ANO C
FESTA DA SANTÍSSIMA TRINDADE
Ano C - Branco
“Comunidade divina: modelo para a comunidade humana.”
Jo 16,12-15
Ambientação
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A descida do Espírito Santo sobre a
Igreja que celebramos domingo passado marca a revelação plena do mistério da Santíssima
Trindade Não é algo que possamos entender
completamente, mas podemos contemplar o
Deus que é comunidade de amor. Batizados em
nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, cada
cristão se torna participante dessa família divina.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Tendo concluído o
Tempo Pascal com a Solenida- de de Pentecostes, a Igreja hoje
celebra a Santíssima Trindade.
Após proclamar nos santos mis- térios que o Pai entregou o Filho,
por amor ao mundo, na potência
do Espírito Santo e, no mesmo
Espírito Eterno, o ressuscitou dos
mortos para nossa salvação, a
Solenidade de hoje é um modo
que a Igreja encontra para lou- var e adorar o amor sem fim da
Trindade Santa. Como batizados,
fomos envolvidos por esse amor e
nossa vida está toda mergulhada
neste mistério que agora celebra- remos.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos hoje o mistério da Santíssima Trindade. A fé em Deus Trindade nos leva reconhecer a beleza e a profundidade da realidade humana. Deus é UM em três pessoas, mistério de amor e comunhão, perfeita unidade na diversidade. Por isso, a comunidade humana encontrará a sua verdadeira realização à medida que buscar conviver numa relação de igualdade entre todos os seus membros, respeitando as diferenças.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, bem-vindos! Após a solenidade de Pentecostes, no domingo passado, reunimo-nos hoje para reconhecer a plenitude do mistério de Deus. O Pai que enviou o Filho e com Ele nos enviou o Espírito Santo, é agora adorado e glorificado em sua grande manifestação de comunhão e de amor fazendo-nos participar de sua intimidade divina. Graça maior não há! Que esta celebração faça reavivar em nós o dia em que fomos mergulhados neste grande mistério, o dia do nosso Batismo.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Quando ouvimos falar de alguém como de grande personalidade, temos o desejo de conhecê-lo. A festa da SSma. Trindade desperta em nós este desejo e a ele responde, porque Deus dá sempre o primeiro passo em direção à nós. Nesta data, é acentuado particularmente o fato de que Deus se manifesta, se revela, se nos dá a conhecer e nos oferece um conhecimento "pessoal", quer um face a face com cada um de nós, para que nos abramos todos ao grande face a face de Deus. A "Sabedoria de Deus" é alegria de amar aos homens!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Celebramos hoje o mistério da Santíssima Trindade. A fé em Deus Trindade nos leva reconhecer a beleza e a profundidade da realidade humana. Deus é UM em três pessoas, mistério de amor e comunhão, perfeita unidade na diversidade. Por isso, a comunidade humana encontrará a sua verdadeira realização à medida que buscar conviver numa relação de igualdade entre todos os seus membros, respeitando as diferenças. Pela fé tivemos acesso a essa revelação e, pela fé, conhecemos a Deus e entramos na sua intimidade. Portanto, no contexto do ano da fé, vamos celebrar este Mistério como gente que crê e peregrina ao encontro de Deus para participar de sua vida.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: A festa da Santíssima Trindade celebra mistério que é o cume da nossa relação com Deus. De Deus viemos e para Deus estamos voltando a cada dia. Se Deus é amor, aí está a nossa fonte e o nosso desejo que se torna o maior impulso desta vida. O sacramento mais pleno para celebrarmos o amor de Deus é a Eucaristia. Por isso, celebraremos na próxima quinta-feira a festa de Corpus Christi, para a qual toda a Igreja de São Paulo está se mobilizando, a fim de prestar homenagem a Cristo, pelo sacrifício da entrega do seu Corpo e do seu Sangue na Eucaristia e na Cruz. Faremos isso com missa solene e uma procissão da Igreja de Santa Ifigênia até a Catedral da Sé.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Quando ouvimos falar de alguém como de grande personalidade, temos o desejo de conhecê-lo. A festa da SSma. Trindade desperta em nós este desejo e a ele responde, porque Deus dá sempre o primeiro passo em direção à nós. Nesta data, é acentuado particularmente o fato de que Deus se manifesta, se revela, se nos dá a conhecer e nos oferece um conhecimento "pessoal", quer um face a face com cada um de nós, para que nos abramos todos ao grande face a face de Deus. A "Sabedoria de Deus" é alegria de amar aos homens!
