vida verdadeira de cada ser humano está escondida em Cristo e que um dia será manifestada. Nele um dia experimentaremos esse gosto de Vitória, e o Vale da Morte que pensamos ser o nosso fim, é apenas um caminho que vai mais além, lá onde a LUZ de Deus manifestada aos Homens em Cristo Jesus, se tornará definitiva.
Apesar do Mal, apesar da mentira, apesar da violência, da injustiça, apesar dos desânimos e fracassos, AMANHÃ há de ser outro dia e agora vem o melhor da nossa reflexão: Em Cristo esse novo AMANHÃ já chegou, para todos os que Nele creem e percorrem o caminho do Discipulado alimentando essa esperança que não morre!
A todos a nossa saudação fraterna e festiva nessa Páscoa do Senhor! Não desanimem com a perversidade dos homens, mas guardem e alimentem no coração essa Esperança Verdadeira que é Cristo Jesus, Nosso Deus e Senhor, Aquele que nos permite cantar diante da Força do Mal que quer engolir os homens “Apesar de você, amanhã há de ser outro Dia!

2. Procurais Jesus, o Nazareno, aquele que foi crucificado? Ele ressuscitou! - Mc 16,1-7
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Esta é a noite na qual Jesus passou da morte para a vida. Vigília de todas as vigílias. Ansiosos por boas notícias, deveríamos estar todos juntos aguardando o alegre anúncio de que Cristo ressuscitou. “Cristo ressuscitou, ressuscitou de verdade”. Com estas palavras, nossos irmãos do Oriente se saúdam durante o Tempo Pascal. Não há notícia mais prazerosa do que ouvir que a vida venceu a morte. Esta é a noite da alegria verdadeira, noite que lava todo crime, liberta o pecador, dissipa o ódio, dobra os poderosos e enche de luz e paz os corações. Somente a noite soube a que horas Jesus ressurgiu dos mortos, por isso dela se diz que “a noite será luz para o meu dia”. O círio pascal que hoje se acende e permanece aceso nas celebrações do Tempo Pascal recorda-nos que nos chamamos “iluminados”, nós que caminhamos à luz do Ressuscitado. Brote de nós uma luz que ilumine os caminhos da vida de quem se sente imerso nas trevas.
Fonte: NPD Brasil em 03/04/2021

