quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

AO ENTRAR QUE VENHA COM DEUS... AO SAIR QUE DEUS TE ACOMPANHE…

Sorrindo pra Vida - 08/02/2024


Canal do Youtube - Canção Nova Play

Publicado em 8 de fev. de 2024

LEITURA ORANTE DO DIA 08/02/2024



LEITURA ORANTE

Marcos 7,24-30 - Uma mulher pagã pede pela filha e Jesus a atende


Preparamo-nos para a Leitura,
rezando:
Oração antes de ler a Bíblia

Jesus Mestre,
vós dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos
em meu nome,
eu estarei no meio deles".
Ficai conosco, aqui reunidos
Para melhor meditar e comungar
a vossa Palavra.

Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos,
para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.

Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.

Sois a Vida:
transformai nosso coração
em terra boa,
onde a Palavra de Deus
produza frutos abundantes
de santidade e missão.

1. Leitura(Verdade)
O que diz o texto?
Lemos atentamente: Marcos 7,24-30
Naquele tempo, 24 Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido. 25 Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. 26 A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. 27 Jesus disse: “Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”. 28 A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”. 29 Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. 30 Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela.
Refletindo
Na época de Jesus, no mundo judaico, a sociedade vivia numa hierarquia em que primeiro estavam os filhos de Israel, os herdeiros da promessa, da bênção e da atenção de Deus. Deste modo quem não pertencia a este povo deveria esperar que primeiro os filhos de Israel recebessem sua atenção, e muitas vezes nem eram considerados dignos das graças de Deus.
A mulher siro-fenícia, ouve falar que Jesus estava naquela região. Ela acredita que Jesus é quem tem o poder de libertar sua filha do demônio que a atormentava. Cheia de coragem a mulher  entra na casa onde Jesus estava e em atitude de humildade, reverência e súplica, atira-se aos pés dele. Ela pedia  insistentemente que expelisse o demônio que atormentava sua filha. A resposta de Jesus à mulher, a princípio nos intriga, quando lhe diz: “Deixa primeiro que os filhos se saciem; pois não fica bem tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos” (Mc 7,27).
Sob  inspiração de Deus, responde com firmeza a Jesus: “Senhor, também os cachorrinhos, debaixo da mesa comem as migalhas que os filhos deixam cair” (Mc 7,28). Esta resposta faz com que a vontade de Deus seja entendida, por Jesus e posteriormente pelas comunidades cristãs, que  a ação de Deus já não é mais destinada como primazia para os que se consideram como filhos, mas que todos igualmente são convidados e dignos de partilhar o mesmo pão e das graças de Deus, na mesma hora e juntos na mesma mesa. 
A fala e luta da siro-fenícia é de quem sofre todas as discriminações da época: por ser mulher e estrangeira. No seu argumento ela diz a Jesus que muitas vezes os filhos não sabem dar valor ao pão que lhes é oferecido e que o desperdiçam, e, mesmo sendo em migalhas, em pequeninas porções desperdiçadas, os excluídos, os famintos do pão e da graça de Deus, fazem com elas um banquete. Para eles as migalhas são muito bem aproveitadas e por isso está na hora de serem convidados também a participar da mesa do banquete das graças de Deus.
É o Espírito da Verdade que faz a mulher siro-fenícia compreender que esta situação de discriminação, não é a vontade de Deus, pois os filhos de Israel também assim foram tratados, quando no Egito estavam sendo excluídos e oprimidos. Ela em sua argumentação pela recuperação de sua filha, quer dizer que todos os seres humanos foram criados a imagem e semelhança de Deus (Gn 1,27) e que segundo Paulo, em Cristo todos são um (Gl 3,28), portanto todos são filhos e dignos de estarem juntos à mesma mesa.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Qual lugar Deus ocupa na nossa vida?
Nosso coração está próximo de Deus?
Onde está Deus?
Se não estiver no 1º lugar, e presente em todos os outros momentos, alguma coisa está errada e deve ser revista.
Meditando
Os bispos, em Aparecida, recordaram:
"No clima cultural relativista que nos circunda, onde é aceita só uma religião natural, faz-se sempre mais importante e urgente estabelecer e fazer amadurecer em todo o corpo eclesial a certeza de que Cristo, o Deus de rosto humano, é nosso verdadeiro e único salvador." (DAp 22)

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, com salmos ou outras
orações e concluímos com a:
Oração depois de ler a Bíblia

Jesus Mestre,
vós dissestes que a vida eterna consiste
em conhecer a vós e ao  Pai.

Derramai sobre nós
a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça
no vosso seguimento,
porque sois o Caminho para o Pai.

Fazei-nos crescer no vosso amor
para que sejamos
como Apóstolo Paulo
testemunhas vivas do  vosso Evangelho.

Com Maria,
Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos a vossa Palavra,
meditando-a em nosso coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida,
tende piedade de nós.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar, purificado pela Palavra, é para reconhecer Jesus Cristo como Senhor da nossa vida.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

Palavra se fez carne - 08 de fevereiro, 5ª feira, 5ª Semana do Tempo Comum


08 de fevereiro, 5ª feira, 5ª Semana do Tempo Comum


- Hoje é dia 08 de fevereiro, 5ª feira, 5ª Semana do Tempo Comum.

- O Evangelho de hoje nos diz que a salvação veio para todos, ela não é privilégio de alguns. Jesus é surpreendido por uma mulher pagã, considerada impura e pecadora, pois não fazia parte do povo escolhido. Descobrimos que não é mais a raça ou a lei que unem as pessoas a Deus, mas o verdadeiro encontro com a salvação trazida por Jesus que desperta o novo e faz com que as pessoas retornem à vida e à libertação. Peça ao Senhor a graça de acolher a salvação e a libertação que ele te oferece a cada dia e a coragem capaz de superar preconceitos e distâncias.

- Escuta o Evangelho Segundo Marcos, Capítulo 7, versículos 24 a 30.

Jesus partiu dali e foi para a região de Tiro. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde estava, mas não conseguia ficar escondido. Uma mulher que tinha uma filha com um espírito impuro, logo que ouviu falar dele, foi ali e jogou-se aos seus pés. A mulher era de origem sírio- fenícia e falava grego. Ela pedia que Jesus expulsasse o demônio de sua filha, mas ele disse: “Deixa que primeiro se saciem os filhos; pois não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos.” Ela respondeu: “Senhor, também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas dos filhos.” E Jesus lhe disse: “Por causa da tua palavra, vai: o demônio saiu de tua filha.” Então, ela voltou pra sua casa e encontrou a menina deitada sobre a cama: o demônio havia saído.

