ANO A
16 de Agosto de
2014
Mt 19,13-15
Comentário do
Evangelho
Ser criança é viver na dependência de Deus.
Não é a primeira vez que as crianças entram em cena no evangelho
segundo Mateus. No discurso sobre a Igreja, uma criança é símbolo do próprio
Cristo, Servo dos servos, e, ao mesmo tempo, símbolo dos que se sentem
desprezados e tentados a abandonar a fé, e que devem ser objeto do cuidado
preferencial dos outros membros da comunidade (18,1-5). Aqui, no trecho de hoje
do evangelho, as crianças são símbolo daqueles que vivem a sua existência na
dependência a Deus, assim como as crianças dependem de seus pais para o seu
crescimento e amadurecimento. O gesto de imposição das mãos pode significar
tanto cura como bênção, ou, ainda, as duas coisas. O relato opõe a atitude de
Jesus à atitude dos discípulos. A atitude dos discípulos é compreensível se
levarmos em conta a mentalidade da época: as crianças não devem importunar os
adultos, sobretudo, um Mestre como Jesus. Mas ninguém pode, no dizer de Jesus,
estabelecer uma barreira que impeça não importa quem de se aproximar de Jesus.
As crianças são membros do povo de Deus (Js 8,35) e como tal devem ser
acolhidas. Podemos tirar do episódio uma dupla mensagem: em primeiro lugar, o
Reino de Deus se abre para os que se sabem “pequenos”; em segundo lugar, e como
consequência do anteriormente dito, a Igreja deve se abrir para acolher
indistintamente a todas as pessoas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja a simplicidade e a pureza de
coração das crianças um exemplo no qual devo inspirar-me para ser fiel a ti.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Muitas vezes, pelo fato de procurarmos viver de
forma coerente os valores do Evangelho e percebermos os erros e os problemas
que existem no mundo de hoje por parte de muitas outras pessoas que não tiveram
a oportunidade de conhecer Jesus como nós o conhecemos, corremos o risco de
fazer exatamente o contrário daquilo que Jesus exige de nós. Pode acontecer que
nos coloquemos como intermediários entre Jesus e as pessoas não para
aproximá-las dele, como é a sua vontade, mas para impedir que se aproximem dele
por não serem dignas, negando a elas a oportunidade da graça da conversão e da
vida nova em Cristo.
FONTE: CNBB
Recadinho
Você
se considera como uma criança indefesa e carente diante de Deus? - Busca
aproximar-se cada vez mais dele? - Sua comunidade valoriza as crianças? - O que
de mais importante você acha que a comunidade faz por elas? - A criança se
sente tranquila e confiante diante de quem as ama. Você se sente assim diante
de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
VENHAM A MIM
AS CRIANCINHAS
Ao apresentar
seus filhos para serem abençoados por Jesus, algumas mães estavam rompendo um
sistema de marginalização das crianças. Os discípulos repeliam-nas, de acordo
com a mentalidade reinante: as criancinhas eram tidas como seres sem valor
algum para ficar importunando o Mestre. Jesus se posicionou contra esta visão
distorcida.
O Reino anunciado por ele fundava-se na
igualdade das pessoas. Era um Reino de comunhão e fraternidade. Portanto, não
podia admitir a exclusão de quem quer que fosse. Às criancinhas, o Mestre disse
estar reservado um lugar especial no Reino, pois este pertenceria a quem se
parecesse com elas. O modo de ser dos pequeninos devia servir de modelo de
comportamento do discípulo do Reino. Se dele as crianças fossem excluídas, o
Reino ficaria privado de um referencial muito importante. Não que o ideal do
discípulo é ser ingênuo e infantil, como se acredita serem as crianças. E sim,
ser capaz de confiar plenamente em Deus, não buscar segurança por si mesmo, não
ter o coração corrompido pela maldade.
Ao impor as mãos sobre as criancinhas, Jesus
reconhecia sua cidadania, no contexto do Reino. Por conseguinte, nas
comunidades cristãs, as crianças teriam sua dignidade respeitada e não seriam
inferiorizadas pelos adultos.
Esta foi a vontade de Jesus que, ao implantar o
Reino na história humana, recuperou o projeto de Deus para a humanidade.
Oração
Senhor
Jesus, que na comunidade cristã se respeite a todos, a começar pelas
criancinhas, que são um sinal de como devem ser os discípulos do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e
todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração
de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
17 de Agosto de
2014
Lc 1,39-56
Comentário do
Evangelho
Festa da vitória de Deus e de Cristo sobre o mal e a morte.
