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domingo, 22 de abril de 2012
Santo Adalberto - 23 de abril
Santo Adalberto
956-997
Adalberto nasceu em 956, na Boêmia, atual República
Checa, e era descendente da nobre família dos príncipes de Slavnik. Seu nome de
batismo era Woytiech, isto é, "socorro do exército". Ainda bebê,
adoeceu gravemente, gerando uma promessa por parte dos pais: teria sua vida
consagrada a Deus. Como recuperou a saúde, eles encaminharam seus estudos de
forma que, mais tarde, se tornasse sacerdote. Foi educado pelo arcebispo
Adalberto, da cidade de Magdeburgo, do qual tomou o nome, em 983, durante sua
ordenação.
Nesse mesmo ano, acompanhou a agonia do bispo de Praga, Diethmar I, que morreu
pouco tempo depois. Seus contemporâneos o elegeram seu sucessor e, em sinal de
humildade e de penitência, entrou na cidade descalço. Assim que tomou posse,
procurou reestruturar a diocese. Adalberto dedicou-se totalmente à proteção dos
pobres e doentes.
Diz a tradição que ele, todos os dias, tinha à mesa, nas refeições, a companhia
de doze mendigos, em homenagem aos santos apóstolos . Conta-se que, certa vez,
uma mendiga pediu-lhe esmola e, como não tinha, ele lhe deu o próprio manto.
Apesar desse exemplo vivo, seu rebanho insistia em viver totalmente fora dos
padrões cristãos.
Desiludido, depois de seis anos ele resolveu abandonar a diocese, pedindo ao
papa João XV que o afastasse do cargo. Entrou no mosteiro de São Bonifácio,
onde passou cinco anos, para de novo voltar a Praga e retomar, a pedido do
papa, a direção da diocese. Contudo, novamente o povo o repudiou por causa da
disciplina cristã correta que queria instaurar. Novamente decepcionado,
retomou, angustiado, a vida de monge.
Em obediência ao papa Gregório V, Adalberto assumiu pela terceira vez a diocese
de Praga. Seu regresso foi tempestuoso. Os fiéis se revoltaram e impediram que
entrasse na cidade. Seus parentes sofreram atentados, os bens foram
confiscados, os castelos incendiados.
Ele, então, se refugiou na Polônia, onde, a pedido de seu amigo, duque
Boleslao, seguiu com alguns sacerdotes em missão evangelizadora na Prússia, que
ainda era pagã. Adalberto fixou-se na cidade de Danzig e converteu praticamente
toda a população. Porém os sacerdotes pagãos, vendo acabar seu poder e
influência, arquitetaram e executaram o assassinato de Adalberto e de todos os
religiosos que o acompanhavam.
Ele foi morto com sete golpes de lança e depois decapitado, na cidade de
Tenkiten, no dia 23 de abril de 997. Os inimigos entregaram seu corpo ao duque
Boleslao mediante pagamento em ouro. Adalberto foi enterrado no convento de
Gniezno. Logo o seu túmulo se tornou meta de peregrinação, com inúmeras graças
acontecendo por sua intercessão. No ano 999, o papa Silvestre II canonizou o
primeiro bispo eslavo de Praga, Adalberto.
Em 1039, suas relíquias foram trasladadas definitivamente para a catedral de
Praga, para onde o primeiro pontífice eslavo da história cristã, Carol Wojtyla,
ou papa João Paulo II, seguiu em peregrinação para as comemorações do milênio
da festa de santo Adalberto.
São Jorge - 23 de Abril
Conhecido como 'o grande mártir', foi martirizado no ano 303. A seu respeito contou-se muitas histórias. Fundamentos históricos temos poucos, mas o suficiente para podermos perceber que ele existiu, e que vale à pena pedir sua intercessão e imitá-lo.
Pertenceu a um grupo de militares do imperador romano Diocleciano, que perseguia os cristãos. Jorge então renunciou a tudo para viver apenas sob o comando de nosso Senhor, e viver o Santo Evangelho.
São Jorge não queria estar a serviço de um império perseguidor e opressor dos cristãos, que era contra o amor e a verdade. Foi perseguido, preso e ameaçado. Tudo isso com o objetivo de fazê-lo renunciar ao seu amor por Jesus Cristo. São Jorge, por fim, renunciou à própria vida e acabou sendo martirizado.