- O Evangelho nos mostra Jesus em território pagão e ali é desafiado por uma mulher sírio-fenícia que pede a cura de sua filha. Jesus fica admirado com tamanha fé da mulher e atende seu pedido. Ao realizar um milagre em favor de uma mulher pagã, muda à condição dos estrangeiros, e os inclui no projeto de Deus, indicando que a salvação é para todas as nações. Peça ao Senhor a graça de acolher os filhos e as filhas de Deus como irmãos e irmãs, independente da cultura, da raça e condição social.

- Como tem sido o teu encontro com a pessoa de Jesus? Diante das dificuldades como tens vivido a tua fé? Você tem a humildade de reconhecer a ação de Deus em sua vida nas pequenas realidades e situações?

– E Jesus lhe disse: “Por causa da tua palavra, vai: o demônio saiu de tua filha.” O apelo que a mulher faz e a fé que ela tem em Jesus é tão forte, que Jesus acolhe o seu pedido e a filha fica curada. A Palavra de Deus se encontra com a palavra humana cheia de fé. Ouça o que nos diz a letra da música Cananéia, do Pe. Antonio Maria:

Cananéia, que ideia
Essa de tanto insistir
Até gosto de teu jeito
Às vezes parece tanto
Só mesmo para pedir.

E Cristo sabendo disso
Só quis mesmo comprovar
Tua fé humilde e pura
Que a gente até podia
De teimosa chamar.

Mulher pagã, me ensina
A ter fé não desistir
Cananéia estrangeira, me ensina
Tua maneira de pedir.

Mulher que pede só quer
Mesmo as migalhas de pão
Sabe bem todo o poder
Daquele que pode ter
Pela filha compaixão

Foi humilde implorando
E nos deu uma lição
A mulher pagã que até
No Cristo teve mais fé
Do que eu que sou cristão

- Termina tua oração agradecendo ao Senhor a força da sua Palavra geradora de vida. Peça que Ele te liberte de todo mal e apresente as tuas necessidades.

- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém!


Jesus é meu Pastor | Mc 7,24-30 | Padre Adriano Zandoná (08/02/24)



Canal do Youtube - Padre Adriano Zandoná

Publicado em 7 de fev. de 2024

Evangelho (Mc 7,24-30)

Naquele tempo, Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido.
Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. Jesus disse: “Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”.
A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”.
Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Como rezar por quem amamos | (Mc 7, 24-30) #1384 - Frei Gilson




Publicado em 8 de fev. de 2024

Alma bonita | Mãe Maria (08/02/2024) - Dom Walmor



Canal do Youtube: TV Horizonte

Publicado em 8 de fev. de 2024

Homilia Diária - 08.02.2024 | "Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa." - Padre Roger Araújo



Canal do Youtube: Padre Roger Araújo

Publicado em 8 de fev. de 2024

Marcos 7,24-30

Naquele tempo, Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido.
Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. Jesus disse: “Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”.
A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”.
Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela.

Palavra da Salvação, 08/02/2024 com o Padre Rafael dos Santos



Canal do Youtube: WebTV Redentor

Publicado em 7 de fev. de 2024

Quinta-feira, 5º Domingo do Tempo Comum

Evangelho (Mc 7,24-30)

Naquele tempo, 24 Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido.
25 Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. 26 A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. 27 Jesus disse: “Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”.
28 A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”.
29 Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. 30 Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Homilia Diária | Deus escolhe um povo para salvar todos os povos (Quinta-feira da 5ª S. do T. Comum) - Padre Paulo Ricardo



Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 7 de fev. de 2024

O mau vezo igualitário dos dias de hoje pode tornar a ideia pouco “confortável”, mas nem por isso ela é menos verdadeira: Deus tem, sim, os seus prediletos. Ele, que reparte os seus bens conforme o seu agrado, dá a uns mais do que a outros, não por injustiça, mas para que os primeiros sejam dons e ajuda para os segundos. Assim ele agiu com Israel, o povo da Aliança, do qual nasceu o Salvador do mundo e a Mãe de todos os fiéis. Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 8 de fevereiro, e que Deus nos conceda a graça de correspondermos sempre com fidelidade ao amor único e pessoal que Ele nos tem.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mc 7,24-30 - 08/02/2024


Nos momentos de dificuldades, deposite sua fé em Deus

“Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. Jesus disse: ‘Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos’. A mulher respondeu: ‘É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair’. Então Jesus disse: ‘Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha’” (Marcos 7,25-29)



A fé e a humildade de alguém é comprovada nos momentos de contrariedade e provações. No Evangelho de hoje, podemos contemplar a comprovação da fé e da humildade de uma mulher pagã, mas que havia escutado falar sobre Jesus e, diante de uma grande necessidade, decidiu ousar na sua fé.
Aqui, podemos tirar algo importante para a nossa caminhada, para o nosso crescimento, para o crescimento da nossa fé. Os momentos de grande dificuldade formam pessoas ousadas na fé! Podemos até não ser merecedores, assim como aquela mulher que era pagã, não era talvez merecedora, mas diante de uma grande provação, se possuímos o mínimo de fé e somos ousados, Deus realiza grandes coisas na nossa vida.
Faremos essa experiência do impossível se ousarmos na nossa fé. Quem tem fé e é humilde não desiste na primeira tentativa. A fé e a humildade fazem de nós pessoas persistentes.

Os momentos de grande dificuldade formam pessoas ousadas na fé

Essa mulher não desistiu na primeira tentativa, ela poderia muito bem ter desistido, mas, diante da necessidade que passava, ela foi ousada e insistiu. O que poderia ser uma resposta negativa da parte de Jesus, ao responder que não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos, foi, na verdade, um impulso para ela demonstrar toda a sua ousadia na fé.
Em nossa vida também é assim: as provações, as contrariedades da vida e até aquilo que parece ser uma negativa de Deus diante de um pedido, de uma súplica, de uma prece, talvez seja o impulso para crescermos na fé, para sermos ousados e insistirmos mais um pouco.
Então eu falo para você: não desista na primeira tentativa, não desista com as demoras. Deus não demora, mas Ele tem o seu tempo! Talvez isso que você esteja vivendo, você até sinta: “Deus não me ouve mais, não ouve mais a minha prece”. Talvez seja um apelo de Deus para que você cresça na sua fé, para que você insista, para que você aprenda a ter a humildade de sempre pedir e confiar.
As contrariedades da vida nos levam também a crescermos na nossa fé, a crescermos em humildade. Quem é humilde e quem tem fé alcança grandes coisas de Deus!
Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Bruno Antonio
Padre Bruno Antonio de Oliveira é Brasileiro, nasceu no dia 18/10/1987, em Lavras, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2012 no modo de compromisso do Núcleo.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 08/02/2024