HOMILIA DIÁRIA

A luz da Ressurreição de Cristo nos envolve e alegra nesta noite santa

Postado por: homilia
abril 7th, 2012

Grande é a nossa alegria ao ver a luz que brilha nas trevas. É a noite santa da “Vigília Pascal”. O símbolo predominante desta noite de Páscoa é a luz.
O amor de Deus é glorificado na luz das maravilhas da criação (cf. Gn 1,1-2,2). Aprisionados nas trevas da opressão egípcia, os filhos de Israel se alegram ao ver a luz da libertação que os conduz à glória da liberdade (cf. Ex 14,15-15,1). Com a ajuda do profeta Isaías, o Senhor reacende as esperanças de seu povo oferecendo-lhe, gratuitamente, a vida em prosperidade e, deste modo, a luz da salvação (cf. Is 55,1-11).
É o símbolo mais destacado do Tempo Pascal. A palavra “círio” vem do latim “cereus”, de cera. O produto das abelhas que toma uma nova dimensão com Cristo. Uma vez acesso, significa, ante os olhos do mundo, a glória do Cristo Ressuscitado. Por isso, grava-se, em primeiro lugar, a cruz no Círio Pascal. A cruz de Cristo devolve a cada coisa seu sentido. Por isso, o Cânon Romano diz: “Por Ele segue criando todos os bens, os santificas, os enche de vida, os abençoas e repartes entre nós”.
Ao gravar, na cruz, as letras gregas “Alfa” e “Ômega” e as cifras do ano em curso, o celebrante proclama: “Cristo ontem e hoje, princípio e fim, alfa e ômega. D’Ele é o tempo e a eternidade. A Ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amém”, exposta São Paulo. Ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos. Nada escapa da Redenção do Senhor. Homens, coisas e tempo estão sob Sua potestade.
O Círio Pascal é decorado com grãos de incenso que, segundo uma tradição muito antiga, passaram a significar, simbolicamente, as cinco chagas de Cristo: “Por Suas chagas santas e gloriosas nos proteja e nos guarde, Jesus Cristo Nosso Senhor”.
O celebrante termina a cerimônia acendendo o fogo novo, dizendo: “A luz de Cristo, que ressuscita glorioso, dissipe as trevas do coração e do espírito”.
Após acender o Círio que representa Cristo, a Coluna de fogo e de luz que nos guia pelas das trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança a procissão dos ministros. Enquanto a comunidade acende as suas velas no Círio Pascal, escuta-se cantar três vezes: “Eis a luz de Cristo!”
Essas experiências devem ser vividas com uma alma de criança, singela, mas vibrante, para estar em condições de entrar na mentalidade da Igreja nesse momento de júbilo. O mundo conhece demasiado bem as trevas que envolvem a sua terra em desgraça e tormento. Porém, nesta hora, pode-se dizer que sua desventura atraiu a misericórdia e que o Senhor quer invadir toda realidade com torrentes de Sua luz.
Já os profetas haviam prometido a luz: “O povo que caminha em meio às trevas viu uma grande luz”, escreve Isaías (Is 9,1; 42,7; 49,9). Essa luz que amanhecerá sobre a Nova Jerusalém (Is 60,1ss.) será o próprio Deus vivo que iluminará os Seus, e Seu Servo será “a luz das nações” (Is 42,6; 49,6).
O catecúmeno que participa dessa celebração da luz sabe, por experiência própria, que desde seu nascimento está em meio às trevas; mas tem o conhecimento de que Deus o chamou para sair das trevas e entrar em Sua luz maravilhosa (1Pd 2,9). Dentro de uns momentos, na pia batismal, “Cristo será sua luz” (Ef 5,14). Passará das trevas à “luz no Senhor” (Ef 5,8).
Em seguida, é proclamada a grande ação de graças. Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, alegria do céu, da terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas.
Seu tema é a história da salvação resumida pelo poema. Uma terceira parte consiste em uma oração pela paz, pela Igreja, por suas autoridades e seus fiéis, pelos governantes das nações, para que todos cheguem à pátria celestial.
Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais do que o normal na proclamação da Palavra. Tanto o Antigo como o Novo Testamento falam de Cristo e iluminam a história da Salvação e o sentido dos sacramentos pascais. Há um diálogo entre Deus, que se dirige ao seu povo, e o povo que Lhe responde por meio de salmos e preces.
As leituras da Vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave de leitura é a que nos deu o próprio Cristo: “… e começando por Moisés e por todos os profetas em todas as Escrituras o que a Ele dizia respeito” (Lc 24,27).
A Celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascal. É a Eucaristia central de todo o ano. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do Seu Corpo e do Seu Sangue como memorial da Sua Páscoa.
O apóstolo Paulo nos apresenta o batismo como um sinal real da nossa participação na morte e ressurreição de Cristo Jesus. Pelo batismo morremos para o pecado e ressurgimos para a vida. É a luz da vida nova em Cristo ressuscitado que brilha nas trevas do pecado (cf. Rm 6,3-11).
A verdade da Ressurreição é a certeza da luz que brilha nas trevas e aponta a vida nova. Na escuridão, não vemos nada, mas quando se acende a luz, enxergamos a vida que é fruto do amor.
A vida gerada pelo amor só pode ser vista na claridade. Neste sentido, afirmamos que “o amor foi glorificado na Luz”. De fato, a “Luz da Ressurreição” faz com que a vida gerada, com a força do amor, seja exaltada, glorificada, tornando-se esplêndida aos nossos olhos.
O amor presente nas mãos de Jesus, que lava os pés de Seus discípulos e está presente no pão que lhes é repartido, é o amor assumido na Cruz e, hoje, glorificado na Luz da Ressurreição.
Cristo ressuscitou como havia dito. Aleluia! Somos todos convidados a acolher esta “noite da Luz eterna” para que, em meio às trevas do pecado e de tantos outros problemas e desafios, brilhe e se abra a porta de saída para a vida, para o amor, para a alegria do Cristo Ressuscitado.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 07/04/2012

HOMILIA DIÁRIA

A Páscoa de Cristo modifica o nosso coração

O homem novo que nasce da Páscoa de Cristo tem novas atitudes, ele é o promotor da paz, da reconciliação e da concórdia

“Pelo batismo na Sua morte, fomos sepultados com Ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também, nós levemos uma vida nova.” (Rm 6,4)

O Sábado Santo de Nosso Senhor Jesus Cristo é o sábado da glória, é o sábado no qual nos revestimos da veste nova que, Cristo Jesus trouxe para nós. Não trata-se de uma roupa nova que vamos usar na Vigília Pascal, mas trata-se do homem novo que revestiu-se de Cristo Jesus que, durante toda essa caminhada Quaresmal despiu-se da veste velha do pecado, dos nossos maus desejos, do nosso egoísmo, do nosso orgulho, da nossa soberba. Despojamo-nos de tudo isso para vestir a veste do homem novo com novos sentimentos, com novas atitudes, com uma nova cabeça, uma nova mentalidade. Não basta somente cantar “Aleluias” ou “Acender uma fogueira”, essas são expressões da vida nova.
A Páscoa de Cristo acontece dentro do nosso coração, mas não vamos agora voltar e dizer: “Não vejo a hora de voltar a comer carne. Não vejo a hora de tomar refrigerante”. Qual é o homem novo que nasceu nesta Páscoa? Qual foi a mulher nova que nasceu nestes quarenta dias de Quaresma? Que atitudes novas Deus operou em nós?
Será que celebrando essa campanha da fraternidade conseguimos quebrar toda essa violência que há dentro de nós, esse nosso instinto agressivo de provocação, de discórdia que o homem velho depositou dentro de nós.
O homem novo que nasce da Páscoa de Cristo tem novas atitudes, ele é o promotor da paz, da reconciliação e da concórdia. O homem novo não deixa-se levedar pelos sentimentos antigos da amargura, do ressentimento, da mágoa; não deixa-se levar pelas antigas impurezas que sempre conduziram nossos pensamentos e sentimentos. Não vamos à Igreja para ficarmos horas ouvindo leituras, vamos para celebrar essa vida nova que Cristo realiza na vida e no coração de cada um de nós.
Uma santa e abençoada Vigília Pascal para nós!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 31/03/2018