Uma história nos ajuda a compreender a sua imagem, onde normalmente o vemos sobre um cavalo branco, com uma lança, vencendo um dragão:
“Num lugar existia um dragão que oprimia um povo. Ora eram dados animais a esse dragão, e ora jovens. E a filha do rei foi sorteada. Nessa hora apareceu Jorge, cristão, que se compadeceu e foi enfrentar aquele dragão. Fez o sinal da cruz e ao combater o dragão, venceu-o com uma lança. Recebeu muitos bens como recompensa, o qual distribuiu aos pobres.”
Verdade ou não, o mais importante é o que esta história comunica: Jorge foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé. Se compadeceu do povo porque foi um verdadeiro cristão. Isto é o essencial.
Ele viveu sob o senhorio de Cristo e testemunhou o amor a Deus e ao próximo. Que Ele interceda para que sejamos verdadeiros guerreiros do amor.
São Jorge, rogai por nós!
Pertenceu a um grupo de militares do imperador romano Diocleciano, que perseguia os cristãos. Jorge então renunciou a tudo para viver apenas sob o comando de nosso Senhor, e viver o Santo Evangelho.
São Jorge não queria estar a serviço de um império perseguidor e opressor dos cristãos, que era contra o amor e a verdade. Foi perseguido, preso e ameaçado. Tudo isso com o objetivo de fazê-lo renunciar ao seu amor por Jesus Cristo. São Jorge, por fim, renunciou à própria vida e acabou sendo martirizado.
Uma história nos ajuda a compreender a sua imagem, onde normalmente o vemos sobre um cavalo branco, com uma lança, vencendo um dragão:
“Num lugar existia um dragão que oprimia um povo. Ora eram dados animais a esse dragão, e ora jovens. E a filha do rei foi sorteada. Nessa hora apareceu Jorge, cristão, que se compadeceu e foi enfrentar aquele dragão. Fez o sinal da cruz e ao combater o dragão, venceu-o com uma lança. Recebeu muitos bens como recompensa, o qual distribuiu aos pobres.”
Verdade ou não, o mais importante é o que esta história comunica: Jorge foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé. Se compadeceu do povo porque foi um verdadeiro cristão. Isto é o essencial.
Ele viveu sob o senhorio de Cristo e testemunhou o amor a Deus e ao próximo. Que Ele interceda para que sejamos verdadeiros guerreiros do amor.
São Jorge, rogai por nós!
São Jorge
Século IV
Século IV
A existência do popularíssimo são Jorge, por vezes,
foi colocada em dúvida. Talvez porque sua história sempre tenha sido mistura
entre as tradições cristãs e lendas, difundidas pelos próprios fiéis espalhados
entre os quatro cantos do planeta.
Contudo encontramos na Palestina os registros oficiais de seu testemunho de fé.
O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima de Tel Aviv, Israel, onde
foi decapitado no século IV, e é local de peregrinação desde essa época, não
sendo interrompida nem mesmo durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido
como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e
Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui
muitos devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil.
A sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e enfrentando um
terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas que narram esse feito
extraordinário. A maioria delas diz que uma pequena cidade era atacada
periodicamente pelo animal, que habitava um lago próximo e fazia dezenas de
vítimas com seu hálito de fogo. Para que a população inteira não fosse
destruída pelo dragão, a cidade lhe oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada
ataque.
Certo dia, chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano em
prantos à margem do lago. De repente, apareceu o jovem guerreiro e matou o
dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o transformou em dócil
cordeirinho, que foi levado pela jovem numa corrente para dentro da cidade.
Ali, o valoroso herói informou que vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e
acabara com o mal em nome de Jesus Cristo, levando a comunidade inteira à
conversão.
De fato, o que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como cristão,
preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do martírio também é
cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que ele foi cruelmente
torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda
teve de caminhar descalço sobre brasas, depois jogado e arrastado sobre elas, e
mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos
assustados torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão
pela resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então imperador
romano.
São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal através dos
tempos e principalmente nos dias atuais, onde a violência impera em todas as
situações de nossas vidas. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja
católica e nunca esteve suspenso, como erroneamente chegou a ser divulgado nos
anos 1960, quando sua celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no
dia 23 de abril, tanto no Ocidente como no Oriente.
São Jorge já congregou
milhares de devotos por todo o mundo, hoje vive um momento de maturidade e
tranqüilidade.