O dogma da Assunção de Nossa
Senhora foi proclamado pelo Papa Pio XII, em 1950. O texto da proclamação
dogmática não afirma que ela foi elevada ao céu, mas à “Glória celeste”. Não se
afirma, portanto, um deslocamento espacial nem uma nova localização, mas a
transfiguração do seu corpo e a passagem de sua condição terrestre à condição
gloriosa da totalidade de sua pessoa, isto é, corpo e alma. A solenidade da
Assunção da Mãe de Deus é, em primeiro lugar, a festa da vitória de Deus e de
Cristo sobre o mal e a morte (cf. 1Cor 15,21-22). Na ressurreição de Jesus
Cristo, o inimigo da natureza humana foi vencido. É essa vitória que celebramos
a cada domingo. A festa da Assunção de Nossa Senhora é uma verdadeira Páscoa,
uma vez que é a participação da nossa humanidade na Páscoa de Jesus Cristo.
Todo o livro do Apocalipse pode ser considerado
uma visão, no sentido de revelação de Deus. A finalidade do livro é encorajar o
povo de Deus no seu testemunho de Cristo e a permanecer firme na observância da
palavra de Jesus Cristo. O tema da visão do trecho de hoje é “um grande sinal
no céu”. Todo sinal precisa ser interpretado e bem compreendido. A mulher
ornada que aparece no céu é a Igreja triunfante, vitoriosa (coroa de doze
estrelas), na eternidade (lua debaixo dos pés), sobre a qual o mal não tem mais
poder, pois ela é revestida da Glória do Ressuscitado (vestida de sol). Ela
está pronta para dar à luz. A Igreja, fiel ao seu Senhor, gera, pela fé, novos
filhos. Ela é ameaçada por causa do filho que ela gera, mas é protegida por
Deus e conduzida ao deserto. Todo o nosso trecho é uma evocação do êxodo. A
finalidade é levar a Igreja peregrina a contemplar a realidade da Igreja
triunfante, a fim de ser sustentada no seu testemunho e na sua fidelidade ao
Deus verdadeiro.
A festa da Assunção de Nossa Senhora é a
participação da nossa humanidade na vitória de Cristo. Na Assunção de Nossa
Senhora, Deus revela a dignidade do ser humano. O ser humano não pode ser
prisioneiro do mal nem nossa vida terrestre pode ser desprezada como se
vivêssemos num desterro ou num vale de lágrimas. A vida do ser humano interessa
a Deus. A elevação de Maria à Glória celeste faz com que olhemos para a nossa
humanidade para que não a deixemos corromper pelo mal que desfigura o ser
humano criado à imagem e semelhança de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, conduze-me pelos caminhos de Maria,
tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como
Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O encontro de Maria com Isabel nos mostra um
pouco do que deve ser um encontro de verdadeiro amor entre duas pessoas. Por um
lado, vemos Maria, que vai ao encontro de Isabel assim que sabe da sua
situação, vai para servir, fazer com que seu amor se transforme em gesto
concreto. Quando encontra Isabel, a saúda, pois valoriza aquele momento de
encontro e também a pessoa com quem se encontra. Por outro lado, vemos Isabel
que, ao ver sua prima, exalta imediatamente todos os seus valores como mãe do
seu Senhor, assim como as suas virtudes. E este encontro termina com um cântico
de exaltação ao amor de Deus.
FONTE: CNBB
Recadinho
Como
você encara o dever para com seus irmãos de sangue? - Como você manifesta
humildade? - Que lugar Nossa Senhora ocupa em sua vida? - Qual o ato de devoção
a Nossa Senhora que mais lhe agrada? - Você se considera uma pessoa de bom
coração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
A GLORIFICAÇÃO
DE MARIA
A festa da assunção de Nossa Senhora leva-nos a
repensar todo o seu peregrinar neste nosso mundo, pois se trata de celebrar o
desfecho de sua caminhada. O fim da existência terrena de Maria consistiu na
plenificação de todos os seus anseios de mulher de fé e disponível para servir.
A expressão “repleta de graça”, dita pelo anjo, encontrou sua expressão
consumada na exaltação dela junto de Deus.
A
estreita conexão entre a existência terrena de Maria e a sua sorte eterna foi
percebida desde cedo pela comunidade cristã, apesar de a Bíblia não contar os
detalhes de sua vida e de sua morte. A comunidade deu-se conta de que Deus
assumiu e transformou toda a sua história, suas ações e seu corpo.
O
relato evangélico é um pequeno retrato de Maria. Sua condição de mãe do
Messias, o “Senhor” esperado pelo povo, proveio da profunda comunhão com Deus e
da disponibilidade total em fazer-se sua servidora. Expressou sua fé no canto
de louvor – o Magnificat –, no qual proclamou as maravilhas do Deus e as
grandezas de seus feitos em favor dos fracos e pequeninos.