EM NOME DO PAI, E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO
O Deus em quem cremos é Pai,
Filho e Espírito Santo. Um só Deus
em três pessoas divinas, do mesmo ser divino. Não são três deuses,
eles são um e o mesmo Deus. Cada
um é expressão da mesma divindade, com ações próprias, integrando
a ação multiforme que brota do
mesmo ser divino.
Difícil de entender isso? Certamente não é fácil e não devemos estranhar, pois Deus é maior que a nossa
capacidade humana de compreensão. Somos limitados e Deus é infinito no seu ser e agir. É o Mistério
da Santíssima Trindade, Mistério
originário, fascinante, insondável.
Deus nos quis fazer participar, de
alguma forma, da sua divindade, já
nesta vida. Ele é como uma grande
fogueira de luz, calor e dinamismo
de vida. Nós recebemos vida, luz e
calor dessa chama divina originária
e, quanto mais nos aproximamos
dele, mais ele se comunica a nós.
Nossa vida cristã está envolvida
pelo Mistério da Trindade Santa:
pelo amor criador e providente do
Pai; pelo amor misericordioso e
solidário do Filho; pelo amor vital
e dinâmico do Espírito Santo. Fomos batizados em nome do Pai, e
do Filho e do Espírito Santo. Nossa
profissão de fé diz respeito ao Pai,
e ao Filho e ao Espírito Santo. Nossas orações litúrgicas sempre são
feitas ao Pai, pelo Filho, na unidade
do Espírito Santo. Nossa piedade
pessoal e familiar diária também
se faz em nome do Pai, e do Filho
e do Espírito Santo. Com Deus nos
deitamos, nas mãos de Deus descansamos, com Deus nos levantamos, gratos pelos seus dons, que
se renovam a cada novo dia.
Também a Igreja é criatura da Santíssima Trindade: obra do Pai providente, que ama a todos e quer
a salvação de cada um; é comunidade do Filho salvador, que a convoca constantemente à comunhão
com Deus e com os irmãos e ao
testemunho do reino de Deus, já
presente no mundo e ainda por se
plenificar na eternidade. Obra do
Espírito Santo, verdadeiro animador da Igreja, que constantemente
a conduz e reconduz nos caminhos
do Evangelho e no dinamismo da
vida cristã, para realizar as obras
humanas em conformidade com o
desígnio de Deus.
A suprema realização da existência humana é contemplar, admirar, adorar e bendizer a Trindade
Santa. É assim que já o desejamos
desde agora e, de alguma forma,
Deus nos concede fazer a experiência antecipadamente, embora
ainda envolvidos pelas limitações
humanas, mas já amparados pela
luz da fé. A Igreja, na sua fé, aponta continuamente para essa suprema realização do anseio humano e
da esperança cristã.
O Catecismo de minha primeira comunhão trazia esta pergunta: para
que nós vivemos neste mundo? E
a resposta: - Para amar e servir a
Deus e aos irmãos e para sermos
felizes com Ele no céu, por toda a
eternidade. Com o Pai, e o Filho e
o Espírito Santo. Amém. Estamos,
pois, envolvidos constantemente
pelo Mistério santo de Deus criador, salvador e santificador.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
GLÓRIA A DEUS TRINDADE!
“...Hoje celebramos a festa da Santíssima Trindade, que nos recorda o mistério do único Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. A Trindade é comunhão de Pessoas divinas que existem uma para a outra, uma com a outra, uma pela outra, uma na outra: esta comunhão é a vida de Deus, o mistério de amor do Deus vivo. E foi Jesus quem nos revelou este mistério. Ele falou-nos de Deus como Pai; falou-nos sobre o Espírito; e falou-nos de Si mesmo como Filho de Deus. E quando, ressuscitado, enviou os discípulos para evangelizar os povos, disse-lhes que os batizassem «em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19). Cristo confia este mandamento em todas as épocas à Igreja, que dos Apóstolos herdou o mandato missionário. E dirige-o também a cada um de nós que, em virtude do Batismo, fazemos parte da sua Comunidade.
Por conseguinte, a solenidade litúrgica de hoje, enquanto nos faz contemplar o mistério maravilhoso do qual nós derivamos e rumo ao qual caminhamos, renova-nos a missão de viver a comunhão com Deus e de viver a comunhão entre nós segundo o modelo da Comunhão divina. Somos chamados a viver não uns sem os outros, sobre os outros ou contra os outros, mas uns com os outros, pelos outros e nos outros. Isto significa acolher e testemunhar de modo concorde a beleza do Evangelho; viver o amor recíproco e por todos, partilhando alegrias e sofrimentos, aprendendo a pedir e a conceder o perdão, valorizando os vários carismas sob a guia dos Pastores. Em síntese, foi-nos confiada a tarefa de edificar comunidades eclesiais que sejam cada vez mais família, capazes de refletir o esplendor da Trindade e de evangelizar não apenas com as palavras, mas com a força do amor de Deus que vive em nós.