ANO B


Mc 7,24-30

Comentário do Evangelho

Jesus entra na casa

Jesus não conseguia ficar escondido, pois a luz brilha para iluminar toda a “casa” (cf. Mc 4,21-22). Depois da controvérsia sobre o puro e o impuro, Jesus vai para uma região pagã. O que foi dito na controvérsia (Mc 7,1-23) pode ser verificado na prática e ampliado: não há lugar nem pessoa a quem não seja oferecida a salvação. Jesus rompe a barreira da impureza. Nem a missão de Jesus nem a salvação que ele oferece como dom têm como destinatários exclusivos os “filhos” (v. 27), Israel; pertencem também aos “cachorrinhos”, uma forma de designar os pagãos. Todo nosso relato está centrado no diálogo de Jesus com a mulher. Na sua resposta a Jesus, aquela mulher siro-fenícia mostra a sua fé, chamando Jesus de Kyrios, “Senhor”. Com essa invocação os cristãos se dirigiam ao Cristo ressuscitado. A palavra da mulher e os seus gestos demonstram a confiança em Jesus e a convicção de que nele e somente por meio dele é que o mal que aprisiona a sua filha pode ser vencido. Se o mal está presente em todos os lugares, a vitória do Senhor sobre ele não tem fronteiras.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, cria em meu coração uma fé profunda como a da mulher pagã que demonstrou total confiança em Jesus. Por isso, foi atendida por ele.
Fonte: Paulinas em 13/02/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Jesus expulsa um espírito impuro


Jesus estava na região de Tiro, na casa de algum conhecido. Queria passar despercebido, mas logo foi procurado por uma mulher, que não era judia. Ela lhe pediu que libertasse sua filha da dominação do demônio. Mais uma vez estamos diante de alguém com problemas atribuídos à possessão demoníaca.
O demônio tinha entrado naquela menina ou a menina tinha atitudes estranhas, que não pareciam de gente normal, e que eram atribuídas ao demônio? Ela estava com o demônio no corpo? Quando uma mãe diz que o filho é endiabrado ou está com o demônio no corpo, a que ela se refere?
A mulher siro-fenícia é humilde, sabe interceder, e Jesus cura a sua filha. Antes da cura, Jesus lhe tinha dito que não ficava bem tirar o pão dos filhos, os judeus, para jogá-lo aos cachorrinhos, os não judeus. Jesus faz esta afirmação para desfazê-la logo em seguida. Aqui se desfaz a ideia de que o Messias viria exclusivamente para o povo de Israel.
Cônego Celso Pedro da Silva,

VIVENDO A PALAVRA

Jesus vive sua dúvida interior: o Reino do Céu seria propriedade exclusiva dos Filhos de Israel ou Ele veio para todas as nações e povos? A fé da mulher fenícia O ajuda no discernimento. O Reino do Pai – como a Igreja de Jesus – tem muitas moradas; nele se abrigam muitas criaturas, a humanidade toda.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/02/2018

VIVENDO A PALAVRA

Através da cura da filha daquela mulher – que era pobre, mas tinha fé! – Jesus derruba a cerca que mantinha excluídos os ‘diferentes’ que a religião judaica estabelecia com rigidez. Assim deve ser a nossa Igreja: oferecer a todos não apenas as migalhas que sobram da mesa, mas o jantar suculento do Reino de Deus que já trazemos em nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/02/2020

Reflexão

Existem pessoas que acreditam que somente quem pertence à sua religião ou mesmo apenas ao seu movimento religioso ou espiritualidade será salvo. Essas pessoas esquecem que Jesus veio ao mundo para que o mundo fosse salvo por ele, e não somente os daquela religião ou daquela forma de espiritualidade. Essas pessoas acabam por fazer do próprio Deus propriedade delas e querem que Deus aja segundo os seus critérios. A ação divina depende da vontade divina, que quer o bem e a salvação para todas as pessoas, de todos os povos, de todos os credos, línguas, etc., pois verdadeiramente Deus não faz distinção de pessoas.
Fonte: CNBB em 13/02/2014

Reflexão

Jesus encontra-se fora do seu costumeiro campo de missão. Mesmo assim, “não conseguiu ficar despercebido”. Uma senhora estrangeira o descobre e, com um gesto de respeito, lhe pede a cura de sua “filha possuída por um espírito impuro”. Talvez para testar a fé dessa mulher, Jesus dificulta o atendimento. Mas, diante da insistência dela, cede a seus rogos. Garante-lhe que, por sua fé extraordinária, sua filha já está curada. Jesus não é um mágico que passa o tempo fazendo prodígios para impressionar o povo. Jesus não é um milagreiro. O milagre se dá quando a pessoa que o solicita se dispõe a acreditar em Jesus e seguir seus passos. Às vezes a pessoa não vai além do benefício recebido. Seu coração ainda não está preparado para trilhar os caminhos do Senhor.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 08/02/2018

Reflexão

Jesus encontra-se fora do seu costumeiro campo de missão. Mesmo assim, “não conseguiu ficar despercebido”. Uma senhora estrangeira o descobre e, com um gesto de respeito, lhe pede a cura de sua “filha possuída por um espírito impuro”. Talvez para testar a fé dessa mulher, Jesus dificulta o atendimento. Mas, diante da insistência dela, cede a seus rogos. Garante-lhe que, por sua fé extraordinária, sua filha já está curada. Jesus não é um mágico que passa o tempo fazendo prodígios para impressionar o povo. Jesus não é um milagreiro. O milagre se dá quando a pessoa que o solicita se dispõe a acreditar em Jesus e seguir seus passos. Às vezes a pessoa não vai além do benefício recebido. Seu coração ainda não está preparado para trilhar os caminhos do Senhor.
Oração
Ó Jesus, que a todos recebes sem discriminar, és procurado por uma mulher estrangeira, que implora a cura da filha dela. Parece que a tratas com dureza. Na verdade, queres ensinar aos apóstolos que fora do povo eleito também existe fé, e, por vezes, fé ainda mais elevada, digna do teu elogio. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 13/02/2020

Reflexão

Mesmo que queira, Jesus não consegue ficar despercebido. Uma mulher pagã, preocupada com sua filha possuída por um espírito impuro, atira-se aos pés do Mestre, suplicando pela filha. Jesus tenta resistir, mas, diante da insistência da mulher, cede. Jesus entra “numa casa” em território não israelita. A fala do Mestre é questão de precedência e não de exclusão, isto é, ele veio para os judeus, antes de tudo, sem excluir os outros povos. A reação da mulher mostra bem isso, os cachorrinhos (pagãos) também têm necessidade do básico para a vida (as migalhas). A atitude do Mestre parece ser um teste para constatar a fé da mulher. Provavelmente o texto revela a dúvida da comunidade de Marcos a respeito da admissão ou não dos pagãos ao Reino de Deus. A conclusão é clara: sim, também entre os pagãos havia pessoas preparadas para receber os benefícios do Reino.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 10/02/2022