Como é o Padroeiro da Inglaterra, ele ainda é o santo protetor dos cavaleiros,
escoteiros e militares, honra que divide também com Santo Expedito. Existem
milhares de igrejas com seu nome, por ter sido um dos primeiros mártires
cristãos a sofrer com as perseguições dos imperadores.
Sua notoriedade diminuiu no Brasil pelo fato de algumas religiões não cristãs
ligarem sua imagem à de um orixá. Na realidade não passa de sincretismo.
Para nossa Igreja Católica, São Jorge será sempre uma figura estritamente católica,
merecendo toda a nossa admiração e nosso respeito. Temos a imagem de São Jorge
como um homem muito bondoso e corajoso. Em um livro Lenda Áurea, uma publicação
da Idade Média, nos traz um São Jorge que teria sido paladino na Capadócia. Já
em Silene, na Líbia, conta-se que ele teria salvo uma mulher que se encontrava
em apuros nas garras de um dragão. O que poderemos dizer de mais certo nesta
história é que ele teria sido vítima da perseguição aos cristãos feita por
Diocleciano. Foi preso na Nicomedia, sendo torturado e morto por decepamento de
sua cabeça.
São Jorge é muito prestigiado na Irlanda. Não sabemos ao certo porque São Jorge
se tornou o padroeiro da Inglaterra, sabe-se apenas que seu nome já era muito
conhecido nestes países antes mesmo da invasão sofrida por eles da Normandia, o
que nos leva a acreditar que fora os cruzados que tanto divulgaram a devoção a
este santo em toda a Europa.
Acredita-se que tenha sido martirizado na cidade de Dióspolis, na Palestina por
volta do final do século II até o século VI.
São Jorge | |
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São Jorge e o Dragão, de Gustave Moreau. | |
O Santo Guerreiro, Grande Mártir | |
Nascimento
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Morte
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c. 23 de abril de303 (28 anos) em Nicomédia
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Principaltemplo
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Cavaleiro combatendo dragão,Cruz de São Jorge, espada
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São Jorge
São Jorge (275 - 23 de abril de 303)
foi, de acordo com a tradição, um padre e soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto
na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como
também na Comunhão Anglicana). Também é venerado em
diversos cultos das religiões afro-brasileiras, onde é sincretizado na forma de Ogum.
É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos Catorze santos
auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos
militares, sua memória é celebrada dia 23 de abril como
também em3 de novembro, quando, por toda parte, se
comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele na Lida (Israel),
onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I.
É o santo padroeiro em
diversas partes do mundo: Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscou e, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião), além de ser padroeiro dos escoteiros,
do S.C Corinthians
Paulista e da Cavalaria do Exército Brasileiro. Há uma tradição que
aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua
história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o
mundo. A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd,
o caçador dedragões[carece de
fontes] (ver sincretismo religioso).
História
De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região do centro da Anatólia que, atualmente, faz parte da República da Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corteimperial em Nicomédia, exercendo a função de Tribuno Militar.
Nesse tempo sua mãe faleceu e ele,
tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador.
Jorge, ao ver que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser
aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com
diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos
e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se
no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os
romanos deviam se converter aocristianismo.
Ícone de São Jorge, Museu Cristão-Bizantino, Atenas
Brasão de Armas de Moscou,
cidade que tem São Jorge como Padroeiro.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas
palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a
fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa
ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é
meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu
redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar
testemunho da Verdade."
Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé
torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o
imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos.
Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado
notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a
mulher do imperador, que se converteu aocristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia (Ásia Menor).
Os restos mortais de São Jorge foram
transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi
sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer suntuoso oratório aberto
aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito,
nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos
dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.
Disseminação da devoção a São Jorge
Castelo de São Jorge,
Lisboa
Na Itália, era padroeiro da cidade de Gênova. Frederico III da
Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Desde Dom Nuno Álvares
Pereira, o santo é reconhecido como padroeiro de Portugal e do Exército. Na França, Gregório de Tours era conhecido por sua devoção ao santo cavaleiro; oRei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em
sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao
santo teve papel mais relevante.
O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Jarreteira,
fundada por ele em1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o
rei inglês Ricardo I,
comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições
que tentavam reconquistar a Terra Santa dos muçulmanos. No século XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e,
em1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de
São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro
do país, imitando os gregos, que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.
Ainda durante a Grande Guerra, muitas
medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e
às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra.
As artes, também, divulgaram amplamente
a imagem do santo. Em Paris,
no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael, intitulado São Jorge vencedor do Dragão. Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria
de Donatello.