A Trindade é também o fim último para o qual está orientada a nossa peregrinação terrena. Com efeito, o caminho da vida cristã é uma senda essencialmente «trinitária»: o Espírito Santo guia-nos para o pleno conhecimento dos ensinamentos de Cristo, recordando-nos também o que Jesus nos ensinou; e Jesus, por sua vez, veio ao mundo para nos levar ao conhecimento do Pai, a fim de nos orientar para Ele e de nos reconciliar com Ele. Este mistério abrange a nossa vida inteira e todo o nosso ser cristão. Recordamo-lo, por exemplo, cada vez que fazemos o sinal da cruz: em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo...”
(Papa Francisco, Agelus, 31 de Maio de 2015)
SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE
“Hoje, celebramos a "Solenidade da Santíssima Trindade", o mistério de um só Deus em três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, reconhecidas como distintas na unidade de uma só natureza divina. Por isso, somos convidados a um "exercício de mistagogia". Mistagogia significa aprender a arte da contemplação para nos aprofundarmos no conhecimento de Deus.
Não significa, contudo, explicação do mistério da Santíssima Trindade, pois o mistério de Deus é horizonte sem limites. Esta verdade levou santo Agostinho a dizer: "Deus é uma realidade tão inesgotável que quando encontrado ainda falta tudo para encontrá-lo". O mesmo sentimento de santo Agostinho experimentou o grande profeta Isaías: "Deus escondido realmente sois" (Is 45, 15).
Certamente, a mais didática explicação do mistério da Santíssima Trindade é o ícone do artista russo André Rublev (século XV). Ele pintou uma cena histórica do Antigo Testamento (cf. Gn 18, 1-5): o banquete oferecido por Abraão a três visitantes, simbolizados por três anjos. E fez desta cena uma das mais belas explicações do mistério da Trindade. Nesta passagem veterotestamentária, Rublev conseguiu destacar três dimensões do mistério trinitário: a igualdade, a diferença e a unidade.
Igualdade. O poder divino é igual para os três. Ninguém é maior ou menor, mais poderoso ou menos poderoso, mais santo ou menos santo. Não podemos projetar em Deus as desigualdades que existem entre as gerações humanas: falando em pai e filho, sempre entendemos que o pai é mais velho, maior e mais forte; só pouco a pouco o filho chega à altura do pai e até o ultrapassa. Esta desigualdade não existe em Deus: há a relação de origem entre Pai e Filho, mas a própria relação é eterna. Não há uma evolução temporal; não há crescimento ou decrepitude. Pai, Filho e Espírito Santo são iguais em tudo.
Diferença. Cada pessoa tem seu lugar. A primeira pessoa em relação à segunda é “Pai”, isto é, origem, fonte. A segunda pessoa em relação à primeira é “Filho”, isto é, gerada. O “Espírito Santo” procede do Pai e do Filho; é amor doado pelo Pai e acolhido pelo Filho. Estas relações não podem ser invertidas. Cada pessoa tem seu lugar inconfundível. A criação é atribuída ao Pai, a redenção ao Filho e a santificação ao Espírito Santo.
Unidade. Há perfeita comunhão entre as três pessoas divinas, de modo que cada uma habita na outra, em perfeita unidade e reciprocidade dinâmica. Em outras palavras, cada pessoa divina somente existe na outra, pela outra e para a outra.
Enfim, o mistério trinitário nos ensina que em Deus existem diferenças que não produzem exclusão, que não se opõem, pelo contrário, criam comunhão. Em Deus, a distinção é fator de comunhão. Neste sentido, a Santíssima Trindade é referência para nossa vida pessoal e comunitária. Meditemos seriamente e apliquemos esta verdade à nossa vida e à nossa comunidade.
Dom José Roberto Fortes Palau
Comentário do Evangelho
Através de Jesus Deus se revela na sua plenitude
É a primeira festa litúrgica na retomada do tempo comum.
O termo “Trindade” não parece nem no Antigo nem no Novo Testamento. Para a tradição bíblica, o que Deus é, Uno e Trino, é dito narrativamente, isto é, na longa história da revelação de Deus ao seu povo. É na história, com suas vicissitudes, e, sobretudo, na história de Jesus Cristo, que Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo.
O que Deus é desde toda eternidade, o que ele é desde o início, só pôde ser compreendido à luz da Ressurreição do Cristo e da efusão do Espírito Santo. O último na ordem da compreensão é o primeiro na ordem do ser, diz o axioma filosófico.