A
comunhão com Deus desdobrava-se, na vida de Maria, na sua disponibilidade a
servir o próximo. A ajuda prestada à prima Isabel é uma pequena amostra do que
era a Mãe de Deus no seu dia-a-dia.
Assunta
ao céu, Maria experimentou, em plenitude, a comunhão vivida na Terra.
Oração
Pai, conduze-me pelos
caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada
por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e
todo-poderoso, que elevastes à glória do céu, em corpo e alma, a imaculada
virgem Maria, mãe do vosso filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a
fim de participarmos da sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
18 de Agosto de
2014
Mt 19,16-22
Comentário do
Evangelho
Exigência própria do seguimento de Jesus Cristo.
A vida eterna é um dom de Deus
(Jo 17,2-3) e, como tal, precisa ser recebida. O jovem anônimo apresenta a
Jesus uma questão eminentemente religiosa. Na concepção dele é fazendo algo que
se alcança a vida eterna. A pergunta pelo “algo” a ser feito recebe de Jesus
uma resposta diferente da que o jovem esperava: Deus é Bom; Deus é a fonte de
toda bondade. Se alguém pode fazer algo bom é porque Deus está na origem de
todo verdadeiro bem. A vida eterna não é merecimento pelo cumprimento
irrepreensível da Lei. A Lei é o caminho para a vida de liberdade (cf. Dt
30,15-16). A Lei é um meio, mas o cumprimento dos mandamentos não é suficiente
para receber a vida eterna como dom. É preciso desapego, pois a vida eterna não
se compra nem é objeto de barganha. A tristeza que se abateu sobre o jovem é o
reconhecimento de seu apego aos bens. O texto não nos diz se no tempo posterior
ele foi capaz de optar pela “perfeição”. Esse silêncio do texto oferece ao
leitor a oportunidade de ele mesmo se colocar no lugar do jovem e responder à
exigência própria do seguimento de Jesus Cristo. A vida autenticamente cristã
depende dessa resposta e atitude.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, quero estar sempre em comunhão
contigo, pois só tu és Bom. Que eu possa, assim, conhecer a tua vontade e
colocá-la em prática, pois este é o caminho da salvação.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Deus nos ama com amor eterno e, por isso, quer
relacionar-se conosco. A partir disso, devemos perceber qual é o verdadeiro
sentido da religião. O que caracteriza o verdadeiro cristão não é a mera
observância dos mandamentos, mas a busca da perfeição que está no seguimento de
Jesus, portanto no relacionamento com ele. Porém, existem valores deste mundo
que se tornam obstáculo para este relacionamento, como é o caso dos bens
materiais, que impediram o jovem de buscar livremente a vida eterna e a
perfeição, através da caridade e do seguimento de Jesus, embora observasse
todos os mandamentos.
FONTE: CNBB
Recadinho
O
que você faz para alcançar a vida eterna? - O jovem foi embora só pelo fato de
ser muito rico? - O que faltou a ele naquele momento? - Em linhas gerais, o que
fazer para conseguir a vida eterna? - O jovem seguia os mandamentos. O que além
disso Jesus pede a ele?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
FALTA-TE ALGO!
O apego exagerado aos bens materiais é um
terrível empecilho para o seguimento de Jesus. A dinâmica deste seguimento vai
exigindo rupturas sempre mais radicais. Quem não está livre para fazê-las,
ficará na metade do caminho.
Na piedade judaica tradicional, a observância
dos mandamentos da Lei mosaica era o primeiro passo a ser dado pelo fiel.
Muitos se contentavam com este primeiro passo. Outros, como era o caso de uma
tendência do farisaísmo, reduzia a observância do Decálogo a pura
exterioridade. Os mestres da Lei, por sua vez, detinham-se em interpretações
minuciosas dos mandamentos, complicando ainda mais a observância deles.
O mero cumprimento dos mandamentos não é
suficiente para tornar alguém discípulo do Reino e herdeiro da vida eterna.
Jesus desafiou um jovem a desfazer-se de tudo
quanto possuía, distribuindo seus bens entre os pobres, para fazer-se discípulo
do Reino e tornar-se herdeiro da vida eterna. O rapaz, que havia sido fiel em
guardar os mandamentos, não se sentiu preparado para fazer o que lhe faltava. O
apego aos seus bens impediu-o de aceitar a sugestão de Jesus. E foi-se embora
todo perturbado! Quem talvez esperasse um elogio acabou desiludido por ter sido
incapaz de optar pela liberdade radical.