HOMILIA DIÁRIA

Permitamos que a luz de Cristo ilumine a nossa vida

“Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não está aqui. Vede o lugar onde o puseram. Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele irá à vossa frente, na Galileia. Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito.” (Marcos 16,6-7)

Estamos no sábado do silêncio, no sábado da expectativa, no sábado da esperança, e a esperança deve mover os nossos corações todos os dias. Silenciamos para esperar, e a nossa esperança é em Deus.
Deus não deixa sem resposta nenhuma das nossas expectativas humanas, Ele responde todas elas, apenas não vai responder, talvez, com a expectativa humana que temos, mas Ele responde com a graça divina, com o Seu poder e o Seu amor.
Por isso, hoje, no Sábado Santo, voltemo-nos para o Senhor, coloquemos em Jesus tudo o que o nosso coração tanta anseia e espera. Olhos fixos em Deus, deixemos que Ele nos responda e nos mostre o caminho, deixemos que Ele surpreenda aquilo que tanto esperamos.

A luz de Cristo que ilumina as trevas de toda a humanidade

Depois de tanta dor e de tanto sofrimento, depois de tudo o que Cristo sofreu, foi humilhado, Seus discípulos não sabiam o que esperar, eles não sabiam onde encontrar luz para toda aquela situação de escuridão e trevas que envolvia toda a humanidade com a Paixão do Senhor.
Cristo Jesus veio ao mundo como Luz, e Ele ilumina as situações mais obscuras da nossa humanidade, por mais escuro que esteja o nosso coração, por mais que as trevas cubram a face da Terra, é em Cristo Jesus que encontramos a luz.
Celebremos, hoje, a Vigília Pascal para nos encontrarmos com a luz. É por isso que essa é a celebração da luz, o fogo novo, a luz que ilumina as nossas igrejas, mas é a luz de Cristo que ilumina as trevas de toda a humanidade.
Vamos, hoje, ao encontro do Ressuscitado, para que Ele ilumine as trevas do nosso coração; vamos ao encontro do Ressuscitado, para que Ele traga luz para todas as trevas da nossa alma. Deixemos que a luz de Cristo brilhe sobre nós, permitamos que a luz de Cristo traga luz nova para a nossa vida.
Celebremos o Ressuscitado, buscando n’Ele uma vida nova, expectativas novas, mas que nenhuma das nossas expectativas fujam do coração de Deus, porque, por mais obscuras que sejam as situações, a luz de Deus ilumina todas as trevas da nossa alma.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

Oração Final
Pai Santo, chegamos com Jesus de Nazaré ao final da sua vida terrena, toda dedicada a fazer o bem aos irmãos. Contemplamos a solidão final, a condenação injusta, a dor do suplício, a agonia, a morte e o sepultamento. Mas, inspirados na Promessa, queremos ser testemunhas da sua gloriosa ressurreição, que nos conduz à libertação definitiva em teu Reino de Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/04/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, chegamos com Jesus de Nazaré ao final da sua vida terrena, toda ela dedicada a fazer o bem aos irmãos. Contemplamos a solidão final, a condenação injusta, a dor do suplício, a agonia, a morte e o sepultamento. Mas, inspirados na Promessa, queremos ser testemunhas da sua gloriosa ressurreição, que nos conduz à libertação definitiva em teu Reino de Amor. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/03/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, amanhã, quando tomados pela dor e a saudade formos com Madalena ao túmulo para onde nossos pecados levaram o Corpo de Jesus, nós o encontremos vazio. E, então, estaremos alegres com todos os irmãos, porque Tu, Pai que amamos, O ressuscitaste. Ele vive em nós para sempre! Nós damos graças pela encarnação de tua Palavra Criadora. Que o teu Espírito nos faça amar, ainda que não possamos compreender, o dom inefável que nos ofereces – teu Filho Unigênito, feito humano como nós – e nos dê força para segui-Lo nesta vida em busca do teu Abraço Eterno. Pelo mesmo Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/04/2021