Os quatro evangelhos, cada um a seu modo, apresentam a dificuldade dos discípulos de compreenderem os gestos e palavras de Jesus e de fazerem a experiência de que em Jesus e por ele é que se chega à verdade plena, isto é, ao que Deus é, pois é ele quem descortina o mistério de Deus. O Espírito Santo continua a missão de Jesus: “Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos guiará em toda a verdade” (v. 13). A luz dada como dom do Ressuscitado permitirá compreender o que não era possível até então: “Tenho muitas coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora” (v. 12; ver também: Lc 24,25-26).
Nesse contexto de João, o Espírito Santo é apresentado como um hermeneuta: “vos guiará em toda a verdade” (v. 13), “dirá tudo quanto tiver ouvido” (v. 13). O Espírito não fala por conta própria, pois ele é um com o Pai e o Filho; vivem numa profunda comunhão.
O Espírito Santo anuncia o que há de vir (cf. v. 13). O futuro do discípulo é a sua participação, não obstante a perseguição e a morte, na vitória de Cristo sobre o mal e a morte (1Cor 15). É nessa esperança que a comunidade de fé é chamada a viver, pois “a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado” (Rm 5,5).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja tal, que as pessoas possam “ver” Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de amor ao próximo.
Vivendo a Palavra
Mais do que um dogma que devemos aceitar, Deus é trino para ensinar que também nós, criados à sua imagem e semelhança, devemos viver em comunidade. Não na solidão egoística do cada um por si, mas na fraternidade criada por gestos de cuidado com o próximo, seguindo o Amor de Jesus.
VIVENDO A PALAVRA
«O amor de Deus foi derramado em nossos corações.» Um Deus cheio de generosidade, que é Uno e Trino – esse é o Mistério Maior que não cabe no nosso entendimento humano, mas que nos acolhe e nos permite entrar e passear nessa Terra Encantada para nos maravilharmos com as visões, ainda que parciais, do carinho com que somos amados pelo Pai que nos cria, nos redime, nos liberta e nos santifica.
REFLEXÃO
Santíssima Trindade - A FESTA DA COMUNHÃO
A solenidade da Santíssima Trindade é ocasião para celebrarmos a comunhão que existe em Deus, bem como a união que construímos na comunidade de fé.
No evangelho, Jesus havia acabado de falar aos discípulos sobre sua partida. Eles ficaram tristes, pois não tinham compreendido o sentido dessa partida. Jesus se entrega até a morte, para deixar com seus seguidores o Espírito da verdade.
É esse Espírito, presente no Filho e em nós, que nos permite continuar hoje a missão de Jesus. Mas o que significa dizer que o Espírito é verdade? A palavra “verdade” na Bíblia tem o sentido de “fidelidade”. Isso quer dizer que somos verdadeiros ou falsos à medida que somos fiéis ou infiéis. Mas fiéis a quem e ao quê? Fiéis ao próprio Jesus e à missão que ele veio revelar, revelando assim o próprio Deus.
Somente o Espírito da verdade, diz-nos Jesus, pode nos conduzir à plena verdade. Pois Deus, na comunhão e no amor de suas três pessoas, é um mistério que não conseguimos compreender plenamente. Dia a dia, animados pelo Espírito, construindo e vivendo relações de amor e fraternidade, podemos ir experimentando e compreendendo o amor de Deus, sendo fiéis àquele que nos mostrou plenamente o que significa amar.