Oração
Senhor Jesus, que eu não me apegue aos bens deste mundo, para
ser livre de acolher tua sugestão: dar um passo mais e seguir-te como discípulo.
(O comentário do Evangelho é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, preparastes para
quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a
chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao
encontro das vossas promessas, que superem todo desejo. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
19 de Agosto de
2014
Mt 19,23-30
Comentário do
Evangelho
A salvação é dom de Deus.
O evangelho de hoje apresenta
que a riqueza pode se constituir em um obstáculo intransponível para entrar na
comunhão com Deus. A preocupação desordenada com o ter entrava a liberdade e
impede a pessoa de confiar e depender unicamente de Deus. Nesse sentido, o ter
pode ser e é expressão da idolatria. Ante a intervenção dos discípulos, Jesus
responde que tudo está remetido à misericórdia divina, pois a salvação é dom de
Deus. A teologia da retribuição contaminou desde há muito tempo a relação do
povo com seu Deus. A pergunta de Pedro a Jesus, “Que haveremos de receber?”,
uma vez que tinham deixado tudo por Cristo, é expressão dessa teologia. A
resposta de Jesus aponta para a escatologia e promete, para os que permanecerem
fiéis no seu seguimento, a participação no juízo do mundo. O cêntuplo prometido
é o reconhecimento de Deus do valor inestimável de cada pessoa e a participação
dela na vida divina. É preciso insistir: cada um deve se esforçar, segundo suas
possibilidades, para entrar no Reino dos Céus. No entanto, a salvação não é
medida por esse esforço, pois ela é dom de um Deus que torna possível o que aos
olhos do mundo parece impossível.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, desapega meu coração das coisas deste
mundo, livrando-me da ilusão de buscar segurança nos bens acumulados. E reforça
minha fé na Providência!
FONTE: PAULINAS
Reflexão
A nossa vida é condicionada por muitos fatores
que marcam a natureza humana decaída por causa do pecado. Esses fatores, em
geral, nos afastam de Deus e nos impedem de viver plenamente a proposta do
Evangelho. A maior dificuldade para superarmos esses fatores se encontra no
fato de que nós somos seres naturais, portanto submissos às leis da natureza
decaída de modo que para nós isso é impossível. Mas Jesus nos diz no Evangelho
de hoje: 'Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível'.
Somente confiando plenamente na graça divina e procurando corresponder a ela é
que poderemos viver o Evangelho apesar das nossas fraquezas e dos desafios que
a vida nos impõe.
FONTE: CNBB
Recadinho
Quais são os principais perigos da riqueza? -
Ela é um bem em si? - O que significam para você partilha e comunhão? - É
possível ser dono de reinos deste mundo e querer também o reino dos céus? -
Rico ou pobre neste mundo, qual é sua verdadeira riqueza?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
A SORTE DOS
RICOS
Pode soar chocante ouvir de Jesus que um rico
dificilmente entrará no Reino dos Céus. Ele que foi sempre tão misericordioso,
teria preconceito contra os ricos? Por que, então, fecha-lhes as portas do
Reino?
Rico,
no pensar de Jesus, é quem transforma os bens deste mundo em autênticos ídolos
e fecha seu coração para Deus e para os irmãos; quem ama suas propriedades
sobre todas as coisas, e, para protegê-las e fazê-las multiplicar, não hesita
em lançar mão de qualquer artifício, mesmo injusto, desonesto, ilegal. A
penúria do irmão necessitado não chega a sensibilizá-lo. Só pensa em si mesmo,
em suas necessidades e em seus prazeres. Por conseguinte, não existe espaço
para a graça atuar em seu coração. Neste caso, tornar-se impossível Deus chegar
a ser, de algum modo, senhor de sua vida. Nele, o Reino de Deus não pode
acontecer. Seu coração está bloqueado.
Não é
Deus quem fecha as portas do Céu para o rico. É este quem se recusa a entrar no
Reino e assimilar sua dinâmica. Os apelos de Deus tornam-se inúteis e
ineficazes. Embora Jesus deseje que o rico abra mão de seu projeto de vida
egoísta e acolha o Reino, ele persiste em sua idolatria. O amor de Jesus não
chega a tocá-lo.
É por
esta razão que é mais fácil um camelo atravessar o buraco de uma agulha do que
um rico entrar no Reino dos Céus.
Oração
Senhor Jesus, livra-me da mentalidade dos ricos que recusam o
apelo do Reino, por causa da idolatria que lhes corrompe o coração.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, preparastes para
quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a
chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao
encontro das vossas promessas, que superem todo desejo. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total
20 de Agosto de
2014
Mt 20,1-16ª
Comentário do
Evangelho
Deus é Bom.
