segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

BOM DIA! BOA TARDE! BOA NOITE! Oração da noite, Oração da manhã e Oração do entardecer - Deus te abençoe!



Oração da Noite

Boa noite Pai.
Termina o dia e a ti entrego meu cansaço.
Obrigado por tudo e… perdão!!
Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças;
Obrigado pelo exemplo que recebi daquele meu irmão;
Obrigado também por isso que me fez sofrer…
Obrigado porque naquele momento de desânimo lembrei que tu és meu Pai; Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa, pela comida, pelo meu desejo de superação…
Obrigado, Pai, porque me deste uma Mãe!
Perdão, também, Senhor!
Perdão por meu rosto carrancudo; Perdão porque não me lembrei que não sou filho único, mas irmão de muitos; Perdão, Pai, pela falta de colaboração e serviço e porque não evitei aquela lágrima, aquele desgosto; Perdão por ter guardado para mim tua mensagem de amor;
Perdão por não ter sabido hoje entregar-me e dizer: “sim”, como Maria.
Perdão por aqueles que deviam pedir-te perdão e não se decidem.
Perdoa-me, Pai, e abençoa os meus propósitos para o dia de amanhã, que ao despertar, me invada novo entusiasmo; que o dia de amanhã seja um ininterrupto “sim” vivido conscientemente.
Amém!!!

Oração da manhã

Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que
cria vida, pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz que vamos semear,a fé que vamos viver, o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor, a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.

Oração do entardecer

Ó Deus!
Cai à tarde, a noite se aproxima.
Há neste instante, um chamado à elevação, à paz, à reflexão.
O dia passa e carregam os meus cuidados.
Quem fez, fez.
Também a minha existência material é um dia que se passa,
uma plantação que se faz, um caminho para algo superior.
Como fizeste a manhã, à tarde e a noite, com seus encantos,
fizeste também a mim, com os meus significados, meus resultados.
Aproxima de mim, Pai, a Tua paz para que usufrua desta
hora e tome seguras decisões para amanhã.
Que se ponha o sol no horizonte, mas que nasça
em mim o sol da renovação e da paz para sempre.
Obrigado, Deus, muito obrigado!
Amém!

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 02/01/2018

ANO B


Jo 1,19-28

Comentário do Evangelho

A voz do precursor

Há no evangelho segundo João uma verdadeira cadeia de testemunhos em que um personagem remete a outro e todos apontam para Jesus. João Batista é parte dessa cadeia e está na origem da série de testemunhos que conduzem a Jesus. É bastante provável que o nosso evangelho de hoje retenha uma confusão presente no início da era apostólica, posição defendida pelos seguidores do Batista: se João não seria o Messias. A João é dada a palavra para dizer explicitamente que ele não é o Messias. Ele é o precursor, a “voz” a quem é atribuída a profecia de Isaías, remanejada pelo redator do evangelho, e que encontramos também nos evangelhos sinóticos: “uma voz proclama: no deserto, abri um caminho para o Senhor…” (Is 40,3; Jo 1,23). João é submetido a um interrogatório, que tem uma dupla função: a) esclarecimento: João não é o Messias; b) informação histórica: o movimento começado por João teria alcançado tal notoriedade, a ponto de preocupar as autoridades judias. A missão de João Batista tem sentido enquanto referida ao Cristo, Cordeiro de Deus, presente no meio do seu povo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, teu servo João Batista soube reconhecer o que esperavas dele, e conservou sua postura com extrema humildade. Torna-me teu servidor, nos mesmos moldes de João.
Fonte: Paulinas em 02/01/2014

VIVENDO A PALAVRA

É essencial que aprendamos com João Batista a sua consciência de quem ele era e qual era a sua missão. A Igreja não é dona da Fonte, mas uma guardiã, com a missão de levar a sua água a todos os povos e nações, anunciando com entusiasmo o Reino do Pai Misericordioso já presente em nós e entre nós.