O Espírito da fidelidade, portanto, permite-nos recordar hoje as palavras e ações de Jesus, de modo que também nós possamos falar e agir segundo o mesmo amor revelado pelo Filho. Pois o Espírito, sopro de Deus em nós, é movimento e transformação. E se o Espírito nos anima, a questão é como estamos sendo fiéis ao Deus que é comunhão de amor. Em outras palavras, como estamos construindo comunhão entre nós, ajudando os que estão na miséria e no esquecimento, acolhendo os que estão afastados ou excluídos. Afinal, nosso louvor ao Deus Trindade tem o tamanho exato da comunhão que nosso amor constrói.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Reflexão
Essa passagem evangélica faz parte do grande discurso de despedida de Jesus relatado por João. Há muita coisa, diz o Evangelho, que não compreendemos. Não há como penetrar em todos os mistérios de Deus, mas o Espírito da Verdade, prometido por Jesus, haverá de clarear a mensagem e a vida do Mestre. O Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade, introduzirá os discípulos na compreensão do que Jesus disse e realizou. O Espírito Santo não tem a missão de completar uma obra incompleta nem fazer concorrência com o Filho, mas recebe e anuncia o que é do Filho. Uma só é a revelação: sua fonte está no Pai, realiza-se no Filho e se completa nos fiéis por meio do Espírito. Este age em nós em sintonia com o Pai e o Filho. Pela ação do Espírito, a inserção do ser humano na comunhão com a Santíssima Trindade e a possibilidade da unidade vivida são realidades possíveis no presente de nossa condição terrena. Em outras palavras, a Trindade Santa nos ensina que é possível viver a comunhão e a fraternidade nas famílias e nas comunidades cristãs, unidas ao Pai, ao Filho e ao Espírito.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Reflexão
O Evangelho da solenidade da Santíssima Trindade faz parte do grande discurso de despedida de Jesus relatado pelo Evangelho de João. O texto revela a Trindade santa de Deus: Pai, Filho e Espírito. Jesus diz a seus discípulos que tem muita coisa ainda a transmitir-lhes, mas que no momento não têm condições de compreender tudo. O prometido Espírito da Verdade haverá de clarear a vida e a mensagem do Mestre. Não há como penetrar em todos os mistérios de Deus, somente o Espírito Santo irá iluminando aquilo que Jesus praticou, ensinou e revelou. De fato, os discípulos foram entendendo muitas coisas após a ressurreição de Jesus, quando tinham recebido o dom do Espírito. A missão do Espírito Santo não é completar uma obra incompleta nem fazer concorrência com Jesus, mas receber e anunciar o que é do Mestre. Uma só é a revelação: sua fonte está no Pai, realiza-se no Filho e se completa nos fiéis por meio do Espírito. O Espírito age em nós em sintonia com o Pai e o Filho. Pela ação do Espírito, temos condições de construir comunhão de vida entre os humanos. Como é importante deixar-se iluminar e conduzir pelo Espírito da Verdade para compreender a autêntica verdade revelada por Jesus, evitando, com isso, deturpá-la segundo o bel-prazer de cada um.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Meditando o evangelho
SOMOS AMADOS POR DEUS
A contemplação da Santíssima Trindade abre o nosso coração para o Deus amoroso, revelado por Jesus Cristo. Consciente de ser Filho, Jesus nos falou do Pai e prometeu o dom do Espírito Santo a quem tivesse fé. Revelou que tinha vindo do Pai e para o Pai voltaria, confiando ao Espírito Santo a missão de dinamizar a caminhada da comunidade de fé. Sempre que falava de Deus, referia-se à Trindade.
O envio do Filho, por parte do Pai, foi uma prova de amor imenso ao ser humano corrompido pelo pecado. Visando libertar da morte a humanidade, Jesus veio, na qualidade de portador de vida eterna. Entretanto, a perfeita salvação – o dom da vida eterna – depende de como se acolhe Jesus, e se adere à sua pessoa. Deste modo, vive-se como verdadeiros filhos e filhas de Deus, regenerados pelo Espírito.
Engana-se quem atribui a Jesus a missão primordial de julgar e condenar o mundo. A condenação depende da incredulidade em relação ao Filho enviado pelo Pai. Rejeitar o Filho significa, por extensão, rejeitar o Pai que o enviou. Por sua vez, recusar a este comporta a rejeição da vida eterna, que só ele pode oferecer. Esta insensatez, em última análise, resulta do fechamento ao dom do Espírito Santo, o único que tem o poder de atrair o ser humano para Deus. Portanto, embora o desígnio primeiro da Trindade seja o de salvar a humanidade, resta sempre a possibilidade de o ser humano servir-se de sua liberdade para fazer-se prisioneiro de seu egoísmo.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, louvo-te e agradeço-te por nos teres amado tanto, a ponto de oferecer-nos a salvação, por meio de teu Filho, ao qual somos atraídos pela força do teu Espírito.
Meditando o evangelho
O PARÁCLITO GLORIFICA JESUS
Um dos efeitos positivos da ação do Paráclito seria o de levar os discípulos a descobrirem a verdadeira identidade de Jesus, desfazendo as falsas ideias decorrentes da morte de cruz.
Esta reduzira Jesus à extrema fraqueza e impotência, num quadro de humilhação.
O Paráclito reverteria este quadro. Como Espírito da Verdade, ajudaria os discípulos a desfazer os equívocos em torno da pessoa de Jesus, revelando-lhes sua glória.
Ele ensinaria aos discípulos toda a verdade, possibilitando-lhes assumir uma postura realista em relação ao Mestre, não mais de desilusão, e sim, de esperança.
As palavras deste Espírito ser-lhe-iam sugeridas pelo Pai.
Bastava dar-lhe ouvido.
Escutando-as, atentamente, os discípulos poderiam conhecer o que o Pai tinha a dizer em favor de Jesus. Aí estava a verdade!
O Paráclito lhes descortinaria, também, as coisas as realidades vindouras.
O futuro não deve permanecer oculto para quem tem o Espírito Santo.