Reflexão

Jesus encontra-se fora de seu costumeiro campo de missão. Mesmo assim, “não conseguiu ficar despercebido”. Uma senhora estrangeira o descobre e, com um gesto de respeito, lhe pede a cura de sua “filha possuída por um espírito impuro”. Talvez para testar a fé dessa mulher, Jesus dificulta o atendimento. Mas, diante da insistência dela, cede a seus rogos. Garante-lhe que, por sua fé extraordinária, sua filha já está curada. Jesus não é um mágico que passa o tempo fazendo prodígios para impressionar o povo. Jesus não é um milagreiro. O milagre se dá quando a pessoa que o solicita se dispõe a acreditar em Jesus e seguir seus passos. Às vezes, a pessoa não vai além do benefício recebido. Seu coração ainda não está preparado para trilhar os caminhos do Senhor.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Ela foi e jogou-se a seus pés. Pedia que ele expulsasse o demônio de sua filha»

Rev. D. Enric CASES i Martín
(Barcelona, Espanha)

Hoje nos mostra a fé de uma mulher que não pertencia ao povo escolhido, mas que tinha a confiança em que Jesus podia curar a sua filha. Aquela mãe «A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio» (Mc 7,26). A dor e o amor a levam a pedir com insistência, sem levar em consideração nem desprezos, nem atrasos, nem indignação. E consegue o que pede, pois «Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já tinha saído dela» (Mc 7,30).
São Agostinho dizia que muitos não conseguem o que pedem pois são «aut mali, aut male, aut mala». Ou são maus e a primeira coisa que teriam que pedir seria ser bons; ou pedem erroneamente, sem insistência, em vez de pedir com paciência, com humildade, com fé e por amor; ou pedem coisas ruins que se recebessem fariam dano à alma ou ao corpo ou aos outros. Devemos nos esforçar, pois, por pedir bem. A mulher siro-fenícia é boa mãe, pede algo bom («que expulsasse de sua filha o demônio») e pede bem («veio e jogou-se aos seus a pés»).
O Senhor nos faz usar perseverantemente a oração de petição. Certamente, existem outros tipos de pregaria —a adoração, a expiação, a oração de agradecimento—, mas Jesus insiste em que nós frequentemos muito a oração de petição.
Por que? Muitos poderiam ser os motivos: porque necessitamos da ajuda de Deus para alcançar nosso fim; porque expressa esperança e amor; porque é um clamor de fé. Mas existe um que talvez seja pouco considerando: Deus quer que as coisas sejam um pouco como nós queremos. Deste modo, nossa petição —que é um ato livre— unida à liberdade onipotente de Deus, faz com que o mundo seja como Deus quer e um pouco como nós queremos. É maravilhoso o poder da oração!

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Quando a nossa oração não é ouvida é porque pedimos mal, com pouca fé ou sem perseverança, ou com pouca humildade» (Santo Agostinho)

- «Jesus elogia a mulher siro-fenícia que lhe pede com insistência a cura da sua filha. Insistência que certamente é muito estressante, mas esta é uma atitude de oração. Santa Teresa fala da oração como negociação com o Senhor» (Francisco)

- «Do mesmo modo que Jesus ora ao Pai e Lhe dá graças antes de receber os seus dons, assim também nos ensina esta audácia filial: ‘tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o alcançastes’ (Mc 11, 24). Tal é a força da oração: ‘tudo é possível a quem crê’ (Mc 9, 23), com uma fé ‘que não hesita’ (Mt 21,22) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.610)

Reflexão

Israel, primeiro portador da salvação destinada a todos os povos

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, sentimos o amor de predileção de Deus pelo povo eleito (“os filhos”), embora o Filho de Deus tenha incarnado para a salvação de todos os povos (simbolicamente representados na mulher siro-fenícia). Jesus dirige-se ao seu povo, a Israel, como "primeiro portador" da promessa. Mas ao entregar-lhe a "nova Lei" amplia o seu povo para que, tanto de Israel como dos outros povos, possa nascer uma nova grande família de Deus.
Um aspecto fundamental do "novo" em Cristo é a universalização do povo de Deus, em virtude da qual Israel pode agora abarcar todos os povos do mundo, e o Deus de Israel foi realmente levado —conforme a promessa— a todos os povos e se manifesta como o único Deus.
—A “carne” —a descendência física de Abraão— já não é decisiva. É o “espírito”, que, participando na herança de fé de Israel mediante a comunhão com Jesus Cristo, "espiritualiza" a Lei convertendo-a, assim, em caminho aberto a todos.

Recadinho

Agimos com bondade? - Pedimos a Jesus que acima de tudo cure os males de nosso coração? - Você é perseverante em suas orações? - Não corre o risco de apenas pedir? - Pede aquilo que realmente é para seu bem?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 13/02/2014

Meditação

Jesus “não queria que ninguém soubesse onde Ele estava”. Mas a mulher descobriu e foi pedir a cura de sua filha. Jesus com palavras que até parecem rudes deu a entender que fora enviado como Salvador primeiro para os hebreus. A mulher não deixou por menos; não se ofendeu, mas também não desanimou. Apelou para as palavras do Mestre, defendeu seu pedido e conseguiu o que queria. Com ela podemos aprender a rezar e a confiar mais plenamente no Senhor.
Oração
VELAI, SENHOR, nós vos pedimos, com incansável amor sobre vossa família; e porque só em vós coloca a sua esperança, defendei-a sempre com vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

A fé da mulher siro-fenícia, pedindo-lhe que curasse a sua filha, comove Jesus


Hoje, Jesus atende uma mulher estrangeira. Há tempo que vai atrás d’Ele, embora pareça não lhe ligar... Isto surpreende-nos! Ela insiste e por fim Jesus responde-lhe algo que nos parece duro: «Não está bem tomar o pão dos filhos e dá-lo aos cachorrinhos». A reação daquela mãe é fantástica, cheia de humildade: - Tens razão, mas ajuda-me; tu podes ajudar-me!
- Não discutas com Deus, mas insiste humildemente: assim vais convencê-Lo!

Meditando o evangelho

UM EXEMPLO DE FÉ

A pregação de Jesus em terras estrangeiras exigiu dele superar os preconceitos e tabus de seu povo. Entre eles, a identificação da terra dos pagãos como âmbito da impureza e a proibição de contactar com eles. A visão de que sua missão se destinava unicamente ao povo de Israel, sem perspectivas mais amplas. A concepção machista na qual a mulher era desvalorizada e reduzida à condição de propriedade do pai ou do marido.
Jesus alargou o raio de sua pregação para além dos limites de Israel e aí fez experiências importantes para formação da sua consciência, enquanto enviado do Pai. O encontro com uma mulher pagã, pedindo a cura para sua filhinha, foi um momento privilegiado do seu ministério.
Num primeiro momento, Jesus se recusou atender seu pedido ancorado na certeza de ter sido enviado apenas para os fiéis judeus. Ajudar uma pagã seria como tirar o pão da boca dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos. A mulher, por ser pagã e idólatra, não possuía o requisito da fé para ser atendida. Portanto, estava excluída do Reino.
Mas, a mulher demonstrou o contrário. Os cachorrinhos também têm o direito de saciar-se com as migalhas caídas da mesa dos filhos. Esta profissão informal de fé fez Jesus voltar atrás. Entre os pagãos havia gente preparada para receber os benefícios do Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, alarga meus horizontes fazendo-me ver, para além dos meus preconceitos e tabus, tantas pessoas marginalizadas a quem a boa-nova deve ser anunciada.
Fonte: Dom Total em 13/02/2014, 08/02/2018 13/02/2020