Reflexão

Sempre que vemos uma pessoa fazendo o bem, corremos o risco de buscar saber se é legitimo a pessoa fazer aquele bem quando, na verdade, deveríamos usufruir daquele bem e procurar descobrir o amor de Deus que se torna manifesto em tudo o que de bom acontece nas nossas vidas. É esse o caso do evangelho de hoje. Os fariseus não querem usufruir do bem que Deus lhes concede por meio de João Batista, mas enviam sacerdotes e levitas para averiguar se o que João está fazendo é certo ou errado e se ele tinha autoridade para fazer o bem.
Fonte: CNBB em 02/01/2014

Recadinho

Cumprimos nossos deveres com amor ou apenas por cumprir? - Nosso testemunho de vida colabora para a fé de nossos irmãos? - Fazemos nossa parte para que haja menos injustiça no mundo? Surgem às vezes casos de injustiças em sua comunidade? - Qual deveria ser nossa primeira atitude diante do testemunho negativo de alguém da comunidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 02/01/2014

Reflexão

No evangelho de João, sacerdotes e levitas são membros do partido farisaico e também contrários a Jesus. Partem de Jerusalém para investigar quem é aquele pregador que está se tornando popular. As autoridades sempre temem os líderes capazes de arrastar multidões e de se tornar ameaça para quem está bem instalado no poder. João não precisa de títulos; não anda em busca de fama e tampouco usa mentiras para enganar o povo. Responde simplesmente que não é o Messias esperado como descendente legítimo de Davi; não é Elias, o profeta que pregou a fidelidade à lei de Moisés; não é o profeta (os judeus esperavam um novo Moisés, o profeta do Êxodo). João Batista testemunha que está chegando uma pessoa que o supera em direitos. Refere-se ao Messias.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

UMA DEFINIÇÃO DE IDENTIDADE

João Batista teve sua parcela de colaboração no projeto de Deus, com uma tarefa aparentemente simples: anunciar a chegada do Messias e predispor o povo para acolhê-lo. Contudo, defrontou-se com sérias dificuldades. A maior delas tocava sua identidade de Precursor. Sua figura ascética levava as pessoas a tomá-lo por Messias. Ele, porém, se esforçava para explicar não ser o Cristo, nem pretender sê-lo, reconhecendo-se apenas como uma voz clamando para que as pessoas se preparassem para a vinda do Messias.
João definia sua identidade confrontando-se com o Messias, que ele nem conhecia. Tinha consciência da superioridade daquele que viria depois dele. Por isso, na sua humildade, reconhecia não ser digno nem mesmo de curvar-se para desatar-lhe as correias das sandálias. Essa consciência mantinha-o livre da tentação de usurpar uma posição que não lhe pertencia.
O realismo de João não o impedia de realizar seu ministério com simplicidade. Ele não era um concorrente do Messias. Não agia por iniciativa própria; apenas fazia o que lhe fora pedido por Deus. Seu compromisso com ele impedia-o de extrapolar os limites do seu ministério. Sua figura só tinha importância por causa do Messias que estava para vir.