A imagem brasileira de São Jorge seria,
possivelmente, de autoria de Martinelli.[1]
Padroeiro da Inglaterra
Não há consenso, porém, a
respeito da maneira como teria se tornado padroeiro da Inglaterra. Seu nome era conhecido pelos ingleses e irlandeses muito antes da conquista normanda, o
que leva a crer que os soldados que retornavam das cruzadas influíram bastante
na disseminação de sua popularidade. Acredita-se que o santo tenha sido
escolhido o padroeiro do reino quando o rei Eduardo III fundou
a Ordem da Jarreteira, também conhecida como
Ordem dos Cavaleiros de São Jorge, em 1348.
De acordo com a história da Ordem da Jarreteira, Rei Artur, no século VI,colocou a imagem de São Jorge em suas
bandeiras.[2] Em 1415,
a data de sua comemoração tornou-se um dos feriados mais importantes do país.
Hoje em dia na Inglaterra, todavia, a festa de São Jorge
comemorada todo dia 23 de abril tem tido menos popularidade ao longo das
últimas décadas. Algumas rádios locais, como aBBC já chegaram a promover enquetes
perguntando qual seria, de acordo com a opinião pública, o orago dos ingleses,
e eis que o eleito foi Santo Alba. Muitos fatores contribuíram a isso.
Primeiramente por ter sido substituído, segundo bula do Papa Leão XIII de 2 de junho de 1893,
por São Pedro como
padroeiro da Inglaterra — recomendação que perdura até hoje.
Posteriormente, pelas reformas do Papa Paulo VI, São Jorge foi rebaixado a santo menor de
terceira categoria (segundo hierarquia católica), cujo culto seria opcional nos
calendários locais e não mais em caráter universal. No entanto, a reabilitação
do santo como figura de primeira instância, e arcanjo,
lembrando a figura do próprio Jesus Cristo, pelo Papa João Paulo II em 2000,
conferiu nova relevância a São Jorge. Atualmente, haja vista a grande
popularidade e apelo turístico de festas como a escocesa St. Andrew's Day, a irlandesa St. Patrick's Day e mesmo a galesa St. Dave's Day, têm-se formado
grande iniciativa de setores nacionalistas para que o St. George's Day volte a gozar da mesma popularidade
entre os ingleses como antigamente.
Padroeiro de Portugal
Padroeiro de Portugal
Pensa-se que os Cruzados ingleses que
ajudaram o Rei Dom
Afonso Henriques a
conquistar Lisboa em 1147 terão sido os primeiros a trazer a devoção a São
Jorge para Portugal. No entanto, só no
reinado de Dom Afonso
IV de Portugal que
o uso de "São Jorge!" como grito de batalha se tornou regra, substituindo o
anterior "Sant'Iago!". O Santo Dom Nuno Álvares Pereira, Condestável do
Reino, considerava São Jorge o responsável pela vitória portuguesa na batalha
de Aljubarrota. O Rei Dom João I
de Portugal era também um devoto do Santo, e foi no seu
reinado que São Jorge substituiu Santiago como padroeiro de Portugal. Em 1387,
ordenou que a sua imagem a cavalo fosse transportada na procissão do corpo de
Cristo. Assim, séculos mais tarde, chegaria ao Brasil.
Padroeiro da Catalunha
A presença documental da devoção
a São Jorge em terras catalãs remonta ao século VIII: documentos da época falam de um sacerdote de Tarragona chamado Jorge que fugiu para aItália.
Já no século X, um bispo de Vic tinha o nome de Jorge, e no século XI o
abade Oliba consagrou um altar dedicado ao santo no mosteiro de Ripoll.
Encontram-se exemplos do culto a São Jorge dessa época, na consagração de
capelas, altares e igrejas em diversos pontos da Catalunha. Os reis catalães
mostraram a sua devoção a São Jorge: Tiago I de Catalunha explica em suas
crônica que foi visto o santo ajudando os catalães na conquista da cidade de Malorca;
Pedro o Cerimonioso fundou uma ordem de cavalaria sob a sua proteção; Afonso, o
Magnânimo dedicou-lhe capelas nos reinos da Sardenha e Nápoles.
Os reis e a Generalidade da
Catalunha impulsionaram
a celebração da festa de São Jorge por todas as regiões catalãs. Em Valência, em 1343,
já era uma festa popular; em 1407,Mallorca celebrava-a publicamente. Em 1436,
a Generalidade da Catalunha propôs, nas côrtes reunidas em Montsó, a celebração
oficial e obrigatória de São
Jorge; em 1456,
as côrtes reunidas na Catedral de Barcelona ditaram uma constituição que ordenava
a festa, inclusa no código das Constituições da Catalunha.