Oração
Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 13/02/2014

Meditando o evangelho

A PERSISTÊNCIA RECOMPENSADA

O encontro de Jesus com a mulher cananéia contém uma série de elementos atípicos.
O Mestre encontrava-se em território pagão, dentro de uma casa, pensando poder passar despercebido. Seu anonimato foi revelado pela presença de uma mulher que, tendo ouvido falar dele, veio lançar-se-lhe aos pés.
Sendo mulher, estrangeira e pagã, a atitude mais natural de Jesus seria de mantê-la à devida distância, porque, segundo a tradição da época, um mestre que se prezava não contactava com mulheres, com estrangeiros, nem com pagãos. Apesar disso, o Mestre aceitou dialogar com ela, embora, tenha sido um diálogo um tanto ríspido.
Jesus não mostrou nenhuma intenção de atendê-la. Mas a mulher ficou firme no seu propósito: obter a cura de sua filhinha, vítima de um espírito maligno. Tampouco se dobrou aos argumentos do Mestre, segundo os quais os destinatários de seu poder taumatúrgico eram, preferencialmente, os "filhos", ou seja, os judeus. Sentia-se no direito de partilhar, pelo menos, as migalhas dos bens oferecidos aos "filhos". Por isso, estava disposta a ser tratada como os cachorrinhos que comem as migalhas caídas da mesa de seus donos.
Segura do que queria, e sabendo que tinha recorrido à pessoa certa, a mulher não cedeu. Resultado: sua persistência foi recompensada.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Prece
Espírito de persistência, não me deixes esmorecer, quando recorro ao Senhor, por carecer de sua ajuda. Que eu também possa ver minha persistência recompensada.
Fonte: Dom Total em 10/02/2022

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Jesus cura a filha da mulher siro-fenícia
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus estava na região de Tiro, na casa de algum conhecido. Queria passar despercebido, mas logo foi procurado por uma mulher, que não era judia. Ela lhe pediu que libertasse sua filha da dominação do demônio. Mais uma vez estamos diante de alguém com problemas atribuídos à possessão demoníaca. O demônio tinha entrado naquela menina ou a menina tinha atitudes estranhas, que não pareciam de gente normal, e que eram atribuídas ao demônio? Ela estava com o demônio no corpo? Quando uma mãe diz que o filho é endiabrado ou está com o demônio no corpo, a que ela se refere? A mulher siro-fenícia é humilde, sabe interceder, e Jesus cura a sua filha. Antes da cura, Jesus lhe tinha dito que não ficava bem tirar o pão dos filhos, os judeus, para jogá-lo aos cachorrinhos, os não judeus. Jesus faz esta afirmação para desfazê-la logo em seguida. Aqui se desfaz a ideia de que o Messias viria exclusivamente para o povo de Israel.
Fonte: NPD Brasil em 08/02/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Fé não tem rótulo...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A Fé em Jesus, nosso Deus e Senhor, Redentor e Salvador, nunca teve e nem terá rótulo ou marca diferenciada, pois ela é um dom que Deus concede a quem Ele quiser, seja Católico, Evangélico, Pentecostal, Espírita ou Kardecista e vai por aí afora. Não podemos confundir expressão de Fé com a Fé em si, pois são coisas diferentes, e nem se pode dizer que esta  é mais eficiente do que aquela, a expressão de Fé Católica tem sua raiz apostólica, e os elementos embrionários da Fé Cristã, transmitidos pelo próprio Jesus, mas isso não nos dá o direito de julgar que a Fé dos que não pertencem á nossa Igreja, não é autentica.
Jesus e seus discípulos se encontram em uma terra pagã, na região de Tiro e Sidônia, ali uma mulher Fenícia caiu a seus pés suplicando pela Filha que estava possessa de um espírito imundo, a mulher acredita em se coração que Jesus é maior do que o demônio que oprime a filha, portanto vê nele o libertador e clama por esta ação libertadora de sua parte.
Sendo Judeu, primeiro Jesus manifesta o modo de pensar do Judeu "pela ordem estabelecida os Judeus são os primeiros a serem beneficiados com a ação libertadora do Messias, os pagãos são de segunda categoria e por isso mesmo denominados "cães", em palavras mais simples, Jesus está dizendo aqui, que não se deve queimar vela  com mau defunto.
A mulher concorda que está inferiorizada em relação aos judeus, Raça escolhida e Nação Santa, mas Jesus é tão importante em sua vida, que qualquer gesto ou palavra que vier dele, trará a ela os efeitos da Graça da qual ele é portador, isso é o que ela crê com sinceridade. E Jesus não resistiu a tão grande Fé, e saindo do contexto judaico, proclama que a Fé é universal e não têm rótulo, "por causa dessa palavra, vai-te, que saiu o demônio da sua filha".
Quem crê em Cristo e se compromete com Ele, vendo-o como libertador e vivendo nessa liberdade de Filhos de Deus, jamais estará preso ou escravo do demônio, presente em certas estruturas humanas, que escravizam e alienam o ser humano, em vez de o libertá-lo. Portanto, essa experiência libertadora com Jesus em nossa vida, não depende da fachada religiosa que ostentamos, é algo íntimo e pessoal, que começa com o nosso desejo e abertura de coração, mas se realiza unicamente por iniciativa dele. Essa mulher, que não era religiosa, abriu seu coração para essa possibilidade e assim mudou a sua vida...