Foi a humildade de João que fez dele um grande homem, pois a verdadeira grandeza consiste em reconhecer a própria indignidade diante do Pai e colocar-se a serviço dele.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, ensina-me a servir ao Pai e a ti, com simplicidade de coração, reconhecendo minha pequenez.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Pregador não era credenciado...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___Vocês já foram lá sondar aquele pregador que está soltando o seu vozeirio e atraindo o povo?
___Ainda não Senhor, mas ele é mais um desses loucos que pregam um Messias que está para vir...
___Não dá para facilitar hoje em dia, formem uma delegação e vão lá checar, se ele tem credencial para andar pregando por aí, falando do Messias.
___Sim Senhor, vamos até lá, o Messianismo é assunto nosso, só nós sabemos a história e temos em nossos arquivos a profecia....
Inquirido pela comissão investigatória, o Batista declarou logo de início que não era o Cristo.
__Menos mal ----- comentou um dos enviados - mas será que ele não é Elias? João negou.
Não era o Cristo Ungido e esperado por todos, e nem o grande profeta Elias, que iria voltar lá do céu para instaurar o novo Reino, portanto não estava ligado a Religião oficial, não tinha credencial para falar do tal Messias, mas como não havia muito o que fazer, a Comissão decidiu ir embora.
Um deles lembrou que não adiantaria dizer quem João não era, o "Pessoal lá de cima" não iria gostar da resposta. E voltaram a bombardeá-lo para saber quem era, se fosse alguém importante que dissesse logo, pois o Poder religioso precisava monitorar a sua pregação e conceder-lhe um alvará para continuar o trabalho.
Daí a comissão de Sacerdotes e Levitas, vindos de Jerusalém começaram a preocupar-se quando João citou Isaias 40,3 se auto definindo como uma voz que clama no deserto "Preparai os caminhos do Senhor".
Precisavam fazer aquele homem calar a boca, afinal ele era um pregador autônomo sobre o qual eles não tinham nenhum controle, e o povão andava o rodeando pois não pregava a mesmice dos outros pregadores, mas falava de algo novo. Então pensaram em proibir-lhe de batizar e a melhor forma seria fazê-lo ver que não era credenciado para aquilo. Só o Cristo, Elias ou um dos Profetas que estavam para voltar, é que poderiam apresentar um rito novo de purificação. Lugar de se purificar era no templo....
E João aproveitou para dizer que, tudo o que se tinha de rito purificador, que tentava reaproximar o homem de Deus, passaram a ser velharias perto do novo Batismo que Alguém, muito maior que ele estava por fazer.
A comissão voltou até os poderosos e resolveram botar panos quentes em cima do assunto "Vamos esperar esse que ele está anunciando, parece que aí é que está o perigo que nós todos tememos...".
O Reino de Deus não está atrelado a nenhum poder ou instituição deste mundo, mesmo as religiosas, nossa Igreja, tal como João Batista, é apenas uma voz que anuncia a presença do Reino, é apenas um sinal desse Reino que é maior do que qualquer instituição. Aquele que todos nós anunciamos, é infinitamente maior que nós, age em total liberdade e penetra nos corações que desejar, independente de Credo, conhecimento ou posição social da pessoa.
Precisamos saber bem disso, para não termos a tentação de sermos os "Donos" da Santa Palavra que anunciamos.