Trata-se de uma parábola do
Reino que não figura na lista das parábolas do Reino do capítulo treze. A
parábola, em primeiro lugar, afirma algo de fundamental de Deus: Deus é Bom. Em
todos os tempos e sem distinção, ele chama a todos para a sua vinha. A parábola
é expressão da universalidade da salvação de Deus. A “vinha” é símbolo tanto de
Israel como do Reino de Deus. Em todo tempo, representado pelas horas da
jornada de trabalho, Deus toma a iniciativa de chamar a todos, onde quer que
estejam, para o seu Reino. Deus é quem oferece a possibilidade de participação
no seu Reino, independentemente dos méritos de cada um, pois Deus não quer que
ninguém que criou se disperse ou se perca (cf. Jo 6,39; 10,28; 17,12). Em que
consiste a justiça própria de Deus? Em amar sem distinção e sem limite. A
verdade é que o modo de Deus agir revoluciona nossa escala de valores (vv.
13-16). A igualdade ressalta a graça extraordinária feita por Deus aos
pecadores. Aos olhos de Deus, o verdadeiro salário é ouvir o convite e ser
admitido à sua vinha. O amor de Deus é para todos; Ele não faz acepção de
pessoas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu jamais me deixe levar pelo
espírito de ambição e de rivalidade, convencido de que, no Reino, somos todos
iguais, teus filhos.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Nós estamos acostumados com a forma de justiça
que foi estabelecida pelos homens e, por causa disso, encontramos dificuldades
para compreender a justiça divina, principalmente porque os principais
critérios da justiça dos homens são a diferença entre as pessoas e a troca
entre os valores enquanto que os principais critérios da justiça divina são a
igualdade entre as pessoas e a gratuidade dos valores. Isso nos mostra que a
lógica divina é totalmente diferente da lógica dos homens e que nós vivemos
reivindicado valores que, na verdade, são valores humanos e que não nos
conduzem a Deus. Também nos mostra o quanto todos nós somos comprometidos com os
valores humanos e deixamos de lado os valores do Reino.
FONTE: CNBB
Recadinho
Qual é o projeto de vida que Deus nos
oferece? - A sociedade se preocupa em dar a cada um o que é seu? - Somos
chamados a colocar em primeiro lugar o que em nossa vida? - Deus é
misericordioso para conosco. E nós? - Deus nos busca para trabalhar em sua
vinha. Será que assumimos generosamente nossas responsabilidades?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
OPERÁRIOS DA
ÚLTIMA HORA
Os adversários de Jesus irritavam-se com a
acolhida que ele dispensava a todos quantos eram vítimas da marginalização
social e religiosa de sua época. Sua extraordinária misericórdia levava-o a
fazer-se solidário das vítimas do desprezo e da arrogância. Todos, sem
distinção, tinham lugar no seu coração.
A
parábola do proprietário de uma plantação de uvas ilustra esta sua disposição
interior. A bondade do vinhateiro levou-o a sair sucessivas vezes para
contratar operários para sua plantação, de modo a não haver indivíduos ociosos
na praça. Até mesmo uma hora antes de terminar o expediente diário, ele saiu à
procura de desocupados para lhes dar trabalho. Surpreendente é que, na hora de
acertar as contas, os da última hora receberam tanto quanto os da primeira hora.
Isto foi motivo de protesto para estes últimos, que consideraram injustiça
receber salário idêntico aos que trabalharam pouco.
O dono
da vinha - imagem de Deus - age com misericórdia e bondade. E se recusa a fazer
discriminações indevidas entre os seus diaristas. Uma justiça, falsamente
entendida, tê-lo-ia levado a pagar aos últimos uma quantia bem inferior do que
aquela paga aos primeiros. No caso de Deus, consistiria em conceder salvação
abundante a uns, e relegar os demais a uma espécie de desprezo. Entretanto,
como o modo divino de agir vai na direção contrária, a justiça é superada pela
misericórdia. E todos são, igualmente, objetos de seu amor.
Oração
Espírito de bondade misericordiosa, que minha vida seja
pautada pelo modo divino de agir, porque manifesta sua preferência por quem é
vítima da marginalização.
(O comentário do Evangelho é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que fizestes do
abade são Bernardo, inflamado de elo por vossa casa, uma luz que brilha e
ilumina a Igreja, dai-nos, pó sua intercessão, o mesmo fervor para caminharmos
sempre como filhos da luz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
FONTE: dom total