2. Jesus cura a filha da siro-fenícia - Mc 7,24-30
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus vai à região de Tiro, que hoje faz parte do Líbano. Entra numa casa, mas não quer que saibam onde ele está. Na realidade, ele não consegue ficar escondido. Sempre descobrem onde ele está. Jesus não busca aparecer. Ele se oculta na multidão. Está no meio de nós e é um conosco. Mas um milagre vai acontecer em favor de uma senhora pagã e de sua filha possuída por um espírito impuro. Possessão diabólica ou uma enfermidade atribuída ao demônio, pai de todos os males. A mulher tinha muita fé, acreditava no poder de Jesus e pediu com muita humildade. Jesus a atende. Antes, porém, Jesus enuncia um princípio: primeiro os judeus, depois os outros. Não tirar o pão dos filhos e atirá-lo aos cãezinhos. Jesus é fantástico! Aceita os princípios, mas não se prende a eles. O princípio não é negado. É colocado a serviço do ser humano. Antes de serem judias ou pagãs, a mulher e sua filha são seres humanos. Valem o sangue de Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 13/02/2020

HOMILIA

A FÉ E A HUMILDADE DA MULHER ESTRANGEIRA

A grandiosidade da fé da mulher cananéia foi à responsável que contribuiu, para que ela mergulhasse profundamente em busca de salvação e libertação para sua filha e tivesse uma melhor aproximação de Jesus. O tratamento de Jesus dado a mulher cananéia diante de sua fé, ao nosso vê parece-nos uma resposta com palavras duras, severas, e desamorosas; e grosseiras do tipo de quem não demonstra, nem um amor, ou piedade, misericórdia, e carinho fraternal ao próximo.
O certo é que Jesus sabia muito bem o que estava fazendo ao chamar a filha daquela mulher de filhos cachorrinhos. Só que existia algo diferente no tom das palavras de Jesus que era transmitida de forma carinhosa e mansa, adozada, com óleo do Espírito Santo, de forma a encorajar a Fé daquela mulher, em que ela desse uma resposta cheia de esperança e coragem diante de Deus e dos homens.
Olhando para encontro da mulher com Jesus e de seu dialogo que Jesus teve com ela, ninguém faria melhor do que Jesus em tratar aquela grega como sendo ou pertencendo a um povo que estava no segundo plano de Deus para a salvação. Caso fosse outra pessoa não teria sido bem sucedido. Percebe-se uma coisa nas palavras de Jesus. É que existiu nelas moderação, elegância, e um amor respeitoso. Jesus não falou a aquela mulher com palavras estúpidas, grosseiras e agressivas; mais o fez com um tratamento humano e divino de tal forma que não agravasse os dois lados da situação da mulher; tanto religioso quanto tribal. E que não o levasse ela a desistir na busca de solução de seu problema que era gravíssimo.
Observação. O causador de uma reação de revolta, endurecimento e ódio etc. Não é pelo dizer em si. É como si diz. E dependendo do que si diz, e o tom das palavras quando que se fala, é quem traz as mais variadas reações das pessoas que as escutam. Falar as pessoas com tom de quem está passando rela, com ironia, desprezo, zombaria, maliciosamente, ou com quem esta gritando pra com as pessoas é qual verdadeiras, pauladas e água fria nos ânimos das pessoas que nos ouvem.
Caso você esteja procedendo de acordo com o citado acima, tenha a certeza de que logo você não amigos. Todos se afastarão de você pra sempre. A fé da mulher cananéia e sua classificação Jesus ao testificar da mulher cananéia e de sua fé, deu uma classificação de sua fé numa escala que vai de pequena a grande. Ele deu o maximo da escala. O que mostra a suficiência de sua fé para uma pessoa humana poder receber um beneficio das mãos do criador. Jesus falou da fé dela o seguinte: (mulher grande é a tua fé).
A fé desta mulher podemos colocar em igualdade com a fé do Centurião, que Jesus foi mais um pouco mais além por sua admiração, que chegou a declarar que dentro de Israel não havia encontrado um homem de fé como a pessoa do Centurião. E disse dele o seguinte em Mt 8:10 – Em verdade vos digo que a ninguém encontrei em Israel com tamanha fé.
A fé em sua composição se apresenta com as suas mais variadas formas e manifestações, de como agradar a Deus na conquista do coração divino. A fé que agrada a Deus é aquela que não aceita a derrota. Não aceitar, um não como resposta, não aceita ser desapontada, não aceita zombada, ou até ser desacreditada. A fé não olha para os obstáculos, não vê o perigo, não aceita rejeição, não se conforma e nem descansa enquanto não ver de tudo resolvido, e com as coisas tudo no seu lugar. Isto agrada a Deus. É o que Deus mais quer é se sentir buscado. Deus tem o prazer de ver suas criaturas lhe procurando.
A humildade da mulher Cananéia, era uma humildade do mais profundo da alma e do espírito. Aquela humildade que vem do interior ou do introspecto de seu intimo. Foi esta humildade de que se referiu Jesus no cap. 5 de Mateus. Esta humildade não está limitada e baseada no âmbito e na falta dos bens materiais. Mas sim aquela que destroniza do coração toda a qualquer pretensão de granjear dinheiro para colocar seu ninho acima de todos. A fé em Deus é esta colocar em Deus como seu bem maior.
A humildade deste tipo como se referiu Jesus é quem nos dá a garantia de encontrar descanso para nossas almas. (Mt 11:29) O apostolo Pedro compara a humildade como uma cinta, que o homem coloca em seus lombos para condução de todos os seus apetrechos de trabalho (I Pe 5:5) e é esta humildade que nos traz benefícios e ao próximo. Já o rei Salomão fala do galardão ou recompensa de que a possui. Pv 22:4 O galardão da humildade e do temor do Senhor é riquezas, e honra e vida.
A mulher Cananéia reconheceu seu estado de fracasso espiritual Mt 15:22Ao um bom e compreensivo servo de Deus compreende muito bem o que passava com a mulher cananéia. Se, se colocar no lugar do próximo e sentir o seu sofrimento não é pra qualquer um. Às vezes só compreendemos o que se passa com outrem quando passamos por algum tipo de problema ou sofrimento como o dela ou semelhante. Então começamos sentir na própria pele que o sofrimento daquela mulher não era de brincadeira. Só sentimos o sofrimento alheio quando nós passamos por algum tipo de apuro. Não era fácil conviver com uma filha possessa dentro de casa.
A mulher cananéia só revelou seu estado de fracasso espiritual quando estava passando por um agonizante sofrimento e dor dentro de casa. O lar dela era um verdadeiro caos. O que tudo indica que todo seu tempo era voltado apenas para o cuidado de sua filhinha que estava a todo momento, correndo perigo de sofrer um desastre por ser impulsionada por aquele demônio que o perturbava. Às vezes o sofrimento tem lá seus benefícios que não podemos ignorar. Reconhecer nossa fragilidade e a nossa decadência espiritual e confessar é só pra quem é humilde como aquela era mulher.
As migalhas do poder de Deus são suficientes no suprimento de nossa vida espiritual. A palavra (migalhas) é um Verbo transitivo direto. E esta no presente do indicativo. Que significa pedaço pequeno fragmento de pão, de bolo ou de outro alimento farináceo; miga, micha, e sobras, sobejos, restos. Ou, Pequena porção; quantidade ínfima. As autenticas palavras da mulher dizia tudo ao coração de Jesus. Quando ela falou de migalhas, pra Jesus, estava se referindo, no mínimo ao que nos parece o mínimo do poder de Deus da cura e da salvação, que segundo Jesus era o alimentos dos filhos de Israel.
Mas o que a mulher queria dizer com isto, era algo mais autentico para mover o coração de Jesus como de fato o fez. Em outras palavras: ela dizia pra Jesus, que as milhas de seu poder seria o suficiente para expulsar aquele demônio da vida de sua filhinha. Quer mais do isto? Eu acho que não precisa mais do que isto para um bom entendedor. As palavras que ela dirigiu pra Jesus com aquele tom de total dependência de Deus, já eram mais do que o suficiente para que sua oração e seus pedidos de socorro fossem atendidos.
A mulher com sua humildade fez um cerco ao Jesus de todos os lados, de tal maneira que Ele não teve escapatória. Vejam bem: recebeu uma resposta como ela recebeu; da boca de Jesus era um verdadeiro não, que podia deixar o coração de qualquer um partido. Mas ela se apresentou com sua versão a mais humilde possível naquela hora de incertezas, de receber sua benção. Veja o que ela disse: (Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.) Com estas palavras isso foi o suficiente e à gota d’água pra Jesus rever seu caso e reverter o caos que pairava sobre o lar da mulher.
Pai, tenho diante de mim o mundo todo a ser evangelizado. Transforma cada circunstância e cada momento da minha vida em chance para dar testemunho do teu Reino.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 13/02/2014