2. A voz de quem grita no deserto
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Quem é este João, que está batizando no deserto? Não é o ungido, esperado por todos, chamado de Messias ou de Cristo. Não é Elias, que deve vir antes que chegue o Messias. Não é o profeta por excelência, anunciado por Moisés, quando terminou a travessia do deserto. Tendo chegado à entrada da Terra Santa, Moisés anunciou que Deus faria surgir do meio do povo um profeta semelhante a ele, que transmitiria tudo o que Deus lhe ordenasse. João também não era o profeta prometido por Moisés. Quem é, então, João Batista? O profeta Isaías nos diz quem ele é. Ele é aquela voz que, no deserto, pede que endireitem o caminho para que o Senhor possa passar. Ele é apenas a voz. Quem vai chegar é a Palavra que sai da boca do Pai. Ele prepara o coração do povo para o Dia do Senhor, lavando-o de seus pecados nas águas do Jordão. Na realidade, o Senhor já está no meio de nós, embora nem sempre o reconheçamos. João é o precursor daquele que vem depois. Também nós podemos ser precursores daquele que vem fazer novas todas as coisas.

Liturgia comentada

No meio de vós... (Jo 1,19-28)
Que mistério estaria oculto na pessoa daquele profeta vestido de couro e companheiro das feras do deserto? Que força seria aquela que atraía ao Jordão as multidões de penitentes?
É por isso que os fariseus vêm interrogá-lo.
Messias? Elias? Profeta? E João nega. Remete-os à profecia de Isaías e diz ser apenas a “voz que clama no deserto” dos homens, aquela massa que se faz de surda diante dos apelos do Senhor.
Os fariseus querem conhecer melhor a João Batista, mas não conhecem Aquele que pode salvar a todos: o Cristo Senhor. Não é sem uma fina ponta de ironia que João adverte: “No meio de vós está Aquele que não conheceis..” É como se dissesse: querem conhecer aquele que vale pouco, e permanece desconhecido de vocês o Único que vale a pena conhecer...
Nós somos esses fariseus. Erramos igual. Dedicamos nossa vida a conhecer os segredos da matéria, dominar os elementos, investigar as leis do Universo, e não prestamos atenção à sede íntima de nosso coração, que tem sede do amor de Deus. O único amor que pode dar sentido a nossas vidas...
Gastamos os dias e atravessamos as noites a ler os filósofos, a esquadrinhar as teses dos sociólogos e a pesquisar as profecias dos economistas, mas não achamos tempo para conhecer a Palavra de Deus. Tal como os fariseus de Jerusalém, nós nos pretendemos sábios e especialistas, acumulamos alentados volumes em nossa estante, mas o coração permanece vazio do conhecimento do Senhor.
Jesus iria exclamar, em oração: “Eu te dou graças, Pai, porque ocultaste estas coisas aos sábios e prudentes, e as revelaste aos pequeninos.” (Mt 11,25) E nós insistimos em dar a nossos filhos o conhecimento do mundo, mas não nos preocupamos em lhes apresentar a sabedoria do Senhor.
Os santos não são assim. Os santos descobrem a estrada estreita, a “pequena via” de Teresinha de Lisieux. Menina sabida, ela descobre que Deus é Pai, cheio de amor. Por isso mesmo, basta ser a sua criança. Daí em diante, já não precisa fazer força para galgar os degraus da escadaria, pois há um elevador a sua disposição...
Em cada missa, na assembleia que celebra, dizemos em coro: “Ele está no meio de nós!” E quem é Ele? Que significa Ele em nossa vida?
Orai sem cessar: “Na minha noite, Senhor, me fazes conhecer a sabedoria!” (Sl 51 [50],8)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 02/01/2014