As remodelações do Palácio da Generalidade (sede do governo catalão) feitas
durante o século XV são a
prova mais clara da devoção impulsionada por esse órgão público, ao colocar um
medalhão do santo na fachada gótica e ao construir no interior a capela de São
Jorge.
Lenda do dragão e da princesa
Imagem do santo localizada na Igreja de São Jorge no Centro do Rio de Janeiro
Baladas medievais contam[3] que Jorge era filho de Lorde Albert de Coventry. Sua mãe morreu ao dá-lo à luz e o recém nascido Jorge foi roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais tarde, fazer proezas com suas armas. O corpo de Jorge possuia três marcas: um dragão em seu peito, uma jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz vermelho-sangue em seu braço. Ao crescer e adquirir a idade adulta, ele primeiro lutou contra os sarracenos e, depois de viajar durante muitos meses por terra e mar, foi para Sylén, uma cidade da Líbia.
Nesta cidade, Jorge encontrou um pobre eremita que lhe disse que toda a cidade estava em sofrimento, pois lá existia um enormedragão cujo hálito venenoso podia matar toda uma cidade, e cuja pele não poderia ser perfurada nem por lança e nem por espada. O eremita lhe disse que todos os dias o dragão exigia o sacrifício de uma bela donzela e que todas as meninas da cidade haviam sido mortas, só restando a filha do rei, Sabra, que seria sacrificada no dia seguinte ou dada em casamento ao campeão que matasse o dragão.
Ao ouvir a história, Jorge ficou determinado em salvar a princesa. Ele passou a noite na cabana do eremita e quando amanheceu partiu para o vale onde o dragão morava. Ao chegar lá, viu um pequeno cortejo de mulheres lideradas por uma bela moça vestindo trajes de pura seda árabe. Era a princesa, que estava sendo conduzida pelas mulheres para o local do sacrifício. São Jorge se colocou na frente das mulheres com seu cavalo e, com bravas palavras, convenceu a princesa a voltar para casa.
O dragão, ao ver Jorge, sai de sua caverna, rosnando tão alto quanto o som de trovões. Mas Jorge não sente medo e enterra sua lança na garganta do monstro, matando-o. Como o rei do Marrocos e do Egito não queria ver sua filha casada com um cristão, envia São Jorge para a Pérsia e ordena que seus homens o matem. Jorge se livra do perigo e leva Sabra para a Inglaterra, onde se casa e vive feliz com ela até o dia de sua morte, na cidade de Coventry.
De acordo com a outra versão[4], Jorge acampou com sua armada romana próximo a Salone, na Líbia. Lá existia um gigantesco crocodilo alado que estava devorando os habitantes da cidade, que buscaram refúgio nas muralhas desta. Ninguém podia entrar ou sair da cidade, pois o enorme crocodilo alado se posicionava em frente a estas. O hálito da criatura era tão venenoso que pessoas próximas podiam morrer envenenadas. Com o intuito de manter a besta longe da cidade, a cada dia ovelhas eram oferecidas à fera até estas terminarem e logo crianças passaram a ser sacrificadas.
O sacrifício caiu então sobre a filha do rei, Sabra, uma menina de quatorze anos. Vestida como se fosse para o seu próprio casamento, a menina deixou a muralha da cidade e ficou à espera da criatura. Jorge, o tribuno, ao ficar sabendo da história, decidiu pôr fim ao episódio, montou em seu cavalo branco e foi até o reino resgatá-la. Jorge foi até o reino resgatá-la, mas antes fez o rei jurar que se a trouxesse de volta, ele e todos os seus súditos se converteriam ao cristianismo. Após tal juramento, Jorge partiu atrás da princesa e do "dragão". Ao encontrar a fera, Jorge a atinge com sua lança, mas esta se despedaça ao ir de encontro à pele do monstro e, com o impacto, São Jorge cai de seu cavalo. Ao cair, ele rola o seu corpo, até uma árvore de laranjeira, onde fica protegido por ela do veneno do dragão até recuperar suas forças.