HOMILIA DIÁRIA

A idolatria nos afasta da presença de Deus

Deixar de prestar culto a Deus para prestar culto a qualquer ser humano e a qualquer objeto é uma tremenda idolatria!

”Então o Senhor irritou-se contra Salomão, porque o seu coração tinha-se desviado do Senhor, Deus de Israel, que lhe tinha aparecido duas vezes e lhe proibira expressamente seguir a outros deuses. Mas ele não obedeceu à ordem do Senhor.” (1Rs 11, 9-10)

Nós, hoje, estamos vendo umas das páginas mais tristes das Sagradas Escrituras. Há poucos dias refletíamos como Davi pediu a Deus, mas sobretudo pediu a seu filho Salomão, que fosse fiel à Lei do Senhor Nosso Deus. O próprio Salomão, quando subiu ao trono, pediu ao Senhor que lhe desse sabedoria e Deus não lhe negou esse pedido. Mas não basta ter sabedoria, é preciso saber usá-la!
A sabedoria de ouvir a Deus precisa vir acompanhada da mesma sabedoria de obedecer a Ele. Por duas vezes, como a Palavra nos diz: ”Deus veio ao coração de Salomão” para lhe dizer que ele estava errado. Mas, devido à dureza de coração, ele não ouve ao Senhor, pois este mesmo coração, muitas vezes, está inclinado a fazer algo e não muda a sua posição e segue as inclinações erradas e negativas.
Não adianta jogar pedras em Salomão, porque esse é o pecado que muitos de nós cometemos, por isso a vida de muitos de nós perde o rumo e a direção, porque conhecemos a Deus, a Lei de Deus, mas fazemos aquilo que nos dá na cabeça. Dizemos assim: “Deus vai me entender!” Entender, Deus entende, mas depois somos nós quem amargamos as consequências das escolhas erradas, da falta de discernimento, de sabedoria ou de obediência à Lei de Deus.
Ah, meu querido Salomão, iludido pelas riquezas, iludido pela vontade de conquistar reinos, casou-se com muitas mulheres com o objetivo de estender o seu reino e de oferecer cultos aos deuses dessas religiões pagãs das mulheres com quem ele havia se casado. Como isso desagradou o coração de Deus, a idolatria desagrada demais o coração de Deus!
Deixar de prestar culto a Deus para prestar culto a qualquer ser humano e a qualquer objeto é uma tremenda idolatria! E como a idolatria nos afasta do coração do Senhor, por isso, Salomão não permaneceu na bênção, não permaneceu na graça, porque ele foi infiel à aliança do Senhor no seu coração.
Que Deus nos livre desse mal, que Deus perdoe nossas negligências e infidelidades! Não permita, Senhor, que o nosso coração desfaleça pela infidelidade às Suas Leis. Que eu e você saibamos, com todas as quedas que já tivemos na vida, a amolecer essa cabeça e pararmos de ser cabeças-duras. Sobretudo, para termos um coração que escute a vontade do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/02/2014

HOMILIA DIÁRIA

Não desvia o seu coração do Senhor

Precisamos e devemos manter o nosso coração próximo de Deus

“Quando Salomão ficou velho, suas mulheres desviaram o seu coração para outros deuses, e seu coração já não pertencia inteiramente ao Senhor, seu Deus, como o do seu pai, Davi.” (1 Rs 11, 4-13)

Nós admiramos muito Salomão com sua sabedoria e temor a Deus, admiramos como ele foi conduzido por Deus, porém, é triste observar como no final da sua vida, já velho, de idade avançada, ele deixou-se desviar; em outras palavras, Salomão escorregou. Não é que ele tenha abandonado a Deus e não acreditasse mais Nele, ou não servisse mais ao Senhor, simplesmente, Salomão já não era tão fiel e não servia mais inteiramente a Deus, deixou o seu coração se dividir.
Salomão deixou seu coração se dividir para outros deuses e afastou-se do Senhor. Os atrativos desse mundo, esses podem ser homens, mulheres, bebidas, etc., desviam o nosso coração. As pessoas que nós escutamos, aquelas com as quais falamos ou quando deixamos nosso coração guiar -se por aquilo que os outros dizem, tudo isso pode nos desviar do Senhor.
Precisamos cuidar da nossa vida todos os dias, porque, ninguém desvia-se de Deus de uma hora para outra. Hoje estou aqui em Deus, e amanhã não estou mais; isso não existe!
Nós nos desviamos do caminho do Senhor aos poucos, O abandonamos e acabamos seguindo outro caminho, ou seja, relaxamos. Não damos atenção e, quando percebemos, o nosso coração não é mais inteiro de Deus.
Não é só na velhice, acontece também com os jovens, adolescentes, comigo, com você, com o pai, com a mãe. Quantos dizem: “Eu já fui mais de Deus; mais da Igreja; rezei mais; hoje já não gosto e não vou mais”.
Muitas coisas desviam o nosso coração, sejam as tentações e os atrativos do mundo, ou ainda, as feridas do coração, nos machucamos, nos decepcionamos e, então, vamos fracionando o nosso coração. Somos de Deus, mas não como éramos: inteiro de Deus.
Davi mesmos com todos os pecados voltou-se, inteiramente, para Deus e morreu inteiro d’Ele, assim nós também precisamos ser, não podemos ser de Deus pela metade. Sejamos inteiros do Senhor! Precisamos e devemos manter o nosso coração próximo de Deus.
O que é que tem nos roubado de Deus? O que é que tem nos deixado fracionados para Deus? O que tem roubado, aos poucos, o nosso coração da presença do Senhor?
Nós não podemos morrer e nem viver com o coração dividido em relação aquilo que é inteiramente nosso: um Deus que nos ama por inteiro!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 08/02/2018