HOMILIA

A VOZ QUE GRITA NO DESERTO

Aqui temos um verdadeiro interrogatório, feito a uma pessoa que não queria responder. Naquele tempo a espera do Messias, pelos judeus, era angustiante. Era premente a sua chegada para salvá-los, definitivamente, da opressão romana, uma das piores que lhes havia ocorrido.
Os judeus sofriam mais com o jugo romano, do que na escravidão do Egito, principalmente porque os romanos interferiam na sua estrutura religiosa, mas não em sua religiosa. Por isso muitos, vendo como João Batista se apresentava, pensavam ser ele o Messias tão esperado. João era destemido, impetuoso, sagaz, quase mal-educado, parecia um trovão. Configurava aquele desejo dos judeus. Eles esperavam isto mesmo: um homem de fé, forte, que não se intimidasse diante daquele poder dominante, que praguejasse contra eles desmascarando seus atos vergonhosos, fazendo-os cientes de seus erros. Ficaram impressionados com João e foram lhe fazer perguntas.
Naquela época o batismo era comum entre os judeus e na maioria das religiões. Faziam-no com a imersão da pessoa na água, mergulhando-a e retirando-a em seguida. Isto porque o batismo significava purificação. Portanto, João Batista fazia conforme o costume.
Os fariseus, de modo geral e no conceito da sociedade da época, eram pessoas dignas, influentes, cumpridoras da Lei. Representados por seus anciãos, tinham assento no Sinédrio. O mesmo se pode dizer dos doutores da lei, os escribas4, que observavam fielmente a Lei Mosaica. Como no meio do trigo sempre existe joio, Jesus criticava aqueles fariseus que não faziam o que exigiam do povo, ou pelo que faziam por vaidade, buscando reconhecimento.
Portanto, os fariseus que enviaram aquelas pessoas a João estavam bem-intencionados. Não tramavam contra ele, não lhe preparavam uma armadilha, desejavam mesmo era saber o sentido daquele batismo. Queriam saber se ali estava surgindo o Messias, anseio que há muito acalentavam. Este foi o motivo das perguntas que fizeram a João. Assim poderiam se organizar, pois tinham poder de articulação inclusive no Templo. Quiseram escutar de João quem realmente era ele. E João foi lacônico nas três primeiras respostas: "Não sou o Cristo", "Não o sou (Elias)", "Não (o profeta)". Até que explode numa interessante resposta à quarta pergunta: "Quem és, para darmos uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?" E João diz: "Sou a voz que clama no deserto…".
Ora, eles esperavam o Messias, imbuídos de esperança, e João sabia disso. Por que, então, ele bradava no deserto? Não se grita no deserto. Mas o deserto do qual falava era o vazio que haveria de ser preenchido com a presença do Messias. Aquela voz que grita no deserto, brada na esperança de Deus, do Messias. Muitas vezes esta passagem é interpretada como uma voz que clama em vão, mas não é. João não gritava em vão. Gritava no vazio daquela espera, sabendo que o Messias já estava ali. Não foi por acaso que estava no rio Jordão. Ele sabia que aquele era o momento certo, que chegava a hora do Cristo: "Aquele (…) do qual não sou digno de desatar a correia da sandália".
É preciso esclarecer o significado deste ato de desatar a sandália. "E por que, então, batizas, se não és o Cristo nem Elias nem o profeta?" Esse "por quê?" faz com que as pessoas reajam, pensem. E João novamente dá uma linda resposta: "Eu batizo com água. No meio de vós está alguém que não conheceis, aquele que vem depois de mim, do qual não sou digno de desatar a correia da sandália."
Era costume entre os judeus, quando o rapaz não desejasse o casamento com a moça que lhe fora prometida, abrir mão do direito de desposá-la em favor de um irmão que dela gostasse, ou de um descendente direto da família que ele achasse importante. O gesto, considerado bonito, era realizado diante de toda a família, em público. O noivo prometido desatava a correia da sandália do pretendente, a quem entregava aquela que seria a sua noiva. Era um ato excepcional e admirado pelos judeus.
Qual era, então, o grande noivo esperado, prometido? João sabia que era Jesus. Por isso falou que não era digno de desatar a correia de Sua sandália. Quer dizer: não sou digno de passar para esse Homem a honra de esposar a glória de Deus na terra. É isto que João queria falar.
Então, em razão do "por quê?", João desata este lindo discurso: "Sou a voz que clama no deserto…". Está no meio de vocês o legítimo noivo, papel que não sou digno de assumir e para quem tenho de passar. Eu não sou o Messias nem o Elias e nem o profeta. Eu não sou nada. Tenho, neste momento, aquilo que é a minha obrigação: passar a Ele, que está no meio de vocês e que ainda não O conhecem. Não tiveram a honra de desposar essa Boa-Nova, que é o Evangelho, a Nova Aliança de Deus com os homens.
Este é o ponto alto deste Evangelho: João Batista passa a Jesus o comando da Boa-Nova.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 02/01/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