Nisto ele glorifica Jesus, por mostrar que nem o egoísmo nem a maldade tem a palavra última sobre ser humano algum, muito menos sobre Jesus.
O discípulo não pode se enganar, quando contempla Jesus apresentado na fraqueza e na humilhação. Ao Paráclito, a tarefa de abrir-lhes os olhos para a verdade escondida no Crucificado, cuja glória esconde-se sob a cruz.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito da Verdade permite-me reconhecer a glória de Jesus, para além da cruz e do sofrimento, instruindo-me com as palavras de meu Mestre e Senhor.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. TRINDADE NOSSA FAMÍLIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Chacrinha, o velho Guerreiro, revolucionou a TV com a sua comunicação irreverente nos programas de auditório ao vivo, foi um grande comunicador e há até uma frase sua que marcou o público “eu não vim para explicar, vim para confundir”.
Há muita gente que pensa que Deus quis nos confundir ao revelar-se um Deus Trino, uma verdade ilógica, uma aberração matemática, segundo o raciocínio humano, pois 1 nunca será igual a 3, entretanto, é o contrário do que dizem, porque o homem jamais teria condições de penetrar no mistério de Deus, e, as leituras desse domingo, da Festa da Santíssima Trindade, mostram-nos como Deus se revela, permitindo ao homem contemplar toda a beleza desse amor.
Então penso que o maior e verdadeiro comunicador de todos os tempos é o Espírito Santo, chamado por Jesus neste evangelho, de Espírito de Verdade, que nos comunica não só quem é Deus, mas também quem somos. E a pedagogia de Deus é perfeita, sem queimar nenhuma etapa, respeitando os limites do homem na sua dificuldade de compreender, e se revela aos poucos, na medida em que o homem amadurece em sua fé, é, portanto uma revelação pessoal, pois um comunicador de massa nos moldes que a mídia nos coloca, não sabe na verdade quem são as pessoas com quem se comunica, seu jeito de ser, suas dores e angústias, suas dificuldades, além do que, nem sempre o que a mídia nos comunica é verdadeiro, aliás, na maioria das vezes são “verdades” inventadas para se vender uma idéia, um conceito ou um produto. Mas Deus nos dá um tratamento personalizado, pois o Espírito Santo nos conduz à Verdade que é ele próprio.
O homem é muito especial estando sempre no centro do projeto de Deus, basta ver a obra da criação em seus detalhes, feita com grande sabedoria, tudo foi preparado para que o homem fosse feliz, a sabedoria aqui mencionada em Provérbios, é como o amor de uma mãe que prepara com todo carinho o enxoval e o quarto onde o seu filho irá viver após o nascimento, amor que acolhe e que se alegra em ficar junto e a sabedoria de Deus tinha prazer de ficar junto com os filhos dos homens, o belo e perfeito, se apaixonando pelo feio e imperfeito. Nenhum Deus é assim, só o Pai de Jesus!
O nosso Deus nunca foi um enigma que desafia os homens a decifrá-lo, ao contrário, torna-se acessível em Jesus Cristo, no qual pela fé somos justificados, isso não significa que alcançaremos à salvação de maneira passiva, pois a segunda leitura da carta de Paulo aos Romanos, nos propõe o desafio de testemunharmos nossa esperança, que é Jesus Cristo, em meio às tribulações deste mundo.
As palavras de Jesus aos discípulos são consoladoras nesse sentido, porque na verdade eles estão tomados pela tristeza, por causa da idéia de que o senhor irá deixá-los, não haviam se dado conta de que a volta de Jesus ao Pai, iria perpetuar a presença de Jesus junto a eles, através do Espírito Santo. Os pecados e as misérias humanas não conseguem impedir essa comunicação de Deus aos homens, aberta a partir de Jesus Cristo, poderia se dizer que o emissor se comunica perfeitamente bem, mesmo que o receptor não seja muito eficiente, pois Deus nunca desiste do homem e o seu amor é eterno, comprovado em Jesus Cristo, ápice da revelação desse amor, que nos insere na vida de Deus através da comunhão.