HOMILIA DIÁRIA

Deus fortaleça a fé do seu coração

“É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair.” (Mc 7,28)

Meus irmãos e minhas irmãs, eu olho para o coração dessa mãe aflita, com o coração amargurado, com o coração em migalhas, despedaçado, que se apresenta diante de Jesus, porque não aguenta mais sofrer por causa sua filha, que está sendo dominada por um espírito impuro.
Quem é mãe, quem é pai, sabe qual é o seu sofrimento quando não consegue lidar com situações complexas da vida dos próprios filhos; e, muitas vezes, esses espíritos vão tomando corpo, tomando forma, e os filhos ficam impossíveis até de controlar, de ajudar. Que tristeza toma conta de um coração de um pai, de uma mãe quando qualquer espírito impuro entra no coração dos seus filhos!
Como lidar com essas situações? Como lidar com essas dificuldades todas? E o tormento fica maior à medida que o tempo passa. É por isso que essa mulher, ao ouviu falar de Jesus, vai atrás d’Ele como a solução para a sua vida, como luz para o seu coração; e ela implora de Jesus que expulse da sua filha aquele demônio que atormenta a vida daquela menina. Jesus a questiona: “Como é que eu vou tirar o pão da mesa do filho para dar aos cães?” – aquele era um ditado popular da cultura judaica, que tratava os pagãos como se fossem cães. “É verdade, Senhor, mas os cães comem, ou melhor, os cachorrinhos comem das migalhas que as crianças deixam cair das mesas. Se eu não posso comer o pão, porque o meu coração está despedaçado, meu coração está como migalhas, Senhor, dê-me, então, as migalhas do pão, dê-me as migalhas dos pães, para que eu possa me saciar delas”.

Com o coração despedaçado, ela buscou as migalhas para renovar a sua disposição

O coração daquela mulher é o coração de muitos de nós, feridos, machucados, esmigalhados pelas situações humilhantes da vida. Maior do que qualquer situação que nos oprima, precisa ser a nossa fé, porque a fé, meus irmãos, expulsa qualquer demônio do coração e da nossa vida. É por isso que Jesus está dizendo para essa mulher: “Pode voltar para casa, porque o demônio já saiu da sua filha”. Ela teve fé em Jesus, porque, mesmo com o coração despedaçado, ela buscou as migalhas para renovar a sua disposição. Tal qual a filha estava com aquela situação, aquele demônio que a atormentava, a mãe também estava atormentada, a mãe também estava atribulada, e só a fé trouxe para ela a serenidade da alma para lidar com a própria filha, porque, com a fé renovada, ela, com certeza, seria o canal para que o demônio saísse da vida da filha dela.
Querido pai, querida mãe, meu irmão, minha irmã, nós lidamos com situações muito complexas na vida, mas fiquemos de pé pela fé, e, mesmo com o coração despedaçado, revistamo-nos da nossa fé, porque só a fé pode expulsar os demônios que nos atormentam, que tiram a nossa paz, tiram a paz da nossa casa, da nossa família e dos nossos filhos.
Que a Palavra de Deus nos robusteça e fortaleça a fé do nosso coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/02/2020

HOMILIA DIÁRIA

Esteja disposto a acolher o dom que Deus quer lhe dar

"Naquele tempo, Jesus disse à mulher: ‘Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos’. A mulher respondeu: ‘É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair’. Então Jesus disse: ‘Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha’." (Marcos 7,27-29)

Prova de fogo para a fé dessa mulher, que vai até Jesus pedir pela filha, prova de fogo também para todos nós quando passamos por alguma situação. A nossa fé é sempre provada, a nossa fé vai sempre passar por essa experiência.
A resposta de Jesus não é muito entusiasmante para aquela mulher e, muitas vezes, as respostas que nós obtemos de Jesus não são muito entusiasmantes. Muitas vezes, a resposta da nossa oração não é aquilo que nós pedimos, muitas vezes, a resposta às nossas súplicas é demorada, ela pode ser um “sim”, ela pode ser um “não”, mas ela pode ser um “espere”.
Jesus se apresenta aqui nessa passagem como o “pão dos filhos”, é a primeira vez que Jesus se refere dessa maneira. Jesus é o pão dos filhos, o pão dado pelo Pai do Céu para o alimento dos filhos. A linguagem usada por Jesus, na verdade, é só para distinguir judeus e pagãos. Estamos dentro deste contexto: entre judeus e pagãos. Existe a constatação da distância entre Jesus e aquela mulher, um fator cultural da época de Jesus, porque os judeus não se aproximavam de forma alguma dos pagãos e se consideravam “o povo da promessa”, “o povo eleito”, “o povo escolhido”. Mas a mulher não se paralisa com isso, a mulher não se preocupa com essa distância, ela aproxima o seu coração do coração de Jesus. A disposição dessa mulher vai além desses elementos culturais, tanto que ela chama Jesus de Senhor, ela responde como se dissesse: “Estou disposta a acolher o que podes me dar como um dom”.

Essa mulher nos ensina a lógica do dom, a lógica da gratuidade

Veja, o tamanho da fé dessa mulher, é como se ela dissesse: “Realmente, Senhor, eu não mereço, sou uma pagã, estou longe geograficamente de Israel, mas estou disposta a acolher o que o Senhor, na sua generosidade, pode me dar como um dom, como uma graça”. Nessa situação, essa mulher nos ensina a entrar na lógica do dom, porque, muitas vezes, nós vivemos uma outra lógica: a lógica do fazer, a lógica do resultado e daquela bendita meritocracia, ou seja: “Eu faço alguma coisa para Deus, então, mereço alguma bênção, mereço alguma graça”. Se faço algo para Deus, espero algo em troca.
Que mal da meritocracia, muitas vezes, ronda o nosso coração! E essa mulher nos ensina a lógica do dom, a lógica da gratuidade de quem, mesmo que se encontre longe, sabe que tudo o que vai receber do Senhor é uma graça imerecida, é uma graça que não existe mérito.
“As migalhas”; em cada migalha de pão existe o suor de um pai, de uma mãe de família, basta você olhar para sua realidade. Em cada migalha existe vida, existe doação. Isso aqui para nós é a imagem da presença de Jesus e da Sua oferta de vida, da Eucaristia por excelência, que se dá a nós como alimento.
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/02/2022

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, assim como libertaste do espírito mau a filha daquela mulher fenícia, livra a Igreja do fechamento, do exclusivismo, da exclusão de pessoas. Faze-nos fontes de esperança, de fraternidade e de justiça para nossos semelhantes. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/02/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, amplia a nossa visão de Igreja, tornando-a universal, como é o teu Reinado de Amor. Afasta de nós qualquer pretensão a exclusivismo, ciúmes contra os que divergem de nós e que, com certeza, são igualmente filhos teus, amado Pai. Que nossa Igreja os acolha como Mãe e Mestra que deve e deseja ser! Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/02/2020