Jesus é a direção para a nossa vida

Ele é o caminho, a verdade e a vida!
”Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias” (João 1, 26-27).
Os discípulos de João Batista ficaram encantados com as pregações e com os ensinamentos dele e com tudo aquilo que ele fazia para anunciar o Reino de Deus. Mas João mesmo diz: “Não sou eu! Eu não sou profeta, eu não sou o Messias”. E as pessoas perguntavam: “Mas, quem és afinal?” O povo queria saber quem era João! E este disse: “Eu sou apenas uma voz, que grita no deserto, eu apenas uso a água, como instrumento para lavar, purificar, batizar. Mas o verdadeiro batismo, é Ele que vos dará!”
Meus irmãos, a Palavra de Deus, hoje, nos ajuda a refletir sobre um assunto muito sério. Nós, muitas vezes, buscamos nos pregadores, nos cantores e nas pessoas que nos anunciam Deus e não vamos Àquele que, na verdade, é a unção, é a cura, é a libertação, é o motivo da nossa pregação e de tudo aquilo que nós fazemos. Pregadores passam, vêm e vão, quem permanece é o Senhor nosso Deus!
Por isso, hoje, a nossa atenção, como está nos chamando à atenção João Batista, não deve se voltar para as pessoas, não deve se voltar para este ou para aquele, porque “este prega bem, fala bem, anuncia bem”, mas sim para o Senhor a quem ele anuncia, para o Mestre a quem ele anuncia, para o caminho, para a direção que é Jesus.
Quem sou eu para desamarrar as Suas sandálias? Quem sou eu para chegar aos pés do Mestre? Não é a mim que as pessoas devem vir, mas a Ele, somente a Ele, o Mestre Jesus! Todos nós estamos à procura de uma direção na vida em busca de um sentido para nossa existência, em busca de uma direção para aquilo que fazemos e realizamos.
O ano de 2014 está se iniciando, que tenhamos um bom propósito para este ano: olharmos para Jesus, fazermos d’Ele o referencial e a direção da nossa vida, não pararmos nas pessoas. As pessoas nos mostram a direção, que as pessoas sejam certas para nós, mas, nós não devemos parar nelas. Nós só encontramos a maturidade da nossa vida espiritual, da nossa relação com Deus, quando não paramos em pessoas, mas quando paramos em Deus.
Se os discípulos de João Batista tivessem parado nele eles não teriam conhecido a salvação; porque João era apenas uma voz; a Palavra, que salva, é Jesus. Nós não paramos nas pregações, nós paramos no Senhor. Ele é o caminho, a verdade e a vida!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/01/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a discernir nosso lugar e missão na História da Salvação. Assim como João Batista, que nós não nos coloquemos na posição de Elias ou do Profeta, mas procuremos ser apenas discípulos do único Mestre, Jesus de Nazaré, o Cristo feito homem, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.



LITURGIA DIÁRIA - 02/01/2018


Tema do dia

APLAINEM O CAMINHO DO SENHOR

A carta de João aos seus ‘filhinhos’ na fé alerta contra os falsos profetas que tentam deturpar a verdade sobre o Pai e o Filho. Ela é sempre oportuna, porque pelos tempos afora, a Igreja de Jesus continua sendo seduzida por doutrinas fantasiosas.

Oração para antes de ler a Bíblia


Meu Senhor e meu Pai! Envia teu Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Fazei, ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno, memória
Cor: Branco


Primeira Leitura (1Jo 2,22-28)
Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno - Terça-feira - 02/01/2018

Leitura da Primeira Carta de São João.

Caríssimos: 22Quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? O Anticristo é aquele que nega o Pai e o Filho. 23Todo aquele que nega o Filho também não possui o Pai. Quem confessa o Filho possui também o Pai.
24Permaneça dentro de vós aquilo que ouvistes desde o princípio. Se o que ouvistes desde o princípio permanecer em vós, permanecereis com o Filho e com o Pai. 25E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna. 26Escrevo isto a respeito dos que procuram desencaminhar-vos.
27Quanto a vós mesmos, a unção que recebestes da parte de Jesus permanece convosco, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine. A sua unção vos ensina tudo, e ela é verdadeira e não mentirosa. Por isso, conforme a unção de Jesus vos ensinou, permanecei nele. 28Então, agora, filhinhos, permanecei nele. Assim poderemos ter plena confiança, quando ele se manifestar, e não seremos vergonhosamente afastados dele, quando da sua vinda.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 97)
Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno - Terça-feira - 02/01/2018

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!


Evangelho (Jo 1,19-28)
Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno - Terça-feira - 02/01/2018


A voz de quem grita no deserto

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

19Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: “Quem és tu?” 20João confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”. 21Eles perguntaram: “Quem és, então? És Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “És o Profeta?” Ele respondeu: “Não”. 22Perguntaram então: “Quem és, afinal? Temos de levar uma resposta àqueles que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo?”
23João declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” — conforme disse o profeta Isaías. 24Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus 25e perguntaram: “Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?”
26João respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, 27e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”. 28Isso aconteceu em Betânia além do Jordão, onde João estava batizando.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Oração para depois de ler a Bíblia


Dou-Te graças, meu Deus, pelos bons propósitos, afetos e inspirações que me comunicastes nesta meditação; peço-Te ajuda para colocá-los em prática. Minha Mãe Imaculada, meu protetor São José e Anjo da minha guarda, intercedem todos por mim. Amém.