Ao ficar pronto para lutar novamente, Jorge acerta a cabeça do dragão com sua poderosa espada Ascalon. O dragão derrama então o veneno sobre ele, dividindo sua armadura em dois. Uma vez mais, Jorge busca a proteção da laranjeira e em seguida, crava sua espada sob a asa do dragão, onde não havia escamas, de modo que a besta cai muito ferida aos seus pés. Jorge amarra uma corda no pescoço da fera e a arrasta para a cidade, trazendo a princesa consigo. A princesa, conduzindo o dragão como um cordeiro, volta para a segurança das muralhas da cidade. Lá, Jorge corta a cabeça da fera na frente de todos e as pessoas de toda cidade se tornam cristãs.
O dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu representaria a província da qual ele extirpou as heresias.
São Jorge
Local nascimento |
Oriente
|
Ordem | Missionário Leigo |
Local vida | Oriente |
Espiritualidade | Famoso Santo de grande devoção popular, Crê-se que foi martirizado em Lydda, na Palestina. O pai era um rico lavrador com muitos criados e terras. Sua mãe era muitíssimo bondosa. Era ele um bom estudante. Maiorzinho tornou-se órfão e com 20 anos tornou-se capitão recebendo muitas condecorações. Era o capitão mais jovem querido do Imperador Deocreciano. Certa vez o Imperador pediu para que matassem todos os cristãos do mundo, sem saber que são Jorge era profundamente cristão. O que fez? Entregou todo os seus bens aos pobres e se apresentou ao imperador para falar sobre Nosso Senhor Jesus Cristo. E com isso mandou-o prender. São Jorge não abriu a boca e sofreu açoites como poucos, permanecendo sem chorar ou gritar. Depois ainda vendo-o vivo, enterraram-no em um poço cheio de cal vivo. Suas últimas palavras foram: Deus, escuta-m a minha oração. Fazei com que vos ame sempre e enviai vosso anjo para que me liberte agora como um dia o fizestes com os três jovens que um rei mau prendeu num forno aceso". E enterraram-no enquanto ele fazia o sinal da cruz. Dali a três dias desenterraram-no e viram que permanecia vivo e adorando o seu Deus. Mais ainda o torturaram: queimaram-lhe os pés, deram-lhe veneno, judiando-o muito mas não o levou à morte. Levaram-no então a um templo pagão e ao entrar todos aqueles supostos deuses caíram ao chão, pois a presença de Deus estava com ele. Finalmente cortaram-lhe a cabeça. O jovem e valente São Jorge ficou conhecido na Inglaterra, tornando-se seu patrono. Sem dúvida, os cruzados que voltavam de suas campanhas popularizaram seu culto (diz-se que foi visto ajudando os cruzados no cerco de Antioquia, em 1098), mas é provável que não tenha sido reconhecido como tal até ter sido feito patrono da então recém-fundada Ordem da Jarreteira, pelo rei Eduardo III. Em Portugal, sua devoção parece ter sido introduzida pelos cruzados ingleses que auxiliaram a D. Afonso Henrique na conquista de Lisboa, em 1147. D. João I, o fundador da dinastia de Avis, foi grande devoto de São Jorge e o fez patrono nacional, em substituição a Santiago, que já o era dos castelhanos. Ordenou que sua imagem figurasse na procissão de Corpus Christi (1387). Também no Brasil, nessa célebre procissão, era de praxe a presença do santo. No Rio de janeiro, a Irmandade de São Jorge mantém uma Igreja, de afluência popular, na praça da República. Sua festa era celebrada a 23 de abril. A Igreja do oriente o considera um grande mártir. Diante de sua convicta fé a própria esposa do Imperador se converteu. |
Local morte | Palestina (Lida) |
Morte | No séc. IV |
Fonte informação | Santo nosso de cad dia, rogai por nós |
Oração | São Jorge, cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor; abre os meus caminhos, ajuda-me a conseguir um bom emprego; faze com que eu seja bem quisto por todos; superiores, colegas e subordinados; que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes no meu coração, no meu lar e no meu serviço; vela por mim e pelos meus, protegendo-nos sempre, abrindo e iluminando os nossos caminhos, ajudando-nos também a transmitirmos paz, amor e harmonia a todos que nos cercam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Amém. |
Devoção | À adoração fiel ao único e verdadeiro Deus |
Padroeiro | De Gênova, Inglaterra e Portugal |
Outros Santos do dia
FONTE DE PESQUISA:
| São Adalberto (bispo); Félix, Fortunato e Aquiles, Terino (mártires); Gerado, Marolo, Ibar (bispos). ASJ |
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