Celebrar a Santíssima Trindade não é celebrar um mistério insondável, mas é sentir uma grande alegria, ao saber o quanto Deus nos ama, e se desdobra para nos alcançar e nos manter sempre junto a si. Uma galinha que abre suas asas para proteger e abrigar os pintinhos, uma águia que carrega sobre as asas seus filhotes para que apreendam a voar, são alegorias que aparecem na Bíblia e que facilitam à nossa compreensão a respeito de Deus. Enfim, embora imerecedores, somos todos membros desta Família Do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. (Festa da Santíssima Trindade)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com
2. Ele vos guiará em toda a verdade
Santo Atanásio foi bispo de Alexandria do Egito no século quarto. A ele se atribui uma profissão de fé na Trindade, muito clara e muito completa. Celebrando hoje a solenidade da Santíssima Trindade, a primeira festa da segunda parte do Tempo Comum, podemos refletir sobre o mistério de Deus Uno e Trino e dizer, com a ajuda dos termos dessa profissão de fé: “Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica. A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus, sem confundir as Pessoas nem separar a substância, porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo. Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual à glória, coeterna a majestade. Tal como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado. O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. E, contudo, não são três eternos, mas um só eterno. Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso. Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente. E, contudo, não são três onipotentes, mas um só onipotente. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. E, contudo, não são três deuses, mas um só Deus. Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor. E, contudo, não são três senhores, mas um só Senhor. Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores.
O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém. O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho. Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos. E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são coeternas e iguais entre si. De sorte que em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade. Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade”. O Pai enviou ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito Santificador. Assim ele revelou o seu mistério. Professando a verdadeira fé, reconhecemos a glória da Trindade e adoramos a unidade onipotente. Assim rezamos na liturgia de hoje. O autor deste Credo professa ainda a sua fé em Jesus Cristo, o Verbo encarnado, que é uma só pessoa em duas naturezas, a humana e a divina. Os cristãos, em geral, iniciam todos os seus atos com o sinal da cruz. Nós nos cobrimos com a cruz de Jesus Cristo invocando a Santíssima Trindade. Fazemos tudo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Nossa vida cristã comunitária procura ser o reflexo da Trindade na qual há unidade e ao mesmo tempo distinção de Pessoas que se relacionam num relacionamento perfeito. Embora imperfeitas, as nossas relações se espelham nas relações da Trindade, porque fomos feitos à imagem e semelhança de Deus.
3. BATIZADOS NA TRINDADE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
A Santíssima Trindade é a face de Deus que Jesus nos revelou. Deus é comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A cada pessoa é atribuída uma ação característica. O Pai envia o Filho com uma missão salvífica, em relação à humanidade. O Espírito Santo é enviado pelo Pai e pelo Filho para que esteja com os discípulos, em sua missão de testemunhar o Reino do Pai. O Filho tem sua existência totalmente enraizada no Pai. Seu alimento é fazer a vontade do Pai e realizar, com perfeição, a sua obra. O Espírito Santo revela aos discípulos o que ouviu de Jesus. Terminada sua missão terrena, o Filho voltou para junto do Pai, ao passo que o Espírito Santo continua a dinamizar, na história, a obra do Filho.
Quando o cristão é batizado no nome da Trindade, o modo de ser de Deus lhe é apresentado como modelo de vida. A perfeita comunhão existente entre as pessoas da Trindade deve tornar-se o ideal de comunhão dos cristãos. Igualmente, a capacidade de agir de forma integrada, sem concorrências nem sobreposição de um sobre o outro.
A diversidade não é empecilho para que aconteça a comunhão trinitária. As pessoas divinas não precisam abrir mão de suas individualidades para que a Trindade aconteça. A comunhão se faz a partir do diferente, na acolhida e no respeito pelo Outro. Este é o caminho que a comunidade cristã terá de tomar, se quiser deixar-se modelar pela Trindade.
Oração
Senhor Jesus, que a contemplação da Trindade me predisponha para construir minha vida a partir deste modelo consumado de comunhão.
REFLEXÕES DE HOJE
DOMINGO
HOMILIA DIÁRIA
Que a Santíssima Trindade faça morada na sua vida
Invoque, com muito amor e devoção, a Santíssima Trindade. Que a Santíssima Trindade faça morada na sua vida, na sua casa, em tudo que você possa fazer.
Celebramos, hoje, com muito amor, a festa da Santíssima Trindade. Celebramos o mistério grandioso e amoroso desse Deus manisfestado de forma completa, inteira para nós por meio das três pessoas divinas: Pai, Filho e Espírito Santo.
Cada uma das Pessoas é única e Elas não se misturam. O Pai não é o Filho como o Filho não é o Pai, nenhum dos dois é o Espírito Santo, mas os três não se separam, de forma que onde está o Pai, está o Filho, está o Espírito Santo e assim por diante.
Eles não são iguais. Cada um tem sua identidade, seu modo próprio de agir, mas os três formam uma unidade. Não são três deuses, mas um único Deus. É o mistério do amor divino, um Deus que se manifesta em três pessoas. Na história da salvação, fomos conhecendo a manifestação transitória desse amor.
Na criação, o Pai nos mostrou Sua mão maravilhosa, foi capaz de criar todas as coisas. Claro que tudo foi criado para o Filho no poder do Espírito. Quando chegou a plenitude dos tempos, o Pai nos manifestou o Seu lado amoroso, enviando Seu único Filho, na pessoa divina de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que se fez Homem no meio de nós.
O próprio Jesus nos presenteou com a graça de conhecermos a plenitude desse Deus maravilhoso quando nos revelou a pessoa do Espírito Santo. Quero louvar e bendizer, adorar, glorificar, exaltar o Senhor nosso Deus pela Sua bondade infinita, a qual se manifesta no meio de nós.
Quero render glórias sem fim, sem cessar, ao Deus uno e trino. Você, na sua casa, onde quer que se encontre, honre, louve, glorifique e exalte a majestade desse Deus infinitamente bom e misericordioso.
Ao invocar, com muito amor e devoção, a Santíssima Trindade, diante de qualquer atitude, faça-o com muita piedade em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, a fim de que tudo seja em nome do Deus uno e trino. A comida que você come, a oração que você faz, o seu levantar, o seu trabalhar, o seu dirigir… Invoque com amor. Não faça o sinal da cruz de qualquer jeito, como um jogador que está correndo em campo, apenas se benzendo. Não! Mais do que se benzer, invoque o Senhor em sua vida.
Assim como você O invoca, que você também O glorifique, dizendo glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo. Que a Santíssima Trindade faça morada na sua vida, na sua casa, em tudo que você possa fazer.
Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
HOMILIA DIÁRIA
Um Deus trino de amor e comunhão
“Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu” (João 16,14-15).
Jesus está nos falando a respeito do Seu Espírito, do Espírito que Ele prometeu e nos deu da parte do Pai. Celebramos, hoje, a Solenidade da Santíssima Trindade. É maravilhoso o afeto que há entre as três pessoas!
Quando Jesus fala do Seu Pai, Ele fala da coisa mais íntima, fala da sua própria natureza. Quando Ele se refere ao Espírito que Ele vai enviar, o Espírito é tão d’Ele quanto do Pai, porque as três pessoas são tão unidas, vivem uma comunhão de amor que, muitas vezes, é até difícil não as confundir. Mas é uma só realidade, um só Deus, uno, único, mas com três pessoas distintas e de uma mesma natureza.
Que beleza é essa comunhão de amor! É o amor que gera a comunhão, é o amor que brota do Pai para o Filho e do Filho para o Pai, e o Espírito que faz circular o amor d’Eles para toda a face da Terra.
Foi à imagem desse Deus maravilhoso, desse Deus uno e trino, que nós fomos criados. Esse anseio de amor que temos em nós é anseio divino, é marca divina, é selo divino, é presença de Deus em nós. Esse desejo e anseio de nos doarmos uns aos outros, na vivência do amor, é a presença amorosa de Deus em nós.
Foi à imagem desse Deus maravilhoso, desse Deus uno e trino que nós fomos criados
Ninguém se realiza sozinho, ninguém nasceu para viver sozinho, porque Deus não é só. Deus é comunidade, e a comunidade é a expressão máxima da comunhão e do amor. É esse amor que criou todas as coisas, é esse amor que está presente em nossa vida para nos restaurar.
Precisamos, hoje, mergulhar em Deus. Esse mergulho é o mergulho do Deus que é trino, é mergulhar num Pai, que é Criador de todas as coisas e que tudo fez por amor, mergulhar neste Pai que nos deu Seu Filho como prova maior do Seu amor para conosco. É esse Filho que nos salva e nos coloca novamente na comunhão com o Pai a partir do dom maior, que é o Seu Espírito de amor, Espírito que restaura, cria, recria e renova.
Louvamos, bendizemos, adoramos e glorificamos o nosso Deus. Nosso único Deus, verdadeiro e amoroso, que se faz presente inteiro, porque Deus não se divide, mas Ele compartilha de cada uma das suas faces. A face amorosa do Pai, do Filho e do Espírito, presentes em nossa vida para fazer de nós novas criaturas.
A esse Deus que tanto nos ama e nos criou à Sua imagem, a Ele todo louvar, honra e glória.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, o teu Mistério nos seduz e nos encanta. És grande demais para que nós possamos compreender-Te. Por isto, dá-nos discernimento para amar-te, amando os nossos companheiros de jornada nesta terra encantada que nos emprestaste para ser cuidada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, abre os nossos corações para acolher o teu Mistério que hoje celebramos com muito amor. Que Ele nos inspire e dê coragem para vivermos fraternalmente nesta comunidade que teu Filho nos legou – a Igreja, povo que Te pertence e caminha cheio de esperança de volta para tua Casa. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu amado Filho, na unidade do Espírito Santo.